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Contabilidade Geral e Avançada para Auditor da Receita Federal Teoria e exercícios comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa – Aula 11 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 1 SUMÁRIO INTRODUÇÃO................................................................................................................................................... 2 POLÍTICAS CONTÁBEIS, MUDANÇA DE ESTIMATIVA E RETIFICAÇÃO DE ERRO .......................... 3 INTRODUÇÃO................................................................................................................................................... 3 OBJETIVO .......................................................................................................................................................... 3 ALCANCE .......................................................................................................................................................... 4 DEFINIÇÕES ...................................................................................................................................................... 4 SELEÇÃO E APLICAÇÃO DE POLÍTICAS CONTÁBEIS ............................................................................. 8 UNIFORMIDADE DE POLÍTICAS CONTÁBEIS ........................................................................................... 9 MUDANÇA NAS POLÍTICAS CONTÁBEIS ................................................................................................. 10 APLICAÇÃO RETROSPECTIVA ................................................................................................................... 11 LIMITAÇÃO À APLICAÇÃO RETROSPECTIVA ........................................................................................ 11 DIVULGAÇÃO ................................................................................................................................................ 12 MUDANÇA NAS ESTIMATIVAS CONTÁBEIS .......................................................................................... 14 DIVULGAÇÃO ................................................................................................................................................ 16 CORREÇÃO DE ERROS ................................................................................................................................. 16 LIMITAÇÃO À REAPRESENTAÇÃO RETROSPECTIVA .......................................................................... 17 DIVULGAÇÃO DE ERRO DE PERÍODO ANTERIOR ................................................................................. 18 IMPRATICABILIDADE DA APLICAÇÃO E DA REAPRESENTAÇÃO RETROSPECTIVAS ................. 18 RESUMO GERAL DESTA AULA .................................................................................................................. 20 REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS ............................................................................... 23 OBJETIVO ........................................................................................................................................................ 23 ALCANCE ........................................................................................................................................................ 23 DEFINIÇÕES .................................................................................................................................................... 24 PERIODICIDADE DE REALIZAÇÃO DO IMPAIRMENT TEST ................................................................ 26 IDENTIFICAÇÃO DE QUE UM ATIVO PODE ESTAR DESVALORIZADO ............................................ 26 MENSURAÇÃO DO VALOR RECUPERÁVEL ............................................................................................ 29 VALOR JUSTO LÍQUIDO DE DESPESAS DE VENDA............................................................................... 29 VALOR DE USO .............................................................................................................................................. 30 BASE PARA ESTIMATIVAS DE FLUXOS DE CAIXA FUTUROS............................................................ 31 FLUXOS DE CAIXA FUTUROS EM MOEDA ESTRANGEIRA ................................................................. 32 TAXA (OU TAXAS) DE DESCONTO............................................................................................................ 32 RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO DE UMA PERDA POR DESVALORIZAÇÃO ......................... 32 IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE GERADORA DE CAIXA À QUAL UM ATIVO PERTENCE ............. 33 VALOR RECUPERÁVEL E VALOR CONTÁBIL DE UMA UNIDADE GERADORA DE CAIXA.......... 34 ÁGIO EM DECORRÊNCIA DE EXPECTATIVA DE RESULTADOS FUTUROS (GOODWILL) ............ 35 ATIVOS CORPORATIVOS ............................................................................................................................. 38 REVERSÃO DA PERDA POR DESVALORIZAÇÃO ................................................................................... 39 DIVULGAÇÃO ................................................................................................................................................ 40 QUESTÕES COMENTADAS .......................................................................................................................... 41 QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ................................................................................................ 77 GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ................................................................. 89 AULA 11: POLÍTICAS CONTÁBEIS, MUDANÇA DE ESTIMATIVA E RETIFICAÇÃO DE ERRO. 15. REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL, MENSURAÇÃO, REGISTRO CONTÁBIL, REVERSÃO.

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SUMÁRIO INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................... 2 POLÍTICAS CONTÁBEIS, MUDANÇA DE ESTIMATIVA E RETIFICAÇÃO DE ERRO .......................... 3 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................... 3 OBJETIVO .......................................................................................................................................................... 3 ALCANCE .......................................................................................................................................................... 4 DEFINIÇÕES ...................................................................................................................................................... 4 SELEÇÃO E APLICAÇÃO DE POLÍTICAS CONTÁBEIS ............................................................................. 8 UNIFORMIDADE DE POLÍTICAS CONTÁBEIS ........................................................................................... 9 MUDANÇA NAS POLÍTICAS CONTÁBEIS ................................................................................................. 10 APLICAÇÃO RETROSPECTIVA ................................................................................................................... 11 LIMITAÇÃO À APLICAÇÃO RETROSPECTIVA ........................................................................................ 11 DIVULGAÇÃO ................................................................................................................................................ 12 MUDANÇA NAS ESTIMATIVAS CONTÁBEIS .......................................................................................... 14 DIVULGAÇÃO ................................................................................................................................................ 16 CORREÇÃO DE ERROS ................................................................................................................................. 16 LIMITAÇÃO À REAPRESENTAÇÃO RETROSPECTIVA .......................................................................... 17 DIVULGAÇÃO DE ERRO DE PERÍODO ANTERIOR ................................................................................. 18 IMPRATICABILIDADE DA APLICAÇÃO E DA REAPRESENTAÇÃO RETROSPECTIVAS ................. 18 RESUMO GERAL DESTA AULA .................................................................................................................. 20 REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS ............................................................................... 23 OBJETIVO ........................................................................................................................................................ 23 ALCANCE ........................................................................................................................................................ 23 DEFINIÇÕES .................................................................................................................................................... 24 PERIODICIDADE DE REALIZAÇÃO DO IMPAIRMENT TEST ................................................................ 26 IDENTIFICAÇÃO DE QUE UM ATIVO PODE ESTAR DESVALORIZADO ............................................ 26 MENSURAÇÃO DO VALOR RECUPERÁVEL ............................................................................................ 29 VALOR JUSTO LÍQUIDO DE DESPESAS DE VENDA ............................................................................... 29 VALOR DE USO .............................................................................................................................................. 30 BASE PARA ESTIMATIVAS DE FLUXOS DE CAIXA FUTUROS ............................................................ 31 FLUXOS DE CAIXA FUTUROS EM MOEDA ESTRANGEIRA ................................................................. 32 TAXA (OU TAXAS) DE DESCONTO ............................................................................................................ 32 RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO DE UMA PERDA POR DESVALORIZAÇÃO ......................... 32 IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE GERADORA DE CAIXA À QUAL UM ATIVO PERTENCE ............. 33 VALOR RECUPERÁVEL E VALOR CONTÁBIL DE UMA UNIDADE GERADORA DE CAIXA.......... 34 ÁGIO EM DECORRÊNCIA DE EXPECTATIVA DE RESULTADOS FUTUROS (GOODWILL) ............ 35 ATIVOS CORPORATIVOS ............................................................................................................................. 38 REVERSÃO DA PERDA POR DESVALORIZAÇÃO ................................................................................... 39 DIVULGAÇÃO ................................................................................................................................................ 40 QUESTÕES COMENTADAS .......................................................................................................................... 41 QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ................................................................................................ 77 GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ................................................................. 89

AULA 11: POLÍTICAS CONTÁBEIS, MUDANÇA DE ESTIMATIVA E

RETIFICAÇÃO DE ERRO. 15. REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL, MENSURAÇÃO, REGISTRO CONTÁBIL, REVERSÃO.

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INTRODUÇÃO

Olá, meus amigos. Como estão?!

Nesta aula, vamos começar a estudar as “novidades”. Falaremos sobre os seguintes tópicos do edital:

Aula Data Conteúdo

Aula 11 29/07/2012

7. Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro.

15. Redução ao valor recuperável, mensuração, registro contábil, reversão.

O fórum de dúvidas do site Estratégia Concursos já está funcionando. Pedimos que as dúvidas sejam postadas lá.

Mas continuaremos respondendo aos e-mails, que são:

[email protected]

[email protected]

Quaisquer dúvidas, por favor, enviem aos dois e-mails, para que ambos

possamos ter ciência do que está se passando no curso.

Tá ok?! É isso! Vamos começar a nossa batalha?!

Forte abraço!

Gabriel Rabelo/Luciano Rosa.

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POLÍTICAS CONTÁBEIS, MUDANÇA DE ESTIMATIVA E RETIFICAÇÃO DE

ERRO

INTRODUÇÃO

A norma anterior que tratava deste assunto era a Resolução do Conselho Federal de Contabilidade – CFC - 1.087/2006, que aprovou a Norma Brasileira

de Contabilidade - NBC T 19.11 – Mudanças nas Práticas Contábeis, nas Estimativas e Correção de Erros.

A Resolução citada fornecia a seguinte definição:

19.11.2.1. Práticas contábeis são as normas, os procedimentos, as convenções,

as regras e as próprias práticas específicas adotados por uma entidade na

elaboração e na apresentação de suas demonstrações contábeis.

A Resolução CFC - 1.087/2006 foi revogada pela Resolução CFC 1.179/2009, a qual aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudança

de Estimativa e Retificação de Erro.

Na nova Resolução, que é idêntica ao Pronunciamento CPC 23, encontramos a seguinte definição:

Políticas contábeis são os princípios, as bases, as convenções, as regras e as práticas específicas aplicados pela entidade na elaboração e na

apresentação de demonstrações contábeis.

Portanto, houve a alteração do nome “Práticas Contábeis” para “Políticas

Contábeis”.

Usaremos a denominação do Pronunciamento CPC 23 (políticas contábeis), que

está em vigor atualmente.

OBJETIVO

1. O objetivo deste Pronunciamento é definir critérios para a seleção e a mudança de políticas contábeis, juntamente com o tratamento contábil e divulgação de mudança nas políticas contábeis, a mudança nas

estimativas contábeis e a retificação de erro. O Pronunciamento tem como objetivo melhorar a relevância e a confiabilidade das demonstrações

contábeis da entidade, bem como permitir sua comparabilidade ao longo do tempo com as demonstrações contábeis de outras entidades.

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2. Os requisitos de divulgação relativos a políticas contábeis, exceto aqueles que digam respeito a mudança nas políticas contábeis, são estabelecidos no

Pronunciamento Técnico CPC 26 - Apresentação das Demonstrações Contábeis.

Relevância, confiabilidade e comparabilidade eram três das quatro

características qualitativas das demonstrações contábeis, que constavam na primeira versão do Pronunciamento 00 (a outra é a compreensibilidade, mas

houve alteração nas características qualitativas - vide o Pronunciamento 00 – Pronunciamento Conceitual Básico).

O objetivo deste Pronunciamento é melhorar os aspectos citados (relevância,

confiabilidade e comparabilidade), os quais são de vital importância para os usuários externos das demonstrações contábeis (bancos, fornecedores,

credores, investidores, clientes, etc.).

ALCANCE

3. Este Pronunciamento deve ser aplicado na seleção e na aplicação de políticas contábeis, bem como na contabilização de mudança nas políticas contábeis, de

mudança nas estimativas contábeis e de retificação de erros de períodos anteriores.

4. Os efeitos tributários de retificação de erros de períodos anteriores e de

ajustes retrospectivos feitos para a aplicação de alterações nas políticas contábeis são contabilizados e divulgados de acordo com o Pronunciamento

Técnico CPC 32 – Tributos sobre o Lucro.

DEFINIÇÕES

Os termos que se seguem são usados neste Pronunciamento com os seguintes significados:

Políticas contábeis são os princípios, as bases, as convenções, as regras e as práticas específicas aplicados pela entidade na elaboração e na apresentação de

demonstrações contábeis.

Mudança na estimativa contábil é um ajuste nos saldos contábeis de ativo ou de passivo, ou nos montantes relativos ao consumo periódico de ativo, que

decorre da avaliação da situação atual e das obrigações e dos benefícios futuros esperados associados aos ativos e passivos. As alterações nas estimativas

contábeis decorrem de nova informação ou inovações e, portanto, não são retificações de erros.

Erros de períodos anteriores são omissões e incorreções nas demonstrações

contábeis da entidade de um ou mais períodos anteriores decorrentes da falta

de uso, ou uso incorreto, de informação confiável que:

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(a) estava disponível quando da autorização para divulgação das demonstrações contábeis desses períodos; e

(b) pudesse ter sido razoavelmente obtida e levada em consideração na elaboração e na apresentação dessas demonstrações contábeis.

Tais erros incluem os efeitos de erros matemáticos, erros na aplicação de

políticas contábeis, descuidos ou interpretações incorretas de fatos e fraudes.

Aplicação retrospectiva é a aplicação de nova política contábil a transações, a outros eventos e a condições, como se essa política tivesse sido sempre

aplicada.

Reapresentação retrospectiva é a correção do reconhecimento, da mensuração e da divulgação de valores de elementos das demonstrações

contábeis, como se um erro de períodos anteriores nunca tivesse ocorrido.

Aplicação impraticável de requisito ocorre quando a entidade não pode

aplicá-lo depois de ter feito todos os esforços razoáveis nesse sentido. Para um período anterior em particular, é impraticável aplicar retrospectivamente a

mudança em política contábil ou fazer a reapresentação retrospectiva para corrigir um erro se:

(a) os efeitos da aplicação retrospectiva ou da reapresentação retrospectiva não

puderem ser determinados; (b) a aplicação retrospectiva ou a reapresentação retrospectiva exigir premissas

baseadas no que teria sido a intenção da Administração naquele momento passado; ou

(c) a aplicação retrospectiva ou a reapresentação retrospectiva exigir estimativas significativas de valores e se for impossível identificar

objetivamente a informação sobre essas estimativas que: (i) proporciona evidências das circunstâncias que existiam à data em que esses

valores deviam ser reconhecidos, mensurados ou divulgados; e

(ii) estaria disponível quando as demonstrações contábeis desse período anterior tiveram autorização para divulgação.

Aplicação prospectiva de mudança em política contábil e de reconhecimento

do efeito de mudança em estimativa contábil representa, respectivamente:

(a) a aplicação da nova política contábil a transações, a outros eventos e a condições que ocorram após a data em que a política é alterada; e

(b) o reconhecimento do efeito da mudança na estimativa contábil nos períodos corrente e futuro afetados pela mudança.

Omissão material ou incorreção material é a omissão ou a informação

incorreta que puder, individual ou coletivamente, influenciar as decisões econômicas que os usuários das demonstrações contábeis tomam com base

nessas demonstrações. A materialidade depende da dimensão e da natureza da

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omissão ou da informação incorreta julgada à luz das circunstâncias às quais

está sujeita. A dimensão ou a natureza do item, ou a combinação de ambas, pode ser o fator determinante.

6. Avaliar se a omissão ou o erro pode influenciar a decisão econômica do

usuário das demonstrações contábeis requer análise das características dos usuários das demonstrações contábeis. A Estrutura Conceitual para a

Elaboração e a Apresentação das Demonstrações Contábeis contida no Pronunciamento Conceitual Básico deste Comitê de Pronunciamentos Contábeis

(Estrutura Conceitual) estabelece, em seu item 25, que “presume-se que os usuários tenham um conhecimento razoável dos negócios, atividades

econômicas e contabilidade e a disposição de estudar as informações com razoável diligência”. Dessa forma, a avaliação deve levar em conta a maneira

como os usuários, com seus respectivos atributos, poderiam ser razoavelmente

influenciados na tomada de decisão econômica.

Aproveitaremos as definições para esclarecer melhor a diferença entre mudança

de política, mudança de estimativa e retificação de erros.

As políticas são mais amplas e gerais que as estimativas. Referem-se à escolha da base de avaliação, das regras que a entidade irá usar para

elaboração das suas demonstrações contábeis.

Assim, alteração na política contábil configura uma mudança na forma de avaliação, em virtude de alteração em princípios, bases, convenções,

regras ou práticas específicas aplicadas. Por exemplo, mudar do PEPS para o Custo Médio Ponderado para a avaliação de estoques é uma mudança de

política contábil.

A mudança na estimativa contábil é um ajuste nos saldos contábeis de ativo ou de passivo, ou nos montantes relativos ao consumo periódico de ativo,

que decorre da avaliação da situação atual e das obrigações e dos

benefícios futuros esperados associados aos ativos e passivos.

Ou seja, a empresa faz uma estimativa baseada na última informação disponível. Passado algum tempo, novas informações estão disponíveis, mais

atualizadas, que podem evidenciar a necessidade de alterar a estimativa anterior. Nesse sentido, uma revisão de estimativa não é retificação de

erro. Não houve erro na estimativa anterior, que foi feita com a melhor informação então disponível.

Por exemplo, uma empresa estima que um veículo terá vida útil de 6 anos, com

valor residual de XX. Após 3 anos de uso, a empresa verifica que o veículo está sendo utilizado em condições mais severas, e que irá durar 5 anos, ao invés de

6. Trata-se de uma mudança de estimativa, que vale para aquele veículo em particular.

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E não é retificação de erro. A estimativa inicial (feita com as informações da

época) não está errada. È impossível acertar exatamente o desgaste de todos os ativos da empresa. Portanto, alterações posteriores são mudanças de

estimativa, e não correção de erros.

É importante ressaltar que serão realizadas apenas as alterações de estimativas que sejam relevantes, que possam afetar a decisão do usuário.

Erros de períodos anteriores são omissões e incorreções nas

demonstrações contábeis da entidade de um ou mais períodos anteriores decorrentes da falta de uso, ou uso incorreto, de informação confiável que

estava disponível que ou poderia ser razoavelmente obtida. Tais erros incluem os efeitos de erros matemáticos, erros na aplicação de políticas

contábeis, descuidos ou interpretações incorretas de fatos e fraudes.

Vale ressaltar ainda a diferença entre aplicação retrospectiva e aplicação

prospectiva.

Aplicação retrospectiva é a aplicação de nova política contábil, como se essa política tivesse sido sempre aplicada. Refere-se, portanto, a ajustes de

transações e eventos passados. Por exemplo, se a empresa muda o método de avaliação de estoques, de PEPS para custo médio ponderado, deve ajustar o

estoque inicial, como se já utilizasse o custo médio ponderado no final do exercício anterior.

Aplicação prospectiva de mudança em política contábil e de reconhecimento

do efeito de mudança em estimativa contábil representa, respectivamente:

(a) a aplicação da nova política contábil a transações, a outros eventos e a condições que ocorram após a data em que a política é alterada; e

(b) o reconhecimento do efeito da mudança na estimativa contábil nos

períodos corrente e futuro afetados pela mudança.

Podemos adiantar que as alterações nas políticas contábeis devem ter aplicação retrospectiva, a não ser que isso seja impraticável.

As alterações nas estimativas contábeis devem ser aplicadas de forma

prospectiva.

E quanto à correção de erros:

A) Erros materiais, que podem alterar a decisão dos usuários das demonstrações contábeis, devem ser ajustados de forma retrospectiva;

B) Erros decorrentes de fraudes, material ou imaterial, devem ter aplicação retrospectiva.

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Esquematizando:

Alteração da política contábil Aplicação retrospectiva (exceto se impraticável)

Alteração na estimativa contábil Aplicação prospectiva

Erros materiais que possam afetar as decisões dos usuários Aplicação retrospectiva

Erros decorrentes de fraude Aplicação retrospectiva

SELEÇÃO E APLICAÇÃO DE POLÍTICAS CONTÁBEIS

7. Quando Pronunciamento, Interpretação ou Orientação se aplicar especificamente a uma transação, a outro evento ou circunstância, a política ou

políticas contábeis aplicadas a esse item devem ser determinadas pela aplicação do Pronunciamento, Interpretação ou Orientação, e considerando quaisquer

guias de implementação relevantes emitidos pelo CPC no tocante ao Pronunciamento, Interpretação ou Orientação em questão.

8. Os Pronunciamentos, Interpretações e Orientações estabelecem políticas

contábeis que o CPC concluiu resultarem em demonstrações contábeis, contendo informação relevante e confiável sobre as transações, outros eventos

e condições a que se aplicam. Essas políticas não precisam ser aplicadas quando o efeito da sua aplicação for imaterial. Contudo, não é apropriado

produzir, ou deixar de corrigir, incorreções imateriais em relação a eles para se

alcançar determinada apresentação da posição patrimonial e financeira (balanço patrimonial), do desempenho (demonstração do resultado) ou dos fluxos de

caixa da entidade.

9. Quaisquer guias de implementação para Pronunciamentos emitidos pelo CPC não fazem parte desses Pronunciamentos e, portanto, não contêm requisitos às

demonstrações contábeis.

As empresas não podem decidir livremente as políticas contábeis que aplicarão.

Se houver Pronunciamento, Interpretação ou Orientação emitidos pelo CPC, a política contábil será determinada pelo Pronunciamento, Interpretação ou

Orientação, e considerando quaisquer Guia de Implementação relevante emitido pelo CPC.

10. Na ausência de Pronunciamento, Interpretação ou Orientação que se

aplique especificamente a uma transação, outro evento ou condição, a administração exercerá seu julgamento no desenvolvimento e na aplicação

de política contábil que resulte em informação que seja:

(a) relevante para a tomada de decisão econômica por parte dos usuários; e (b) confiável, de tal modo que as demonstrações contábeis:

(i) representem adequadamente a posição patrimonial e financeira, o desempenho financeiro e os fluxos de caixa da entidade;

(ii) reflitam a essência econômica de transações, outros eventos e condições

e, não, meramente a forma legal;

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(iii) sejam neutras, isto é, que estejam isentas de viés; (iv) sejam prudentes; e

(v) sejam completas em todos os aspectos materiais.

11. Ao exercer os julgamentos descritos no item 10, a Administração deve consultar e considerar a aplicabilidade das seguintes fontes por ordem

decrescente:

(a) os requisitos e a orientação dos Pronunciamentos, Interpretações e Orientações que tratem de assuntos semelhantes e relacionados; e

(b) as definições, os critérios de reconhecimento e os conceitos de mensuração para ativos, passivos, receitas e despesas contidos na Estrutura Conceitual.

12. Ao exercer os julgamentos descritos no item 10, a administração pode

também considerar as mais recentes posições técnicas assumidas por outros órgãos normatizadores contábeis que usem uma estrutura conceitual

semelhante à do CPC para desenvolver pronunciamentos de contabilidade, ou

ainda, outra literatura contábil e práticas geralmente aceitas do setor, até o ponto em que estas não entrem em conflito com as fontes enunciadas no item

11.

Na ausência de Pronunciamento, Interpretação ou Orientação, a administração

exercerá seu julgamento no desenvolvimento e na aplicação de política contábil que resulte em informação que seja: relevante e confiável, de forma

que representem adequadamente a posição patrimonial e financeira, reflitam a essência econômica, sejam neutras, prudentes e completas.

Ao exercer o julgamento, a administração deve consultar e considerar as

seguintes fontes por ordem decrescente:

(a) os requisitos e a orientação dos Pronunciamentos, Interpretações e

Orientações que tratem de assuntos semelhantes e relacionados; e (b) as definições, os critérios de reconhecimento e os conceitos de mensuração

para ativos, passivos, receitas e despesas contidos na Estrutura Conceitual.

Ao exercer o julgamento, a administração pode também considerar as mais recentes posições técnicas assumidas por outros órgãos normatizadores

contábeis que usem uma estrutura conceitual semelhante à do CPC para desenvolver pronunciamentos de contabilidade, ou ainda, outra literatura

contábil e práticas geralmente aceitas do setor, até o ponto em que estas não entrem em conflito com as fontes que devem ser consultadas, citadas no item

anterior.

