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Aula 09 Noções de Direito Administrativo p/ INSS - Técnico do Seguro Social - Com videoaulas Professor: Daniel Mesquita .

Contabilidade Geral e Avançada

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Estratégia Concurso.2014AFRFB

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    Noes de Direito Administrativo p/ INSS - Tcnico do Seguro Social - Com videoaulas

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    AULA 09: Controle da Administrao

    SUMRIO

    1) INTRODUO AULA 09 2

    2) CONCEITO DE CONTROLE 2

    3) CLASSIFICAO DAS FORMAS DE CONTROLE (PROPOSTA POR HELY LOPES MEIRELLES E ADOTADA POR MARCELO ALEXANDRINO E VICENTE PAULO) 3

    3.1. CONFORME A ORIGEM 3 3.1.1. CONTROLE INTERNO 3 3.1.2. CONTROLE EXTERNO 4 3.1.3. CONTROLE POPULAR 4 3.2. CONFORME O MOMENTO DE EXERCCIO 5 3.2.1. CONTROLE PRVIO OU PREVENTIVO (A PRIORI) 5 3.2.2. CONTROLE CONCOMITANTE 5 3.2.3. CONTROLE SUBSEQUENTE OU CORRETIVO (MAIS COMUM) 5 3.3. QUANTO AO ASPECTO CONTROLADO 6 3.3.1. CONTROLE DE LEGALIDADE OU LEGITIMIDADE 6 3.3.2. CONTROLE DE MRITO 7 3.4. QUANTO AMPLITUDE 8 3.4.1. CONTROLE HIERRQUICO 8 3.4.2. CONTROLE FINALSTICO 8

    4) CONTROLE ADMINISTRATIVO 12

    4.1. RECURSOS ADMINISTRATIVOS 16 4.1.1. ESPCIES DE RECURSOS ADMINISTRATIVOS 17 4.2. PROCESSOS ADMINISTRATIVOS 22 4.2.1. PRINCPIOS DO PROCESSO ADMINISTRATIVO 23 4.3. PRESCRIO ADMINISTRATIVA 26

    5) CONTROLE LEGISLATIVO OU PARLAMENTAR 30

    5.1. A FISCALIZAO CONTBIL, FINANCEIRA E ORAMENTRIA NA CONSTITUIO FEDERAL 36

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    6) CONTROLE JUDICIRIO OU JUDICIAL 49

    7) RESUMO DA AULA 66

    8) QUESTES 72

    9) REFERNCIAS 94

    1) Introduo aula 09

    Bem vindos nossa aula 09 do curso de Direito Administrativo,

    preparatrio para o concurso de Tcnico de Seguro Social do INSS.

    Nesta aula 09, abordaremos a matria do edital: 8 Controle: controle administrativo; controle judicial; controle legislativo;

    Chega de papo, vamos luta!

    2) Conceito de controle

    6HJXQGR 0DUFHOR $OH[DQGULQR H 9LFHQWH 3DXOR FRQWUROH p Rpoder-dever de vigilncia, orientao e correo que a prpria

    Administrao, ou outro Poder, diretamente ou por meio de rgos

    HVSHFLDOL]DGRVH[HUFHVREUHVXDDWXDomRDGPLQLVWUDWLYD O poder-dever de controle exercitvel por todos os Poderes,

    estendendo-se a toda a atividade administrativa (lembrando que h

    atividade administrativa em todos os Poderes) e abrangendo todos os

    seus agentes. Por essa razo, diversas so as formas pelas quais o

    controle se exercita.

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    3) Classificao das formas de controle (proposta por Hely Lopes Meirelles e adotada por Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo) Antes de adentrarmos no estudo do controle administrativo,

    judicial e legislativo, importante observar as seguintes classificaes

    das formas de controle.

    3.1. Conforme a ORIGEM

    3.1.1. Controle INTERNO

    aquele exercido dentro de um mesmo Poder,

    automaticamente ou por meio de rgos integrantes de sua prpria

    estrutura. Exemplos: controle exercido pelas chefias sobre os atos de

    seus subordinados dentro de um rgo pblico; controle do Conselho de

    Contribuintes do Ministrio da Fazenda, quando provocado, sobre as

    decises das Delegacias de Julgamento da Secretaria da Receita

    Federal.

    A Constituio Federal, em seu art. 74, determina que os Poderes

    mantenham sistemas de controle interno, estabelecendo os itens

    mnimos a serem objeto desse controle.

    O 1 do referido artigo prev que os responsveis pelo controle

    interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou

    Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judicirio mantero, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execuo dos programas de governo e dos oramentos da Unio; II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto eficcia e eficincia, da gesto oramentria, financeira e patrimonial nos rgos e entidades da administrao federal, bem como da aplicao de recursos pblicos por entidades de direito privado; III - exercer o controle das operaes de crdito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da Unio; IV - apoiar o controle externo no exerccio de sua misso institucional.

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    ilegalidade, dela daro cincia ao TCU, sob pena de responsabilidade

    solidria.

    O controle interno decorre do princpio da tutela ou da autotutela,

    corolrio do princpio da legalidade.

    3.1.2. Controle EXTERNO

    MUITA ATENO PARA A DIFERENA CONCEITUAL ENTRE

    CONTROLE INTERNO E EXTERNO!

    exercido por um Poder sobre os atos administrativos

    praticados por outro Poder. Exemplos: sustao, pelo Congresso

    Nacional, de atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do

    poder regulamentar (art. 49, V, CF); anulao de um ato do Poder

    Executivo por deciso judicial.

    3.1.3. Controle POPULAR

    J que a Administrao deve sempre atuar visando satisfao do

    interesse pblico, existem diversos mecanismos, constitucionalmente

    previstos, para possibilitar aos administrados a verificao da

    regularidade da atuao da Administrao e para impedir a prtica de

    atos ilegtimos, lesivos ao indivduo ou coletividade ou possibilitar a

    reparao dos danos decorrentes da prtica desses atos.

    Exemplos: ao popular (art. 5, LXXIII, CF - qualquer cidado

    parte legtima; visa a anulao de ato lesivo ao patrimnio pblico ou

    de entidade de que o Estado participe, moralidade administrativa, ao

    meio ambiente e ao patrimnio histrico e cultural); as contas do

    Municpio devem ficar, durante 60 dias, anualmente, disposio de

    qualquer contribuinte, para exame e apreciao, o qual poder

    questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei (art. 31, 3, CF).

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    3.2. Conforme o MOMENTO DE EXERCCIO

    3.2.1. Controle PRVIO OU PREVENTIVO (A PRIORI)

    exercido antes do incio da prtica ou antes da concluso

    do ato administrativo. Constitui requisito para a validade ou para a

    produo de efeitos do ato controlado.

    Exemplos: autorizao do Senado Federal necessria para que a

    Unio, os Estados, o DF ou os Municpios possam contrair emprstimos

    externos; concesso de uma medida liminar em mandado de segurana

    preventivo que impea a prtica ou a concluso de um ato

    administrativo que o administrado entenda ferir direito lquido e certo

    seu.

    3.2.2. Controle CONCOMITANTE

    exercido durante a realizao do ato. Permite a verificao

    da regularidade de sua formao.

    Exemplos: fiscalizao da execuo de um contrato

    administrativo; acompanhamento de um concurso pela corregedoria

    competente.

    3.2.3. Controle SUBSEQUENTE OU CORRETIVO (mais comum)

    exercido aps a concluso do ato. possvel a correo de

    defeitos do ato, a declarao de sua nulidade ou a conferncia de

    eficcia ao ato.

    Exemplos: homologao de um procedimento licitatrio;

    homologao de um concurso pblico.

    OBS: o controle judicial dos atos administrativos , em

    regra, um controle subsequente.

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    3.3. Quanto ao ASPECTO CONTROLADO

    3.3.1. Controle de LEGALIDADE OU LEGITIMIDADE

    ATENO PARA ESTE PONTO!

    corolrio imediato do princpio da legalidade.

    Analisa-se se o ato foi praticado em conformidade com a lei,

    fazendo-se o confronto entre uma conduta administrativa e uma norma

    jurdica (que pode estar na Constituio, na lei ou em ato administrativo

    de contedo impositivo). Entretanto, devem tambm ser apreciada a

    observncia dos princpios administrativos, como a moralidade,

    finalidade, impessoalidade.

    Pode ser exercido pelo(a):

    1. Prpria Administrao: chamado controle interno de legalidade

    (decorrente do princpio da tutela ou da autotutela).

    2. Poder Judicirio (hiptese de controle externo): no exerccio de

    sua funo precpua jurisdicional. Exemplo: exame pelo

    Judicirio, em mandado de segurana, da legalidade de um ato

    do Executivo.

    3. Poder Legislativo (hiptese de controle externo): nos casos

    previstos na Constituio. Exemplo: apreciao pelo Poder

    Legislativo, por meio do TCU, da legalidade dos atos de

    admisso de pessoal do Executivo.

    O resultado do controle de legalidade, pode ser declarada a

    existncia de vcio no ato que implique a declarao de sua nulidade.

