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e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Escola Técnica Aberta do Brasil Comércio Contabilidade Geral Eliana Soares Barbosa Santos Ministério da Educação

Contabilidade geral mail

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e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesEscola Técnica Aberta do Brasil

Comércio

Contabilidade Geral

Eliana Soares Barbosa Santos

Ministério daEducação

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e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesEscola Técnica Aberta do Brasil

Comércio

Contabilidade Geral

Eliana Soares Barbosa Santos

Montes Claros - MG2010

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Ministro da EducaçãoFernando Haddad

Secretário de Educação a DistânciaCarlos Eduardo Bielschowsky

Coordenadora Geral do e-Tec Brasil Iracy de Almeida Gallo Ritzmann

Governador do Estado de Minas GeraisAntônio Augusto Junho Anastasia

Secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino SuperiorAlberto Duque Portugal

ReitorPaulo César Gonçalves de Almeida

Vice-ReitorJoão dos Reis Canela

Pró-Reitora de EnsinoMaria Ivete Soares de Almeida

Diretor de Documentação e InformaçõesGiuliano Vieira Mota

Coordenadora do Ensino Médio e FundamentalRita Tavares de Mello

Diretor do Centro de Ensino Médio e FundamentalWilson Atair Ramos

Coordenador do e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesWilson Atair Ramos

Coordenadora Adjunta do e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesRita Tavares de Mello

Coordenadores de Cursos:

Coordenador do Curso Técnico em AgronegócioAugusto Guilherme Dias Coordenador do Curso Técnico em ComércioCarlos Alberto Meira Coordenador do Curso Técnico em Meio AmbienteEdna Helenice Almeida

Coordenador do Curso Técnico em InformáticaFrederico Bida de Oliveira

Coordenador do Curso Técnico em Vigilância em SaúdeSimária de Jesus Soares

Coordenador do Curso Técnico em Gestão em SaúdeZaida Ângela Marinho de Paiva Crispim

CONTABILIDADE GERALe-Tec Brasil/CEMF/Unimontes

ElaboraçãoEliana Soares Barbosa Santos

Projeto Gráficoe-Tec/MEC

Supervisão Alcino Franco de Moura Júnior

DiagramaçãoJamilly Julia Lima LessaMarcos Aurélio de Almeda e Maia

ImpressãoGráfica RB Digital

Designer InstrucionalAngélica de Souza Coimbra FrancoKátia Vanelli Leonardo Guedes Oliveira

RevisãoMaria Ieda Almeida MunizPatrícia Goulart TondineliRita de Cássia Silva Dionísio

Presidência da República Federativa do BrasilMinistério da EducaçãoSecretaria de Educação a Distância

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e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesContabilidade Geral

AULA 1

Alfabetização Digital

3

Prezado estudante,

Bem-vindo ao e-Tec Brasil/Unimontes!

Você faz parte de uma rede nacional pública de ensino, a Escola Técnica Aberta do Brasil, instituída pelo Decreto nº 6.301, de 12 de dezem-bro 2007, com o objetivo de democratizar o acesso ao ensino técnico público, na modalidade a distância. O programa é resultado de uma parceria entre o Ministério da Educação, por meio das Secretarias de Educação a Distancia (SEED) e de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC), as universidades e escola técnicas estaduais e federais.

A educação a distância no nosso país, de dimensões continentais e grande diversidade regional e cultural, longe de distanciar, aproxima as pes-soas ao garantir acesso à educação de qualidade, e promover o fortalecimen-to da formação de jovens moradores de regiões distantes, geograficamente ou economicamente, dos grandes centros.

O e-Tec Brasil/Unimontes leva os cursos técnicos a locais distantes das instituições de ensino e para a periferia das grandes cidades, incenti-vando os jovens a concluir o ensino médio. Os cursos são ofertados pelas instituições públicas de ensino e o atendimento ao estudante é realizado em escolas-polo integrantes das redes públicas municipais e estaduais.

O Ministério da Educação, as instituições públicas de ensino téc-nico, seus servidores técnicos e professores acreditam que uma educação profissional qualificada – integradora do ensino médio e educação técnica, – não só é capaz de promover o cidadão com capacidades para produzir, mas também com autonomia diante das diferentes dimensões da realidade: cul-tural, social, familiar, esportiva, política e ética.

Nós acreditamos em você!

Desejamos sucesso na sua formação profissional!

Ministério da EducaçãoJaneiro de 2010

Apresentação e-Tec Brasil/Unimontes

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e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesContabilidade Geral

AULA 1

Alfabetização Digital

5

Indicação de ícones

Os ícones são elementos gráficos utilizados para ampliar as formas de linguagem e facilitar a organização e a leitura hipertextual.

Atenção: indica pontos de maior relevância no texto.

Saiba mais: oferece novas informações que enriquecem o assunto ou “curiosidades” e notícias recentes relacionadas ao tema estudado.

Glossário: indica a definição de um termo, palavra ou expressão utilizada no texto.

Mídias integradas: possibilita que os estudantes desenvolvam atividades empregando diferentes mídias: vídeos, filmes, jornais, ambiente AVEA e outras.

Atividades de aprendizagem: apresenta atividades em diferentes níveis de aprendizagem para que o estudante possa realizá-las e conferir o seu domínio do tema estudado.

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e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesContabilidade Geral

AULA 1

Alfabetização DigitalSumário

7

Palavra do professor conteudista .............................................9Projeto instrucional ........................................................... 11Aula 1 - Introdução à Contabilidade ........................................ 13 1.1 Conceito de Contabilidade ......................................... 13 1.2 História da Contabilidade através do tempo .................... 14 1.3 Campo de aplicação da Contabilidade ........................... 15 1.4 Usuários da Contabilidade ......................................... 15 1.5 Princípios fundamentais de Contabilidade ....................... 16 1.6 Utilização da informação contábil ................................ 17 Resumo ................................................................... 18 Atividades de aprendizagem ........................................... 18Aula 2 - Sociedades ........................................................... 21 2.1. Sociedade empresária ............................................. 22 2.2 Tipos jurídicos ....................................................... 22 2.3. Microempreendedor individual – MEI ............................ 25 Resumo ................................................................... 25 Atividades de aprendizagem ........................................... 26Aula 3 - Patrimônio das entidades .......................................... 27 3.1 Conceito de patrimônio ............................................ 27 3.2 Escrituração contábil ............................................... 29 Resumo ................................................................... 32 Atividades de Aprendizagem ........................................... 32Aula 4 - Variações patrimoniais ............................................. 33 4.1 Situação líquida patrimonial ....................................... 33 Resumo ................................................................... 36 Atividades de aprendizagem ........................................... 36Aula 5 - Elementos patrimoniais ............................................ 39 5.1 Contas ................................................................ 39 5.2 Plano de contas ..................................................... 40 5.3 Apuração do resultado das empresas ............................ 42 Resumo ................................................................... 43 Atividades de aprendizagem ........................................... 43Aula 6 - Capital ................................................................ 45 6.1 Tipos de capital ..................................................... 45 Resumo ................................................................... 47 Atividades de aprendizagem ........................................... 47Aula 7 - Gestão patrimonial.................................................. 49 7.1 Mutações patrimoniais .............................................. 49 7.2 Fatos contábeis ...................................................... 50

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Resumo ................................................................... 54 Atividades de aprendizagem ........................................... 54Aula 8 - Demonstrações contábeis .......................................... 57 8.1 Classificação das demonstrações contábeis ..................... 57 Resumo ................................................................... 61 Atividades de aprendizagem ........................................... 61Aula 9 - Documentos contábeis ............................................. 63 9.1 Títulos de crédito ................................................... 63 9.2 Nota fiscal ............................................................ 63 9.3 Nota fiscal eletrônica ............................................... 64 9.4 Fatura ................................................................. 65 9.5 Duplicata ............................................................. 66 9.6 Conciliação bancária ................................................ 67 9.7 Cheques .............................................................. 68 9.8 Nota promissória .................................................... 70 Resumo ................................................................... 71 Atividades de aprendizagem ........................................... 71Aula 10 - Controles administrativos ......................................... 73 10.1 Controle de vendas ................................................ 73 10.2 Controle de compras .............................................. 73 10.3 Controle de despesas ............................................. 73 10.4 Controle de estoque .............................................. 73 Resumo .................................................................. 78 Atividades de aprendizagem ........................................... 78Referências ..................................................................... 80Curriculo do professor conteudista ......................................... 81

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e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesContabilidade Geral

AULA 1

Alfabetização Digital

9

Palavra do professor conteudista

Prezado(a) Acadêmico(a),

Seja bem-vindo aos estudos da Disciplina Contabilidade Geral, do Curso Técnico em Administração do Comércio.

Em nossa disciplina, vamos mostrar, através de conceitos e exem-plos, que a Contabilidade está sempre presente em sua vida. Não confunda nossa disciplina com Matemática; apesar dela ser uma ferramenta no nosso aprendizado, você verá que a Contabilidade é muito mais que isso, ela é a base para se organizar e demonstrar as informações de natureza financeira das empresas e, assim, auxiliar no processo de tomada de decisões.

A Contabilidade faz parte do nosso dia-a-dia; ao conhecer os con-ceitos contábeis, você vai observar que, ao ir ao Supermercado, acontecem várias situações que necessitam de ser registradas e que irão servir de in-formação útil para compradores, vendedores, fornecedores, governos, entre outros. Com esse exemplo, queremos mostrar a você que a Contabilidade se faz necessária a todo instante, e que esta é uma oportunidade para que você comece a aprender a controlar as suas finanças e a sua vida econômica e, com certeza, levar este aprendizado para a sua vida profissional.

A nossa proposta é oferecer subsídios para o aprendizado da Con-tabilidade de maneira bem fácil, por isso oferecemos recursos teóricos e práticos. Para tanto, oferecemos uma série de literaturas complementares, pois nosso estudo não se encerrar aqui, estamos apenas iniciando esta etapa.

Para que este aprendizado tenha o efeito esperado, é preciso muita leitura e perseverança para se alcançar bons resultados.

Então, bons estudos e seja criativo, procure se informar, se atuali-zar sempre e a colocar em prática os conceitos adquiridos. Faça as atividades propostas para cada unidade e não deixe de acessar o ambiente virtual do curso para ter acesso às atividades complementares, aulas, chats e fóruns.

Esta disciplina tem como objetivo desenvolver conhecimentos ne-cessários e suficientes para a análise das informações contábeis como ins-trumental de apoio para o processo de tomadas de decisões econômicas e financeiras nas organizações.

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e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesContabilidade Geral

AULA 1

Alfabetização Digital

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Projeto instrucional

Disciplina: Contabilidade Geral (carga horária: 64h).

Ementa: Noções de Contabilidade geral; conceito de empresa, ativo, passivo e patrimônio líquido; planejamento e controle das rotinas administrativas; práticas comerciais: fatura, duplicata, cheque, nota promissória e nota fiscal; controles de contas a pagar e contas a receber: caixa, conciliação bancária, compras, estoque e vendas.