UNIFORMIDADE DE POLÍTICAS CONTÁBEIS

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13. A entidade deve selecionar e aplicar suas políticas contábeis uniformemente para transações semelhantes, outros eventos e condições, a

menos que Pronunciamento, Interpretação ou Orientação especificamente exija ou permita a classificação de itens para os quais possam ser aplicadas

diferentes políticas. Se um Pronunciamento, Interpretação ou Orientação exigir ou permitir tal classificação, uma política contábil apropriada deve

ser selecionada e aplicada uniformemente para cada categoria.

MUDANÇA NAS POLÍTICAS CONTÁBEIS

14. A entidade deve alterar uma política contábil apenas se a mudança:

(a) for exigida por Pronunciamento, Interpretação ou Orientação; ou (b) resultar em informação confiável e mais relevante nas demonstrações

contábeis sobre os efeitos das transações, outros eventos ou condições acerca da posição patrimonial e financeira, do desempenho ou dos fluxos de caixa da

entidade.

15. Os usuários das demonstrações contábeis devem ter a possibilidade de

comparar as demonstrações contábeis da entidade ao longo do tempo para identificar tendências na sua posição patrimonial e financeira, no seu

desempenho e nos seus fluxos de caixa. Por isso, devem ser aplicadas as mesmas políticas contábeis em cada período e de um período para o outro, a

menos que uma mudança em política contábil esteja em conformidade com um dos critérios enunciados no item 14.

16. Não constituem mudanças nas políticas contábeis:

(a) a adoção de política contábil para transações, outros eventos ou condições

que difiram em essência daqueles que ocorriam anteriormente; e (b) a adoção de nova política contábil para transações, outros eventos ou

condições que não ocorriam anteriormente ou eram imateriais.

São, portanto, duas hipóteses para alterar uma política contábil:

1) se for exigido por Pronunciamento, Interpretação ou Orientação e 2) resultar em informação confiável e mais relevante.

O pronunciamento destaca a importância de uniformidade nas políticas

contábeis para permitir a comparação das demonstrações ao longo do tempo, para identificar tendências.

Finalmente, informa que não constitui mudança a adoção de política contábil

para transações ou eventos que:

a) difiram em essência dos anteriores

b) não ocorriam anteriormente ou

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c) eram imateriais.

Na aplicação de mudanças de políticas contábeis, os seguintes procedimentos

devem ser obedecidos:

a) Se for uma mudança resultante da adoção inicial de Pronunciamento, Interpretação ou Orientação, no qual constem disposições transitórias

específicas, a entidade contabiliza a alteração de política contábil de acordo com as disposições do pronunciamento.

b) Quando a entidade muda uma política contábil na adoção inicial de Pronunciamento, Interpretação ou Orientação que não inclua disposições

transitórias específicas que se apliquem a essa mudança, ou quando muda uma política contábil voluntariamente, ela deve aplicar a mudança

retrospectivamente.

A adoção antecipada de Pronunciamento, Interpretação ou Orientação não deve

ser considerada como mudança voluntária na política contábil.

21. Na ausência de Pronunciamento, Interpretação ou Orientação que se aplique especificamente a uma transação, outro evento ou circunstância, a administração pode, de acordo com o item 12, aplicar uma política contábil

derivada de pronunciamento recente emanado de outros órgãos técnicos que se utilizem de estrutura conceitual semelhante no desenvolvimento de

pronunciamentos contábeis.

Se, ao seguir uma mudança de referido pronunciamento, a entidade optar por mudar uma política contábil, essa mudança deve ser contabilizada e

divulgada como mudança voluntária na política contábil.

APLICAÇÃO RETROSPECTIVA

Quando uma mudança na política contábil é aplicada retrospectivamente, a entidade deve ajustar o saldo de abertura de cada componente do

patrimônio líquido afetado para o período anterior mais antigo apresentado e os demais montantes comparativos divulgados para cada período anterior

apresentado, como se a nova política contábil tivesse sempre sido aplicada.

LIMITAÇÃO À APLICAÇÃO RETROSPECTIVA

Normalmente, a entidade não deverá ter dificuldades para a aplicação

retrospectiva da política contábil.

Entretanto, o Pronunciamento aceita que tal procedimento seja impraticável, algumas vezes.

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Quando for impraticável determinar o período dos efeitos específicos da

mudança na política contábil na informação comparativa para um ou mais períodos anteriores apresentados, a entidade deve aplicar a nova política

contábil aos saldos contábeis de ativos e passivos de abertura do período mais antigo para o qual seja praticável a aplicação

retrospectiva, que pode ser o período corrente, e deve proceder ao ajuste correspondente no saldo de abertura de cada componente do patrimônio líquido

desse período.

25. Quando for impraticável determinar o efeito cumulativo, no início do período corrente, da aplicação da nova política contábil a todos os períodos anteriores, a entidade deve ajustar a informação comparativa para aplicar a nova política

contábil prospectivamente a partir do período mais antigo que for praticável.

26. Quando a entidade aplicar a nova política contábil retrospectivamente, ela deve aplicar a nova política contábil à informação comparativa para períodos

anteriores tão antigos quanto for praticável.

A aplicação retrospectiva a um período anterior pode ser considerada não

praticável se não for praticável determinar o efeito cumulativo nos montantes dos balanços de abertura e de encerramento desse período.

O valor do ajuste resultante, relacionado com períodos anteriores aos apresentados nas demonstrações contábeis, é registrado no saldo de abertura

de cada componente do patrimônio líquido afetado do período anterior mais antigo apresentado. Geralmente, o ajuste é registrado em Lucros ou

Prejuízos Acumulados. Contudo, o ajuste pode ser feito em outro componente do patrimônio líquido (por exemplo, para cumprir um

Pronunciamento, Interpretação ou Orientação específico).

Qualquer outra informação sobre períodos anteriores, tal como resumos históricos de dados financeiros, é também ajustada para períodos tão antigos

quanto for praticável.

27. Quando for impraticável à entidade aplicar a nova política contábil

retrospectivamente, porque não pode determinar o efeito cumulativo da aplicação da política a todos os períodos anteriores, a entidade, de acordo com

o item 25, deve aplicar a nova política prospectivamente desde o início do período mais antigo praticável. Portanto, ignora-se a parcela do ajuste

cumulativo em ativos, passivos e patrimônio líquido correspondente a períodos anteriores. A mudança na política contábil é permitida mesmo que seja

impraticável aplicar a nova política a qualquer período anterior. Os itens 50 a 53 oferecem orientação sobre quando é impraticável aplicar a nova política

contábil a um ou mais períodos anteriores.

DIVULGAÇÃO

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28. Quando a adoção inicial de Pronunciamento, Interpretação ou Orientação tiver efeitos no período corrente ou em qualquer período

anterior, exceto se for impraticável determinar o montante a ser ajustado, ou puder ter efeitos em períodos futuros, a entidade deve divulgar:

(a) o título do Pronunciamento, Interpretação ou Orientação;

(b) quando aplicável, que a mudança na política contábil é feita de acordo com as disposições da aplicação inicial do Pronunciamento, Interpretação ou

Orientação; (c) a natureza da mudança na política contábil;

(d) quando aplicável, uma descrição das disposições transitórias na adoção inicial;

(e) quando aplicável, as disposições transitórias que possam ter efeito em futuros períodos;

(f) o montante dos ajustes para o período corrente e para cada período anterior apresentado, até ao ponto em que seja praticável:

(i) para cada item afetado da demonstração contábil; e

(ii) se o Pronunciamento Técnico CPC 41- Resultado por Ação se aplicar à entidade, para resultados por ação básicos e diluídos.

(g) o montante do ajuste relacionado com períodos anteriores aos apresentados, até ao ponto em que seja praticável; e

(h) se a aplicação retrospectiva exigida pelos itens 19(a) ou (b) for impraticável para um período anterior em particular, ou para períodos anteriores aos

apresentados, as circunstâncias que levaram à existência dessa condição e uma descrição de como e desde quando a política contábil tem sido aplicada.

As demonstrações contábeis de períodos subsequentes não precisam repetir

essas divulgações.

29. Quando uma mudança voluntária em políticas contábeis tiver efeito no período corrente ou em qualquer período anterior, exceto se for impraticável

determinar o montante a ser ajustado, ou puder ter efeitos em períodos

futuros, a entidade deve divulgar:

(a) a natureza da mudança na política contábil; (b) as razões pelas quais a aplicação da nova política contábil proporciona

informação confiável e mais relevante; (c) o montante do ajuste para o período corrente e para cada período anterior

apresentado, até o ponto em que seja praticável: (i) para cada item afetado da demonstração contábil; e

(ii) se o Pronunciamento Técnico CPC 41 – Resultado por Ação se aplicar à entidade, para resultados por ação básicos e diluídos.

(d) o montante do ajuste relacionado com períodos anteriores aos apresentados, até ao ponto em que seja praticável; e

(e) as circunstâncias que levaram à existência dessa condição e uma descrição de como e desde quando a política contábil tem sido aplicada, se a aplicação

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retrospectiva for impraticável para um período anterior em particular, ou para

períodos anteriores aos apresentados.

As demonstrações contábeis de períodos subsequentes não precisam repetir essas divulgações.

30. Quando a entidade não adotar antecipadamente novo

Pronunciamento, Interpretação ou Orientação já emitido, mas ainda não com aplicação obrigatória, a entidade deve divulgar:

(a) tal fato; e

(b) informação disponível ou razoavelmente estimável que seja relevante para avaliar o possível impacto da aplicação do novo Pronunciamento, Interpretação

ou Orientação nas demonstrações contábeis da entidade no período da aplicação inicial.

31. Ao cumprir o item 30, a entidade deve proceder à divulgação:

(a) do título do novo Pronunciamento, Interpretação ou Orientação; (b) da natureza da mudança ou das mudanças iminentes na política contábil;

(c) da data em que é exigida a aplicação do Pronunciamento, Interpretação ou Orientação;

(d) da data em que ela planeja aplicar inicialmente o Pronunciamento, Interpretação ou Orientação; e

(e) da avaliação do impacto que se espera que a aplicação inicial do Pronunciamento, Interpretação ou Orientação tenha nas demonstrações

contábeis da entidade ou, se esse impacto não for conhecido ou razoavelmente

estimável, da explicação acerca dessa impossibilidade.

O pronunciamento destaca a necessidade de divulgação para três situações:

a) Adoção de novo Pronunciamento, Interpretação ou Orientação;

b) Mudança voluntária em política contábil; e c) Não adoção antecipada de Pronunciamento, Interpretação ou Orientação já

emitida.

MUDANÇA NAS ESTIMATIVAS CONTÁBEIS

32. Como consequência das incertezas inerentes às atividades empresariais, muitos itens nas demonstrações contábeis não podem ser mensurados com precisão, podendo apenas ser estimados. A estimativa envolve julgamentos

baseados na última informação disponível e confiável. Por exemplo, podem ser exigidas estimativas de:

(a) créditos de liquidação duvidosa;

(b) obsolescência de estoque;

(c) valor justo de ativos financeiros ou passivos financeiros;

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(d) vida útil de ativos depreciáveis ou o padrão esperado de consumo dos futuros benefícios econômicos incorporados nesses ativos; e

(e) obrigações decorrentes de garantias.

33. O uso de estimativas razoáveis é parte essencial da elaboração de demonstrações contábeis e não reduz sua confiabilidade.

34. A estimativa pode necessitar de revisão se ocorrerem alterações nas

circunstâncias em que a estimativa se baseou ou em consequência de novas informações ou de maior experiência. Dada a sua natureza, a revisão da

estimativa não se relaciona com períodos anteriores nem representa correção de erro.

35. A mudança na base de avaliação é uma mudança na política contábil e não

uma mudança na estimativa contábil. Quando for difícil distinguir uma mudança na política contábil de uma mudança na estimativa contábil, a

mudança é tratada como mudança na estimativa contábil.

36. O efeito de mudança na estimativa contábil que não seja uma mudança

à qual se aplique o item 37 deve ser reconhecido prospectivamente, incluindo-o nos resultados do:

(a) período da mudança, se a mudança afetar apenas esse período; ou

(b) período da mudança e futuros períodos, se a mudança afetar todos eles.

37. Se a mudança na estimativa contábil resultar em mudanças em ativos e

passivos, ou relacionar-se a componente do patrimônio líquido, ela deve ser reconhecida pelo ajuste no correspondente item do ativo, do passivo ou do

patrimônio líquido no período da mudança.

38. O reconhecimento prospectivo do efeito de mudança na estimativa

contábil significa que a mudança é aplicada a transações, a outros eventos e a condições a partir da data da mudança na estimativa. A

mudança em uma estimativa contábil pode afetar apenas os resultados do período corrente ou os resultados tanto do período corrente como de períodos

futuros.

Por exemplo, a mudança na estimativa de créditos de liquidação duvidosa afeta apenas os resultados do período corrente e, por isso, é reconhecida no período

corrente.

Porém, a mudança na estimativa da vida útil de ativo depreciável, ou no padrão esperado de consumo dos futuros benefícios desse tipo de ativo, afeta a

depreciação do período corrente e de cada um dos futuros períodos durante a vida útil remanescente do ativo.

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Em ambos os casos, o efeito da mudança relacionada com o período corrente é reconhecido como receita ou despesa no período corrente. O efeito, caso exista,

em períodos futuros é reconhecido como receita ou despesa nesses períodos

futuros.

O texto do Pronunciamento é auto-explicativo, dispensando maiores comentários ou explicações. Vamos apenas destacar o seguinte:

A) As estimativas são parte essencial das demonstrações contábeis e não

reduzem a sua confiabilidade. B) Por exemplo, podem ser exigidas estimativas de:

--- Créditos de liquidação duvidosa;

--- Obsolescência de estoque; --- Valor justo de ativos ou passivos financeiros

--- Vida útil de ativos depreciáveis ou o padrão esperado de consumo dos

futuros benefícios econômicos incorporados nesses ativos; e --- Obrigações decorrentes de garantias.

C) A revisão de estimativa não se relaciona com períodos anteriores nem

representa correção de erro. D) A mudança na base de avaliação é uma mudança na política contábil e não

uma mudança na estimativa contábil. Quando for difícil distinguir uma mudança na política contábil de uma mudança na estimativa contábil, a mudança é

tratada como mudança na estimativa contábil. E) O efeito de mudança de estimativa contábil deve ser reconhecido

prospectivamente, ou seja, deve ser aplicada a transações e outros eventos a partir da data da mudança na estimativa.

DIVULGAÇÃO

39. A entidade deve divulgar a natureza e o montante de mudança na estimativa contábil que tenha efeito no período corrente ou se espera que tenha efeito em períodos subsequentes, salvo quando a divulgação do efeito de

períodos subsequentes for impraticável.

40. Se o montante do efeito de períodos subsequentes não for divulgado porque

a estimativa do mesmo é impraticável, a entidade deve divulgar tal fato.

CORREÇÃO DE ERROS

41. Erros podem ocorrer no registro, na mensuração, na apresentação ou na divulgação de elementos de demonstrações contábeis. As demonstrações

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contábeis não estarão em conformidade com os Pronunciamentos,

Interpretações e Orientações deste CPC se contiverem erros materiais ou erros imateriais cometidos intencionalmente para alcançar determinada

apresentação da posição patrimonial e financeira, do desempenho ou dos fluxos de caixa da entidade. Os potenciais erros do período corrente descobertos

nesse período devem ser corrigidos antes de as demonstrações contábeis serem autorizadas para publicação. Contudo, os erros materiais, por vezes, não são

descobertos até um período subsequente, e esses erros de períodos anteriores são corrigidos na informação comparativa apresentada nas demonstrações

contábeis desse período subsequente (ver itens 42 a 47).

42. Sujeito ao disposto no item 43, a entidade deve corrigir os erros materiais de períodos anteriores retrospectivamente no primeiro conjunto de

demonstrações contábeis cuja autorização para publicação ocorra após a descoberta de tais erros:

(a) por reapresentação dos valores comparativos para o período anterior apresentado em que tenha ocorrido o erro; ou

(b) se o erro ocorreu antes do período anterior mais antigo apresentado, da reapresentação dos saldos de abertura dos ativos, dos passivos e do patrimônio

líquido para o período anterior mais antigo apresentado.

Devem ser corrigidos os erros materiais (aqueles que, pelo valor, podem

alterar a decisão dos usuários) e os erros intencionais (fraudes) de qualquer valor, mesmo os imateriais. O pronunciamento propõe um

tratamento rigoroso com as fraudes (erros cometidos intencionalmente).

A correção dos erros deve ser feita de forma retrospectiva, no primeiro conjunto de demonstrações contábeis posteriores à descoberta dos erros.

LIMITAÇÃO À REAPRESENTAÇÃO RETROSPECTIVA

Um erro de período anterior deve ser corrigido por reapresentação retrospectiva, salvo quando for impraticável determinar os efeitos específicos

do período ou o efeito cumulativo do erro. Nesse caso, a entidade deve retificar os saldos de abertura de ativos, passivos e patrimônio líquido para o período

mais antigo para o qual seja praticável a reapresentação retrospectiva (que pode ser o período corrente).

Quando for impraticável determinar o efeito cumulativo, no início do período

corrente, de erro em todos os períodos anteriores, a entidade deve retificar a informação comparativa para corrigir o erro prospectivamente a partir da data

mais antiga praticável.

A retificação de erro de período anterior deve ser excluída dos resultados do período em que o erro é descoberto. Qualquer informação apresentada

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sobre períodos anteriores, incluindo qualquer resumo histórico de dados

financeiros, deve ser retificada para períodos tão antigos quanto for praticável.

Quando for impraticável determinar o montante do erro (por exemplo, erro na aplicação de política contábil) para todos os períodos anteriores, a entidade

retifica a informação comparativa prospectivamente a partir da data mais antiga praticável. Dessa forma, ignorará a parcela da retificação cumulativa de

ativos, passivos e patrimônio líquido relativa a períodos anteriores à data em que a retificação do erro foi praticável.

As correções de erro distinguem-se de mudanças nas estimativas

contábeis.

As estimativas contábeis, por sua natureza, são aproximações que podem necessitar de revisão à medida que se conhece informação adicional. Por

exemplo, o ganho ou a perda reconhecida no momento do desfecho de

contingência, que, anteriormente, não podia ser estimada com precisão, não constitui retificação de erro.

DIVULGAÇÃO DE ERRO DE PERÍODO ANTERIOR

Ao aplicar a correção de erro retrospectivamente, a entidade deve divulgar:

(a) a natureza do erro de período anterior;

(b) o montante da retificação para cada período anterior apresentado, na medida em que seja praticável:

(i) para cada item afetado da demonstração contábil; e (ii) se o Pronunciamento Técnico CPC 41 – Resultado por Ação se aplicar à

entidade, para resultados por ação básicos e diluídos; (c) o montante da retificação no início do período anterior mais antigo

apresentado; e

(d) as circunstâncias que levaram à existência dessa condição e uma descrição de como e desde quando o erro foi corrigido, se a reapresentação retrospectiva

for impraticável para um período anterior em particular.

As demonstrações contábeis de períodos subsequentes à retificação do erro não precisam repetir essas divulgações.

IMPRATICABILIDADE DA APLICAÇÃO E DA REAPRESENTAÇÃO

RETROSPECTIVAS

50. Em algumas circunstâncias, torna-se impraticável ajustar informações de um ou mais períodos anteriores apresentados para fins

de comparação com o período corrente. Por exemplo, podem não ter sido reunidas informações necessárias em período anterior, de tal forma que não

seja possível a aplicação retrospectiva de nova política contábil (incluindo, para a finalidade dos itens 51 a 53, a sua aplicação a períodos anteriores) ou a

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reapresentação retrospectiva para retificação de erro atribuído a determinado

período anterior, podendo ser impraticável recriar essa informação.

51. É comum a adoção de estimativas para a aplicação de uma política contábil a elementos reconhecidos nas demonstrações contábeis ou divulgados em

relação a operações, eventos ou condições. As estimativas são, por natureza, subjetivas e podem ser desenvolvidas após a data do balanço,

mas, à medida que o tempo transcorre, o desenvolvimento dessas estimativas contábeis relacionadas a transações ou eventos ocorridos em períodos

anteriores passa a ser potencialmente mais difícil, principalmente ao se considerar que as estimativas contábeis devem refletir as condições

existentes à época. Entretanto, o objetivo das estimativas relacionadas a períodos anteriores deve ser igual ao das estimativas desenvolvidas no período

corrente, qual seja refletir as circunstâncias presentes na ocasião da transação, de outro evento ou de outra circunstância.

52. Por isso, aplicar, retrospectivamente, nova política contábil ou corrigir erro de período anterior exige que se identifique a informação

que:

(a) fornece evidência das circunstâncias que existiam à época em que a transação, outro evento ou condição ocorreu, e que estavam presentes e

disponíveis quando as demonstrações contábeis relativas àquele período anterior foram elaboradas; e

(b) teria estado disponível quando as demonstrações contábeis desse período anterior foram autorizadas para divulgação. Para alguns tipos de

estimativas (por exemplo, a estimativa do valor justo não baseada em preço observável ou em variáveis observáveis), é impraticável distinguir esses tipos

de informação. Caso a aplicação retrospectiva ou a reapresentação retrospectiva exigir que se faça uma estimativa significativa para a qual seja

impossível distinguir esses dois tipos de informação, é impraticável aplicar a

nova política contábil ou retificar o erro de período anterior retrospectivamente.

53. Não se deve usar percepção posterior ao aplicar nova política contábil ou ao corrigir erros atribuíveis a período anterior, nem para

fazer suposições sobre quais teriam sido as intenções da administração em período anterior nem para estimar os valores reconhecidos, mensurados ou

divulgados em períodos anteriores. Por exemplo, quando a entidade corrige erro de período anterior na mensuração de ativos financeiros previamente

classificados como investimentos a serem mantidos até seu vencimento, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros:

Reconhecimento e Mensuração, não deve alterar a respectiva base de mensuração para esse período se a administração tiver decidido mais tarde não

mais mantê-los até o vencimento. Ou, ainda, quando a entidade corrige erro de período anterior ao calcular o seu passivo relativo ao afastamento por doença

dos empregados de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 33 – Benefícios

a Empregados, deve ignorar informação acerca de temporada atípica de viroses

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durante o período seguinte que se tornou disponível depois que as

demonstrações contábeis do período anterior tenham sido autorizadas à divulgação. O fato de estimativas significativas serem frequentemente exigidas

quando se retifica informação comparativa apresentada para períodos anteriores não impede o ajuste ou a correção confiável da informação

comparativa.

RESUMO GERAL DESTA AULA

1) Políticas contábeis são os princípios, as bases, as convenções, as regras e

as práticas específicas aplicados pela entidade na elaboração e na apresentação de demonstrações contábeis.

2) Mudança na estimativa contábil é um ajuste nos saldos contábeis de

ativo ou de passivo, ou nos montantes relativos ao consumo periódico de ativo, que decorre da avaliação da situação atual e das obrigações e dos benefícios

futuros esperados associados aos ativos e passivos. As alterações nas

estimativas contábeis decorrem de nova informação ou inovações e, portanto, não são retificações de erros.

3) Erros de períodos anteriores são omissões e incorreções nas

demonstrações contábeis da entidade de um ou mais períodos anteriores decorrentes da falta de uso, ou uso incorreto, de informação confiável que

estava disponível que ou poderia ser razoavelmente obtida. Tais erros incluem os efeitos de erros matemáticos, erros na aplicação de políticas

contábeis, descuidos ou interpretações incorretas de fatos e fraudes.

4) Aplicação retrospectiva é a aplicação de nova política contábil, como se essa política tivesse sido sempre aplicada. Refere-se portanto a ajustes de

transações e eventos passados. Por exemplo, se a empresa muda o método de avaliação de estoques, de PEPS para custo médio ponderado, deve ajustar o

estoque inicial, como se já utilizasse o custo médio ponderado no final do

exercício anterior.