    Logo, a anulao ocorre nos casos em que exista ilegalidade no ato

    administrativo (ofensa lei ou aos princpios administrativos), podendo

    ser decretada pela prpria Administrao (controle interno) ou pelo

    Poder Judicirio (controle externo) e opera efeitos ex tunc (retroage

    origem do ato, desfazendo as relaes dele resultantes).

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    3.3.2. Controle de MRITO

    ATENO PARA ESTE PONTO!

    Compete, normalmente, ao prprio Poder que editou o ato.

    Visa a verificao da eficincia, oportunidade e a convenincia do

    ato controlado.

    Apenas nos casos expressos na Constituio, muito

    excepcionalmente, o Poder Legislativo pode exercer controle de mrito

    sobre atos praticados pelo Poder Executivo.

    ATENO!!! Lembre-se de que no cabe ao Poder Judicirio

    exercer controle de mrito sobre atos praticados pelo Poder

    Executivo, ou seja, o controle exercido pelo Poder Judicirio

    sobre os atos do Poder Executivo , sempre, um controle de

    legalidade e legitimidade. Em nenhuma hiptese possvel a

    revogao de atos praticados pelo Executivo pelo Poder

    Judicirio.

    O resultado do exerccio do controle de mrito realizado pela

    Administrao a revogao de atos discricionrios por ela prpria

    regularmente editados. Logo, no caso do controle de mrito, o ato

    administrativo DISCRICIONRIO, REGULAR e somente a

    Administrao pode revog-lo.

    Como o ato revogado era perfeito e operante, sua revogao

    somente pode produzir efeitos prospectivos, ou seja, ex nunc.

    ATENO!!! Todos os Poderes tm competncia para

    revogar os atos administrativos por eles prprios editados.

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    3.4. Quanto AMPLITUDE

    3.4.1. Controle HIERRQUICO

    Resulta do escalonamento vertical dos rgos da Administrao

    Direta e das unidades integrantes das entidades da Administrao

    Indireta. tpico do Poder Executivo e sempre um controle interno.

    Dessa forma, sempre que, dentro da estrutura de uma mesma

    pessoa jurdica, houver escalonamento vertical de rgos,

    departamentos ou quaisquer outras unidades desconcentradas e

    despersonalizadas, haver controle hierrquico do superior sobre os

    atos praticados pelos subalternos.

    O poder hierrquico caracterizado por ser:

    1. Pleno (irrestrito)

    2. Permanente

    3. Automtico (no depende de norma especfica que o

    estabelea ou autorize)

    Por meio do controle hierrquico, podem ser verificados todos os

    aspectos relativos legalidade e ao mrito de todos os atos

    praticados pelos agentes ou rgos subalternos a determinado agente

    ou rgo.

    3.4.2. Controle FINALSTICO

    CLASSIFICAO MUITO IMPORTANTE!!!

    exercido pela Administrao Direta sobre as pessoas

    jurdicas integrantes da Administrao Indireta.

    Como resultado da descentralizao administrativa, compem a

    Administrao Pblica no s os rgos da Administrao Direta, mas

    tambm outras pessoas jurdicas, com autonomia administrativa e

    financeira, vinculadas (e no subordinadas) Administrao Direta.

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    O controle finalstico depende de norma legal que o estabelea,

    determine os meios de controle, os aspectos a serem controlados e as

    ocasies de realizao do controle, indicando-se a autoridade

    controladora e as finalidades objetivadas. OBS: para Celso Antnio

    Bandeira de Mello, em situaes excepcionais, de condutas

    patentemente aberrantes de entidades da Administrao

    Indireta, cabe o controle por parte da Administrao Direta,

    mesmo na ausncia de expressa previso legal.

    Nesse tipo de controle, a administrao direta restringe-se

    verificao do enquadramento da entidade controlada no programa

    geral do governo e avaliao objetiva do atingimento, pela entidade,

    de suas finalidades estatutrias.

    Segundo a doutrina, o controle finalstico deriva do denominado

    poder de tutela ou superviso ministerial.

    1. (FCC/2004/TRF/4 Reg/Analista Judicirio) Em matria de

    controle da administrao, analise:

    I. A autoridade controladora acompanha, orienta, rev, avoca e

    aprova os atos praticados pelos subalternos.

    II. O que antecede a concluso ou operatividade do ato, como

    requisito para sua eficcia.

    III. Todo aquele que visa a comprovao da eficincia, do

    resultado, da convenincia ou oportunidade do ato controlado,

    sendo da competncia da Administrao, e, em casos

    excepcionais expressos na Constituio Federal, do Legislativo.

    Essas hipteses correspondem, respectivamente, aos controles

    a) hierrquico, sucessivo e vinculado.

    Questes de concurso

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    b) hierrquico, prvio ou preventivo e de mrito.

    c) sucessivo, preventivo e de mrito.

    d) sucessivo, operativo e vinculado.

    e) discricionrio, prvio e corretivo.

    Vimos que o poder hierrquico todos os atos praticados pelos

    agentes ou rgos subalternos podem ser verificados quanto

    legalidade e ao mrito assim a autoridade controla, orienta, rev.

    Percebe-se ento que o item I refere-se ao controle hierrquico. J

    sabemos que o controle prvio ou preventivo o exercido antes do

    incio da prtica ou antes da concluso do ato administrativo, ou seja

    antecede a concluso, item II controle prvio. Ao lembrar do controle

    de mrito, voc ver que ele se encaixa perfeitamente no item III.

    5HVSRVWDOHWUDE

    2. (FCC - 2012 - TRT-PE - Analista Judicirio - Execuo de

    Mandados) Um dos instrumentos existentes para o exerccio do

    controle judicial da atividade administrativa a ao popular,

    sendo correto afirmar que

    a) determina a integrao obrigatria, no polo passivo da lide, da

    pessoa jurdica de direito pblico da qual emanou o ato

    impugnado

    b) determina a integrao obrigatria, no polo ativo da lide, da

    pessoa de direito pblico da qual emanou o ato impugnado.

    c) pressupe a comprovao da leso ao patrimnio pblico, no

    sendo suficiente a leso moralidade administrativa.

    d) somente pode ser intentada por cidado no gozo dos direitos

    polticos.

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    e) pode ser intentada por qualquer cidado brasileiro, nato ou

    naturalizado, e pelo Ministrio Pblico.

    Vimos que uma modalidade de controle o controle popular,

    muito importante, j que a Administrao deve sempre atuar visando

    satisfao do interesse pblico. A ao popular um exemplo

    clssico e muito importante para a sua prova. Possui lei prpria,

    porm, a redao dessa questo encontra guarida constitucional, a

    letra do inciso LXXIII do art. 5, verbis: qualquer cidado parte legtima para propor ao popular que vise anular ato lesivo ao

    patrimnio pblico ou de entidade de que o Estado participe,

    moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimnio

    histrico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada m-f, isento

    de custas judiciDLVHGR{QXVGDVXFXPErQFLD Resposta: letra D

    3. (FCC- 2013- TRT 18 regio- Analista Judicirio- Oficial de

    Justia Avaliador) A atuao da Administrao pblica est submetida a

    controle interno e externo. correto afirmar que;

    a) o controle exercido pelo Legislativo mais restrito do que o

    exercido pelo Judicirio, na medida em que se restringe ao controle de

    legalidade dos atos administrativos.

    b) o controle de economicidade, exercido com auxlio do Tribunal

    de Contas, limita-se a exame de legalidade, visto que o controle

    Legislativo no admite anlise discricionria.

    c) o controle exercido pelo Legislativo mais restrito que aquele

    desempenhado pelo poder judicirio, porque no admite anlise de

    mrito da atuao administrativa.

    d) a fiscalizao exercida pelo Legislativo est expressamente

    delimitada pela Constituio Federal brasileira, incluindo o controle

    poltico, que abrange anlise de mrito, em algum grau e medida.

    e) no se admite controle exercido pelo Legislativo, em razo do

    princpio da separao de poderes, cabendo, apenas excepcionalmente

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    controle pelo Judicirio, admitindo-se algum grau de controle de

    discricionariedade.

    1D DOWHUQDWLYD D IDOD TXH R FRQWUROH H[HUFLGR SHOR 3RGHULegislativo mais restrito pelo fato de se restringir ao controle de

    legalidade dos atos administrativos, o que torna esta assertiva

    incorreta.

    $ DOWHUQDWLYD E R FRQWUROH GH HFRQRPLFLGDGH QmR VH OLPLWD DRmero exame de legalidade, assim como o controle exercido pelo

    Legislativo admite sim discricionariedade, invalidando a assertiva.

    $ DOWHUQDWLYD F WDPEpP HVWi LQFRUUHWD SRU IDODU TXH R FRQWUROHlegislativo no realiza controle de mrito, o que de fato ocorre,

    preceituado na Constituio Federal.

    $ DOWHUQDWLYD G FRPSDFWXD FRP R TXH HVWi H[SUHVVR QDConstituio Federal, dispondo corretamente sobre as atribuies do

    controle legislativo, item correto.

    3RUILPDDOWHUQDWLYDHHVWiLQFRUUHWDXPDYH]TXHIRLYLVWRTXHos trs poderes exercem o controle administrativo de alguma forma.

