33
1 Contabilidade Societária Contabilidade Societária Contabilidade Societária Contabilidade Societária 3 3 3 3 Prof. Dr. Fernando Caio Galdi Prof. Dr. Fernando Caio Galdi Prof. Dr. Fernando Caio Galdi Prof. Dr. Fernando Caio Galdi [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] 2 Redução ao Redução ao Redução ao Redução ao Valor Recuperável de Ativos Valor Recuperável de Ativos Valor Recuperável de Ativos Valor Recuperável de Ativos CPC 01 CPC 01 CPC 01 CPC 01 Impairment of Assets Impairment of Assets Impairment of Assets Impairment of Assets IAS 36 IAS 36 IAS 36 IAS 36

Contabilidade Societária 33 3 - intranet.fucape.brintranet.fucape.br/uploads/MATERIAIS_AULAS/29918-Apostila3.pdf · 3 Contabilidade Internacional Ativo–geraçãodebenefícioseconômicos

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Contabilidade Societária 33 3 - intranet.fucape.brintranet.fucape.br/uploads/MATERIAIS_AULAS/29918-Apostila3.pdf · 3 Contabilidade Internacional Ativo–geraçãodebenefícioseconômicos

1

Contabilidade SocietáriaContabilidade SocietáriaContabilidade SocietáriaContabilidade Societária

3 3 3 3

Prof. Dr. Fernando Caio GaldiProf. Dr. Fernando Caio GaldiProf. Dr. Fernando Caio GaldiProf. Dr. Fernando Caio [email protected]@[email protected]@fucape.br

2

Redução ao Redução ao Redução ao Redução ao

Valor Recuperável de AtivosValor Recuperável de AtivosValor Recuperável de AtivosValor Recuperável de Ativos

CPC 01CPC 01CPC 01CPC 01

Impairment of AssetsImpairment of AssetsImpairment of AssetsImpairment of AssetsIAS 36IAS 36IAS 36IAS 36

Page 2: Contabilidade Societária 33 3 - intranet.fucape.brintranet.fucape.br/uploads/MATERIAIS_AULAS/29918-Apostila3.pdf · 3 Contabilidade Internacional Ativo–geraçãodebenefícioseconômicos

2

Contabilidade Internacional

Conceito de ATIVO

� “Prováveis benefícios econômicos futurosobtidos ou controlados por uma entidade comoresultado de transações ou eventos passados”.

� No Brasil, introdução do conceito de controle (versuspropriedade);

� O ativo pode contribuir diretamente ou indiretamente paraa geração de benefícios econômicos;

� Mesas e cadeiras, por exemplo.

� Podem ser tangíveis ou intangíveis.

Contabilidade Internacional

Ativo – geração de benefícios econômicos

� Quando há redução no potencial de geração debenefícios:� Por que deveríamos reduzir o valor do ativo? Qual a

fundamentação econômica?

� Como resultado, há a aplicação do “famoso”conceito: CUSTO ou MERCADO, DOS DOIS OMENOR.

Page 3: Contabilidade Societária 33 3 - intranet.fucape.brintranet.fucape.br/uploads/MATERIAIS_AULAS/29918-Apostila3.pdf · 3 Contabilidade Internacional Ativo–geraçãodebenefícioseconômicos

3

Contabilidade Internacional

Ativo – geração de benefícios econômicos

Custo ou mercado, dos dois o menor ou

Custo ou valor recuperável, dos dois o menor?

� Exemplos:� Clientes – Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD);� Estoques – Provisão para “redução ao valor de mercado”;

� Produtos acabados – custo x valor realizável líquido.

� Por que não expandir tal conceito para ativos de longoprazo?

Contabilidade Internacional

Teste de impairment: Quando?

� O teste deverá ser realizado sempre que houveralgum indício de que seu valor recuperávelesteja abaixo do seu valor contábil.

� A norma sugere alguns indicadores:� Externos:

� Queda significativa do valor de mercado do ativo (acima do que seria esperadocomo resultado da passagem do tempo ou sua utilização normal);

� Mudanças adversas relacionadas a aspectos tecnológicos, econômicos oulegais;

� Aumento significativo das taxas de juros;� Os “ativos líquidos” excedem o valor de mercado da empresa.

Page 4: Contabilidade Societária 33 3 - intranet.fucape.brintranet.fucape.br/uploads/MATERIAIS_AULAS/29918-Apostila3.pdf · 3 Contabilidade Internacional Ativo–geraçãodebenefícioseconômicos

4

Contabilidade Internacional

Teste de impairment: Quando?