5) Aplicação prospectiva de mudança em política contábil e de reconhecimento do efeito de mudança em estimativa contábil representa,

respectivamente:

(a) a aplicação da nova política contábil a transações, a outros eventos e a condições que ocorram após a data em que a política é alterada; e

(b) o reconhecimento do efeito da mudança na estimativa contábil nos períodos corrente e futuro afetados pela mudança.

6) as alterações nas Políticas Contábeis devem ter aplicação

retrospectiva, a não ser que isso seja impraticável.

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7) As alterações nas Estimativas Contábeis devem ser aplicadas de forma

prospectiva.

8) Erros materiais (que podem alterar a decisão dos usuários das demonstrações contábeis) e erros decorrentes de fraudes (material ou

imaterial) devem ser ajustados de forma retrospectiva;

9) As empresas não podem decidir livremente as políticas contábeis que aplicarão. Se houver Pronunciamento, Interpretação ou Orientação emitidos

pelo CPC, a política contábil será determinada pelo Pronunciamento, Interpretação ou Orientação, e considerando quaisquer Guia de

Implementação relevante emitido pelo CPC.

10) Na ausência de Pronunciamento, Interpretação ou Orientação, a administração exercerá seu julgamento no desenvolvimento e na aplicação

de política contábil que resulte em informação que seja: relevante e confiável,

de forma que representem adequadamente a posição patrimonial e financeira, reflitam a essência econômica, sejam neutras, prudentes e completas.

11) Ao exercer o julgamento, a administração deve consultar e considerar

as seguintes fontes por ordem decrescente: (a) os requisitos e a orientação dos Pronunciamentos, Interpretações e Orientações que tratem de

assuntos semelhantes e relacionados; e

(b) as definições, os critérios de reconhecimento e os conceitos de mensuração para ativos, passivos, receitas e despesas contidos na Estrutura Conceitual.

12) Ao exercer o julgamento, a administração pode também considerar as mais

recentes posições técnicas assumidas por outros órgãos normatizadores contábeis que usem uma estrutura conceitual semelhante à do CPC para

desenvolver pronunciamentos de contabilidade, ou ainda, outra literatura

contábil e práticas geralmente aceitas do setor, até o ponto em que estas não entrem em conflito com as fontes que devem ser consultadas, citadas no item

anterior.

13) Quando uma mudança na política contábil é aplicada retrospectivamente, a entidade deve ajustar o saldo de abertura de cada componente, como se a

nova política contábil tivesse sempre sido aplicada.

14) Quando for impraticável determinar o período dos efeitos específicos da mudança na política contábil na informação comparativa para um ou mais

períodos anteriores apresentados, a entidade deve aplicar a nova política contábil aos saldos contábeis de ativos e passivos de abertura do

período mais antigo para o qual seja praticável a aplicação retrospectiva, que pode ser o período corrente, e deve proceder ao ajuste

correspondente no saldo de abertura de cada componente do patrimônio líquido

desse período.

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15) As estimativas são parte essencial das demonstrações contábeis e não reduzem a sua confiabilidade.

16) podem ser exigidas estimativas de:

--- Créditos de liquidação duvidosa; --- Obsolescência de estoque;

--- Valor justo de ativos ou passivos financeiros --- Vida útil de ativos depreciáveis ou o padrão esperado de consumo dos

futuros benefícios econômicos incorporados nesses ativos; e

--- Obrigações decorrentes de garantias.

17) A revisão de estimativa não se relaciona com períodos anteriores nem representa correção de erro.

18) A mudança na base de avaliação é uma mudança na política contábil e não uma mudança na estimativa contábil. Quando for difícil distinguir uma mudança

na política contábil de uma mudança na estimativa contábil, a mudança é tratada como mudança na estimativa contábil.

19) O efeito de mudança de estimativa contábil deve ser reconhecido

prospectivamente, ou seja, deve ser aplicada a transações e outros eventos a partir da data da mudança na estimativa.

20) Devem ser corrigidos os erros materiais (aqueles que, pelo valor, podem

alterar a decisão dos usuários) e os erros intencionais (fraudes) de qualquer valor, mesmo os imateriais. O pronunciamento propõe um

tratamento rigoroso com as fraudes (erros cometidos intencionalmente).

21) A correção dos erros deve ser feita de forma retrospectiva, no primeiro

conjunto de demonstrações contábeis posteriores à descoberta dos erros.

22) As correções de erro distinguem-se de mudanças nas estimativas contábeis. As estimativas contábeis, por sua natureza, são aproximações que

podem necessitar de revisão à medida que se conhece informação adicional. Por exemplo, o ganho ou a perda reconhecida no momento do desfecho de

contingência, que, anteriormente, não podia ser estimada com precisão, não constitui retificação de erro.

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REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS

OBJETIVO

1. O objetivo deste Pronunciamento Técnico é estabelecer procedimentos que a entidade deve aplicar para assegurar que seus ativos estejam registrados

contabilmente por valor que não exceda seus valores de recuperação. Um ativo está registrado contabilmente por valor que excede seu valor de

recuperação se o seu valor contábil exceder o montante a ser

recuperado pelo uso ou pela venda do ativo. Se esse for o caso, o ativo é caracterizado como sujeito ao reconhecimento de perdas, e o Pronunciamento

Técnico requer que a entidade reconheça um ajuste para perdas por desvalorização. O Pronunciamento Técnico também especifica quando a

entidade deve reverter um ajuste para perdas por desvalorização e estabelece

as divulgações requeridas.

O teste de recuperabilidade (também conhecido por “impairment test”) tem como finalidade principal apresentar o valor real pelo qual um ativo será

realizado. Essa realização poderá ser feita tanto pela venda do bem, quanto pela sua utilização nas atividades empresariais. Vejam que a norma fala em:

assegurar que seus ativos estejam registrados contabilmente por valor que não exceda seus valores de recuperação.

Se Valor Contábil > Valor Recuperável Teste de Recuperabilidade

ALCANCE

Este Pronunciamento Técnico deve ser aplicado na contabilização de ajuste para perdas por desvalorização de todos os ativos, exceto:

(a) estoques;

(b) ativos advindos de contratos de construção; (c) ativos fiscais diferidos;

(d) ativos advindos de planos de benefícios a empregados; (e) ativos financeiros que estejam dentro do alcance dos Pronunciamentos

Técnicos do CPC que disciplinam instrumentos financeiros; (f) propriedade para investimento que seja mensurada ao valor justo;

(g) ativos biológicos relacionados à atividade agrícola que sejam mensurados ao valor justo líquido de despesas de venda;

(h) custos de aquisição diferidos e ativos intangíveis advindos de direitos

contratuais de companhia de seguros contidos em contrato de seguro dentro do alcance do Pronunciamento Técnico CPC 11 – Contratos de Seguro; e

(i) ativos não circulantes (ou grupos de ativos disponíveis para venda) classificados como mantidos para venda em consonância com o Pronunciamento

Técnico CPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação

Descontinuada.

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3. Este Pronunciamento Técnico não se aplica a estoques, ativos advindos de contratos de construção, ativos fiscais diferidos, ativos advindos de planos de

benefícios a empregados ou ativos classificados como mantidos para venda (ou incluídos em grupo de ativos que seja classificado como disponível para venda)

em decorrência de os Pronunciamentos Técnicos do CPC vigentes aplicáveis a esses ativos conterem disposições orientadoras para reconhecimento e

mensuração desses ativos.

DEFINIÇÕES

Valor recuperável de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa é o

maior (repita-se: maior) valor entre o valor líquido de venda de um ativo e seu valor em uso.

É simples! Inicialmente faremos alguns cálculos e análises para achar o valor

líquido de venda de um ativo e, também, o seu valor em uso. Após, o maior,

dentre esses dois valores, será utilizado como valor recuperável.

Valor em uso é o valor presente de fluxos de caixa futuros esperados que devem advir de um ativo ou de unidade geradora de caixa.

Para achar o valor em uso, temos de conhecer as receitas que serão esperadas

pela utilização do ativo. Desse valor subtraímos todos os custos que estejam relacionados às receitas.

Por exemplo, uma máquina gerará, em sua vida útil, receitas de R$

1.000.000,00, com custos esperados de R$ 400.000,00. O seu valor em uso será, grosso modo, no montante de R$ 600.000,00 (1 milhão – 400.000,00).

Valor justo líquido de despesa de venda é o montante a ser obtido pela

venda de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa (unidade geradora de

caixa é, em lição comezinha, um conjunto de ativos que geram receitas) em transações em bases comutativas, entre partes conhecedoras e interessadas,

menos as despesas estimadas de venda.

Em suma: é o valor acertado pelas partes para a negociação do bem, diminuído de gastos como frete, montagem, etc.

Não se incluem nas despesas de venda as despesas financeiras e de

impostos sobre o resultado gerado. Veja que a norma diz impostos sobre o resultado gerado. Os impostos e taxas sobre a venda são considerados

normalmente.

Como exemplo, se a mesma máquina citada acima pudesse ser vendida pelo valor de R$ 600.000,00, com despesas de venda no valor de R$ 200.000,00. O

valor líquido de venda seria neste caso de R$ 400.000,00 (600.000 – 200.000).

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Voltando ao conceito de valor recuperável, podemos dizer que, após realizado

os passos acima, devemos proceder da seguinte forma para encontrá-lo:

1) Qual o valor de uso? R$ 600.000,00. 2) Qual o valor líquido de venda? R$ 400.000,00.

3) Conhecidos os dois dados indagamos: Qual o valor recuperável? Exato! R$ 600.000,00, que é o maior entre o valor de uso e o valor líquido de venda.

Entenderam? Esses conceitos são importantíssimos para a prova.

Perda por desvalorização é o montante pelo qual o valor contábil de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa excede seu valor recuperável.

Veja que o conceito diz que o valor contábil excede o valor recuperável.

Valor Contábil é o valor pelo qual um ativo está reconhecido no balanço depois da dedução de toda respectiva depreciação, amortização ou exaustão

acumulada e provisão para perdas.

Podemos inferir dessa leitura que temos de comparar os dois valores, o

contábil e o recuperável, para achar a perda. No exemplo acima, se o valor contábil do bem fosse R$ 800.000,00, qual seria a perda por desvalorização?

Basta subtrairmos dos R$ 800.000,00 o valor recuperável, de R$ 600.000,00. Achamos o valor de R$ 200.000,00. É essa a nossa perda!

Essa perda será registrada da seguinte forma:

D – Outras Despesas – Perda com desvalorização de ativo 200.000,00

C – Provisão para perda com desvalorização de ativo 200.000,00

Ao revés, se o valor de realização do ativo é maior que o seu valor contábil, nenhum registro há que ser feito, em homenagem ao princípio contábil da

prudência.

IMPORTANTE PARA CONCURSOS:

Valor Contábil > Valor Recuperável Reconhece-se uma perda por desvalorização.

Valor Recuperável > Valor Contábil Nada há de ser feito.

O conjunto de conceitos acima são os mais importantes para a prova, porém, a

norma traz outros, que podem igualmente ser objeto de cobrança, a saber:

Vida útil é:

(a) O período de tempo no qual a entidade espera usar um ativo; ou

(b) O número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a entidade espera obter do ativo.

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Unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que gera

as entradas de caixa, que são em grande parte independentes das entradas de caixa de outros ativos ou de grupos de ativos.

Um exemplo, citado pela norma, que esclarece a situação, é o seguinte: uma

entidade de mineração tem uma estrada de ferro utilizada em suas atividades, que não gera entradas de caixa independentes, provenientes de uso contínuo.

Não é possível estimar o valor recuperável da estrada de ferro, portanto,

estima-se o valor recuperável da mina como um todo.

Ativos corporativos são ativos, exceto ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), que contribuem, mesmo que indiretamente, para os fluxos de

caixa futuros, tanto da unidade geradora de caixa sob revisão, quanto da de outras unidades geradoras de caixa.

Mercado ativo é um mercado onde todas as seguintes condições existem:

(a) Os itens transacionados no mercado são homogêneos; (b) Vendedores e compradores com disposição para negociar são encontrados a

qualquer momento para efetuar a transação; e (c) Os preços estão disponíveis para o público.

PERIODICIDADE DE REALIZAÇÃO DO IMPAIRMENT TEST

A entidade deve avaliar ao fim de cada período de reporte se há alguma indicação de que um ativo possa ter sofrido desvalorização. Se houver alguma

indicação, a entidade deve estimar o valor recuperável do ativo.

Sempre que houver indicação de desvalorização a entidade deverá proceder à avaliação do ativo, estimando seu valor recuperável. Contudo, caso não haja

indícios ao longo do exercício social, mesmo assim deverá fazê-lo, ao seu término.

IDENTIFICAÇÃO DE QUE UM ATIVO PODE ESTAR DESVALORIZADO

Como dito, a desvalorização se dá quando o valor contábil excede o valor recuperável. A entidade deve avaliar ao fim de cada período de reporte se

há alguma indicação de que um ativo possa ter sofrido desvalorização. Se houver alguma indicação, a entidade deve fazer uma estimativa formal do

valor recuperável do ativo. Não havendo indícios dessa desvalorização, dispensada está essa estimativa formal.

Mas como as empresas avaliam se o ativo está ou não desvalorizado? Quais

seriam os fatores que indicam? Bem, a Resolução do CFC trouxe alguns indicadores, não exaustivos, ou seja, sem prejuízo de outros apurados, que

podem ser tanto internos quanto externos. São eles:

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Indicadores Externos 1) O valor do ativo no mercado diminuiu mais do que deveria diminuir em

situações normais. 2) Mudanças nos mercado, como, por exemplo, ambiente tecnológico. Exemplo:

As empresas que fabricavam apenas videocassetes, quando do surgimento dos DVDs players.

3) As taxas de juros ou outras taxas do mercado aumentaram demasiadamente. Esse aumento pode provocar a diminuição do valor de

uso, como se verá adiante, quando fizermos cálculos mais aprofundados na matéria.

4) O valor contábil do patrimônio líquido da entidade é maior do que o valor de suas ações no mercado.

Indicadores Internos

1) Evidência de dano físico no ativo. 2) Mudanças significativas na entidade, por exemplo, a chegada de uma nova

tecnologia, que faz com que uma máquina antiga tenha sua utilização diminuída.

3) Relatório interno, que indique que o desempenho econômico de um ativo é

ou será pior que o esperado.

Todavia, existindo ou não indicadores de desvalorização a entidade deve:

a) Testar, no mínimo anualmente, a redução ao valor recuperável de um ativo intangível com vida útil indefinida ou de um ativo intangível

ainda não disponível para uso, comparando o seu valor contábil com seu valor recuperável. Esse teste de redução ao valor recuperável pode ser

executado a qualquer momento no período de um ano, desde que seja

executado, todo ano, no mesmo período. Ativos intangíveis diferentes podem ter o valor recuperável testado em períodos diferentes. Entretanto, se tais

ativos intangíveis foram inicialmente reconhecidos durante o ano corrente, deve ter a redução ao valor recuperável testada antes do fim do ano

corrente; e

b) Testar, anualmente, o ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) em uma aquisição de entidades.

Este capítulo não visa a tratar sobre intangíveis, porém, faz-se necessária uma

breve abordagem sobre o tema. São ativos intangíveis os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou

exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. Para que uma entidade reconheça um ativo intangível ele deve atender

conjuntamente a três critérios:

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1) Ser separável;

2) Ser proveniente de direitos contratuais ou legais; 3) Ter o seu valor determinado com segurança. Atendendo-se aos critérios de

reconhecimento pode-se passar a mensuração do ativo intangível.

Existem dois métodos distintos para a mensuração do ativo intangível trazidos pelo CPC 04, Método de Custo e Método de Reavaliação, a saber:

Método de Custo: Posteriormente ao reconhecimento inicial o ativo intangível

deve ser apresentado ao custo, menos a amortização acumulada e a perda acumulada (se houver).

Método de reavaliação: Após o reconhecimento, se permitido legalmente, um

ativo intangível pode ser apresentado pelo seu valor reavaliado, correspondente ao valor justo na data da reavaliação.

Apesar do CPC 04 trazer as duas definições, ressaltamos que a contabilização pela reavaliação não mais existe no ordenamento pátrio, portanto, não deve ser

aplicada nas demonstrações contábeis.

Após a mensuração, a Cia deverá avaliar se se trata de um ativo intangível de vida útil indefinida ou definida. Para os ativos intangíveis de vida útil

indefinida a amortização torna-se proibida, afinal, não temos um prazo para calcular, não saberemos apurar a amortização senão de forma arbitrária (como

utilizamos para achar o valor de depreciação no imobilizado, exemplo: 10 anos de depreciação sem valor residual = 10% ao ano).

Contudo, falar que um ativo intangível tem vida útil indefinida não significa

dizer que ele tenha vida útil infinita, eterna. Esses ativos estarão sujeitos à análise de impairment anual.

Já para os intangíveis de vida útil determinada mantém-se a prática de alocar seu custo de aquisição ao resultado com base no período determinado e se

houver meios de determinar o valor residual para fins de amortização este deverá ser utilizado.

Voltando ao nosso teste de recuperabilidade.

Se, depois de feita a estimativa formal para um ativo intangível, mantiver-se

razoável certeza de que o valor recuperável é maior do que o valor contábil, não há necessidade de se proceder à nova avaliação nos períodos que se

seguem, se não houver vestígios de mudança neste cenário ou se o valor recuperável deste ativo for pouco elástico em relação a mudanças no ambiente.

Se houver uma indicação de que um ativo possa ter sofrido desvalorização, isso pode indicar que a vida útil remanescente, o método de depreciação,

amortização e exaustão ou o valor residual para o ativo necessitem ser

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revisados e ajustados, mesmo que os cálculos posteriormente indiquem não ser

necessário reconhecer uma desvalorização para o ativo.

MENSURAÇÃO DO VALOR RECUPERÁVEL

Lembremo-nos:

Valor Recuperável Maior valor entre: a) valor líquido de despesas de venda;

b) valor de uso.

Uma questão de prova pode conter o seguinte questionamento: Para a análise do valor recuperável, será sempre necessário calcular-se o valor líquido de

despesas de venda e o valor de uso. A resposta deve ser assinalada como falsa.

O Pronunciamento 01 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) diz que

se qualquer desses valores exceder o valor contábil do ativo, este não tem desvalorização e, portanto, não é necessário estimar o outro valor. Lembrem-se

de que só serão feitos ajustes quando o valor contábil for maior que o recuperável.

Pode ocorrer, também, de não ser possível determinar qual o valor justo líquido

de despesa de venda a se obter, hipótese em que não será necessário calculá-lo. Neste caso, o valor de uso será considerado como o valor recuperável.

Se não há razão para acreditar que o valor em uso de um ativo exceda significativamente seu valor justo líquido de despesa de venda, o valor justo

líquido de despesas de venda do ativo pode ser considerado como seu valor recuperável. Esse será freqüentemente o caso para um ativo que é mantido

para alienação. Isso ocorre porque o valor em uso de um ativo mantido para

alienação corresponderá principalmente às receitas líquidas da baixa, uma vez que os futuros fluxos de caixa do uso contínuo do ativo, até sua baixa,

provavelmente serão irrisórios.

Como regra, o valor recuperável deve ser determinado para ativos

individualmente.

VALOR JUSTO LÍQUIDO DE DESPESAS DE VENDA

A melhor evidência de um valor líquido de venda é um preço de um contrato de venda firme em uma transação em bases comutativas, entre partes

conhecedoras e interessadas, ajustado por despesas adicionais que seriam

diretamente atribuíveis à venda do ativo.

Explique-se. O valor líquido de venda é o preço contratado na venda, descontadas as despesas relacionadas à alienação (como frete, seguro,

montagem).

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A norma ainda prega o seguinte: Se não houver contrato de venda firme, porém um ativo é negociado em um mercado ativo, o valor líquido de venda é o

preço de mercado do ativo menos as despesas de venda.

E mais: Se não houver um contrato de venda firme ou mercado ativo para um ativo (...) a entidade deve considerar o resultado de transações recentes para

ativos semelhantes, do mesmo setor.

Esquematizando.

CÁLCULO DO VALOR JUSTO LÍQUIDO DE DESPESAS DE VENDA 1) Valor justo líquido de despesas de venda Valor contratado (-) despesas de

vendas;

2) Inexistindo Valor Contratado Valor negociado no mercado ativo (-) despesas de vendas;

3) Inexistindo Mercado Ativo Última transação realizada para ativos

semelhantes.

VALOR DE USO

O valor de uso de um ativo é o valor de caixa gerado – na verdade, é o valor

que se espera gerar - pela utilização do bem em sua vida útil ajustado a valor presente por uma taxa de desconto.

Se o uso de um ativo em separado não criar, por si só, entradas de caixa

independentes de outros ativos, o procedimento deve ser realizado em relação ao grupo de ativos (ao qual o ativo em comento pertença), cujo uso gere caixa,

de forma independente dos demais ativos, esse grupo de ativos é denominado unidade geradora de caixa.

A estimativa do valor em uso de um ativo envolve os seguintes passos:

(a) estimar futuras entradas e saídas de caixa decorrentes de uso contínuo do ativo e de sua baixa final; e

(b) aplicar taxa de desconto adequada a esses fluxos de caixa futuros.

Exemplo: Supondo que estamos no ano de X0 e que se espera que um ativo gere receitas para os anos de X1 e X2 no valor de $ 100.000,00, ao final de

cada ano. Qual será o valor de uso, supondo uma taxa de desconto de 10%?

Resposta: O valor de uso será encontrado através da seguinte fórmula:

Valor de uso: Σ (Receita Esperada em n/(1+i)^n.)

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Logo, o nosso valor de uso na questão será: 100.000/1,1^1 + 100.000/1,1^2

= 90.909,10 + 82644,60 = $ 173.553,70.

BASE PARA ESTIMATIVAS DE FLUXOS DE CAIXA FUTUROS

As estimativas de fluxos de caixa para se achar o valor de uso devem ser razoáveis, com análise econômica mais profunda sobre o ambiente externo. A

análise do fluxo de caixa também deve se basear em políticas mais recentes adotadas pela empresa e abranger um período máximo de 5 anos adiante

(salvo se se justificar período mais longo). Todavia, deve-se excluir qualquer estimativa de fluxo de caixa que se espera surgir das reestruturações futuras ou

da melhoria ou aprimoramento do desempenho do ativo.

Geralmente não estão disponíveis orçamentos e previsões financeiras confiáveis detalhados e explícitos de fluxos de caixa futuros para períodos superiores a cinco anos. Por essa razão, as estimativas da administração de fluxos de caixa

futuros são baseadas nos mais recentes orçamentos e previsões por um período

máximo de cinco anos. A administração pode usar projeções de fluxo de caixa com base em orçamentos e previsões financeiras para um período superior a

cinco anos se estiver convicta de que essas projeções são confiáveis e possa demonstrar sua capacidade, baseada em experiência passada, de fazer previsão

de fluxo de caixa acurada para esse período mais longo.

As estimativas de fluxos de caixa futuros devem ser estimadas para o ativo no

estado em que se encontrarem, em suas condições atuais (atenção: não devemos considerar eventuais futuras melhorias no ativo) e incluir:

(1) projeções de entradas de caixa a partir do uso contínuo do ativo;

(2) projeções de saídas de caixa, necessárias para gerar as entradas de caixa; e (3) fluxos de caixa, a serem recebidos ou pagos pela baixa do ativo.

Se a taxa de desconto considerar o aumento de preços, como no caso da inflação, os fluxos de caixa projetados devem estar em valores nominais; ao

contrário, se os fluxos de caixa estiverem projetados em moeda de valor constante, a taxa de desconto não deve conter embutida a inflação do período.