    *DEDULWR/HWUDG

    4) Controle Administrativo

    a forma mais comum de controle, realizado pela Administrao

    sobre seus prprios atos e atividades. O controle administrativo

    exercido pelo Poder Executivo e pelos rgos administrativos do

    Legislativo e do Judicirio sobre suas prprias condutas (exs: controle

    da nomeao de um servidor pela Cmara dos Deputados; controle dos

    atos realizados no curso de um procedimento licitatrio), tendo em vista

    aspectos de legalidade ou de convenincia (mrito).

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    ATENO!!! O controle administrativo um controle de

    legalidade e de mrito, alm de ser sempre um controle interno

    (realizado por rgos integrantes do mesmo Poder que praticou

    o ato).

    Deriva do poder-dever de autotutela que a Administrao tem

    sobre seus prprios atos e agentes, conforme est consolidado na

    6~PXODGR67)D$GPLQLVWUDomRSRGHDQXODUVHXVSUySULRVDWRVquando eivados de vcios que os tornem ilegais, porque deles no se

    originam direitos; ou revog-los, por motivo de convenincia ou

    oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada, em todos

    RVFDVRVDDSUHFLDomRMXGLFLDO

    4. (FCC - 2010 - TRF - 4 REGIO - Analista Judicirio) No que

    se refere forma de controle da Administrao Pblica, considere:

    I. O controle exercido pela Administrao direta sobre as pessoas

    jurdicas integrantes da Administrao indireta deriva do poder de

    tutela.

    II. O controle que visa verificar a oportunidade e convenincia

    administrativas do ato controlado, como regra, compete exclusivamente

    ao prprio Poder que, atuando na funo de Administrao Pblica,

    editou o ato administrativo. Essas formas, conforme a amplitude e o

    aspecto controlado, denominam-se, respectivamente,

    a) subsequente e preventivo.

    b) de mrito e subsequente.

    c) de legalidade e finalstico.

    d) finalstico e de mrito.

    e) hierrquico e de legalidade.

    Pessoal, importante que vocs dominem esses conceitos

    trazidos por essa questo. Vou fazer agora uns comentrios mais

    Questes de concurso

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    aprofundados para que vocs fixem informao ao mesmo tempo em

    que testam seus conhecimentos com as questes. Vamos l:

    Letra (A). O controle subsequente exercido aps a concluso

    do ato. Mediante o controle subsequente, possvel a correo de

    defeitos do ato, a declarao de sua nulidade ou mesmo conferir

    eficcia do ato. O controle prvio ou preventivo quando exercido

    antes do inicio da pratica ou antes da concluso do ato, constituindo-se

    requisito para a validade ou para produo de efeitos do ato controlado.

    Logo, est INCORRETA.

    Letra (B). O controle de mrito visa verificar a eficincia, a

    oportunidade e a convenincia do ato controlado. O controle do mrito

    compete, normalmente, ao prprio poder que editou o ato. O controle

    subsequente exercido aps a concluso do ato. Mediante o controle

    subsequente, possvel a correo de defeitos do ato, a declarao de

    sua nulidade ou mesmo conferir eficcia do ato. Logo, est INCORRETA.

    LETRA (c). Pelo controle de legalidade, verifica-se se o ato foi

    praticado em conformidade com a Lei. Faz-se o confronto entre uma

    conduta administrativa e uma norma jurdica, que pode estar na

    Constituio, na lei ou mesmo em ato administrativo de contedo

    impositivo. O controle finalstico ser exercido pela Administrao Direta

    sobre as pessoas jurdicas integrantes da Administrao Indireta.

    Segundo a doutrina, o controle finalstico deriva do denominado poder

    de tutela ou superviso ministerial. Logo, est INCORRETA.

    Letra (D). O controle finalstico ser exercido pela Administrao

    Direta sobre as pessoas jurdicas integrantes da Administrao Indireta.

    Segundo a doutrina, o controle finalstico deriva do denominado poder

    de tutela ou superviso ministerial 2 LWHP , UHIHUH-se ao controle finalstico. O controle de mrito compete, normalmente, ao prprio

    Poder que editou o ato. Visa a verificao da eficincia, oportunidade e

    DFRQYHQLrQFLDGRDWRFRQWURODGR2LWHP,,UHIHUH-se ao controle de mrito. Logo, est CORRETA.

    .

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    Letra (E). O controle hierrquico tpico do poder Executivo,

    sendo sempre um controle interno, resultante do escalonamento

    vertical dos rgos da Administrao direta ou das unidades integrantes

    das entidades da Administrao indireta. Em resumo: sempre que

    dentro da estrutura de uma mesma pessoa jurdica (no caso da

    Administrao direta federal, a Unio) houver escalonamento vertical de

    rgos, departamentos, ou quaisquer outras unidades desconcentradas

    e, portanto, despersonalizadas, haver controle hierrquico do superior

    sobre os atos praticados pelos subalternos. Pelo controle de legalidade,

    verifica-se se o ato foi praticado em conformidade com a Lei. Faz-se o

    confronto entre uma conduta administrativa e uma norma jurdica, que

    pode estar na Constituio, na lei ou mesmo em ato administrativo de

    contedo impositivo. Logo, est INCORRETA.

    5. (FCC/2009/MRE/Oficial de Chancelaria) Smula 473 A

    administrao pode anular seus prprios atos, quando eivados de

    vcios que os tornam ilegais, porque deles no se originam

    direitos; ou revog-los, por motivo de convenincia ou

    oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em

    todos os casos, a apreciao judicial.

    certo que a Administrao Pblica, dentre outras situaes,

    a) est sujeita fiscalizao administrativa de seus atos, sendo-

    lhe vedada a revogao de seus atos discricionrios.

    b) tem o dever de velar pela execuo da lei, facultada a anulao

    dos atos ilegais que praticar.

    c) sujeita-se ao controle jurisdicional de sua atuao, mas no ao

    controle legislativo de seus atos.

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    d) no pode descumprir a lei a pretexto de sua

    inconstitucionalidade, mas pode atuar, em qualquer

    situao, contra legem ou praeter legem.

    e) deve anular os atos ilegais que praticar e pode revogar seus

    atos discricionrios inconvenientes ou inoportunos.

    &RQIRUPH H[SUHVVDPHQWH QRV WUD] D V~PXOD OHWUD H FRUUHWD 2EVHUYHTXHDOHWUDEHVWiHUUDGDSRLVQmRpIDFXOGDGHPDV'(9(5da Administrao a anulao dos atos ilegais que praticar.

    4.1. Recursos administrativos

    De uma forma geral, o exerccio do controle administrativo

    concretiza-se mediante as atividades de fiscalizao e os recursos

    administrativos.

    ATENO!!! A fiscalizao independe de provocao e pode

    ocorrer no mbito do controle hierrquico e do controle

    finalstico.

    Geralmente, os recursos administrativos so classificados em:

    recursos hierrquicos prprios e recursos hierrquicos imprprios.

    IMPORTANTE PARA O SEU CONCURSO: Para Maria Sylvia Di

    Pietro e Hely Lopes Meirelles:

    1. Recurso hierrquico PRPRIO: dirigido autoridade ou

    instncia imediatamente superior (h relao de hierarquia),

    dentro do mesmo rgo em que o ato foi praticado.

    Exemplo: recurso dirigido ao Superintendente da Receita Federal

    contra ato praticado por Delegado da Receita Federal a ele subordinado.

    2. Recurso hierrquico IMPRPRIO: dirigido a autoridade de

    outro rgo no integrado na mesma hierarquia daquele

    que proferiu o ato, ou seja, entre o rgo de que emanou o ato

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    recorrido e o rgo a que se enderea o recurso no h

    relao hierrquica, embora eles possam integrar a

    mesma pessoa jurdica. S cabvel se previsto

    expressamente em lei, j que no decorre da hierarquia.

    Exemplos: recurso contra ato praticado por dirigente de

    autarquia, interposto perante o Ministrio a que vinculada ou perante

    o Chefe do Poder Executivo; recurso contra deciso das Delegacias de

    Julgamento da Secretaria da Receita Federal, cuja apreciao incumbe

    ao Conselho de Contribuintes (rgo integrante do Ministrio da

    Fazenda, mas sem relao hierrquica com a Secretaria da Receita

    Federal).

    Para Celso Antnio Bandeira de Mello:

    1. Recurso hierrquico PRPRIO: todo recurso apreciado por

    rgo integrante da mesma pessoa jurdica em que

    esteja inserido o rgo que praticou o ato recorrido.

    2. Recurso hierrquico IMPRPRIO: recurso apreciado por

    autoridade encartada em pessoa jurdica diversa da que

    proferiu a deciso.

    Em razo da previso na Lei Federal n 9.784/99, a regra geral

    que o prazo para interpor o recurso administrativo de 10 dias,

    contados da cincia da deciso contra a qual ser proposto.

    4.1.1. Espcies de recursos administrativos

    Em geral, a doutrina menciona, ainda, outras formas de

    provocao da Administrao pelos administrados, inseridas no amplo

    direito fundamental conhecido como direito de petio (art. 5, XXXIV,

    D &) $QDOLVDremos algumas espcies de petio, com base nos conceitos elaborados por Maria Sylvia Di Pietro e Jos dos Santos

    Carvalho Filho.

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    a) Representao

    a denncia de irregularidades feita perante a prpria

    Administrao.

