contabilidade societária

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  • MDULO DE:

    CONTABILIDADE SOCIETRIA

    AUTORIA:

    Me. Ethel Bianchine Areal

    Copyright 2009, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil

  • Copyright 2009, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil

    2

    Mdulo de: Contabilidade Societria

    Autoria: Me. Ethel Bianchine Areal

    Primeira edio: 2009

    CITAO DE MARCAS NOTRIAS

    Vrias Marcas Registradas So Citadas No Contedo Deste Mdulo. Mais Do Que

    Simplesmente Listar Esses Nomes E Informar Quem Possui Seus Direitos De Explorao Ou

    Ainda Imprimir Logotipos, O Autor Declara Estar Utilizando Tais Nomes Apenas Para Fins

    Editoriais Acadmicos.

    Declara ainda, que sua utilizao tem como objetivo, exclusivamente na aplicao didtica,

    beneficiando e divulgando a marca do detentor, sem a inteno de infringir as regras bsicas

    de autenticidade de sua utilizao e direitos autorais.

    E Por Fim, Declara Estar Utilizando Parte De Alguns Circuitos Eletrnicos, Os Quais Foram

    Analisados Em Pesquisas De Laboratrio E De Literaturas J Editadas, Que Se Encontram

    Expostas Ao Comrcio Livre Editorial.

    Copyright 2009, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil

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    Apresentao Por meio da contabilidade societria, realiza-se o estudo das particularidades contidas na

    Lei das Sociedades por Aes.

    No mdulo Contabilidade Societria vamos estudar como identificar, mensurar e evidenciar

    os eventos econmicos e seus reflexos na contabilidade, visando a compreenso das

    informaes divulgadas nos relatrios contbeis e financeiros de uma empresa, de acordo

    com a estrutura patrimonial dada com a nova lei das sociedades por aes Lei 11.638/07.

    Em funo da nova realidade da economia brasileira, tendo em vista o processo de

    globalizao dos mercados, a lei 11.638/07 foi criada com a finalidade de eliminar algumas

    barreiras regulatrias que impediam a insero total das empresas ou companhias abertas

    no processo de convergncia contbil internacional.

    Estaremos estudando, de acordo com o processo de convergncia da lei societria brasileira

    com as normas internacionais de contabilidade, a composio de ativos e passivos,

    demonstrao de resultados do exerccio, alm tpicos relevantes e que influenciam a

    modificao do patrimnio de uma empresa. Destaque para o estudo dos captulos que

    tratam do Ativo Intangvel, Leasing, critrios de Avaliao Patrimonial, Demonstrao do

    Fluxo de Caixa, Balano Social e Demonstrao do Valor Adicionado.

    Espero que consigam atingir os objetivos. Bom estudo.

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    Objetivo Capacitar o discente a identificar, mensurar e evidenciar os eventos econmicos e seus

    reflexos na contabilidade, possibilitando a compreenso das informaes contbeis

    divulgadas pela empresa, tendo em vista as recentes alteraes introduzidas pela Lei n.

    11.638/07 na Lei das sociedades por aes, bem como MP n 449/08 e deliberao CVM n

    565/08.

    Ementa Estrutura Conceitual; Adoo Inicial da Lei 11.638/07; Apresentao das Demonstraes

    Financeiras; Demonstrao dos Fluxos de Caixa; Demonstrao do Valor Adicionado;

    Divulgao de Partes Relacionadas; Valor Justo (Fair Value); Ajuste a Valor Presente;

    Arrendamento Mercantil; Consolidao; Investimentos em Coligadas; Ativos Intangveis.

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    Sobre o Autor Formao Acadmica:

    Mestrado: Cincias Contbeis FUCAPE Fundao Instituto Capixaba de Pesquisas em

    Contabilidade, Economia e Finanas Vitria ES - Concluso: 2004

    Especializao: Contabilidade Gerencial UFES - Universidade Federal do Esprito Santo -

    Concluso: 2001

    Graduao: Cincias Contbeis UFES Universidade Federal do Esprito Santo

    Concluso: 1986

    Experincia profissional:

    Desenvolvimento de atividades em empresas de grande porte como BANDES Banco de

    Desenvolvimento do Esprito Santo, Grupo COIMEX e DISA Destilaria Itanas S.A. atuando

    nas rea de Oramento e Custos, Controle, Contabilidade Gerencial e como professora em

    cursos de graduao em Cincias Contbeis e Administrao de Empresas.

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    SUMRIO UNIDADE 1 ............................................................................................................................ 11

    CONTABILIDADE SOCIETRIA E A LEI 11.638/07 ............................................................. 11

    Aspectos Introdutrios ......................................................................................................... 11 Norma Tributria versus Norma Contbil .......................................................................... 12

    UNIDADE 2 ............................................................................................................................ 13

    TIPOS DE SOCIEDADES ...................................................................................................... 13

    Conceitos ............................................................................................................................ 13 Tipos de sociedades: .......................................................................................................... 13

    UNIDADE 3 ............................................................................................................................ 19

    ENQUADRAMENTO SOCIETRIO NA LEI 11.638/07 ......................................................... 19

    Aspectos Introdutrios ......................................................................................................... 19 Aplicao da Lei 11.638/07 ................................................................................................. 19 Definio de Grande Porte e Tetos Patrimoniais ................................................................ 22

    UNIDADE 4 ............................................................................................................................ 24

    PRINCPIOS FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADE ......................................................... 24

    Princpios Contbeis ........................................................................................................... 24 Convenes Contbeis - Restries aos Princpios ........................................................... 29

    UNIDADE 5 ............................................................................................................................ 31

    DEMONSTRAES CONTBEIS ........................................................................................ 31

    Exerccio Social ................................................................................................................... 31 Demonstraes Financeiras Obrigatrias ........................................................................... 31 Demonstraes Comparativas ............................................................................................ 32 Demonstraes Complementares ....................................................................................... 32 Escriturao Contbil .......................................................................................................... 34

    UNIDADE 6 ............................................................................................................................ 35

    BALANO PATRIMONIAL .................................................................................................... 35

    Aspectos Introdutrios ......................................................................................................... 35 Classificao no Ativo ......................................................................................................... 37 Classificao no Passvel Exigvel ...................................................................................... 38

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    Patrimnio Lquido .............................................................................................................. 38

    UNIDADE 7 ............................................................................................................................ 43

    ATIVO CIRCULANTE E NO CIRCULANTE ........................................................................ 43

    Ativo Circulante ................................................................................................................... 43 Ativo No Circulante............................................................................................................ 45

    UNIDADE 8 ............................................................................................................................ 47

    INVESTIMENTOS MTODO DA EQUIVALNCIA PATRIMONIAL ................................... 47

    Aspectos Introdutrios ......................................................................................................... 47 Equivalncia Patrimonial ..................................................................................................... 48 Coligao e Controle ........................................................................................................... 48 Investimento Relevante ....................................................................................................... 49 Investimentos Influentes ...................................................................................................... 49

    UNIDADE 9 ............................................................................................................................ 53

    INVESTIMENTOS MTODO DO CUSTO DE AQUISIO. ............................................... 53

    Aspectos Introdutrios ......................................................................................................... 53 Avaliao pelo Mtodo do Custo ......................................................................................... 53

    UNIDADE 10 .......................................................................................................................... 56

    IMOBILIZADO ........................................................................................................................ 56

    Aspectos introdutrios ......................................................................................................... 56 Classificao Contbil das Contas do Imobilizado .............................................................. 57 Avaliao do Imobilizado ..................................................................................................... 60

    UNIDADE 11 .......................................................................................................................... 62

    INTANGVEIS ......................................................................................................................... 62

    Aspectos introdutrios ......................................................................................................... 62 Identificao de um ativo intangvel .................................................................................... 62 Avaliao de Intangveis ..................................................................................................... 63

    UNIDADE 12 .......................................................................................................................... 65

    DIFERIDO ............................................................................................................................... 65

    Aspectos Introdutrios ......................................................................................................... 65 Amortizao ........................................................................................................................ 65 Extino do Ativo Diferido ................................................................................................... 66

    UNIDADE 13 .......................................................................................................................... 67

    LEASING ................................................................................................................................ 67

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    Aspectos Introdutrios ......................................................................................................... 67 Arrendamento Financeiro .................................................................................................... 69 Impairment .......................................................................................................................... 71 Arrendamento Operacional ................................................................................................. 72

    UNIDADE 14 .......................................................................................................................... 74

    PASSIVO EXIGVEL .............................................................................................................. 74

    Aspectos Introdutrios ......................................................................................................... 74 Composio do Passivo Exigvel ........................................................................................ 74

    UNIDADE 15 .......................................................................................................................... 76

    AVALIAO PATRIMONIAL ................................................................................................. 76

    Aspectos Introdutrios ......................................................................................................... 76 Avaliao de Ativos ............................................................................................................. 76 Avaliao do Passivo .......................................................................................................... 79

    UNIDADE 16 .......................................................................................................................... 80

    PATRIMNIO LQUIDO ......................................................................................................... 80