AULA OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM MATERIAIS CARGA

HORÁRIA

1. Introdução à Contabili-dade

Identificar os conceitos contábeis e conhecer a cronologia contábil

Apostila do e-tec e textos na página virtual 3 h

2. SociedadesConhecer os tipos de sociedades mercantis e suas características

Apostila do e-tec e textos na página virtual; utilizar sites referentes ao conteúdo

6 h

3. Patrimônio das entidades

Identificar a composição do patrimônio, sua for-mação e características

Apostila do e-tec e textos na página virtual; utilizar sites referentes ao conteúdo

9 h

4. Variações patrimoniais

Identificar as possíveis variações patrimoniais e suas interferências no patrimônio

Apostila do e-tec, textos e exercícios na página virtual

9 h

5. Elementos patrimoniais

Classificar os elemen-tos patrimoniais e com-preender sua formação

Apostila do e-tec e textos na página virtual; utilizar sites referentes ao conteúdo

6 h

6. CapitalIdentificar os tipos de capital e suas caracte-rísticas

Apostila do e-tec e textos na página virtual; utilizar sites referentes ao conteúdo

3 h

7. Gestão patrimonial

Identificar os registros contábeis e as opera-ções de registros

Apostila do e-tec e textos na página virtual; utilizar sites referentes ao conteúdo

6 h

8. Demonstra-ções contá-beis

Conhecer as demons-trações contábeis e a aplicabilidade para as informações contábeis

Apostila do e-tec e textos na página virtual; utilizar sites referentes ao conteúdo

9 h

9. Documen-tos contábeis

Identificar os docu-mentos contábeis e suas características.

Apostila do e-tec e textos na página virtual; utilizar sites referentes ao conteúdo

8 h

10. Controles administra-tivos

Identificar os tipos de controle administrativo e suas características

Apostila do e-tec e textos na página virtual; utilizar sites referentes ao conteúdo

6 h

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e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesContabilidade Geral

AULA 1

Alfabetização Digital

13

Aula 1 - Introdução à Contabilidade

“A educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é a preparação para a vida, é a própria vida.”

John Dewey

Figura 1: Contabilizando o sucesso.Fonte: http://goo.gl/bFtF. Acesso em 23/08/2010.

Veremos, nesta aula, um breve histórico da Contabilidade, objeto

do nosso estudo, sua aplicabilidade, suas ramificações e principalmente sua importância como Ciência Social nos processos administrativos, compreen-dendo os conceitos básicos, os princípios que norteiam a aplicação dos co-nhecimentos voltados à estruturação dos demonstrativos contábeis.

1.1 Conceito de Contabilidade

Iniciaremos o nosso estudo com o conceito de Contabilidade para o autor Greco (2007 p.01), que nos diz que a Contabilidade registra, estuda e interpreta (por análise) os fatos financeiros e econômicos que afetam a situ-ação patrimonial de determinada pessoa física ou jurídica.

Pessoa Física:é a pessoa natural, isto é, todo indivíduo (homem ou mulher), desde o nascimento até a morte. A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida. Para efeito de exercer atividade econômica, a pessoa física pode atuar como autônomo ou como sócio de empresa ou sociedade simples, conforme o caso.

Pessoa jurídica: Conforme o Dicionário Michaelis, pessoa jurídica é a entidade abstrata com existência e responsabilidade jurídica como, por exemplo, uma associação, empresa, ou companhia legalmente autorizada. Podem ser de direito público (União, Unidades Federativas, autarquias etc.), ou de direito privado (empresas, sociedades simples, associações etc.). Vale dizer ainda que as empresas individuais, para os efeitos do imposto de renda, são equiparadas às pessoas jurídicas.

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1.2 História da Contabilidade através do tempo

Figura 2: Cronologia da Contabilidade.Fonte: http://goo.gl/NXM0. Acesso em 23/08/2010.

Você já observou que é através do tempo que conseguimos adquirir o conhecimento sobre determinado assunto? Pois bem, vamos descrever os períodos da Contabilidade, desde a sua mais remota origem até os tempos atuais:

Origem do homem e a Bíblia (~ 4.000 a.C.)• A contabilidade é tão antiga quanto a origem do homem.• Livro de Gênesis.• Rebanhos de ovelhas de Jacó e seu sogro Labão, Livro de Jó,

considerado o mais antigo da Bíblia, descrição da sua riqueza.

Egípcios e Babilônios (~3.000 a.C.)• Transações em cerâmicas relatam pagamentos de salários e im-

postos.

Luca Pacioli (séculos XIII e XVI d.C.)• A contabilidade atingiu sua maturidade entre os séculos XIII e

XVI d.C. (comércio com as Índias, burguesia, renascimento, mer-cantilismo, etc.).

• Trabalho do frade franciscano Luca Pacioli, Itália, 1494. A Escola Italiana de Contabilidade dominou o cenário mundial até o sé-culo XX.

EUA (século XX e atualidade)• A Contabilidade se desenvolveu notoriamente nos EUA, após a

depressão de 1929, com inúmeras pesquisas na área, crescimen-to do mercado de capitais e, consequentemente, a auditoria. A Escola Contábil Americana, voltada para a tomada de decisão, domina nosso cenário contábil atual.

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e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesContabilidade Geral 15

Então, conseguiu observar que nossa disciplina acompanha cada passo da Humanidade?

1.3 Campo de aplicação da Contabilidade

Como vimos, a Contabilidade está presente em todas as áreas sociais e o seu campo de atuação pode ser tanto no setor público (empresas públicas, prefeituras, estados, Federação, instituições financeiras públicas etc.) quanto no setor privado (indústria, comércio, prestadoras de serviços etc.), ou seja, nas empresas particulares. Para melhor entendermos como a Contabilidade aparece em todas as nossas atividades, vejamos o gráfico a seguir.

APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE

Gráfico1: Aplicação da Contabilidade.Fonte: Marion (2002).

1.4 Usuários da Contabilidade

Bem, já vimos onde a Contabilidade atua, agora, vamos conhecer os usuários das informações contábeis.

Os usuários podem ser tanto internos como externos e, mais ainda, com interesses diversificados, razão pela qual as informações geradas pelas entidades devem ser amplas, verdadeiras e suficientes para a avaliação da situação patrimonial e das modificações sofridas pelo patrimônio, permitindo a realização de interferências sobre o seu futuro.

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Figura 3: Usuários da Contabilidade.Fonte: http://migre.me/174Am. Acesso em 23/8/2010.

Vejamos quem são eles: os usuários internos incluem os adminis-tradores de todos os níveis que, usual mente, se valem de infor mações mais aprofundadas e específicas acerca da entidade, notadamente aquelas relati-vas ao seu ciclo operacional.

Já os usuários externos concen tram suas atenções, de forma geral, em aspectos mais genéricos, expressos nas demons trações contábeis.

1.5 Princípios fundamentais de Contabilidade

Como dissemos anteriormente, a Contabilidade é uma Ciência e, para tanto, observa alguns princípios fundamentais, que foram editados pela resolução do Conselho Federal de Contabilidade n.º 750/93, de 29 de dezembro de 1993; não são leis cientí ficas, e sim estabelecidas e reconhecidas pelo consenso de opiniões de profissionais que atuam na área de Contabilidade.

O uso predominante dos princípios fundamentais de Contabilidade nas práticas contábeis proporciona uma interpretação uniforme das demonstrações financeiras, po rém, são suscetíveis de modi ficações, ou seja, podem ser modificados, sendo resultantes do desenvolvimento e da aplicação da técnica contábil. Os princípios contábeis são as diretrizes gerais e, para qualificar e delimitar a sua aplicação, surgem normas e procedimentos que são chamados de convenções. Os princípios fundamentais de Contabilidade são:

• da entidade;• da continuidade;• da oportunidade;• do registro pelo valor original;• da atualização monetária;• da competência; • da prudência.

Ciclo operacional: período de atividade de determinada empresa.

Princípio:característica

determinante de alguma coisa; aquilo do qual alguma coisa procede na ordem do conhecimento ou da

existência.

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e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesContabilidade Geral 17

1.6 Utilização da informação contábil

Figura 4: Uso da informação contábil.Fonte: http://migre.me/174F8. Acesso em 23/08/2010.

Como observamos, a utilização tempestiva e fidedigna das informa-ções contábeis pelos seus usuários demonstra ser a principal característica deste nosso estudo.

A informação contábil deve revelar dados suficientes sobre a entidade, de modo a facilitar a comunicação com o usuário sem deixar de ter os seguintes atributos:

• confiabilidade;• tempestividade;• compreensibilidade; • comparabilidade.

Além disso, entende-se que a Contabilidade deve ter o sistema contábil estruturado de forma que atenda:

• a Lei das Sociedades por Ações (Lei n.º 11638/07);• a Legislação do Imposto de Renda (preparação da declaração de

rendimentos);• os relatórios gerenciais internos;• o acompanhamento orçamentário;• os órgãos governamentais (Comissão de Valores Imobiliários –

CVM -, Bolsa de Valores, etc.) e particulares (bancos, etc.).

Os principais órgãos e pessoas que utilizam as informações contábeis são os seguintes:

• acionistas, sócios ou proprietários: com o objetivo de saber a rentabilidade e a segurança do seu investimento;

• administradores da companhia: com a finalidade de tomada de decisões;

• credores de forma geral (bancos, fornecedores, etc.): com a pre-tensão de avaliar a segurança do retorno dos recursos aplicados na companhia;

• órgãos do governo: para fins de tributação das companhias.

LEI Nº 11.638, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2007. Altera e revoga dispositivos da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e da Lei no 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e estende às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e divulgação de demonstrações financeiras.

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e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 18

Para as informações contábeis serem de forma clara e precisa aos usuários da informação, a Contabilidade utiliza-se das demonstrações contábeis obrigatórias pela Lei11638/07.

O Art. 176 da referida Lei normatiza que, ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício:

I - balanço patrimonial;II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;III - demonstração do resultado do exercício; IV – demonstração dos fluxos de caixa; V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado.

Figura 5: Informação contábil.Fonte: http://migre.me/174RF. Acesso em 23/08/2010.

Resumo

Nesta primeira aula, você pôde conhecer de forma sucinta a histó-ria da Contabilidade, os princípios que a norteiam e a Lei que a rege, bem como os seus usuários e a sua aplicabilidade. Vimos como a Contabilidade faz parte do nosso dia-a-dia. Verificamos, também, que as informações con-tábeis são colocadas para os usuários através das demonstrações contábeis.

Atividades de aprendizagem

Então, vamos verificar o aprendizado?

Prezado(a) acadêmico(a), com base na apostila virtual e na bibliografia reco-mendada, responda às questões a seguir.

Page 21: Contabilidade geral mail

e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesContabilidade Geral 19

1) Defina os conceitos de:

Contabilidade

Pessoa Jurídica

Princípios Contábeis

Qual o objeto da Contabilidade?

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e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesContabilidade Geral

AULA 1

Alfabetização Digital

21

Aula 2 - Sociedades

O objetivo desta nossa aula é conhecer as entidades que utilizam da informação contábil para tomada de decisão através das informações ge-radas pela Contabilidade.

Bom, agora que já conhecemos a importância da Contabilidade no nosso dia-a-dia, trataremos, então, de conhecer um pouco mais da institui-ção que movimenta o objeto da nossa disciplina. Iremos descobrir o universo das empresas e a composição do seu patrimônio.

Para entendermos o objeto de estudo da Contabilidade, identifica-remos primeiro os tipos de entidades que utilizam a Contabilidade.

Figura 7: Sociedades comerciais.Fonte: http://goo.gl/fnll. Acesso em 23/04/2010.