    ATENO!!! Para os particulares, um direito; para os

    servidores pblicos em geral, um dever.

    No art. 74, 2, da Constituio Federal, est prevista uma

    KLSyWHVH DPSOD GH UHSUHVHQWDomR DR 7&8 TXDOTXHU FLGDGmR partido poltico, associao ou sindicato parte legtima para, na forma da lei,

    denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas

    GD8QLmR1RWHTXHHPERUDSRVVDVHUHQTXDGUDGDFRPRKLSyWHVHGHrepresentao, a palavra utilizada pelo constituinte foi denncia.

    Segundo Celso Antnio Bandeira de Mello, denncia p R GHVLJQDWLYRutilizado para hiptese similar [ representao], na qual, todavia,

    prepondera o intuito de alertar a autoridade competente para conduta

    DGPLQLVWUDWLYDDSUHVHQWDGDFRPRFHQVXUiYHO b) Reclamao administrativa

    uma expresso bastante genrica que refere-se a qualquer

    forma de manifestao de discordncia do administrado contra um

    ato da Administrao.

    0DULD6\OYLD'L3LHWURIRUPXODGHILQLomRDPSODGHUHFODPDomRpo ato pelo qual o administrado, seja particular ou servidor pblico,

    deduz uma pretenso perante a Administrao Pblica, visando obter o

    reconhecimento de um direito ou a correo de um ato que lhe cause

    OHVmRRXDPHDoDGHOHVmR 2DUWGD/HLQXWLOL]DRYRFiEXORUHFODPDo}HVHPDFHSomR JHQpULFD D $GPLQLVWUao tem o dever de explicitamente emitir deciso nos processos administrativos e sobre solicitaes ou

    UHFODPDo}HVHPPDWpULDGHVXDFRPSHWrQFLD$LQGDRDUW,,,GR&71HPSUHJDWDPEpPRWHUPRUHFODPDo}HVFRPRVLJQLILFDGRGH

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    impugnao administrativa, forma de instaurao dos processos

    administrativos fiscais ou tributrios.

    c) Pedido de reconsiderao

    a solicitao feita prpria autoridade que proferiu a

    deciso ou emitiu o ato para que ela o submeta a uma nova

    apreciao.

    A Lei n 9.784/99 estabeleceu como regra geral a possibilidade de

    reconsiderao, j que, independentemente de pedido de

    reconsiderao expresso, o recurso hierrquico interposto pelo

    administrado acarreta para a autoridade recorrida o dever de verificar

    se cabvel reconsiderao, no prazo de 5 dias, antes de encaminhar o

    recurso autoridade competente para sua apreciao.

    d) Reviso

    a petio utilizada em face de uma deciso administrativa que

    implique aplicao de sano, visando a desfaz-la ou abrand-la,

    desde que se apresentem fatos novos que demonstrem a

    inadequao da penalidade aplicada.

    O art. 174 da Lei n 8.112/90 prev que o processo disciplinar

    poder ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de ofcio, quando se

    aduzirem fatos novos ou circunstncias suscetveis de justificar a

    inocncia do punido ou a inadequao da penalidade aplicada.

    No ignore este ponto da aula, ele cai em concurso! Veja!

    6. (FCC/2010/AL-SP/Agente Tcnico) No campo do controle

    administrativo dos servios pblicos, a denncia formal e assinada

    Questes de concurso

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    de irregularidades internas ou de poder na prtica de atos da

    administrao denomina-se

    a) recurso administrativo.

    b) representao administrativa.

    c) reclamao.

    d) pedido de reconsiderao.

    e) invalidao.

    Conceituamos a representao como denncia de

    irregularidades feita perante a prpria Administrao. No se esquea

    de que para os particulares, um direito; para os servidores pblicos

    HPJHUDOpXPGHYHU5HVSRVWDOHWUDE

    7. (FCC/2008/MPE-RS/Agente Administrativo)No que se refere ao

    controle da Administrao Pblica analise:

    I. Solicitao ou splica escrita, dirigida pelo interessado

    autoridade, autora do ato, para que o retire do ordenamento

    jurdico ou o modifique segundo suas pretenses.

    II. Pedido de reexame do ato ou deciso de agente ou rgo que

    o interessado faz a agente ou rgo superior, visando o seu

    desfazimento ou modificao.

    Os conceitos acima se referem, respectivamente, a:

    a) reclamao administrativa e recurso administrativo.

    b) recurso administrativo e direito de petio.

    c) pedido de reconsiderao e recurso administrativo.

    d) pedido de reconsiderao e direito de petio.

    e) reclamao administrativa e pedido de reconsiderao.

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    O item I o conceito de pedido de reconsiderao e o item II de

    UHFXUVRDGPLQLVWUDWLYR$UHVSRVWDpDOHWUDF

    8. (FCC - 2012 - TJ-PE - Analista Judicirio - rea Judiciria)

    Considere sob a tica do controle da Administrao Pblica:

    I. Pedidos que as partes dirigem instncia superior da prpria

    Administrao, proporcionando o reexame do ato inferior sob todos os

    seus aspectos.

    II. Solicitao da parte dirigida mesma autoridade que expediu

    o ato, para que o invalide ou o modifique nos termos da pretenso do

    requerente.

    III. Oposio expressa a atos da Administrao que afetem

    direitos ou interesses legtimos do Administrado.

    Essas hipteses dizem respeito, respectivamente,

    a) reviso do processo, ao recurso hierrquico e

    representao administrativa.

    b) ao recurso hierrquico, ao pedido de reconsiderao e

    reclamao administrativa.

    c) reclamao administrativa, ao pedido de reconsiderao e

    reviso do processo.

    d) ao pedido de reconsiderao, reclamao administrativa e

    ao recurso hierrquico.

    e) ao recurso hierrquico, reviso do processo e

    representao administrativa.

    Como vimos recurso hierrquico aquele dirigido instncia

    superior (hierarquia) da prpria Administrao, proporcionando o

    reexame do ato inferior sob todos os seus aspectos.

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    A Representao a denncia de irregularidades feita perante a

    prpria Administrao.

    A reclamao administrativa uma expresso bastante genrica

    que refere-se a qualquer forma de manifestao de discordncia do

    administrado contra um ato da Administrao.

    O pedido de reconsiderao a solicitao feita prpria

    autoridade que proferiu a deciso ou emitiu o ato para que ela o

    submeta a uma nova apreciao.

    Por fim, a reviso a petio utilizada em face de uma deciso

    administrativa que implique aplicao de sano, visando a desfaz-la

    ou abrand-la, desde que se apresentem fatos novos que demonstrem

    a inadequao.

    *DEDULWR/HWUDE

    4.2. Processos administrativos

    Como acabamos de ver, a Administrao pode e deve corrigir

    seus atos defeituosos, em decorrncia do poder de autotutela que

    possui sobre seus atos. Uma das formas de possibilitar o exerccio desse

    verdadeiro poder-dever com os processos administrativos.

    A instaurao de processos administrativos um meio colocado

    disposio dos administrados para que eles provoquem a

    Administrao, com o intuito de ver alterados ou anulados decises ou

    atos administrativos referentes a relaes jurdicas em que estejam

    envolvidos.

    $ H[SUHVVmR SURFHVVRV DGPLQLVWUDWLYRV HP VHQWLGR DPSORabrange qualquer procedimento da Administrao desencadeado por

    alguma das diversas hipteses de reclamaes, impugnaes e peties

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    em geral, visando a provocar a apreciao de questes de interesse dos

    administrados pela prpria Administrao.

    4.2.1. Princpios do processo administrativo

    Com base na doutrina de Hely Lopes Meirelles, possvel

    identificar os seguintes princpios norteadores dos recursos e processos

    administrativos.

    a) Legalidade objetiva

    Exige que o processo administrativo seja instaurado e conduzido

    com base na lei e com a finalidade de preservar o imprio da lei.

    Caso inexista norma legal que o preveja ou ele seja conduzido

    contrariamente lei, o processo administrativo ser nulo.

    b) Publicidade

    Por ser pblica a atividade da Administrao, os processos que ela

    desenvolve devem estar abertos ao acesso dos interessados. Esse

    direito de acesso mais amplo do que nos processos judiciais, pois

    alcana qualquer pessoa que seja titular de interesse atingido por ato

    constante do processo ou que atue na defesa do interesse coletivo ou

    geral.

    O direito de acesso s pode ser restringido por razes de

    segurana da sociedade e do Estado ou quando a defesa da intimidade

    ou o interesse social o exigirem.

    c) Oficialidade ou Impulso oficial do processo

    Compete sempre Administrao a movimentao do processo

    administrativo, ainda que inicialmente provocado pelo particular.

    Uma vez iniciado, o processo passa a pertencer ao Poder Pblico,

    a quem compete dar a ele prosseguimento, at deciso final.

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    Permite que os agentes administrativos encarregados do processo

    atuem, de ofcio, na tomada de depoimentos, na inspeo de lugares e

    bens, na realizao de diligncias, etc.

    d) Informalismo

    Os atos a serem praticados no processo, principalmente os atos a

    cargo do particular, no exigem formalidades especiais, bastando que

    sejam estas suficientes para assegurar a certeza jurdica e segurana

    processual.