Se uma questão pedir para calcularmos o fluxo de caixa e der valores a serem

recebidos, como clientes, e valores a pagar, como salários a pagar, não devemos incluí-los para cálculo do valor de uso.

A estimativa de fluxos de caixa líquidos a serem recebidos ou pagos pela

alienação de um ativo no fim de sua vida útil deve ser o montante que a entidade espera obter da alienação do ativo, em uma transação com isenção de

interesses entre partes conhecedoras e interessadas, após deduzir as despesas estimadas da alienação.

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FLUXOS DE CAIXA FUTUROS EM MOEDA ESTRANGEIRA

Os fluxos de caixa futuros são estimados na moeda na qual eles são gerados e,

em seguida, descontados, usando-se uma taxa de desconto adequada para essa moeda. A entidade deve converter o valor presente usando a taxa de

câmbio à vista, na data do cálculo do valor em uso.

TAXA (OU TAXAS) DE DESCONTO

Para o cálculo do desconto no valor de uso, utilizaremos a taxa antes dos impostos.

RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO DE UMA PERDA POR

DESVALORIZAÇÃO

Se, e somente se, o valor recuperável de um ativo for menor do que seu

valor contábil, o valor contábil do ativo deve ser reduzido ao seu valor recuperável.

Essa redução representa uma perda por desvalorização do ativo.

Segundo a norma, essa perda deve ser reconhecida no resultado do exercício

(outras despesas), exceto se o ativo tiver sido reavaliado; neste caso a perda será lançada como reversão da reserva de reavaliação.

Imaginemos agora uma situação: Um ativo vale, contabilmente, R$ 1.000. A

perda estimada, todavia, foi avaliada em R$ 1.500. O que fazer nesta situação? O CFC manda que se constitua uma conta no Passivo (obrigação), no valor da

diferença, no caso concreto de R$ 500, se outra norma (Pronunciamento, Resolução, etc.) mandar que assim se faça.

Depois de calculada a perda por desvalorização de um ativo, já devidamente lançada no ativo, devemos proceder ao reajuste dos cálculos de depreciação,

amortização e exaustão. Por exemplo, um ativo no valor de R$ 1.000, depreciado em 10 anos (10% ao ano, R$ 100 por ano), já utilizado por 5 anos,

sem valor residual, teve registrada uma perda por desvalorização no valor de R$ 250.

O valor contábil será de R$ 1.000 – R$ 500 (depreciação de 5 anos) = R$ 500.

Vejam que faltam 5 anos para que o ativo seja depreciado totalmente. Porém,

houve uma desvalorização, para R$ 250 (R$ 500 – R$ 250). Assim, não mais deveremos calcular a depreciação no valor de R$ 100, por ano, mas devemos

reajustá-la. R$ 250/5 anos = R$ 50/ano.

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IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE GERADORA DE CAIXA À QUAL UM ATIVO

PERTENCE

Se houver qualquer indicação de que um ativo possa estar desvalorizado, o valor recuperável deve ser estimado individualmente para cada ativo. Se não

for possível estimar o valor recuperável individualmente, a entidade deve determinar o valor recuperável da unidade geradora de caixa à qual o ativo

pertence (a unidade geradora de caixa do ativo).

Portanto, para a prova:

1) Estima-se o valor recuperável do ativo individualmente! Impossível? 2) Estima-se o valor recuperável da unidade geradora de caixa! Veja o exemplo

que se segue...

Exemplo 1: Uma entidade de mineração tem uma estrada de ferro particular

para dar suporte às suas atividades de mineração. Essa estrada pode ser vendida somente pelo valor (residual) de sucata e ela não gera entradas de

caixa provenientes de uso contínuo que sejam em grande parte independentes das entradas de caixa provenientes de outros ativos da mina.

Não é possível estimar o valor recuperável da estrada de ferro porque seu valor

em uso não pode ser determinado e é provavelmente diferente do valor de sucata. Portanto, a entidade estima o valor recuperável da unidade geradora de

caixa à qual a estrada de ferro pertence, isto é, a mina como um todo.

Uma unidade geradora de caixa é o menor grupo de ativos que gera entradas de caixa que são em grande parte independentes das entradas de caixa

provenientes de outros ativos ou grupos de ativos. A identificação de uma unidade geradora de caixa requer julgamento. Se o valor recuperável não puder

ser determinado para cada ativo, a entidade identifica o menor grupo de ativos

que geram entradas de caixa, em grande parte independentes.

Exemplo 2: Uma entidade de ônibus fornece serviços, sob contrato, a um município que exige serviço mínimo em cada um de cinco percursos. Os ativos

dedicados a cada percurso e os fluxos de caixa provenientes de cada percurso podem ser identificados separadamente. Um dos percursos opera com prejuízo

significativo.

Como a entidade não tem a possibilidade de eliminar nenhum dos percursos, o nível mais baixo de entradas de caixa identificáveis, que são substancialmente

independentes das entradas de caixa provenientes de outros ativos ou grupos de ativos, são as entradas de caixa geradas pelos cinco percursos juntos. A

unidade geradora de caixa para cada percurso é a entidade de ônibus como um todo.

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Para se identificar unidades geradoras de caixa de uma entidade, o CPC 01

propõe os seguintes critérios: 1) existência de mercado ativo para o produto resultante da atividade da unidade geradora de caixa – mesmo que sua

produção seja consumida internamente (por outra unidade geradora de caixa da entidade).

As unidades geradoras de caixa devem ser identificadas de maneira consistente

de período para período para o mesmo ativo ou tipos de ativos, a menos que haja justificativa para uma mudança.

VALOR RECUPERÁVEL E VALOR CONTÁBIL DE UMA UNIDADE GERADORA

DE CAIXA

O valor recuperável de uma unidade geradora de caixa é o valor mais alto entre o valor líquido de venda e o valor em uso.

O valor contábil de uma unidade geradora de caixa deve ser determinado de maneira consistente com o modo pelo qual é determinado o valor recuperável

de uma unidade geradora de caixa.

Para determinarmos o valor contábil de uma unidade geradora de caixa, incluímos apenas os ativos que gerem entradas de caixa ou participem para a

sua futura geração.

Se houver uma compra com ágio ou deságio de determinado ativo, o valor contábil da unidade geradora de caixa deve incluir, também, esta condição.

Se uma questão de prova, prática, der um valor passivo da empresa e pedir

para calcularmos o valor contábil de uma unidade geradora de caixa, não devemos incluir esta obrigação, a menos que seja parte indispensável do ativo.

Pode ser necessário considerar determinados passivos reconhecidos para determinar o valor recuperável da unidade geradora de caixa. Isso pode ocorrer

se na alienação de uma unidade geradora de caixa há exigência de que o comprador assuma um passivo. Nesse caso, o valor justo líquido de despesa de

venda, ou o fluxo de caixa estimado da baixa final da unidade geradora de caixa, é o preço de venda estimado para os ativos da unidade geradora de caixa

e o passivo em conjunto, menos as despesas da baixa. A fim de efetuar uma comparação significativa entre o valor contábil da unidade geradora de caixa e

seu valor recuperável, o saldo do passivo deve ser deduzido ao se determinar tanto o valor em uso da unidade geradora de caixa quanto seu valor contábil.

Entendamos esse trecho por um exemplo trazido pela norma. As questões

podem vir nestes moldes:

Exemplo 1: Uma entidade opera uma mina em um local no qual a legislação

exige que o proprietário restaure o local ao encerrar suas operações de

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mineração. O gasto de restauração inclui a reposição da superfície ambiental,

que precisou ser removida antes que as operações da mina se iniciassem. Uma provisão para os gastos de reposição da superfície ambiental foi reconhecida

tão logo ela foi removida. Esse valor foi reconhecido como parte do custo da mina e está sendo depreciado durante a sua vida útil. O valor contábil da

provisão para os gastos de restauração é $500, que é igual ao valor presente desses gastos.

A entidade está testando a capacidade de recuperação do valor investido na

mina. A unidade geradora de caixa da mina é ela, como um todo. A entidade recebeu várias ofertas de compra da mina, a um preço em torno de $800. Esse

preço considera o fato de que o comprador assume a obrigação de restaurar o que é necessário. As despesas de baixa da mina são ínfimas. Seu valor em uso

é de aproximadamente $1.200, excluindo os gastos de restauração. O valor contábil da mina é $1.000.

O valor líquido de venda da unidade geradora de caixa é $800. Esse valor considera os gastos de restauração que já foram provisionados. Como

conseqüência, o valor em uso da unidade geradora de caixa é determinado depois de considerar os gastos de restauração, e é estimado em $700 ($1.200

menos $500). O valor contábil da unidade geradora de caixa é $500, que é o valor contábil da mina ($1.000), menos o valor contábil da provisão para gastos

de restauração ($500). Portanto, o valor recuperável da unidade geradora de caixa supera seu valor contábil. Nada haverá que ser feito.

ÁGIO EM DECORRÊNCIA DE EXPECTATIVA DE RESULTADOS FUTUROS

(GOODWILL)

O que é goodwiill? Podemos considerá-lo sobre as seguintes perspectivas: 1) Como o excesso de preço pago pela compra de um empreendimento ou

patrimônio sobre o valor de mercado de seus ativos líquidos; 2) Nas

consolidações, como o excesso de valor pago pela companhia-mãe por sua participação sobre os ativos líquidos da subsidiária.

Por exemplo: Uma determinada empresa está à venda. O valor contábil de seus

ativos, somado os direitos a receber e subtraindo-se as obrigações a pagar, atinge R$ 10.000.000,00 (valor do patrimônio líquido).

Mas não será esse o valor para negociação. A empresa pode estar com ativo

imobilizado totalmente depreciado (e, portanto, com valor zero, na contabilidade), mas que podem ser vendidos por um valor maior que o contábil.

Mas não é só. Trata-se de uma sólida e lucrativa empresa, bem conceituada,

com clientela estável, e o dono atual só a vende por R$ 18.000.000,00.

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Negócio fechado. Esta empresa é vendida por R$ 18.000.000,00. Como fica a

contabilização na empresa compradora? Lembre-se de que o patrimônio é de R$ 10.000.00,00.

Teremos o valor de: a) Investimentos: R$ 10.000.000,00; b) Ágio na aquisição:

R$ 8.000.000,00.

Estes R$ 8.000.000,00 de ágio são o goodwill objetivo, que é contabilizado.

O CPC 01 dispõe que: Para fins de teste de redução ao valor recuperável, o ágio (goodwill) pago em uma aquisição em decorrência de expectativa de resultado

futuro deve, a partir da data da aquisição, ser alocado a cada uma das unidades geradoras de caixa do adquirente, ou a grupos de unidades geradoras de caixa,

que devem se beneficiar das sinergias da aquisição, independentemente de os outros ativos ou passivos da entidade adquirida serem ou não atribuídos a

essas unidades ou grupos de unidades.

Explicando. O ágio pago por expectativa de rentabilidade futura, via de regra,

se refere a benefícios que não estão diretamente relacionados com um determinado ativo ou com uma determinada unidade geradora de caixa; mas se

refere a um conjunto de unidades geradoras de caixa de uma entidade adquirida. Como é o exemplo da empresa vendida citado acima. Deste modo, o

ágio deverá ser apropriado a cada uma das unidades geradoras de caixa do adquirente, ou a grupos de unidades geradoras de caixa, que devem se

beneficiar das sinergias da aquisição. Nesse caso, o ágio deve ser atribuído a esse conjunto de unidade geradoras de caixa (em conjunto), de forma

proporcional.

O ágio pago, correspondente à diferença entre o valor de mercado de parte ou de todos os bens do ativo da entidade adquirida e o respectivo

valor contábil, deve ser reconhecido pela investidora como custo desses

ativos.

Exemplo 1: Uma entidade vende por R$ 100 uma operação que fazia parte de uma unidade geradora de caixa na qual houve alocação de ágio pago por

expectativa de resultado futuro (goodwill). O ágio alocado à unidade não pode ser identificado ou associado, exceto arbitrariamente, a um grupo de ativos em

um nível mais baixo do que aquela unidade. O valor recuperável da parcela remanescente da unidade geradora de caixa retido é de R$ 300.

Como o ágio alocado à unidade geradora de caixa não pode ser identificado ou

associado, de forma não arbitrária, a um grupo de ativos em um nível mais baixo do que aquela unidade, o ágio associado à operação alienada é medido

com base nos valores relativos da operação alienada e na parcela da unidade remanescente. Portanto, 25% do ágio alocado à unidade geradora de caixa são

incluídos no valor contábil da operação que é vendida.

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É simples! Uma questão de proporção. Vejam que foi vendida uma operação no

valor de R$ 100. Sobraram R$ 300. Ou seja, somando, teríamos o valor de R$ 400.

Como foram vendidos 25%, a baixa no ágio deverá ser proporcional, 25%

também.

Outra coisa. Se um ágio está alocado em uma unidade geradora de caixa, e, posteriormente, há divisão dessa unidade. Basta fazermos uma proporção para

aplicarmos o percentual às outras unidades.

Veja mais um exemplo. O ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) foi alocado originariamente à unidade geradora de caixa A. O ágio

alocado a A não pode ser identificado ou associado de forma não arbitrária a um grupo de ativos em um nível mais baixo do que A. A é dividida e integrada

em três outras unidades geradoras de caixa, B, C e D.

Como o ágio alocado a A não pode ser identificado ou associado de forma não-

arbitrária a um grupo de ativos em um nível mais baixo que A, ele deve ser alocado proporcionalmente para as unidades B, C e D com base nos valores

relativos das três partes de A, antes que essas partes sejam integradas a B, C e D.

Se tivermos, por exemplo, um investimento A no valor de R$ 1.000.000,

adquirido com ágio de R$ 100.000, e formos dividi-lo em outros três no valor de R$ 500.000, R$ 250.000 e R$ 250.000, o ágio deverá ser proporcionalmente

dividido entre os novos investimentos, ou seja, respectivamente R$ 50.000, R$ 25.000 e R$ 25.000.

90. Uma unidade geradora de caixa à qual houve alocação de ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) deve ser anualmente testada

para verificar a necessidade de redução ao valor recuperável e sempre que

houver uma indicação de que a unidade pode estar desvalorizada, comparando-se seu valor contábil, incluindo o ágio (goodwill), com o valor recuperável da

unidade. Se o valor recuperável da unidade ultrapassar seu valor contábil, a unidade e o ágio (goodwill) alocado àquela unidade devem ser considerados

como não estando desvalorizados. Se o valor contábil de uma unidade ultrapassar seu valor recuperável, a entidade deve reconhecer a perda por

desvalorização.

O teste anual de redução ao valor recuperável para unidade geradora de caixa à

qual tenha ocorrido alocação de ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) pode ser realizado a qualquer momento durante o período anual,

desde que o teste seja realizado, todos os anos, na mesma ocasião. Unidades geradoras de caixa diferentes podem ser testadas, em momentos diferentes,

para redução ao valor recuperável. Porém, se parte ou todo o ágio por

expectativa de rentabilidade futura (goodwill) alocado a uma unidade geradora

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de caixa decorre de combinação de negócios ocorrida durante o período anual

corrente, essa unidade deve ser testada para redução ao valor recuperável antes do fim do período anual corrente.

ATIVOS CORPORATIVOS

Ativos corporativos são ativos que contribuem, mesmo que indiretamente, para

os fluxos de caixa futuros, tanto da unidade geradora de caixa sob revisão, quanto da de outras unidades geradoras de caixa. Como exemplo, uma

máquina que pode ser utilizada para a fabricação de vários produtos.

As características distintas dos ativos corporativos são as de que não geram entradas de caixa independentemente de outros ativos ou grupo de ativos, e

que seu valor contábil não pode ser totalmente atribuído à unidade geradora de caixa sob revisão.

Tomemos como exemplo a sede de uma fábrica que produz duas mercadorias distintas. Ela (a sede) não gera entrada de caixa por si só, e

independentemente de um ativo ou grupo de ativo. Também, o valor contábil da sede, na hora de se realizar um teste de recuperabilidade, não pode ser

totalmente atribuído a uma única mercadoria, uma vez que a sede serve para fabricação dos dois produtos. Assim, podemos classificá-la como ativo

corporativo.

Quando realizarmos a revisão para ver se houve desvalorização de uma unidade geradora de caixa, devemos verificar quais os ativos corporativos que se

encontram a ela relacionados.

Depois disso, a entidade analisa: Posso alocar uma parte (por meio de proporção) deste ativo corporativo a esta unidade geradora de caixa? Por

exemplo, posso alocar R$ 1.000, deste ativo corporativo, que vale R$ 10.000,

para cálculo de teste de recuperabilidade da máquina X? Se a resposta for sim, havendo base razoável e consistente para tanto, ótimo! O assunto estará

resolvido.

Ao revés, não sendo possível a alocação, primeiramente, a entidade comparará o valor contábil com o valor recuperável da unidade geradora de caixa,

excluindo-se o ativo corporativo. Se o valor contábil for maior do que o recuperável, faz-se a provisão para perda.

Feito isso, em seguida, identificaremos um grupo de unidades geradoras de

caixa, que incluem o ativo corporativo, e para as quais poderemos alocar consistentemente o valor contábil do ativo corporativo. Compararemos, após, o

valor recuperável deste grupo de unidades geradoras de caixa com o valor contábil deste mesmo grupo. Se o valor contábil for, também, maior do que o

valor recuperável devemos realizar provisão para perda por desvalorização.

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REVERSÃO DA PERDA POR DESVALORIZAÇÃO

A entidade deve avaliar, ao término de cada período de reporte, se há alguma indicação de que a perda por desvalorização reconhecida em períodos

anteriores para um ativo, exceto o ágio por expectativa de rentabilidade futura

(goodwill), possa não mais existir ou ter diminuído. Se existir alguma indicação,

a entidade deve estimar o valor recuperável desse ativo.

Ou seja, haverá uma suspeita de que após a avaliação da perda, noutro exercício, ela deixara de existir ou possa ter diminuído. Procederemos, neste

caso, à estimação do valor recuperável do ativo.

Ao avaliar se há alguma indicação de que uma perda por desvalorização, reconhecida em períodos anteriores para um ativo, possa ter diminuído ou

possa não mais existir, a entidade deve considerar, no mínimo, as seguintes indicações:

Fontes externas de informação

(a) o valor de mercado do ativo tenha aumentado significativamente durante o

período; (b) mudanças significativas, com efeito favorável sobre a entidade, tenham

ocorrido durante o período, ou ocorrerão em futuro próximo, no ambiente tecnológico, de mercado, econômico ou legal no qual ela opera ou no mercado

para o qual o ativo é destinado; (c) as taxas de juros de mercado ou outras taxas de mercado de retorno sobre

investimentos tenham diminuído durante o período, e essas diminuições possivelmente tenham afetado a taxa de desconto utilizada no cálculo do valor

em uso do ativo e aumentado seu valor recuperável materialmente;

Fontes internas de informação

(d) mudanças significativas, com efeito favorável sobre a entidade, tenham ocorrido durante o período, ou se espera que ocorram em futuro próximo, na

extensão ou na maneira por meio da qual o ativo é utilizado ou se espera que

seja utilizado. Essas mudanças incluem custos incorridos durante o período para melhorar ou aprimorar o desempenho do ativo ou para reestruturar a operação

à qual o ativo pertence; (e) há evidência disponível advinda dos relatórios internos que indica que o

desempenho econômico do ativo é ou será melhor do que o esperado.

Vejam que são todos indicadores contrários àqueles que utilizamos para

apreciar a desvalorização do ativo. Lá, falávamos que a taxa de juros subiu, aqui, falamos que ela caiu. Lá, falávamos que o relatório indicava desempenho

pior que o esperado. Aqui, o desempenho se saiu melhor que o esperado, e assim por diante.

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Se houver indicação de que uma desvalorização reconhecida para um ativo pode vir a não mais existir ou tenha diminuído, isso pode indicar que a vida útil

remanescente, o método de depreciação, amortização ou exaustão ou o valor residual podem requerer revisão e ajustes, mesmo se não houver reversão

da perda por desvalorização para o ativo.

Segundo a norma, a perda por desvalorização reconhecida em anos anteriores

para um ativo, exceto o ágio decorrente de expectativa de rentabilidade futura, só será revertida se existiu uma mudança nas estimativas usadas para

determinar o seu valor recuperável após a data em que a última desvalorização foi reconhecida. Se esse for o caso, o valor contábil do ativo deve ser

aumentado, aumento este que ocorrerá pela reversão da perda por desvalorização.

A reversão da perda por desvalorização não pode resultar em elevação do

valor contábil do ativo acima do valor original. Qualquer aumento no valor

contábil de um ativo acima do seu valor contábil que seria determinado, líquido de depreciação, amortização ou exaustão, caso não tivesse sido reconhecida,

em anos anteriores, a perda por sua desvalorização, é considerado uma reavaliação, procedimento extinto pela Lei 11.638/2007.

A reversão será reconhecida no resultado ou como reversão da reserva

de reavaliação, se o ativo tiver sido reavaliado.

Após reconhecer a reversão da perda com desvalorização, a despesa de depreciação, amortização ou exaustão para o ativo deve ser ajustada em

períodos futuros, para apropriar o valor contábil revisado do ativo menos, se aplicável, seu valor residual, em base sistemática sobre sua vida útil

remanescente.

DIVULGAÇÃO

A entidade deve divulgar as seguintes informações para cada classe de ativos:

(a) o montante das perdas por desvalorização reconhecido no resultado do

período e a linha da demonstração do resultado na qual essas perdas por desvalorização foram incluídas;

(b) o montante das reversões de perdas por desvalorização reconhecido no resultado do período e a linha da demonstração do resultado na qual essas

reversões foram incluídas; (c) o montante de perdas por desvalorização de ativos reavaliados reconhecido

em outros resultados abrangentes durante o período; e (d) o montante das reversões das perdas por desvalorização de ativos

reavaliados reconhecido em outros resultados abrangentes durante o período.

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QUESTÕES COMENTADAS

1. (ICMS RO – FCC – 2010) Uma empresa adquiriu uma máquina, em 01/01/X1, pelo valor de R$ 240.000,00 para utilização em suas operações. A

vida útil econômica, estimada pela empresa, para esta máquina foi de 6 anos, sendo que a empresa esperava vendê-la por R$ 60.000,00 ao final deste prazo.

No entanto, no início do segundo ano de uso, a empresa reavaliou que a vida útil remanescente da máquina era de três anos e o valor estimado de venda ao

final do período era R$ 45.000,00. A empresa utiliza o método das quotas constantes e, ao final de X1, não houve ajuste no valor do ativo pelo teste de

recuperabilidade. Sendo assim, os valores das despesas de depreciação nos anos X1 e X2, em relação a essa máquina, foram, respectivamente, e em reais:

A) 30.000,00 e 55.000,00

B) 30.000,00 e 65.000,00

C) 40.000,00 e 40.000,00 D) 40.000,00 e 70.000,00

E) 45.000,00 e 50.000,00

Comentários:

Para fins contábeis, a empresa deve calcular a depreciação pela melhor estimativa técnica, e não simplesmente seguir as taxas determinadas pelo

Fisco.

Estimativa Contábil versus Critério Fiscal

Para a contabilidade, a depreciação deve ser calculada segundo a melhor estimativa técnica. Por exemplo, se a Empresa X adquire dois veículos idênticos

e estima que um terá vida útil de 6 anos e o outro terá vida útil de 4 anos ( o

segundo será utilizado em condições mais severas que o primeiro), deve depreciá-los conforme esta estimativa.