� Internos:� Evidência disponível sobre obsolescência ou dano físico;� Decisões estratégicas ou operacionais que podem trazer efeitos adversos sobre

o valor recuperável do ativo:� Planos de descontinuar o ativo; reestruturações operacionais.

� Evidência disponível revelando que a performance do ativo está abaixo do quefoi inicialmente projetado.

� A lista de indicadores sugeridos pela norma nãoé exaustiva!!!� A empresa pode identificar outros indícios para realizar o

teste de impairment.

Contabilidade Internacional

8

Intangíveis com vida útil indefinida

� Periodicidade do teste:

� Tal teste de impairment deverá ser realizadoanualmente ou toda vez que houver um indicador deque o ativo tenha “sofrido” impairment.

� Também é válido para intangíveis que ainda nãoestejam em uso.

Page 5: Contabilidade Societária 33 3 - intranet.fucape.brintranet.fucape.br/uploads/MATERIAIS_AULAS/29918-Apostila3.pdf · 3 Contabilidade Internacional Ativo–geraçãodebenefícioseconômicos

5

Contabilidade Internacional

Mensuração do Valor Recuperável

� O valor recuperável de um ativo corresponde aoMAIOR montante entre:

� O valor líquido de venda:� Valor de venda (valor justo) menos os custos para vendê-lo;

ou

� Seu valor em uso:� Consiste no valor presente dos fluxos de caixa futuros esperados.

Contabilidade Internacional

Valor em uso

� Para o cálculo do valor em uso, os seguinteselementos deverão ser levados emconsideração:

� Estimativa dos fluxos futuros de caixa que a entidadeespera obter com o ativo;

� Expectativas sobre possíveis variações no montante ouprazo dos fluxos de caixa futuros;

� O valor do dinheiro no tempo, representada pela taxa livrede risco;

� O preço exigido por causa da incerteza inerente àutilização do ativo (prêmio exigido pelo risco).

Page 6: Contabilidade Societária 33 3 - intranet.fucape.brintranet.fucape.br/uploads/MATERIAIS_AULAS/29918-Apostila3.pdf · 3 Contabilidade Internacional Ativo–geraçãodebenefícioseconômicos

6

Contabilidade Internacional

Base para estimar fluxos de caixa futuros

� Utilização de projeções de fluxo de caixa fundamentadas empremissas razoáveis que representem a melhor estimativapara a gestão da entidade;

� Utilização de projeções de fluxo de caixa baseadas embudgets/forecasts mais recentes aprovados pela gestão daentidade

� Detalhamento do fluxo de caixa: sugere-se um período de até 5 anos, anão ser que um período maior possa ser justificado.

� Utilização de projeções de fluxo de caixa acima dos 5 anosutilizando uma taxa constante ou declinante de crescimento,a não ser que um aumento seja justificável.

Contabilidade Internacional

Composição das estimativas para fluxos de caixafuturos

� As estimativas devem incluir:� Entradas de caixa pela utilização contínua do ativo;� Saídas de caixa que necessariamente ocorrerão para

manter o ativo em operação;� Fluxo de caixa líquido oriundo da venda do ativo ao final

de sua vida útil.

� As estimativas não devem incluir:� Reestruturação futura em que a entidade ainda não tenha

se comprometido;� Aumento da performance do ativo;

� Justificativa: o valor em uso deve ser calculado com base nas condições atuaisdo ativo.

Page 7: Contabilidade Societária 33 3 - intranet.fucape.brintranet.fucape.br/uploads/MATERIAIS_AULAS/29918-Apostila3.pdf · 3 Contabilidade Internacional Ativo–geraçãodebenefícioseconômicos

7

Contabilidade Internacional

Perdas por Impairment

� Devem ser reconhecidas se, e somente se, ovalor recuperável do ativo for menor do que seuvalor contábil;

� Nesta situação, o valor contábil deverá serreduzido ao valor recuperável;

� Tal redução corresponde a uma perda porimpairment.

Contabilidade Internacional

Reversão das perdas por impairment

� Caso alguma condição que levou a uma perda porimpairment não mais existir, a empresa poderárecalcular o valor recuperável do ativo;

� Caso o valor recuperável atual do ativo seja maior doque o contabilizado, a entidade poderá reverter a perdaanteriormente reconhecida;

� Limite da reversão: valor contábil do ativo.

� Exceção: perdas por impairment reconhecidas para ogoodwill não poderão ser revertidas.

