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Contação de Histórias Contação de Histórias EDUCAÇÃO INFANTIL TÉCNICAS E RECURSOS Amanda Janaína Hergert Straliotto Ângela Druzian Fernanda Brigatto Helcimara Gonçalves Belo Sabino Maria Claudia S. Saccomani Tânia Dodiack Menezes Geraldello

CONTACAO_DE_HISTORIAS (1)

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Educação Infantil

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  • Contao de HistriasContao de Histrias

    EDUCAO INFANTIL

    TCNICAS E RECURSOS

    Amanda Janana Hergert Straliotto ngela Druzian

    Fernanda Brigatto Helcimara Gonalves Belo Sabino

    Maria Claudia S. Saccomani Tnia Dodiack Menezes Geraldello

  • Contar histrias uma atividade que ocorre desde

    tempos imemorveis. Em cul-

    turas de tradio oral, era

    comum crianas, jovens e

    adultos se reunirem e se en-

    cantarem ouvindo narrativas,

    por meio das quais se ex-

    plicavam os fenmenos da

    natureza, narravam-se

    acontecimentos e se

    transmitiam conhecimen-

    tos s geraes mais no-

    vas.

    Essa prtica ainda

    muito comum entre po-

    vos indgenas que vivem

    no Brasil. Mas, nas com-

    plexas sociedades mo-

    dernas, marcadas pelo modo

    de vida urbano, por ritmos e

    tempos acelerados, pela tec-

    nologia e pelo excesso de ima-

    gens, contar e ler histrias da

    tradio oral (contos de fa-

    das, fbulas, causos, lendas)

    passou a ser predominante-

    mente uma funo da escola.

    No entanto, esses contos tm

    o dom de encantar a todos e

    no apenas s crianas. Por

    que isso ocorre?

    Essas histrias so narrativas

    muito antigas que unem gera-

    es e falam de emoes e

    necessidades humanas pro-

    fundas: medos, paixes, senti-

    mentos de perda, angstias,

    dificuldades e desafios da vi-

    da. Trazem tambm esperan-

    a e conforto, com resolues

    inesperadas e ajuda de seres

    imaginrios ou fantsticos. As

    histrias nos transportam pa-

    ra um mundo imaginrio, onde

    tudo possvel. Nos momen-

    tos de crise, de angstia, elas

    nos trazem conforto, nos

    afastam, por algum tempo, da

    nossa dor.

    comum encontrarmos dife-

    rentes verses da mesma len-

    da ou conto de fadas em luga-

    res diferentes e distantes, o

    que reflete anseios comuns da

    humanidade e, ao mesmo tem-

    po, traos especficos de uma

    determinada cultura.

    As crianas, desde

    muito pequenas, buscam expli-

    caes para os mistrios do

    universo, para os fenme-

    nos da natureza e para

    aspectos da vida humana.

    Os pequenos se interes-

    sam por questes como a

    origem do mundo e da vi-

    da e a ocorrncia da mor-

    te. Por meio das histrias,

    como nos fala Coelho

    (2005): de maneira in-

    consciente e divertida, a

    criana entra em contato

    com a sabedoria humana que

    vem da origem dos tempos,

    foi guardada pela memria

    dos povos e transmitida pelo

    contar histria Desse fen-

    meno tiramos uma lio: o

    contar histria, mais do que

    entretenimento prazeroso,

    uma experincia vital, um

    exerccio de viver.

    Fonte: Entre na Roda

    Mdulo 3 - CENPEC

    Por que contar histrias?

    Contao de HistriasContao de Histrias

  • A histria no cotidiano das

    crianas inquestionvel, pois

    ao ouvi-las estaremos desen-

    volvendo:

    Capacidade inventiva

    Imaginao

    Criatividade

    Linguagem oral, amplian-

    do seu vocabulrio

    Entonao

    Expressividade

    Enfim as histrias devem es-

    tar sempre presente na vida

    da criana.

    Como apresentar histrias

    para as crianas?

    As histrias podem ser lidas

    ou contadas.