    Aspectos Introdutrios ......................................................................................................... 80 a) Capital Social .................................................................................................................. 80 b) Reservas de Capital ........................................................................................................ 82 c) Ajustes de Avaliao Patrimonial .................................................................................... 82 d) Reservas de Lucros ........................................................................................................ 83 e) Aes em Tesouraria ...................................................................................................... 84 f) Prejuzos Acumulados ..................................................................................................... 86

    UNIDADE 17 .......................................................................................................................... 88

    DEMONSTRAO DE LUCROS OU PREJUZOS ACUMULADOS .................................... 88

    Aspectos Introdutrios ......................................................................................................... 88 Estrutura da Demonstrao dos Lucros ou Prejuzos Acumulados .................................... 90

    UNIDADE 18 .......................................................................................................................... 93

    DEMONSTRAO DAS MUTAES DO PATRIMNIO LQUIDO ..................................... 93

    Objetivo: Demonstrar os conceitos e a elaborao da Demonstrao das mutaes do Patrimnio Lquido Aspectos Introdutrios .......................................................................... 93 Estrutura .............................................................................................................................. 95 Mudanas Previstas na Legislao ..................................................................................... 97

    UNIDADE 19 ........................................................................................................................ 101

    DEMONSTRAO DO RESULTADO DO EXERCCIO ...................................................... 101

    Aspectos Introdutrios ....................................................................................................... 101

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    Modelo da Demonstrao do Resultado do Exerccio ...................................................... 102

    UNIDADE 20 ........................................................................................................................ 108

    DIVIDENDOS ....................................................................................................................... 108

    Aspectos Introdutrios ....................................................................................................... 108 Dividendo Obrigatrio ........................................................................................................ 108 Clculo do Dividendo na hiptese de omisso do estatuto ............................................... 110

    UNIDADE 21 ........................................................................................................................ 112

    JUROS SOBRE O CAPITAL PRPRIO .............................................................................. 112

    Aspectos Introdutrios ....................................................................................................... 112 Limites de dedutibilidade ................................................................................................... 112 Tratamento do IR, na fonte. .............................................................................................. 113 Contabilizao dos Juros .................................................................................................. 113

    UNIDADE 22 ........................................................................................................................ 114

    DISSOLUO, LIQUIDAO E EXTINO. ..................................................................... 114

    Aspectos Introdutrios ....................................................................................................... 114 Dissoluo ......................................................................................................................... 114 Liquidao ......................................................................................................................... 115 Extino ............................................................................................................................ 116

    UNIDADE 23 ........................................................................................................................ 118

    TRANSFORMAO ............................................................................................................ 118

    Aspectos Introdutrios ....................................................................................................... 118

    UNIDADE 24 ........................................................................................................................ 120

    CISO, FUSO E INCORPORAO DE SOCIEDADES. .................................................. 120

    Aspectos Introdutrios ....................................................................................................... 120 Ciso ................................................................................................................................. 121 Fuso ................................................................................................................................ 121 Incorporao ..................................................................................................................... 121

    UNIDADE 25 ........................................................................................................................ 122

    DEMONSTRAES CONSOLIDADAS ............................................................................... 122

    Conceitos e Objetivos ....................................................................................................... 122 Procedimentos de Consolidao ....................................................................................... 122

    UNIDADE 26 ........................................................................................................................ 126

    TRANSAES ENTRE PARTES RELACIONADAS .......................................................... 126

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    Aspectos Introdutrios ....................................................................................................... 126 Disclosure ......................................................................................................................... 127

    UNIDADE 27 ........................................................................................................................ 129

    DEMONSTRAO DOS FLUXOS DE CAIXA .................................................................... 129

    Aspectos Introdutrios ....................................................................................................... 129 Principais Transaes que afetam o Caixa ....................................................................... 130 Mtodos de Elaborao .................................................................................................... 131 Mtodo Indireto ................................................................................................................. 134

    UNIDADE 28 ........................................................................................................................ 137

    DEMONSTRAO DO VALOR ADICIONADO ................................................................... 137

    Aspectos Introdutrios ....................................................................................................... 137 Elaborao e Preenchimento ............................................................................................ 139

    UNIDADE 29 ........................................................................................................................ 142

    BALANO SOCIAL ............................................................................................................. 142

    Aspectos Introdutrios ....................................................................................................... 142 Princpios e Critrios para elaborao do Balano Social ................................................. 143

    UNIDADE 30 ........................................................................................................................ 145

    GRUPOS DE SOCIEDADES E CONSRCIO ..................................................................... 145

    Aspectos Introdutrios ....................................................................................................... 145 Grupo de sociedades ........................................................................................................ 145 Consrcio .......................................................................................................................... 146

    GLOSSRIO ........................................................................................................................ 148

    BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................... 149

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    UNIDADE 1 Contabilidade Societria e a Lei 11.638/07

    Objetivo: Expor as consideraes iniciais sobre a alterao na Lei das Sociedades por aes

    e seus impactos na contabilidade.

    Aspectos Introdutrios

    Por meio da Contabilidade Societria, realiza-se o estudo das particularidades contidas na

    Lei das Sociedades por Aes. Em 28 de dezembro de 2007, o governo publicou a Lei n

    11.638 que alterou, revogou e introduziu novos dispositivos Lei n 6.404 de 15 de

    dezembro de 1976. A Lei n 11.638 serve de base para todos os tipos societrios elencados

    pela Lei 10.406/02, Cdigo Civil.

    Em funo da nova realidade da economia brasileira, tendo em vista o processo de

    globalizao dos mercados bem como a clara evoluo, em mbito mundial dos princpios de

    contabilidade, a lei 11.638/07 tem a finalidade de eliminar algumas barreiras regulatrias que

    impediam a insero total das companhias abertas no processo de convergncia contbil

    internacional. A Lei 11.638/07 vem aumentar o grau de transparncia das demonstraes

    financeiras em geral, inclusive em relao s denominadas sociedades de grande porte no

    constitudas sob a forma de sociedade por aes.

    A Contabilidade Societria est presente em todas as entidades juridicamente constitudas e

    vem passando por transformaes acentuadas, principalmente em decorrncia do processo

    de harmonizao internacional dos mtodos contbeis. Nos ltimos dois anos a criao do

    Comit de Pronunciamentos Contbeis CPC, a alterao da Lei das Sociedades por Aes

    atravs da Lei n 11.638 e da Medida Provisria 449, marcaram a edio e a retificao de

    incontveis normativos relacionados ao estudo desta disciplina.

    A Lei 11.638/07 apresenta em seu texto mudanas e a transio de uma Contabilidade

    meramente fiscal para uma Contabilidade voltada ao mercado, que gestores usaro para

    suas decises, fortalecendo tambm a classe contbil. As regras de classificao contbil

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    so de fato muito diferentes, demandando estudos e treinamentos para que todos os

    profissionais compreendam exatamente as mudanas que aliam a contabilidade brasileira s

    normas internacionais de contabilidade. Acompanhamento e ateno aos Pronunciamentos

    Contbeis emitidos pelo CPC - Comit de Pronunciamentos Contbeis, normas emitidas pela

    CVM (Comisso de Valores Mobilirios) e CFC - Conselho Federal de Contabilidade so de

    fundamental importncia.

    Norma Tributria versus Norma Contbil

    Conflito entre Norma Tributria e Norma Contbil.

    As disposies da lei tributria que conduzam utilizao de mtodos ou critrios contbeis

    diferentes no elidem a obrigao de elaborar demonstraes financeiras em consonncia

    com a norma societria. Os ajustes devero ser realizados de acordo com as alternativas a

    seguir:

    a) em livros fiscais auxiliares, como LALUR (Livro de Apurao do Lucro Real), sem

    modificao da escriturao mercantil (dirio).

    b) no caso da elaborao das demonstraes para fins tributrios, na escriturao

    mercantil, desde que sejam efetuados em seguida lanamentos contbeis adicionais

    que assegurem a preparao e a divulgao de demonstraes financeiras com

    observncia da norma societria, devendo ser essas demonstraes auditadas por

    auditor independente registrado na CVM (Comisso de Valores Mobilirios).

    A empresa que adotar a alternativa b, em relao aos lanamentos contbeis adicionais

    efetuados aps o levantamento da demonstrao de resultado tributrio, estes no tero

    quaisquer efeitos tributrios.

    Diante do exposto acima, recomendvel a adoo da soluo a, com manuteno do

    LALUR, por questes prticas e para evitar custos administrativos adicionais decorrentes das

    alteraes citadas.

    Outras alteraes trazidas pela lei 11.638/07 sero oportunamente abordadas nos tpicos

    adequado.

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    13

    UNIDADE 2 Tipos de Sociedades Objetivo: Apresentar os tipos societrios de acordo com o Novo Cdigo Civil.

    Conceitos

    Sociedades no personificadas:

    Sociedade Comum;

    Sociedade em Conta de Participao.

    Personificada:

    Empresria;

    Simples;

    Cooperativas.

    Sociedades no personificadas so constitudas de formal oral e documental, porm no

    registrada.

    Sociedade personificada legalmente constituda e registrada no rgo competente,

    passando a ser denominada pessoa jurdica.