Page 8: Contabilidade Societária 33 3 - intranet.fucape.brintranet.fucape.br/uploads/MATERIAIS_AULAS/29918-Apostila3.pdf · 3 Contabilidade Internacional Ativo–geraçãodebenefícioseconômicos

8

Contabilidade Internacional

Unidade Geradora de Caixa (UGC)

� Consiste no menor grupo identificável de ativos cujasentradas de caixa sejam altamente independentes dosdemais ativos.

� Pode ser um único ativo ou até um segmentooperacional;

� Caso haja impairment para uma UGC que corresponda aum grupo de ativos, a entidade deverá:� Primeiramente reconhecer uma redução do goodwill alocado a tal

unidade geradora de caixa;� Reduzir o valor contábil dos outros ativos pro-rata.

16

Provisões, Passivos Contingentes e Provisões, Passivos Contingentes e Provisões, Passivos Contingentes e Provisões, Passivos Contingentes e

Ativos Contingentes Ativos Contingentes Ativos Contingentes Ativos Contingentes –––– CPC 25CPC 25CPC 25CPC 25

Page 9: Contabilidade Societária 33 3 - intranet.fucape.brintranet.fucape.br/uploads/MATERIAIS_AULAS/29918-Apostila3.pdf · 3 Contabilidade Internacional Ativo–geraçãodebenefícioseconômicos

9

Passivo

� Definições;

� Reconhecimento;

� Mensuração.

Definições

� Provisão:� É um passivo de prazo ou de valor incertos.

� Passivo:� É uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos,

cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos da entidadecapazes de gerar benefícios econômicos.

� Evento que cria obrigação:� É um evento que cria uma obrigação legal ou não formalizada que faça

com que a entidade não tenha nenhuma alternativa realista senão liquidaressa obrigação.

Page 10: Contabilidade Societária 33 3 - intranet.fucape.brintranet.fucape.br/uploads/MATERIAIS_AULAS/29918-Apostila3.pdf · 3 Contabilidade Internacional Ativo–geraçãodebenefícioseconômicos

10

Definições

� Obrigação legal:� É uma obrigação que deriva de:

� (a) contrato (por meio de termos explícitos ou implícitos);� (b) legislação; ou� (c) outra ação da lei.

� Obrigação não formalizada:� É uma obrigação que decorre das ações da entidade em que:

� (a) por via de padrão estabelecido de práticas passadas, de políticas publicadas ou dedeclaração atual suficientemente específica, a entidade tenha indicado a outras partes queaceitará certas responsabilidades; e

� (b) em consequência, a entidade cria uma expectativa válida nessas outras partes de quecumprirá com essas responsabilidades.

Definições

� Passivo contingente é:� (a) uma obrigação possível que resulta de eventos passados e cuja

existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou maiseventos futuros incertos não totalmente sob controle da entidade; ou

� (b) uma obrigação presente que resulta de eventos passados, mas quenão é reconhecida porque:

� (i) não é provável que uma saída de recursos que incorporem benefícios econômicos sejaexigida para liquidar a obrigação; ou

� (ii) o valor da obrigação não pode ser mensurado com suficiente confiabilidade.

� Ativo contingente:� É um ativo possível que resulta de eventos passados e cuja existência será

confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futurosincertos não totalmente sob controle da entidade.

Page 11: Contabilidade Societária 33 3 - intranet.fucape.brintranet.fucape.br/uploads/MATERIAIS_AULAS/29918-Apostila3.pdf · 3 Contabilidade Internacional Ativo–geraçãodebenefícioseconômicos

11

Provisão e outros passivos

� As provisões são distinguidas dos outros passivos, poishá incerteza em relação ao prazo ou ao valor dodesembolso futuro;

� Outros passivos:� (a) as contas a pagar por conta de bens ou serviços fornecidos ou

recebidos e que tenham sido faturados ou formalmente acordados com ofornecedor;

� (b) passivos derivados de apropriações por competência (accruals) sãovalores a pagar por bens e serviços fornecidos ou recebidos, mas que nãotenham sido pagos, faturados ou formalmente acordados com ofornecedor, incluindo valores devidos a empregados (por exemplo, valoresrelacionados com pagamento de férias).

� Embora algumas vezes seja necessário estimar o valor ou prazo desses passivos, aincerteza é geralmente muito menor do que nas provisões.