    LERLER

    Caracterstica principal: Caracterstica principal: O

    leitor deve se manter fiel ao

    que est escrito

    Objetivo: Objetivo: Desenvolver o com-

    portamento leitor das crian-

    as.

    Preparao: Preparao: Selecionar e ler

    livros pensando na qualidade

    literria e na faixa etria da

    turma.

    Organizao: Organizao: O grupo sentado

    prximo a voc, de modo que

    todos possam ouvir a leitura e

    visualizar as ilustraes do

    livro.

    Incio: Incio: Apresentar o ttulo do

    livro, as informaes da capa

    (autor, ttulo). Explicar o por-

    que da escolha e antecipe

    possveis dvidas e fale sobre

    a importncia do silncio.

    Cuidados: Cuidados: Durante a leitura,

    seja fiel ao texto, no substi-

    tua palavras ou faa interrup-

    es na narrativa.

    Mude o tom de voz.

    O que fazer depois: O que fazer depois: Convide

    as crianas a uma conversa

    sobre o que ouviram deixando

    claro a importncia do livro,

    um bem cultural que guarda

    histrias.

    CONTARCONTAR

    Caracterstica principal: Caracterstica principal: A

    histria sempre sofre peque-

    nas modificaes j que o

    contador tem a liberdade pa-

    ra improvisar e agregar ele-

    mentos, ou seja, nunca conta-

    mos a histria do mesmo jei-

    to.

    Objetivo: Objetivo: Ampliar o repert-

    rio da cultura oral, que se

    perpetua na forma e sofre

    mudanas de contedo de ge-

    rao em gerao.

    Preparao: Preparao: Conhecer bem a

    histria, j que ser contada

    sem o auxlio do livro. Analise

    sem intervenes com msica,

    fantoches e outros recursos

    podem enriquecer o momento.

    Organizao da turma: Organizao da turma: Aco-

    modar as crianas perto de

    voc para ouvir com clareza.

    Incio: Incio: Faa uma introduo

    rpida sobre o assunto e caso

    usem algum recurso, provi-

    denciar com antecedncia.

    Fale sobre a importncia do

    silncio. Obs.: as perguntas

    devem ser respondidas so-

    mente no trmino da ativida-

    de.

    Cuidados: Cuidados: conte a histria

    preservando detalhes, cuide

    da postura corporal para que

    os movimentos enriqueam a

    contao.

    O que fazer depois: O que fazer depois: Pea que

    as crianas opinem sobre a

    histria contada.

    A importncia da histria na vida da criana

  • O verbo transmitir

    vem sendo erroneamente en-

    tendido com sentido pejora-

    tivo. Compreendemos que a

    educao escolar deve

    transmitir de modo intencio-

    nal, planejado e organizado a

    cultura historicamente acu-

    mulada s crianas levando

    em considerao as condi-

    es fsicas e psicolgicas da

    faixa etria a quem se desti-

    na.

    Nesse sentido,

    tratar da transmisso

    de cultura, por exemplo,

    na educao infantil,

    no sinnimo de uma

    ao isolada em que o

    educador o centro do

    processo e o aluno

    passivo, mas ao mesmo

    tempo, no significa

    afirmar que a criana

    dirige o processo educa-

    tivo. Dizer que o educa-

    dor dirige o processo

    educativo e transmite

    cultura no significa, neces-

    sariamente, que a criana

    passiva neste processo.

    Transmitir cultura deve ser

    entendido em sentido amplo,

    isto , h diferentes formas

    de se transmitir cultura, que

    por sua vez, dependero da

    faixa etria dos alunos, seu

    desenvolvimento etc.

    A pedagogia histrico-

    crtica se posiciona a favor

    da luta pela socializao da

    cultura em suas formas mais

    desenvolvidas. Compreende-

    mos que a contao de hist-

    rias tambm uma forma de

    se transmitir cultura s cri-

    anas! Por meio da contao,

    a criana pode ampliar seus

    conhecimentos sobre o mun-

    do, enriquecer sua lingua-

    gem, desenvolver sua capaci-

    dade de ateno e concen-

    trao, ampliar seu universo

    simblico, encantar-se com a

    literatura, imaginar e criar!