    Esse princpio deve ser entendido favoravelmente ao particular,

    inclusive porque este no necessita de advogado para representa-lo no

    processo, podendo atuar pessoalmente.

    Entretanto, caso exista exigncia legal expressa quanto forma

    de determinado ato, esta dever ser cumprida, sob pena de nulidade do

    ato praticado em desacordo com a formalidade legal.

    e) Gratuidade

    Sendo a Administrao Pblica uma das partes do processo

    administrativo, no se justifica a mesma onerosidade que existe no

    processo judicial.

    Alm disso, voc deve DECORAR a Smula Vinculante n 21:

    f) Verdade material

    No processo administrativo, importa conhecer o fato efetivamente

    ocorrido, saber como se deu o fato no mundo real, independente da

    fase em que se encontra o processo (desde que at o julgamento final).

    g) Contraditrio e ampla defesa

    inconstitucional a exigncia de depsito ou arrolamento prvios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo

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    comum a todos os tipos de processos, judiciais e

    administrativos, estando expresso no art. 5, LV, da Constituio

    Federal. decorrncia do princpio do devido processo legal, previsto no

    inciso LIV do mesmo dispositivo constitucional.

    O cerceamento de defesa, em qualquer fase do processo, acarreta

    sua nulidade relativamente a todos os atos subsequentes, quando isso

    for possvel; caso contrrio, acarreta a nulidade de todo o processo.

    h) Atipicidade

    Muitas infraes administrativas no so descritas com preciso

    na lei, ficando sujeitas apreciao da Administrao Pblica, que

    dever decidir diante das circunstncias de cada caso concreto, levando

    em considerao a gravidade do ilcito e as consequncias para o

    servio pblico (razoabilidade e proporcionalidade). Por isso, a

    motivao do ato assume fundamental relevncia, pois demonstrar o

    correto enquadramento da falta e a dosagem adequada da pena.

    i) Pluralidade de instncias

    Decorre do poder de autotutela de que dispe a Administrao

    Pblica e que lhe permite rever os prprios atos, quando ilegais,

    inconvenientes ou inoportunos.

    J que dado ao superior hierrquico rever sempre os atos dos

    seus subordinados, como poder inerente hierarquia e independente de

    previso legal, haver tantas instncias administrativas quantas forem

    as autoridades com atribuies superpostas na estrutura hierrquica.

    Entretanto, na esfera federal, o direito de recorrer foi limitado a trs

    instncias administrativas, salvo disposio legal diversa.

    j) Economia processual

    O processo instrumento para aplicao da lei, de modo que as

    exigncias a ele pertinentes devem ser adequadas e proporcionais ao

    fim que se pretende atingir. Por isso, devem ser evitados os

    .

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    formalismos excessivos, no essenciais legalidade do procedimento,

    que s possam onerar inutilmente a Administrao Pblica.

    Desse princpio decorre o do aproveitamento dos atos

    processuais, que admite o saneamento do processo quando se tratar de

    nulidade sanvel, cuja inobservncia no prejudique a Administrao ou

    o administrado.

    k) Participao popular

    O princpio da participao popular na gesto e no controle da

    Administrao Pblica inerente ideia de Estado Democrtico de

    Direito, objetivando descentralizar as formas de atuao da

    Administrao e de ampliar os instrumentos de controle.

    Exemplos: participao dos trabalhadores e empregadores nos

    colegiados dos rgos pblicos em que seus interesses profissionais ou

    previdencirios sejam objeto de discusso e deliberao; gesto

    democrtica do ensino pblico; direito informao, possibilitando

    conhecer os assuntos tratados no mbito da Administrao Pblica;

    mandado de injuno, para suprir a omisso do Poder Pblico na

    regulamentao de normas constitucionais.

    4.3. Prescrio administrativa

    A prescrio traduz a perda do prazo para ajuizamento de uma

    ao (ou apresentao de uma petio administrativa) mediante a qual

    se pretendesse defender um direito contra uma leso ou ameaa de

    leso (o prazo de prescrio tem curso antes de ser iniciado o processo

    judicial ou administrativo).

    A finalidade da prescrio assegurar a estabilidade das

    relaes jurdicas entre a administrao pblica e os administrados, ou

    entre ela e seus agentes, depois de transcorrido determinado lapso

    temporal, em ateno ao princpio da segurana jurdica.

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    Falaremos, inicialmente da prescrio da pretenso do particular

    contra a Administrao. Depois falaremos da prescrio da pretenso da

    Administrao contra o particular.

    Na via judicial, o administrado tem 5 anos para ingressar com

    uma demanda contra a Administrao (art. 1 do Decreto 20.910/32).

    Essa regra vale para pretenses contra a Unio, Estados, Municpios e

    Fazendas federais, estaduais e municipais, bem como contra as

    autarquias, e demais entidades da administrao indireta e rgos

    paraestatais.

    Se ocorreu algum fato que fez interromper a prescrio, o prazo

    de cinco anos recomea a ser contado pela metade, a partir do evento

    LQWHUUXSWLYR 0DV QRV WHUPRV GD 6~PXOD 67) a prescrio em favor da Fazenda Pblica recomea a correr, por dois anos e meio, a

    partir do ato interruptivo, mas no fica reduzida aqum de cinco anos,

    embora o titular do direito a interrompa durante a primeira metade do

    SUD]R Mas a partir de quando contado esse prazo prescricional de 5

    anos?

    O termo inicial o nascimento do dano.

    IMPORTANTE: H casos em que a pretenso imprescritvel para

    o particular?

    Sim! Por incrvel que parea, contrariando o princpio da

    segurana jurdica, o STJ admite como imprescritvel a pretenso

    indenizatria decorrente de violao a direitos humanos fundamentais

    durante o Regime Militar de exceo (REsp 890930).

    Passemos agora para o outro lado, da prescrio para a

    Administrao ingressar com algum pedido contra o particular.

    A regra geral, por uma questo de isonomia, a mesma, ou

    seja: 5 (cinco) anos.

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    E h hipteses de imprescritibilidade para a Administrao?

    OLHO ABERTO: Sim! Assim como o particular no se submete

    prescrio nos atos decorrentes da violao aos direitos humanos pelo

    regime militar, a Administrao no se submete a qualquer prazo

    prescricional para promover a reparao de dano ao errio em

    decorrncia de atos ilcitos. Esse o entendimento do STF (MS

    26210 e 24519) e do STJ (AgRg no RESP 1038103, RESP 1067561,

    RESP 801846 e RESP 1107833) na interpretao da parte final do art.

    GD &) TXH DVVLP GLVS}H $ OHL HVWDEHOHFHUi RV SUD]RV GHprescrio para ilcitos praticados por qualquer agente, servidor ou no,

    que causem prejuzos ao errio, ressalvadas as respectivas aes de

    UHVVDUFLPHQWR Com relao prescrio, voc j observou: o prazo do

    particular contra a Administrao de 5 anos. Para pretenso de atos

    que violaram direitos humanos na ditadura: imprescritvel. Para a

    Administrao a regra geral tambm de 5 anos, havendo a

    imprescritibilidade para a reparao ao errio.

    Com relao decadncia, lembramos que, na esfera federal, o

    art. 54 da Lei n 9.784/99 estatui que de 5 anos o prazo de

    decadncia para a administrao pblica anular os atos administrativos

    de que decorram efeitos favorveis para os destinatrios, salvo

    comprovada m-f.

    No h prazo para a administrao proceder revogao de seus

    atos administrativos que se tornem inoportunos ou inconvenientes ao

    interesse pblico.

    As hipteses de prescrio administrativa concernentes aos prazos

    para a administrao pblica aplicar sanes administrativas aos seus

    prprios agentes ou aos administrados em geral seguem as mesmas

    regras acima j expostas.

    .

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    Lembre-se que as aes de ressarcimento ao errio so

    imprescritveis.

    9. (CESGRANRIO - 2010 - Petrobrs Profissional Jnior) Em mbito federal, o direito da Administrao Pblica de anular os atos

    administrativos de que decorram efeitos favorveis para os

    destinatrios

    a) no se submete a prazo decadencial, em decorrncia do

    princpio da legalidade.

    b) decai em dez anos, contados da data da cincia do vcio de

    legalidade, salvo comprovada m-f.

    c) decai em cinco anos, contados da data em que foram

    praticados, salvo comprovada m-f.

    d) decai em trs anos, contados da data em que foram

    praticados, salvo comprovada m-f.

    e) prescreve em cinco anos aps o trmino do exerccio de

    mandato, cargo em comisso ou funo de confiana.

    Como visto anteriormente, o art. 54, da Lei n 9.784/99, estatui que

    de 5 anos o prazo de decadncia para a administrao pblica anular os

    atos administrativos de que decorram efeitos favorveis para os

    destinatrios, salvo comprovada m-f.

    *DEDULWR/HWUDF

    Questes de concurso

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    5) Controle LEGISLATIVO OU PARLAMENTAR

    exercido pelos rgos legislativos ou por comisses

    parlamentares sobre determinados atos do Poder Executivo. Em

    respeito ao princpio da independncia e harmonia dos Poderes (art. 2,

    CF), somente se verifica nas situaes e nos limites expressamente

    previstos no prprio texto constitucional.