Reconhecimento

� Uma provisão deverá ser reconhecida quando:

� (a) a entidade tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada)como resultado de evento passado;

� (b) seja provável que será necessária uma saída de recursos queincorporam benefícios econômicos para liquidar a obrigação; e

� (c) possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação.Asprovisões são distinguidas dos outros passivos, pois há incerteza emrelação ao prazo ou ao valor do desembolso futuro;

Page 12: Contabilidade Societária 33 3 - intranet.fucape.brintranet.fucape.br/uploads/MATERIAIS_AULAS/29918-Apostila3.pdf · 3 Contabilidade Internacional Ativo–geraçãodebenefícioseconômicos

12

Reconhecimento

� Passivo contingente:

� A entidade não deve reconhecer passivos contingentes;

� Os passivos contingentes devem ser divulgados em notas explicativas (anão ser que a possibilidade seja considerada como remota);

� Ativo contingente:

� A entidade não deve reconhecer ativos contingentes;� Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações contábeis, uma

vez que pode tratar-se de resultado que nunca venha a ser realizado. Porém,quando a realização do ganho é praticamente certa, então o ativo relacionado não éum ativo contingente e o seu reconhecimento é adequado.

Mensuração

� A entidade deve utilizar a melhor estimativa dodesembolso exigido para liquidar a obrigação;

� A entidade pode calcular o “valor esperado”, por meioda avaliação dos cenários possíveis;

� Ajuste a valor presente: deve ser realizado (a não serque os efeitos não sejam considerados como materiais).

Page 13: Contabilidade Societária 33 3 - intranet.fucape.brintranet.fucape.br/uploads/MATERIAIS_AULAS/29918-Apostila3.pdf · 3 Contabilidade Internacional Ativo–geraçãodebenefícioseconômicos

13

25

ReceitasReceitasReceitasReceitas

CPC 30CPC 30CPC 30CPC 30

RevenueRevenueRevenueRevenueIAS 18IAS 18IAS 18IAS 18

Definições

� Receita:

� É o ingresso bruto de benefícios econômicos durante o períodoproveniente das atividades ordinárias da entidade que resultamno aumento do seu patrimônio líquido, exceto as contribuiçõesdos proprietários.

� Income that arises in the course of ordinary activities of na entity and is referred to by avariety of different names including sales, fees, interest, dividends and royalties.

Page 14: Contabilidade Societária 33 3 - intranet.fucape.brintranet.fucape.br/uploads/MATERIAIS_AULAS/29918-Apostila3.pdf · 3 Contabilidade Internacional Ativo–geraçãodebenefícioseconômicos

14

Escopo – CPC 30

� Venda de produtos;

� Prestação de serviços;

� Utilização, por parte de terceiros, de ativos daentidade.

Venda de Bens

� O termo “bens” inclui bens produzidos pelaentidade com a finalidade de venda e benscomprados para revenda, tais comomercadorias compradas para venda no atacadoe no varejo, terrenos e outras propriedadesmantidas para revenda.

Page 15: Contabilidade Societária 33 3 - intranet.fucape.brintranet.fucape.br/uploads/MATERIAIS_AULAS/29918-Apostila3.pdf · 3 Contabilidade Internacional Ativo–geraçãodebenefícioseconômicos

15

Pretação de Serviços

� A prestação de serviços envolve tipicamente odesempenho da entidade em face da tarefa estabelecidacontratualmente a ser executada ao longo de umperíodo acordado entre as partes.

� Alguns serviços estão diretamente ligados a contratosde construção, os quais são tratados especificamentepela IAS 11 (CPC17) e, portanto, estão fora do escopoda IAS 18 (CPC 30).

Utilização, por parte de terceiros, deativos da entidade

� Juros (Interest):� Encargos pela utilização de caixa e equivalentes de caixa ou de

quantias devidas à entidade.

� Royalties:� Encargos pela utilização de ativos de longo prazo da entidade,

como, por exemplo: patentes, marcas, direitos autorais esoftware de computadores.

� Dividendos:� Distribuição de lucros a detentores de instrumentos patrimoniais

na proporção das suas participações em uma classe particular docapital.

Page 16: Contabilidade Societária 33 3 - intranet.fucape.brintranet.fucape.br/uploads/MATERIAIS_AULAS/29918-Apostila3.pdf · 3 Contabilidade Internacional Ativo–geraçãodebenefícioseconômicos

16

Receita - Venda de Produtos

� O reconhecimento da receita ocorrerá quandotodas as seguintes condições forem satisfeitas:

� A entidade transferiu ao comprador todos os riscos significativos;� A entidade não possui envolvimento na gestão do ativo

(usualmente associado à propriedade ou controle);� O montante da receita pode ser confiavelmente mensurado;� É provável que os benefícios econômicos associados à transação

irão para a entidade;� Os custos incorridos (ou os que serão incorridos) em relação à

transação podem ser confiavelmente mensurados.