    Tipos de sociedades:

    Sociedade Comum

    Os scios respondem solidria e ilimitadamente pelas obrigaes, mas uma

    sociedade irregular;

    Sociedade em Conta de Participao

    Scio ostensivo: o empreendedor dirige o negcio e assume todas as

    responsabilidades;

    Scios participantes: investidores.

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    14

    Sociedade Empresria

    Atividade prpria de empresrio com registro na junta comercial e se divide em:

    Sociedade em Nome Coletivo;

    Sociedade em Comandita Simples;

    Sociedade Limitada;

    Sociedade por Aes;

    Sociedade em Comandita por Aes.

    Sociedade em Nome Coletivo

    Somente pessoas fsicas;

    Todos os scios respondem solidrios e ilimitadamente pelas obrigaes sociais;

    A administrao da sociedade compete exclusivamente aos scios, sendo o uso da

    firma, nos limites do contrato, privativo dos que tenham os necessrios poderes;

    Sem prejuzo da responsabilidade perante terceiros, podem os scios, no ato

    constitutivo, ou por unnime conveno posterior, limitar entre si a

    responsabilidade de cada um.

    Sociedade em Comandita Simples

    Scio comanditados:

    Pessoas fsicas;

    Responsabilidade solidria e ilimitada.

    Scios comanditrios:

    Responsveis somente pelo valor de sua quota;

    O contrato deve discriminar os scios comanditados e os comanditrios;

    O scio comanditrio no pode praticar ato de gesto, nem ter o nome na firma

    social.

    Pode o comanditrio ser constitudo procurador da sociedade para negcio determinado e

    com poderes especiais.

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    15

    Sociedade limitada

    Sociedade Empresria:

    Responsabilidade de cada scio restrita ao valor das quotas, mas todos

    respondem solidariamente pela integrao do Capital Social;

    O Contrato Social poder prever a regncia supletiva da sociedade limitada pelas

    normas da sociedade annima;

    O Capital Social divide-se em quotas, iguais ou desiguais;

    administrada por uma ou mais pessoas designadas no Contrato Social ou em ato

    separado;

    Se o contrato permitir administradores no scios, a designao deles depender

    de aprovao da unanimidade dos scios, enquanto o capital no estiver

    integralizado, e de dois teros, no mnimo, aps a integralizao;

    O administrador designado em ato separado investir-se- no cargo mediante termo

    de posse no livro de atas da administrao;

    O exerccio de administrador cessa pela destituio, em qualquer tempo, do titular,

    ou pelo trmino do prazo se, fixado no contrato ou em ato separado, no houver

    reconduo.

    Ao trmino de cada exerccio social proceder-se- elaborao do:

    Inventrio;

    Balano patrimonial;

    Demonstrao do Resultado do Exerccio.

    Sem prejuzo dos poderes da assembleia dos scios, pode o contrato instituir

    conselho fiscal composto de trs ou mais membros e respectivos suplentes, scios ou no,

    residentes no pas, eleitos na Assembleia Anual.

    Dependem da deliberao dos scios:

    A aprovao das contas da administrao;

    A designao dos administradores, quando feita em separado;

    A destituio dos administradores;

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    16

    O modo de sua remunerao (quando no estabelecido no contrato);

    A modificao do Contrato Social;

    A incorporao, a fuso e a dissoluo da sociedade, ou a cessao do estado de

    liquidao;

    A nomeao e a destituio dos liquidantes e o julgamento de suas contas;

    O pedido de concordata;

    As deliberaes dos scios sero tomadas em reunio ou assembleia, conforme

    previsto no Contrato Social.

    Sociedade por Aes

    Constituio:

    Subscrio, pelo menos por duas pessoas, de todas as aes em que se divide o

    capital social fixado no estatuto;

    Realizao, como entrada, de 10%, no mnimo, do preo de emisso das aes,

    em dinheiro;

    Depsitos, no Banco do Brasil S.A., ou em outro estabelecimento bancrio

    autorizado pela comisso de valores mobilirios CVM, da parte do capital

    realizado em dinheiro.

    Na Sociedade Annima ou Companhia, o capital divide-se em aes, obrigando-se cada

    scio ou acionista somente pelo preo de emisso das aes que subscrever ou adquirir

    sempre uma sociedade empresria;

    A sociedade designada pela expresso companhia ou sociedade annima,

    expressas por extenso ou abreviadas;

    A companhia pode ter por objetivo participar de outras sociedades, ainda que tal

    participao no esteja prevista no estatuto;

    A participao facultada como meio de realizar o objeto social, ou beneficiar-se

    de incentivos fiscais.

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    17

    Sociedade Simples

    Constituio:

    Constituda para a explorao de atividade de prestao de servios decorrentes

    de atividade intelectual: contadores, advogados, mdicos, dentistas, engenheiros,

    etc.;

    De maneira geral, atividades de natureza cientfica, literria, artstica e intelectual

    enquadram-se como simples;

    So registradas no Cartrio e Registro Civil de Pessoas Jurdicas.

    As sociedades simples podem ser estabelecidas segundo os mesmos tipos que as

    sociedades empresrias:

    Sociedade limitada;

    Sociedade em nome coletivo;

    Sociedade em comandita simples;

    Sociedade cooperativa:

    Regidas pelo NCC - Novo Cdigo Civil e por legislao especial (Lei n 5.764/71)

    Caractersticas:

    Variabilidade, ou dispensa do Capital Social;

    Concurso de scios em nmero mnimo necessrio a compor a administrao da

    sociedade, sem limitao de nmero mximo;

    Limitao do valor da soma de quotas do capital social que cada scio poder

    tomar;

    Intransferibilidade das quotas do capital a terceiros, estranhos sociedade, ainda

    que por herana;

    Qurum, para a Assembleia Geral funcionar e deliberar, fundado no nmero de

    scios presentes reunio, e no do capital social representado;

    Direito de cada participante a um s voto nas deliberaes, tenha ou no capital a

    sociedade, e qualquer que seja o valor de sua participao;

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    18

    Distribuio dos resultados, proporcionalmente ao valor das operaes efetuadas

    pelo scio com a sociedade, podendo ser atribudo juro fixo ao capital realizado;

    Indivisibilidade do fundo de reserva entre scios, ainda que em caso de dissoluo

    da sociedade.

    A responsabilidade dos scios pode ser:

    Limitada: limitada a responsabilidade na cooperativa em que o scio responde

    somente pelo valor de suas quotas e pelo prejuzo verificado nas operaes

    sociais, guardada a proporo de sua participao nas mesmas operaes;

    Ilimitada: ilimitada a responsabilidade na cooperativa em que o scio responde

    solidria e ilimitadamente pelas obrigaes sociais.

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    UNIDADE 3 Enquadramento Societrio na Lei 11.638/07

    Objetivo: Expor o enquadramento do porte empresarial a partir da implementao da Lei

    11.638/07, bem como a repercusso contbil devida em cada caso.

    Aspectos Introdutrios

    Para correta interpretao e aplicao das novas disposies legais fundamental identificar

    o tipo societrio da empresa e que tipo de repercusso contbil-societria ocorrer na

    escriturao contbil (lanamentos no livro dirio), na elaborao das demonstraes

    financeiras e na publicao das demonstraes financeiras.

    1. S.A.s de Capital Aberto

    2. S.A.s de Capital Fechado Grande Porte

    3. S.A.s de Capital Fechado PL Reduzido

    4. S.A.s de Capital Fechado PL Elevado

    5. Sociedades LTDA Grande Porte

    6. Sociedades LTDA Pequeno e Mdio Porte

    Aplicao da Lei 11.638/07

    S/A de Capital Aberto: sociedade annima de capital aberto aquela cujos valores

    mobilirios de sua emisso (ex.: aes e debntures) so negociadas no mercado, com

    registro prvio na CVM (rgo regulador) e os seus acionistas respondem apenas pelo valor

    da participao subscrita ou adquirida.

    Aplicao devem observar em pleno todas as novas exigncias de escriturao contbil,

    elaborao de demonstraes financeiras e a correspondente publicao, ou seja, aplica-se

    toda a Lei 11.638/07.

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    S/A de Capital Fechado-Grande Porte: sociedade annima de capital fechado aquela

    cujos valores mobilirios de sua emisso (ex.: aes e debntures) no so negociadas no

    mercado e os seus acionistas respondem apenas pelo valor da participao subscrita ou

    adquirida. Ser de Grande Porte se ultrapassar os limites legais de ativo ou receita.

    Aplicao deve observar em pleno todas as novas exigncias de escriturao contbil e

    elaborao de demonstraes financeiras ficando dispensada apenas da DVA

    Demonstrao do Valor Adicionado.

    Consideraes acerca de normatizaes e exigncias regulatrias para as S/As de Capital

    Fechado-Grande Porte:

    esto sujeitas as atuais e futuras normatizaes da CVM de natureza estritamente

    contbil (e no fiscalizatrias) e as suas demonstraes financeiras se sujeitaro a

    auditoria independente;

    estaro sujeitas ao prvio registro e decorrente fiscalizao da CVM apenas na

    hiptese de decidirem pelo lanamento de seus ttulos no mercado (abertura de

    capital);

    so obrigadas a publicar as suas demonstraes contbeis.