Ocorre que o Fisco (IR) aceita apenas determinados prazos para cálculo da

depreciação. As diferenças deveriam ser ajustadas, para efeito de Imposto de Renda. Com isso, as empresas passaram a usar o critério fiscal. MAS,

contabilmente, deve ser usada a melhor estimativa técnica, ainda que diferente do critério fiscal.

Para concursos, devemos usar o que informa a questão. Se não mencionar vida

útil, usamos o que o fisco determina:

Depreciação: taxas permitidas pelo fisco para efeito de IR: Veículos: 5 anos ou 20% ao ano

Máquinas e equipamentos: 10 anos ou 10% ao ano

Móveis e utensílios: 10 anos ou 10 % ao ano

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Imóveis: 25 anos ou 4 % ao ano.

Vamos ao cálculo da depreciação do primeiro ano:

Valor contábil 240.000

(-) valor residual (60.000) (=) valor depreciável 180.000

Como a vida útil foi estimada em 6 anos, dividimos o valor depreciável por 6

para calcular a depreciação do ano 1:

180.000 / 6 = 30.000 depreciação de X1.

No início do segundo ano de uso, a empresa reavaliou que a vida útil remanescente da máquina era de três anos e o valor estimado de venda ao

final do período era R$ 45.000,00.

E agora? Podemos mudar a estimativa inicial de vida útil de 6 anos e valor

residual de 60.000?

Podemos não, devemos. A contabilidade deve trabalhar com a melhor estimativa, lembra?

E como vamos efetuar essa mudança de estimativa? Estornamos a depreciação

de X1 e calculamos tudo desde o começo, nas novas bases, OU mudamos de X2 em diante?

Veja trecho do pronunciamento 23:

Mudança nas estimativas contábeis

32. Como consequência das incertezas inerentes às atividades empresariais,

muitos itens nas demonstrações contábeis não podem ser mensurados com precisão, podendo apenas ser estimados. A estimativa envolve julgamentos

baseados na última informação disponível e confiável. Por exemplo, podem ser exigidas estimativas de:

(a) créditos de liquidação duvidosa;

(b) obsolescência de estoque; (c) valor justo de ativos financeiros ou passivos financeiros;

(d) vida útil de ativos depreciáveis ou o padrão esperado de consumo dos futuros benefícios econômicos incorporados nesses ativos; e

(e) obrigações decorrentes de garantias.

36. O efeito de mudança na estimativa contábil que não seja uma mudança à qual se aplique o item 37 deve ser reconhecido prospectivamente,

incluindo-o nos resultados do:

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(a) período da mudança, se a mudança afetar apenas esse período; ou

(b) período da mudança e futuros períodos, se a mudança afetar todos eles.

37. Se a mudança na estimativa contábil resultar em mudanças em ativos e

passivos, ou relacionar-se a componente do patrimônio líquido, ela deve ser reconhecida pelo ajuste no correspondente item do ativo, do passivo ou do

patrimônio líquido no período da mudança.

38. O reconhecimento prospectivo do efeito de mudança na estimativa contábil significa que a mudança é aplicada a transações, a outros eventos e a condições

a partir da data da mudança na estimativa. A mudança em uma estimativa contábil pode afetar apenas os resultados do período corrente ou os resultados

tanto do período corrente como de períodos futuros. Por exemplo, a mudança na estimativa de créditos de liquidação duvidosa afeta apenas os resultados do

período corrente e, por isso, é reconhecida no período corrente. Porém, a

mudança na estimativa da vida útil de ativo depreciável, ou no padrão esperado de consumo dos futuros benefícios desse tipo de ativo, afeta a

depreciação do período corrente e de cada um dos futuros períodos durante a vida útil remanescente do ativo. Em ambos os casos, o efeito

da mudança relacionada com o período corrente é reconhecido como receita ou despesa no período corrente. O efeito, caso exista, em

períodos futuros é reconhecido como receita ou despesa nesses

períodos futuros.

Portanto, não alteramos a depreciação já contabilizada em X1. As mudanças nas estimativas produziram efeitos em X2 e nos exercícios futuros.

O cálculo da depreciação de X2 fica assim:

Valor contábil 240.000 (-) depreciação X1 (30.000)

(-) valor residual (45.000) (=) valor depreciável 165.000

Como a vida útil remanescente é de 3 anos, dividimos o valor depreciável por 3

para calcular a depreciação de X2:

165.000 / 3 = 55.000

Gabarito A.

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2). (EXAME DE QUALIFICAÇÃO TÉCNICA PARA REGISTRO NO CADASTRO

NACIONAL DE AUDITORES INDEPENDENTES (CNAI) DO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE (CFC) 2008 - (ADAPTADA) De acordo com o

Pronunciamento Técnico CPC 26 – Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro, a aplicação prospectiva de uma mudança em política

contábil representa:

a) a utilização de uma nova política contábil, como se essa política estivesse sempre em uso.

b) a aplicação da nova política contábil a transações, a outros eventos e a condições que ocorrerem após a adoção da nova política.

c) o registro e a divulgação do efeito da mudança em estimativa contábil nos exercícios correntes e futuros afetados pela mudança.

d) correção do registro original, da valorização ou da divulgação de elementos das demonstrações contábeis.

Comentários:

Conforme o CPC 23, aplicação prospectiva de mudança em política contábil representa a aplicação da nova política contábil a transações, a outros eventos

e a condições que ocorram após a data em que a política é alterada. Portanto, o gabarito é letra B.

Vamos examinar as outras alternativas:

“a) a utilização de uma nova política contábil, como se essa política estivesse

sempre em uso.” Trata-se de aplicação retrospectiva.

“c) o registro e a divulgação do efeito da mudança em estimativa contábil nos exercícios correntes e futuros afetados pela mudança.” Nesse caso, temos

aplicação prospectiva, mas de mudança em ESTIMATIVA contábil, e não em

política contábil.

“d) correção do registro original, da valorização ou da divulgação de elementos das demonstrações contábeis.” Aqui, aplicação retrospectiva

Gabarito B.

3) EXAME DE QUALIFICAÇÃO TÉCNICA PARA REGISTRO NO CADASTRO NACIONAL DE AUDITORES INDEPENDENTES (CNAI) DO CONSELHO FEDERAL

DE CONTABILIDADE (CFC) – 2008 (ADAPTADA) De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 26 – Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e

Retificação de Erro, o processo de determinação das estimativas contábeis

envolve julgamentos baseados nas últimas informações disponíveis. Assim, uma mudança identificada nas bases de avaliação:

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a) corresponde a uma mudança na estimativa contábil.

b) ocorre em decorrência da identificação de erro no cálculo da estimativa. c) corresponde a uma mudança em política contábil.

d) pode tornar difícil distinguir entre mudança de política contábil e de estimativa contábil. Neste caso a mudança deve ser tratada como de política

contábil.

Comentários

Analise das alternativas:

a) corresponde a uma mudança na estimativa contábil.

ERRADO. Mudança na estimativa contábil é um ajuste nos saldos contábeis de ativo ou de passivo, ou nos montantes relativos ao consumo periódico de ativo,

que decorre da avaliação da situação atual e das obrigações e dos benefícios

futuros esperados associados aos ativos e passivos.

b) ocorre em decorrência da identificação de erro no cálculo da estimativa.

ERRADO. Erro no cálculo corresponde ao conceito de ERRO, e não de mudança nas bases de informação.

c) corresponde a uma mudança em política contábil.

CORRETO. Veja o item 18 do Resumo Geral: A mudança na base de avaliação

é uma mudança na política contábil e não uma mudança na estimativa contábil. Quando for difícil distinguir uma mudança na política contábil de uma mudança

na estimativa contábil, a mudança é tratada como mudança na estimativa contábil.

d) pode tornar difícil distinguir entre mudança de política contábil e de estimativa contábil. Neste caso a mudança deve ser tratada como de política

contábil.

ERRADO. Quando for difícil distinguir uma mudança na política contábil de uma mudança na estimativa contábil, a mudança é tratada como mudança na

estimativa contábil.

Gabarito C.

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4). EXAME DE QUALIFICAÇÃO TÉCNICA PARA REGISTRO NO CADASTRO

NACIONAL DE AUDITORES INDEPENDENTES (CNAI) DO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE (CFC) – 2009 (ADAPTADA) A Administração da entidade

necessita estabelecer estimativas, assim como identificar as práticas contábeis adequadas na elaboração das demonstrações contábeis. Nesta linha, posiciona-

se o Pronunciamento Técnico CPC 23, que trata das Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro. Com base no que define a referida

Norma, assinale a opção que NÃO condiz com tais definições.

a) Na ausência de norma ou interpretação, a administração da entidade deve usar seu julgamento no desenvolvimento e na aplicação de política contábil que

resulte em informação relevante para a tomada de decisão pelos usuários. b) Em seu processo de julgamento, a administração da entidade deve

considerar pronunciamentos de outros órgãos que elaboram padrões e políticas de segmentos específicos e adotem conceitos similares no desenvolvimento de

normas contábeis.

c) A entidade deve selecionar e aplicar suas políticas contábeis de maneira uniforme em relação a transações similares, outros eventos e circunstâncias, a

não ser que outra norma ou interpretação técnica específica seja mais apropriada.

d) Mesmo que uma norma ou interpretação técnica exija ou permita forma específica de classificação de itens, essa prática contábil não deverá ser

utilizada nem aplicada.

Comentários

Todas as assertivas estão corretas, exceto a opção D.

Gabarito D.

5). EXAME DE QUALIFICAÇÃO TÉCNICA PARA REGISTRO NO CADASTRO NACIONAL DE AUDITORES INDEPENDENTES (CNAI) DO CONSELHO FEDERAL

DE CONTABILIDADE (CFC) – 2010 - Conforme a NBC T 19.11 – Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro, ao corrigir os erros

materiais de períodos anteriores, retrospectivamente, no primeiro conjunto de demonstrações contábeis cuja autorização para publicação ocorra após a

descoberta de tais erros, a entidade deve divulgar, EXCETO:

a) a natureza do erro de período anterior. b) o montante da retificação para cada período anterior apresentado, na medida

em que seja praticável, para cada item afetado da demonstração contábil; e se a NBC TS sobre Resultado por Ação se aplicar à entidade, para resultados por

ação básicos e diluídos.

c) o recálculo dos dividendos propostos para cada período anterior apresentado.

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d) as circunstâncias que levaram à existência dessa condição e uma descrição

de como e desde quando o erro foi corrigido, se a reapresentação retrospectiva for impraticável para um período anterior em particular.

Comentários

Conforme o CPC 23:

Ao aplicar o item 42, a entidade deve divulgar:

(a) a natureza do erro de período anterior;

(b) o montante da retificação para cada período anterior apresentado, na medida em que seja praticável:

(i) para cada item afetado da demonstração contábil; e (ii) se o Pronunciamento Técnico CPC 41 – Resultado por Ação se aplicar à

entidade, para resultados por ação básicos e diluídos;

(c) o montante da retificação no início do período anterior mais antigo apresentado; e

(d) as circunstâncias que levaram à existência dessa condição e uma descrição de como e desde quando o erro foi corrigido, se a reapresentação retrospectiva

for impraticável para um período anterior em particular.

As demonstrações contábeis de períodos subsequentes à retificação do erro não precisam repetir essas divulgações.

Gabarito C.

(SEFAZ SP/2009) Texto para as questões de 6 a 8. A Cia. Alvorecer, ao analisar

um determinado ativo, identifica as seguintes características:

6. O valor recuperável desse ativo é, em R$,

(A) 5.000.000,00 (B) 5.100.000,00

(C) 5.400.000,00 (D) 5.600.000,00

(E) 6.000.000,00

Comentários

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A norma define como valor recuperável de um ativo ou de uma unidade

geradora de caixa é o maior valor entre o valor justo líquido de despesas de venda (nova nomenclatura para o antigo valor líquido de venda) de um ativo e

seu valor em uso.

Valor Líquido de Venda 5.100.000 Valor em Uso 5.000.000

Portanto, o maior dos dois é o valor líquido de venda (ou valor justo líquido de despesa de venda). O gabarito da questão 6 é a letra B.

7. O valor líquido contábil é, em R$,

(A) 6.000.000,00 (B) 5.600.000,00

(C) 5.400.000,00 (D) 5.100.000,00

(E) 5.000.000,00

Comentários

Segundo a Resolução do CFC, valor contábil é o valor pelo qual um ativo está reconhecido no balanço depois da dedução de toda respectiva depreciação,

amortização ou exaustão acumulada e provisão para perdas.

O valor contábil bruto é 8.000.000. A questão ainda forneceu o valor da

depreciação acumulada, que monta a 2.000.000. Por fim, forneceu ainda a provisão já registradas para perdas, no valor de 600.000.

Dessa forma, acharíamos o valor líquido contábil subtraindo 2.000.000 e

600.000 do valor contábil bruto, de 8.000.000

Valor contábil líquido = 8.000.000 – 2.000.000 – 600.000 = 5.400.000

O gabarito da questão 7 é a letra C.

Gabarito C.

8. A perda por redução ao valor recuperável é, em R$,

(A) 3.000.000,00 (B) 2.600.000,00

(C) 1.000.000,00 (D) 600.000,00

(E) 300.000,00

Comentários

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Perda por desvalorização, segundo a Resolução, é o valor pelo qual o valor contábil de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa excede seu valor

recuperável.

Vimos que o valor recuperável é o maior valor entre o valor líquido de venda e o valor em uso. Neste caso, achamos o montante de 5.100.000

(valor de venda).

Comparando com o valor contábil líquido, que é de 5.400.000, inferimos que o valor contábil é maior do que o valor recuperável.

Neste caso, devemos apropriar no balanço uma perda por desvalorização, no

valor da diferença, 5.400.000 – 5.100.000 = 300.000.

Gabarito E.

9. (Prova de Qualificação Técnica/CFC/2009) Conforme a Resolução CFC n.º 1.110/07, que aprovou a NBC T 19.10 – Redução ao Valor Recuperável de

Ativos, assinale a opção CORRETA.

a) Uma entidade deverá testar, no mínimo a cada três anos, a redução ao valor recuperável de um ativo intangível com vida útil indefinida ou de um ativo

intangível ainda não disponível para uso, comparando o seu valor contábil com seu valor recuperável.

b) Um ativo não está desvalorizado quando o valor recuperável excede o valor contábil.

c) Independentemente de existir, ou não, qualquer indicação de redução ao

valor recuperável, uma entidade deve fazer estimativa formal do valor recuperável de todos os seus ativos imobilizados.

d) As companhias de capital aberto estão obrigadas a avaliar trimestralmente se há alguma indicação de que um ativo possa ter sofrido desvalorização.

Comentários:

Vamos analisar cada alternativa nesta questão.

(A) A regra é a que se segue: Sempre que houver indicação de

desvalorização a entidade deverá proceder à avaliação do ativo, estimando seu valor recuperável! Neste caso, analisará aqueles fatores externos e

internos indicados no item “Identificação de que um ativo pode estar desvalorizado”. Todavia, existindo ou não indicadores de desvalorização a

entidade deve testar, no mínimo anualmente (o gabarito, portanto, está

incorreto) a redução ao valor recuperável de um ativo intangível com vida útil indefinida ou de um ativo intangível ainda não disponível para uso,

comparando o seu valor contábil com seu valor recuperável.

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(B) Um ativo está desvalorizado quando seu valor contábil excede seu valor

recuperável. Se o valor recuperável é maior do que o valor contábil, o ativo não está desvalorizado. Devemos manter o valor contábil, em homenagem

ao princípio da prudência e princípio do registro pelo valor original. O gabarito está correto!

(C) Como dito, a desvalorização se dá quando o valor contábil excede o valor recuperável. A entidade deve avaliar, no mínimo ao fim de cada período

de reporte, se há alguma indicação de que um ativo possa ter sofrido desvalorização. Se houver alguma indicação, a entidade deve fazer uma

estimativa formal do valor recuperável do ativo. Não havendo indícios dessa desvalorização, dispensada está essa estimativa formal. O item está

incorreto! (Ver itens 8 e 9 da norma). (D) Errado. A norma diz que a desvalorização se dá quando o valor contábil

excede o valor recuperável. A entidade deve avaliar, no mínimo ao fim de cada período de reporte, se há alguma indicação de que um ativo possa

ter sofrido desvalorização. Portanto, não cabe falar em trimestre. O item

está incorreto.

Gabarito B.

10. (Prova de Qualificação Técnica/CFC/2009) De acordo com a Resolução

CFC n.º 1.110/07, que aprovou a NBC T 19.10 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos, uma entidade deve divulgar em suas demonstrações contábeis as

informações para cada classe de ativos. Com relação a este assunto, assinale a opção INCORRETA.

(a) o montante das perdas por desvalorização reconhecido no resultado do

período e a linha da demonstração do resultado na qual essas perdas por

desvalorização foram incluídas; (b) o montante das reversões de perdas por desvalorização reconhecido no

resultado do período e a linha da demonstração do resultado na qual essas reversões foram incluídas;

(c) o montante de perdas por desvalorização de ativos reavaliados reconhecido em outros resultados abrangentes durante o período;

(d) o valor das reversões de perdas por desvalorizações reconhecidas no resultado do período, e a(s) linha(s) da demonstração do resultado na(s)

qual(is) essas reversões foram incluídas;

Comentários

Há assuntos muito mais interessantes e didáticos para se cobrar em prova, quando se trata de teste de recuperabilidade, do que o tema divulgação.

Todavia, vamos vê-lo. Segundo o item 126 do CFC 1.110/07:

A entidade deve divulgar as seguintes informações para cada classe de ativos:

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(a) o montante das perdas por desvalorização reconhecido no resultado do período e a linha da demonstração do resultado na qual essas perdas por

desvalorização foram incluídas; (b) o montante das reversões de perdas por desvalorização reconhecido no

resultado do período e a linha da demonstração do resultado na qual essas reversões foram incluídas;

(c) o montante de perdas por desvalorização de ativos reavaliados reconhecido em outros resultados abrangentes durante o período; e

(d) o montante das reversões das perdas por desvalorização de ativos

reavaliados reconhecido em outros resultados abrangentes durante o período.

O gabarito é a alternativa D, que é a incorreta. Mas não só por não atender à literalidade é que a assertiva peca. Leiamos novamente a questão: O valor das

reversões de perdas por desvalorizações reconhecidas parte no resultado do exercício e parte no patrimônio líquido.

Está errado! Ora, como visto no capítulo, a reversão da perda por desvalorização de um ativo deve ser reconhecida imediatamente no resultado

do período, a menos que o ativo esteja registrado por valor reavaliado. Neste caso, qualquer reversão de uma perda por desvalorização sobre um ativo

reavaliado deve ser tratada como aumento de reavaliação.

Ressalte-se que a questão diz que a perda por desvalorização (não se fala em reavaliação) vai ser reconhecida parte no patrimônio líquido, o que vai de

encontro ao previsto no parágrafo acima.

Assim, levem para a prova

Reversão da perda por desvalorização de ativo “normal” lança-se no resultado do exercício.

Reversão da perda por desvalorização de ativo “reavaliado” lança-se no

patrimônio líquido, como aumento da reavaliação.

Lembrem-se, por fim, de que o aumento do valor contábil de um ativo atribuível à reversão de perda por desvalorização, não deve exceder o valor

contábil que teria sido determinado, líquido de depreciação, amortização ou exaustão, caso nenhuma desvalorização tivesse sido reconhecida em anos

anteriores.

Gabarito D.

11. (Autoria própria) O CPC 01, devidamente revisado, prescreve que, a fim de para checarmos possível desvalorização de ativos, sejam eles imobilizados,

sejam eles intangíveis, o valor contábil deve ser comparado com:

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a) Não há nas normas de contabilidade comparação a ser feita, em homenagem

ao princípio do registro pelo valor original. b) Valor em uso.

c) Valor recuperável d) Valor líquido de venda

e) Valor depreciável.

Comentários

Segundo a norma, devemos comparar o valor contábil líquido com o valor recuperável, que é definido como o maior valor entre o valor de uso e o valor

de venda líquido.

Gabarito C.

12. (Auditor do TCM PA/2008/FGV) A Empresa Industrial J, no ano t, efetuou adequadamente o lançamento contábil relativo ao teste de recuperabilidade do

valor contábil de determinado equipamento, sabendo-se que:

I. O valor de registro original desse equipamento é $80.000,00. A depreciação acumulada do equipamento, até a data do teste, é $50.000,00;

II. O valor de mercado desse equipamento, na data do teste, é $32.000,00. Caso a Empresa J vendesse o equipamento, na data do teste, incorreria em

gastos associados a tal transação no montante de $5.000,00; III. Caso a Empresa J não vendesse o equipamento e continuasse utilizando-o

no processo produtivo, seria capaz de produzir 5.000 unidades do produto Ju por ano pelos próximos 4 anos (assuma que a produção anual ocorra no final de

cada ano). Ao final desse período, o equipamento se reduziria a sucata. O preço

de venda do produto Ju é $5,00 por unidade.

Os gastos médios incorridos na produção e venda de uma unidade de produto Ju é $3,00. O custo de capital da Empresa J é 10% ao ano;

IV. a Empresa J é sediada num paraíso fiscal; portanto, ignore qualquer tributo.

Segundo a Resolução CFC 1.110/07, indique o valor da variação que deverá

sofrer o resultado da Empresa J.

(A) Entre $ –6.000,00 e $ –4.000,01. (B) Entre $ –4.000,00 e $ –2.000,01.

(C) Entre $ –2.000,00 e $ –0,01. (D) Zero.

(E) Entre $ 0,01 e $ 2.000,00.

Comentários

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Para efetuar o teste de recuperabilidade, devemos comparar o valor contábil

com o maior entre o valor em uso e o valor líquido de vendas.

Valor contábil é o valor pelo qual um ativo está reconhecido no balanço depois da dedução de toda respectiva depreciação, amortização ou exaustão

acumulada e provisão para perdas.

Valor contábil = Valor original (-) depreciação acumulada Valor contábil = $ 80.000,00 (-) $ 50.000,00 = $ 30.000,00

Valor recuperável de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa é o

maior valor entre o valor líquido de venda de um ativo e seu valor em uso.

Valor em uso é o valor presente de fluxos de caixa futuros estimados, que devem resultar do uso de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa.

Valor em uso anual = 5.000x(5 – 3) = 10.000

Ano 1: 10.000 / 1,1 = 9090,91 Ano 2: 10.000 / 1,21 = 8.264,46

Ano 3: 10.000 / 1,33 = 7518,80 Ano 4: 10.000 / 1,46 = 6849,31

Valor atual 31.723,48

Como o valor em uso superou o valor contábil, não haverá necessidade de nenhum ajuste referente ao teste de recuperabilidade. Portanto, já podemos

indicar a resposta:

Vamos calcular o valor liquido de venda apenas para fins didáticos.

Valor líquido de venda é o valor a ser obtido pela venda de um ativo ou de

uma unidade geradora de caixa em transações em bases comutativas, entre partes conhecedoras e interessadas, menos as despesas estimadas de venda.

Valor de mercado do equipamento 32.000,00

(-) Despesa de venda (5.000,00) (=) Valor líquido de venda 27.000,00

12. Gabarito D.

13. (Auditor do TCM RJ/2008/FGV) Segundo a Resolução CFC 1.110/07, assinale o valor da variação que deverá sofrer o patrimônio da Empresa

Industrial X ao efetuar, adequadamente, o lançamento contábil relativo ao teste de recuperabilidade do equipamento Y, sabendo-se que:

1. o valor de registro original do equipamento Y é $100.000,00;

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2. a depreciação acumulada do equipamento Y, até a data do teste, é

$40.000,00; 3. o valor de mercado do equipamento Y, na data do teste, é $62.000,00;

4. caso a Empresa X vendesse o equipamento Y, na data do teste, incorreria em gastos associados a tal transação no montante de $13.000,00;

5. caso a Empresa X não vendesse o equipamento Y e o continuasse utilizando no processo produtivo, seria capaz de produzir 10.000 unidades do produto Z

por ano pelos próximos 3 anos; 6. o preço de venda do produto Z é $10,00 por unidade;

7. os gastos médios incorridos na produção e venda de uma unidade de produto Z é $8,00;

8. o custo de capital da Empresa X é 10% ao ano; 9. a Empresa X é sediada num paraíso fiscal; portanto, ignore qualquer tributo.