Receita - Venda de Produtos

� Há risco significativo quando (exemplos):

� A entidade retém uma obrigação caso haja performanceinsatisfatória (não coberta pelas provisões normais);

� Quando a receita estiver condicionada à venda do produto peloseu comprador a um terceiro (bancas de revistas, por exemplo);

� Quando a instalação do bem ainda não ocorrida é partesignificativa do contrato de venda;

� Quando o comprador tem o direito de rescindir a compra por umarazão estipulada no contrato de venda para o qual a entidadeesteja incerta sobre a probabilidade de retorno.

Page 17: Contabilidade Societária 33 3 - intranet.fucape.brintranet.fucape.br/uploads/MATERIAIS_AULAS/29918-Apostila3.pdf · 3 Contabilidade Internacional Ativo–geraçãodebenefícioseconômicos

17

Receita – Prestação de Serviços

� O reconhecimento da receita ocorrerá quandotodas as seguintes condições forem satisfeitas:

� O montante da receita pode ser confiavelmente mensurado;� É provável que os benefícios econômicos associados à transação

irão para a entidade;� O estágio de cumprimento da transação pode ser confiavelmente

mensurado na data do balanço;� Os custos incorridos (ou os que serão incorridos) em relação à

transação podem ser confiavelmente mensurados.

Receita – Prestação de Serviços

� Métodos para avaliação do estágio decumprimento do contrato:

� Serviços realizados na data como porcentagem do total de serviçosa serem realizados;

� A proporção de custos incorridos na data em relação ao total doscustos estimados da transação;

Page 18: Contabilidade Societária 33 3 - intranet.fucape.brintranet.fucape.br/uploads/MATERIAIS_AULAS/29918-Apostila3.pdf · 3 Contabilidade Internacional Ativo–geraçãodebenefícioseconômicos

18

Receita – Juros, Royalties e Dividendos

� O reconhecimento da receita ocorrerá quandotodas as seguintes condições forem satisfeitas:

� O montante da receita pode ser confiavelmente mensurado;

� É provável que os benefícios econômicos associados à transaçãoirão para a entidade;

Receita – Juros, Royalties e Dividendos

� A receita deverá ser reconhecida conforme asseguintes bases:

� Juros: segundo o effective interest method (IAS 39);

� Royalties: com base no regime de competência, de acordo com asubstância do contrato;

� Dividendos: quando o direito do acionista de receber opagamento é estabelecido.

Page 19: Contabilidade Societária 33 3 - intranet.fucape.brintranet.fucape.br/uploads/MATERIAIS_AULAS/29918-Apostila3.pdf · 3 Contabilidade Internacional Ativo–geraçãodebenefícioseconômicos

19

37 37

Demonstração dos Fluxos de Caixa – CPC 03

38

Visão Geral

� Demonstrações Contábeis – lei 11.638/07

� Balanço Patrimonial (BP)

� Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)

� Demonstração do Resultado Abrangente

� Demonstração da Mutação do Patrimônio Líquido (DMPL)

� Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC)

� Demonstração do Valor Adicionado (DVA)� Somente para companhias abertas

Page 20: Contabilidade Societária 33 3 - intranet.fucape.brintranet.fucape.br/uploads/MATERIAIS_AULAS/29918-Apostila3.pdf · 3 Contabilidade Internacional Ativo–geraçãodebenefícioseconômicos

20

39

Visão Geral

� DFC

� Art. 176 (lei 11.638/07)

§ 6º A companhia fechada com patrimônio líquido,na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (doismilhões de reais) não será obrigada à elaboração epublicação da demonstração dos fluxos de caixa.

40

Visão Geral� DFC

� Art. 188. As demonstrações referidas nos incisos IVe V do caput do art. 176 desta Lei indicarão, nomínimo:I – demonstração dos fluxos de caixa – as alteraçõesocorridas, durante o exercício, no saldo de caixa eequivalentes de caixa, segregando-se essasalterações em, no mínimo, 3 (três) fluxos:a) das operações;b) dos financiamentos; ec) dos investimentos;

Page 21: Contabilidade Societária 33 3 - intranet.fucape.brintranet.fucape.br/uploads/MATERIAIS_AULAS/29918-Apostila3.pdf · 3 Contabilidade Internacional Ativo–geraçãodebenefícioseconômicos

21

41

Visão Geral

� DFC

� Lei 11.638/07

� CPC 03

� IAS 7

42

Visão Geral

� Definições

� Caixa compreende numerário em espécie e depósitos bancáriosdisponíveis.

� Equivalentes de caixa são aplicações financeiras de curto prazo,de alta liquidez, que são prontamente conversíveis em caixa eque estão sujeitas a um insignificante risco de mudança devalor.