    S/A Capital Fechado - PL Elevado: a sociedade annima de capital fechado aquela cujos

    valores mobilirios (ex.: aes e debntures) no so negociadas no mercado e os seus

    acionistas respondem apenas pelo valor da participao subscrita ou adquirida. Considera-

    se S/A de Capital Fechado PL Elevado, a sociedade annima que apresentar PL superior a

    R$ 2.000.000,00;

    Aplicao - deve observar em pleno todas as novas exigncias de escriturao contbil e

    elaborao de demonstraes financeiras ficando dispensada apenas da DVA

    Demonstrao do Valor Adicionado.

    Consideraes acerca de normatizaes e exigncias regulatrias para as S/As de Capital

    Fechado-PL Elevado:

    esto sujeitas as atuais e futuras normatizaes da CFC (Conselho Federal de

    Contabilidade), de natureza estritamente contbil e as suas demonstraes financeiras

    no se sujeitaro a auditoria independente;

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    estaro sujeitas ao prvio registro e decorrente fiscalizao da CVM apenas na

    hiptese de decidirem pelo lanamento de seus ttulos no mercado (abertura de capital);

    S/A de Capital Fechado - PL Reduzido: a sociedade annima de capital fechado aquela

    cujos valores mobilirios (ex.: aes e debntures) no so negociadas no mercado e os

    seus acionistas respondem apenas pelo valor da participao subscrita ou adquirida.

    H dois tetos mnimos de PL conforme apresentado a seguir:

    PL inferior a R$ 1.000.000,00 - apresentando em seu quadro menos de vinte

    acionistas fica dispensada de publicar, em pleno, as demonstraes financeiras;

    PL inferior a R$ 2.000.000,00 no ser obrigada a elaborar a DFC (Demonstrao do

    Fluxo de Caixa);

    As companhias fechadas (nas duas modalidades de PL acima) ficam dispensadas de

    elaborar a DVA (Demonstrao do Valor Adicionado).

    Consideraes acerca de normatizaes e exigncias regulatrias para as S/As de Capital

    Fechado-PL Reduzido:

    esto sujeitas as atuais e futuras normatizaes da CFC (Conselho Federal de

    Contabilidade), de natureza estritamente contbil e as suas demonstraes financeiras

    no se sujeitaro a auditoria independente;

    estaro sujeitas ao prvio registro e decorrente fiscalizao da CVM apenas na

    hiptese de decidirem pelo lanamento de seus ttulos no mercado (abertura de capital);

    Sociedade Limitada Grande Porte: Sociedade cujas quotas no so negociadas no

    mercado e seus scios respondem solidariamente pela integralizao do valor total do capital

    social. Ser de Grande Porte se ultrapassar os limites legais de ativo ou receita.

    Aplicao deve observar em pleno as novas exigncias de escriturao contbil, elaborar

    as demonstraes no novo perfil, ficando dispensadas da DVA.

    Consideraes acerca de normatizaes e exigncias regulatrias para a Sociedade

    Limitada Grande Porte:

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    esto sujeitas as atuais e futuras normatizaes da CVM (Comisso de Valores

    Mobilirios), de natureza estritamente contbil (e no fiscalizatria) e as suas

    demonstraes financeiras se sujeitaro a auditoria independente;

    estaro sujeitas ao prvio registro e decorrente fiscalizao da CVM apenas na

    hiptese de decidirem pelo lanamento de seus ttulos no mercado (abertura de

    capital);

    No esto obrigadas a publicar as suas demonstraes financeiras, o que ocorrer

    na hiptese de abertura de capital.

    Sociedade Limitada Pequeno e Mdio Porte: Sociedade cujas quotas no so

    negociadas no mercado e seus scios respondem solidariamente pela integralizao do valor

    total do Capital Social. Ser de Grande Porte se ultrapassar os limites legais de ativo ou

    receita.

    Aplicao deve observar em pleno as novas exigncias de escriturao contbil.

    Consideraes acerca de normatizaes e exigncias regulatrias para as Sociedade

    Limitada Pequeno e Mdio Porte:

    ficam dispensadas de elaborar a DFC (Demonstrao do Fluxo de Caixa) e DVA

    (Demonstrao do Valor Adicionado).

    esto sujeitas a atuais e futuras normatizaes do CFC (Conselho Federal de

    Contabilidade), de natureza estritamente contbil, e as suas demonstraes

    financeiras no se sujeitaro a auditoria independente.

    estaro sujeitas ao prvio registro e decorrente fiscalizao da CVM apenas na

    hiptese de decidirem pelo lanamento de seus ttulos no mercado (abertura de

    capital);

    Definio de Grande Porte e Tetos Patrimoniais

    Sociedade de Grande Porte (inclui-se aqui as companhias fechadas e sociedades limitadas)

    para fins estritamente societrios, a sociedade ou o conjunto de sociedades sob controle

    comum que tiver no exerccio social anterior:

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    ativo total superior R$ 240.000.000,00 (duzentos e quarenta milhes de reais); ou receita bruta anual superior R$ 300.000.000,00 (trezentos milhes de rais);

    Os tetos patrimoniais mnimos devem ser verificados:

    individualmente por empresa;

    de forma consolidada, quando de tratar de sociedade sob controle comum, ou seja,

    interligadas.

    Consideraes acerca de normatizaes e exigncias regulatrias para definio de tetos

    patrimoniais mnimos:

    considera-se controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou

    atravs de outras controladas, titular de direitos de scio que lhe assegurem, de

    modo permanente, preponderncia nas deliberaes sociais e o poder de eleger a

    maioria dos administradores;

    a titularidade do controle pode pertencer a pessoa fsica ou jurdica (nacional ou estrangeira).

    Quadro Sintico de Obrigatoriedades

    APLICAES S/A -

    Capital Aberto

    S/A Capital Fechado

    (Grande Porte)

    S/A-Capital Fechado

    (PL Reduzido)

    S/A-Capital Fechado

    (PL Elevado)

    LTDA

    (Grande Porte)

    LTDA

    (Pequena e Mdia Porte)

    Escriturao (11.63807) Sim Sim Sim Sim Sim Sim

    Balano Patrim. Sim Sim Sim Sim Sim Sim

    Dem.Resultados Sim Sim Sim Sim Sim Sim

    Dem.Mutaes do PL Sim Sim Sim Sim Sim Sim

    Dem.Fluxo Caixa Sim Sim No Sim Sim No

    Dem.Vlr. Adicionado Sim No No No No No

    Auditoria Sim Sim No No Sim No

    Publicao Sim Sim No Sim No No

    Sujeita normas CVM Sim Sim No No Sim No

    Sujeita normas CFC Sim Sim Sim Sim Sim Sim

    Sujeita fiscaliz.CVM Sim No No No No No

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    UNIDADE 4 Princpios Fundamentais de Contabilidade Objetivo: Expor consideraes e aplicaes acerca dos princpios de contabilidade

    geralmente aceitos.

    Princpios Contbeis

    A Contabilidade, como uma cincia social aplicada, tem por objetivo prover seus usurios

    com demonstraes e anlises de natureza econmica, financeira, fsica e de produtividade,

    utilizando metodologia especialmente concebida para a captura, acumulao, e interpretao

    dos fenmenos que afetam as situaes patrimoniais de quaisquer entidades, com ou sem

    fins lucrativos, de direito pblico ou privado.

    A Contabilidade, como em qualquer ramo de conhecimento, tem em sua base um conjunto

    de princpios, cuja aplicao conduz ao alcance de seus objetivos.

    Na Contabilidade, esse conjunto de princpios era denominado de Princpios de

    Contabilidade Geralmente Aceitos, passaram a ser denominados Princpios Fundamentais

    de Contabilidade, com o advento da nova lei (11.638/07). Foi criado o CPC Comit de

    Pronunciamentos Contbeis que tem entre seus objetivos, o aprimoramento das prticas

    profissionais, levando em conta a convergncia da Contabilidade Brasileira aos padres

    internacionais.

    Criado pelo Conselho Federal de Contabilidade - CFC, por meio da Resoluo N 1055/05, o

    Comit de Pronunciamentos Contbeis CPC - tem como objetivos por objetivo:

    o estudo, o preparo e a emisso de Pronunciamentos Tcnicos sobre procedimentos

    de Contabilidade e a divulgao de informaes dessa natureza, para permitir a

    emisso de normas pela entidade reguladora brasileira, visando centralizao e

    uniformizao do seu processo de produo, levando sempre em conta a

    convergncia da Contabilidade Brasileira aos padres internacionais;

    estudar, pesquisar, discutir, elaborar e deliberar sobre o contedo e a redao de

    Pronunciamentos Tcnicos;

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    emitir Orientaes e Interpretaes, alm dos Pronunciamentos Tcnicos, sendo que

    todos podero ser consubstanciados em Norma Brasileira de Contabilidade pelo CFC

    e em atos normativos pelos rgos reguladores brasileiros, visando dirimir dvidas

    quanto implementao desses Pronunciamentos Tcnicos.

