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J RNAL DO CC Notícias Contábeis CRCMA interioriza suas ações e torna o trabalho das Delegacias mais democráti- co. (Página 9) O CRCMG está oferecendo serviço de e-mail gratuito aos contabilistas registrados. (Página 3) Contabilistas aumentam sua representação política em 20% O Congresso Mundial de Contadores de 2004 já tem local definido: Istambul, na Turquia. (Página 10) A classe contábil está aumentando sua representatividade política a cada pleito. Este ano, foram 42 contabilistas eleitos para deputado federal, estadual e distrital. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, houve um aumento de 20% no número de contabilistas eleitos em outubro passado em relação às eleições de 1998. Os resultados obtidos nas eleições de 2002 mostram que a categoria está dando sua resposta ao pedido do contador Alcedino Gomes Barbosa, feito na sua posse como presidente do CC. Outro fato que deve ser destacado a favor da classe contábil foi a candidatura das mulheres. O plano de trabalho da Fiscalização para 2003 J RNAL DO CC BRASÍLIA-D - ANO 5, N 0 54 - NOVEMBRO DE 2002 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Página 11 Páginas 6 e 7 Página 12 As novas regras foram aprovadas pelo Plenário do CFC e pela Câmara de Fiscalização, em setembro deste ano. Uma das principais mudanças foi a inclusão da DECORE nas diligências qualificadas. Entrevista com presidente da Fenacon Pelos Regionais Eventos em Destaque Pedro Coelho Neto fala das mudanças esperadas com o novo Governo e dos planos das empresas de serviços contábeis para 2003. No dia 28 de novembro, aconteceram as reuniões das Câmaras do Conselho Federal de Contabilidade. Na pauta, normas, resoluções, regulamentos e plano de trabalho para 2003. Os vice-presidentes e o conselheiro Sudário de Aguiar Cunha coordenaram as reuniões das Câmaras de Ética, Técnica, de Desenvolvimento Profissional, de Registro e Fiscalização, de Controle Interno, e de Assuntos Gerais. (Página 3) Empresas de São Paulo e Carazinho-RS mostram como estão driblando as dificuldades. Pioneiros da Contabilidade Reuniões das Câmaras Página 5

Contabilistas aumentam sua representação política em 20% · 2016. 3. 16. · aconteceu a 10º Convenção Na-cional das Empresas de Servi-ços Contábeis, Assesso-ramento, Informação,

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CRCMA interioriza suasações e torna o trabalho dasDelegacias mais democráti-co. (Página 9)

O CRCMG está oferecendoserviço de e-mail gratuito aoscontabilistas registrados.(Página 3)

Contabilistas aumentam suarepresentação política em 20%

O Congresso Mundial deContadores de 2004 já temlocal definido: Istambul, naTurquia. (Página 10)

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As novas regras foram aprovadas pelo Plenário do CFC e pela Câmara de Fiscalização, em setembro deste ano. Umadas principais mudanças foi a inclusão da DECORE nas diligências qualificadas.

Entrevista com presidente da Fenacon

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Pedro Coelho Neto fala dasmudanças esperadas com onovo Governo e dos planosdas empresas de serviçoscontábeis para 2003.

No dia 28 de novembro, aconteceram as reuniõesdas Câmaras do Conselho Federal de Contabilidade. Napauta, normas, resoluções, regulamentos e plano detrabalho para 2003. Os vice-presidentes e o conselheiroSudário de Aguiar Cunha coordenaram as reuniões dasCâmaras de Ética, Técnica, de DesenvolvimentoProfissional, de Registro e Fiscalização, de ControleInterno, e de Assuntos Gerais. (Página 3)

Empresas de São Paulo e Carazinho-RS mostram como estão driblando as dificuldades.

√ √ √ √ √ Pioneiros da Contabilidade

Reuniões das Câmaras

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Uma nova dinâmica na fiscalização

Este espaço pertence aos leitores do Jornal do CFC. É por meio dele que será feita a interação entre a vontade do leitor e oseditores do Jornal. Para incentivar este diálogo, cartas, opiniões, sugestões e pedidos serão bem-vindos. Os editores.

Conselheiros Efetivos

Contador Alcedino Gomes BarbosaContador Antônio Carlos DóroContador Dorgival Benjoino da SilvaContador Irineu De MulaContador José Justino Perini ColledanContador José Martonio Alves CoelhoContador Raimundo Neto de CarvalhoContador Sudário de Aguiar CunhaContador Sergio FaracoContador Washington Maia FernandesTéc. Cont. Bernardo Rodrigues de SouzaTéc. Cont. Miguel Ângelo Martins LaraTéc. Cont. Paulo Viana NunesTéc. Cont. Waldemar Ponte DuraTéc. Cont. Mauro Manoel Nóbrega

Conselheiros Suplentes

Contador Antonio Augusto de Sá ColaresContador Delmiro da Silva MoreiraContadora Eulália das Neves FerreiraContador José Antonio de GodoyContadora Maria Clara Cavalcante BugarimContadora Maria do Socorro Bezerra MateusContador Pedro Nunes Ferraz da SilvaContador Roberto Carlos Fernandes DiasContador Solindo Medeiros e SilvaContadora Verônica Cunha de Souto MaiorTéc. Cont. Albino Luiz SellaTéc. Cont. Edeno Teodoro TostesTéc. Cont. Francinês Maria Nobre SouzaTéc. Cont. José Augusto Costa SobrinhoTéc. Cont. Windson Luiz da Silva

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADESAS QUADRA 5 - BLOCO J - Ed. CFCTEL: (61) 314-9600 - FAX: (61) 322-2033CEP 70070-920 - BRASÍLIA-DFwww.cfc.org.br - e-mail: [email protected]

Jornal do CFC

Ano 5 - Número 54 - Novembro de 2002

COORDENAÇÃO EDITORIAL:AP Vídeo e Comunicação

EDIÇÃO:Letícia Assis - MTb 4424/DF

JORNALISTA RESPONSÁVEL:Marcio W. Varella - MTb 108/2/20

REDAÇÃO:Márcio Varella e José Soares

PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO:Silvia Neves de Oliveira

REVISÃO:Maria do Carmo Nóbrega

e-mail: [email protected]: 85.000 exemplares

Plenário do CFCPresidente

Alcedino Gomes Barbosa

Vice-presidente de Administração

Sergio Faraco

Vice-presidente de Desenvolvimento

Profissional - José Martonio Alves Coelho

Vice-presidente de Controle Interno

Raimundo Neto de Carvalho

Vice-presidente de Registro e Fiscalização

Dorgival Benjoino da Silva

Vice-presidente Técnico

Irineu De Mula

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Agradecimentos

Presidente, acompanho vossa ges-tão desde o início, sempre invocan-do a louvável importância que oSenhor vem demonstrando à soci-edade do que é realmente o papeldo profissional contábil. Todas assuas ações são de suma importân-cia, com destaque ao Manifesto aoMEC a respeito da redução do tem-po para graduação em CiênciasContábeis, bem como os prêmiosaos melhores gestores públicoscom fulcro na Lei de Responsabili-dade Fiscal. Atitudes assim ser-vem para fomentar, ainda mais,nossa “ganância” em praticar e de-fender a Ciência Contábil.

Alexandre [email protected]

www.contabs.com.br

Quero parabenizar o CFC pelaparceria com o Sebrae para a edi-ção do Manual de Procedimen-tos Contábeis para Micro e Pe-quenas Empresas. Agradeço aoPresidente e ao CFC por me en-viar um exemplar desta publica-ção que mostra a transparênciada profissão contábil neste País.Que nesta nova etapa, que nos-so querido BRASIL tem pelafrente com o novo Presidente daRepública, o CFC abra novos ho-rizontes para as grandes parce-rias e novamente levante a pro-fissão contábil na mais elevadaestima pelo País.

Osvaldo Reis - [email protected]

www.federacaomc.org.br

A fiscalização do exercício pro-fissional de contabilista é a atribui-ção primordial do Sistema CFC/CRCs, traçada pelo Decreto-lei9.295/46. Fiscalizar significa prote-ção para a sociedade e garantia demercado de trabalho para o conta-bilista habilitado. Constantemente,esse mercado é atacado por leigos,por profissionais em situação irre-gular ou outros, mas esbarram-sena incansável luta dos fiscais dosConselhos Regionais.

A profissão contábil, dentre mui-tos ranking, contabiliza também amaior marca obtida em trabalhosfiscalizatórios, se comparado comqualquer categoria profissional. Pos-sui a maior e mais bem aparelhadaestrutura de fiscalização e o maiornúmero de fiscais.

O trabalho de prevenção ou re-pressão é exercido por todos os re-gionais, por meio de parâmetros na-cionais, qualificados ou não-qualifi-cados (de quantidades). Verifica-sedesde a regularidade do profissio-nal ou organização contábil, execu-ção da escrituração contábil, a cor-reta aplicação dos Princípios Fun-damentais e das Normas Brasilei-ras de Contabilidade ao pleno cum-primento do dever profissional.

A fiscalização do Sistema CFC/CRCs está bastante aprimorada, noentanto, mudanças estruturais foram

feitas a fim de torná-la mais eficien-te e eficaz. Dentre elas, destaca-mos para 2003 o aumento do nú-mero de trabalhos fiscalizatórios (di-ligências) por fiscal/dia e a inclusãoda DECORE dentre os procedimen-tos de fiscalização qualificada, den-tre outros pontos. Cada fiscal deve-rá realizar, em média, 3,5 diligênci-as por dia (o índice atual é 2,5).

Parte das diligências deve sedestinar à verificação de trabalhosespecíficos, as chamadas diligên-cias qualificadas, que incluem a ve-rificação da existência de escritura-ção contábil, de contrato de presta-ção de serviços, do cumprimentodas NBCs, dos trabalhos de audito-ria e perícia contábil e, agora, inclu-ída como trabalho qualificado a veri-

ficação da regularidade da DECO-RE – Declaração Comprobatória dePercepção de Rendimentos.

O percentual de diligências qua-lificadas em relação ao total de dili-gências, que antes era de 30% pas-sa agora para 50%. Em resumo, dasdiligências realizadas (100%), 30%delas deveriam ser qualificadas (tra-balhos especificados acima) e 70%não-qualificadas (qualquer outra ve-rificação). A partir de agora, essarelação passou a ser de 50% paracada tipo, o que significa uma maiorvigilância sobre cumprimento dodever profissional e a maior qualida-de do serviço contábil e do trabalhofiscalizatório.

Tudo isso tem a finalidade deproporcionar direitos iguais aos con-tabilistas e garantir serviços maisqualificados à sociedade. Se todostêm obrigações iguais, terão direi-tos iguais; devem assim, exercerhonradamente seu mister e receberum honorário condigno.

Garantir esse equilíbrio é umadas tarefas mais sagradas da fisca-lização. Portanto, receba bem nos-sos fiscais, afinal você é um profis-sional consciente e pode colaborarmuito para o engrandecimento daprofissão contábil.

Alcedino Gomes BarbosaPresidente do CFC

[email protected]

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Foi muito oportuno o vosso edito-rial “Contabilista não vota em con-tabilista”, assim como o mapa po-lítico dos candidatos da classecontábil em todo o País. Mas ojornal foi distribuído em prazo re-tardado.

Francisco Otoni SaldanhaCRCBA 5647 - T

[email protected]

Edição de setembro

Errata

Na edição nº 52 (setembro 2002),no mapa da matéria central sobrecandidatos contabilistas, faltou onome do deputado federal reeleitoArnaldo Faria de Sá, representan-te do estado de São Paulo.

Parabéns!

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SESCON E IOBintegrados

A adoção do e-learning – treina-mento profissional pela internet– trabalha com o conceito de queo investimento no Capital Inte-lectual é a melhor estratégiapara garantir o sucesso empre-sarial. Diante disso, o SESCONe a IOB-THOMSON firmaramuma parceria com o intuito deincentivar os associados doSESCON-SP à adoção dessaimportante alternativa. O primeirocurso já teve suas inscrições en-cerradas. Mas outros virão poraí. Maiores informações pelo sitedo SESCON-SP www.sescon.org.br ou da IOBwww.iob.com.br.

De 15 a 17 de outubro de 2003aconteceu a 10º Convenção Na-cional das Empresas de Servi-ços Contábeis, Assesso-ramento, Informação, Perícias ePesquisas, em Florianópolis-SC. O tema do encontro foi a“Excelência na Gestão das Em-presas de Serviços”.

10º Conescap

De 20 a 22 de novembroaconteceu, em Fortaleza-CE, o4º Encontro dos Técnicos emContabilidade do Estado doCeará, com a participação dosconselheiros do CFC MauroNóbrega, Paulo Viana Nunes,Verônica Souto Maior e BernardoRodrigues.

IV ENTEC

Em seis reuniões realiza-das na sede do CFC, emBrasília, no dia 28 de novem-bro, véspera da reunião plená-ria, as Câmaras do ConselhoFederal de Contabilidade deli-beraram sobre recursos pro-cessuais e discutiram normas,resoluções e regulamentos. Asreuniões foram coordenadaspelos vice-presidentes de cadaárea.

A Câmara Técnica, coor-denada pelo vice-presidenteIrineu De Mula, deliberou so-bre consultas feitas ao Con-selho Federal de Contabilida-de sobre Normas Brasileirasde Contabilidade e os Princí-pios Fundamentais de Conta-bilidade. Também analisou re-latórios sobre a participaçãodo CFC em entidades interna-cionais e nacionais e sobre asComissões de Integração doConselho Federal.

O vice-presidente Adminis-trativo, Sergio Faraco, coman-dou a reunião da Câmara deAssuntos Gerais, que analisoua participação de Conselheirosno IV ENESCAP, realizado emnovembro passado, emManaus, e a concessão de au-xílio financeiro para a realiza-ção do XXI Ciclo de EstudosContábeis de Londrina, realizadoem novembro, em Londrina.

O vice-presidente de Registro eFiscalização, José Benjoino da Sil-va, coordenou a reunião da Câmarade Registro e Fiscalização, queanalisou as alterações propostaspara a fiscalização da DECORE edo Código de Ética Profissional doContabilista.

O vice-presidente de Desenvol-vimento Profissional, José MartonioAlves Coelho, presidiu a reunião daCâmara de Desenvolvimento Profis-

Câmaras do CFC discutemnormas e regulamentos

Câmara de Registro e Fiscalização

Câmara de Controle Interno

Câmara de Ética

Câmara de Desenvolvimento Profissional

Câmara de Assuntos Gerais Câmara Técnica

sional. A Câmara discutiu o proces-so que trata do curso de especiali-zação em contabilidade e finançaspromovido por convênio entre o CFC/CRC/Faculdade de Imperatriz(Facimp) e o anteprojeto de lei quetrata da regulamentação do Examede Suficiência. Também foram ana-lisadas as diretrizes curriculares eo programa Contabilizando o Suces-so; os membros da Câmara fizeramum balanço dos Exames deSuficiência realizados em 2002.

O vice-presidente de ControleInterno, Raimundo Neto de Carva-

lho, coordenou a reunião da Câma-ra de Controle Interno, que analisouas prestações de contas do exercí-cio de 2001 dos CRCs da Bahia edo Ceará, a reestruturação do orça-mento de 2002 do CRCMS, os cré-ditos adicionais suplementares aoorçamento para 2002 de váriosCRCs e os balancetes do exercíciode 2002 do CFC e dos CRCs.

E o contador Sudário de AguiarCunha coordenou a reunião da Câ-mara de Ética, que apreciou con-sultas e requerimentos feitos por con-tabilistas e CRCs.

Rogerio Ribeiro

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Entidades do Terceiro Setor terãoManual de Procedimentos Contábeis

O Conselho Federal de Conta-bilidade (CFC) está elaborando umManual de Procedimentos especí-fico para as entidades do chama-do Terceiro Setor: associações,fundações, organizações não-go-vernamentais, todas sem fins lu-crativos.

O grupo de trabalho encarrega-do de elaborar o Manual de Proce-dimentos Contábeis e Prestaçõesde Contas para Fundações e De-mais Entidades de Interesse So-cial está sendo coordenado pelocontador José Antônio de França,do Distrito Federal. França expli-ca que este trabalho é uma evolu-ção da parceria que já existe des-de março deste ano entre o Con-selho Federal de Contabilidade,Fundação Brasileira de Contabili-dade, Ministério Público do Distri-to Federal e Territórios e Associa-ção Nacional de Procuradores ePromotores de Justiça.

Normas específicas O manual de procedimentos

vai atender às necessidadescontábeis dessas entidades do ter-ceiro setor, dos dirigentes dessas

entidades e das pessoas que utili-zam os serviços das entidades,didatizando os modos corretos dese fazer uma boa gestão contábil,como fazer a prestação de contase o controle interno e, além disso,

fazer o histórico dessas entidades.Hoje, diz França, a contabilidadedo terceiro setor é encaminhadadiretamente ao Ministério Público:“Com o manual, as entidades po-derão ter normas contábeis espe-cíficas. É isso que estamos fazen-do, criando mecanismos para afutura adição de procedimentos es-pecíficos por parte do terceiro se-tor”. A primeira reunião do grupode trabalho foi realizada no dia 20de novembro passado. Seus com-ponentes definiram o conteúdo domanual. Cada um deles – além deFrança, os contadores Álvaro Pe-reira de Andrade (PE), CésarAugusto Tibúrcio Silva, LucianoRodrigues de Faria e Iran BritoMascarenhas (todos do DF) – fi-cou responsável pela elaboraçãode um capítulo do manual, quedeverá ficar pronto até o final demarço de 2003, segundo JoséAntônio de França.

O CRCMG está oferecendo atodos os profissionaisregistrados do Estado, ume-mail gratuito, que permiti-

rá enviar e receber correspon-dências eletrônicas. Além dis-so, o Conselho estará mais pró-

ximo do usuário, criando um canal de comuni-cação permanente, que vai garantir acesso atodas as informações sobre cursos,seminários, eventos, atualizações contábeis emuitos serviços aos contabilistas.

O CRCBA realizou no dia 5/12/2002 oIº Fórum Baiano da Mulher Contabilis-ta. O evento contou com a participa-ção das 20 integrantes do ProjetoMulher, do CRCBA. Foram realizadasquatro palestras com os seguintes te-mas: “A participação da mulher napolítica”, “O impacto do Novo CódigoCivil no registro empresarial”, “A atua-ção da mulher na perícia contábil e “Aprofissional contábil e sua influênciapolítica”.

CRCPI

CRCRO

O CRCPI lançou o programa “ContabilizandoEsperança”, numa iniciativa que contempla abandeira da responsabilidade social. Maiores in-formações pelo site www.crcpi.com.br

No dia 29 de novembro, aconteceu o 1º Seminá-rio dos Estudantes de Ciências Contábeis daUNIPEC, em Porto Velho. O evento contou coma participação da palestrante Lilian Prado.

Rogerio Ribeiro

Primeira reunião do grupo de trabalho foi realizada no dia 20 de novembro

A primeira reunião do comitêgestor do Programa CFC/Sebraede Responsabilidade Social eProfissional, o “ProgramaContabilizando o Sucesso”, foirealizada no dia 14 de novembroem Brasília. O comitê acredita queaté o dia 30 de março de 2003 oprograma será implantado emtodos os estados brasileiros.

“Contabilizando o Sucesso” em todo o PaísRogerio Ribeiro

Última reunião do Comitê Gestor, integradopor Juarez Carneiro (CFC), VilmarBiangulo (CFC), José Antônio de França(CFC), José Octávio Knaack (Sebrae),Evandro Manzano (Sebrae) e AndréVideira (Sebrae)

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O plenário do Conselho Federalde Contabilidade aprovou em no-vembro os novos parâmetros de fis-calização para serem executadospelos Conselhos Regionais duran-te o ano de 2003.

DECORE

As novas regras também foramaprovadas pela Câmara de Fiscali-zação, ligada à vice-presidência deRegistro e Fiscalização, em setem-bro deste ano. Uma das principaismudanças foi a inclusão da DECO-RE nas diligências qualificadas. Aprincipal mudança diz respeito à

Demonstrativo das médias de diligências fiscal/dia

Média por região dez/2001 Média por região out/2002

Fiscalização aumenta número dediligências para 3,5 por fiscal/dia

adequação do total de diligênciasa serem realizadas pelos CRCs,passando de 2,5 para 3,5diligências/fiscal/dia. De acordocom as médias do exercício de2001 e do período de janeiro a ou-tubro de 2002 (ver tabela ao lado),o CFC determinou o aumento dasdiligências, considerando o cresci-mento nos dois períodos analisa-dos das diligências qualificadas enão-qualificadas. Esta mudança foiproposta de acordo com um novoconceito, que passou a contarcomo diligência a aferição de do-cumentos na fiscalização dos no-vos parâmetros fiscalizatórios.

5,94

3,66

3,377,59

5,45

4,92

Nordeste

Sudeste

Norte

Centro-OesteSul

BRASIL

Sudeste

Norte 6,87

3,38Centro-Oeste 4,27Sul 6,12

BRASIL5,374,78

Nordeste

Outra mudança adotada peloCFC foi a exclusão do chefe deFiscalização na contagem de di-ligências a serem realizadas. Al-guns Conselhos Regionais, comoo do Paraná, já haviam formali-zado este pedido. Segundo oCFC, este procedimento corrigedistorções na previsão e execu-ção do total de diligências, pois,

Outras mudançasna maioria dos Regionais, os che-fes não fazem diligências.

No entanto, este procedimen-to será aplicado somente nos Re-gionais que tiverem mais de 1(um)fiscal. O CRC que tiver apenas umfiscal terá a obrigação de fazer asdiligências mínimas programadas.

Para ficar mais claro, a vice-presidência de Registro e Fiscali-

zação dá o exemplo de um Con-selho Regional com cinco fiscais(1 chefe e 4 fiscais). Pela conta-gem antiga, ficaria assim: 5 fiscaisx 21 dias x 2,5 diligências x 11meses = 2.887 diligências a se-rem realizadas por ano. Pela con-tagem nova: 4 fiscais x 21 dias x3,5 diligências x 11 meses = 3.234diligências por ano.

Inclusão da DECORE

Em novembro, o Plenário doCFC aprovou alteração da Resolu-ção 890/00, que incluiu a DECO-RE nas diligências qualificadas. Asmudanças exigiram que 12% dototal das diligências programadase realizadas sejam direcionadaspara este novo parâmetro.

Tipo Dez/2001 Até out/2002

Qualificadas 2,06 1,9Não-Qualificadas 2,72 3,03

Média Geral 4,78 4,93

Segundo as novas regras, os CRCs terão de adequar o percentual das diligências qualificadas a serem realizadas de 30% para 50%, devidoà alteração dos percentuais mínimos de diligências dos parâmetros de fiscalização e da inclusão de um novo parâmetro (a DECORE). Tambémdeverá ser adequado o percentual das diligências não-qualificadas de 70% para 50%.

Proposta para fixação dos percentuais de fiscalizaçãoDiligências qualificadas

0,5% .........Fiscalização - Perícia Contábil0,5% .........Fiscalização - Auditoria Contábil9% .........Fiscalização - Demonstrações Contábeis12% .........Fiscalização - DECORE14% .........Fiscalização - Elaboração de Escrituração Contábil14% ..........Fiscalização - Elaboração de Contrato de Prestaçãode Serviços Profissionais

Diligências não-qualificadas50% - Demais Diligências

Comparação da segregação do total de diligências

2,5...........70% não-qualificadas = 1,75 diligências 30% qualificadas = 0,75 diligências3,5...........50% não-qualificadas = 1,75 diligências 50% qualificadas = 1,75 diligências

O CFC não alterou a quantidade das diligências não-qualificadas que, conceitualmente, é realizada pelo deslocamento do fiscal. Para quetodas essas metas sejam cumpridas, o CFC está fazendo o ajuste do Manual de Avaliação do Desempenho Fiscalizatório dos ConselhosRegionais. As novas instruções já foram encaminhadas aos CRCs.

Percentual de realização de diligências qualificadas e não-qualificadas

Fiscalização - Elab. de Escrit. Contábil 16% 13%

16% 14%

57% 61%

Fiscalização - Auditoria Contábil

Fiscalização - Demostrações

10%

70%

14%

Tipo Dez/2001 Até jul/2002

Fiscalização - Perícia Contábil 0,5% 0,6%

0,3% 0,4%

8% 9%

Perc. Originais

Fiscalização - Autoria Contábil

Fiscalização - Demostrações contábeis

0,25%

0,25%

5%

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Contabilistas eleitos definem novopapel político da categoria no PaísA classe contábil está de

parabéns. Dos 352 contabilis-tas candidatos às eleições2002, 42 foram eleitos. Segun-do o Tribunal Superior Eleitoral,houve um aumento de 20% nonúmero de contabilistas eleitosem outubro passado em rela-ção às eleições de 1998. A partirdeste mês de janeiro, esses 42contadores e técnicos em con-tabilidade participarão do PoderLegislativo, em nível federal ouestadual: 27 estarão represen-tando a categoria da novaLegislatura de 2003 no Con-gresso Nacional: 3 como depu-tados federais eleitos e 24como deputados federaisreeleitos; 15 foram eleitos de-putados estaduais, entre eles 1deputado distrital, pelo DistritoFederal.

Outro fato que deve ser des-tacado a favor da classe contábilnessas eleições foi a candida-tura das mulheres Contabilistas,que mostraram muita corageme determinação em suas cam-panhas políticas. Do total decontabilistas candidatos ao

Legislativo, 11,1%, segundo oTSE, eram mulheres. E do totalde contabilistas candidatos parao Executivo, 50% também perten-ciam ao sexo feminino. Por isso,elas merecem nosso respeito enosso aplauso.

Os resultados obtidos nas elei-ções de 2002 mostram que a ca-tegoria está dando sua respostaao pedido do contador AlcedinoGomes Barbosa, feito na sua pos-se como presidente do CFC: “Ape-sar de estarmos influindo nas de-cisões do Congresso Nacional pormeio, por exemplo, do Núcleo deEstudos Contábeis e Tributários,podemos e devemos ir adiantenesse ideal. Os Contabilistas pre-cisam deixar de ser coadjuvantesno processo de escolha das nos-sas lideranças. A classe contábiljá está madura o bastante para as-sumir um dos papéis principais edar a sua contribuição efetiva naelaboração das nossas leis e nadefinição de políticas essenciaispara a classe e para a sociedade.Precisamos despertar para a par-ticipação política, espaço aindanão-ocupado por nós.”

Contabilistas candidatos eleitos paradeputados federal e estadual/distrital

Deputados Federais

Contabilistas eleitos

Luiz Gonzaga Patriota (PSB-PE) *Odacir Zonta (PPB-SC) *Paulo Roberto Bauer (PFL-SC) *Sandro Antonio Scodro (PFL-GO) *

Contabilistas reeleitos

Abelardo Lupion (PFL-PR)Almeida de Jesus (PL-CE)Antonio Cambraia (PSDB-CE)Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) *Asdrúbal Mendes Bentes Júnior (PMDB-PA) *Cabo Júlio (PST-MG)Carlos Dunga (PTB-PB)Chico da Princesa (PSDB-PR)Corauci Sobrinho (PFL-SP)Dilceu João Sperafico (PPB-PR) *Heleno Augusto de Lima (PSDB-RJ)Edinho Bez de Oliveira (PMDB-SC) *Francisco Dornelles (PPB-RJ)Gervásio José da Silva(PFL-SC) *Hermes Parcianello (PMDB-PR) *José Borba (PMDB-PR) *Moroni Torgan (PFL-CE)Mussa Demes (PFL-PI) *Neuton Lima (PFL-SP)Osmar José Serráglio (PMDB-PR) *Amarildo Martins da Silva (PPB-TO) *Raimundo Santos (PL-PA) *Roberto Soares Pessoa (PFL-CE) *

Deputados Estaduais/Distritais

Contabilistas eleitos

Antônio Ribeiro de Alburquerque (PTB-AL)Delio Parrini Iglésias (PSC-ES)Donizete Pereira Braga (PT-SP)Edson Vargas Barbosa (PMN-ES) *Enio Francisco Tatto (PT-SP) *Flávio dos Santos Chaves (PTN-RR) *Gilberto Gonçalves da Silva (PMN-AL) *José Geraldo Riva (PSDB-MT) *José Maria Ferreira (PDT-PR) *Júlio César Garcia (PFL-SC)Nelson José Tureck (PSDB-PR) *Raul Prudente de Moraes (PSDB-RR)Reno Caramori (PPB-SC)Valdir Luis Rossoni (PTB-PR)Izalci Lucas Ferreira (PFL-DF) *

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PE - 2

AL - 2

BASE

MG - 1

ES - 2

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SC - 6

MS

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42Contabilistas

eleitos

* Com registro em CRCs

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Mas o sucesso dos contabi-listas neste ano não se restringiuapenas aos eleitos para manda-tos populares. Os que deverãoocupar cargos no Executivo mos-tram a evolução da categoriacontábil através dos tempos. É ocaso do contador, professor etributarista Antoninho MarmoTrevisan, um dos nomes da con-tabilidade brasileira mais conhe-cidos no Brasil e no exterior.

Cotado, até a primeira sema-na de dezembro, para ocupar umcargo importante no alto escalãodo governo federal, Trevisan sem-pre foi um defensor da maior par-ticipação dos contadores na dire-

Os contabilistas eleitos prome-tem defender em seus mandatosos temas discutidos durante acampanha, que versam, invariavel-mente, sobre a valorização daclasse contábil. Esses temas de-verão colaborar com as políticasde mudanças implantadas no Sis-tema CFC/CRCs.

Um dos temas mais utilizadospelos contabilistas-candidatos du-rante a campanha foi a implanta-ção de leis que valorizem o profis-sional contábil. Dos candidatos adeputado federal, pelo menos qua-tro contabilistas defenderam a in-clusão, nos Conselhos Fiscais dosgovernos estaduais e federal, deum contador.

Para os contabilistas eleitospela primeira vez, a Câmara Federalreserva muito trabalho, como asdiscussões e a votação da Lei dasS.A., as regras inerentes aoConselho Federal de Contabilidadee à Comissão de ValoresMobiliários e, principalmente, areforma tributária.

No Rio de Janeiro, por exemplo,muitos candidatos seguiram osconselhos do controlador-geral domunicípio, Lino Martins da Silva. “Oscandidatos devem saber que a con-tabilidade deve ser regida pelo regi-me da competência e não pode sercomandada, apenas, pelos fatos or-çamentários-financeiros. Temos deproceder ao registro de todos osfatos administrativos”, ensinou LinoMartins.

Muitos contadores foramreeleitos para a Câmara Federal.Um deles, o contador MussaDemes, reeleito pelo PFL do Piauí,

é um dos parlamentares que maislutaram pela reforma do sistema tri-butário no País. Ele foi relator doprojeto de reforma tributária há doisanos, quando a Comissão Especi-al de Reforma Tributária da Câma-ra era presidida pelo deputado

Germano Rigotto (PMDB-RS), elei-to governador do Rio Grande do Sul.O projeto, apesar das promessase do esforço do Conselho Federal

de Contabilidade, não foi votadopelo Plenário, apesar de aprovadona Comissão. Para o deputado, aparticipação do CFC no Núcleo deEstudos Contábeis e Tributários daCâmara foi fundamental para o bomandamento dos trabalhos. “Por

meio de sugestões e pareceres téc-nicos, o CFC em muito contribuiue ainda vai contribuir para a evolu-ção da contabilidade do Brasil”, elo-

gia o deputado.Mussa Demes também defen-

de a maior participação dos conta-dores em órgãos do Governo: “Te-nho certeza de que isso só vai tra-zer benefícios para a população,principalmente para os contribuin-tes que vivem cobrando mais trans-parência das contas ao Governo”,afirma.

A Câmara Legislativa do Distri-to Federal terá apenas um contabi-lista atuando como deputadodistrital nesta legislatura. IzalciLucas Ferreira (PFL-DF), 46 anos,nascido em Araújos-MG, chegouem Brasília no dia 31 de janeiro de1970, então com 13 anos.

Izalci trabalhou em banca de re-vistas, vendeu salgadinhos na ro-doviária, trabalhou como engraxa-te e acabou se formando em Ciên-cias Contábeis pela Associação deEnsino Unificado do Distrito Fede-ral (AEUDF) em 82. Aumentar ainfluência do contabilista no Gover-no do Distrito Federal é o carro-che-fe do trabalho que Izalci pretendedesenvolver na Câmara Legislativa.“Basicamente, vamos lutar pelatransparência na aplicação dos re-cursos do Executivo e da própriaCâmara. Para isso, temos de au-mentar a participação do contabi-lista nos conselhos fiscais das em-presas do governo e nas auditoriasinternas. Pretendemos apresentarprojetos de lei, que também facili-tem o acesso do contador aos ór-gãos públicos, diminuindo a buro-cracia. Nós, contabilistas, somosresponsáveis diretos pela arrecada-ção do Governo”, afirma o deputa-do eleito.

ção e assessoramento de órgãospúblicos. Para ele, sem uma refor-ma tributária simples e eficiente oBrasil terá dificuldades para desen-volver sua economia. “Com todo oplaneta envolvido pela facilidade dacomunicação via rede de computa-dores, num certo momento pareceuque transferir necessidades de umpovo para outro fosse lógico. Já nadécada de 20, os modernistas bra-sileiros pregavam a antropofagia li-terária e artística, combinando oselementos primitivos de nossa cul-tura ao pensamento europeu de van-guarda. Quem sabe tenha sido esteo primórdio da globalização no Bra-sil. Mas importar estilo parece que

não faz tanto sucesso assim no mundodos negócios”, afirma.

E conclui: “E agora, abalado por ata-ques provenientes de culturas que seorgulham de seus princípios – arcaicos,do ponto de vista ocidental –, o Primei-ro Mundo se surpreende com a debili-dade da sua onipotência. Eis aí uma ex-celente oportunidade para o Brasil e ou-tros países emergentes: nossa po-sição secundária parece ser ago-ra um grande trunfo nesse mun-do globalizado. Vamos, portan-to, trazer de fora o que realmen-te faz diferença para nós e ex-portar marcas que se transfor-mem em referência e pontosde encontro”.

Trevisan defende maior participação dos contadores no Governo federal

Como os eleitos pretendem trabalhar

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Os contabilistas eleitos trabalharão para criar leis que beneficiem a classe contábil

Divulgação

Izalci Lucas Ferreira, deputado distrital Mussa Demes, deputado federal

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• XVII Congresso Brasileirode Contabilidade2004 – São Paulo–SP

• Prêmio CFC de GestãoFiscal Responsávelmaio 2003 – Brasília–DF

• IV Encontro Nacional daMulher Contabilista20 a 22/3/03 – Belo Horizonte–MG

• ENECICjulho/2003 – Campo Grande–MS

• Conescnov./2003 – Florianópolis–SC

Fórum Nacional deProfessores de Contabilidade13 a 15/8/2003 – Gramado–RS

• Congresso Mundial deContadores2004 – Istambul/Turquia

• XXV ConferênciaInteramericana deContabilidade7 a 10/9/2003 – Panamá

• V CongressoInteramericano deProfessores da Área Contábil11 e 12/9/2003 – Panamá

• XXVI ConferênciaInteramericana deContabilidade2005 – Brasil

• VII Seminário Latino-Europa América - CILEA24 a 26/8/2003 - Fortaleza-CE

Consulte os demais eventosprogramados no site do CFC:www.cfc.org.br.

STF define personalidadejurídica dos órgãos de classe

O Supremo Tribunal Federal(STF) considerou inconstitucional oart. 58 da Lei nº 9.649/98 que defi-nia, entre outras questões, a per-sonalidade jurídica dos conselhosde fiscalização profissional. Deacordo com o artigo, os conselhosseriam pessoas jurídicas de direitoprivado.

A decisão do STF foi provocadapor uma Ação Direta deInconstitucionalidade (ADIn) movi-da por três partidos políticos (PT,PCdoB e PDT). O ministro relatordo processo, Sydney Sanches, en-tendeu que, por serem criados porlei e terem poder de polícia, os con-selhos não podem ser declaradosde personalidade jurídica de direitoprivado. O voto do relator foi segui-do, por unanimidade, pelos minis-tros da casa.

Visão do CFCDe acordo com o Consultor Ju-

rídico do CFC, Pedro Miranda, o ve-redicto do STF não altera em nadaas rotinas ou qualquer prática doConselho. Ele respalda essa afir-mação lembrando que o que balizaa atuação do Sistema Contábil Bra-sileiro é o Decreto-lei nº 9.295/46que criou o CFC e os CRCs.

Pedro Miranda ressalta, ainda,

que, na verdade, o art. 58 da Lei nº9.649/98 era um dispositivo genéri-co que dispunha sobre todos osconselhos de fiscalizaçãoprofissional quando o ideal é quecada uma das entidades sejaregida por lei específica. O Consul-tor Jurídico argumenta, no entanto,que o fato de o CFC e os CRCsnão serem entidades jurídicas dedireito privado não significa que elessejam autarquias públicas. Paraembasar essa afirmação, PedroMiranda recorre ao Decreto-lei nº9.295/46 e lembra que a legislaçãoque criou os Conselhos de Conta-bilidade não os define comoautarquias, nem os coloca na órbi-ta da administração pública: “se a

lei não diz autarquia não pode serdeclarado por construção de juris-prudência”, defende Pedro Miranda.

Então qual seria a personalida-de jurídica dos Conselhos? Para oconsultor, essas entidades são ins-tituições sui generis que prestamum serviço de interesse público: oregistro e a fiscalização daquelesque exercem a atividade contábil.Caso houvesse alguma subordina-ção à administração pública, cabe-ria recurso das decisões do Siste-ma Contábil ao órgão da esfera fe-deral ao qual os conselhos fossemsubordinados e os contabilistas se-riam julgados, em última instância,por leigos e não por profissionaisda área.

Os ministros do Supremo Tribunal Federal no julgamento da ADIn 1717

Rogerio Ribeiro

CFC luta para evitar que CNE reduzatempo do curso de Ciências Contábeis

O Conselho Federal de Conta-bilidade está lutando para evitar queo Ministério da Educação diminuao tempo de duração dos cursos deCiências Contábeis, de quatro paratrês anos. O CFC já oficializou opedido por meio de um ofício e, noúltimo dia 2 de novembro, partici-pou de uma audiência, juntamentecom representantes dos ConselhosFederais de Economia, de Admi-nistração, de Engenharia, de Bio-logia e de Farmácia com o presi-dente do Conselho Nacional deEducação (CNE), professor JoséCarlos Almeida da Silva. A propos-ta de diminuição do tempo dos cur-sos foi proposta pelo CNE, por meiode Portaria. Representando o CFC,o conselheiro Sudário de Aguiar Cu-

nha, que também é o coordenadorda Câmara de Ética do ConselhoFederal, argumentou com o presi-dente do Conselho Nacional deEducação que os cursos de Ciên-cias Contábeis não podem ter du-ração menor que quatro anos sobo risco de prejudicar a formação dofuturo profissional. O professor JoséCarlos Almeida da Silva lembrouaos participantes da reunião que apartir de agora, segundo a nova Leide Diretrizes e Bases da Educa-ção, o diploma expedido pelas ins-tituições de ensino não terão maiso caráter de qualificação profissio-nal. “Os Conselhos Federais terãode se adaptar a essa nova realida-de, avaliando entre as pessoas queapresentarem diplomas quais es-

tarão em condições de ingressar nocampo profissional”, disse o presi-dente do Conselho Nacional deEducação.

O Ministério da Educação aindanão decidiu se vai manter ou não aPortaria que diminuiu o tempo deduração dos cursos. Os processosreivindicando a extinção da Portariaestão sendo estudados por técnicose professores do MEC.

Ainda neste ano, o presidente doCFC, Alcedino Gomes Barbosa, eo vice-presidente de Desenvolvimen-to Profissional, José Martonio AlvesCoelho, mantiveram audiência como ministro da Educação, Paulo Re-nato, quando trataram dessa ques-tão. O ministro encaminhou o pedi-do e até agora nada foi decidido.

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� MPOG - Ministério doPlanejamento, Orçamento eGestão

O famigerado concurso para ana-lista de planejamento e orçamentoe especialista em políticas públi-cas e gestão governamental deveter o edital publicado em breve.Profissionais de nível superior emCiências Contábeis costumamaderir ao concurso pelas carac-terísticas da função.

� Tribunal de Contas doParaná – Cargo de auditor

Inscrições e informações pelosite www.esaf.fazenda.gov.br.Salários variam de R$ 4.200 a R$11.700.

� ANTT – Agência Nacionalde Transportes Terrestres

Inscrição on-line para o cargo deauditoria econômica financeira deprojetos, pelo site www.cespe.unb.br. Os salários variam de R$2.000 a R$ 6.000.

� ANTAQ – Agência Nacionalde Transportes Aquaviários

Inscrições on-line pelo sitewww.cespe.unb.br. Remunera-ção de R$ 1.800 a R$ 5.300. Va-gas para profissionais deCiências Contábeis em geral.

� ANATEL – Agência Nacionalde Telecomunicações

Vagas para profissionais de con-tabilidade de nível superior. Salá-rios de R$ 1.800 a R$ 5.700. Ins-crições on-line pelo sitewww.cespe.unb.br.

� ANEEL – Agência Nacionalde Energia Elétrica

Vagas para profissionais de con-tabilidade de nível superior. Salá-rios de R$ 2.000 a R$ 7.100. Ins-crições on-line pelo sitewww.cespe.unb.br.

O contabilista e conselheiro do CFC Miguel Ângelorepresentou o presidente do CFC, Alcedino Gomes Barbosa,na cerimônia de colação de grau do curso de CiênciasContábeis da Universidade de Brasília, no último mês denovembro. Durante a solenidade, Miguel Ângelo destacou emseu discurso o Exame de Suficiência e os convênios firmadosentre o Conselho Federal e as instituições de ensino do País,entre elas a UnB, para a implantação de cursos de mestrado.

Colação de grau

Visitantes em 29 de novembro de 2002. Rodomiro Vieira de Sousa – Delegado de Posse-GO; Lúcia de Fátimada S. Oliveira – Delegada de Olinda-PE; Carlos Roberto Nolêto – Delegado de Barra do Garça-MT; RejaneTeresinha da Rosa – Presidente do Sindicato de Ijuí-RS; Wilson Gomes Lunardini – Delegado de São Borja-RS;Lourival Pereira Amorim – Conselheiro do CRCSC; Lygia Maria Vieira Sampaio – Conselheira do CRCRJ

Projeto CFC em um dia

Programação de novembro

Rogerio Ribeiro

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Além do IV ENESCAP, que aconteceu nos dias 27 e 28 em Manaus-AM, novembro foium mês com muitos eventos importantes para a classe contábil, como o Seminário “3ºSetor e a Construção de Paradigmas de Responsabilidade”, realizado em Porto Alegre-RS no dia 26; VII SEACON, de Petrolina-PE (de 7 a 9); II SEACON de João Pessoa-PB(8 e 9); e o VIII Encontro de Contabilistas, Entidades e Empresas de Serviços Contábeisdo Estado da Bahia, evento realizado de 20 a 22 em Porto Seguro-BA.

Com o objetivode ampliar assuas ações, oCRCMA crioumais quatro Dele-gacias que estãobeneficiando aclasse contábilde alguns municí-pios maranhenses. Agora, os contabilis-tas dessas regiões não precisam maisse deslocar até a capital para resolveremassuntos relacionados à profissão. Des-centralizando os serviços, o Conselho es-tabelece um atendimento regionalizadomais ágil e mais eficiente à classecontábil do Estado.

CRCMA interiorizasuas ações

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ANÚNCIO RBC

(ATM).

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Portal Contábil

Está em teste o novo PortalContábil. O endereço do site éwww.cfc.org.br. Entre os linksprincipais está a Agência deNotícias do CFC, com atualiza-ções de 40 em 40 minutos.

Mulher Contabilista

Em dezembro, acontecem doisfóruns direcionados à mulher con-tabilista. O primeiro aconteceudia 13/12, em Cuiabá-MT. O ou-tro será realizado em Manaus-AM, dia 20/12. Ambos contaramcom a presença da presidente daFundação Brasileira de Contabi-lidade, Maria Clara CavalcantiBugarin, e com a coordenadoranacional do Projeto Mulher Con-tabilista, Silvia Mara Leite Caval-cante.

No dia 11 de dezembro, foi apro-vada a Complementação deVoto do Relator EmersonKapaz, com Substitutivo ao PL3.741/2000 e com rejeição de to-das as emendas ao Substitutivo.A Complementação de Voto foicontestada com força pelos de-putados Márcio Fortes (PSDB-RJ), que havia feito Pedido deVista ao Projeto em 12/12/2001,e Marcos Cintra (PFL-SP). Otexto está nas mãos da Comis-são de Constituição e Justiça ede Redação da Câmara.

PL 3.741/2000

Congresso Mundial de Hong Kong busca novo caminho para o contador

Buscar uma nova definição eum novo caminho para o conta-dor do século 21 por meio de no-vos conhecimentos. Este foi otema geral do XVI CongressoMundial de Contabilidade realiza-do em Hong Kong, China, entreos dias 18 e 21 de novembro pas-sado. O Congresso teve a parti-cipação de representantes doConselho Federal de Contabilida-de: seu presidente, Alcedino Go-mes Barbosa, o vice-presidenteAdministrativo do CFC, SergioFaraco; o coordenador do Comi-tê de Revisão Externa, José An-tonio de Godoy, e o vice-presiden-te Técnico do CFC, Irineu De Mula.

Os principais palestrantes fo-ram os contadores Hebert Saint-Onge, do Canadá; SamuelDipiazza, dos EUA; David

Tweedie, da Inglaterra; Paul Volker,do Banco Central norte-americano;René Ricopl, da França; TsuguokiFujinuma, presidente da IFAC; eXiang Huaicheng, ministro das Fi-nanças da República Popular da Chi-na. Todas as palestrasbuscaram redifinir o tra-balho contábil, tendoem vista a moderni-dade das informaçõese dos conhecimentos,que mudaram o mun-do dos negócios e docomércio.

Também foramrealizados quatroworkshops, coorde-nados pelos conta-dores Tim Curry (In-glaterra), EverettJohnson (EUA),

Sergio Faraco, vice-presidente de Administração; AlcedinoGomes Barbosa, presidente; José Antonio de Godoy,conselheiro; e Irineu De Mula, vice-presidente Técnico,integrantes da delegação do CFC presente ao Congresso

Dietz Mertin (Alemanha) eWim de Bruijn (Nova Zelândia).Esses debates discutiram aglobalização, a tecnologia, otrabalho do auditor e das agên-cias de contabilidade.

Primeiro-ministro da China, Zhu Rongji, fala aos participantes do XVI Congresso Mundial de Contabilidade

A primeira mulher eleita para uma prefeitura no Brasil foi a fazendeira AlziraSoriano, em 1929, na cidade de Lages, no Rio Grande de Norte. Mas ela não

exerceu o mandato, pois a Comissão de Poderes do Senado anulou os votosde todas as mulheres da cidade. A primeira senadora brasileira foi Eunice

Michilis, do Amazonas. Ela era suplente e assumiu o cargo em 1979, após amorte do senador José Esteves. O Acre foi o primeiro estado do País que elegeuuma senadora negra, a médica Laélia Alcântara. A segunda foi Benedita da

Silva. A paulista Carlota Pereira de Queiroz foi a primeira mulher eleita deputadafederal, em 1933, por São Paulo. Em 1998, Roseana Sarney foi a primeira mulher a

ser eleita governadora no Brasil, no Maranhão. Mas a primeira a governar um estado foi IolandaFleming, em 1986, no Acre, para completar o mandato de Nabor Júnior. Fonte: Revista Cidades do Brasil

Mulheres no poder

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Entrevista

Pedro Coelho Neto*

Fenacon quer o fim dosimpostos em cascata��.������������ � ����������������*� ��������� �������

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Entre os projetos da FederaçãoNacional das Empresas de Servi-ços Contábeis e das Empresas deAssessoramento, Perícias, Infor-mações e Pesquisas (Fenacon)para o ano de 2003 está a realiza-ção de uma ampla pesquisa paralevantar o perfil das mais de 62 milorganizações contábeis do Brasil.O CFC participará como parceirona pesquisa.

Todas as or-g a n i z a ç õ e sc o n t á b e i sregistradas nosCRCs deverãoser consulta-das. A Fenaconpretende iniciar esse projeto o maisrápido possível, e o resultado dapesquisa, em forma de livro, deveser divulgado durante a realizaçãoda X Conescap - Convenção Naci-onal das Empresas de ServiçosContábeis, Assessoramento, Infor-mação, Perícias e Pequisa, emoutubro de 2003, no Centro deConvenções de Florianópolis. Osoutros projetos da Fenacon para2003 são analisados nesta entre-vista com o presidente da entida-de, contador Pedro Coelho:

Jornal do CFC – Como estásendo feita a informatização dossindicatos filiados à Fenacon?

PC – A Fenacon está investin-

do na informatização de todos ossindicatos filiados. A implantaçãoestá sendo implementada de formaacelerada e a expectativa é de queesteja concluída até o mês de mar-ço/2003.

Jornal do CFC – A Fenaconpensa em instalar sua sede emBrasília?

PC – Há umconsenso quan-to à necessida-de de a Federa-ção se instalarde forma definiti-va em Brasília, afim de facilitar o

acompanhamento dos seus pleitosperante os poderes da República ea Confederação Nacional do Comér-cio (CNC). Esta é uma das metasda atual diretoria, que deverá serincrementada neste exercício.

Jornal do CFC – O senhoracredita na ampliação do Simplespara as empresas filiadas àFenacon?

PC – A luta é permanente. Háhoje uma forte possibilidade de queessa reivindicação venha a seralcançada, fruto do trabalho inces-sante do Sistema Fenacon, apoia-do pelo Núcleo Parlamentar deEstudos Contábeis e Tributários daCâmara dos Deputados.

Jornal do CFC – E quanto aocadastro de responsabilidade téc-nica, o senhor acredita na sua im-plantação?

PC – A Fenacon tem estimula-do o CFC a instituir e a implantar ocadastro de responsabilidade téc-nica. Entendemos que isto trarágrande valorização para o prestadorde serviços, possibilitará umamaior estabilidade para o mercadode serviços e possibilitará uma me-lhor fiscalização por parte dosRegionais.

Jornal do CFC – Que tipo de re-forma tributária a Fenacon defende?

PC – Temos consciência danecessidade de se realizar umareforma tributária ampla, de modoa eliminar osimpostos emcascata, ampli-ar a base de tri-butação, simpli-ficar os meca-nismos de arre-cadação e es-tabilizar a legislação.

Jornal do CFC – Qual a expec-tativa do CFC em relação ao novoGoverno?

PC – Esperamos grandes mu-danças, principalmente no que tan-ge à prioridade para os projetos so-ciais. Obviamente, isto exigirá gran-

des investimentos estruturais eenorme volume de recursos. Secontinuarmos, simplesmente, acei-tando as condições impostas pe-los nossos credores, por mais quetrabalhemos, dificilmente consegui-remos sobras que permitam estesinvestimentos. No que se refere àpolítica interna, imagina-se que oGoverno Lula estará mais aberto aodiálogo e à negociação.

Jornal do CFC – Como o se-nhor vê o Projeto de Integração Sin-dical proposto pelo CFC?

PC – A idéia é das mais pro-missoras, muito embora demandealgum tempo para que consigamosnos conhecer melhor e ver em queas entidades podem se ajudar mu-

tuamente. Osimples fato denos reunirmossistematicamen-te já é um pro-gresso e, comcerteza, trará fru-tos positivos para

todos. O importante é que as pes-soas se desarmem e procuremsomar, jamais dividir, pois há lugarpara todos os que queiram traba-lhar em prol do outro.

* Pedro Coelho Neto é contadore presidente da Fenacon

“Na política interna, oGoverno Lula estarámais aberto ao diálogo eà negociação”

“Defendemos uma re-forma tributária que ve-nha a eliminar os impos-tos em cascata”

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Sarquis: “Fui um bom professor”� ��������� ��� ���� �������

O esforço de adaptação das empresas pioneirasUma das empresas contábeis

mais antigas da cidade de SãoPaulo, a Ética Auditores e Con-sultores S/C, recebeu o registro67 do CRCSP em 1948. A empre-sa foi fundada em 1942 por trêscontadores: Mário de Santi Filho,que também era advogado,

Manoel Margato Filho e José Fiori.No mesmo ano em que ganhou aconcessão do CRCSP, a empre-sa contratou um auxiliar de escri-tório de naturalidade japonesa,Chuichi Watanabe. Na FundaçãoÁlvares Penteado, Chuichi fez oantigo curso propedêutico. Em1972, na mesma escola, ele fez ocurso de Ciências Contábeis.

Naquele tempo, a Ética funcio-

nava no centro da capital paulista.Depois de trabalhar quase 30 anosna empresa, depois de formado,Chuichi tornou-se sócio da empre-sa. “Naquela época tínhamos maisde 20 funcionários e 80 clientes”,lembra. Em 1978, quando foi pro-mulgada a Lei das S.A., Chuichiparticipou dos cursos elaboradospela USP para ensinar como fazeras mudanças.

Há cerca de dez anos, a Éticamudou de endereço – está instala-da no número 153 da Rua Benja-min Constant (centro).“A recessãoeconômica foi diminuindo a empre-sa, aos poucos”. Chuichi, hoje, ésócio da empresa juntamente como contador Jaílton Pereira de Sou-za. “Estou me aposentando, depoisde trabalhar durante 50 anos na Éti-ca”, diz com saudades do tempoem que a empresa tinha mais de80 clientes, entre eles a fábrica demeias Lupo, laticínios Mococa, in-dústrias Negrini.

O que ele mais gosta de lem-brar são os cursos que ministroupor todo o Brasil, em convênio coma empresa IOB, mostrando as mu-danças nas demonstraçõescontábeis com a nova Lei das S.A.

Chuichi é viúvo, tem dois filhos edois netos.

Concorrência

Outra empresa pioneira que per-deu muitos clientes devido àrecessão da economia brasileira éa Carazinho Bureau, de Carazinho-RS, a 280 quilômetros da capitalPorto Alegre. A empresa é uma daspioneiras da cidade: recebeu regis-tro número 21 do CRCRS em 1948.Foi fundada pelos irmãos ArmindoAntônio Xavier da Cruz e JoãoAlberto Xavier da Cruz. Hoje, o ir-mão mais novo, Josino Assis daCruz, de 70 anos de idade, coman-da a empresa, que deve continuarnas mãos da família, com a forma-tura da filha Josiara em CiênciasContábeis. Josino está à frente daempresa há 36 anos. Ele formou-se no antigo curso propedêutico noColégio La Salle, de Carazinho, ci-dade que tem hoje 67 mil habitan-tes. A empresa, que nos anos 60tinha mais de 150 clientes, hojetem uma carteira de 60 clientes, amaioria dos setores de comércio eserviços. Um dos motivos que le-vou à diminuição do número de cli-

entes foi o aumento consideráveldas empresas de contabilidade dacidade. “Temos hoje emCarazinho mais de 50 empresasde contabilidade, o que é muitopara uma cidade deste porte”, ex-plica Josino.

Ele e seus funcionários fazemo possível para se manterematualizados em relação a novosconhecimentos contábeis, fazen-do cursos e assinando publica-ções especializadas, como aRBC. “Informatizei a empresa efaço todos os cursos promovidospelo CRCRS, mas também soucorretor de seguros, que é o quesegura a barra por aqui. Se nãofosse isso, estaria passandofome”, afirma Josino.

O contador Salomão FelipeSarquis, de 80 anos de idade, foium dos fundadores do CRCRJ,com o registro 41. Formou-se emContabilidade em 1940 pela Esco-la Superior de Comércio do Rio deJaneiro; três anos depois, formou-se em economia pela Faculdade deEconomia e de Finanças do Rio deJaneiro. Trabalhou como auditor até1980 na empresa Ciclope Audito-ria Contábil, que existe até hoje; foicontador-geral da estrada de ferroCentral do Brasil e primeiro conta-dor da Rede Ferroviária Federal.

Durante 60 anos ininterruptos,Salomão exerceu o magistério,sempre atuando na área de méto-dos quantitativos aplicados à Eco-nomia, Administração de Empre-sas e Contabilidade, em várias es-colas, faculdades e universidadesdo Rio. Foi fundador e professor daEscola Nacional de Ciências Esta-tísticas do Rio de Janeiro. Na Fa-culdade de Economia e Finançasdo Estado, foi professor do econo-mista e ex-ministro da FazendaMário Henrique Simonsen.

Salomão casou-se em 1954com Neli da Fonseca Sarquis. Ti-veram dois filhos (engenheiros).“Deus me deu muito mais do quemereço, e hoje continuo aqui, en-velhecendo sob protestos, mas or-gulhoso de ter sido um bom pro-fessor, a profissão que mais ameina vida”.

Metalúrgica e Senac

Outro pioneiro da contabilidadebrasileira, Ademar Zettel tem hoje76 anos de idade. Ele nasceu emCuritiba e, praticamente, passoutoda a sua vida profissional traba-lhando como contador do ServiçoNacional do Comércio (Senac) dacapital paranaense. Ademar foi umdos fundadores do CRCPR – seuregistro recebeu o número 72. O pi-oneiro curitibano iniciou seus estu-dos no Colégio Progresso, ondetambém fez o curso de Técnico emContabilidade (antigo prope-dêutico). Na Universidade Federaldo Paraná, em 1947, ele concluiuo curso de Economia.

Enquanto estudava, Ademar tra-balhava como auxiliar de escritóriona Metalúrgica Schincel, que fica-va no bairro Alto da XV. “Trabalheilá durante 26 anos. Comecei como“boy” e cheguei a contador. Saí daempresa em 1968 e entrei para oSenac, onde trabalhei até 1998,quando me aposentei”, recorda.

Ademar defende a atualizaçãode conhecimentos por parte doscontabilistas. “Quando comecei,usava máquina de escrever e diário

copiativo. Hoje, o computador mu-dou as coisas. A velocidade das in-formações é muito grande e nós te-mos de ter muita agilidade paraprocessá-las”, afirma. Ele casou-seem 1951 e tem três filhos (arquite-to, engenheiro e professor de ma-temática). “Nenhum quis seguir acarreira do pai. Mas hoje sou mui-to feliz. O que me preocupa um pou-co é a economia brasileira. Vamosver se com o Lula as coisas mu-dam”, finaliza Ademar.

Chuichi Watanabe

Salomão Felipe Sarquis, 80 anos Ademar Zettel, 76 anos

Josino Assis da Cruz

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