    MUITA ATENO! Esse um controle externo e configura-se,

    sobretudo, como um controle poltico, por isso podem ser controlados

    aspectos relativos legalidade e convenincia pblica (ou poltica) dos

    atos do Poder Executivo que estejam sendo controlados.

    Veja bem, controle legislativo: aspectos de legalidade e

    convenincia pblica!

    Segundo Di Pietro, no controle poltico, exercido pelo poder

    Legislativo, sero apreciados aspectos de legalidade E DE MRITO (=

    convenincia e oportunidade).

    A previso genrica da possibilidade de controle dos atos do Poder

    Executivo pelo Poder Legislativo encontra-se no art. 49, X, CF:

    OLHO ABERTO, pois agora, vamos analisar os principais

    dispositivos da Constituio Federal que estabelecem hipteses ou

    mecanismos de controle legislativo.

    1. Sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem

    do poder regulamentar ou dos limites de delegao

    legislativa (art. 49, V, CF).

    Art. 49 competncia exclusiva do Congresso Nacional: (...) X fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos GR3RGHU([HFXWLYRLQFOXtGRVRVGDDGPLQLVWUDomRLQGLUHWD

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    2. As comisses parlamentares de inqurito tero poderes de

    investigao prprios das autoridades judiciais e sero criadas

    para a apurao de fato determinado e por prazo certo, sendo

    suas concluses, se for o caso, encaminhadas ao Ministrio

    Pblico, para a promoo da responsabilidade civil ou criminal

    dos infratores (art. 58, 3, CF).

    3. Ao Congresso Nacional compete julgar anualmente as

    contas prestadas pelo Presidente da Repblica e apreciar os

    relatrios sobre a execuo dos planos de governo (art. 49, IX,

    CF).

    4. Ao Senado Federal compete aprovar a escolha de

    magistrados, ministros do TCU, PGR e outras autoridades

    (art. 52, III, CF).

    5. Ao Senado Federal compete autorizar operaes externas de

    natureza financeira, de interesse da Unio, dos Estados, do

    DF, dos Territrios e dos Municpios (art. 52, V, CF).

    6. Cmara dos Deputados compete proceder tomada de

    contas do Presidente da Repblica, quando no apresentadas

    ao Congresso Nacional dentro de 60 dias aps a abertura da

    sesso legislativa (art. 51, II, CF).

    7. Ao Congresso Nacional, auxiliado pelo TCU, compete, mediante

    controle externo, a fiscalizao contbil, financeira,

    oramentria, operacional e patrimonial da Unio e das

    entidades da Administrao Direta e Indireta, quanto

    legalidade, legitimidade, economicidade, aplicao das

    subvenes e renncia de receitas (art. 70).

    Questes de concurso

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    10. (FCC/2011/TRT/20Reg(SE)/Analista Judicirio) Analise as

    seguintes assertivas acerca do Controle da Administrao Pblica,

    especificamente sobre o Controle Legislativo:

    I. O controle que o Poder Legislativo exerce sobre a Administrao

    Pblica tem que se limitar s hipteses previstas na Constituio

    Federal.

    II. As Comisses Parlamentares de Inqurito tm poderes de

    investigao prprios das autoridades judiciais, alm de outros,

    como, por exemplo, o poder sancionatrio.

    III. O Controle Legislativo envolve dois tipos de controle: o

    poltico e o financeiro; o controle poltico, como a prpria

    nomenclatura evidencia, abrange apenas aspectos de mrito, e

    no de legalidade.

    Est correto o que se afirma APENAS em

    a) I.

    b) I e II.

    c) II.

    d) II e III.

    e) III.

    Sabemos da existncia da limitao do Poder Legislativo de

    controlar a Administrao Pblica, de acordo com a prpria

    Constituio, por isso o tpico I est correto. Vimos que as comisses

    parlamentares de inqurito tero poderes de investigao prprios das

    autoridades judiciais e sero criadas para a apurao de fato

    determinado e por prazo certo, podendo ser encaminhadas ao Ministrio

    Pblico, para a promoo da responsabilidade civil ou criminal dos

    infratores, sendo assim o carter sancionatrio das comisses

    afastado, lembre-se que os poderes so investigativos. Item II errado.

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    O item III est errado, pois o controle poltico pode ser ora de

    OHJDOLGDGHRUDGHPpULWR5HVSRVWDOHWUDD

    11. (FCC/2011/TRT4REG-RS/Analista Judicirio) O controle

    legislativo da Administrao :

    a) um controle externo e poltico, motivo pelo qual pode-se

    controlar os aspectos relativos legalidade e convenincia

    pblica dos atos do Poder Executivo que estejam sendo

    controlados.

    b) sempre um controle subsequente ou corretivo, mas restrito

    convenincia e oportunidade dos atos do Poder Executivo objetos

    desse controle e de efeitos futuros.

    c) exercido pelos rgos legislativos superiores sobre quaisquer

    atos praticados pelo Poder Executivo, mas vedado o referido

    controle por parte das comisses parlamentares.

    d) exercido sempre mediante provocao do cidado ou

    legitimado devendo ser submetido previamente ao Judicirio para

    fins de questes referentes legalidade.

    e) prprio do Poder Pblico, visto seu carter tcnico e,

    subsidiariamente, poltico, com abrangncia em todas as

    situaes e sem limites de qualquer natureza legal.

    Agora est bem fcil, no mesmo? Com toda a explicao j

    mencionada nas questes anteriores, fica evidente que a letra DpDresposta correta.

    12. (FCC/2008/TRT19Reg-AL/Analista Judicirio) Quando o

    Tribunal de Contas do Estado realiza auditoria sobre determinada

    .

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    despesa realizada pelo Poder Executivo, ele exerce controle de

    carter

    a) interno.

    b) externo.

    c) hierrquico.

    d) judicial

    e) prvio ou preventivo

    J sabemos que o controle externo ocorre por um Poder que atua

    sobre os atos administrativos praticados por outro Poder.

    /HWUDEFRUUHWD

    13. (FCC - 2012 - MPE-AP - Promotor de Justia) A atividade de

    controle da Administrao Pblica pelos Tribunais de Contas

    a) limitada legalidade dos atos administrativos praticados

    pelos rgos pblicos, no podendo avaliar a constitucionalidade destes,

    quando possurem embasamento legal.

    b) realizada, dentre outros meios, pelo registro prvio dos

    contratos firmados pelo Poder Pblico, sendo condio indispensvel de

    sua eficcia.

    c) no se aplica aos rgos do Poder Judicirio e do Ministrio

    Pblico, visto que estes esto sujeitos ao controle especial do Conselho

    Nacional de Justia e do Conselho Nacional do Ministrio Pblico,

    respectivamente.

    d) abrange a sustao de ato ilegal de aposentao de servidor

    pblico titular de cargo efetivo, se o rgo ou entidade responsvel pelo

    ato, previamente comunicado, deixou de adotar as providncias

    .

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    necessrias ao exato cumprimento da lei, no prazo assinalado pela

    Corte de Contas.

    e) compreende o julgamento anual das contas prestadas pelo

    Presidente da Repblica e apreciao dos relatrios sobre a execuo

    dos planos de governo.

    Para chegarmos a essa resposta, precisamos conjugar os incisos

    III e X do art. 71 da CF. Vejamos: Art. 71. O controle externo, a cargo

    do Congresso Nacional, ser exercido com o auxlio do Tribunal de

    Contas da Unio, ao qual compete: (...) III - apreciar, para fins de

    registro, a legalidade dos atos de admisso de pessoal, a qualquer

    ttulo, na administrao direta e indireta, includas as fundaes

    institudas e mantidas pelo Poder Pblico, excetuadas as nomeaes

    para cargo de provimento em comisso, bem como a das concesses de

    aposentadorias, reformas e penses, ressalvadas as melhorias

    posteriores que no alterem o fundamento legal do ato concessrio;

    (...) X - sustar, se no atendido, a execuo do ato impugnado,

    FRPXQLFDQGRDGHFLVmRj&kPDUDGRV'HSXWDGRVHDR6HQDGR)HGHUDO Resposta: letra D

    14. (FCC - 2013 - TRT - 1 REGIO (RJ) - Analista Judicirio -

    Execuo de Mandados) A Administrao pblica submete-se, nas suas

    atividades tpicas, nos termos da lei, ao controle do

    a) Tribunal de Contas no que concerne ao juzo de oportunidade e

    convenincia, excluda apreciao de economicidade e legalidade,

    exclusivos do poder Legislativo.

    b) Judicirio, no que concerne aos aspectos de oportunidade e

    convenincia, e do Legislativo no que concerne aos aspectos de

    legalidade.

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    c) Legislativo, com auxlio do Tribunal de Contas, que promove controle

    de legalidade e economicidade, dentre outros aspectos, nos termos da

    lei.

    d) Judicirio quanto aos aspectos de legalidade e discricionariedade, e

    da prpria administrao, em nvel superior, quanto aos aspectos de

    discricionariedade.

    e) Legislativo, no que concerne ao juzo de oportunidade e

    convenincia, e ao Tribunal de Contas, no que concerne legalidade de

    seus atos.

    Letra (A). O Tribunal de Contas tambm pode apreciar a

    economicidade e a legalidade dos atos administrativos. Logo, est

    INCORRETA.

    Letra (B). O controle do Judicirio diz respeito aos aspectos de

    legalidade e o controle da Administrao quanto aos aspectos de

    convenincia e oportunidade e legalidade. Logo, est INCORETA.

    Letra (C). Esse o controle que compete ao Legislativo, com o

    auxlio do Tribunal de Contas. Logo, est CORRETA.

    Letra (D). O Judicirio no pode controlar os aspectos de

    discricionariedade. Logo, est INCORRETA.

    Letra (E). O controle da Administrao quanto oportunidade e

    convenincia e do Judicirio, juntamente com a Administrao, quanto

    legalidade. Logo, est INCORRETA.

    Resposta: letra C

    5.1. A fiscalizao contbil, financeira e oramentria na Constituio Federal

    A fiscalizao financeira e oramentria exercida sobre os atos

    de todas as pessoas que administrem bens ou dinheiros pblicos.

    Conforme preceitua o art. 70, pargrafo nico, da Constituio Federal,

    prestar contas qualquer pessoa fsica ou jurdica, pblica ou

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    privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre

    dinheiros, bens e valores pblicos ou pelos quais a Unio responda, ou

    que, em nome desta, assuma obrigaes de natureza pecuniria.

    Grosso modo, a regra essa:

    ATENO!!! H previso de um controle interno, exercido

    pelo prprio Poder que esteja gerindo determinado recurso

    pblico objeto do controle, e um controle externo, exercido pelo

    Poder Legislativo com auxlio dos Tribunais de Contas. O

    controle interno pleno, de legalidade, convenincia,

    oportunidade e eficincia; j o controle externo poltico de

    legalidade contbil e financeira e visa a comprovar a probidade

    da Administrao e a regularidade do emprego dos bens e

    dinheiros pblicos.

    O controle externo tem nfase no controle financeiro, que se

    refere receita, despesa e gesto dos recursos pblicos, com vistas

    a preservar o Errio de atividades ilcitas e desonestas. As reas

    alcanadas por esse controle so: contbil, financeira, oramentria,

    operacional e patrimonial.

    E o que significa cada uma dessas reas? Vamos a elas:

    1. rea contbil: correo da formalizao dos registros das

    receitas e despesas;

    2. rea financeira: acompanhamento dos depsitos bancrios,

    dos empenhos de despesas, dos pagamentos efetuados, dos

    ingressos de valores, etc;

    MEXEU EM DINHEIRO DA UNIO, DEVE PRESTAR CONTAS

    PARA O CONGRESSO, AUXILIADO PELO TCU.

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    3. rea oramentria: acompanhamento da execuo do

    oramento, fiscalizao dos registros nas rubricas

    oramentrias adequadas, etc;

    4. rea operacional: controle da execuo das atividades

    administrativas em geral, verificando-se a observncia dos

    procedimentos legais e a sua adequao maior eficincia e

    economicidade;

    5. rea patrimonial: incide sobre os bens do patrimnio pblico,

    mveis e imveis, constantes de almoxarifados, de estoques ou

    que estejam em uso pela Administrao.

    Ao atuar nessas reas, o controle externo deve fiscalizar a

    regularidade de gesto da coisa pblica sob 5 diferentes aspectos:

    1. Legalidade: confronto do ato praticado pela Administrao

    com as normas jurdicas de regncia, respeitando o princpio

    da legalidade.

    2. Legitimidade: observa-se se o ato, em sua substncia, se

    ajusta lei e aos demais princpios que regem uma boa

    administrao, aperfeioando o controle da legalidade.

    3. Economicidade: verifica a existncia de adequao e

    compatibilidade na realizao das despesas pblicas,

    analisando se o rgo procedeu do modo mais econmico,

    alcanando o melhor custo-benefcio.

    4. Aplicao das subvenes: fiscalizao do destino das

    verbas pblicas e se estas foram utilizadas da melhor maneira

    pela entidade beneficiria. OBS: subvenes so os valores

    repassados pelo poder pblico para subsdio e

    incremento de atividades de interesse social.

    5. Renncia de receitas: dada a sua natureza excepcional,

    deve ser acompanhada de perto pelo controle externo, pois, de

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    regra, no pode o administrador pblico deixar de receber

    recursos que seriam canalizados para a prpria coletividade.

    Quanto aos Tribunais de Contas, de acordo com a posio

    dominante na doutrina, so rgos da estrutura do Poder Legislativo,

    auxiliares do Poder Legislativo, mas no praticam atos de natureza

    legislativa, mas apenas atos de controle.

    MUITA ATENO NOS PRXIMOS PARGRAFOS, ESPECIALMENTE

    QUANTO AO QUE O TRIBUNAL DE CONTAS PODE FAZER (ANALISAR?

    JULGAR? ANULAR?)

    Com base no art. 71 da Constituio Federal, algumas das

    principais atribuies dos Tribunais de Contas so:

    1. apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da

    Repblica, mediante parecer prvio que dever ser elaborado

    em 60 dias a contar de seu recebimento (inciso I).

    ATENO!!! O responsvel pelo julgamento das contas

    do Presidente da Repblica o Congresso Nacional (art.

    49, IX, CF).

    2. julgar as contas dos administradores e demais responsveis

    por dinheiros, bens e valores pblicos da administrao direta

    e indireta, includas as fundaes e sociedades institudas e

    mantidas pelo Poder Pblico federal, e as contas daqueles que

    derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que

    resulte prejuzo ao errio pblico (inciso II). ATENO!!!

    Nesse caso, a competncia do TCU de julgar as contas,

    diferentemente do que ocorre no caso do Presidente da

    Repblica, em que o TCU tem a funo de apenas

    apreciar as contas.

    OBS: a parte final do dispositivo refere-se chamada tomada de

    contas especial.

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    Atualmente, h entendimento pacificado do STF de que toda e

    qualquer entidade da Administrao Indireta, no importa seu objeto

    nem sua forma jurdica, sujeita-se integralmente ao inciso II do art. 71

    da CF, inclusive sua parte final, que trata do instituto da tomada de

    contas especial, aplicvel a quem d causa a perda, extravio ou outra

    irregularidade de que resulte prejuzo ao errio pblico.

    3. apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de

    admisso de pessoal, a qualquer ttulo, na administrao direta

    e indireta, includas as fundaes institudas e mantidas pelo

    Poder Pblico, excetuadas as nomeaes para cargo de

    provimento em comisso, bem como a das concesses de

    aposentadorias, reformas e penses, ressalvadas as

    melhorias posteriores que no alterem o fundamento

    legal do ato concessrio (inciso III);

    4. aplicar aos responsveis, em caso de ilegalidade de despesa ou

    irregularidade de contas, as sanes previstas em lei, que

    estabelecer, entre outras cominaes, multa proporcional ao

    dano causado ao errio (inciso VIII). ATENO!!! As

    decises do TCU de que resulte imputao de dbito ou

    multa so executveis pela Advocacia Geral da Unio,

    tendo fora e eficcia de ttulo executivo.

    5. Determinar prazo, se verificada ilegalidade, para que o rgo

    ou entidade adote as providncias necessrias ao exato

    cumprimento da lei e, se no atendido, sustar a execuo do

    ato impugnado, comunicando a deciso Cmara dos

    Deputados e ao Senado Federal (incisos IX e X). ATENO!!!

    No caso de ato administrativo, cabe ao prprio TCU

    sustar sua execuo; no caso de contrato administrativo,

    no lhe foi dada, em princpio, essa competncia, j que

    o ato de sustao ser adotado diretamente pelo

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    Congresso Nacional; apenas se este ou o Poder

    Executivo, no prazo de 90 dias, no efetivar as medidas

    cabveis para a sustao do contrato que o TCU

    adquirir competncia para decidir a respeito.

    O controle externo do Tribunal de Contas sobre os atos ou

    contratos da Administrao feito a posteriori, salvo as inspees e

    auditorias (controle concomitante), que podem ser realizadas a

    qualquer tempo.

    O referido modelo de atribuies do TCU de observncia

    obrigatria no mbito dos Estados, do DF e dos Municpios, em

    relao s suas Cortes de Contas, por fora do art. 75 da Constituio

    Federal.

    Lembre-se: O STF firmou entendimento de que no pode a

    Constituio do Estado-membro outorgar Assembleia Legislativa

    competncia para julgar suas prprias contas, bem assim as contas dos

    administradores do Poder Judicirio local, haja vista que essa medida

    implicaria usurpao de competncia do Tribunal de Contas do Estado.

    Essa mesma vedao aplicvel, no tocante s contas da Cmara

    Municipal, Lei Orgnica do Municpio.

    Quanto competncia para o julgamento das contas do prprio

    Tribunal de Contas, diante do silncio constitucional, formou-se corrente

    doutrinria no sentido de que caberia prpria Corte de Contas o

    julgamento de suas contas. Entretanto, o STF firmou entendimento de

    que no desrespeita a Constituio Federal norma da

    Constituio do Estado que outorga competncia Assembleia

    Legislativa para o julgamento das contas do respectivo Tribunal de

    Contas (exemplo: no DF, a Lei Orgnica outorgou competncia privativa

    Cmara Legislativa do DF para apreciar e julgar, anualmente, as

    contas do TCDF).

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    As atribuies dos tribunais de contas tema muito cobrado em

    concursos! Confira:

    15. (FCC/2010/TRE-AC/Tcnico Judicirio) O dever do

    Administrador Pblico de prestar contas

    a) aplica-se a todos os rgos e entidades pblicas, exceto aos

    Tribunais de Contas por serem os rgos encarregados da tomada

    de contas dos administradores.

    b) aplica-se apenas aos agentes responsveis por dinheiro

    pblico.

    c) no alcana os particulares, mesmo que estes recebam

    subvenes estatais.

    d) no se aplica aos convnios celebrados entre a Unio e os

    Municpios, por se tratar de acordo entre entidades estatais.

    e) imposto a qualquer agente que seja responsvel pela gesto

    e conservao de bens pblicos.

    Caro aluno, destacamos que todas as pessoas, fsica ou jurdica,

    pblica ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou

    administre dinheiros, bens e valores pblicos ou pelos quais a Unio

    responda, ou que, em nome desta, assuma obrigaes de natureza

    pecuniria, se submete ao controle e deve prestar contas. Temos como

    FRUUHWDDOHWUDH 16. (CESGRANRIO - 2012 - LIQUIGAS - Profissional Jnior) O

    Tribunal de Contas da Unio (TCU), ao realizar uma inspeo

    extraordinria em determinada autarquia federal, detectou indcios de

    irregularidades e antieconomicidade em contrato de prestao de

    Questes de concurso

    .

    .

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    servios celebrado pela entidade com empresa privada. Aps assegurar

    s partes interessadas o contraditrio e a ampla defesa, o TCU

    confirmou a ocorrncia das irregularidades e sustou a execuo do

    contrato, alm de aplicar ao responsvel multa e determinar a

    recomposio do dano causado ao errio.

    luz da situao hipottica descrita, a atuao do TCU foi

    juridicamente

    a) correta, uma vez que observou o devido processo legal antes

    de prolatar sua deciso.

    b) correta, uma vez que a sustao da execuo do contrato visou

    a minimizar o dano causado ao errio.

    c) incorreta, uma vez que o TCU no tem competncia para

    realizar inspees extraordinrias em autarquias federais.

    d) incorreta, uma vez que o TCU no tem competncia para

    determinar a recomposio do dano ao errio, cabendo-lhe provocar o

    Poder Judicirio para tanto.

    e) incorreta, uma vez que a competncia para a sustao da

    execuo contratual primariamente do Congresso Nacional.

    De acordo com o 1, do art. 71, Constituio Federal, no caso de

    contrato, o ato de sustao ser adotado diretamente pelo Congresso

    Nacional, que solicitar, de imediato, ao Poder Executivo as medidas

    cabveis.

    3RUWDQWRDDOWHUQDWYDFRUUHWDpDOHWUDH *DEDULWR/HWUDH

    17. (CESGRANRIO - 2011 - Petrobrs - Advogado) O controle

    externo contbil, financeiro, oramentrio, operacional e patrimonial da

    .

    .

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    Unio e das entidades da Administrao Pblica Federal exercido pelo

    Congresso Nacional, com o auxlio do Tribunal de Contas da Unio

    (TCU).

    So competncias constitucionalmente outorgadas ao TCU,

    EXCETO

    a) fiscalizar a aplicao de quaisquer recursos repassados pela

    Unio mediante convnio, acordo, ajuste ou outros instrumentos

    congneres, ao Estado, ao Distrito Federal ou aos Municpios.

    b) assinar prazo para que o rgo ou a entidade adote as

    providncias necessrias ao exato cumprimento da lei, se verificada

    ilegalidade.

    c) aplicar aos responsveis, em caso de ilegalidade de despesa ou

    irregularidade de contas, as sanes previstas em lei, dentre as quais,

    multa proporcional ao dano causado ao errio.

    d) julgar as contas dos administradores e demais responsveis

    por dinheiros, bens e valores pblicos da administrao direta e

    indireta, includas as fundaes e sociedades institudas e mantidas pelo

    Poder Pblico Federal.

    e) sustar a execuo de contratos administrativos, se verificada

    ilegalidade ou antieconomicidade, submetendo a deciso, a posteriori,

    Cmara dos Deputados e ao Senado Federal.

    Como vimos, o ato de sustao de contrato competncia do

    Congresso Nacional, que solicitar ao Poder Executivo as medidas

    cabveis.

    *DEDULWR/HWUDH 18. (FCC - 2012 - PGM-Joao Pessoa-PB - Procurador Municipal)

    NO medida juridicamente vlida de controle da atividade

    administrativa pelos rgos do Poder Legislativo

    .

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    a) a sustao de contratos administrativos celebrados pelo Poder

    Executivo, em face de ilegalidades neles constatadas.

    b) a convocao de autoridades diretamente subordinadas ao

    Chefe do Poder Executivo para prestar informaes sobre assunto

    previamente determinado.

    c) a aprovao prvia de contratos e convnios firmados pelo

    Poder Executivo, cujo valor ultrapasse patamar estabelecido em lei

    complementar.

    d) a sustao de atos normativos do Poder Executivo, que forem

    produzidos extra, ultra ou contra legem.

    e) o julgamento anual das contas do Chefe do Poder Executivo.

    Como vimos, os principais dispositivos da Constituio Federal

    que estabelecem hipteses ou mecanismos de controle legislativo so:

    1. Sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem

    do poder regulamentar ou dos limites de delegao

    legislativa (art. 49, V, CF).

    2. A Cmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de

    suas Comisses, podero convocar Ministro de Estado ou

    quaisquer titulares de rgos diretamente subordinados

    Presidncia da Repblica para prestarem, pessoalmente,

    informaes sobre assunto previamente determinado,

    importando crime de responsabilidade a ausncia sem

    justificao adequada (art. 50)

    3. Ao Congresso Nacional compete julgar anualmente as

    contas prestadas pelo Presidente da Repblica e apreciar os

    relatrios sobre a execuo dos planos de governo (art. 49, IX,

    CF).

    .

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    4. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, ser

    exercido com o auxlio do Tribunal de Contas da Unio, ao qual

    compete: No caso de contrato, o ato de sustao ser adotado

    diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitar, de

    imediato, ao Poder Executivo as medidas cabveis. ( 1, art.

    71).

    *DEDULWR/HWUDF 19. (FCC - 2012 - Prefeitura de So Paulo - SP - Auditor Fiscal

    do Municpio) O controle exercido pelos Tribunais de Contas, na

    qualidade de auxiliar o controle externo, a cargo do Poder Legislativo,

    alcana, de acordo com a Constituio Federal,

    a) a legalidade dos atos de admisso de pessoal, da

    Administrao direta e indireta, inclusive as nomeaes para cargos

    de provimento em comisso.

    b) as concesses de aposentadorias, reformas e penses, bem

    como as melhorias posteriores, ainda que no alterem o fundamento

    legal do ato concessrio.

    c) os recursos repassados a entidades privadas mediante

    convnios, acordos, ou outros ajustes, exceto se a entidade no

    possuir finalidade lucrativa.

    d) os contratos celebrados pela Administrao direta e indireta,

    exceto aqueles decorrentes de regular procedimento licitatrio.

    e) as contas dos administradores de entidades integrantes da

    Administrao direta e indireta e daqueles que derem causa a

    qualquer irregularidade de que resulte prejuzo ao errio pblico.

    Essa mais uma questo que reproduz o texto da

    Constituio. De acordo com o art. 71, o controle externo, a cargo do

    Congresso Nacional, ser exercido com o auxlio do Tribunal de

    Contas da Unio, ao qual compete:

    .

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    Ainda de acordo com a CF/88, o art. 70 determina: Prestar contas qualquer pessoa fsica ou jurdica, pblica ou privada, que

    utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e

    valores pblicos ou pelos quais a Unio responda, ou que, em nome

    desta, assuma obrigaes de natureza pecuniria. Gabarito: /HWUDH

    20. (FCC - 2011 - TCM-BA - Procurador Especial de Contas) De

    acordo com a Constituio Federal, o controle externo dos Tribunais de

    Contas alcana

    a) a apreciao, para fins de registro, da legalidade das

    concesses de aposentadorias, reformas e penses, incluindo as

    melhorias posteriores, ainda que no alterem o fundamento legal do

    ato.

    b) as admisses de pessoal da Administrao direta e indireta,

    inclusive fundaes institudas e mantidas pelo Poder Pblico,

    II - julgar as contas dos administradores e demais responsveis por dinheiros, bens e valores pblicos da administrao direta e indireta, includas as fundaes e sociedades institudas e mantidas pelo Poder Pblico federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuzo ao errio pblico; III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admisso de pessoal, a qualquer ttulo, na administrao direta e indireta, includas as fundaes institudas e mantidas pelo Poder Pblico, excetuadas as nomeaes para cargo de provimento em comisso, bem como a das concesses de aposentadorias, reformas e penses, ressalvadas as melhorias posteriores que no alterem o fundamento legal do ato concessrio; VI - fiscalizar a aplicao de quaisquer recursos repassados pela Unio mediante convnio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Municpio;

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