    A Resoluo CFC n 750-93 define os PRINCPIOS, que esto revestidos de universalidade

    e generalidade, elementos que caracterizam o conhecimento cientfico, justamente com a

    certeza, o mtodo e a busca das causas primeiras. Corrigiu-se sua indevida incluso entre as

    Normas Brasileiras de Contabilidade, uma vez que as NORMAS deles emanam e podem ser

    mutveis, o que no ocorre com os princpios.

    O PRINCPIO DA ENTIDADE

    O Princpio da ENTIDADE reconhece o Patrimnio como objeto da Contabilidade e afirma a

    autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciao de um Patrimnio particular no

    universo dos patrimnios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um

    conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituio de qualquer natureza ou finalidade, com

    ou sem fins lucrativos. Por consequncia, nesta acepo, o Patrimnio no se confunde com

    aqueles dos seus scios ou proprietrios, no caso de sociedade ou instituio.

    Pargrafo nico O PATRIMNIO pertence ENTIDADE, mas a recproca no

    verdadeira. A soma ou agregao contbil de patrimnios autnomos no resulta em nova

    ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econmica/contbil.

    O PRINCPIO DA CONTINUIDADE

    A CONTINUIDADE ou no da ENTIDADE, bem como sua vida definida ou provvel, devem

    ser consideradas quando da classificao e avaliao das mutaes patrimoniais,

    quantitativas e qualitativas.

    1 A CONTINUIDADE influencia o valor econmico dos ativos e, em muitos casos, o

    valor ou o vencimento dos passivos, especialmente quando a extino da ENTIDADE tem

    prazo determinado, previsto ou previsvel.

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    26

    2 A observncia do Princpio da CONTINUIDADE indispensvel correta

    aplicao do Princpio da COMPETNCIA, por efeito de se relacionar diretamente

    quantificao dos componentes patrimoniais e formao do resultado, e de constituir dado

    importante para aferir a capacidade futura de gerao de resultado.

    O PRINCPIO DA OPORTUNIDADE

    O Princpio da OPORTUNIDADE refere-se, simultaneamente, tempestividade e

    integridade do registro do patrimnio e das suas mutaes, determinando que este seja feito

    de imediato e com a extenso correta, independentemente das causas que as originaram.

    Pargrafo nico Como resultado da observncia do Princpio da OPORTUNIDADE:

    I desde que tecnicamente estimvel, o registro das variaes patrimoniais deve ser feito

    mesmo na hiptese de somente existir razovel certeza de sua ocorrncia;

    II o registro compreende os elementos quantitativos e qualitativos, contemplando os

    aspectos fsicos e monetrios;

    III o registro deve ensejar o reconhecimento universal das variaes ocorridas no

    patrimnio da ENTIDADE, em um perodo de tempo determinado, base necessria para

    gerar informaes teis ao processo decisrio da gesto.

    O PRINCPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL

    Os componentes do patrimnio devem ser registrados pelos valores originais das transaes

    com o mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do Pas, que sero mantidos na

    avaliao das variaes patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem agregaes

    ou decomposies no interior da ENTIDADE.

    Pargrafo nico Do Princpio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta:

    I a avaliao dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos valores de

    entrada, considerando-se como tais os resultantes do consenso com os agentes externos ou

    da imposio destes;

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    27

    II uma vez integrado no patrimnio, o bem, direito ou obrigao no podero ter alterados

    seus valores intrnsecos, admitindo-se, to somente, sua decomposio em elementos e/ou

    sua agregao, parcial ou integral, a outros elementos patrimoniais;

    III o valor original ser mantido enquanto o componente permanecer como parte do

    patrimnio, inclusive quando da sada deste;

    IV Os Princpios da ATUALIZAO MONETRIA e do REGISTRO PELO VALOR

    ORIGINAL so compatveis entre si e complementares, dado que o primeiro apenas atualiza

    e mantm atualizado o valor de entrada;

    V o uso da moeda do Pas na traduo do valor dos componentes patrimoniais constitui

    imperativo de homogeneizao quantitativa dos mesmos.

    O PRINCPIO DA ATUALIZAO MONETRIA

    Os efeitos da alterao do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos

    registros contbeis atravs do ajustamento da expresso formal dos valores dos

    componentes patrimoniais.

    Pargrafo nico So resultantes da adoo do Princpio da ATUALIZAO MONETRIA:

    I a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, no representa unidade

    constante em termos do poder aquisitivo;

    II para que a avaliao do patrimnio possa manter os valores das transaes originais

    (art. 7), necessrio atualizar sua expresso formal em moeda nacional, a fim de que

    permaneam substantivamente corretos os valores dos componentes patrimoniais e, por

    consequncia, o do patrimnio lquido;

    III a atualizao monetria no representa nova avaliao, mas, to somente, o

    ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicao de

    indexadores, ou outros elementos aptos a traduzir a variao do poder aquisitivo da moeda

    nacional em um dado perodo.

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    O PRINCPIO DA COMPETNCIA

    As receitas e as despesas devem ser includas na apurao do resultado do perodo em que

    ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de

    recebimento ou pagamento.

    1 O Princpio da COMPETNCIA determina quando as alteraes no ativo ou no passivo

    resultam em aumento ou diminuio no patrimnio lquido, estabelecendo diretrizes para

    classificao das mutaes patrimoniais, resultantes da observncia do Princpio da

    OPORTUNIDADE.

    2 O reconhecimento simultneo das receitas e despesas, quando correlatas,

    consequncia natural do respeito ao perodo em que ocorrer sua gerao.

    3 As receitas so consideradas realizadas:

    I nas transaes com terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ou assumirem

    compromisso firme de efetiv-lo, quer pela investidura na propriedade de bens anteriormente

    pertencentes ENTIDADE, quer pela fruio de servios por esta prestados;

    II quando da extino, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o motivo, sem o

    desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior;

    III pela gerao natural de novos ativos independentemente da interveno de terceiros;

    IV no recebimento efetivo de doaes e subvenes.

    4 Consideram-se incorridas as despesas:

    I quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferncia de sua

    propriedade para terceiro;

    II pela diminuio ou extino do valor econmico de um ativo;

    III pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo.

    O PRINCPIO DA PRUDNCIA

    O Princpio da PRUDNCIA determina a adoo do menor valor para os componentes do

    ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente

    vlidas para a quantificao das mutaes patrimoniais que alterem o patrimnio lquido.

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    1 O Princpio da PRUDNCIA impe a escolha da hiptese de que resulte menor

    patrimnio lquido, quando se apresentarem opes igualmente aceitveis diante dos demais

    Princpios Fundamentais de Contabilidade.

    2 Observado o disposto no art. 7, o Princpio da PRUDNCIA somente se aplica s

    mutaes posteriores, constituindo-se ordenamento indispensvel correta aplicao do

    Princpio da COMPETNCIA.

    3 A aplicao do Princpio da PRUDNCIA ganha nfase quando, para definio dos

    valores relativos s variaes patrimoniais, devem ser feitas estimativas que envolvem

    incertezas de grau varivel.

    Convenes Contbeis - Restries aos Princpios

    As convenes, luz de cada situao, do as instrues finais para a escolha do caminho a

    seguir, e visam restringir ou limitar a aplicao do contedo desses princpios, definindo mais

    precisamente seu significado.

    CONSISTNCIA: A Contabilidade de uma entidade dever ser mantida de forma tal que os

    usurios das demonstraes contbeis tenham possibilidade de delinear a tendncia da

    mesma com o menor grau de dificuldade.

    Sendo assim, uma vez adotado determinado padro de procedimento, dentre outros tambm

    vlidos, para atingir um determinado fim, deve-se evitar a mudana frequente, a fim de que

    no seja prejudicada a comparabilidade dos relatrios contbeis.

    CONSERVADORISMO: Entre conjuntos alternativos de avaliao para o patrimnio,

    igualmente vlidos, segundo os Princpios contbeis, a Contabilidade escolher o menor

    valor atual para o ativo e o maior para as obrigaes. Apesar de ser equivalente ao princpio

    da Prudncia considerada uma conveno.

    MATERIALIDADE: O contador dever sempre avaliar a influncia e materialidade da

    informao evidenciada ou negada para o usurio luz da relao custo-benefcio, levando

    em conta aspectos internos do sistema contbil. Essa conveno restringe o Princpio da

    Oportunidade, pois este impe o registro imediato ocorrncia do fato, porm, em alguns

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    casos, seria uma perda de tempo e um desperdcio de dinheiro o registro imediato

    ocorrncia do fato, como por exemplo, o registro imediato do consumo de material de

    expediente, caso a quantidade consumida fosse irrelevante.

    OBJETIVIDADE: Para procedimentos igualmente relevantes, resultantes da aplicao dos

    Princpios preferir-se-o, em ordem decrescente:

    os que puderem ser comprovados por documentos e critrios objetivos (notas fiscais) ;

    os que puderem ser corroborados por consenso de pessoas qualificadas da profisso

    reunidas em comits de pesquisa ou em entidades que tm autoridades sobre

    princpios contbeis (laudos de avaliao).