Tipos de sociedade

Segundo Iudícibus (2009, p. 9), a sociedade pode ser definida como um contrato em que duas pessoas ou mais se obrigam a conjugar esforços ou recursos para a consecução de um fim comum, ou celebram contrato de sociedade as pessoas que, reciprocamente, se obrigam a contribuir, com bens e serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados.

Você já imaginou que todo o dinheiro que circula no seu patrimônio já esteve registrado pela Contabilidade em algum momento?

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e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 22

Sociedades personificadas

Considera-se sociedade personificada aquela que possui personali-dade jurídica, obtida mediante o registro de seus atos constitutivos no órgão competente. As sociedades personificadas se subdividem em sociedade em-presária e sociedade simples.

2.1. Sociedade empresária

É definida como sociedade empresária aquela que tem por objeto o exercício de atividade econômica organizada para a produção ou a circu-lação de bens ou de serviços, ou seja, considera-se sociedade empresária a antiga sociedade comercial.

Antes de iniciar a atividade econômica, o empresário individual ou a sociedade empresária que a ela for se dedicar, deverá inscrever-se no Re-gistro Público de Empresas Mercantis, a cargo das Juntas Comerciais (artigos 967, 968 e 1.150 do Código Civil), tendo como elemento essencial o nome empresarial.

2.2 Tipos jurídicos

Figura 8: Constituição de empresa.Fonte: http://goo.gl/zx4o. Acesso em 22/08/2010.

A sociedade empresária deve se constituir segundo um dos seguin-tes tipos jurídicos, elaborando sempre um contrato de constituição da em-presa:

• sociedade em nome coletivo;• sociedade em comandita simples; • sociedade limitada;• sociedade anônima;• sociedade em comandita por ações.

Page 25: Contabilidade geral mail

e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesContabilidade Geral 23

2.2.1 Sociedade em nome coletivo

Exceto pelo fato de poder exercer atividade empresária, esse tipo de sociedade é praticamente idêntico ao da sociedade simples. Nessa so-ciedade, somente podem participar pessoas físicas, respondendo todos os sócios, solidária e ilimitadamente, pelas obrigações sociais.

Sem prejuízo da responsabilidade perante terceiros, podem os só-cios, no ato constitutivo ou por unânime convenção posterior, limitar entre si a responsabilidade de cada um.

2.2.2 Sociedade em comandita simples

Na sociedade em comandita simples, tomam parte sócios de duas categorias, a saber:

• os comanditados, pessoas físicas responsáveis solidária e ilimita-damente pelas obrigações sociais;

• os comanditários, obrigados somente pelo valor de sua quota.

As sociedades por comandita simples são regidas supletivamente pelas normas da sociedade em nome coletivo, cabendo aos sócios coman-ditados os mesmos direitos e obrigações dos sócios em nome coletivo. Sem prejuízo da faculdade de participar das deliberações da sociedade e de fis-calizar suas operações, não pode, o comanditário, praticar nenhum ato de gestão nem ter o nome da firma social, sob pena de ficar sujeito às respon-sabilidades de sócio comanditado.

Neste caso, o contrato deve discriminar os comanditados e os co-manditários.

2.2.3 Sociedade limitada

Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integra-lização do capital social.

Este tipo de sociedade passa a ter um regime consolidado em ape-nas um diploma legal, pois a sociedade antes denominada de sociedade por quotas de responsabilidade limitada tinha seu regime jurídico determinado pelo Decreto n° 3.708/19, revogado, e, subsidiariamente, pela Lei das Socie-dades Anônimas (Lei n° 6.404/76).

A aplicação subsidiária da Lei das Sociedades Anônimas continua sendo possível, desde que haja previsão expressa no contrato social.

Page 26: Contabilidade geral mail

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 24

2.2.4 Sociedade anônima

Figura 9: Sociedade Anônima.Fonte: http://goo.gl/RSM. Acesso em 23/08/2010.

Na sociedade anônima ou companhia, o capital divide-se em ações, obrigando-se, cada sócio ou acionista, somente pelo preço de emissão das ações que subscrever ou adquirir. A sociedade anônima, como vimos ante-riormente, rege-se por lei especial (Lei n° 11638/07 e disposições posterio-res), aplicando-se, nos casos omissos, as disposições do Novo Código Civil (artigos 1.088 e 1.089).

2.2.5 Sociedade em comandita por ações

Esta sociedade tem o capital dividido em ações, regendo-se pe-las normas relativas à sociedade anônima. Todavia, neste tipo societário, somente o acionista tem qualidade para administrar a sociedade e, como diretor, responde subsidiária e ilimitadamente pelas obrigações da sociedade (artigos 1.090 a 1.092).

2.2.6 Sociedade simples

É considerada sociedade simples aquela cujo objeto social seja de-corrente de profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artísti-ca, ainda com concurso de auxiliares ou colaboradores, ou seja, considera-se sociedade simples a antiga sociedade civil.

A sociedade simples (exceto no caso das cooperativas e de determi-nadas atividades reguladas por leis especiais que imponham a doação de tipo societário específico) poderá ser constituída em conformidade com um dos tipos examinados nos subitens anteriores (exceto como sociedade por ações), ou não o fazendo, subordina-se às normas que lhes são próprias (artigos 997 a 1.000).

Neste tipo de sociedade, os bens particulares dos sócios (inclusive daqueles que ingressarem em uma sociedade já constituída) poderão ser executados por dívidas da sociedade, mas apenas depois de executados os bens sociais, se estes forem insuficientes para saldar as dívidas. Nesse caso, os sócios respondem com o seu patrimônio social na proporção que partici-pam das perdas sociais, salvo se houver, no contrato social, cláusula estipu-lando a responsabilidade solidária.

As cooperativas são consideradas sociedades simples, independen-temente de seu objeto de funcionamento.

É importante lembrar que a sigla CEBRAE, grafada com “C”, foi utilizada até o final da década de 1990,

referindo-se ao Centro Brasileiro de Apoio à

Pequena Empresa e era vinculado ao Governo

Federal. A partir dessa data, essa instituição

foi privatizada e passou a ser denominada

SEBRAE, grafada com S (Serviço Brasileiro de apoio à Pequena

Empresa), vinculada às federações privadas.

O primeiro código de ética de que se

tem conhecimento, sobretudo para quem

possui formação católica cristã, são os 10

mandamentos. Regras como “não matarás”,

“não desejarás a mulher do próximo”, “não roubarás”, são apresentadas como

propostas fundadoras da civilização ocidental.

Page 27: Contabilidade geral mail

e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesContabilidade Geral 25

2.3. Microempreendedor individual – MEI

Figura 10: Micro empreendedor Individual.Fonte: http://goo.gl/TJTk. Acesso em 24/08/2010.

O Empreendedor Individual é a pessoa que trabalha por conta pró-pria e que se legaliza como pequeno empresário. Para ser um empreendedor individual, é necessário faturar no máximo até R$ 36.000,00 por ano, não ter participação em outra empresa como sócio ou titular e ter um empregado contratado que receba o salário mínimo ou o piso da categoria.

Essa categoria tem como objetivo legalizar um grande número de empreendedores que geram receita para a União, para os estados e para os municípios, mas que não tinham vinculo com a Previdência Social, deixando, assim, de obter os benefícios dessa geração de receita.

Resumo

Nesta aula conhecemos os tipos de sociedades, seus especificida-des e suas características, para relembrarmos vejamos o quadro abaixo:

QUADRO II: Resumo dos tipos de sociedade

Sociedade personificada

Sociedade em conta de participação

Sociedade simples

Sociedade empresária

Sociedade em nome coletivo

Sociedade em comandita simples

Sociedade limitada

Sociedade anônima

Sociedade em comandita por ações

Microempreendedor individual

Fonte: Próprio autor.

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e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 26

Atividades de aprendizagem

Prezado(a) acadêmico(a), com base na apostila virtual e na biblio-grafia recomendada, responda às questões a seguir.

Defina o que é uma Sociedade e descreva o conceito das principais empresas existentes em sua cidade.

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AULA 1

Alfabetização Digital

27

Aula 3 - Patrimônio das entidades

O objetivo desta nossa aula é conhecer o patrimônio das entidades com suas características, modificações e composição.

Então, observaram a diversidade de tipos de sociedades que pode-mos ter?

Mas está faltando algo; precisamos conhecer, agora, como é forma-do o patrimônio dessas sociedades que, como vimos, é o nosso objeto de es-tudo, não é mesmo? Ele é o nosso ator principal no estudo da Contabilidade.

3.1 Conceito de patrimônio

Figura 12: Patrimônio público – Palácio do Planalto.Fonte: http://goo.gl/E4dL. Acesso em 24/08/2010.

Como conceito de patrimônio, Greco (2007) define:

Patrimônio é o conjunto de bens materiais e/ou imateriais, avaliáveis em dinheiro e vinculados à entidade pela proprie-dade ou por cessão a qualquer título, dos quais se possa dis-por no giro dos seus negócios.

Conceito este que podemos complementar após a Lei 11638/07: que, além de ter a propriedade, os bens que estejam sob o domínio da enti-dade também compõem o seu patrimônio.

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3.1.1 Aspectos do patrimônio

Para a Contabilidade, os aspectos relevantes a se considerar são:• qualitativo;• quantitativo.

3.1.1.1 Aspecto qualitativo: consiste em qualificar, dar nomes aos elementos componentes dos respectivos rela tórios, permi-tindo que se conheça a natureza de cada um.

Exemplo: veículos, máquinas e equipamentos, fornecedores.

Figura 13: Imobilizado.Fonte: http://migre.me/175aF. Acesso em 22/08/2010.

3.1.1.2 Aspecto quantitativo: consiste em atribuir os respec-tivos valores em moeda, levando-nos a conhecer o valor do patrimônio da empresa.

Exemplo: bens:• veículos: R$15.000,00;• máquinas e equipamentos: R$ 4.000,00.

Figura 14: Imobilizado.Fonte: http://migre.me/175do - http://sitededicas.uol.com.br/gifs/clips. Acesso em 22/08/2010.

R$15.000,00 R$4.000,00

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Com essas informações, é possível ter uma ideia do tamanho do patrimônio e quanto a empresa tem em bens, direitos e obrigações.

Verificando o total de máquinas e veículos dessa empresa, pode--se observar que o mesmo é composto pelo montante de R$19.000,00, em imobilizado.

E isso é só o começo do nosso aprendizado.

Figura 16: Patrimônio mundial.Fonte: http://migre.me/175LU. Acesso em 24/08/2010.

A representação gráfica do patrimônio demonstra a equidade do controle patrimonial:

• bens; • direitos;• obrigações;• patrimônio líquido.

3.2 Escrituração contábil

Figura 17: Escrituração atual.Fonte: http://goo.gl/lPEV. Acesso em 24/08/2010.

Na aula I, vimos que a Contabilidade, no século XIII, teve o seu mar-co com os estudos do Frei Luca Pacioli que, em seus escritos, desenvolveu o método de registro da Contabilidade.

Você consegue, agora, quantificar e qualificar o seu patrimônio? Faça uma planilha e monte o seu gráfico patrimonial. Não se esqueça dos valores a receber e dos valores a pagar, ok?

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Como definição do método das partidas dobradas tem-se:

Segundo a essência do método, hoje universalmente aceito, o registro de qualquer operação implica que a um débito ou a mais de um débito numa ou mais contas deve corresponder um crédito equivalente em uma ou mais contas, de forma que a soma dos valores debitados seja sempre igual à soma dos valores creditados. (Iudicibus, 2009, p.40).