(A) entre $ –15.000,00 e $ –10.801,00

(B) entre $ –10.800,00 e $ –5.001,00

(C) entre $ –5.000,00 e $ –1,00 (D) zero

(E) entre $1,00 e $2.000,00

Comentários

Esta foi a primeira questão sobre o teste de recuperabilidade proposta pela FGV. Posteriormente, esse formato de questão foi cobrado em outras provas

desta banca, praticamente sem alteração.

O teste de Recuperabilidade (também chamado de “Impairment”) parte da premissa de que nenhum ativo pode ficar registrado no balanço por valor

superior aos benefícios futuros que irá produzir.

Um ativo pode produzir benefícios de duas formas:

1) sendo utilizado para produzir bens que serão vendidos, o que é chamado de

“valor em uso”; 2) Através da venda do ativo, que é o “valor justo líquido de despesa de

venda”. Esse valor deve ser considerado líquido das despesas de venda.

Comparamos o valor contábil do ativo com o maior valor apurado entre o Valor em Uso e o Valor de Venda. Se o valor contábil for menor (ou seja, o ativo irá

gerar benefícios futuros que excedem o seu valor contábil), não há necessidade de nenhum ajuste.

Do contrário, devemos reconhecer uma perda, cuja contabilização é a seguinte:

D – Perda por desvalorização - teste de recuperabilidade (resultado)

C – Perda com teste de recuperabilidade (retificadora do Ativo).

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Após estas considerações, vamos à resolução da questão.

Valor contábil é o valor pelo qual um ativo está reconhecido no balanço depois

da dedução de toda respectiva depreciação, amortização ou exaustão acumulada e provisão para perdas.

Valor contábil = Valor original (-) depreciação acumulada

Valor contábil = $ 100.000,00 (-) $ 40.000,00 = $ 60.000,00

Valor recuperável de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa é o maior valor entre o valor líquido de venda de um ativo e seu valor em uso.

Valor em uso é o valor presente de fluxos de caixa futuros estimados, que

devem resultar do uso de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa.

Valor em uso anual = 10.000 x (10 – 8) = 20.000

ANO 1: 20.000/1,1 = 18.181,81

ANO 2: 20.000/1,1 = 16.528,92 ANO 3: 20.000/1,1 = 15.026,29

Somando os fluxos de caixa estimados, temos:

18.181,81 + 16.528,92 + 15.026,29 = $ 49.737,02

Valor justo líquido de despesa de venda é o valor a ser obtido pela venda

de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa em transações em bases comutativas, entre partes conhecedoras e interessadas, menos as despesas

estimadas de venda.

Valor Líquido de Venda = 62.000-13.000= 49.000

Valor em Uso > Valor Líquido de Venda = 49737,02 > 49.000 Valor Contábil = 100.000 - 40.000 = 60.000

Redução ao Valor Recuperável = 49.737,02 – 60.000 = (10.262,97)

Se, e somente se, o valor recuperável de um ativo for menor do que seu valor

contábil, o valor contábil do ativo deve ser reduzido ao seu valor recuperável.

Essa redução representa uma perda por desvalorização do ativo.

Gabarito B.

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14. (Agente Fiscal de Rendas/RJ/2008/FGV) Em consonância à Resolução CFC

1.110/07, determine o valor do Ativo Permanente da Cia. Churrasqueira a ser apurado logo após o reconhecimento contábil do teste de recuperabilidade do

valor contábil do imobilizado.

Sabe-se que:

- O valor de mercado desse imobilizado, na data do teste, é $23.000,00. Caso a Cia. Churrasqueira vendesse o equipamento, na data do teste (t), incorreria em

gastos associados a tal transação no montante de $5.000,00; - Caso a Cia. Churrasqueira não vendesse o imobilizado e continuasse

utilizando-o no processo produtivo, seria capaz de produzir mais 4.000 unidades do produto Espeto no próximo ano (t+1); 3.000 unidades do produto

Espeto em t+2; 2.000 unidades do produto Espeto em t+3; 1.000 unidades do produto Espeto em t+4 e 500 unidades do produto Espeto em t+5. (Assuma

que a produção anual ocorra no final de cada ano.) Ao final desse período (no

final de t+5), o imobilizado poderia ser comercializado por $2.000,00, e a Cia. Churrasqueira incorreria em gastos associados a tal transação no montante de

$400,00. O preço de venda do produto Espeto é $12,00 por unidade. Os gastos médios incorridos na produção e venda de uma unidade de produto Espeto é

$9,50;

- A Cia. Churrasqueira é sediada num paraíso fiscal; portanto, ignore qualquer tributo;

- O custo de capital da Cia. Churrasqueira é 20% ao ano;

- O Balanço Patrimonial da Cia. Churrasqueira apurado em 31/12/2008

imediatamente antes de o teste de recuperabilidade em tela ter sido reconhecido contabilmente é o seguinte:

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(A) Maior que $19.200,00. (B) Entre $18.800,01 e 19.200,00.

(C) Entre $18.400,01 e 18.800,00. (D) Entre $18.000,01 e 18.400,00.

(E) Menor ou igual a $18.000,00.

Comentários

Mais uma questão de teste de recuperabilidade, como já é tradicional na FGV.

Mas esta questão apresenta um problema que resultou na sua anulação. Vamos apresentar primeiro a resolução pretendida pela banca e depois trataremos da

anulação.

O teste de Recuperabilidade (também chamado de “Impairment”) parte da premissa de que nenhum ativo pode ficar registrado no balanço por valor

superior aos benefícios futuros que irá produzir.

Um ativo pode produzir benefícios de duas formas:

1) sendo utilizado para produzir bens que serão vendidos, o que é chamado de “Valor em Uso”;

2) Através da venda do ativo, que é o “Valor Justo Líquido de Despesa de

Venda”. Esse valor deve ser considerado líquido das despesas de venda.

Comparamos o valor contábil do ativo com o maior valor apurado entre o Valor em Uso e o Valor de Venda. Se o valor contábil for menor (ou seja, o ativo irá

gerar benefícios futuros que excedem o seu valor contábil), não há necessidade de nenhum ajuste.

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Do contrário, devemos reconhecer uma perda, cuja contabilização é a seguinte:

D – Perda por desvalorização - teste de recuperabilidade (resultado)

C – Perda com teste de recuperabilidade (retificadora do Ativo).

Após estas considerações, vamos à resolução da questão.

Valor contábil é o valor pelo qual um ativo está reconhecido no balanço depois da dedução de toda respectiva depreciação, amortização ou exaustão

acumulada e provisão para perdas.

Valor contábil = Valor original (-) depreciação acumulada

Valor contábil = $ 75.000,00 (-) $ 55.000,00 = $ 20.000,00

Valor recuperável de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa é o

maior valor entre o valor líquido de venda de um ativo e seu valor em uso.

Valor em uso é o valor presente de fluxos de caixa futuros estimados, que devem resultar do uso de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa.

Preço de venda = $12,00 por unidade.

Os gastos médios incorridos na produção e venda de uma unidade de produto

Espeto é $9,50; portanto, cada unidade vendida gera fluxo de caixa de $ 2,50.

De acordo com os dados da questão, podemos montar o seguinte quadro:

Ano Produção Lucro unitário Total Deflator Valor presente

1 4.000 R$ 2,50 R$ 10.000,00 1,2 R$ 8.333,33

2 3.000 R$ 2,50 R$ 7.500,00 1,44 R$ 5.208,33

3 2.000 R$ 2,50 R$ 5.000,00 1,728 R$ 2.893,52

4 1.000 R$ 2,50 R$ 2.500,00 2,0736 R$ 1.205,63

5 500 R$ 2,50 R$ 1.250,00 2,48832 R$ 502,35

Valor residual R$ 1.600,00 2,48832 R$ 643,00

Valor Total R$ 18.786,17

Valor líquido de venda é o valor a ser obtido pela venda de um ativo ou de

uma unidade geradora de caixa em transações em bases comutativas, entre partes conhecedoras e interessadas, menos as despesas estimadas de venda.

Valor Líquido de Venda = 23.000,00 -8.000,00 = 18.000,00

O valor em uso e o valor liquido de venda são menores que o valor contábil.

Nesse caso, reconhecemos uma perda no teste de recuperabilidade, usando como parâmetro o maior valor entre o valor em uso e o valor liquido de venda.

Assim:

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Valor contábil 20.000,00 Valor em uso 18.786,17

Perda apurada 1.213,83

Contabilização:

D – Perda por desvalorização - teste de recuperabilidade (resultado) 1.213,83 C – Perda com teste de recuperabilidade (ret. a. imobilizado) 1.213,83

Ativo permanente inicial 20.000,00

(-) ajuste recuperabilidade (1.213,84) Ativo permanente final 18.786,16

Assim, a resposta, neste caso, seria a Letra C, que foi apontada como o

gabarito provisório.

Ocorre que a questão misturou a terminologia antiga (ativo permanente) com a

terminologia atual (ativo não circulante). O Ativo Permanente compreendia os sub-grupos Investimentos, Imobilizado e Ativo Diferido.

O atual Ativo Não Circulante compreende os sub-grupos Ativo Realizável a

longo prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível.

Quando a questão menciona “Outros ativos não circulantes exceto imobilizado”, se considerarmos que o valor apontado refere-se ao Ativo Realizável a Longo

Prazo, chegamos à resposta da banca.

Mas se considerarmos que tal valor pertence ao Investimento ou ao Ativo Intangível (que também se encaixam na descrição de “Outros Ativos não

Circulantes exceto Imobilizado), aí a resposta seria 60.000,00 + 18.786,16 =

78.786,16, LETRA A.

Por apresentar duas possíveis resposta, a questão foi anulada.

Gabarito preliminar C. Gabarito definitivo Anulada.

15. (Agente Fiscal de Rendas/RJ/2009/FGV)Em 01.04.2009, a Cia. Platina

adquiriu um equipamento para ser utilizado em sua fábrica no valor de $ 113.000. Os seguintes custos adicionais são diretamente relacionados ao ativo:

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O equipamento tem vida útil estimada em 12 anos. Após esse período, o valor residual é estimado em zero. Para atendimento do CPC 01, aprovado pelo CFC,

deve ser efetuada em 31.12.2009 a avaliação do valor recuperável do ativo. As informações obtidas nesta data são as seguintes:

Em 31.12.2009, o valor líquido do equipamento que deve ser apresentado no Balanço Patrimonial da Cia. Platina será:

(A) $ 120.063.

(B) $ 112.500. (C) $ 111.500.

(D) $ 140.000. (E) $ 90.000.

Comentários

O ativo irá ao imobilizado com valor de:

113.000 + 5.000 + 2.000 = R$ 120.000,00 O seguro deverá ser computado como Despesa de seguro no exercício, de

acordo com o princípio da competência.

O valor recuperável do ativo é o maior valor entre o valor de venda e o valor em uso. Neste caso, é de R$ 140.000,00.

Assim, em homenagem ao princípio da prudência, nenhum ajuste há que ser

feito.

A depreciação do equipamento será de:

120.000 / 12 = R$ 10.000,00 por ano.

Como o equipamento foi posto em uso em abril, devemos depreciá-lo pelo

período de 9 meses no exercício de 2009.

10.000,00 x 9/12 = R$ 7.500,00 (Depreciação de 2009).

Logo, deverá ser levado a balanço o valor de R$ 120.000,00 – 7.250,00 = R$ 112.500,00.

Gabarito B.

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16. (Auditor Fiscal da Receita Estadual de Santa Catarina/FEPESE/2010) Quais

os elementos que devem ser considerados no cálculo do valor em uso do ativo?

a. ( ) Estimativa dos fluxos de caixa futuros que a entidade espera obter com esse ativo; e o valor do dinheiro no tempo, representado pela atual taxa de

juros livre de risco; inflação e taxa de câmbio. b. ( ) Expectativas sobre possíveis variações no montante ou período desses

fluxos de caixa futuros; o valor do dinheiro no tempo, representado pela taxa de juros livre de risco; e o preço decorrente da incerteza inerente ao ativo;

inflação e taxa de câmbio. c. ( ) Estimativa dos fluxos de caixa futuros que a entidade espera obter com

esse ativo; e outros fatores, tais como falta de liquidez que participantes do mercado iriam considerar, ao determinar os fluxos de caixa futuros que a

entidade espera obter com o ativo. d. ( ) Expectativas presentes dos fluxos de caixa futuros; taxa de juros ajustada

e livre de risco; o preço decorrente da incerteza inerente ao ativo e ao setor

empresarial; e outros fatores, tais como falta de liquidez, inflação, taxa de câmbio, etc.

e. ( ) Estimativa dos fluxos de caixa futuros que a entidade espera obter com esse ativo; expectativas sobre possíveis variações no montante ou período

desses fluxos de caixa futuros; o valor do dinheiro no tempo, representado pela atual taxa de juros livre de risco; o preço decorrente da incerteza inerente ao

ativo; e outros fatores, tais como falta de liquidez que participantes do mercado iriam considerar, ao determinar os fluxos de caixa futuros que a entidade

espera obter com o ativo.

Comentários

Conforme o pronunciamento CPC 01 (R1) – Redução ao Valor Recuperável de Ativos;

Valor em uso é o valor presente de fluxos de caixa futuros esperados que devem advir de um ativo ou de unidade geradora de caixa. (...)

30. Os seguintes elementos devem ser refletidos no cálculo do valor em uso do ativo:

(a) estimativa dos fluxos de caixa futuros que a entidade espera obter com esse ativo;

(b) expectativas acerca de possíveis variações no montante ou no período de ocorrência desses fluxos de caixa futuros;

(c) valor do dinheiro no tempo, representado pela atual taxa de juros livre de risco;

(d) preço pela assunção da incerteza inerente ao ativo (prêmio); e (e) outros fatores, tais como falta de liquidez, que participantes do mercado

iriam considerar ao precificar os fluxos de caixa futuros esperados da entidade,

advindos do ativo.

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A única alternativa completa é a alternativa E.

GABARITO E.

17. (Auditor Fiscal da Receita Estadual de Santa Catarina/FEPESE/2010) De acordo com o CPC-01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos, Vida Útil é

definida como:

a. ( ) apenas o período de tempo no qual a entidade espera usar um ativo, independentemente do número de unidades de produção que a entidade espera

obter ou produzir com esse ativo. b. ( ) o período de tempo, não superior ao ciclo operacional da entidade, no

qual a entidade espera usar um ativo.

c. ( ) o período de tempo no qual a entidade espera usar um ativo ou o número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a entidade espera

obter do ativo. d. ( ) o período de tempo no qual a entidade espera usar um ativo com objetivo

de gerar benefícios presentes e futuros, respeitando o ciclo operacional especifico da atividade da entidade.

e. ( ) o período de tempo no qual a entidade espera usar um ativo com objetivo de gerar benefícios presentes e futuros, respeitando sua vida remanescente

além do ciclo operacional especifico da atividade.

Comentários

De acordo com o pronunciamento CPC 01:

Vida útil é: (a) o período de tempo durante o qual a entidade espera utilizar um ativo; ou

(b) o número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a

entidade espera obter do ativo.

GABARITO C.

18. (Auditor Fiscal da Receita Estadual de Santa Catarina/FEPESE/2010) Quanto

à unidade geradora de caixa, pode afirmar:

a. ( ) A identificação de uma unidade geradora de caixa não requer julgamento.

b. ( ) As unidades geradoras de caixa são apenas aquelas responsáveis pela geração de caixa decorrentes das atividades operacionais apresentadas na

demonstração do fluxo de caixa. c. ( ) Unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que

gera as entradas de caixa, que são em grande parte independentes das entradas de caixa de outros ativos ou de grupos de ativos.

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d. ( ) Unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que

gera as saídas de caixa, que são em grande parte independentes das saídas de caixa de outros ativos ou de grupos de ativos.

e. ( ) Unidade geradora de caixa é o maior grupo identificável de ativos que gera as entradas e saídas de caixa, que são em grande parte independentes

das entradas e das saídas de caixa de outros ativos ou de grupos de ativos

Comentários

Novamente uma questão que é cópia do pronunciamento do CPC. Confira:

Pronunciamento CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos:

Unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que gera entradas de caixa, entradas essas que são em grande parte independentes das entradas de caixa de outros ativos ou outros grupos de ativos.

68. Conforme definido no item 6, uma unidade geradora de caixa de um ativo é o menor grupo de ativos que inclui esse ativo e gera entradas de caixa que são

em grande parte independentes das entradas de caixa provenientes de outros ativos ou grupos de ativos. A identificação de uma unidade geradora de caixa

do ativo envolve julgamento. Se o valor recuperável não puder ser determinado para um ativo individual, a entidade identifica o menor agregado de ativos que

gera entradas de caixa em grande parte independentes.

Alternativa correta C.

Vamos analisar rapidamente as outras alternativas:

a. ( ) A identificação de uma unidade geradora de caixa não requer julgamento.

Alternativa INCORRETA, a identificação de uma unidade geradora de caixa envolve julgamento.

b. ( ) As unidades geradoras de caixa são apenas aquelas responsáveis pela

geração de caixa decorrentes das atividades operacionais apresentadas na demonstração do fluxo de caixa.

Alternativa INCORRETA, não há essa restrição (apenas aquelas responsáveis

pela geração de caixa decorrente das atividades operacionais) no pronunciamento.

c. ( ) Unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que

gera as entradas de caixa, que são em grande parte independentes das entradas de caixa de outros ativos ou de grupos de ativos.

Alternativa CORRETA.

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d. ( ) Unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que gera as saídas de caixa, que são em grande parte independentes das saídas de

caixa de outros ativos ou de grupos de ativos.

Alternativa INCORRETA, é o menor grupo de ativos que gera ENTRADAS de caixa.

e. ( ) Unidade geradora de caixa é o maior grupo identificável de ativos que

gera as entradas e saídas de caixa, que são em grande parte independentes das entradas e das saídas de caixa de outros ativos ou de grupos de ativos

Alternativa INCORRETA, é o MENOR grupo de ativos que gera ENTRADAS de

caixa.

GABARITO C.

19. (Ciências Contábeis/ABIN/2010/Cespe) Determinada entidade, ao realizar os testes para a recuperabilidade de seus ativos, não encontrou mercado ativo

para sua unidade geradora de caixa, estimando, porém, que o correspondente valor em uso era de R$ 10 milhões. O valor contábil líquido da unidade

geradora de caixa registrava R$ 12 milhões. Nessa situação, a entidade deveria reconhecer o fato com reduções no ativo e no resultado do período pelo valor

da diferença de R$ 2 milhões.

Comentários

O item está correto. Como o valor contábil é maior do que o valor recuperável,

reconhece-se uma perda por desvalorização no valor de R$ 2 milhões, devendo o lançamento ser feito a débito de conta de resultado e a crédito de conta

retificadora do ativo imobilizado.

Gabarito Correto.

20. (Ciências Contábeis/ABIN/2010/Cespe) Ao realizar os testes para a

recuperabilidade de seus ativos, determinada entidade realizou as estimativas para o valor recuperável de sua unidade geradora de caixa, encontrando um

valor realizável líquido de R$ 3,5 milhões e um valor de uso de R$ 3 milhões. O

valor contábil líquido da unidade geradora de caixa está registrado como R$ 4 milhões. Nessa situação, a entidade deverá reconhecer uma perda ao valor

recuperável de R$ 1 milhão.

Comentários

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O item está incorreto. O valor recuperável é o maior valor entre o valor em uso

e o valor justo líquido de despesas de vendas. Neste caso, o maior é R$ 3,5 milhões. A perda a ser reconhecida é, portanto, de R$ 500.000,00.

Gabarito Errada.

21. (Ciências Contábeis/ABIN/2010/Cespe) Diante dos testes para a recuperabilidade de seus ativos, determinada entidade levou em conta a

possibilidade de uma futura reorganização. As estimativas do valor em uso foram de R$ 7 milhões, caso excluída a receita marginal advinda da

reorganização, e R$ 10 milhões, incluindo tal receita. A entidade não encontrou mercado ativo para sua unidade geradora de caixa. O valor contábil líquido da

unidade geradora de caixa estava registrado como R$ 8 milhões. Nessa

situação, não houve perda a ser contabilizada relacionada à unidade geradora de caixa.

Comentários

Já dissemos que as melhorias futuras a serem realizadas não devem ser

levadas em consideração quando do cálculo do valor recuperável.

Neste caso, portanto, devemos considerar o montante de R$ 7 milhões como valor recuperável. Como o valor contábil supera o valor recuperável, uma perda

deve ser reconhecida, no montante de R$ 1 milhão.

Gabarito Errada.

22. (Analista Judiciário/TRT 4ª região/FCC) Cia. Delfim Verde, em obediência às normas brasileiras de contabilidade, fez, em 31/12/2009, o teste de

recuperabilidade (impairment test) do valor de uma máquina utilizada na fabricação de seus produtos. Os dados abaixo foram levantados pelo

departamento de contabilidade da empresa (em R$):

Valor em uso da máquina 620.000,00 Valor líquido de venda 610.000,00

Custo de aquisição 710.000,00 Depreciação acumulada 70.000,00

A companhia deve registrar uma perda no valor do ativo de R$

a) 100.000,00. b) 90.000,00.

c) 10.000,00. d) 30.000,00.

e) 20.000,00.

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Comentários

O valor recuperável é R$ 620.000 (maior entre valor de uso e valor de venda). O valor contábil é de R$ 640.000,00 (710.000 – 70.000). Assim, devemos

reconhecer uma perda de R$ 20.000,00.

Gabarito E.

23. (Agente Legislativo/FCC/2010) A empresa Lâmbda S.A. realizou o teste de

recuperabilidade de ativos e constatou a perda de valor em um ativo reavaliado, em montante inferior ao saldo da Reserva de Reavaliação. Essa

empresa deve:

a) manter o valor do bem, uma vez que o mesmo apresenta o valor reavaliado.

b) lançar a perda a débito da conta de resultado, pelo valor total, realizando o valor da reserva de reavaliação.

c) reverter a reserva de reavaliação do Patrimônio Líquido contra a conta de reserva de reavaliação no Ativo.

d) lançar a perda a crédito da conta de ajuste especial no Patrimônio Líquido. e) registrar contra a conta de reavaliação no Patrimônio Líquido, até o

montante do valor da perda.

Comentários

A reversão da perda por desvalorização de um ativo deve ser reconhecida imediatamente no resultado do período, a menos que o ativo esteja

registrado por valor reavaliado. Neste caso, qualquer reversão de uma

perda por desvalorização sobre um ativo reavaliado deve ser tratada como aumento de reavaliação.

Assim, levem para a prova

Reversão da perda por desvalorização de ativo “normal” lança-se no resultado do exercício.

Reversão da perda por desvalorização de ativo “reavaliado” lança-se no

patrimônio líquido, como aumento da reavaliação.

Lembrem-se, por fim, de que o aumento do valor contábil de um ativo

atribuível à reversão de perda por desvalorização, não deve exceder o valor contábil que teria sido determinado, líquido de depreciação, amortização ou

exaustão, caso nenhuma desvalorização tivesse sido reconhecida em anos anteriores.