    Segundo Vigotski, a

    cultura j existente a base

    para a criao do novo. O

    psiclogo sovitico afirma

    que [...] quanto mais rica a

    experincia da pessoa, mais

    material est disponvel para

    a i m a g i n a o d e -

    la (VYGOTSKI, 2009, p.22).

    Portanto, o produto da ima-

    ginao no espontneo,

    pelo contrrio, fruto de

    materiais originrios da rea-

    lidade, isto , depende das

    experincias j vivenciadas

    pelo sujeito. Assim, as expe-

    rincias anteriores so fato-

    res determinantes para a

    criao e imaginao da

    criana e, dessa forma,

    quanto mais ricas forem

    essas vivncias, mais rica

    ser a criao e imagina-

    o infantil.

    A prtica de contar

    histrias deve ser plane-

    jada e preparada pelos

    educadores. No se tra-

    ta de simplesmente esco-

    lher um livro aleatrio e

    contar uma histria! Faz-

    se necessrio conhecer

    boas histrias, ter senso

    crtico e criar recursos

    para a contao. Assim, nes-

    sa formao discutiremos

    questes que podem enrique-

    cer esse momento da prtica

    pedaggica.

    VIGOTSKI, L. S. Imaginao

    e criao na infncia Tra-

    duo Zoia Prestes - tica,

    So Paulo-SP, 2009

    A contao de histrias uma forma de se

    transmitir cultura!

  • O QUE NARRATIVA?O QUE NARRATIVA?

    Segundo Coelho (2005):

    a narrativa uma das trs

    formas que pode assumir

    uma inveno transformada

    em palavras (as outras duas

    so a potica e a dramti-

    ca).

    Narrador:Narrador:

    quem narra a histria

    a voz que fala

    Foco Narrativo:Foco Narrativo:

    Ponto de vista

    Lugar de onde o narrador

    ver os acontecimentos que

    so narrados

    Enredo:Enredo:

    o que acontece na narra-

    tiva

    Efabulao:Efabulao:

    Corresponde sequncia

    em que sero contados os

    fatos

    Para a compreenso das

    crianas pequenas, os me-

    lhores textos so aqueles em

    que os acontecimentos so

    narrados na ordem em que

    acontecem, sem saltos no

    tempo.

    Personagem:Personagem:

    a figura central da hist-

    ria

    Procure sempre variar

    as histrias:

    Contos de Fada

    Contos Clssicos

    Lendas e Mitos

    Fbulas

    Poemas

    Contos tradicionais

    Contos Contemporneos

    Contos de Repetio

    Contos de Acmulo

    1 CURTA A HISTRIA

    O bom contador acredita na

    sua histria, se envolve e vi-

    bra com ela. Se o educador

    no estiver interessado, difi-

    cilmente conseguir interes-

    sar as crianas.

    2 SEJA NATURAL

    Uma boa histria no precisa

    de muitos enfeites e artifici-

    alismos. Seja discreto. Evite

    vozes, rudos e gestos exces-

    sivos. Isso pode ser muito di-

    vertido, mas dispersivo e

    desvia a criana da narrativa

    da histria. A emoo, e at a

    reflexo, que uma boa hist-

    ria oferece deve fluir natu-

    ralmente da prpria histria,

    atraindo assim a verdadeira

    adeso da criana.

    3 EVITE ADAPTAES

    Procure textos adequados

    faixa etria para evitar poss-

    veis adaptaes. No caso de

    crianas maiores, leia exata-

    mente o que est escrito no

    livro. No prive seus alunos do

    contato com o texto literrio

    o bom texto literrio, ao

    menos.

    4 NO FUJA DE PALAVRAS

    CONSIDERADAS DIFCEIS

    De repente, o contador de

    histrias esbarra numa pala-

    vra difcil, com a qual as cri-

    anas no esto familiariza-

    das. O que fazer? Se a pala-

    vra for realmente importante,

    a criana pergunta o que .