Para escrituração dos componentes do Patrimônio, representamos os elementos positivos como ATIVO e os elementos negativos como PASSIVO.

O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) conceitua os ele-mentos patrimoniais como:

• ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que resultem futuros be-nefícios econômicos para a entidade;

• passivo é uma obrigação presente da entidade derivada de eventos já ocorridos cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos;

• patrimônio líquido é o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos.

RECURSOS ECONÔMICOS = OBRIGAÇÕES

O que nos leva à construção da equação fundamental do patrimônio:

Para identificarmos melhor o patrimônio, temos a representação gráfica. Do lado esquerdo do gráfico, temos as aplicações em bens e direitos na empresa e, do lado direito, temos a origem dos recursos que foram apli-cados.

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QUADRO III - Representação Gráfica do Patrimônio

Balanço Patrimonial

Ativo Passivo e PL

Bens• Máquinas• Veículos• Estoque• Disponibilidades

Direitos• Títulos a receber• Depósitos em bancos

Obrigações• Fornecedores• Salários a pagar• Empréstimos bancários• Impostos a pagar

Patrimônio Líquido• Capital• Subscrito• Integralizado• Reservas

Fonte: Próprio autor

Ao avaliarmos se um item se enquadra na definição de ativo, pas-sivo ou patrimônio líquido, deve-se atentar para a sua essência e realidade econômica, e não apenas para a sua forma legal.

Considerando-se que já conhecemos a composição do PATRIMÔNIO, precisamos, agora, identificar como ocorrem as variações patrimoniais, pois o estudo contábil trata-se da ciência que tem como objetivo orientar, con-trolar, prestar informações e contabilizar os fatos ocorridos em um patrimô-nio, observando os seus aspectos qualitativos e quantitativos.

As variações patrimoniais ocorrerão com o aumento ou a diminui-ção das contas de resultados, representadas pelas despesas e receitas.

RECEITAS são aumentos nos benefícios econômicos, durante o pe-ríodo contábil, sob a forma de entrada de recursos ou aumento de ativos ou diminuição de passivos, que resultam em aumentos do patrimônio líquido e que não sejam provenientes de aporte dos proprietários da entidade.

Figura 18: Crescimento patrimonial.Fonte: http://goo.gl/A6DQ . Acesso em 22/08/2010.

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DESPESAS são decréscimos nos benefícios econômicos, durante o período contábil, sob a forma de saída de recursos ou redução de ativos ou incrementos em passivos, que resultam em decréscimo do patrimônio líquido e que não sejam provenientes de distribuição aos proprietários da entidade.

Resumo

Nesta aula, você conheceu a formação do patrimônio das empresas. Identificou os elementos patrimoniais, Ativo e Passivo, e os elementos de resultado que influenciam nas variações patrimoniais, que são as despesas e as receitas. Verificou que, para o registro das modificações ocorridas no patrimônio, é utilizado o método das partidas dobradas: para toda aplicação feita na empresa, há sempre uma origem, uma fonte do recurso aplicado.

Bem, agora é hora de praticar, vamos lá!

Atividades de Aprendizagem

Prezado(a) acadêmico(a), com base na apostila virtual e na bibliografia reco-mendada, responda às questões a seguir.

1) Defina os conceitos de:

Ativo

Passivo

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AULA 1

Alfabetização Digital

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Aula 4 - Variações patrimoniais

O objetivo desta nossa aula é identificar as variações patrimoniais e como elas interferem nas informações contábeis para os seus usuários.

Vamos colocar os conceitos adquiridos anteriormente em prática. Iremos identificar as possíveis situações patrimoniais de uma entidade e como elas afetam o patrimônio da empresa; conhecer os registros através de lançamentos contábeis, bem como as aplicações e as origens de recursos e os seus registros.

Figura 20: Ativo.Fonte: http://migre.me/175Sw. Acesso em 24/08/2010.

4.1 Situação líquida patrimonial

Para encontrarmos a situação líquida da empresa, aplicamos a se-guinte fórmula:

(BENS)+(DIREITOS)=OBRIGAÇÕES=SITUAÇÃO LÍQUIDA PATRIMONIAL

4.1.1 Tipos de situação líquida patrimonial

1.ª - Ativo maior que passivo = A > P, ou

Bens e direitos Obrigações (para terceiros)

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Exemplo:

QUADRO IV – Situação positiva

Ativo Passivo

Bens Obrigações

Caixa R$ 100,00 Fornecedores R$ 200,00

Mercadorias R$ 200,00 Salários a pagar R$ 500,00

Veículos R$ 400,00 Obrigações tribu-tárias R$ 100,00

Subtotal R$ 800,00

Direitos

Clientes R$ 600,00 Situação líquida positiva R$ 1.000,00

Títulos a receber R$ 500,00

Total R$ 1.800,00 Total R$ 1.800,00

Fonte: Próprio autor

É chamada de situação líquida positiva porque o total dos bens e direitos é maior do que o total das obrigações.

2.ª - Ativo menor que passivo = A < P, ou

Bens e direitos Obrigações (para terceiros)

QUADRO V – Situação negativa

Ativo Passivo

Bens Obrigações

Caixa R$ 100,00 Fornecedores R$ 1.200,00

Mercadorias R$ 200,00 Salários a pagar R$ 300,00

Veículos R$ 400,00 Obrigações tributárias R$ 400,00

Subtotal R$ 1.900,00

Na apuração da situação liquida patrimonial, só utilize as obrigações para com terceiros.

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Direitos

Clientes R$ 600,00 Situação líquida nega-tiva R$ 100,00

Títulos a receber R$ 500,00

Total R$ 1.800,00 Total R$ 1.800,00

Fonte: Próprio autor

É chamada de situação líquida negativa porque o total dos bens e direitos é menor do que o total das obrigações.

3.ª - Ativo igual ao Passivo: A = P, ou

Bens e direitos Obrigações (para terceiros)

Exemplo:

QUADRO VI – Situação nula

Ativo Passivo

Bens Obrigações

Caixa R$ 100,00 Fornecedores R$ 900,00

Mercadorias R$ 200,00 Salários a pagar R$ 300,00

Veículos R$ 400,00 Obrigações tributárias R$ 600,00

Subtotal R$ 1.800,00

Direitos

Clientes R$ 600,00 Situação líquida nula R$ 0,00

Títulos a receber R$ 500,00

Total R$ 1.800,00 Total R$ 1.800,00

Fonte: Próprio autor

É chamada de situação líquida nula porque o total dos bens e direi-tos é igual ao total das obrigações.

DICA: A representação do patrimônio em dois lados tem por ob-jetivo mostrar o equilíbrio, a igualdade entre a aplicação dos recursos e a origem desses recursos.

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Ativo: Aplicações de recursos (bens, direitos) em: caixa, mercado-rias em esto que, vendas a prazo, etc.

Passivo: Recursos (obrigações são patrimônio líquido) provenientes dos pro prie tários (capital), de terceiros (obrigações), das vendas (lucros).

Por essa razão, a soma dos valores do ativo deve ser sempre igual à soma dos valores do passivo. O patrimônio líquido é o elemento que per-mite que haja uma igualdade entre a soma do lado do ativo e a do lado do passivo. Representa o que os proprietários aplicaram na empresa (o capital), aumentado pelos lucros ou diminuído pelo prejuízo.

Resumo

Conhecemos, nesta aula, como é composto o nosso patrimônio, as variações ocorridas e como montar o gráfico com os elementos patrimoniais e as situações patrimoniais possíveis de uma empresa.

Então, como está o seu aprendizado?

Atividades de aprendizagem

1) Represente graficamente e apure as situações possíveis, como dado no exemplo nº 1

Caixa..............................50,00 Duplicatas a pagar..................50,00Duplicatas a receber ......100,00 Máquinas.............................300,00Imposto a pagar...............50,00

Patrimônio

Ativo Passivo

Caixa..................................50,00 Duplicatas a pagar ...............50,00

Duplicatas a receber ............100,00 Impostos a pagar..................50,00

Máquinas.............................300,00 Situação líquida positiva........350,00

Total...................................450,00 Total...................................450,00

a) Caixa.......................200 Móveis e utensílios .........300 Duplicatas a pagar.........170 Veículos...........................30 Ordenados a pagar..........20 Duplicatas a receber.........70

b) Veículos..................4000 Móveis e utensílios........2000Máquinas.....................1000 Caixa...........................1000 Promissórias a pagar.....2000 Imposto a pagar............5000

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Duplicatas a pagar........7000 Títulos a receber............500Aluguéis a receber.........500

c) Imóveis....................6000 Veículos.......................1500Títulos a pagar.............5000 Títulos a receber..........3000 Aluguéis a pagar...........1000 Imposto a pagar ...........4500

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AULA 1

Alfabetização Digital

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Aula 5 - Elementos patrimoniais

Para compreendermos as variações patrimoniais estudadas, vamos conceituar os itens que afetam a construção do gráfico patrimonial. Nesta aula, identificaremos os elementos que compõem o patrimônio de uma em-presa, suas características e sua classificação.

Primeiro, identificaremos os componentes do registro contábil, que são feitos através das contas.

Para entendermos essa questão melhor, vamos conceituar esses elementos.

Figura 21: Elementos patrimoniais.Fonte: http://goo.gl/qzLc. Acesso em 25/08/2010.

5.1 Contas

Conta é o nome técnico que identifica um componente patrimonial (bem, direito, obrigação ou patrimônio líquido) ou um componente de resul-tado (despesa ou receita).

5.1.1 Classificação das contas

As contas podem ser classificadas em dois grupos: contas patrimo-niais e contas de resultado.

Conta patrimonial: representa os elementos componentes do pa-trimônio. Dividem-se em ativas (bens e direitos) e passivas (obrigações e patrimônio líquido).

Não confunda “as contas utilizadas pela contabilidade, com os valores devidos geralmente pelas pessoas físicas, e que são chamadas de contas”.

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Contas de resultado: representam as despesas e as receitas da empresa. Despesa é todo gasto reali zado por uma empresa. Receita é todo recebimento efetuado em favor de uma empresa.

5.1.2 Características

As contas patrimoniais e de resultado possuem características que são importantes para a escri tu ração. Podem ser sintéticas e analíticas.

Contas sintéticas: são aquelas contas que resumem, sob um único título, uma série de fatos idênticos. Ex.: bancos com movimento; fornecedo-res; despesas adminis trativas.

Contas analíticas: são aquelas contas que expressam os fatos com individua lidade, demonstrando cada um dos acontecimentos em separado. Ex.: Banco do Brasil S/A; Malu Ltda, material de escritório.

5.2 Plano de contas

Como vimos na aula 2, temos tipos diferentes de entidades. Para que sejam feitos os registros contábeis dessas empresas, é utilizado um Plano de Contas, onde são relacionadas todas as contas utilizadas pelas empresas.

Segundo Marion (2009), Plano de Contas é o conjunto de contas previamente estabelecido para orientar a execução da contabilidade de uma empresa.

Ele propicia a uniformização dos registros contábeis, evitando a utilização de diferentes contas para registros de ope ra ções de idêntica natu-reza. O plano de contas é elaborado antes de as operações serem efetuadas pela empresa e é flexível, de acordo com a necessidade da empresa.