Gabarito E.

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24. (Analista de Controle Externo/TCE/GO/2009/FCC) De acordo com a Lei n° 11.638/07, um ativo intangível com vida útil econômica indefinida, após o

reconhecimento inicial,

a) deve ser amortizado. b) deve ser depreciado.

c) deve ser exaurido. d) deve ser trazido a valor presente.

e) está sujeito ao teste de recuperabilidade.

Comentários

Existem dois métodos distintos para a mensuração do ativo intangível trazidos pelo CPC 04, Método de Custo e Método de Reavaliação, a saber:

Método de Custo: Posteriormente ao reconhecimento inicial o ativo intangível deve ser apresentado ao custo, menos a amortização acumulada e a perda

acumulada (se houver).

Método de Avaliação: Após o reconhecimento, se permitido legalmente, um ativo intangível pode ser apresentado pelo seu valor reavaliado, correspondente

ao valor justo na data da reavaliação.

Apesar do CPC 04 trazer as duas definições, ressaltamos que a contabilização pela reavaliação não mais existe no ordenamento pátrio, portanto, não deve ser

aplicada nas demonstrações contábeis.

Após a mensuração, a Cia deverá avaliar se se trata de um ativo intangível de vida útil indefinida ou definida. Para os ativos intangíveis de vida útil

indefinida a amortização torna-se proibida, afinal, não temos um prazo para

calcular, não saberemos apurar a amortização senão de forma arbitrária (como utilizamos para achar o valor de depreciação no imobilizado, exemplo: 10 anos

de depreciação sem valor residual = 10% ao ano). Incabível também se falar em depreciação ou exaustão.

Contudo, falar que um ativo intangível tem vida útil indefinida não significa

dizer que ele tenha vida útil infinita, eterna. Esses ativos estarão sujeitos à análise de impairment anual. Como prevê o CPC 01, existindo ou não

indicadores de desvalorização a entidade deve: testar, no mínimo anualmente, a redução ao valor recuperável de um ativo intangível com

vida útil indefinida ou de um ativo intangível ainda não disponível para uso, comparando o seu valor contábil com seu valor recuperável. Esse teste de

redução ao valor recuperável pode ser executado a qualquer momento no período de um ano, desde que seja executado, todo ano, no mesmo período.

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Ativos intangíveis diferentes podem ter o valor recuperável testado em períodos

diferentes. Entretanto, se tais ativos intangíveis foram inicialmente reconhecidos durante o ano corrente, deve ter a redução ao valor recuperável

testada antes do fim do ano corrente; e

Gabarito E.

25. (FGV/Auditor Fiscal/ICMS RJ/2011) Recentemente, foi instituída uma

obrigação acessória a ser observada por 100% das empresas, chamada “teste de impairment”, ou recuperabilidade dos ativos. Essa obrigação surge em um

contexto de mudança de paradigma no setor contábil. Nossa contabilidade, que, em alguns aspectos, acompanhava a escola americana, passou a observar os

pronunciamentos internacionais, os chamados IFRS (International Financial

Reporting Standards). Isso permitirá, entre outros aspectos, que as demonstrações contábeis de empresas brasileiras sejam inteligíveis aos

investidores europeus. Com a contabilidade uniformizada, nossas empresas gozarão de maior confiança, o que poderá resultar em maiores investimentos,

contribuindo para alavancar o crescimento de nosso país. Essas alterações têm demandado muitos estudos por parte dos contadores, para adaptar as

empresas a essa nova realidade. Em termos práticos, já fazem parte da nossa realidade a nota fiscal eletrônica, o SPED (Sistema Público de Escrituração

Digital), etc. O impairment faz parte dessa nova realidade.” (Carvalho, Jornal do CRC-SC) A respeito do impairment, consoante o disposto na Res. 1.292/10,

é correto afirmar que

(A) a recuperabilidade dos investimentos feitos nos estoques deve ser apurada por meio do valor de uso.

(B) a recuperabilidade de ativos advindos de planos de benefícios a empregados

deve ser apurada por meio do valor de uso. (C) a recuperabilidade de ativos financeiros que estejam dentro do alcance das

normas do CFC que disciplinam instrumentos financeiros será apurada por meio do valor de uso.

(D) a recuperabilidade do intangível será apurada por meio exclusivamente do valor de venda, não sendo permitida sua alocação em uma unidade geradora de

caixa. (E) a recuperabilidade do imobilizado será feita por meio do valor de uso ou de

venda.

Comentários

Segundo a Resolução n. 1.292/10 do CFC:

2. Este Pronunciamento Técnico deve ser aplicado na contabilização de ajuste para perdas por desvalorização de todos os ativos, exceto:

(a) estoques (ver Pronunciamento Técnico CPC 16(R1) – Estoques);

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(b) ativos advindos de contratos de construção (ver Pronunciamento Técnico CPC 17 – Contratos de Construção);

(c) ativos fiscais diferidos (ver Pronunciamento Técnico CPC 32 – Tributos sobre o Lucro);

(d) ativos advindos de planos de benefícios a empregados (ver Pronunciamento Técnico CPC 33 – Benefícios a Empregados);

(e) ativos financeiros que estejam dentro do alcance dos Pronunciamentos Técnicos do CPC que disciplinam instrumentos financeiros;

(f) propriedade para investimento que seja mensurada ao valor justo (ver Pronunciamento Técnico CPC 28 – Propriedade para Investimento);

(g) ativos biológicos relacionados à atividade agrícola que sejam mensurados ao valor justo líquido de despesas de venda (ver Pronunciamento Técnico CPC 29 –

Ativo Biológico e Produto Agrícola); (h) custos de aquisição diferidos e ativos intangíveis advindos de direitos

contratuais de companhia de seguros contidos em contrato de seguro dentro do alcance do Pronunciamento Técnico CPC 11 – Contratos de Seguro; e

(i) ativos não circulantes (ou grupos de ativos disponíveis para venda)

classificados como mantidos para venda em consonância com o Pronunciamento Técnico CPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação

Descontinuada.

Portanto, de plano descartamos as assertivas de “a” a “c”, já que possuem

normatização específica.

Resta a alternatida “d” e a alternativa “e”.

Analisemo-las.

(D) a recuperabilidade do intangível será apurada por meio exclusivamente do valor de venda, não sendo permitida sua alocação

em uma unidade geradora de caixa.

Esta assertiva está incorreta.

Inicialmente, deve-se avaliar o valor recuperável de um ativo imobilizado

priorizando-se o ativo individual. Todavia, muitas vezes não é possível estimar o valor recuperável do ativo por si só. Quando isto ocorrer, devemos nos

utilizar, para fazer a estimativa, do menor conjunto possível de ativos. É o que chamamos de unidade geradora de caixa.

Segundo a resolução do CFC:

Unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que gera entradas de caixa, entradas essas que são em grande parte independentes das

entradas de caixa de outros ativos ou outros grupos de ativos.

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(E) a recuperabilidade do imobilizado será feita por meio do valor de

uso ou de venda.

Segundo a resolução do CFC:

Valor recuperável de um ativo ou de unidade geradora de caixa é o maior montante entre o seu valor justo líquido de despesa de venda e o seu valor em

uso.

Gabarito E.

26. (FGV/Auditor Fiscal/ICMS RJ/2011) A respeito do impairment, consoante o

disposto na Resolução CFC 1.292/10, é INCORRETO afirmar que:

a) o prazo para o teste de recuperabilidade dos ativos sugerido pelo CFC é de,

no mínimo, 10 anos. b) unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que gera

entradas de caixa, que são em grande parte independentes das entradas de caixa de outros ativos ou outros grupos de ativos.

c) ativos corporativos são ativos, exceto ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), que contribuem, mesmo que indiretamente, para os fluxos de

caixa futuros tanto da unidade geradora de caixa sob revisão quanto de outras unidades geradoras de caixa.

d) independentemente de existir, ou não, qualquer indicação de redução ao valor recuperável, a entidade deve testar, no mínimo anualmente, a redução ao

valor recuperável de um ativo intangível com vida útil indefinida ou de um ativo intangível ainda não disponível para uso, comparando o seu valor contábil com

seu valor recuperável. Esse teste de redução ao valor recuperável pode ser

executado a qualquer momento no período de um ano, desde que seja executado, todo ano, no mesmo período. Ativos intangíveis diferentes podem

ter o valor recuperável testado em períodos diferentes. Entretanto, se tais ativos intangíveis foram inicialmente reconhecidos durante o ano corrente,

devem ter a redução ao valor recuperável testada antes do fim do ano corrente. e) a capacidade de um ativo intangível gerar benefícios econômicos futuros

suficientes para recuperar seu valor contábil é usualmente sujeita a maior incerteza na fase em que o ativo ainda não está disponível para uso do que na

fase em que ele já se encontra disponível para uso.

Comentários

O item a está incorreto. Segundo o CPC 01, as estimativas de fluxos de caixa para se achar o valor de uso devem ser razoáveis, com análise econômica mais

profunda sobre o ambiente externo. A análise do fluxo de caixa também deve

se basear em políticas mais recentes adotadas pela empresa e abranger um período máximo de cinco anos adiante (salvo se se justificar período mais

longo). Todavia, deve-se excluir qualquer estimativa de fluxo de caixa que se

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espera surgir das reestruturações futuras ou da melhoria ou aprimoramento do

desempenho do ativo.

A letra b está correta.

Uma unidade geradora de caixa é o menor grupo de ativos que gera entradas de caixa que são em grande parte independentes das entradas de caixa

provenientes de outros ativos ou grupos de ativos.

Uma entidade de mineração tem uma estrada de ferro particular para dar suporte às suas atividades de mineração. Essa estrada pode ser vendida

somente pelo valor (residual) de sucata e ela não gera entradas de caixa provenientes de uso contínuo que sejam em grande parte independentes das

entradas de caixa provenientes de outros ativos da mina.

Não é possível estimar o valor recuperável da estrada de ferro porque seu valor

em uso não pode ser determinado e é provavelmente diferente do valor de sucata. Portanto, a entidade estima o valor recuperável da unidade geradora de

caixa à qual a estrada de ferro pertence, isto é, a mina como um todo.

A letra c está correta e traz a exata definição de ativo corporativo.

Ativos corporativos são ativos que contribuem, mesmo que indiretamente, para os fluxos de caixa futuros, tanto da unidade geradora de caixa sob revisão

quanto da de outras unidades geradoras de caixa. Como exemplo, uma máquina que pode ser utilizada para a fabricação de vários produtos.

As características distintas dos ativos corporativos são as de que não geram

entradas de caixa independentemente de outros ativos ou grupo de ativos, e que seu valor contábil não pode ser totalmente atribuído à unidade geradora de

caixa sob revisão.

Tomemos como exemplo a sede de uma fábrica que produz duas mercadorias

distintas. Ela (a sede) não gera entrada de caixa por si só, e independentemente de um ativo ou grupo de ativo. Também, o valor contábil

da sede, no momento de se realizar um teste de recuperabilidade, não pode ser totalmente atribuído a uma única mercadoria, uma vez que a sede serve para

fabricação dos dois produtos. Assim, podemos classificá-la como ativo corporativo.

A letra d está correta. Segundo o CPC 01:

A entidade deve:

a) Testar, no mínimo anualmente, a redução ao valor recuperável de um

ativo intangível com vida útil indefinida ou de um ativo intangível ainda não

disponível para uso, comparando o seu valor contábil com seu valor

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recuperável. Esse teste de redução ao valor recuperável pode ser executado a

qualquer momento no período de um ano, desde que seja executado, todo ano, no mesmo período. Ativos intangíveis diferentes podem ter o valor recuperável

testado em períodos diferentes. Entretanto, se tais ativos intangíveis foram inicialmente reconhecidos durante o ano corrente, deve ter a redução ao valor

recuperável testada antes do fim do ano corrente; e

b) Testar, anualmente, o ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) em uma aquisição de entidades.

O item e está correto e representa o item 11 do CPC 01:

11. A capacidade de um ativo intangível gerar benefícios econômicos futuros

suficientes para recuperar seu valor contábil é usualmente sujeita a maior incerteza na fase em que o ativo ainda não está disponível para uso do que na

fase em que ele já se encontra disponível para uso. Isso posto, este

Pronunciamento Técnico requer que a entidade proceda ao teste por desvalorização, no mínimo anualmente, de ativo intangível que ainda não esteja

disponível para uso.

Gabarito A.

27. (FCC/Analista de Controle Externo/TCE/PR/2012) A empresa Intangível S.A.

possuía, em 31.12.X9, um ativo intangível com vida útil indefinida, no valor de R$ 130.000,00, o qual é composto por:

- Valor de custo: R$ 150.000,00 - Perda por desvalorização reconhecida (em X9): R$ 20.000,00

Em 31.12.X10, a empresa realizou o Teste de Recuperabilidade do Ativo e obteve as seguintes informações:

- Valor em uso: R$ 120.000,00

- Valor líquido de venda: R$ 160.000,00

Com base nessas informações, em 31.12.X10, a empresa:

a) reverte a perda por desvalorização reconhecida no valor de R$ 20.000,00 e reconhece um ganho no valor de R$ 10.000,00.

b) não faz nenhum registro. c) reconhece um ganho no valor de R$ 30.000,00.

d) reconhece uma perda por desvalorização no valor de R$ 10.000,00 e) reverte a perda por desvalorização reconhecida no valor de R$ 20.000,00

Comentários

Temos no balanço a seguinte situação:

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ATIVO NÃO CIRCULANTE – INTANGÍVEL

Intangível 150.000,00 (-) Perda por desvalorização (20.000,00)

Valor líquido do ativo 130.000,00

Segundo o CPC 01:

A entidade deve avaliar, ao término de cada período de reporte, se há alguma indicação de que a perda por desvalorização reconhecida em períodos

anteriores para um ativo, exceto o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), possa não mais existir ou ter diminuído. Se existir alguma indicação,

a entidade deve estimar o valor recuperável desse ativo.

Deste modo, existiu uma evidência de que os motivos que ensejaram a

desvalorização do ativo anteriormente (a já registrada perda de R$ 20.000,00) não mais existem e, em 31.12.X10, procedeu-se ao teste de recuperabilidade.

Isso é fato dado pela questão!

O valor recuperável do ativo é o maior entre o valor em uso e o valor justo

líquido de despesa de venda. Comparando então R$ 120.000,00 (valor em uso) com R$ 160.000,00 (valor de venda), chegamos ao valor recuperável de R$

160.000,00.

A norma do CPC prescreve que:

114. Uma perda por desvalorização reconhecida em períodos anteriores para um ativo, exceto o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), deve

ser revertida se, e somente se, tiver havido mudança nas estimativas utilizadas

para determinar o valor recuperável do ativo desde a última perda por desvalorização que foi reconhecida. Se esse for o caso, o valor contábil do ativo

deve ser aumentado, com plena observância do descrito no item 117, para seu valor recuperável. Esse aumento ocorre pela reversão da perda por

desvalorização.

E, ainda, que:

117. O aumento do valor contábil de um ativo, exceto o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), atribuível à reversão de perda por

desvalorização não deve exceder o valor contábil que teria sido determinado (líquido de depreciação, amortização ou exaustão), caso nenhuma perda por

desvalorização tivesse sido reconhecida para o ativo em anos anteriores.

Destarte, conjugando sistematicamente os dispositivos, concluímos que os

motivos que ensejavam a perda de R$ 20.000,00 não mais existem e, como a

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empresa irá recuperar, no mínimo, todo o custo que teve com o ativo (R$

150.000,00), deverá reverter determinado valor. E que valor seria esse?! Vejam que a reversão se dará até o valor recuperável, contanto que não

ultrapasse o antigo valor contábil caso nenhuma perda fosse reconhecida.

Deste modo, como o valor contábil é menor do que o valor recuperável, reverteremos somente até o limite do valor contábil se não houve registros

anteriores (150.000,00). Assim, nossa reversão será de somente R$ 20.000,00 [150.000 – 130.000].

Esse valor é revertido, através do lançamento:

D – Perda por desvalorização do ativo (ativo) 20.000,00

C – Reversão da perda por desvalorização (resultado) 20.000,00

Gabarito, portanto, letra E.

Gabarito E.

28. (FCC/Analista de Controle Externo/TCE/AP/2012) A empresa Inovação S.A. fez um novo investimento em uma nova unidade de negócios, no nordeste

brasileiro, no valor de R$ 1.000.000,00. Após um ano de funcionamento houve alagamento na região e inundação da fábrica. O valor contábil da unidade de

negócios, neste momento, era de R$ 900.000,00, já considerando as perdas e gastos com recuperação. Seu valor de venda apurado, mediante propostas

formais de interessados a comprá-la, apresentava valor médio de R$ 1.500.000,00 e o valor do fluxo de caixa descontado da unidade sugeria a

recuperação do valor de R$ 800.000,00. Neste caso a empresa deverá

(A) registrar uma perda de valor recuperável de R$ 100.000,00.

(B) registrar uma complementação do valor de custo pelo valor justo de R$ 600.000,00.

(C) manter o valor de custo de R$ 900.000,00. (D) restabelecer o valor de aquisição de R$ 1.000.000,00.

(E) registrar pelo valor de mercado de R$ 1.500.000,00.

Comentários

Trata-se de questão sobre o CPC 01 – redução ao valor recuperável de ativos.

O teste de recuperabilidade (também conhecido por impairment test) tem como finalidade principal apresentar o valor real pelo qual um ativo será realizado.

Essa realização poderá ser feita tanto pela venda do bem quanto pela sua

utilização nas atividades empresariais. O CPC 01 estabelece que seu objetivo é assegurar que seus ativos estejam registrados contabilmente por valor que não

exceda seus valores de recuperação.

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Já dissemos, em questões anteriores, que o valor recuperável é o maior entre o valor de venda e o valor em uso. Encontrado o valor recuperável, devemos

compará-lo com o valor contábil e proceder aos devidos ajustes, caso necessário.

O investimento na unidade de negócios foi de R$ 1.000.000. Após um ano de

funcionamento houve alagamento na região e inundação da fábrica. O valor contábil da unidade de negócios, neste momento era de R$ 900.000,00, já

considerando as perdas e gastos com recuperação.

Este é o ponto chave da questão. Houve um alagamento. A empresa incorreu em perdas e gastos com recuperação. Que recuperação é essa?

Pelo gabarito da questão, embora seja um enunciado ambíguo, é a recuperação

da área inundada, e das máquinas eventualmente afetadas pela água. Pode

envolver restauração de pisos e paredes, perda com máquinas inutilizadas (que seriam baixadas como sucata), manutenção de máquinas, consertos, enfim,

não é a perda com o teste de recuperabilidade.

Então como o valor contábil passou de R$ 1.000.000 para R$ 900.000, se não foi através do teste de recuperabilidade?

Duas hipóteses:

1) Depreciação. Uma unidade de negócios é uma fábrica que irá produzir

determinado tipo de produto. Deve ter depreciação das máquinas, equipamentos, imóveis.

2) Perda na inundação. Vamos supor que uma máquina no valor de R$ 10.000

tivesse perda total. A contabilização é a seguinte:

D – Perdas com imobilizado (outras receitas e despesas – Resultado) 10.000

C – Máquina – imobilizado 10.000

Esse não é o teste de recuperabilidade.

É apenas a baixa de uma máquina que estragou na enchente. Não tendo mais serventia, não tem valor algum, deve ser baixada, contra o resultado.

E no caso de máquina que gerou gasto com reparo? Se o reparo não aumentar

a vida útil, não irá afetar o valor contábil.

A contabilização do reparo seria:

D – Despesas com reparos e manutenções (resultado)

C – Caixa/bancos.

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Depois de considerar as perdas e gastos com recuperação, e antes do teste de recuperabilidade, a unidade de negócio apresentava o valor contábil de R$

900.000.

O teste de recuperabilidade indicou valor de uso de R$ 800.000,00 e valor de venda (deveria ser o “valor justo líquido de vendas”) de R$ 1.500.000,00.

O valor recuperável é de R$ 1.500.000,00 e, por ser maior que o valor contábil,

não gera nenhuma perda de recuperabilidade.

É possível que a diminuição de valor da unidade de negócio (de R$ 1.000.000,00 para R$ 900.000,00) tenha ocorrido pelo teste de

recuperabilidade anterior?

É possível, mas não provável, pois:

1) A questão não menciona nada sobre um teste anterior.

2) Não é provável que a unidade de negócios tenha um valor de venda de R$ 900.000,00 (que seria necessário para apurar perda com recuperabilidade) e,

de repente, passasse para R$ 1.500.000,00. Principalmente depois da inundação. E, se o valor de venda na época da inundação já fosse de R$

1.500.000,00, não haveria perda com impairment.

Se a diminuição do valor contábil fosse decorrente de teste de recuperabilidade, aí deveríamos reverter a perda.

Portanto, nesta hipótese, como o valor contábil é menor do que o valor

recuperável, devemos mantê-lo, em homenagem ao princípio da prudência. Nenhum ajuste há que ser feito.

Gabarito C.

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QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

1. (ICMS RO – FCC – 2010) Uma empresa adquiriu uma máquina, em 01/01/X1, pelo valor de R$ 240.000,00 para utilização em suas operações. A

vida útil econômica, estimada pela empresa, para esta máquina foi de 6 anos, sendo que a empresa esperava vendê-la por R$ 60.000,00 ao final deste prazo.

No entanto, no início do segundo ano de uso, a empresa reavaliou que a vida útil remanescente da máquina era de três anos e o valor estimado de venda ao

final do período era R$ 45.000,00. A empresa utiliza o método das quotas constantes e, ao final de X1, não houve ajuste no valor do ativo pelo teste de

recuperabilidade. Sendo assim, os valores das despesas de depreciação nos anos X1 e X2, em relação a essa máquina, foram, respectivamente, e em reais:

A) 30.000,00 e 55.000,00 B) 30.000,00 e 65.000,00

C) 40.000,00 e 40.000,00 D) 40.000,00 e 70.000,00

E) 45.000,00 e 50.000,00

2). (EXAME DE QUALIFICAÇÃO TÉCNICA PARA REGISTRO NO CADASTRO NACIONAL DE AUDITORES INDEPENDENTES (CNAI) DO CONSELHO FEDERAL

DE CONTABILIDADE (CFC) 2008 - (ADAPTADA) De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 26 – Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e

Retificação de Erro, a aplicação prospectiva de uma mudança em política contábil representa:

a) a utilização de uma nova política contábil, como se essa política estivesse

sempre em uso.

b) a aplicação da nova política contábil a transações, a outros eventos e a condições que ocorrerem após a adoção da nova política.

c) o registro e a divulgação do efeito da mudança em estimativa contábil nos exercícios correntes e futuros afetados pela mudança.

d) correção do registro original, da valorização ou da divulgação de elementos das demonstrações contábeis.

3) EXAME DE QUALIFICAÇÃO TÉCNICA PARA REGISTRO NO CADASTRO

NACIONAL DE AUDITORES INDEPENDENTES (CNAI) DO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE (CFC) – 2008 (ADAPTADA) De acordo com o

Pronunciamento Técnico CPC 26 – Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro, o processo de determinação das estimativas contábeis

envolve julgamentos baseados nas últimas informações disponíveis. Assim, uma mudança identificada nas bases de avaliação:

a) corresponde a uma mudança na estimativa contábil.

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b) ocorre em decorrência da identificação de erro no cálculo da estimativa.

c) corresponde a uma mudança em política contábil. d) pode tornar difícil distinguir entre mudança de política contábil e de

estimativa contábil. Neste caso a mudança deve ser tratada como de política contábil.