    Ento o educador explica. Se-

    no surgir a pergunta, por-

    que a palavra foi entendida no

    contexto da histria.

    5 UMA HISTRIA UM

    PONTO DE ENCONTRO

    Entrar numa roda de histria,

    a criana participa de uma ex-

    perincia comum, que facilita

    o conhecimento e as ligaes

    com outras crianas.

    6 A HISTRIA UM PON-

    TO DE PARTIDA

    A partir de uma histria

    possvel desenvolver outras

    atividades: desenho, teatro,

    massa ou o que a sua imagina-

    o e a das crianas sugeri-

    rem.

  • DICAS PARA ESCOLHA DA HISTRIA

    Selecionado o conto,

    preciso conhec-lo bem,

    estudar seu AMBIEN-

    TE, PERSONAGENS,

    ESTRUTURA e TRAMA.

    Momento de passagem:

    um gesto, uma msica,

    uma palavra, um acess-

    rio, uma postura...

    Fazer uso de recursos:Fazer uso de recursos:

    - Objetos

    - Tecidos

    - Msicas

    - Vestimentas (saias, cha-

    pus, coletes)

    - Instrumentos musicais

    - Bonecos, fantoches

    - Ba do tesouro

    - Sacola, bolsa, mochila

    Escolher e analisar o

    local em que ser conta-

    da a histria

    Ambiente (que faa a

    criana entrar no clima

    da histria, vus colori-

    dos, iluminao, almofa-

    das, sons, etc.);

    Faixa etria HISTRIAS Recursos e Materiais

    3 a 5 anos

    As histrias devem ser rpidas, 5 minutos no mximo; Deve apresentar poucos personagens; Aproximar-se, ao mximo das vivncias da criana: vida cotidiana, animais, natureza, crianas de outras culturas.

    Fantoches Msica Objetos Linguagem corporal Rimas Interao com a histria

    Quem o meu pblico

    Qual a faixa-etria

  • Era uma vez Era uma vez

    um gato xadrez... um gato xadrez... Bia Villela

    Era uma vez um gato xadrez. Caiu da janela e foi s uma vez.

    Era uma vez um gato azul. Levou um susto e fugiu pro sul.

    Era uma vez um gato vermelho.

    Entrou no banheiro E fez careta no espelho.

    Era uma vez um gato amarelo.

    Esqueceu de comer E ficou meio magrelo.

    Era uma vez um gato verde. Ele era preguioso E foi deitar na rede.

    A BailarinaA Bailarina Ceclia MeirelesCeclia Meireles

    Esta menina To pequenina Quer ser bailarina. No conhece nem d nem r Mas sabe ficar na ponta do p. No conhece nem mi nem f Mas inclina o corpo Para c e para l. No conhece nem l nem si, Mas fecha os olhos e sorri. Roda, roda, roda, Com os bracinhos no ar E no fica tonta Nem sai do lugar. Pe no cabelo Uma estrela e um vu E diz que caiu do cu. Esta menina To pequenina Quer ser bailarina. Mas depois Esquece todas as danas, E tambm quer dormir Como as outras crianas.

    Era uma vez um gato colorido. Brincava com os amigos

    E era muito divertido.

    Era uma vez um gato laranja. Ficou doente e s queria canja.

    Era uma vez um gato marrom. Olhou pra gata e fez rom rom.

    Era uma vez um gato rosa. Comeu uma sardinha deliciosa.

    Era uma vez um gato preto. Era teimoso

    E brincou com um espeto.

    Era uma vez um gato branco. Era to sapeca

    Que pulou do barranco.

    Era uma vez um gato xadrez... Quem gostou desta histria

    Que conte outra vez...

    PoemasPoemas

  • A BananaA Banana Desconhecido

    Encontrei uma banana

    No meio do caminho

    Encontrei uma banana

    No meio do caminho

    Escorreguei! Ca no espinho

    Escorreguei! Ca no espinho

    Doeu, ai! Doeu, ai, ai, ai, ai,

    Doeu, ai! Doeu, ai, ai, ai, ai,

    Fez dodi no bumbum

    Tchibum, tchibum

    Fez dodi no bumbum

    Tchibum, tchibum

    Ai, ai, ai, ai, ai, ai,

    ai, ai, ai, ai, ai!