5.2.1 Classificação

QUADRO IV – Grupos de contas do patrimônio

Ativo Passivo

Ativo circulante Compreende contas que estão cons-tantemente em giro, em movimento; sua conversão em dinheiro ocorrerá, no máximo, até o próximo exercício social.

Passivo circulante Compreende as obrigações exigíveis que serão liquidadas no próximo exercício social

Não circulante Não circulante

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Realizável a longo prazoIncluem-se, nessa conta, bens e direitos que se transformarão em dinheiro após o exercício seguinte.

Exigível a longo prazoRelacionam-se, nessa conta, obrigações exigíveis que serão liquidadas com prazo superior a um ano: dívidas a longo prazo.

InvestimentoSão as aplicações de caráter perma-nente que geram rendimentos não necessários à manutenção da atividade principal da empresa.

Patrimônio líquidoSão recursos dos proprietários aplicados na empresa. Os recursos significam o capital mais as reservas. Se houver prejuízo, o total dos investimentos dos proprietários será reduzido.

ImobilizadoAbarca itens de natureza permanente que serão utilizados para a manutenção da atividade básica da empresa.

IntangívelNeste grupo, são relacionados os bens incorpóreos destinados à manutenção da empresa.

Fonte: Próprio autor

Vamos entender cada grupo de contas e seus subgrupos.

Ativo circulante

Representa valores numéricos para a livre e franca circulação, ou valores que ainda serão convertidos em dinheiro em curto prazo. Ex.: caixa; bancos com movimento; mercadorias.

Ativo Não circulante

Realizável a longo prazo: são direitos realizáveis após o término do exercício seguinte. Ex.: títulos a receber.

Imobilizado: são aplicações representadas por aquisições do imobi-lizado de uso da empresa.

Investimentos: são aplicações representadas em aquisições de in-vestimentos em outras empresas

Intangível: neste grupo, são relacionados os bens incorpóreos des-tinados à manutenção da empresa.

Exemplos de bens não circulantes: imóveis; veículos; máquinas e equipamentos, ações, marcas e patentes, etc.

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Passivo circulante

São contas representativas das obrigações da empresa para com terceiros exigíveis em curto prazo.

Ex.: fornecedores; duplicatas a pagar, impostos a pagar.

Passivo não circulante

Passivo exigível a longo prazo: representa obrigações com venci-mento após o término do exercício seguinte.

Patrimônio Líquido

Representa as contas de capital, as provisões e as reservas. Não representa as obrigações para com terceiros.

Ex.: capital social; reservas de lucro, reservas de capital.

Contas de resultado

Representa as contas de despesas e receitas efetivamente realiza-das no exercício.

Exemplos: ordenados e salários, telefone, juros ativos, vendas à vista, vendas a prazo.

Sistema auxiliar: representa as contas de apuração de resultados parciais e finais do exercício.

Ex.: apuração do resultado do exercício.

5.3 Apuração do resultado das empresas

A cada exercício social, a empresa deve apurar o resultado dos seus negócios, ou seja, ela precisa saber se durante o exercício social ela teve lucro ou prejuízo. Para saber se obteve lucro ou prejuízo, a contabilidade confronta as receitas com as despesas.

Na página virtual, você encontrará um modelo

de Plano de Contas. Acesse e comece a identificar todos os

tipos de contas de uma empresa comercial.

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Resumo

Nesta aula identificamos e conceituamos os itens que afetam as va-riações patrimoniais, identificamos os elementos que compõem o patrimônio de uma empresa, suas características e sua classificação.

Atividades de aprendizagem

1) No quadro abaixo identifique as contas conforme a legenda abai-xo, seguindo os exemplos:

Quanto ao grupo: P: Patrimonial ; R: De resultadoQuanto ao subgrupo: A: Ativo; P: Passivo; D: Despesa; R: Receita

Conta Grupo Subgrupo

Caixa P A

Conta de luz R D

Salários a pagar

Banco Conta movimento

Venda de mercadorias

Móveis e máquinas

Salários e ordenados

Veículos

Duplicatas a pagar

Conta de telefone

Títulos a receber

Juros a receber

Desconto concedido

Nota promissória a pagar

Mercadorias em estoque

ICMS a recolher

Máquinas e equipamentos

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Aula 6 - Capital

O objetivo desta aula é compreender como se inicia uma empresa, conhecer os conceitos de capital e as suas variações.

Economicamente, capital é toda riqueza destinada a produzir ou-tras ri que zas. Para que um bem ou riqueza seja caracterizado como capital, deverá possuir natureza econômica, isto é, ser destinado a produzir outros bens ou riquezas. Por exem plo, um produto para revenda (mercadoria) é ca-pital e possui natureza econômica porque produz lucros; porém, um produto para consumo não tem característica econômica. Assim, não é considerado como capital.

Figura 22: Investimento Inicial.Fonte: http://migre.me/1762A. Acesso em 22/08/2010.

6.1 Tipos de capital

Capital social: é o conjunto de recursos próprios mediante os quais a empresa adquire condições para iniciar e gerir suas atividades. Tem sua origem fora da empresa, através da participação dos sócios, ou dentro da empresa, através da incorporação das reservas, dos lucros, etc.

Capital subscrito: é a parcela escolhida pelo sócio que corresponde à sua parti cipação na formação do capital social. Cada sócio, por ocasião da assinatura do contrato social, escolherá, dentro de suas possibilidades, o valor com o qual vai participar neste capital social. Como, por exemplo, uma

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empresa cujo capital social é de R$ 1.500.000,00; com a participação de três sócios, pode subscrever o capital social da seguinte maneira:

• sócio A subscreveu R$ 500.000,00;• sócio B subscreveu R$ 500.000,00;• sócio C subscreveu R$ 500.000,00.

Figura 23. Capital Subscrito.

Fonte: http://migre.me/1766J . Acesso em 23/08/2010.

Capital integralizado: quando os sócios subscrevem o capital no contrato social, deter minam o valor, em Reais, com que cada um participa na formação do capital social da empresa. Assim, o capital subscrito passa a ser uma dívida líquida e certa dos sócios para com a empresa. Ao ato de li-quidar o capital subscrito denominamos integralização de capital. Capital in-tegralizado é a parte ou o total do capital subscrito que já foi liquidada pelos sócios. O capital subscrito pode ser integralizado total ou parceladamente.

Capital fixo ou permanente: consiste na aplicação de capitais, na aquisição de bens e equipamentos destinados ao uso próprio da empresa e que passarão a constituir o seu imobilizado, permanecendo vinculados ao patrimônio da empresa por tempo indeterminado.

Capital de giro ou circulante: consiste na aplicação de capitais na aquisição de bens destinados à venda ou à produção de outros bens que constituem objeto de negócio da empresa.

Capital próprio: é a parte do capital que pertence exclusivamente à empresa, não podendo ser exigido por terceiros, salvo em casos muito es-peciais. Pode ser de origem externa, com a formação do capital pelos sócios, ou interna, através do lucro obtido, de reservas, de fundos e de provisões.

Capital alheio ou de terceiros: são valores pertencentes a outras pessoas aplicados na em pre sa. Esses capitais podem ser exigidos pelos res-pectivos credores por ocasião do vencimento dos títulos representativos das obrigações.

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Exemplos: compra a prazo de mercadorias, empréstimos obtidos junto a instituições financeiras, etc.

Figura 24: Capital de terceiros.Fonte: http://migre.me/176aN > 22/08/2010.

Resumo

Nesta aula, identificamos os tipos de capital investidos na empresa, como podem ser investidos e que eles são a primeira fonte de recursos de uma empresa.

Atividades de aprendizagem

Monte um contrato social de uma empresa de responsabilidade limitada, sendo o capital dividido entre três sócios com parcelas iguais.

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e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesContabilidade Geral

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Aula 7 - Gestão patrimonial

Os objetivos desta aula são aprender sobre as operações contábeis nas empresas e como elas são registradas, identificar as fórmulas de lançamentos contábeis e a sua utilização para a elaboração dos demonstrativos contábeis.

Figura 25: Gestão patrimonial.Fonte: http://goo.gl/T50K. Acesso em 23/08/2010.

Para início, vamos identificar o que é um ato administrativo e um fato administrativo.

Ato administrativo: é uma operação que não modifica o patrimô-nio. Exemplo: a contratação de um funcionário pela empresa.

Fato administrativo: é toda operação que modifica o patrimônio. Exemplo: o pagamento do funcionário no final do mês.

7.1 Mutações patrimoniais

Dinâmica patrimonial: durante o exercício financeiro contábil da entidade, ocorrem operações que modificam a estrutura patrimonial, sejam de compras, sejam de vendas. Essa sucessão de operações diárias da entida-de, que continuamente modifica a estrutura patrimonial, é denominada de aspecto dinâmico do patrimônio.

Estática patrimonial: o balanço representa o aspecto estático do patrimônio, isto é, a represen tação do que existe de bens, direitos e obriga-ções e do resultado do exercício que está sendo encerrado.

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O resultado do exercício pode representar duas situações:• quando a receita (+) for maior que a despesa (-), o resultado final

do exercício será LUCRO;• quando a despesa (-) for maior que a receita (+), o resultado final

do exercício será PREJUÍZO.

7.2 Fatos contábeis

Quando uma empresa compra mercadorias, realiza um fato admi-nistrativo. Quando contabiliza esse fato, isto é, atribui valor à operação, ele se torna um fato contábil. Segundo Almeida (2006), fato contábil é o registro de um fato administrativo acompanhado do valor monetário da operação realizada pela empresa. Ele pode se classificar em permutativo, modifi ca tivo e misto.

• Fatos permutativos: são aqueles que provocam uma permuta (troca) entre os ele mentos do ati vo e/ou do passivo, sem alterar o patrimônio líquido. A permuta pode ocor rer entre os elemen-tos do ati vo, entre os elementos do passivo e entre ambos ao mes mo tempo. Exemplo: recebimento, em dinheiro, referente a uma duplicata de clien te.

• Fatos modificativos: são aqueles que provocam alterações de au-mento ou diminuição no patri mônio líquido. Normalmente, esses fatos envolvem contas de resultado. Exemplo com aumento: re-cebimento de aluguéis. Exemplo com diminuição: pagamento da conta de telefone.

• Fatos mistos: são aqueles que provocam, ao mesmo tempo, um fato permutativo e um fato modificativo. Além das alterações no ativo e/ou passivo, provocam alterações no patrimônio líquido. Exem plo com aumento: recebimento de duplicata de clientes acres cida de juros, devido ao atraso. Exem plo com diminui-ção: pagamento de uma duplicata de fornecedores, já vencida, acrescida de juros, devido ao atraso no pagamento.

Conforme Iudícibus (2004), para o registro das contas nas entida-des, é utilizado o mecanismo de lançamento contábil.

Nos lançamentos são utilizados, convencionalmente, débito, para as aplicações de recursos, e crédito, para as origens, fontes dos recursos aplicados.

DICA: Na escrituração contábil, débito não é sinônimo de dívida, e sim de algo bom que acontece na empresa.

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Debitar = lançamento dos valores (lado esquerdo)Creditar = lançamento dos valores (lado direito) Fique atento a este quadro!!!