4). EXAME DE QUALIFICAÇÃO TÉCNICA PARA REGISTRO NO CADASTRO

NACIONAL DE AUDITORES INDEPENDENTES (CNAI) DO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE (CFC) – 2009 (ADAPTADA) A Administração da entidade

necessita estabelecer estimativas, assim como identificar as práticas contábeis adequadas na elaboração das demonstrações contábeis. Nesta linha, posiciona-

se o Pronunciamento Técnico CPC 23, que trata das Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro. Com base no que define a referida

Norma, assinale a opção que NÃO condiz com tais definições.

a) Na ausência de norma ou interpretação, a administração da entidade deve

usar seu julgamento no desenvolvimento e na aplicação de política contábil que resulte em informação relevante para a tomada de decisão pelos usuários.

b) Em seu processo de julgamento, a administração da entidade deve considerar pronunciamentos de outros órgãos que elaboram padrões e políticas

de segmentos específicos e adotem conceitos similares no desenvolvimento de normas contábeis.

c) A entidade deve selecionar e aplicar suas políticas contábeis de maneira uniforme em relação a transações similares, outros eventos e circunstâncias, a

não ser que outra norma ou interpretação técnica específica seja mais apropriada.

d) Mesmo que uma norma ou interpretação técnica exija ou permita forma específica de classificação de itens, essa prática contábil não deverá ser

utilizada nem aplicada.

5). EXAME DE QUALIFICAÇÃO TÉCNICA PARA REGISTRO NO CADASTRO

NACIONAL DE AUDITORES INDEPENDENTES (CNAI) DO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE (CFC) – 2010 - Conforme a NBC T 19.11 – Políticas

Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro, ao corrigir os erros materiais de períodos anteriores, retrospectivamente, no primeiro conjunto de

demonstrações contábeis cuja autorização para publicação ocorra após a descoberta de tais erros, a entidade deve divulgar, EXCETO:

a) a natureza do erro de período anterior.

b) o montante da retificação para cada período anterior apresentado, na medida em que seja praticável, para cada item afetado da demonstração contábil; e se

a NBC TS sobre Resultado por Ação se aplicar à entidade, para resultados por ação básicos e diluídos.

c) o recálculo dos dividendos propostos para cada período anterior apresentado. d) as circunstâncias que levaram à existência dessa condição e uma descrição

de como e desde quando o erro foi corrigido, se a reapresentação retrospectiva

for impraticável para um período anterior em particular.

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(SEFAZ SP/2009) Texto para as questões de 6 a 8. A Cia. Alvorecer, ao analisar um determinado ativo, identifica as seguintes características:

6. O valor recuperável desse ativo é, em R$,

(A) 5.000.000,00

(B) 5.100.000,00 (C) 5.400.000,00

(D) 5.600.000,00 (E) 6.000.000,00

7. O valor líquido contábil é, em R$,

(A) 6.000.000,00

(B) 5.600.000,00 (C) 5.400.000,00

(D) 5.100.000,00

(E) 5.000.000,00

8. A perda por redução ao valor recuperável é, em R$,

(A) 3.000.000,00 (B) 2.600.000,00

(C) 1.000.000,00 (D) 600.000,00

(E) 300.000,00

13. (Prova de Qualificação Técnica/CFC/2009) Conforme a Resolução CFC n.º 1.110/07, que aprovou a NBC T 19.10 – Redução ao Valor Recuperável de

Ativos, assinale a opção CORRETA.

a) Uma entidade deverá testar, no mínimo a cada três anos, a redução ao valor

recuperável de um ativo intangível com vida útil indefinida ou de um ativo intangível ainda não disponível para uso, comparando o seu valor contábil com

seu valor recuperável. b) Um ativo não está desvalorizado quando o valor recuperável excede o valor

contábil. c) Independentemente de existir, ou não, qualquer indicação de redução ao

valor recuperável, uma entidade deve fazer estimativa formal do valor recuperável de todos os seus ativos imobilizados.

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d) As companhias de capital aberto estão obrigadas a avaliar trimestralmente

se há alguma indicação de que um ativo possa ter sofrido desvalorização.

14. (Prova de Qualificação Técnica/CFC/2009) De acordo com a Resolução

CFC n.º 1.110/07, que aprovou a NBC T 19.10 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos, uma entidade deve divulgar em suas demonstrações contábeis as

informações para cada classe de ativos. Com relação a este assunto, assinale a opção INCORRETA.

(a) o montante das perdas por desvalorização reconhecido no resultado do

período e a linha da demonstração do resultado na qual essas perdas por desvalorização foram incluídas;

(b) o montante das reversões de perdas por desvalorização reconhecido no resultado do período e a linha da demonstração do resultado na qual essas

reversões foram incluídas;

(c) o montante de perdas por desvalorização de ativos reavaliados reconhecido em outros resultados abrangentes durante o período;

(d) o valor das reversões de perdas por desvalorizações reconhecidas no resultado do período, e a(s) linha(s) da demonstração do resultado na(s)

qual(is) essas reversões foram incluídas;

15. (Autoria própria) O CPC 01, devidamente revisado, prescreve que, a fim de para checarmos possível desvalorização de ativos, sejam eles imobilizados,

sejam eles intangíveis, o valor contábil deve ser comparado com:

a) Não há nas normas de contabilidade comparação a ser feita, em homenagem ao princípio do registro pelo valor original.

b) Valor em uso. c) Valor recuperável

d) Valor líquido de venda

e) Valor depreciável.

12. (Auditor do TCM PA/2008/FGV) A Empresa Industrial J, no ano t, efetuou adequadamente o lançamento contábil relativo ao teste de recuperabilidade do

valor contábil de determinado equipamento, sabendo-se que:

I. O valor de registro original desse equipamento é $80.000,00. A depreciação acumulada do equipamento, até a data do teste, é $50.000,00;

II. O valor de mercado desse equipamento, na data do teste, é $32.000,00. Caso a Empresa J vendesse o equipamento, na data do teste, incorreria em

gastos associados a tal transação no montante de $5.000,00; III. Caso a Empresa J não vendesse o equipamento e continuasse utilizando-o

no processo produtivo, seria capaz de produzir 5.000 unidades do produto Ju por ano pelos próximos 4 anos (assuma que a produção anual ocorra no final de

cada ano). Ao final desse período, o equipamento se reduziria a sucata. O preço

de venda do produto Ju é $5,00 por unidade.

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Os gastos médios incorridos na produção e venda de uma unidade de produto Ju é $3,00. O custo de capital da Empresa J é 10% ao ano;

IV. a Empresa J é sediada num paraíso fiscal; portanto, ignore qualquer tributo.

Segundo a Resolução CFC 1.110/07, indique o valor da variação que deverá

sofrer o resultado da Empresa J.

(A) Entre $ –6.000,00 e $ –4.000,01. (B) Entre $ –4.000,00 e $ –2.000,01.

(C) Entre $ –2.000,00 e $ –0,01. (D) Zero.

(E) Entre $ 0,01 e $ 2.000,00.

13. (Auditor do TCM RJ/2008/FGV) Segundo a Resolução CFC 1.110/07,

assinale o valor da variação que deverá sofrer o patrimônio da Empresa Industrial X ao efetuar, adequadamente, o lançamento contábil relativo ao teste

de recuperabilidade do equipamento Y, sabendo-se que:

1. o valor de registro original do equipamento Y é $100.000,00; 2. a depreciação acumulada do equipamento Y, até a data do teste, é

$40.000,00; 3. o valor de mercado do equipamento Y, na data do teste, é $62.000,00;

4. caso a Empresa X vendesse o equipamento Y, na data do teste, incorreria em gastos associados a tal transação no montante de $13.000,00;

5. caso a Empresa X não vendesse o equipamento Y e o continuasse utilizando no processo produtivo, seria capaz de produzir 10.000 unidades do produto Z

por ano pelos próximos 3 anos; 6. o preço de venda do produto Z é $10,00 por unidade;

7. os gastos médios incorridos na produção e venda de uma unidade de produto

Z é $8,00; 8. o custo de capital da Empresa X é 10% ao ano;

9. a Empresa X é sediada num paraíso fiscal; portanto, ignore qualquer tributo.

(A) entre $ –15.000,00 e $ –10.801,00 (B) entre $ –10.800,00 e $ –5.001,00

(C) entre $ –5.000,00 e $ –1,00 (D) zero

(E) entre $1,00 e $2.000,00

14. (Agente Fiscal de Rendas/RJ/2008/FGV) Em consonância à Resolução CFC 1.110/07, determine o valor do Ativo Permanente da Cia. Churrasqueira a ser

apurado logo após o reconhecimento contábil do teste de recuperabilidade do valor contábil do imobilizado.

Sabe-se que:

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- O valor de mercado desse imobilizado, na data do teste, é $23.000,00. Caso a Cia. Churrasqueira vendesse o equipamento, na data do teste (t), incorreria em

gastos associados a tal transação no montante de $5.000,00; - Caso a Cia. Churrasqueira não vendesse o imobilizado e continuasse

utilizando-o no processo produtivo, seria capaz de produzir mais 4.000 unidades do produto Espeto no próximo ano (t+1); 3.000 unidades do produto

Espeto em t+2; 2.000 unidades do produto Espeto em t+3; 1.000 unidades do produto Espeto em t+4 e 500 unidades do produto Espeto em t+5. (Assuma

que a produção anual ocorra no final de cada ano.) Ao final desse período (no final de t+5), o imobilizado poderia ser comercializado por $2.000,00, e a Cia.

Churrasqueira incorreria em gastos associados a tal transação no montante de $400,00. O preço de venda do produto Espeto é $12,00 por unidade. Os gastos

médios incorridos na produção e venda de uma unidade de produto Espeto é $9,50;

- A Cia. Churrasqueira é sediada num paraíso fiscal; portanto, ignore qualquer tributo;

- O custo de capital da Cia. Churrasqueira é 20% ao ano;

- O Balanço Patrimonial da Cia. Churrasqueira apurado em 31/12/2008

imediatamente antes de o teste de recuperabilidade em tela ter sido reconhecido contabilmente é o seguinte:

(A) Maior que $19.200,00.

(B) Entre $18.800,01 e 19.200,00. (C) Entre $18.400,01 e 18.800,00.

(D) Entre $18.000,01 e 18.400,00.

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(E) Menor ou igual a $18.000,00.

15. (Agente Fiscal de Rendas/RJ/2009/FGV)Em 01.04.2009, a Cia. Platina

adquiriu um equipamento para ser utilizado em sua fábrica no valor de $ 113.000. Os seguintes custos adicionais são diretamente relacionados ao ativo:

O equipamento tem vida útil estimada em 12 anos. Após esse período, o valor

residual é estimado em zero. Para atendimento do CPC 01, aprovado pelo CFC, deve ser efetuada em 31.12.2009 a avaliação do valor recuperável do ativo.

As informações obtidas nesta data são as seguintes:

Em 31.12.2009, o valor líquido do equipamento que deve ser apresentado no Balanço Patrimonial da Cia. Platina será:

(A) $ 120.063.

(B) $ 112.500. (C) $ 111.500.

(D) $ 140.000. (E) $ 90.000.

16. (Auditor Fiscal da Receita Estadual de Santa Catarina/FEPESE/2010) Quais

os elementos que devem ser considerados no cálculo do valor em uso do ativo?

a. ( ) Estimativa dos fluxos de caixa futuros que a entidade espera obter com

esse ativo; e o valor do dinheiro no tempo, representado pela atual taxa de juros livre de risco; inflação e taxa de câmbio.

b. ( ) Expectativas sobre possíveis variações no montante ou período desses fluxos de caixa futuros; o valor do dinheiro no tempo, representado pela taxa

de juros livre de risco; e o preço decorrente da incerteza inerente ao ativo; inflação e taxa de câmbio.

c. ( ) Estimativa dos fluxos de caixa futuros que a entidade espera obter com esse ativo; e outros fatores, tais como falta de liquidez que participantes do

mercado iriam considerar, ao determinar os fluxos de caixa futuros que a entidade espera obter com o ativo.

d. ( ) Expectativas presentes dos fluxos de caixa futuros; taxa de juros ajustada e livre de risco; o preço decorrente da incerteza inerente ao ativo e ao setor

empresarial; e outros fatores, tais como falta de liquidez, inflação, taxa de câmbio, etc.

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e. ( ) Estimativa dos fluxos de caixa futuros que a entidade espera obter com

esse ativo; expectativas sobre possíveis variações no montante ou período desses fluxos de caixa futuros; o valor do dinheiro no tempo, representado pela

atual taxa de juros livre de risco; o preço decorrente da incerteza inerente ao ativo; e outros fatores, tais como falta de liquidez que participantes do mercado

iriam considerar, ao determinar os fluxos de caixa futuros que a entidade espera obter com o ativo.

17. (Auditor Fiscal da Receita Estadual de Santa Catarina/FEPESE/2010) De

acordo com o CPC-01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos, Vida Útil é definida como:

a. ( ) apenas o período de tempo no qual a entidade espera usar um ativo,

independentemente do número de unidades de produção que a entidade espera obter ou produzir com esse ativo.

b. ( ) o período de tempo, não superior ao ciclo operacional da entidade, no

qual a entidade espera usar um ativo. c. ( ) o período de tempo no qual a entidade espera usar um ativo ou o número

de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a entidade espera obter do ativo.

d. ( ) o período de tempo no qual a entidade espera usar um ativo com objetivo de gerar benefícios presentes e futuros, respeitando o ciclo operacional

especifico da atividade da entidade. e. ( ) o período de tempo no qual a entidade espera usar um ativo com objetivo

de gerar benefícios presentes e futuros, respeitando sua vida remanescente além do ciclo operacional especifico da atividade.

18. (Auditor Fiscal da Receita Estadual de Santa Catarina/FEPESE/2010) Quanto

à unidade geradora de caixa, pode afirmar:

a. ( ) A identificação de uma unidade geradora de caixa não requer julgamento.

b. ( ) As unidades geradoras de caixa são apenas aquelas responsáveis pela geração de caixa decorrentes das atividades operacionais apresentadas na

demonstração do fluxo de caixa. c. ( ) Unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que

gera as entradas de caixa, que são em grande parte independentes das entradas de caixa de outros ativos ou de grupos de ativos.

d. ( ) Unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que gera as saídas de caixa, que são em grande parte independentes das saídas de

caixa de outros ativos ou de grupos de ativos. e. ( ) Unidade geradora de caixa é o maior grupo identificável de ativos que

gera as entradas e saídas de caixa, que são em grande parte independentes das entradas e das saídas de caixa de outros ativos ou de grupos de ativos

19. (Ciências Contábeis/ABIN/2010/Cespe) Determinada entidade, ao realizar

os testes para a recuperabilidade de seus ativos, não encontrou mercado ativo

para sua unidade geradora de caixa, estimando, porém, que o correspondente

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valor em uso era de R$ 10 milhões. O valor contábil líquido da unidade

geradora de caixa registrava R$ 12 milhões. Nessa situação, a entidade deveria reconhecer o fato com reduções no ativo e no resultado do período pelo valor

da diferença de R$ 2 milhões.

20. (Ciências Contábeis/ABIN/2010/Cespe) Ao realizar os testes para a recuperabilidade de seus ativos, determinada entidade realizou as estimativas

para o valor recuperável de sua unidade geradora de caixa, encontrando um valor realizável líquido de R$ 3,5 milhões e um valor de uso de R$ 3 milhões. O

valor contábil líquido da unidade geradora de caixa está registrado como R$ 4 milhões. Nessa situação, a entidade deverá reconhecer uma perda ao valor

recuperável de R$ 1 milhão.

21. (Ciências Contábeis/ABIN/2010/Cespe) Diante dos testes para a recuperabilidade de seus ativos, determinada entidade levou em conta a

possibilidade de uma futura reorganização. As estimativas do valor em uso

foram de R$ 7 milhões, caso excluída a receita marginal advinda da reorganização, e R$ 10 milhões, incluindo tal receita. A entidade não encontrou

mercado ativo para sua unidade geradora de caixa. O valor contábil líquido da unidade geradora de caixa estava registrado como R$ 8 milhões. Nessa

situação, não houve perda a ser contabilizada relacionada à unidade geradora de caixa.

22. (Analista Judiciário/TRT 4ª região/FCC) Cia. Delfim Verde, em obediência às

normas brasileiras de contabilidade, fez, em 31/12/2009, o teste de recuperabilidade (impairment test) do valor de uma máquina utilizada na

fabricação de seus produtos. Os dados abaixo foram levantados pelo departamento de contabilidade da empresa (em R$):

Valor em uso da máquina 620.000,00

Valor líquido de venda 610.000,00

Custo de aquisição 710.000,00 Depreciação acumulada 70.000,00

A companhia deve registrar uma perda no valor do ativo de R$

a) 100.000,00.

b) 90.000,00. c) 10.000,00.

d) 30.000,00. e) 20.000,00.

23. (Agente Legislativo/FCC/2010) A empresa Lâmbda S.A. realizou o teste de

recuperabilidade de ativos e constatou a perda de valor em um ativo reavaliado, em montante inferior ao saldo da Reserva de Reavaliação. Essa

empresa deve:

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a) manter o valor do bem, uma vez que o mesmo apresenta o valor reavaliado.

b) lançar a perda a débito da conta de resultado, pelo valor total, realizando o valor da reserva de reavaliação.

c) reverter a reserva de reavaliação do Patrimônio Líquido contra a conta de reserva de reavaliação no Ativo.

d) lançar a perda a crédito da conta de ajuste especial no Patrimônio Líquido. e) registrar contra a conta de reavaliação no Patrimônio Líquido, até o

montante do valor da perda.

24. (Analista de Controle Externo/TCE/GO/2009/FCC) De acordo com a Lei n° 11.638/07, um ativo intangível com vida útil econômica indefinida, após o

reconhecimento inicial,

a) deve ser amortizado. b) deve ser depreciado.

c) deve ser exaurido.

d) deve ser trazido a valor presente. e) está sujeito ao teste de recuperabilidade.

25. (FGV/Auditor Fiscal/ICMS RJ/2011) Recentemente, foi instituída uma

obrigação acessória a ser observada por 100% das empresas, chamada “teste de impairment”, ou recuperabilidade dos ativos. Essa obrigação surge em um

contexto de mudança de paradigma no setor contábil. Nossa contabilidade, que, em alguns aspectos, acompanhava a escola americana, passou a observar os

pronunciamentos internacionais, os chamados IFRS (International Financial Reporting Standards). Isso permitirá, entre outros aspectos, que as

demonstrações contábeis de empresas brasileiras sejam inteligíveis aos investidores europeus. Com a contabilidade uniformizada, nossas empresas

gozarão de maior confiança, o que poderá resultar em maiores investimentos, contribuindo para alavancar o crescimento de nosso país. Essas alterações têm

demandado muitos estudos por parte dos contadores, para adaptar as

empresas a essa nova realidade. Em termos práticos, já fazem parte da nossa realidade a nota fiscal eletrônica, o SPED (Sistema Público de Escrituração

Digital), etc. O impairment faz parte dessa nova realidade.” (Carvalho, Jornal do CRC-SC) A respeito do impairment, consoante o disposto na Res. 1.292/10,

é correto afirmar que

(A) a recuperabilidade dos investimentos feitos nos estoques deve ser apurada por meio do valor de uso.

(B) a recuperabilidade de ativos advindos de planos de benefícios a empregados deve ser apurada por meio do valor de uso.

(C) a recuperabilidade de ativos financeiros que estejam dentro do alcance das normas do CFC que disciplinam instrumentos financeiros será apurada por meio

do valor de uso. (D) a recuperabilidade do intangível será apurada por meio exclusivamente do

valor de venda, não sendo permitida sua alocação em uma unidade geradora de

caixa.

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(E) a recuperabilidade do imobilizado será feita por meio do valor de uso ou de

venda.

26. (FGV/Auditor Fiscal/ICMS RJ/2011) A respeito do impairment, consoante o disposto na Resolução CFC 1.292/10, é INCORRETO afirmar que:

a) o prazo para o teste de recuperabilidade dos ativos sugerido pelo CFC é de,

no mínimo, 10 anos. b) unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que gera

entradas de caixa, que são em grande parte independentes das entradas de caixa de outros ativos ou outros grupos de ativos.

c) ativos corporativos são ativos, exceto ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), que contribuem, mesmo que indiretamente, para os fluxos de

caixa futuros tanto da unidade geradora de caixa sob revisão quanto de outras unidades geradoras de caixa.

d) independentemente de existir, ou não, qualquer indicação de redução ao

valor recuperável, a entidade deve testar, no mínimo anualmente, a redução ao valor recuperável de um ativo intangível com vida útil indefinida ou de um ativo

intangível ainda não disponível para uso, comparando o seu valor contábil com seu valor recuperável. Esse teste de redução ao valor recuperável pode ser

executado a qualquer momento no período de um ano, desde que seja executado, todo ano, no mesmo período. Ativos intangíveis diferentes podem

ter o valor recuperável testado em períodos diferentes. Entretanto, se tais ativos intangíveis foram inicialmente reconhecidos durante o ano corrente,

devem ter a redução ao valor recuperável testada antes do fim do ano corrente. e) a capacidade de um ativo intangível gerar benefícios econômicos futuros

suficientes para recuperar seu valor contábil é usualmente sujeita a maior incerteza na fase em que o ativo ainda não está disponível para uso do que na

fase em que ele já se encontra disponível para uso.

27. (FCC/Analista de Controle Externo/TCE/PR/2012) A empresa Intangível S.A.

possuía, em 31.12.X9, um ativo intangível com vida útil indefinida, no valor de R$ 130.000,00, o qual é composto por:

- Valor de custo: R$ 150.000,00 - Perda por desvalorização reconhecida (em X9): R$ 20.000,00

Em 31.12.X10, a empresa realizou o Teste de Recuperabilidade do Ativo e

obteve as seguintes informações:

- Valor em uso: R$ 120.000,00 - Valor líquido de venda: R$ 160.000,00

Com base nessas informações, em 31.12.X10, a empresa:

a) reverte a perda por desvalorização reconhecida no valor de R$ 20.000,00 e

reconhece um ganho no valor de R$ 10.000,00.

b) não faz nenhum registro.

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c) reconhece um ganho no valor de R$ 30.000,00.

d) reconhece uma perda por desvalorização no valor de R$ 10.000,00 e) reverte a perda por desvalorização reconhecida no valor de R$ 20.000,00

28. (FCC/Analista de Controle Externo/TCE/AP/2012) A empresa Inovação S.A.

fez um novo investimento em uma nova unidade de negócios, no nordeste brasileiro, no valor de R$ 1.000.000,00. Após um ano de funcionamento houve

alagamento na região e inundação da fábrica. O valor contábil da unidade de negócios, neste momento, era de R$ 900.000,00, já considerando as perdas e

gastos com recuperação. Seu valor de venda apurado, mediante propostas formais de interessados a comprá-la, apresentava valor médio de R$

1.500.000,00 e o valor do fluxo de caixa descontado da unidade sugeria a recuperação do valor de R$ 800.000,00. Neste caso a empresa deverá

(A) registrar uma perda de valor recuperável de R$ 100.000,00.

(B) registrar uma complementação do valor de custo pelo valor justo de R$

600.000,00. (C) manter o valor de custo de R$ 900.000,00.

(D) restabelecer o valor de aquisição de R$ 1.000.000,00. (E) registrar pelo valor de mercado de R$ 1.500.000,00.

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GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

QUESTÃO GABARITO

1 A

2 B

3 C

4 D

5 C

6 B

7 C

8 E

9 B

10 D

11 C

12 D

13 B

14 ANULADA

15 B

16 E

17 C

18 C

19 C

20 E

21 E

22 E

23 E

24 E

25 E

26 A

27 E

28 C