� Fluxos de caixa são as entradas e saídas de caixa eequivalentes de caixa.

Page 22: Contabilidade Societária 33 3 - intranet.fucape.brintranet.fucape.br/uploads/MATERIAIS_AULAS/29918-Apostila3.pdf · 3 Contabilidade Internacional Ativo–geraçãodebenefícioseconômicos

22

43

Visão Geral

� Exemplo de apresentação – nota explicativa

20X2 20X1 Caixa e saldos em bancos 40 25 Aplicações financeiras de curto prazo 190 135 Caixa e equivalentes 230 160

Caixa e equivalentes de caixa consistem de numerário em mãos,saldos em poder de bancos e investimentos em instrumentos domercado financeiro. Caixa e equivalentes de caixa incluídos nademonstração do fluxo de caixa compreendem:

44

Visão Geral

� Definições� Atividades operacionais são as principais atividades geradoras de

receita da entidade e outras atividades diferentes das deinvestimento e de financiamento.

� Atividades de investimento são as referentes à aquisição e venda deativos de longo prazo e investimentos não incluídos nos equivalentesde caixa.

� Atividades de financiamento são aquelas que resultam em mudançasno tamanho e na composição do capital próprio e endividamento daentidade.

Page 23: Contabilidade Societária 33 3 - intranet.fucape.brintranet.fucape.br/uploads/MATERIAIS_AULAS/29918-Apostila3.pdf · 3 Contabilidade Internacional Ativo–geraçãodebenefícioseconômicos

23

45

Estrutura da DFC

Caixa + AC + ANC – PC – PNC = PL∆Caixa + ∆AC + ∆ANC –∆PC –∆PNC = ∆PLPortanto,∆Caixa = ∆PL – ∆AC + ∆PC –∆ANC + ∆PNC

.ANC

.Caixa

.AC.PC

.PNC

.PL

LL – dividendos + aumento de Capital

46

AtivoNão

Circulante

AtivoCirculante

PassivoCirculante

Passivo NãoCirculante

Patrimônio Líquido

Atividades Operacionais� Recebimentos de Clientes� Pagamentos a fornecedores� Pagamento de Salários etc

Atividades de Investimento�Aplicações Financeiras de Longo Prazo� Compras/Vendas de Imobilizado� Investimentos etc

Atividades de Financiamento� Empréstimos Obtidos� Emissão de Títulos de Dívida�Aumento de Capital (Emissão de Ações)� Pagamento de Dividendos etc

Estrutura da DFC (simplificação)

Page 24: Contabilidade Societária 33 3 - intranet.fucape.brintranet.fucape.br/uploads/MATERIAIS_AULAS/29918-Apostila3.pdf · 3 Contabilidade Internacional Ativo–geraçãodebenefícioseconômicos

24

47

Classificação das Operações

� A empresa deve escolher com cautela ascategorias de classificação

� A classificação deve ser consistente de ano paraano

� Exemplo:� Se os juros recebidos são classificados como atividades de investimento

no ano X1, deverão assim continuar no ano X2.� Pelo CPC 03 pode-se classificar os juros recebidos como decorrentes da

atividade operacional ou da atividade de investimentos.

48

Classificação das Operações

• Uma única transação pode originar duasclassificações diferentes para os fluxos de caixa deladecorrentes

� Exemplo:

� O pagamento de dívidas pode ter dois componentes:� A porção do repagamento do principal� atividades de financiamento

� O pagamento de juros� atividades opercionais ou financiamento

Page 25: Contabilidade Societária 33 3 - intranet.fucape.brintranet.fucape.br/uploads/MATERIAIS_AULAS/29918-Apostila3.pdf · 3 Contabilidade Internacional Ativo–geraçãodebenefícioseconômicos

25

49

•CPC 3

� Juros e dividendospagospodem ser classificados nas atividadesoperacionais ou de financiamento.

� Juros e dividendosrecebidospodem ser classificados nas atividadesoperacionais ou de investimento.

� Tratamento dosJSCPé idêntico ao dos dividendos.