Quadro resumo dos lançamentos

QUADRO VII – resumo dos lançamentos

Ativo Passivo e PL

Qualquer conta do Ativo Qualquer conta do Passivo e PL

Débito Crédito Débito Crédito

Aumento de conta do Ativo

Diminuição de conta do Ativo

Diminuição de conta do Passivo

Aumento de conta do Passivo

Fonte: Próprio autor

Nas contas de resultado, o esquema de contabilização será:

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Resumo geral de contabilização

QUADRO VIII – Resumo geral de contabilização

1 – Para contas patrimoniais ativas:. se representar aumento, DEBITAR a conta correspondente;. se representar diminuição, CREDITAR a conta correspondente.

2 – Para contas patrimoniais passivas:. se representar aumento, CREDITAR a conta correspondente;. se representar diminuição, DEBITAR a conta correspondente.

3– Para contas de resultado de despesas:. se acontecer uma despesa, DEBITAR a conta correspondente.Obs.: As contas de despesas só serão CREDITADAS quando ocorrer estor-no ou encerramento do exercício.

4 – Para contas de resultado de receitas:. se acontecer uma receita, CREDITAR a conta correspondente.Obs.: As contas de receitas só serão DEBITADAS quando ocorrer estorno ou encerramento do exercício.

Fonte: Próprio autor

Exemplo de formação do patrimônio por balanços sucessivos

1. Formação do patrimônio inicial da empresa Santos & Santos pela entrega de R$400.000,00 em dinheiro para a formação do capital social.

Ativo Passivo

Bens Obrigações

Caixa R$ 400.000,00 Capital social R$ 400.000,00

Total R$ 400.000,00 Total R$ 400.000,00

2. Depósito no Banco ABC S/A, em dinheiro, na abertura de conta corrente no valor de R$ 390.000,00.

Ativo Passivo

Bens Obrigações

Caixa R$ 10.000,00 Capital social R$ 400.000,00

Bancos R$ 390.000,00

Total R$ 400.000,00 Total R$ 400.000,00

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3. Compra de mercadoria para estoque a prazo no valor de R$ 60.000,00.

Ativo Passivo

Bens Obrigações

Caixa R$ 10.000,00 Fornecedores R$60.000,00

Bancos R$ 390.000,00

Estoque R$ 60.000,00 Capital social R$ 400.000,00

Total R$ 460.000,00 Total R$ 460.000,00

4. Venda de mercadoria a prazo no valor R$35.000,00.

Ativo Passivo

Bens Obrigações

Caixa R$ 10.000,00 Fornecedores R$60.000,00

Bancos R$ 390.000,00

Estoque R$ 25.000,00 Capital social R$ 400.000,00

Duplicata a rece-ber R$35.000,00

Total R$ 460.000,00 Total R$ 460.000,00

5. Pagamento da duplicata no valor R$20.000,00, com cheque.

Ativo Passivo

Bens Obrigações

Caixa R$ 10.000,00 Fornecedores R$40.000,00

Bancos R$ 370.000,00

Estoque R$ 25.000,00 Capital social R$ 400.000,00

Duplicata a receber R$35.000,00

Total R$ 440.000,00 Total R$ 440.000,00

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Resumo

Nesta aula, pudemos identificar todos os elementos que compõem o patrimônio de uma empresa, como são feitos os registros e o mecanismo de lançamento contábil.

Atividades de aprendizagem

Você entendeu o mecanismo do débito e do crédito? Então, vamos praticar. Faça os exercícios como no modelo 1.

1) Exemplo do lançamento contábil:Venda de mercadoria a prazo à Eletrolux Ltda.

Débito: Clientes Crédito : Venda de mercadoria Eletrolux Ltda Venda a prazo

2) Depósito efetuado no Banco Brasil S/A, em dinheiro.

Débito _____________________ Crédito_____________________ _____________________ _____________________

03) Compra de uma mesa para uso, a prazo, de Móveis ABC Ltda.

Débito _____________________ Crédito_____________________ _____________________ _____________________

4) Compra de mercadoria a prazo de Zanet Perfumes S/A.

Débito _____________________ Crédito_____________________ _____________________ _____________________

5) Pagamento de conta de telefone com cheque do Banco Brasil S/A.

Débito _____________________ Crédito_____________________ _____________________ _____________________

6) Compra de um computador a prazo de Informaticolândia Ltda.

Débito _____________________ Crédito_____________________ _____________________ _____________________

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7) Pagamento da duplicata de Móveis ABC Ltda, em dinheiro.

Débito _____________________ Crédito_____________________ _____________________ _____________________

08) Recebimento da duplicata de MM Móveis Ltda.

Débito _____________________ Crédito_____________________ _____________________ _____________________

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AULA 1

Alfabetização Digital

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Aula 8 - Demonstrações contábeis

Já estamos contabilizando o nosso patrimônio. Como vimos nas uni-dades anteriores, a informação contábil é uma das prioridades da Contabi-lidade.

Para que essas informações cheguem aos usuários, são emitidos demonstrativos que vamos identificar nesta aula, bem como os documentos registrados pela Contabilidade e a forma de controles administrativos para que as informações sejam claras, objetivas e, principalmente, fiéis aos prin-cípios contábeis.

Segundo Marion (2004), as demonstrações contábeis são as extra-ídas dos livros, registros e documentos que compõem o sistema contábil de qualquer tipo de entidade.

A atribuição e a responsabilidade técnica do sistema contábil da entidade cabem, exclusivamente, ao contabilista registrado no CRC.

As demonstrações contábeis observarão os princípios fundamentais de Contabi lidade aprovados pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC).

Devem especificar sua natureza, a data e/ou o período e a entidade a que se referem.

O grau de revelação das demonstrações contábeis deve propiciar o suficiente entendimento do que cumpre demonstrar, inclusive com o uso de notas explicativas que, entretanto, não poderão substituir as informações dadas nas demonstrações contábeis.

As demons trações financeiras “deverão exprimir com clareza a si-tuação do patrimônio da companhia (entidade) e as mutações ocorridas no exercício” (BRASIL, Lei 11638/07).

8.1 Classificação das demonstrações contábeis

Com a Lei 11638/07, as demonstrações obrigatórias para as socieda-des anônimas e adotas pelas outras entidades são as seguintes:

• balanço patrimonial;• demonstração do resultado do exercício - DRE;• demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados - DLPA – • demonstração das mutações do patrimônio líquido - DMPL• demonstração de fluxo de caixa - DFC;• demonstração do valor adicionado – DVA.

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8.1.1 Balanço patrimonial

Figura 26: Balanço patrimonial.Fontes: http://goo.gl/hYRr. Acesso em 24/08/2010.

O balanço patrimonial é a demonstração contábil destinada a evi-

denciar, qualitativa e quantitativamente, numa determinada data, o patri-mônio e o patrimônio líquido da entidade. O balanço é constituído pelo ativo, pelo passivo e pelo patrimônio líquido;

8.1.2 Demonstração do resultado - DRE

Figura 27: Demonstração do resultado.Fonte:http://goo.gl/KSpwi. Acesso em 22/08/2010.

Demonstração do resultado - DRE: é a demonstração contábil desti nada a evidenciar a composição do resultado num determinado perí-odo de operações da entidade. A demonstração do resultado, observado o princípio da compe tência, evidenciará a formação dos vários níveis de resul-tados mediante o confronto entre as receitas e os correspondentes custos e despesas.

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8.1.3 Demonstração de lucros ou prejuízos acumulados - DLPA

Figura 28: DLPA.Fonte: http://pt.dreamstime.com. Acesso em 22/08/2010.

Demonstração de lucros ou prejuízos acumulados - DLPA: é a de-monstração contábil destinada a evidenciar, num determinado período, as mutações nos resultados acumulados da entidade.

8.1.4 Demonstração das mutações do patrimônio líqui-do - DMPL

Demonstração das mutações do patrimônio líquido - DMPL: é a de-monstração contábil destinada a evidenciar, num deter minado período, a movimen tação de contas que integram o patrimônio da entidade.

8.1.5 Demonstração de fluxo de caixa - DFC

Figura 29: Fluxo de Caixa.Fonte: www.fotosearch.com.br/fotos-imagens/figuras. Acesso em 22/08/2010.

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Demonstração de fluxo de caixa - DFC: para Hendriksen e Breda (2006), uma razão básica para o fornecimento de demonstrações de fluxos de caixa histórico é a sua possibilidade de uso para avaliação da empresa como entidade em andamento, por parte dos acionistas e dos credores.

8.1.6 Demonstração do valor adicionado – DVA

Figura 30: DVA.Fonte: www.fotosearch.com.br/fotos-imagens/figuras. Acesso em 22/08/2010.

Demonstração do valor adicionado – DVA : tem a função de divulgar e identificar o valor da riqueza gerada pela entidade e como essa riqueza foi distribuída entre os diversos setores que contribuíram, direta ou indireta-mente, para a sua geração.

8.1.7 Notas explicativas

Figura 31: Notas explicativas.Fonte: http://pt.dreamstime.com. Acesso em 22/08/2010.

Notas explicativas: contêm os critérios utilizados pelo contador para a elaboração das demons trações contábeis e de outras informações para o entendimento desses relatórios pelos leitores.

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Resumo

Nesta aula, verificamos que os relatórios contábeis, através das de-monstrações financeiras, são as ferramentas dos usuários das informações contábeis para conhecer as empresas num determinado momento. Identifi-camos cada uma das demonstrações e suas aplicações.

Resumo das demonstrações financeiras

Vamos colocar a casa em ordem e praticar.

Atividades de aprendizagem

Prezado(a) acadêmico(a), com base na apostila virtual e na bibliografia reco-mendada, responda à questão a seguir.

1) Identifique os tipos de demonstrações contábeis obrigatórias pela Lei 11638/07 para as sociedades anônimas e comente sobre cada uma delas.

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AULA 1

Alfabetização Digital

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Aula 9 - Documentos contábeis

O objetivo desta aula é conhecer os documentos mais usuais para o registro contábil, a utilização de cada documento, e as suas particularidades.

9.1 Títulos de crédito

São documentos emitidos pelo devedor, em favor do credor, que comprovam a transação comercial. Títulos de crédito mais utilizados no co-mércio: nota promissória; duplicata e fatura.

9.2 Nota fiscal

É o documento que comprova a existência de um ato comercial (compra e venda de mercadorias ou prestação de serviços); tem a necessida-de maior de atender às exigências do Fisco, quanto ao trânsito das mercado-rias e das operações realizadas entre adquirentes e fornecedores.

Tipos de notas fiscais : • Mod. 1 - Nota fiscal de entrada e saída de mercadorias. • Mod. 2 - Nota fiscal de venda a consumidor (pode ser substituída

pelo cupom fiscal).

Figura 32: Notas fiscais.Fonte: http://goo.gl/vexb. Acesso em 24/08/2010.

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Requisitos básicos para a emissão da NF:

• denominação: Nota Fiscal; • número de ordem, série/subsérie e o número da via; • natureza da operação (venda, devolução, remessa para demons-

tração); • data da emissão; • nome do titular (pessoa física, pessoa jurídica),endereço, inscri-

ção estadual e CNPJ; • nome do destinatário (adquirente de produtos e serviços, ende-

reço , inscrição estadual e CNPJ); • data de saída das mercadorias; • discriminação das mercadorias (quantidade, marca, tipo, mode-

lo, espécie e discriminação possível de produtos); • classificação fiscal dos produtos, no caso de produtos industria-

lizados; • base de cálculo do ICMS; • nome do transportador, endereço e placa do veículo; • forma de acondicionamento dos produtos (quantidade, espécie,

peso, etc.); • nome, endereço, inscrição estadual, CNPJ do impressor de no-

tas, data, quantidade da impressão, números de ordem, com respectiva série/ subsérie, bem como número da autorização para a impressão de documentos fiscais.