    Essa conveno restringe a aplicao do Princpio do Registro pelo Valor Original, tendo em

    vista a possibilidade de um excessivo liberalismo na escolha de critrios de valor. Se na

    avaliao de determinado bem se dispem de duas fontes, uma subjetiva (laudo de

    avaliao) e outra objetiva (nota fiscal) deve-se ter como base a fonte objetiva para mensurar

    o patrimnio.

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    UNIDADE 5 Demonstraes Contbeis Objetivo: Apresentar as demonstraes contbeis obrigatrias, contemplando as

    modificaes decorrentes da Lei 11.638/07, bem como os principais tpicos relacionados s

    demonstraes.

    Exerccio Social

    Ao fim de cada exerccio social as empresas devem elaborar demonstraes contbeis, com

    base na sua escriturao mercantil. Exerccio Social o espao de tempo (12 meses), findo

    o qual as pessoas jurdicas apuram seus resultados e ele pode coincidir, ou no, com o ano-

    calendrio, de acordo como que dispuser o estatuto ou o contrato social. Perante a

    legislao do Imposto de Renda, chamado de perodo-base (mensal ou anual) de apurao

    da base de clculo do imposto devido.

    Demonstraes Financeiras Obrigatrias

    A Lei 11.638/07 diz que ao final de cada exerccio social, a diretoria da empresa far

    elaborar, com base na sua escriturao mercantil, as demonstraes financeiras elencadas a

    seguir, que devero exprimir com clareza a situao do patrimnio da empresa e as

    mutaes ocorridas no exerccio:

    Balano Patrimonial;

    Demonstrao de Lucros ou Prejuzos Acumulados;

    Demonstrao do Resultado do Exerccio;

    Demonstrao dos Fluxos de Caixa;

    Demonstrao do Valor Adicionado (no caso de empresas abertas).

    Balano Patrimonial: demonstrao contbil destinada a evidenciar, qualitativa e

    quantitativamente, numa determinada data, a posio patrimonial e financeira da Entidade.

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    Demonstrao de Lucros ou Prejuzos Acumulados: Tem por objetivo demonstrar a

    movimentao da conta de lucros ou prejuzos acumulados, ainda no distribudos aos

    scios titulares ou aos acionistas, revelando os eventos que influenciaram a modificao do

    seu saldo. Essa demonstrao deve revelar o dividendo por ao do capital realizado.

    Demonstrao do Resultado do Exerccio: Destina-se a evidenciar a formao de

    resultado lquido do exerccio, diante do confronto das receitas, custos e despesas apuradas

    segundo o regime de competncia.

    Demonstrao dos Fluxos de Caixa: Relaciona o conjunto de ingressos e desembolsos

    financeiros de empresa em determinado perodo. Procura-se analisar todo deslocamento de

    cada unidade monetria dentro da empresa.

    Demonstrao do Valor Adicionado: indica a riqueza gerada pela empresa, a sua

    distribuio entre os elementos que contriburam para a gerao dessa riqueza, tais como

    empregados, financiadores, acionistas, governos e outros, bem como a parcela da riqueza

    no distribuda.

    Demonstraes Comparativas

    Para efeitos de comparao e anlise, as demonstraes de cada exerccio devem ser

    publicadas com a indicao dos valores correspondentes das demonstraes do exerccio

    anterior. Por exemplo, ao publicar o balano patrimonial do ano de 2008, a empresa deve

    apresentar, para efeitos de comparao, os valores do balano patrimonial de 2007.

    Demonstraes Complementares

    As demonstraes financeiras devem ser complementadas por notas explicativas e outros

    quadros analticos necessrios para o esclarecimento da situao patrimonial e dos

    elementos dos resultados do exerccio.

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    Notas Explicativas: registram as informaes complementares necessrias interpretao

    das demonstraes financeiras, alm de indicar atos administrativos relevantes (que

    provocam alterao no patrimnio). Por exemplo, a fiana concedida pela empresa num

    contrato de emprstimo bancrio no provoca alterao patrimonial, mas um ato

    administrativo relevante que deve ser objeto de nota explicativa porque se o devedor

    principal no honrar a dvida, a empresa poder ser obrigada a faz-lo.

    As notas explicativas devem:

    apresentar informaes sobre a base de preparao das demonstraes

    financeiras e das prticas contbeis especficas selecionadas e aplicadas

    para negcios e eventos significativos;

    divulgar as informaes exigidas pelas prticas contbeis adotadas no Brasil

    que no estejam apresentadas em nenhuma outra parte das demonstraes

    financeiras;

    fornecer informaes adicionais no indicadas nas prprias demonstraes

    financeiras e consideradas necessrias para uma apresentao adequada;

    Indicar:

    a) os principais critrios de avaliao dos elementos patrimoniais, especialmente

    estoques, dos clculos de depreciao, amortizao e exausto, de constituio de

    provises para encargos ou riscos, e dos ajustes para atender a perdas provveis na

    realizao de elementos do ativo;

    b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes (art. 247, pargrafo

    nico);

    c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliaes (art. 182,

    3o);

    d) os nus reais constitudos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a

    terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes;

    e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigaes em longo

    prazo;

    f) o nmero, espcies e classes das aes do capital social;

    g) as opes de compra de aes outorgadas e exercidas no exerccio;

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    h) os ajustes de exerccios anteriores (art. 186, 1o);

    i) os eventos subsequentes data de encerramento do exerccio que tenham, ou

    possam vir a ter, efeito relevante sobre a situao financeira e os resultados futuros da

    companhia.

    Auditoria Independente das Demonstraes Financeiras: tem por finalidade a emisso

    parecer, emitido pelo auditor, no sentido de informar se as demonstraes financeiras

    traduzem ou no, em todos os seus aspectos relevantes, a situao patrimonial da empresa

    na data de encerramento do exerccio, o resultado das suas operaes, s mutaes de seu

    patrimnio lquido e as origens e aplicaes de seus recursos no perodo auditado, isto em

    conformidade com os princpios fundamentais de contabilidade, aplicados com uniformidade

    em relao ao exerccio anterior.

    Assim, com o parecer, o auditor apresenta sua opinio a respeito de as demonstraes

    financeiras traduzirem ou no, em termos de forma e contedo, a situao da empresa

    auditada.

    Escriturao Contbil

    A Escriturao Contbil deve ser mantida em registros permanentes, obedecendo aos

    preceitos da legislao comercial, lei das sociedades annimas, aos princpios fundamentais

    de contabilidade, devendo seguir critrios contbeis uniformes no tempo e registrar as

    mutaes patrimoniais segundo o regime de competncia. Com o advento da Lei 11.638/07,

    foi criada a possibilidade de segregao entre a escriturao mercantil e a escriturao

    tributria. Assim, a lei estabelece alternativa para a empresa adotar na sua escriturao

    mercantil, as disposies da legislao tributria. Porm, aps apurado o lucro base para a

    tributao, devem ser efetuados os ajustes necessrios para que as demonstraes

    financeiras estejam em consonncia com a Lei 11.638/07 e com os princpios Fundamentais

    de Contabilidade.

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    UNIDADE 6 Balano Patrimonial Objetivo: Demonstrar o Balano Patrimonial, contemplando as modificaes decorrentes da

    Lei 11.638/07.

    Aspectos Introdutrios

    Balano Patrimonial a demonstrao contbil destinada a evidenciar, qualitativa e

    quantitativamente, numa determinada data, a posio patrimonial e financeira da Entidade.

    No balano patrimonial, as contas devero ser classificadas segundo os elementos do

    patrimnio que registrem e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a anlise da

    situao financeira da empresa. As demonstraes de cada exerccio sero publicadas com

    a indicao dos valores correspondentes das demonstraes do exerccio anterior, para fins

    de comparao.

    O Balano Patrimonial constitudo pelo:

    Ativo - compreende os bens, os direitos e as demais aplicaes de recursos controlados

    pela entidade, capazes de gerar benefcios econmicos futuros, originados de eventos

    ocorridos.

    Passivo - compreende as origens de recursos representados pelas obrigaes para com

    terceiros, resultantes de eventos ocorridos que exigiro ativos para a sua liquidao.

    Patrimnio Lquido - compreende os recursos prprios da Entidade, e seu valor a diferena

    positiva entre o valor do Ativo e o valor do Passivo.

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    A seguir, Balano Patrimonial segundo a Lei 11638/07:

    Exemplo: Balano Patrimonial Ativo Passivo

    Ativo Circulante Passivo Circulante Ativo no circulante Passivo No Circulante

    Ativo realizvel em Longo Prazo Investimentos Patrimnio Lquido Imobilizado Capital social Intangvel Reservas de Capital

    Ajustes de avaliao patrimonial Reservas de lucros (-) Aes em tesouraria (-) Prejuzos Acumulados

    Grupo de Contas

    No Balano, as contas sero classificadas segundo os elementos do patrimnio que

    registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a anlise da situao financeira

    da companhia.

    No Ativo, as contas sero dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos

    elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:

    I - Ativo Circulante;

    II - Ativo no circulante - composto por Ativo realizvel em longo prazo,

    investimentos, imobilizado e intangvel.