Classificação das Operações

50

� Transações Não-Caixa

� As atividades de investimento e financiamento que nãoenvolvam caixa não devem ser incluídas na DFC

� Essas transações devem ser detalhadas em notas explicativas

� Exemplos� Conversão de Dívida em PL (debêntures conversíveis em ações)

� Emissão de ações para aquisição de Imobilizado

Classificação das Operações

Page 26: Contabilidade Societária 33 3 - intranet.fucape.brintranet.fucape.br/uploads/MATERIAIS_AULAS/29918-Apostila3.pdf · 3 Contabilidade Internacional Ativo–geraçãodebenefícioseconômicos

26

51

Visão Geral� Estrutura – 4 componentes

Resumo da Demonstração do Fluxo de Caixa 2006 2007

(1) Fluxos de Caixa das operações 13.929 20.347(2) Fluxos de Caixa dos investimentos (37.496) (18.777)(3) Fluxos de Caixa dos financiamentos 30.642 (9.220)

(4) Aumento/diminuição de caixa e equivalentes (1+2+3) 7.075 (7.650)(5) Caixa e equivalentes no início do período 2.703 9.778

(6) Caixa e equivalentes no final do período (4+5) 9.778 2.128

VALER$ Milhões

52

Forma de Apresentação da DFC

Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais

Entradas e Saídas de Caixa provenientes das Operações

Pode ser demonstrado por dois métodos:direto ou indireto

Fluxo de Caixa das Atividades de Investimento

Entradas e Saídas de Caixa originadas dos investimentos em ativos de longo prazo

Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamento

Entradas e Saídas de Caixa oriundas dos financiamentos da empresa

(=)(=) VariaçãoVariação LíquidaLíquida dede CaixaCaixa xxxxxxxxxxxxxx(+)(+) SaldoSaldo InicialInicial dede CaixaCaixa (conforme(conforme balançobalanço inicial)inicial) xxxxxxxxxxxxxx(=)(=) SaldoSaldo FinalFinal dede CaixaCaixa (conforme(conforme balançobalanço final)final) xxxxxxxxxxxxxx

Empresa Exemplo S.A.Demonstração dos Fluxos de Caixa

01.01.XX a 31.12.XX

Page 27: Contabilidade Societária 33 3 - intranet.fucape.brintranet.fucape.br/uploads/MATERIAIS_AULAS/29918-Apostila3.pdf · 3 Contabilidade Internacional Ativo–geraçãodebenefícioseconômicos

27

53

Forma de Apresentação da DFC

• CPC3.20 e IAS7.18

54

• CPC3 e IAS7

• Fluxos de caixa de juros, dividendos e juros sobre ocapital próprio recebidos e pagos devem serapresentados separadamente

• Fluxos de caixa de pagamentos de imposto de rendadevem ser apresentados separadamente, comoatividades operacionais, a não ser que possa seridentificado com atividades de financiamento ouinvestimento

Forma de Apresentação da DFC

Page 28: Contabilidade Societária 33 3 - intranet.fucape.brintranet.fucape.br/uploads/MATERIAIS_AULAS/29918-Apostila3.pdf · 3 Contabilidade Internacional Ativo–geraçãodebenefícioseconômicos

28

55

� Diferença entre Método Direto e Indireto:

� Apresentação do Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais

� Método Direto:� Descreve quais foram os recebimentos e pagamentos

operacionais do período

� Exemplos: recebimento de clientes, pagamento de fornecedores, pagamento de salários e impostos

� Mais simples de ser entendido por usuários sem conhecimentos contábeis específicos

� Recomendado pelo IAS7 e CPC3

Forma de Apresentação da DFC

56

Métodos de Apresentação da DFC

� Método Direto:(a) Recebimentos de Clientes

(b) Juros Recebidos

(c) Dividendos Recebidos

(d) Caixa consumido pelas atividades operacionais (salários, gastos administrativos, etc)

(e) Pagamento a fornecedores

(f) Juros Pagos

(g) Impostos sobre a renda pagos

Podem ser atividades de investimento

Pode ser atividades de financiamento

Page 29: Contabilidade Societária 33 3 - intranet.fucape.brintranet.fucape.br/uploads/MATERIAIS_AULAS/29918-Apostila3.pdf · 3 Contabilidade Internacional Ativo–geraçãodebenefícioseconômicos

29

57

� Método Indireto:

Resultado Líquido do Exercício

(+/-) Despesas/Receitas que não representam saídas/entradas de caixa

� Ex: depreciação, amortização, REP

(+/-) Variações dos Ativos e Passivos Operacionais

� Ex: (-) aumento de clientes

(+) diminuição de estoques

(+) aumento de fornecedores

Métodos de Apresentação da DFC

58

Exemplo de DFC– Cia. 1Descrição das Contas 31.05.X0 30.06.X0

ATIVO CIRCULANTE

Disponível 100 120 Duplicatas a receber 150 200

Total do Ativo 250 320 PASSIVO

PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital 200 240 Lucros Acumulados 50 80

Total do Passivo 250 320

Demonstração do Resultado Junho/X0 Receita de Serviços 1.500 (-) Custo de Serviços Prestados (1.470) (=) Lucro Bruto 30 Lucro Líquido 30