9.3 Nota fiscal eletrônica

Figura 33: Nota fiscal eletrônica.Fonte: http://migre.me/178bF. Acesso em 24/08/2010.

A nota fiscal eletrônica é o documento de existência digital, emi-tido e armazenado eletronicamente com o intuito de documentar, para fins fiscais, uma operação de circulação de mercadorias ou uma prestação de serviços, ocorrida entre as partes e cuja validade jurídica é garantida pela assinatura digital do remetente (garantia de autoria e de integridade) e pela

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recepção, pela Administração Tributária, do documento eletrônico, antes da ocorrência do Fato Gerador.

A implantação da NF-e constitui grande avanço para facilitar a vida do contribuinte e as atividades de fiscalização sobre operações e prestações tributadas pelo Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e pelo Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Num momento inicial, a NF-e será emitida apenas por grandes contribuintes e substituirá os modelos, em papel, tipo 1 e 1A.

CF - cupom fiscal: é o documento fiscal emitido, qualquer que seja o valor da operação, pelo equipamento Emissor de Cupom Fiscal - ECF, nas vendas à vista, à pessoa natural ou jurídica não contribuinte do imposto em que a mercadoria for retirada ou consumida no próprio estabelecimento pelo comprador.

9.4 Fatura

Figura 34: Fatura.Fonte: http://migre.me/178i2. Acesso em 24/08/2010.

É o documento que comprova a venda a prazo. Numa mesma fatu-ra, podem ser incluídas várias notas fiscais. A duplicata tem esse nome por ser uma cópia da fatura. A lei permite a emissão de várias duplicatas para uma mesma fatura.

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9.5 Duplicata

É um título de crédito resultante da venda mercantil ou prestação de serviços. Trata-se, portanto, de título causal. Duplicata fria, sacador e aceitante incorrem em crime de estelionato.

Figuras da duplicata: sacador (emitente, vendedor) e sacado (com-prador, devedor, aceitante).

Figura 35: Duplicata.Fonte: http://migre.me/178n6. Acesso em 24/08/2010.

Requisitos:

• denominação duplicata, data do saque e número de ordem; • número da fatura que a originou; • data certa do vencimento ou a declaração de ser a duplicata à

vista; • o nome e o domicílio do vendedor e do comprador; • praça de pagamento; • importância a pagar em algarismos por extenso; • cláusula “a ordem”; • declaração de reconhecimento de sua exatidão e a obrigação de

pagá-la, a ser assinada pelo comprador (aceite cambial); • assinatura do sacador/emitente.

Vencimento A duplicata pode ser sacada à vista ou a prazo. Na duplicata à

vista, o vencimento é determinado pelo momento da apresentação do docu-mento ao sacado (comprador).

A lei admite a prorrogação (ou reforma) do prazo de vencimento mediante declaração em separado ou nela inscrita, assinada pelo sacador ou endossatário (possuidor). Na hipótese de haver endossante e/ou avalista, necessária se torna a anuência deles para manter sua coobrigação.

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Dicas: A circulação da duplicata dá-se por endosso. São também admitidos o endosso-mandato e o endosso-caução, ou seja, aqueles que não transmitem a propriedade do título, apenas autorizam a instituição financeira (bancos) a efetuar a cobrança ou recebê-la em garantia.

Ação para cobrança

A duplicata aceita será cobrada pela via executiva. Se não for protes-tada, somente poderá ser cobrada judicialmente contra o aceitante e seu avalis-ta. Se não tiver sido aceita, para ser executada, terá que, antes, ser protestada. Nesse caso, ainda acompanhará o processo de documentos que comprovem o recebimento das mercadorias adquiridas/prestação de serviços (canhoto com-probatório da entrega da mercadoria ou do recebimento do serviço prestado).

Prescrição:

• 3 anos, contra o sacado e seus avalistas, contados a partir da data de vencimento;

• 1 ano, contra o endossante e seus avalistas, contado a partir da data do protesto;

• 1 ano, para ação de qualquer coobrigado contra os demais, con-tado a partir da data em que tenha sido efetuado o pagamento do título.

Triplicata: é a reprodução (cópia) da duplicata destinada a substi-tuí-la, caso se extravie.

9.6 Conciliação bancária

Tem sido pouco significativa a ênfase dada ao estudo e à análise das conciliações bancárias nas empresas.

Sabe-se, também, que somente empresas de médio e grande porte podem oferecer oportunidade de preparar conciliações bancárias expressivas. As empre-sas de pequeno porte (EPP) e as microempresas (ME), geralmente, fazem anota-ções nos canhotos dos talões de cheque e não formalizam as pendências existentes. A conciliação bancária é um método de controle auxiliar valioso. Por intermédio desse procedimento, é possível verificar, inclusive, a consistência das demons-trações contábeis de uma empresa, quando da publicação de seu balanço.

Cheque é uma ordem de pagamento à vista. Ao emiti-lo, lembre-se de que ele poderá ser descontado imediatamente.

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9.7 Cheques

Figura 36: Cheques.Fonte: http://migre.me/178r7. Acesso em 24/08/2010.

O cheque é uma ordem de pagamento à vista. Pode ser recebido diretamente na agência em que o emitente mantém conta ou depositado em outra agência para ser compensado e creditado na conta do correntista. Ao emiti-lo, lembre-se de que ele poderá ser descontado imediatamente.

Formas de emissão

Ao portador - o cheque só pode ser emitido ao portador (sem a indicação do beneficiário).

Nominal - o emitente é obrigado a indicar o nome do be-neficiário (pessoa ou empresa a quem está efetuando o pagamento). O cheque nominal só poderá ser pago pelo banco mediante identificação do beneficiário ou de pessoa por ele indicada no verso do cheque (endosso), ou, ainda, através do sistema de compensação, caso ele seja depositado.

Cruzado - tanto o cheque ao portador quanto o nominal podem ser cruzados, com a colocação de dois traços paralelos, em sentido diagonal, na frente do documento.

Administrativo - é o cheque emitido pelo próprio banco. Pode ser comprado pelo cliente em qualquer agência bancária. O banco o emite em nome de quem o cliente efetuará o pagamento.

Especial - assim denominado porque o banco concedeu ao titular da conta um limite de crédito para saque quando não dispuser de fundos. O cheque especial é concedido ao cliente mediante contrato firmado previamente.

Cheque pós-datado: pela lei, um cheque é pagável quando for apresentado ao banco, mesmo que tenha sido emitido com data posterior. Assim, se um cheque pós-datado for apresentado para pagamento antes do dia previsto, o banco terá de pagá-lo ou devolvê-lo por falta de fundos. Caso isso ocorra, o correntista poderá ser prejudicado.

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DICA: Cheque pós-datado só deve ser dado quando houver cer-teza de que o credor irá depositá-lo nas datas combinadas. Lembre-se de controlar esses cheques em seu orçamento, anotando os valores e as respectivas datas.

Figura 37: Cheque sem fundo.Fonte: http://migre.me/178zk. Acesso em 24/08/2010.

Cheque sem fundos: o cheque poderá ser devolvido quando o emi-tente não tiver fundos suficientes para o seu pagamento.

Inclusão no Cadastro dos Emitentes de Cheques sem Fundos: o cheque devolvido por falta de fundos, na segunda apresentação, obriga o banco a incluir seu emitente no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF), do Banco Central. Se a conta for conjunta, a legislação de-termina que também sejam incluídos no CCF os nomes e números no ca-dastro de contribuintes (CIC/CPF) de todos os demais titulares da conta. O banco é obrigado a comunicar ao emitente - ou ao primeiro titular, em caso de conta conjunta - a inclusão desses registros no Cadastro de Emi-tentes de Cheques Sem Fundo. Mantenha seu endereço de correspondência sempre atualizado nas instituições ou empresas com as quais mantém rela-cionamento de crédito. Fica a critério do banco a decisão de abrir, manter ou encerrar a conta de depósitos à vista do correntista titular que figure no CCF. É proibida, porém, a entrega de novos talões ao correntista cujo nome figure no CCF.

Como sair do CCF - Cadastro dos Emitentes de Cheque sem Fun-dos: o emitente de cheque sem fundos pode solicitar sua exclusão do CCF por carta dirigida ao banco, desde que comprove o pagamento do cheque que deu origem à ocorrência. Após cinco anos da última inclusão, a exclusão é automática.

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Utilize cheques com segurança:• emita sempre cheques nominais e cruzados;• ao preencher cheques, elimine os espaços vazios, evite rasuras;• nunca deixe requisições ou cheques assinados no talão.

Ao sustar o cheque, você não estará livre da obrigação de pagamen-to, nem de ser protestado pelo fornecedor de produtos e serviços, exceto nos casos de perda, furto ou roubo, e mediante a apresentação de boletim de ocorrência.

Roubo, perda e extravio de chequesO correntista com cheques roubados, furtados, perdidos ou extra-

viados deve comunicar a ocorrência ao banco o mais rapidamente possível e pedir cancelamento, se o cheque estava em branco quando se deu a ocor-rência, ou sustação, se já haviam sido preenchidos.

Como receber cheques com segurança:• confira se o cheque foi corretamente preenchido; • solicite ao cliente a apresentação do cartão do banco e do docu-

mento de identidade - original ou cópia autenticada; • confira os números do RG e do CPF e a assinatura que estão no

cheque com os que constam em outros documentos e no cartão do banco;

• verifique se a foto no documento é a do emitente ou se tem sinal de adulteração;

• consulte uma das centrais de proteção aos cheques - Serasa, SPC ou outra de sua preferência. Elas possuem informações sobre emitentes de cheques sem fundos cadastrados no Banco Central (CCF), de cheques sustados e cancelados por roubo ou outras irregularidades, a exemplo de CPFs que tenham sido cancelados pela Receita Federal;

• anote no verso do cheque os números de telefone e do RG do emitente. Se necessário, ligue no ato para confirmar a validade do telefone informado. Persistindo a dúvida, condicione a venda à prévia compensação do cheque;

• não aceite cheques rasurados.

9.8 Nota promissória

Figura 38: Nota promissória.Fonte: http://migre.me/178Gh. Acesso em 24/08/2010.

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É um título de crédito emitido pelo devedor sob a forma de promes-sa de pagamento a determinada pessoa, de certa quantia, em certa data. A nota promissória, portanto, é uma promessa direta e unilateral de pagamen-to, à vista ou a prazo, efetuada, em caráter solene, pelo promitente-devedor ao promissário-credor.

Figuram como partes na nota promissória: o subscritor ou promi-tente-devedor e o beneficiário ou promissário-credor. Na nota promissória, o que existe é uma promessa de pagamento.

Formas de vencimento da nota promissória

O pagamento da promissória será feito no tempo indicado no pró-prio título. Se não se determina o prazo para pagamento, entende-se que se trata de promissória à vista.

A nota promissória pode ser passada:1. à vista;2. em dia certo;3. a tempo certo da data da emissão; neste caso, a data da emissão

tem relevância.

Resumo

Nesta aula conhecemos os documentos mais usuais para o registro contábil, a utilização de cada documento, e as suas particularidades, bem como a importância de cada documento para as informações contábeis.