    Ai, ai, ai, ai, ai, ai,

    ai, ai, ai, ai, ai!

    Fui para o mdico de caminho

    Fui para o mdico de caminho

    Quando ele veio

    Com uma baita injeo

    Quando ele veio

    Com uma baita injeo

    Doeu, ai! Doeu, ai, ai, ai, ai,

    Doeu, ai! Doeu, ai, ai, ai, ai,

    Fez dodi no bumbum

    Tchibum, tchibum

    Fez dodi no bumbum

    Tchibum, tchibum

    Ai, ai, ai, ai, ai, ai,

    ai, ai, ai, ai, ai!

    Ai, ai, ai, ai, ai, ai,

    ai, ai, ai, ai, ai!

    Chegando em casa

    A minha histria contei

    Chegando em casa

    A minha histria contei

    Quando distrado

    No sof eu sentei

    Quando distrado

    No sof eu sentei

    Doeu, ai! Doeu, ai, ai, ai, ai,

    Doeu, ai! Doeu, ai, ai, ai, ai,

    Fez dodi no bumbum

    Tchibum, tchibum

    Fez dodi no bumbum

    Tchibum, tchibum

    Ai, ai, ai, ai, ai, ai,

    ai, ai, ai, ai, ai!

    Ai, ai, ai, ai, ai, ai,

    ai, ai, ai, ai, ai!

    E acabou!

    Histrias MusicalizadasHistrias Musicalizadas

  • O velho urubu Um terno comprou. - Tem festa no cu, Eu vou... Eu vou... - Quem te convidou? - A arara me disse Que o macaco falou. Que a ona pintada A mala arrumou. E at o jabuti Seu casaco enfeitou. O velho urubu Um terno comprou. E o senhor sabi A viola afinou. - Tem festa no cu, Eu vou... Eu vou... - Quem te convidou? - A arara me disse Que o macaco falou. Que a ona pintada A mala arrumou. E at o jabuti Seu casaco enfeitou. O velho urubu Um terno comprou. E o senhor sabi A viola afinou. O rei da floresta A juba penteou. - Tem festa no cu, Eu vou... Eu vou... - Quem te convidou? - A arara me disse Que o macaco falou. Que a ona pintada A mala arrumou.

    Tem festa no cu... Tem festa no cu...

    Eu vou... Eu vou...Eu vou... Eu vou... Ducarmo Paes - Tem festa no cu, Eu vou... Eu vou... - Quem te convidou? - A arara me disse Que o macaco falou. - Tem festa no cu, Eu vou... Eu vou... - Quem te convidou? - A arara me disse Que o macaco falou, Que a ona pintada A mala arrumou. - Tem festa no cu, Eu vou... Eu vou... - Quem te convidou? - A arara me disse Que o macaco falou. Que a ona pintada A mala arrumou. E at o jabuti Seu casaco enfeitou. - Tem festa no cu, Eu vou... Eu vou... - Quem te convidou? - A arara me disse Que o macaco falou. Que a ona pintada A mala arrumou. E at o jabuti Seu casaco enfeitou.

    E at o jabuti Seu casaco enfeitou. O velho urubu Um terno comprou. E o senhor sabi A viola afinou. O rei da floresta A juba penteou. E o joo-de-barro A casa trancou. - Tem festa no cu, Eu vou... Eu vou... - Quem te convidou? - Foi ele... Foi ela, Aquele... Aquela! - Que desordem essa? S bicho de asa Que vai nessa festa! - Pra bicho de cho No tem festa no! - Por que?... Por que? - No tem conduo!...

    Histrias sonorizadasHistrias sonorizadas

  • Histria com Fantoches interativasHistria com Fantoches interativas

    Dona CarochinhaDona Carochinha Domnio Pbico de Portugal

    Duo Rodapio Diz-se que uma vez Uma carochinha Achou cinco ris Varrendo a casinha.