Page 30: Contabilidade Societária 33 3 - intranet.fucape.brintranet.fucape.br/uploads/MATERIAIS_AULAS/29918-Apostila3.pdf · 3 Contabilidade Internacional Ativo–geraçãodebenefícioseconômicos

30

59

Demonstração das Entradas e Saídas de Caixa Junho/X0

Entradas (provenientes de)

Recebimento de Serviços 1.450

Aumento de Capital 40

Total das Entradas 1490

Saídas (pagamento de)

Gastos relativos aos Serviços Prestados 1.470

Total das Saídas 1.470

Aumento de Caixa 20

(+) Saldo inicial de Caixa 100

(=) Saldo final de Caixa 120

Exemplo de DFC– Cia. 1

60

Demonstração do Fluxo de Caixa Junho/X0

Atividades Operacionais

Recebimentos de Serviços 1.450

Gastos relativos aos Serviços Prestados (1.470)

Fluxo de Caixa das Operações (20)

Aumento de Capital 40

Fluxo de Caixa de Financiamentos 40

Aumento de Caixa 20

(+) Saldo inicial de Caixa 100

(=) Saldo final de Caixa 120

Exemplo de DFC– Cia. 1Método DIRETO

Page 31: Contabilidade Societária 33 3 - intranet.fucape.brintranet.fucape.br/uploads/MATERIAIS_AULAS/29918-Apostila3.pdf · 3 Contabilidade Internacional Ativo–geraçãodebenefícioseconômicos

31

61

Demonstração do Fluxo de Caixa Junho/X0

Atividades Operacionais

Lucro do Período 30

(-) Aumento de Duplicatas a Receber (50)

Fluxo de Caixa das Operações (20)

Aumento de Capital 40

Fluxo de Caixa de Financiamentos 40

Aumento de Caixa 20

(+) Saldo inicial de Caixa 100

(=) Saldo final de Caixa 120

Exemplo de DFC– Cia. 1Método INDIRETO

62

Exemplo de DFC– Cia. 2Descrição das Contas 31.03.X0 30.04.X0

ATIVO CIRCULANTE

Disponível 100 220 Estoques 370 300

Total do Ativo 470 520 PASSIVO

CIRCULANTE Fornecedores 200 240

PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital 150 150 Lucros Acumulados 120 130

Total do Passivo 470 520

Demonstração do Resultado Abril/X0 Receita de Vendas 1.000 (-) Custo das Mercadorias Vendidas (990) (=) Lucro Bruto 10 Lucro Líquido 10

Page 32: Contabilidade Societária 33 3 - intranet.fucape.brintranet.fucape.br/uploads/MATERIAIS_AULAS/29918-Apostila3.pdf · 3 Contabilidade Internacional Ativo–geraçãodebenefícioseconômicos

32

63

Demonstração das Entradas e Saídas de Caixa Abril/X0

Entradas (provenienetes de)

Recebimento de Vendas 1.000

Total das Entradas 1.000

Saídas

Pagamento de Compras (Fornecedores) (880)

Total das Saídas (880)

Aumento de Caixa 120

(+) Saldo inicial de Caixa 100

(=) Saldo final de Caixa 220

Exemplo de DFC– Cia. 2

64

Demonstração do Fluxo de Caixa Abril/X0

Atividades Operacionais

Recebimentos de Vendas 1.000

Pagamentos de Compras (Fornecedores) (880)

Fluxo de Caixa das Operações 120

Aumento de Caixa 120

(+) Saldo inicial de Caixa 100

(=) Saldo final de Caixa 220

Exemplo de DFC– Cia. 2Método DIRETO

Page 33: Contabilidade Societária 33 3 - intranet.fucape.brintranet.fucape.br/uploads/MATERIAIS_AULAS/29918-Apostila3.pdf · 3 Contabilidade Internacional Ativo–geraçãodebenefícioseconômicos

33

65

Demonstração do Fluxo de Caixa Abril/X0

Atividades Operacionais

Lucro do Período 10

(+) Aumento de Fornecedores 40

(+) Diminuição de Estoques 70

Fluxo de Caixa das Operações 120

Aumento de Caixa 120

(+) Saldo inicial de Caixa 100

(=) Saldo final de Caixa 220

Método INDIRETO

Exemplo de DFC– Cia. 2

66

Tópicos Especiais� Ajustes ao Lucro Líquido

����Depreciações e Amortizações;����Resultado de Equivalência Patrimonial;����Juros de Longo Prazo;����Variação Cambial;����Resultado na venda de investimentos, ativo

imobilizado ou intangível;