    No Passivo, as contas sero classificadas nos seguintes grupos:

    I - Passivo Circulante;

    II - Passivo no circulante;

    No patrimnio lquido constaro os seguintes grupos:

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    III - Patrimnio lquido, dividido em: Capital Social; Reservas de Capital, Ajustes de

    Avaliao Patrimonial, Reservas de Lucros, Aes em Tesouraria e Prejuzos Acumulados.

    Classificao no Ativo:

    O ativo circulante abrange valores realizveis no exerccio social subsequente. Assim, por

    exemplo, uma empresa cujo exerccio social encerre em 31 de dezembro, ao realizar o

    encerramento do exerccio de 31 de dezembro de 2008, dever classificar no Ativo

    Circulante todos os valores realizveis at 31 de dezembro de 2009.

    Na empresa cujo ciclo operacional tiver durao maior que o exerccio social, a classificao

    no circulante ou longo prazo ter por base o prazo deste ciclo. Raramente, porm, usada

    esta classificao mais extensa, de forma que, como padro, pode-se adotar a classificao

    das contas como circulante se forem realizveis ou exigveis no prazo de 1 (um) ano.

    Classificao no Ativo

    Ativo Circulante: as disponibilidades, os direitos realizveis no curso do exerccio social

    subsequente e as aplicaes de recursos em despesas do exerccio seguinte;

    No Ativo No Circulante:

    Realizvel em Longo Prazo: os direitos realizveis aps o trmino do exerccio seguinte,

    assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou emprstimos a sociedades coligadas

    ou controladas (artigo 243), diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que

    no constiturem negcios usuais na explorao do objeto da companhia;

    Investimentos: as participaes permanentes em outras sociedades e os direitos de

    qualquer natureza, no classificveis no ativo circulante, e que no se destinem

    manuteno da atividade da companhia ou da empresa;

    Imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpreos destinados manuteno

    das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os

    decorrentes de operaes que transfiram companhia os benefcios, riscos e controle

    desses bens; (Redao dada pela Lei n 11.638,de 2007)

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    Intangvel: os direitos que tenham por objeto bens incorpreos destinados manuteno da

    companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comrcio adquirido.

    (Includo pela Lei n 11.638,de 2007)

    Diferido: contedo restrito a despesas pr-operacionais e gastos de reestruturao (com

    gerao de novas receitas)

    Pargrafo nico. Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver durao maior

    que o exerccio social, a classificao no circulante ou longo prazo ter por base o prazo

    desse ciclo.

    Classificao no Passvel Exigvel

    Circulante e no circulante: As obrigaes da companhia, inclusive financiamentos para

    aquisio de direitos do ativo permanente, sero classificadas no passivo circulante, quando

    se vencerem no exerccio seguinte, e no passivo exigvel a longo prazo, se tiverem

    vencimento em prazo maior, observado o disposto no pargrafo nico do artigo 179.

    Resultados de Exerccios Futuros: Extinto

    Art. 181. Sero classificadas como resultados de exerccio futuro as receitas de exerccios

    futuros, diminudas dos custos e despesas a elas correspondentes. (Revogado pela Medida

    Provisria n 449, de 2008)

    Patrimnio Lquido

    O Patrimnio Lquido formado pelo grupo de contas que registra o valor contbil

    pertencente aos acionistas ou quotistas. O patrimnio lquido ser dividido em:

    a) Capital Social;

    b) Reservas de Capital;

    c) Ajustes de Avaliao Patrimonial;

    d) Reservas de Lucros;

    e) Aes em Tesouraria;

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    f) Prejuzos Acumulados.

    a) Capital Social

    O Capital Social representa os valores recebidos pela empresa, em forma de subscrio ou

    por ela gerados. A integralizao do Capital poder ser feita por meio de moeda corrente ou

    bens e direitos. Quando a integralizao do Capital Social feita em moeda corrente, debita-

    se uma conta especfica do Ativo Circulante (Bancos c/Movimento, por exemplo) e credita-se

    a conta "Capital Social". No caso de integralizao de capital mediante conferncia de bens,

    debita-se uma conta especfica do ativo imobilizado e credita-se a conta "capital social".

    b) Reservas de Capital

    As Reservas de Capital so constitudas com valores recebidos pela empresa e que no

    transitam pelo resultado, por no se referirem entrega de bens ou servios pela empresa.

    As reservas de capital constituem-se grupo de contas integrantes do Patrimnio Lquido e

    abrange as seguintes subcontas:

    a) Reserva de Correo Monetria do Capital Realizado;

    b) Reserva de gio na Emisso de Aes;

    c) Reserva de Alienao de Partes Beneficirias;

    d) Reserva de Alienao de Bnus de Subscrio;

    e) Reserva de Prmio na Emisso de Debntures; (excluda desde 01.01.2008, por

    fora da Lei 11.638/2007)

    f) Reserva de Doaes e Subvenes para Investimento; (excluda desde 01.01.2008,

    por fora da Lei 11.638/2007)

    g) At 31.12.2007, a Reserva de Incentivo Fiscal. A partir de 01.01.2008, respectiva

    reserva passa a fazer parte do grupo de Reservas de Lucros.

    Reservas de Incentivos Fiscais: Alm das reservas previstas na legislao societria, a

    legislao fiscal admite a formao de reservas de incentivos fiscais.

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    Destinao das Reservas de Capital: De acordo com o artigo 200 da Lei das S/A, as

    reservas de capital somente podem ser utilizadas para:

    a) absorver prejuzos, quando estes ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de lucros, exceto no caso da existncia de lucros acumulados e de reservas de lucros, quando os prejuzos sero absorvidos primeiramente por essas contas;

    b) resgate, reembolso ou compra de aes;

    c) resgate de partes beneficirias;

    d) incorporao ao capital social;

    e) pagamento de dividendo a aes preferenciais, quando essa vantagem lhes for assegurada.

    c) Ajustes de Avaliao Patrimonial

    A nova lei substitui a faculdade da reavaliao de bens pela obrigao de se ajustar o valor

    dos ativos e passivos a preos de mercado. Um dos casos em que essa regra se aplica

    quando houver operao de incorporao, fuso ou ciso vinculada a uma efetiva alienao

    de controle que tenha sido realizada entre partes independentes (isso exclui sociedades que

    faam parte de um mesmo grupo econmico). Em tal hiptese, os ativos e passivos da

    sociedade a ser incorporada, ou decorrente da fuso ou ciso, devem ser ajustados aos

    valores de mercado. A contrapartida desses ajustes ser registrada numa conta de

    patrimnio lquido denominada: Ajustes de Avaliao Patrimonial, que pode ter saldo devedor

    (negativo) ou credor (positivo).

    Nos termos da nova lei, sero classificadas como ajustes de avaliao patrimonial (uma

    espcie de reavaliao positiva ou negativa, que se aplica tanto a elementos do ativo quanto

    do passivo), enquanto no computadas no resultado do exerccio em obedincia ao regime

    de competncia, as contrapartidas de aumentos ou diminuies de valor atribudo a

    elementos do ativo ( 5 do art. 177, inciso I do caput do art. 183 e 3 do art. 226 da Lei das

    Sociedades por Aes) e do passivo, em decorrncia da sua avaliao a preo de mercado.

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    d) Reservas de Lucros

    As Reservas de Lucros so constitudas pelos lucros obtidos pela empresa, retidos com

    finalidade especfica. Os lucros retidos com finalidade especfica e classificados nesta conta

    so transferidos da conta de "Lucros ou Prejuzos Acumulados".

    e) Aes em Tesouraria

    As aes ou quotas adquiridas pela companhia ou sociedade limitada sero registradas em

    conta especfica redutora do Patrimnio Lquido, intitulada "aes ou quotas em tesouraria".

    medida que as aes ou quotas forem alienadas, tal operao gerar resultados positivos

    ou negativos e no devem integrar o resultado da empresa. Se da operao resultar lucro,

    dever ser registrado a crdito de uma reserva de capital.

    f) Prejuzos Acumulados

    Os lucros ou prejuzos representam resultados acumulados obtidos, que foram retidos sem

    finalidade especfica (quando lucros) ou esto espera de absoro futura (quando

    prejuzos).

    Com o advento da Lei 11.638/2007, para as sociedades por aes, e para os balanos do

    exerccio social terminado a partir de 31 de dezembro de 2008, o saldo final desta conta no

    poder mais ser credor. Respectivos saldos de lucros acumulados precisam ser totalmente

    destinados por proposta da administrao da companhia no pressuposto de sua aprovao

    pela Assembleia Geral Ordinria. Observe-se que a obrigao dessa conta no conter saldo

    positivo aplica-se unicamente s sociedades por aes.

    Essa conta continuar nos planos de contas, e seu uso continuar a ser feito para receber o

    resultado do exerccio, as reverses de determinadas reservas, os ajustes de exerccios

    anteriores, para distribuir os resultados nas suas vrias formas e destinar valores para

    reservas de lucros. Desta forma, para as sociedades por aes, o saldo respectivo dever

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    ser composto apenas pelos eventuais prejuzos acumulados (saldo devedor), no absorvidos

    pelas demais reservas.

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    UNIDADE 7 Ativo Circulante e No Circulante Objetivo: Apresentar mais detalhadamente as contas que compe o grupo do Ativo

    Circulante e do ativo no circulante.

    Ativo Circulante

    O Ativo Circulante, cujas contas esto dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez,

    composto por:

    disponibilidades;

    direitos realizveis no curso do exerccio social subseqente;

    aplicaes de recursos em despesas do exerccio seguinte.

    Disponibilidades

    A intitulao disponibilidades dada pela lei das sociedades por aes e compreendem

    dinheiro em caixa e em bancos que possam ser livremente utilizados. Os numerrios cuja

    utilizao regular tenha restries de qualquer natureza devem ser excludos deste item.

    Os cheques so normalmente contabilizados na data de sua emisso e deduzidos dos

    saldos bancrios. Esta norma prevalece tambm para os cheques emitidos antes da data do

    balano e ainda no entregues aos beneficirios, salvo se, em circunstncias especiais,

    devam ser estornados na escrita contbeis e o seu valor reintegrado ao saldo do disponvel e

    respectiva conta do Passivo Circulante.

    Os saldos bancrios credores representados por saques a descoberto so apresentados

    como parcela do passivo circulante. Quando a empresa opera com mais de uma conta no

    mesmo estabelecimento bancrio, aceitvel a prtica de compensar um saldo bancrio

    credor contra os saldos das demais contas, desde que o resultado lquido apresente um

    saldo devedor. Assim, no aceita a prtica de compensar um saldo bancrio credor contra

    saldos devedores de outros estabelecimentos bancrios, a fim de que determinados saques

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    a descoberto constituam dedues do total das disponibilidades bancrias consignadas no

    Ativo Circulante.

    As caues em dinheiro para garantia de concorrncias ou contratos de fornecimento de

    mercadorias ou servios no so consideradas disponibilidades, mesmo que no futuro o

    reembolso seja efetuado em numerrio.

    Os ttulos de crdito endossados para cobrana atravs de estabelecimento bancrio

    somente so convertidos em disponibilidade quando o crdito efetivamente registrado na

    conta bancria da empresa. O valor das duplicatas, letras de cmbio e promissrias

    descontadas passam a constituir disponibilidade bancria quando concluda a operao de

    desconto.

    Como as contas do Ativo Disponvel so representadas pelo seu valor nominal no existe o

    problema de avaliao.

    Direitos Realizveis no Curso do Exerccio Social Subsequente:

    A expresso direitos realizveis tem o sentido jurdico de direitos subjetivos patrimoniais e

    que podem ser divididos em reais (bens) e pessoais (crditos, contas a receber). Os direitos

    realizveis tambm esto presentes no ativo no circulante, itens realizveis em longo prazo.

    Direitos realizveis podem ser divididos em direitos realizveis reais, ou seja, bens, e direitos

    realizveis pessoais, ou crditos.

    Direitos realizveis reais registram os bens realizveis de propriedade da empresa, como

    estoques de mercadorias ou de materiais de consumo.

    Direitos realizveis pessoais registram direitos decorrentes de crditos, como vendas a prazo

    (que gera o direito de receber o valor da venda posteriormente) ou adiantamento a

    fornecedores (que representa um direito da empresa de receber uma mercadoria em troca do

    valor que foi antecipadamente adiantado).

    Aplicaes de Recursos em Despesas do Exerccio Seguinte

    As aplicaes de recursos em despesas do exerccio seguinte so tambm conhecidas como

    Despesa Antecipada. So ativos que representam pagamento antecipado, cujos benefcios

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    ou prestao de servio, se faro durante exerccio seguinte. No representam dinheiro ou

    bens fsicos (como no caso de mercadorias, materiais ou peas, por exemplo), mas

    benefcios que sero usufrudos no exerccio seguinte. Como exemplo de despesas

    antecipadas temos os valores pagos antecipadamente que correspondam a seguros, juros,

    salrios, aluguis, assinaturas de jornais e revistas, bilhete de passagem cuja utilizao ou

    benefcio se faro em exerccio posterior.

    Ativo No Circulante

    So includos neste grupo todos os bens de permanncia duradoura, destinados ao

    funcionamento normal da sociedade e do seu empreendimento, assim como os direitos

    exercidos com essa finalidade.

    O Ativo No Circulante ser composto dos seguintes subgrupos:

    Ativo Realizvel em Longo Prazo;

    Investimentos;

    Imobilizado;

    Intangvel.

    Nesta unidade ser abordado apenas o tpico Ativo Realizvel em Longo Prazo. Os tpicos

    Investimentos, Imobilizado e Intangvel sero abordados na prxima unidade.

    Ativo Realizvel em Longo Prazo

    De uma forma geral, so classificveis no Realizvel em Longo Prazo contas da mesma

    natureza das do Ativo Circulante, que, todavia, tenham sua realizao certa ou provvel aps

    o trmino do exerccio seguinte, o que, normalmente, significa realizao num prazo superior

    a um ano a partir do prprio balano.

    As despesas antecipadas; apropriveis aps o exerccio seguinte, tambm so classificadas

    no Ativo Realizvel em Longo Prazo.

    Os direitos no derivados de vendas, e adiantamentos ou emprstimos a sociedades

    coligadas ou controladas, diretores, acionistas ou participantes no lucro da empresa, que no

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    constiturem negcios usuais na explorao do objeto da empresa, sero classificados no

    Ativo Realizvel em Longo Prazo.

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    UNIDADE 8 Investimentos Mtodo da Equivalncia Patrimonial Objetivo: Visa apresentar o grupo de Investimentos avaliados pela metodologia da

    Equivalncia Patrimonial.

    Aspectos Introdutrios

    Investimentos so as participaes permanentes em outras sociedades e os direitos de

    qualquer natureza, no classificveis no ativo circulante, e que no se destinem

    manuteno da atividade da empresa. Abrange as participaes em sociedades coligadas e

    controladas e as participaes minoritrias de natureza permanente, voluntrias ou

    decorrentes de incentivos fiscais.

    Normalmente, o grupo de Investimentos Permanentes inclui as seguintes contas:

    Participaes Permanentes Avaliadas pelo Mtodo do Custo de Aquisio;

    Participaes Permanentes Avaliadas pelo Mtodo de Equivalncia Patrimonial;

    Investimentos Relevantes;

    Proviso para Perdas Permanentes (conta credora);

    Outras:

    Obras de arte;

    Imveis (para renda ou futura utilizao).

    Os principais problemas contbeis referentes ao assunto referem-se contabilizao dos

    investimentos relevantes, no que diz respeito determinao do valor do patrimnio lquido

    da investida, no caso de existncia de resultados no realizados, e/ou divergncias de

    critrios contbeis; amortizao do gio ou desgio; determinao do percentual de

    participao quando da existncia de diversas espcies e classes de aes; determinao

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    do valor pelo qual o investimento dever ser contabilizado; determinao dos investimentos

    em cuja administrao a investidora tenha significativa influncia; ao reconhecimento do

    lucro ou prejuzo; classificao nas demonstraes financeiras; e s divulgaes em notas

    explicativas.

    Basicamente existem dois mtodos de avaliao de investimentos:

    Avaliao pelo Mtodo da Equivalncia Patrimonial (Apresentado nesta unidade);

    Avaliao pelo Mtodo do Custo de Aquisio (Apresentado na unidade seguinte).

    Equivalncia Patrimonial

    A Equivalncia Patrimonial o mtodo que consiste em atualizar o valor contbil do

    investimento ao valor equivalente participao societria da sociedade investidora no

    patrimnio lquido da sociedade investida, e no reconhecimento dos seus efeitos na

    demonstrao do resultado do exerccio. O valor do investimento, portanto, ser determinado

    mediante a aplicao da porcentagem de participao no capital social, sobre o patrimnio

    lquido de cada sociedade coligada ou controlada.

    Esto obrigadas a proceder avaliao de investimentos pelo valor de patrimnio lquido as

    sociedades que tenham participaes societrias relevantes em:

    a) sociedades controladas;

    b) sociedades coligadas sobre cuja administrao a sociedade investidora tenha

    influncia;

    c) sociedades coligadas de que a sociedade investidora participe com 20% (vinte por

    cento) ou mais do capital social.

    Coligao e Controle

    A Coligao e o Controle so considerados modalidades de concentrao empresarial onde

    as sociedades envolvidas mantm sua identidade, sua personalidade jurdica e seu

    patrimnio individualizado, porm, formando atravs de participaes societrias, um grupo

    societrio, uma entidade econmica de relevncia jurdica e contbil.

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    Coligao

    Consideram-se coligadas as sociedades quando uma participa, com 10% ou mais, do capital

    da outra, sem control-la e controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou

    atravs de outras controladas, titular de direitos de scio que lhe assegurem, de modo

    permanente, preponderncia nas deliberaes sociais e o poder de eleger a maioria dos

    administradores.

    Equiparadas Coligada

    Quando uma sociedade participa indiretamente com 10% ou mais do capital votante

    da outra, sem control-la;

    Quando uma sociedade participa diretamente com 10% ou mais do capital votante da

    outra, sem control-la, independentemente do