Atividades de aprendizagem

1) Para fixarmos os conceitos desses documentos , escolha 4 tipos de do-cumentos e conceitue cada um, dando um exemplo de sua aplicabilidade dentro da empresa

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AULA 1

Alfabetização Digital

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Aula 10 - Controles administrativos

Os objetivos desta aula são identificar e compreender os variados tipos de controles administrativos dos fatos ocorridos nas empresas e verifi-car como os controles administrativos auxiliam na obtenção das informações contábeis que irão ajudar o empresário a tomar decisões para alavancar o seu empreendimento.

10.1 Controle de vendas

A adoção de um controle de vendas possibilita ao empresário prever re-ceitas futuras e, consequentemente, programar as compras da em-presa. Além disso, torna-se mais fácil acompanhar o comportamen-to mensal das vendas, as variações devido à sazonalidade, bem como o prazo médio concedido para os pagamentos realizados a prazo.

10.2 Controle de compras

A adoção de um controle de compras possibilitará ao em-presário distribuir melhor suas compras para os meses seguintes, ba-seando-se nas previsões de vendas e nos compromissos assumidos. Este controle permitirá, também, a determinação do prazo médio das compras.

10.3 Controle de despesas

O controle de despesas tem como objetivo o melhor acompanha-mento da evolução dos gastos mensais, bem como a verificação do compor-tamento de cada item de despesa, permitindo, assim, a adoção de medidas que possam conter os gastos que venham crescendo sem justificativa.

O controle de despesas é indispensável à elaboração do cálculo dos custos e do preço de venda de um produto, serviço ou mercadoria.

Os valores gastos com pessoal, encargos sociais e retiradas pró--labore podem ser extraídos da folha de pagamento.

10.4 Controle de estoque

Pode ser utilizada uma ficha de controle para cada item, onde serão anotadas as entradas e saídas de mercadoria ou material. O controle físico e financeiro de estoque tem como objetivo básico infor-

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mar a quantidade disponível de cada item existente na empresa, quer seja matéria-prima, quer seja mercadoria, e quanto esta quantidade significa em valores monetários.

Vamos aprender, agora, como calcular o CMV (Custo da Mercado-ria Vendida) de um produto.

Cálculo do custo unitário para entrada no estoque

1ª hipótese: aquisição, por uma empresa industrial, de 700 unidades de certa espécie de matéria-prima, ao preço de R$ 10,00 por unidade (ICMS incluso - 18%) mais 10% de IPI, com frete e seguro por conta do vendedor:

Preço das matérias-primas (700 X R$10,00) R$ 7.000,00(-) ICMS destacado na nota fiscal (recuperável) (R$ 1.260,00)(-) PIS-Pasep não cumulativo (R$ 100,00)(-) COFINS a recuperar (R$ 300,00)= Custo líquido de aquisição (RS 5.340,00)

Custo unitário (para entrada em estoque): RS$ 5.340,00÷700 = R$ 7,63

2ª hipótese: aquisição de 5.000 unidades de determinada merca-doria destinada à revenda no varejo, ao preço de compra de R$ 50,00 por unidade (ICMS incluso - 18%) mais 10% de IPI,

IRPJ - lucro real - avaliação de estoques com frete e seguro por conta do vendedor:

Preço das mercadorias (5.000 X R$ 50,00) R$250.000,00+ IPI (não recuperável) (R$25.000,00)(-) ICMS (recuperável) (R$45.000,00)(-) PIS-Pasep não cumulativo (R$ 200,00)(-) COFINS não cumulativo (R$ 500,00)= Custo líquido de aquisição R$229.300,00

Custo unitário (para entrada em estoque): R$229.300,00÷5.000=R$ 45,86

Frete e seguro pagos a terceiros

As despesas de frete e seguro, quando cobradas diretamente pelo vendedor de bens, não oferecem maiores dificuldades porque são debitadas na própria nota fiscal de venda e somadas ao preço total. Neste caso, para se determinar o custo unitário de aquisição, basta dividir o valor total da nota fiscal (excluídos o IPI e o ICMS, o PIS-Pasep e a COFINS, quando recuperáveis) pela quantidade adquirida. Entretanto, quando tais despesas forem pagas a terceiros (transportadores, companhias seguradoras), deve ser providencia-da a sua agregação ao custo de aquisição dos bens por meio de lançamento contábil específico (excluído o ICMS passível de crédito, quando for o caso).

ICMS:Imposto sobre Circulação de

Mercadoria e Serviços.

PIS:Programa de Integração

Social.

COFIN:Contribuição para fins

sociais.

IRPJ:Imposto de Renda

Pessoa Jurídica

IPI:Imposto sobre Produtos

Industrializados

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10.4.1 Métodos de avaliação de estoque

Figura 39: Controle de estoque.Fontes: http://goo.gl/uBeu. Acesso em 24/08/2010.

Para a avaliação do estoque, temos 3 métodos para o cálculo do custo da mercadoria:

• média ponderada = baseia-se na média ponderada do custo do estoque;

• PEPS (primeiro a entrar, primeiro a sair) = a mercadoria que deu entrada primeiro é aquela que será vendida em primeiro lugar;

• UEPS (último a entrar, primeiro a sair) = o estoque que deu en-trada no final será vendido em primeiro lugar.

Controle de estoques por inventário periódico ou permanente O inventário periódico não requer o registro de cada saída de mer-

cadoria, sendo ideal para pequenas empresas ou entidades que não neces-sitam de uma informação mais precisa de seus investimentos em estoques.

Já o inventário permanente registra cada transação com os esto-ques, sendo utilizado nas entidades com estoque de alto valor ou que neces-sitam exercer uma maior vigilância sobre esse ativo.

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Exemplo 1:

Figura 40. Ativo bicicleta.Fonte: http://goo.gl/mTqQ. Acesso.

em 22/08/2010.

Figura 40. Ativo bicicleta.Fonte: http://goo.gl/mTqQ. Acesso em 22/08/2010.

Compra/dia: 4 por $100 Compra/dia: 6 por $120

Venda de 1 unidade no dia 15. Qual o valor do CMV?

Média ponderada = (100+120)/2 = $110Primeiro a entrar, primeiro a sair = $100Último a entrar, primeiro a sair = $120

Exemplo 2:

Exemplo:Estoque inicial 15 unidades a $1.470Compra (10/Maio) 24 unidades a $2.400Compra (18/Maio) 36 unidades a $3.672Estoque final 10 unidadesQuantidade vendida (15+24+36-10) = 65 unidades

Média ponderadaCusto Estoque final CMV100,56 100,56 x 10 = 1.005,60 65 x 100,56 = 6.536,40PEPS 102,00 102,00 x 10 = 1.020,00 1.470+6.072-1020 = 6.522,00UEPS 98,00 98,00 x 10 = 980,00 1.470+6.072-980 = 6.562,00

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PEPS - Inventário permanente

Compras CMV Estoque final

UEPS - Inventário permanente

Compras CMV EF

Média móvel - Inventário permanente

Compras CMV Estoque final

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No Brasil, o método de avaliação pelo UEPS não é permitido, pois o CMV fica superavaliado, diminuindo, assim, o lucro bruto da empresa, sendo assim, os cálculos dos impostos sobre o lucro seriam menores.

Caro acadêmico, com certeza nossa disciplina não se encerra aqui. Nos próximos módulos, vocês irão se utilizar desses conceitos adquiridos para conhecer cada vez mais a arte de administrar no comércio.

Não deixem de utilizar as referências bibliográficas complementa-res, pois a leitura é fundamental para que você complemente o seu apren-dizado.

Figura 41: Atividade.Fonte: http://migre.me/16VGO . Acesso em 25/08/2010.

Resumo

Nesta aula identificamos os variados tipos de controles administra-tivos dos fatos ocorridos nas empresas e verificamos como os controles admi-nistrativos auxiliam na obtenção das informações contábeis que irão ajudar o empresário a tomar decisões para alavancar o seu empreendimento.

Atividades de aprendizagem

1) Numere a 1ª coluna de acordo com a 2ª, no que se refere aos conceitos dos controles administrativos.

1. Controle de compras ( ) tem como objetivo o melhor acompanha-mento da evolução dos gastos mensais, bem como a verificação do comportamento de cada item.

2. Controle de vendas ( ) A adoção desse controle possibilita ao em-presário prever receitas futuras e, consequen-temente, programar as compras da empresa.

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3. Controle de estoques ( ) A adoção desse controle possibilitará ao empresário distribuir melhor suas atividades para os meses seguintes, baseando-se nas previsões de vendas e nos compromissos as-sumidos.

4. Controle de despesas ( ) Tem como objetivo básico informar a quantidade disponível de cada item existente na empresa.

2. Através dos dados abaixo, calcule o CMV pelos 3 métodos de avaliação de estoques.

Figura 4: Estoque.Fonte: http://goo.gl/2MSO.Acesso em 25/08/2010.

Figura 42: Estoque.Fonte: http://goo.gl/2MSO.Acesso em 25/08/2010.

Compra/dia: 6 por R$40,00 Compra/dia: 10 por R$55,00

Venda de 1 unidade no dia 22. Qual o valor do CMV?

Média ponderada = ___________________________________________

Primeiro a entrar, primeiro a sair = _______________________________

Último a entrar, primeiro a sair = _________________________________

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Referências

ALMEIDA, M. C. Curso básico de contabilidade: introdução à metodologia da contabilidade. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2006.

BRASIL, LEI Nº 11.638, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2007.

GRECO, Alvisio. & AREND, Lauro, Teoria da Contabilidade. São Paulo: Saraiva, 2007.

HENDRIKSEN, Eldon S. e BREDA, Michael F. Van – Teoria da Contabilidade; tradução de Antônio Zorrato Sanvicente. – São Paulo: Atlas, 2006.

IUDÍCIBUS, S. et. al. FIPECAFI - Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, atuariais e financeiras. Manual de contabilidade das sociedades por ações. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

IUDICIBUS, S., MARION, J. C. Manual de contabilidade para não contadores. São Paulo: Atlas, 2004.

MARION, J. C. Contabilidade Básica. São Paulo: Atlas, 2002.

SÍTIO DO BANCO CENTRAL - www.bcb.gov.br/

SÍTIO DO SEBRAE – www.sebrae.mg.org.br

Referência suplementar

ALMEIDA, M. C. Curso básico de contabilidade: introdução à metodologia da contabilidade. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2006.

HENDRIKSEN, Eldon S. e BREDA, Michael F. Van – Teoria da Contabilidade; tradução de Antônio Zorrato Sanvicente. – São Paulo: Atlas, 2006.

IUDICIBUS, S., MARION, J. C. Manual de contabilidade para não contadores. São Paulo: Atlas, 2004.

IUDÍCIBUS, Sérgio de & MARION, José Carlos. Introdução à Teoria da Conta-bilidade. São Paulo: Atlas, 2002.

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Curriculo do professor conteudista

Eliana Soares Barbosa Santos

Possui graduação em Ciências Contábeis pela Universidade Estadual de Mon-tes Claros/Unimontes (1989), Licenciatura Plena para a Graduação de Profes-sores pelo CEFET - Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (1993), especialização em Contabilidade pela Universidade Estadual de Mon-tes Claros/Unimontes (1996) e aperfeiçoamento em Capacitação em Ensino a Distância pela Universidade Estadual de Montes Claros/Unimontes (2008). Atualmente, é professora assistente da Universidade Estadual de Montes Cla-ros. Tem experiência na área de Administração, com ênfase em Ciências Contábeis.

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