    Julgando-se rica Toda se enfeitou E pra ter marido Pra janela foi. Quem quer casar Com a Carochinha Que j no pobre E bem bonitinha. 2x

    O porco que passa

    Apaixonado est!

    - O que comes porco?

    - Do que Deus me d!

    - Passa fora porco Que a ti no quero Pois melhor marido Do que tu espero!

    O co que passa

    Gamado est!

    - O que comes co?

    - Do que Deus me d!

    - Passa fora co Que a ti no quero Pois melhor marido Do que tu espero!

    O gato que passa

    enfeitiado est!

    - O que comes gato?

    - Do que Deus me d!

    - Passa fora gato Que a ti no quero Pois melhor marido Do que tu espero!

    Quem quer casar Com a Carochinha Que j no pobre E bem bonitinha.

    E o rato que passa

    Enamorado est

    -O que comes rato

    - Do melhor do que h!

    -Vem c meu ratinho Que eu mais ningum quero Pois melhor marido Do que tu no espero!

    Dona Carochinha E o Joo Rato Ambos missinha No domingo vo. Mas j na igreja Mulher e marido Se do pela falta Do leque esquecido.

    - Que dir de ns

    Este Z povinho?

    Vai buscar meu leque

    Oh, meu queridinho.

    Joo Rato l em casa Foi ao caldeiro Provar o jantar Como um bom gluto. E tanto o gluto Do jantar provou Que dentro do tacho Cozido ficou. Uma vez em casa Dona Carochinha Soube que ao marido Sucedido tinha.

    Viu-se que a triste Tinha um corao Pois morreu chorando Pelo Joo Rato.

  • Bater os ps, bater no peito,

    estalar os dedos)

    OBJETOS, MATERIAIS

    SONOROS E INSTRUMEN-

    TOS:

    possvel sonorizar hist-

    rias usando objetos e mate-

    riais sonoros, aproximando-

    se dos recursos empregados

    nas antigas radionovelas, na

    poca em que no havia tele-

    viso, e o ouvinte, ao escutar

    imaginava toda a situao en-

    riquecida pela sonoplastia.

    CONTAR HISTRIAS

    USANDO A VOZ, O CORPO

    E/OU OBJETOS

    Contar histrias pode ser

    uma atividade ainda mais rica

    e envolvente se utilizarmos a

    voz, o corpo ou objetos para

    ilustrar a narrativa valori-

    zando e destacando momen-

    tos importantes.

    SONS VOCAIS:

    Imitar vozes (timbre grave,

    agudo)

    Sons diversos (risadas, tos-

    ses, choro)

    SONS DO CORPO:

    Bater palmas de diferentes

    maneiras (aberta, forma de

    concha)

    O que sonoplastia? a

    tcnica de sonorizao de

    uma histria, pea teatral ou

    filme. A sonoplastia tenta

    aproximar-se dos sons que

    pretende ilustrar com a mai-

    or preciso possvel, usando

    para tanto, materiais varia-

    dos e/ou instrumentos de

    percusso.

    SONORIZAO DE HISTRIASSONORIZAO DE HISTRIAS

  • MOLDES DONA CAROCHINHA

  • MOLDES DONA CAROCHINHA

  • MOLDES DONA CAROCHINHA

  • COELHO, Nelly Novaes. O conto de fadas: o imaginrio infantil e a educao. In Revista Criana n 38, p.11. Brasil: MEC, 2005

    Leitura na educao infantil e na comunidade. Mdulo 3. Entre na Roda. CENPEC

    PIMENTEL, Altimar de Alencar. Esquind-l-l: cantigas de roda/ Altimar de Alencar Pi-mentel, Cleide Rocha da Silva Pimentel. Joo Pessoa: Editora Universitria/UFPB, 2002.

    VIGOTSKI, L. S. Imaginao e criao na infncia Traduo Zoia Prestes - tica, So Paulo-SP, 2009

    ZIMMERMANN, Nilza. O mundo encantado da msica / Nilza Zimmermann.

    So Paulo: paulinas, 1999.

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS