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A presente Consulta Pública, promovida pela Prefeitura do Município de São Paulo por intermédio da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL) e da São Paulo Urbanismo (SP-URBANISMO), tem como objeto dar publicidade ao Projeto de Intervenção Urbana (PIU) Vila Leopoldina-Villa Lobos apresentando o conteúdo final do PIU e de seu Projeto de Lei, com vistas a colher contribuições da sociedade civil ao aperfeiçoamento e consolidação do projeto antes de seu encaminhamento ao Legislativo Municipal. A consulta tem por base a legislação em vigor e os instrumentos urbanísticos que permitem ações específicas no território da cidade. De acordo com o Art. 4º do Decreto nº 56.901/2016, o PIU é composto por Proposta de Ordenamento Urbanístico, Modelagem Econômica e Modelo de Gestão Democrática, trazendo as propostas urbanísticas de enfrentamento aos desafios identificados no Programa de Interesse Público do projeto, compatíveis com as possibilidades de financiamento e com a governança democrática de sua implantação. A presente consulta traz ainda uma Modelagem Jurídica, que enseja a estruturação legal do projeto no contexto do quadro normativo vigente, e que serviu como base para a formulação do Projeto de Lei de regulamentação do PIU Vila Leopoldina-Villa Lobos. Considerando que os elementos prévios ao desenvolvimento do projeto já foram objeto das consultas públicas anteriores, nesta consulta serão objeto de escrutínio público os elementos destacados no parágrafo anterior, correspondentes ao formato final do projeto, possibilitando a identificação das alterações e aperfeiçoamentos ocorridos desde o início de sua tramitação, a partir do processo participativo em curso. A estrutura do Caderno do PIU Vila Leopoldina-Villa Lobos, que reúne todo o conteúdo desenvolvido desde o início do processo de tramitação do PIU VL foi mantida, para que seja possível aos interessados uma leitura e compreensão global do projeto, desde seus aspectos motivadores e da percepção das carências e potencialidades da região em que está inserido, até sua configuração atual.

conteúdo final do PIU e de seu Projeto de Lei, com vistas ......densidades compatíveis com as diretrizes de desenvolvimento da MEM e usos mistos; VII - Promover o desenvolvimento

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  • A presente Consulta Pública, promovida pela Prefeitura do Município de São Paulo por intermédio da

    Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL) e da São Paulo Urbanismo (SP-URBANISMO),

    tem como objeto dar publicidade ao Projeto de Intervenção Urbana (PIU) Vila Leopoldina-Villa Lobos

    apresentando o conteúdo final do PIU e de seu Projeto de Lei, com vistas a colher contribuições dasociedade civil ao aperfeiçoamento e consolidação do projeto antes de seu encaminhamento ao Legislativo

    Municipal. A consulta tem por base a legislação em vigor e os instrumentos urbanísticos que permitem ações

    específicas no território da cidade.

    De acordo com o Art. 4º do Decreto nº 56.901/2016, o PIU é composto por Proposta de OrdenamentoUrbanístico, Modelagem Econômica e Modelo de Gestão Democrática, trazendo as propostasurbanísticas de enfrentamento aos desafios identificados no Programa de Interesse Público do projeto,

    compatíveis com as possibilidades de financiamento e com a governança democrática de sua implantação. A

    presente consulta traz ainda uma Modelagem Jurídica, que enseja a estruturação legal do projeto nocontexto do quadro normativo vigente, e que serviu como base para a formulação do Projeto de Lei deregulamentação do PIU Vila Leopoldina-Villa Lobos.

    Considerando que os elementos prévios ao desenvolvimento do projeto já foram objeto das consultas

    públicas anteriores, nesta consulta serão objeto de escrutínio público os elementos destacados no parágrafo

    anterior, correspondentes ao formato final do projeto, possibilitando a identificação das alterações e

    aperfeiçoamentos ocorridos desde o início de sua tramitação, a partir do processo participativo em curso. A

    estrutura do Caderno do PIU Vila Leopoldina-Villa Lobos, que reúne todo o conteúdo desenvolvido desde o

    início do processo de tramitação do PIU VL foi mantida, para que seja possível aos interessados uma leitura

    e compreensão global do projeto, desde seus aspectos motivadores e da percepção das carências e

    potencialidades da região em que está inserido, até sua configuração atual.

  • Estabelece objetivos, diretrizes, estratégias e mecanismos para a

    implantação do Projeto de Intervenção Urbana Vila Leopoldina-Villa

    Lobos e cria a Área de Intervenção Urbana correspondente.

    DISPOSIÇÕES GERAIS

    Do Conceito

    Art. 1º Fica aprovado o Projeto de Intervenção Urbana Vila Leopoldina-Villa Lobos – PIU-VL,compreendendo um conjunto integrado de intervenções e medidas promovidas pela Prefeitura

    Municipal de São Paulo, por intermédio da empresa SP-Urbanismo e por terceiros mediante

    coordenação do Poder Público, para articular o ordenamento e a reestruturação urbana na área de

    abrangência territorial definida nesta Lei.

    § 1º O PIU-VL é resultado dos estudos de viabilidade urbanística, econômica e jurídica desenvolvidosno âmbito do processo administrativo n° 2016-0.193.579-6, cabendo a esta Lei disciplinar a regulação

    jurídico-urbanística necessária à sua implantação.

    § 2º Integram esta Lei os anexos abaixo relacionados:

    1. Mapas do PIU-VL, compreendendo:

    1.1. Mapa Específico do PIU-VL, incluindo o Perímetro de Adesão da Área Intervenção

    Urbana (AIU-VL), o Perímetro Expandido da AIU-VL e a demarcação da área sujeita a

    Projeto Específico de Parcelamento do Solo (“Anexo 1”);

    1.2. Mapa Indicativo dos melhoramentos viários associados projeto referencial de

    parcelamento do solo integrado (“Anexo 2”);

    2. Quadros dos Parâmetros Urbanísticos:

    2.1. Quadro dos Parâmetros Urbanísticos aplicados no Perímetro de Adesão da AIU-VL

    (“Anexo 3”);

  • Da Abrangência Territorial

    2.2. Quadro dos Percentuais Mínimos de Destinação de Área Pública aplicados à Área de

    Abrangência do Projeto Específico de Parcelamento do Solo (“Anexo 4”);

    3. Caderno Técnico (“Anexo 5”), com elementos de informação para interpretação dos

    dispositivos do PIU-VL, contendo no mínimo:

    3.1. Modelo Econômico de suporte à avaliação do Potencial Construtivo Adicional da AIU-

    VL;

    3.2. Projeto Urbanístico Referencial e Diretrizes Gerais para o Projeto Específico de

    Parcelamento do Solo;

    3.3. Cadastro para atendimento habitacional de responsabilidade da SEHAB.

    4. Detalhamento do Programa de Intervenções da AIU-VL, contendo extrato das intervenções

    previstas especialmente no que se refere à:

    4.1. Quadro com definição dos elementos constantes da Etapa I e Etapa II, incluindo-se

    prazos estimados para realização das intervenções (“Anexo 6”);

    4.2. Especificações Técnicas Gerais e Padrões de Qualidade das Habitações de Interesse

    Social – HIS, equipamentos e instalações públicas e serviços de gerenciamento social

    (“Anexo 7”).

    § 3º Os mapas integrantes desta Lei correspondem aos arquivos digitais da Secretaria Municipal deUrbanismo e Licenciamento - SMUL, assinados eletronicamente e constantes do processo

    administrativo n° 2016-0.193.579-6, disponibilizados pelo Executivo no Portal da Prefeitura do

    Município de São Paulo na Internet.

    Art. 2º Fica criada a Área de Intervenção Urbana Vila Leopoldina-Villa Lobos – AIU-VL, contida nosubsetor Arco Pinheiros da Macroárea de Estruturação Metropolitana, destinada a implantação do PIU-

    VL.

    Parágrafo único. O PIU-VL abrange as áreas do Perímetro de Adesão e do Perímetro Expandido,assinalados no Anexo 1, e assim conceituados:

    I. Perímetro de Adesão: delimita o território no qual incidirá o regramento urbanístico específico daAIU-VL trazido nesta Lei;

  • Das Definições

    II. Perímetro Expandido: composto pelas demais áreas do PIU-VL, não contidas no Perímetro deAdesão, no qual poderão ser realizados investimentos para a implantação do Programa de Intervenções

    da AIU-VL.

    III. Perímetro do Projeto Específico de Parcelamento de Solo: território da AIU-VL no qual poderá serrealizado o Projeto Específico de Parcelamento de Solo, nos termos do Anexo 1 e demais determinações

    específicas estabelecidas por esta Lei.

    Art. 3º Para fins do disposto nesta Lei consideram-se as seguintes definições:

    I - Potencial Construtivo Adicional: é a quantidade de área construída computável edificávelacima do coeficiente de aproveitamento básico no Perímetro de Adesão da AIU-VL, obtida a partir dos

    cálculos constantes do Anexo 5, adquirido e distribuído mediante os procedimentos descritos nesta Lei;

    II - Programa de Intervenções: conjunto de intervenções sociais, ambientais e físico-territoriais, aserem realizadas de forma faseada e integrada, em caráter privado, público, ou público-privado,

    indicadas nos Anexos 6 e 7, necessárias à obtenção das melhorias urbanísticas, socioeconômicas e

    ambientais do PIU-VL, mediante processos com a participação da sociedade civil;

    III - Termo de Cooperação: instrumento de ajuste a ser firmado entre o Poder Público e osadquirentes do Potencial Construtivo Adicional da AIU-VL, que assumem as prestações do Programa

    de Intervenções em contrapartida à aquisição do potencial construtivo adicional do Perímetro de

    Adesão, especialmente a provisão habitacional demandada pelo PIU-VL;

    IV - Projeto Específico de Parcelamento de Solo: projeto de parcelamento de solo dos imóveisincluídos na área de abrangência demarcada no Anexo 1, sem necessidade de unificação dos mesmos,

    podendo ser realizado de modo integral ou faseado, e que autoriza a destinação das áreas públicas

    havidas em função do parcelamento do solo considerando a totalidade do apontado território, nos

    termos e condições previstas nesta Lei, observados os Anexos 4 e 5;

    V – Opção de Venda: Cláusula obrigatória do Termo de Cooperação referente a Primeira HastaPública de Potencial Construtivo Adicional da AIU-VL, que autoriza o Poder Público a exercer o direito

    de alienar ao vencedor do apontado certame o restante do Potencial Construtivo Adicional da AIU-VL,

    nos termos especificados nesta Lei.

  • Dos Objetivos Específicos, Diretrizes e Estratégias de Transformação Urbanística

    Art. 4º O PIU-VL considera os objetivos a serem alcançados no Setor Orla Ferroviária e Fluvial daMacroárea de Estruturação Metropolitana - MEM, nos termos do art. 12, § 1º da Lei n. 16.050/2014 –

    PDE, e tem como objetivos específicos:

    I - Viabilizar a provisão de Habitação de Interesse Social - HIS com reassentamento integral para osmoradores da Favela do Nove, da Favela da Linha e das ocupações de áreas condominiais do Conjunto

    Habitacional Cingapura Madeirite, promovendo a permanência desses moradores próximos de onde já

    residem;

    II - Desenvolver Empreendimentos de Habitação de Interesse Social - EHIS com uso misto,promovendo-se a ocupação do espaço térreo com usos de interesse coletivo, como equipamentos

    públicos, comércio e serviços;

    III - Priorizar a implantação de moradias de interesse social, com qualificação do espaço urbanocorrespondente, promovendo sua inserção urbanística adequada e atendimento das necessidades

    básicas da população moradora, nos moldes do Programa de Intervenções da AIU-VL;

    IV - Construir edificações destinadas a equipamentos públicos municipais, especialmente aquelesligados às redes de saúde, educação, esporte, cultura e lazer, assistência social e desenvolvimento

    econômico, de forma a garantir a presença do Poder Público municipal junto dos EHIS;

    V - Promover a melhoria das condições de habitabilidade do conjunto habitacional CingapuraMadeirite e a restituição dos espaços públicos do ramal ferroviário e das Ruas Japiaçu e Prof. Ariovaldo

    Silva, mediante ações e intervenções necessárias a tanto;

    VI - Requalificar áreas subutilizadas dos imóveis antigamente dedicados à ocupação industrial, comdensidades compatíveis com as diretrizes de desenvolvimento da MEM e usos mistos;

    VII - Promover o desenvolvimento urbano proporcionando a ocupação urbana plural, com altadensidade construtiva e habitacional, diminuindo a demanda por viagens e por transporte, com o

    estímulo à produção de habitação para distintos segmentos, combinada com usos não residenciais de

    interesse público e que promovam a urbanidade;

    VIII - Viabilizar o parcelamento do solo nos termos definidos nesta Lei, com o mais adequadoaproveitamento para abertura de novas ruas, destinação de áreas verdes e instalação de equipamentos

    institucionais;

    IX – Possibilitar a utilização do Potencial Construtivo Adicional aplicável ao território do Perímetro deAdesão como referência de aproveitamento dos lotes resultantes de seu processo de transformação;

    X - Identificar as áreas contaminadas existentes e avaliar as medidas necessárias para sua reintegraçãoàs dinâmicas urbanas locais, bem como as estratégias para utilização no atendimento das demais

    diretrizes estabelecidas nesta Lei;

  • XI – Melhorar e organizar a rede de espaços públicos e a infraestrutura urbana, em especial a dedrenagem, ampliando a oferta de áreas verdes e de lazer e sua conectividade com as redes de

    transportes e de equipamentos públicos;

    XII - Proporcionar a valorização urbanística do parque fluvial do Rio Pinheiros, em desenvolvimentoao longo das suas margens, especialmente em função da sua conexão com a Av. Dr. Gastão Vidigal;

    XIII - Implantar arborização viária e aumentar as áreas verdes permeáveis com fins de mitigação dasilhas de calor;

    XIV - Desenvolver ações de assistência e desenvolvimento social para atender a população em situaçãode rua e de dependentes químicos e buscar a sua inclusão no processo de desenvolvimento urbano

    proposto;

    XV - Desenvolver parcerias de educação profissional entre os agentes econômicos da região,principalmente os da economia criativa, garantindo formação técnica, reciclagem e formalização

    profissional da população vulnerável;

    XVI – Implantar infraestrutura para melhoria de segurança ao pedestre;

    XVII – Implantar a rede cicloviária no Perímetro de Adesão AIU-VL, para futura conexão ao sistemade transporte, aos parques e equipamentos públicos.

    Art. 5º O PIU-VL tem como diretrizes:

    I – A promoção de transformações estruturais orientadas para o maior aproveitamento da terraurbana, com o aumento nas densidades construtiva e demográfica;

    II – A recuperação da qualidade dos sistemas ambientais existentes;

    III – A manutenção da população moradora constante do cadastramento conduzido pela SecretariaMunicipal de Habitação – SEHAB, identificada no Anexo 5, no perímetro do PIU-VL, com oferta

    adequada de serviços, equipamentos e infraestruturas urbanas;

    IV - O estabelecimento de regulação urbanística que possibilite converter parte da valorizaçãoimobiliária decorrente de investimentos privados autorizados e orientados por esta Lei em melhorias e

    benefícios de interesse público;

    V - Redefinição dos parâmetros de uso e ocupação do solo de forma associada ao processo dequalificação dos espaços públicos e da paisagem, apoiada na implantação de infraestrutura urbana;

    VI – Desenvolvimento de EHIS integrados ao tecido urbano e social vizinhos, promovendo-se adiversidade de usos e multifuncionalidade;

    VII - Possibilitar a mudança de usos predominantemente industriais para usos compatíveis aozoneamento atual, sem necessidade de demolição das edificações existentes.

  • REGRAS DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

    Dos Parâmetros Urbanísticos Gerais

    Art. 6º A implantação do PIU-VL observará, no mínimo, as seguintes estratégias de transformaçãourbanística:

    I - Destinação dos recursos obtidos como contrapartida à alienação do Potencial Construtivo Adicionalpara a implantação do Programa de Intervenções da AIU-VL, ou sua redistribuição a conta específica de

    implantação do Projeto de Intervenção Urbana do Arco Pinheiros – PIU Arco Pinheiros;

    II - Celebração de Termos de Cooperação entre o Poder Público e os adquirentes do PotencialConstrutivo Adicional mediante Hasta Pública por intermédio da Opção de Venda prevista nesta Lei, de

    modo a fixar as condições de implantação do Programa de Intervenções da AIU-VL referidas em cada

    Etapa deste;

    III – Possibilidade de reunificação de matrículas imobiliárias, de parcelamento e reparcelamento dosolo nos terrenos destinados a Projeto Específico de Parcelamento de Solo, assinalados no Anexo 1, com

    abertura de novos espaços públicos, destinação de áreas verdes e instalação de equipamentos

    institucionais nos termos do Anexo 4;

    IV – Produção de Empreendimentos de Habitação de Interesse Social - EHIS para atendimento dademanda por moradia popular do PIU-VL, associada à implantação de equipamentos e serviços

    públicos nesses empreendimentos;

    V – Promoção de ações de desenvolvimento social para a população em situação de vulnerabilidadesocial, especialmente da população em situação de rua e de dependentes químicos;

    VI – Estabelecimento do estoque de Potencial Construtivo Adicional da AIU-VL a partir da análiseglobal das possibilidades de adensamento construtivo do território, em valores proporcionais à

    infraestrutura urbana e metropolitana, nos termos do Anexo 5;

    VII – Disponibilização, por parte do Poder Público, dos terrenos necessários à implantação dos EHIS eequipamentos públicos previstos no Programa de Intervenções da AIU-VL.

  • Do Projeto Específico de Parcelamento do Solo

    Art. 7º. Aplicam-se no Perímetro de Adesão da AIU-VL os parâmetros urbanísticos definidos nesta Leie, em caráter suplementar, as disposições da Lei 16.402, de 22 de março de 2016 – LPUOS referentes à

    Zona de Estruturação Urbana - ZEU.

    Art. 8º. O Potencial Construtivo Adicional do Perímetro de Adesão da AIU-VL é de 680.000 m²(seiscentos e oitenta mil metros quadrados), sendo distribuído nos lotes edificáveis da AIU-VL nos

    termos previstos nesta Lei.

    Parágrafo único. Nos termos do art. 116, § 3º do PDE, nos lotes integrantes do Perímetro de Adesãoda AIU-VL o coeficiente de aproveitamento máximo será 6,0 (seis).

    Art. 9º. Aos lotes integrantes do Perímetro de Adesão da AIU-VL não se aplica a disciplina do art. 44da LPUOS na hipótese de reforma, requalificação ou mudança de uso, de modo temporário ou

    definitivo, das edificações existentes.

    Art. 10. Nos terrenos definidos como área institucional poderão ser implantados Empreendimentos deHabitação de Interesse Social - EHIS, sendo permitidos nestes empreendimentos usos e atividades

    destinados a proporcionar suporte à vida comunitária, tais como serviços e comércio.

    Art. 11. Nos termos do art. 137 da LPUOS, o processo de licenciamento de parcelamento do solo ou delicenciamento edilício em terrenos contaminados ou com suspeita de contaminação por material nocivo

    ao meio ambiente ou à saúde pública no Perímetro da do PIU-VL poderá ser iniciado antes da sua

    reabilitação, sendo, contudo, obstada a emissão de Alvará de Execução do respectivo parcelamento ou

    edificação até a sua recuperação.

    Art. 12. O Projeto Específico de Parcelamento de Solo previsto nesta Lei poderá ser implantado noslotes e glebas demarcados no Anexo 1.

    Parágrafo único. O Projeto Específico de Parcelamento de Solo observará o disposto no Anexo 4, eserá detalhado pelos interessados a partir do Projeto Urbanístico Referencial previsto no Anexo 5

    quando de seu pedido de licenciamento junto aos órgãos públicos.

    Art. 13. O Projeto Específico de Parcelamento do Solo deverá ser solicitado pelos proprietários dosterrenos abrangidos no perímetro descrito no Anexo 1 diretamente para toda área ou a partir de pedido

    de unificação de projetos de parcelamento já em tramitação junto ao Poder Público municipal,

    observando-se, no mínimo, às seguintes disposições:

    I - O requerimento será realizado mediante solicitação de expedição de Certidão de DiretrizesUrbanísticas para o parcelamento da área, cabendo à SP-Urbanismo a avaliação prévia quanto à sua

    adequação ao PIU-VL, especialmente nos seguintes aspectos:

  • (a) atendimento às diretrizes de configuração das áreas verdes, áreas institucionais e do sistema viário,

    expressas no Anexo 5;

    (b) integração e articulação com o entorno, especialmente com o sistema viário existente e proposto do

    PIU Arco Pinheiros;

    (c) demais diretrizes urbanísticas trazidas nesta Lei.

    II - O requerimento previsto no inciso anterior, após aprovação pela SP-Urbanismo, será analisado pelaSubcomissão de Análise Integrada de Empreendimentos de Parcelamento do Solo – SAEPS, da

    Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento - SMUL que decidirá sobre o solicitado

    considerando as disposições desta Lei, expedindo-se a competente Certidão de Diretrizes Urbanísticas,

    que conterá, no mínimo:

    a. as diretrizes de licenciamento ambiental, incluindo disposições sobre saneamento básico, destinação

    de águas pluviais e tratamento de áreas contaminadas, nos termos previstos nesta Lei;

    b. o licenciamento urbanístico preliminar, com definição das áreas destinadas ao Poder Público em

    função do parcelamento do solo, nos termos dos Anexos 4 e 5.

    III - O Projeto Específico de Parcelamento de Solo será executado integralmente pelos interessados,não cabendo ao Poder Público atos de desapropriação de imóveis para fins de sua implantação;

    IV - A provisão habitacional para a população de baixa renda moradora no Perímetro do ProjetoEspecífico de Parcelamento de Solo será realizada em seu próprio perímetro, devendo as áreas

    institucionais resultantes da destinação de áreas públicas em função da implantação do Projeto

    Específico de Parcelamento de Solo receber 400 unidades de HIS, edificadas como contrapartida à

    aquisição do Potencial Construtivo Adicional mediante leilão, nos termos desta Lei;

    V - As áreas a serem destinadas deverão ser consideradas globalmente, a partir do quadro de áreasprevisto no Anexo 4, independentemente da previsão ordinária de destinação trazida na LPUOS para o

    parcelamento dos lotes e glebas integrantes de sua área de abrangência, facultada a destinação das

    áreas institucionais integralmente em uma das glebas parceladas, nos termos da proposta de Projeto

    Urbanístico Referencial constante no Anexo 5;

    VI – Uma vez emitida a Certidão de Diretrizes Urbanísticas de parcelamento do solo, poderá haver adestinação imediata das áreas públicas institucionais e implantação dos EHIS nelas constantes, nos

    termos da proposta de Projeto Urbanístico Referencial constante no Anexo 5;

    VII - Os terrenos resultantes do Projeto Específico de Parcelamento de Solo poderão ser reparceladosou reloteados, destinando-se, neste caso, as áreas públicas ordinariamente exigidas pela legislação de

    regência.

  • DO PROGRAMA DE INTERVENÇÕES

    Art. 14. O Programa de Intervenções da AIU-VL compreende:

    I - A execução das obras de construção de EHIS destinadas ao reassentamento dos moradores daFavela do Nove e das ocupações de áreas condominiais do conjunto habitacional Cingapura-Madeirite

    no Perímetro de Adesão da AIU-VL, incluindo-se, em tais empreendimentos, usos e atividades conexas

    de suporte à vida comunitária, tais como serviços e comércio;

    II - A produção de EHIS nas ZEIS do Perímetro Expandido do PIU-VL, destinadas ao reassentamentodos moradores da Favela da Linha incluindo-se, em tais empreendimentos, usos e atividades conexas

    de suporte à vida comunitária, tais como serviços e comércio;

    III – A promoção, após o reassentamento da população moradora de tais espaços:

    a) da restituição das áreas condominiais do conjunto habitacional Cingapura-Madeirite,

    providenciando-se a sua desobstrução física para fins de plena fruição dos condôminos;

    b) da desobstrução física e a reafetação das Ruas Japiaçu e Prof. Ariovaldo Silva e implantação de

    infraestrutura básica correspondente ao uso comum do povo;

    c) da desobstrução física do ramal ferroviário desativado, onde hoje situa-se a Favela da Linha, e

    implantação de sistema viário definido no Anexo 2;

    IV – A implantação do Projeto Específico de Parcelamento de Solo, nos termos desta Lei, incluindo oreparcelamento e requalificação da área, a destinação das áreas públicas e a construção dos

    Empreendimentos de Habitação de Interesse Social e Equipamentos Públicos;

    V - A requalificação e reforma do sistema viário, de drenagem e das áreas verdes localizadas noPerímetro de Abrangência da AIU-VL e preexistentes à implantação do Projeto Específico de

    Parcelamento de Solo;

    VI – Implantação de equipamentos públicos nas áreas institucionais.

    § 1º. A provisão habitacional de interesse social prevista nos incisos I e II deste artigo será realizadaatendendo-se ao cadastro conduzido pela Secretaria Municipal de Habitação - SEHAB, nos termos do

    Anexo 5;

    § 2º. Nas edificações destinadas a equipamentos públicos sociais, construídas nas áreas institucionais eoriginadas do parcelamento oriundo da realização do Projeto Específico de Parcelamento de Solo,

    poderão ser implantados EHIS, inclusive mediante instituição de condomínio, aplicação do direito de

    laje, previsto na Lei Federal n. 10.406/2002 – Código Civil, ou outros instrumentos jurídicos previstos

    na legislação.

  • DA ALIENAÇÃO DE POTENCIAL CONSTRUTIVO ADICIONAL E DA CONTASEGREGADA DO FUNDURB

    DA ALIENAÇÃO DE POTENCIAL CONSTRUTIVO ADICIONAL

    Art. 15. Fica o Poder Público autorizado a alienar o Potencial Construtivo Adicional do Perímetro deAdesão da AIU-VL, na conformidade dos critérios e condições estabelecidos nesta Lei.

    Parágrafo único. Para fins de implantação do PIU-VL, e nos termos do art. 145, §3º e do art. 147 doPDE, o estoque de Potencial Construtivo Adicional do Perímetro de Adesão da AIU-VL totaliza 680.000

    m² (seiscentos e oitenta mil metros quadrados) considerando-se, para a obtenção destes valores, todo o

    território do Perímetro de Adesão, conforme Anexo 1.

    Art. 16. A comercialização do Potencial Construtivo Adicional do Perímetro de Adesão da AIU-VL serárealizada, alternativamente:

    I. por intermédio de leilão, nos termos especificados nesta Lei;

    II. mediante alienação ordinária, nos moldes dos arts. 117 e 145, § 5º do PDE, com as alteraçõestrazidas nesta Lei.

    § 1º. A contrapartida obtida pela alienação do Potencial Construtivo Adicional da AIU-VL será utilizadapara a implantação Etapas I e II do seu Programa de Intervenções, previstas nos Anexos 6 e 7, sendo

    disponibilizados eventuais excedentes financeiros ao FUNDURB, na hipótese de total implantação dos

    elementos do apontado programa;

    § 2º. Eventuais correções nos valores devidos como contrapartida previstos no parágrafo anterior, bemcomo inclusões de elementos indispensáveis e urgentes no Programa de Intervenções previstos nesta

    Lei deverá considerar o modelo econômico previsto em seu Anexo 5.

    Art. 17. O cumprimento da cota de solidariedade para os empreendimentos desenvolvidos noPerímetro de Adesão da AIU-VL ocorrerá nos termos previstos nos artigos 111 e 112 do PDE, sendo os

    recursos financeiros eventualmente arrecadados destinados ao Fundo de Desenvolvimento Urbano –

    FUNDURB, nos termos do § 2º, inc. III, do mesmo artigo.

    Art. 18. O Potencial Construtivo Adicional do estoque da AIU-VL será utilizável no licenciamento deedificações a razão de 1 m² (um metro quadrado) de área construída computável a cada 1 m² (um metro

    quadrado) de potencial construtivo adicional utilizado.

  • Do Termo de Cooperação

    Do Leilão de Potencial Construtivo Adicional

    Art. 19. A disciplina da contraprestação pela aquisição do Potencial Construtivo Adicional medianteleilão constará de minuta do Termo de Cooperação, anexa ao instrumento convocatório, e que terá

    como conteúdo mínimo:

    I - descrição dos elementos do Programa de Intervenções sujeitos a implantação diretamente pelosadquirentes na respectiva etapa;

    II - identificação das obrigações do Poder Público e dos particulares adquirentes;

    III - garantias de cumprimento do Termo de Cooperação a serem prestadas pelo Poder Público e peloparticular;

    IV - matriz de riscos;

    V - hipóteses e consequências das alterações do Termo de Cooperação, do seu término antecipado e daeventual prorrogação;

    VI - modo de resolução de controvérsias, por meio dos instrumentos previstos pela Lei Municipal nº16.873 de 22 de fevereiro de 2018, ou outra que vier a sucedê-la.

    VII - cronograma de realização da etapa do Programa de Intervenções, e as consequências paraeventuais atrasos;

    § 1º. O Termo de Cooperação deverá prever a observância de, no mínimo, as especificações técnicas dasobras e dos serviços assumidos pelas partes e previstas nos Anexos 6 e 7 desta Lei.

    § 2º. O instrumento convocatório do leilão, incluindo a minuta do Termo de Cooperação e demaisanexos, preverá a forma da implantação de elementos do Programa de Intervenções constantes na

    respectiva etapa diretamente pelos particulares adquirentes, bem como os prazos referentes a tais

    obrigações, e será submetido à prévia consulta pública por prazo não inferior a 30 (trinta) dias;

    § 3º. O Termo de Cooperação referente à alienação de Potencial Construtivo Adicional na PrimeiraHasta Pública, nos termos do artigo 20 e seguintes desta Lei, deverá conter cláusula de Opção de Venda

    do Estoque Remanescente de Potencial Construtivo Adicional nas condições expressas pelo artigo 28 da

    presente Lei.

    Art. 20. A alienação de Potencial Construtivo Adicional do Perímetro de Adesão do PIU-VL medianteleilão será realizada em ao menos duas hastas públicas, na seguinte conformidade:

  • I – Primeira Hasta Pública, em leilão de 266.000 m² (duzentos e sessenta e seis mil metros quadrados)de Potencial Construtivo Adicional, tendo como contrapartida a implantação dos elementos constantes

    da Etapa I do Programa de Intervenções da AIU-VL diretamente pelos adquirentes do Potencial

    Construtivo Adicional leiloado;

    II – Segunda Hasta Pública, em leilão de Potencial Construtivo Adicional em valor suficiente aimplantar integralmente a Etapa II do Programa de Intervenções da AIU-VL diretamente pelos

    adquirentes do Potencial Construtivo Adicional leiloado.

    Art. 21. Cada Hasta Pública será iniciada mediante convite, formulado a todos os proprietários doPerímetro de Adesão da AIU-VL, para a aquisição integral do Potencial Construtivo Adicional

    disponibilizado.

    § 1º. A aquisição do Potencial Construtivo Adicional disponibilizado em cada Hasta Pública serárealizada por um único proponente, que representará um ou mais proprietários de terrenos do

    Perímetro de Adesão da AIU-VL.

    § 2º. Na hipótese de a aquisição ser feita por meio de consórcio de mais de um proprietário, ou deproprietários consorciados a agentes não proprietários de terrenos do Perímetro de Adesão da AIU-VL,

    deverão os lances ser ofertados pela pessoa jurídica de direito privado designada pelos proponentes

    como responsável pela execução das obrigações assumidas em contrapartida da aquisição do Potencial

    Construtivo Adicional mediante leilão.

    § 3º. O vencedor de cada Hasta Pública firmará Termo de Cooperação com o Poder Público, a fim deviabilizar a execução integral das intervenções nesta previstas.

    § 4º. O proprietário adquirente fará jus, a cada Hasta Pública, a uma certidão, a ser emitida pela SP-Urbanismo, reconhecendo a quantidade de Potencial Construtivo Adicional adquirida.

    § 5º. A certidão será apresentada à SP-Urbanismo mediante convocação ao seu detentor em função derequerimento realizado nos projetos de licenciamento edilício realizados utilizando o Potencial

    Construtivo Adicional adquirido em Hasta Pública, sendo reemitida após a aprovação do citado projeto,

    declarando-se o Potencial Construtivo Adicional remanescente.

    Art. 22. O Potencial Construtivo Adicional adquirido em Hastas Públicas poderá ser cedido, gratuitaou onerosamente, aos proprietários inseridos no Perímetro de Adesão da AIU-VL a partir da assinatura

    do respectivo Termo de Cooperação, observando-se o seguinte:

    I – o vencedor da Hasta Pública estará obrigado a ceder aos demais proprietários do Perímetro deAdesão da AIU-VL o Potencial Construtivo Adicional para utilização em seus lotes, mediante solicitação

    realizada nos processos de licenciamento edilício protocolizados junto aos órgãos públicos;

    II - o valor do metro quadrado do Potencial Construtivo Adicional fornecido nos moldes do incisoanterior deverá ser equivalente, no máximo, ao valor do metro quadrado alienado mediante outorga

    onerosa do direito de construir praticado na região.

  • Parágrafo único. Após o prazo de 10 (dez) anos, contados da assinatura do Termo de Cooperaçãopara implantação de cada Etapa do Programa de Intervenções da AIU-VL, ou após executadas

    integralmente as obras referentes às respectivas Etapas, o que ocorrer primeiro, o Potencial Construtivo

    Adicional adquirido nas Hastas Públicas poderá ser alienado a qualquer proprietário de lotes contidos

    na área de abrangência do PIU Arco Pinheiros, a valores livremente estabelecidos entre as partes,

    observadas as condições do artigo 23 desta Lei.

    Art. 23. Dentre os primeiros 400.000 m² (quatrocentos mil metros quadrados) consumidos doestoque de Potencial Construtivo Adicional da AIU-VL, independentemente de sua utilização em seu

    Perímetro de Adesão ou alienação para aproveitamento no PIU Arco Pinheiros, deverão ser destinados,

    no mínimo, 53.200 m² (cinquenta e três mil e duzentos metros quadrados) para a construção de

    edificações para usos residenciais na área de abrangência do perímetro da AIU-VL, observando-se o

    seguinte:

    I - o Potencial Construtivo Adicional obrigatoriamente destinado a usos residenciais poderá serutilizado em edificações exclusivamente residenciais ou de uso misto;

    II – serão considerados como usos equivalentes a usos residenciais, para os fins deste artigo, aquelesenquadrados na categoria de serviços de hospedagem e moradia;

    III – o Potencial Construtivo Adicional da AIU-VL utilizado para a construção dos EHIS produzidos emfunção da contrapartida à aquisição do estoque de adquirido na Primeira Hasta Pública não será

    computado para fins de atendimento ao previsto neste artigo.

    Art. 24. A Primeira Hasta Pública será realizada após a emissão da Certidão de Diretrizes prevista noart. 13, inc. II desta Lei, sendo o critério de julgamento do leilão o de maior valor global do lote de

    Potencial Construtivo Adicional do Perímetro de Adesão da AIU-VL, sagrando-se vencedor o

    proponente que, além de garantir a implantação das obras e ações do Programa de Intervenções da

    Etapa I, ofertar maior valor financeiro destinado à conta segregada do FUNDURB da AIU-VL.

    Parágrafo único. Não havendo proposta de aquisição do lote de Potencial Construtivo Adicional doPerímetro de Adesão da AIU-VL que atenda aos critérios previstos no “caput”, a Primeira Hasta Pública

    será considerada fracassada.

    Art. 25. O vencedor da Primeira Hasta Pública estará condicionado a assumir a Opção de Venda doestoque remanescente de Potencial Construtivo Adicional alienável na segunda Hasta Pública, nos

    termos e condições do artigo 26 da presente Lei.

    Art. 26. A Segunda Hasta Pública de Potencial Construtivo Adicional da AIU-VL será realizada após adisponibilização, pelo Poder Público Municipal, dos terrenos necessários à implantação da Etapa II do

    Programa de Intervenções da AIU-VL, prevista nos Anexos 6 e 7 desta Lei, utilizando-se como critério

    para definição do vencedor do certame a realização integral das correspondentes prestações em

    contrapartida da alienação, pelo Poder Público, da menor quantidade de metros quadrados do estoque

    de Potencial Construtivo Adicional da AIU-VL.

  • Da Aquisição Ordinária

    § 1º. O leilão previsto no caput será realizado através de lances sucessivos e progressivos, ofertadospelos interessados, com intervalos mínimos de 10.000m² (dez mil metros quadrados) de Potencial

    Construtivo Adicional.

    § 2º. Na hipótese de não acudirem interessados à oferta inicial do Poder Público, poderá o PotencialConstrutivo Adicional disponibilizado no leilão ser gradualmente incrementado pela Administração

    Pública, tendo por limite o estoque remanescente de 414.000 m² (quatrocentos e catorze mil metros

    quadrados).

    § 3º. Tendo em vista a Opção de Venda imposta ao adquirente do Potencial Construtivo Adicional naPrimeira Hasta Pública, a última oferta do leilão da Segunda Hasta Pública deverá igualar as condições

    previstas art. 28 desta Lei, possibilitando aos participantes do certame a utilização do Potencial

    Construtivo Adicional nos termos previstos naquele artigo.

    § 4º. Não havendo proponente que atenda aos critérios estabelecidos pelo Poder Público na SegundaHasta Pública do leilão de Potencial Construtivo Adicional da AIU-VL, tal será declarada fracassada.

    Art. 27. A alienação ordinária de potencial construtivo adicional na AIU-VL será realizada aplicando-se as disposições do art. 117 e art. 145, §3º do PDE, nas seguintes hipóteses:

    I - exaurimento do estoque de Potencial Construtivo Adicional alienado nas duas Hastas Públicasprevistas nesta Lei, caso os apontados certames não alienem a totalidade dos metros quadrados de

    Potencial Construtivo Adicional previstos no art. 15, parágrafo único, desta Lei;

    II - fracasso da Primeira Hasta Pública.

    § 1º. O fracasso da Primeira Hasta Pública de Potencial Construtivo Adicional da AIU-VL implicará aalienação integral do estoque previsto no art. 15, parágrafo único, desta Lei pela via ordinária, sendo os

    recursos obtidos destinados à conta segregada do FUNDURB, observando-se, ainda, o seguinte:

    I - a fixação do Coeficiente de Aproveitamento Máximo 4,0 (quatro) para todos os lotes do Perímetro deAdesão da AIU-VL, independentemente do momento de seu registro, sem limitação de gabarito de

    altura das edificações;

    II – a execução das ações e obras do Plano de Intervenções pelo Poder Público, diretamente ou porintermédio de delegatários.

    § 2º. O fracasso da Segunda Hasta Pública de Potencial Construtivo Adicional determinará o exercícioda Opção de Venda prevista nesta Lei.

  • Da Opção de Venda do Estoque Remanescente de Potencial Construtivo Adicional

    DA CONTA SEGREGADA DO FUNDURB

    Art. 28. Fracassada a Segunda Hasta de Potencial Construtivo Adicional do estoque da AIU-VL, ficaautorizado o Poder Público a executar Opção de Venda em face do vencedor da Primeira Hasta Pública

    de Potencial Construtivo Adicional.

    Parágrafo único. A Opção de Venda prevista nesta Lei é cláusula obrigatória do Termo deCooperação referente a Primeira Hasta Pública de Potencial Construtivo Adicional da AIU-VL, e

    autoriza o Poder Público a exercer o direito de alienar ao vencedor do apontado certame o restante do

    Potencial Construtivo Adicional da AIU-VL, nos termos e condições a seguir especificados:

    I – ficará obrigado o vencedor da Primeira Hasta Pública do Potencial Construtivo Adicional da AIU-VLa adquirir a integralidade do estoque de potencial construtivo remanescente, devendo, em torna, a

    executar integralmente a Etapa II do Programa de Intervenções da AIU-VL, prevista nos Anexos 6 e 7

    desta Lei;

    II – o Potencial Construtivo Adicional disponibilizado nos termos deste artigo poderá serimediatamente alienado a qualquer proprietário de lotes contidos na AIU-VL ou no subsetor Arco

    Pinheiros da Macroárea de Estruturação Metropolitana, a valores livremente estabelecidos entre as

    partes;

    III – caso as ações previstas na Etapa II do Programa de Intervenções desta Lei não sejam capazes deatingir integralmente o objetivo nela previsto, o Poder Público deverá se responsabilizar por

    implementar as intervenções faltantes, celebrando-se, neste caso, como condição resolutiva,

    competente Termo de Cooperação com o titular da Opção de Venda prevista neste artigo.

    Art. 29. A AIU-VL terá conta segregada no FUNDURB, que receberá os recursos para implantação deseu Programa de Intervenções ou de eventuais intervenções adicionais a partir da arrecadação havida

    pela comercialização ordinária do Potencial Construtivo Adicional pelo Poder Público.

    Parágrafo único. Caberá ao Conselho Gestor da AIU-VL encaminhar ao Conselho Gestor doFUNDURB, anualmente, listagem de intervenções prioritárias para implantação do Programa de

    Intervenções em seu território, sendo que:

    I - encerrado o Programa de Intervenções previsto para a AIU-VL, eventual saldo financeiro da contasegregada será distribuído às contas criadas para a implantação do Programa de Intervenções do PIU

    Arco Pinheiros;

  • DA GESTÃO

    DA ATUAÇÃO CONCERTADA DOS ÓRGÃOS E ENTIDADES MUNICIPAIS

    II - encerrados os Programas de Intervenções para o perímetro do PIU Arco Pinheiros, eventual saldofinanceiro existente na conta segregada da AIU-VL será transferido à conta geral do FUNDURB.

    Art. 30. O Perímetro Expandido poderá receber recursos da conta segregada do FUNDURB da AIU-VLpara implantação de EHIS, inclusive mediante aporte de recursos em ajustes conduzidos pela

    Secretaria Municipal de Habitação em parcerias com o setor privado.

    Art. 31. A implantação do Programa de Intervenções da AIU-VL se dará mediante ação concertadaentre os agentes privados, órgãos e entidades municipais, devendo atender, no mínimo, às disposições

    desta Lei.

    § 1º. As atribuições conferidas às secretarias municipais por esta Lei poderão ser delegadas àsentidades da administração indireta a tais vinculadas.

    § 2º. A coordenação das ações previstas no “caput” caberá à empresa SP-Urbanismo, que contará coma colaboração dos demais órgãos e entidades municipais para o desempenho das funções a si afetas.

    Art. 32. Caberá à SMUL além das outras atribuições previstas em lei:

    I - promover a implantação do PIU-VL mediante interação entre órgãos da administração direta eindireta, com outras esferas de governo e com a sociedade civil;

    II - coordenar o Conselho Gestor da AIU-VL;

    III - realizar o controle finalístico da transformação urbana através do acompanhamento das políticaspúblicas e do monitoramento dos indexadores da transformação territorial;

    IV - identificar as áreas de propriedade do município no território da AIU-VLVL e sua atualizaçãoproveniente das ações autorizadas por esta Lei;

  • V - promover a desapropriação de áreas particulares necessárias à execução do Programa deIntervenções e de demais intervenções consideradas necessárias no processo de implantação do PIU-

    VL;

    VI – preparar os editais de alienação de Potencial Construtivo Adicional, e adotar as medidasadministrativas tendentes à sua realização, inclusive demandando providências das unidades

    competentes da Administração Municipal.

    Parágrafo único. A SMUL contratará a empresa SP-Urbanismo para o desenvolvimento edetalhamento das ações previstas no Programa de Intervenções.

    Art. 33. Caberá à Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, além das outras atribuiçõesprevistas em lei:

    I - realizar o licenciamento ambiental dos empreendimentos da AIU-VL em conformidade, quandoaplicável, com a Certidão de Diretrizes Urbanísticas;

    II - realizar o monitoramento ambiental da implantação do Programa de Intervenções no tocante a seuimpacto ambiental;

    III - instruir os critérios de detalhamento dos projetos de espaços públicos e áreas verdes voltadas aqualificação ambiental previstos no Programa de Intervenção;

    IV - indicar, em consonância com os projetos desenvolvidos na SP-Urbanismo, o enquadramento dasáreas verdes propostas pelo PIU-VL no Sistema de Áreas Protegidas, Áreas Verdes e Espaços Livres

    (SAPAVEL).

    Art. 34. Caberá à Secretaria Municipal de Habitação, além das outras atribuições previstas em lei:

    I – promover a realocação da população cadastrada nos termos do art. 14, § 1º, desta Lei, mediante aimplementação de ações integrais para cada um dos núcleos envolvidos, especialmente as previstas no

    art. 14, inc. III, desta Lei, facultada a intervenção em momentos temporais distintos, assegurando-se,

    em qualquer hipótese, a realocação da população em unidades de HIS construídas em função da

    implantação do PIU-VL;

    II - implantar o Serviço de Sociabilização pós-ocupação para atendimento às famílias moradoras dosnovos EHIS, compreendendo equipes de assistentes sociais para auxílio no convívio com o novo

    condomínio e no planejamento financeiro necessário, bem como outras ações de assistência,

    capacitação e desenvolvimento social para atender a população e assegurar a inclusão no processo de

    desenvolvimento urbano;

    III – realizar a gestão condominial dos EHIS entregues em cumprimento do Programa de Intervençõesdesta Lei;

    IV - a gestão dos EHIS, devendo ser definido o modelo de contrato e outros ajustes a serem celebradoscom os usuários ou adquirentes das unidades implantadas em cumprimento do Programa de

    Intervenções previsto nesta Lei, a título, exemplificativamente, de alienação ou locação social;

  • V – coordenar os Conselhos Gestores das ZEIS situadas no Perímetro de Adesão e no Perímetro deExpansão.

    § 1º. O fluxo de caixa advindo dos pagamentos realizados pelos mutuários beneficiados pelaimplantação do Programa de Intervenções desta lei poderá ser securitizado pela Secretaria Municipal

    de Habitação, vinculando-se os recursos auferidos a gastos com manutenção dos condomínios

    implantados em atenção ao Programa de Intervenções da AIU-VL;

    § 2º. Poderão os adquirentes dos lotes de Potencial Construtivo Adicional disponibilizados em HastaPública entabular ajustes com o Poder Público para promover a execução das ações dispostas nos

    incisos II e III, nos moldes fixados no Termo de Cooperação.

    Art. 35. Caberá à Secretaria Municipal de Transportes, além das outras atribuições previstas em lei:

    I - adequar e compatibilizar a implantação dos melhoramentos viários propostos no Programa deIntervenções com o sistema de mobilidade existente e planejado da Cidade;

    II - providenciar o licenciamento dos empreendimentos enquadrados como polo geradores de tráfegoem conformidade com a Certidão de Diretrizes Urbanísticas;

    III – auxiliar na definição das soluções de mobilidade e sistema viário.

    Art. 36. Caberá à Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras, além das outras atribuiçõesprevistas em lei:

    I - fiscalizar a implantação do Programa de Intervenções, quando realizado como resultado dacontrapartida por parte do vencedor das hastas públicas de Potencial Construtivo Adicional;

    II – executar a implantação do Programa de Intervenções, em caso de fracasso das hastas públicas dePotencial Construtivo Adicional previstas nesta Lei;

    III – auxiliar no monitoramento do Programa de Intervenções, no que tange a definição de soluçõesvoltadas ao sistema viário, drenagem e obras de infraestrutura.

    Art. 37. Caberá à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico coordenar a elaboração, alémdas outras atribuições previstas em lei, de políticas de desenvolvimento econômico na AIU-VL,

    propondo programas de incentivo ao emprego e renda vinculados a proposta de desenvolvimento

    urbano e novas infraestruturas propostas pelo PIU-VL.

    Art. 38. Caberá a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social - SMADS, além dasoutras atribuições previstas em lei, coordenar a elaboração de políticas de assistência social na AIU-VL,

    especialmente considerando a demanda local de população em situação de rua e de dependentes

    químicos, buscando sua inclusão no processo de desenvolvimento urbano proposto.

  • DO CONSELHO GESTOR DA AIU-VL

    Art. 39. A AIU-VL contará com um Conselho Gestor, coordenado pela Secretaria Municipal deUrbanismo e Licenciamento, com participação de órgãos municipais e de entidades representativas da

    sociedade civil, visando instruir e auxiliar a implantação do respectivo Programa de Intervenções e o

    monitoramento de seu desenvolvimento.

    § 1º. O Conselho Gestor é instrumento de gestão e participação instituído para acompanhar aimplantação e propor o aperfeiçoamento do Programa de Intervenções da AIU-VL.

    § 2º. O Conselho Gestor, nos termos do artigo 141 do PDE, será designado pelo Executivo e terá aseguinte composição:

    I – 2 (dois) representantes da Secretaria Municipal de Habitação, sendo ao menos 1 (um) delesrelacionado à gestão dos contratos de Habitação de Interesse Social (HIS);

    II - 1 (um) representante da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social;

    III – 1 (um) representante da Secretaria Municipal dos Transportes ou da Companhia de EngenhariaTráfego;

    IV – 1 (um) representante da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento;

    V – 1 (um) representante da SP-Urbanismo;

    VI - 1 (um) representante da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente;

    VII - 1 (um) representante da Secretaria Municipal das Subprefeituras;

    VIII – 2 (dois) representante da Subprefeitura da Lapa, sendo ao menos um deles relacionado aoCPDU;

    IX – 3 representantes de Conselhos de Zeis do Perímetro de Adesão do PIU-VL, sendo ao menos 1 (um)representante da Favela da Linha, 1 (um) representante da Favela do Nove e 1 (um) representantes da

    comunidade localizada nas áreas comuns do conjunto Cingapura Madeirite;

    X – 2 (dois) representantes de entidades de bairro;

    XI – 2 (dois) representantes de organizações sociais com atuação na região do PIU-VL;

    XII - 1 (um) representante dos adquirentes do Potencial Construtivo Adicional da AIU-VL medianteleilão;

    XIV – 1 (um) representante do Conselho Participativo da Lapa;

    XV – 1 (um) representante de entidades de pesquisa e tecnologia vinculados à Universidades e/ououtras entidades de ensino.

  • § 3º. Os representantes mencionados nos incisos IX e XIV serão indicados por seus respectivosconselhos, na forma de seus regimentos específicos.

    § 4º. Os representantes mencionados nos incisos X, XI e XV serão definidos por eleição direta, à qualpoderão se candidatar agentes indicados por membros das entidades que preencham os requisitos

    previstos neste artigo, sendo eleitores os moradores do Perímetro de Adesão do PIU-VL.

    § 5º. O representante mencionado no inciso XII deste artigo será eleito mediante ajuste a ser realizadoentre os adquirentes do Potencial Construtivo Adicional mediante leilão no PIU-VL, cabendo ao Poder

    Público indicar o representante no caso de não haver acordo entre os interessados.

    § 6º. Na hipótese de fracasso da Primeira Hasta Pública prevista nesta Lei, a vaga prevista no incisoXIV será ocupada por um representante de entidade representativa do setor empresarial da região.

    § 7º. Cada representante contará com um suplente, indicado ou eleito conjuntamente ao representantetitular.

    § 8º. O funcionamento do Conselho Gestor da AIU-VL serão estabelecidos por Regimento Internoproposto pela empresa SP-Urbanismo e aprovado pela maioria de seus integrantes.

    § 9°. A Coordenação do colegiado caberá ao representante da Secretaria Municipal de Urbanismo eLicenciamento - SMUL, que proferirá os votos de desempate, quando necessário.

    Art. 40. O Conselho Gestor da AIU-VL realiza o controle social da implantação do PIU-VL, cabendo-lhe:

    I - propor programas e estratégias que possam aprimorar e complementar o Programa de Intervenções,na hipótese de integralmente executadas as intervenções previstas nos Anexos 6 e 7 desta Lei;

    II – monitorar a implantação do Programa de Intervenções da AIU-VL, acompanhando o andamentodos seus projetos e obras, por meio da validação dos relatórios apresentados pela SP-Urbanismo;

    III - acompanhar a aplicação da cota de solidariedade;

    IV - manifestar-se previamente sobre as propostas de implantação e a aplicação dos recursosvinculados à habitação de interesse social, a implantação de equipamentos públicos na AIU-VL, quando

    for o caso.

    Parágrafo único. A SMUL realizará as tarefas administrativas do Conselho Gestor da AIU-VL, bemcomo realizará a intermediação entre tal colegiado e o FUNDURB.

  • DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITORIAS

    Art. 41. O Programa de Intervenções previsto nos Anexos 6 e 7 desta Lei considera o PIU-VL como umprojeto único para a AIU-VL, devendo o Poder Público prever a destinação de recursos necessários e

    suficientes para seu atendimento na parcela eventualmente não satisfeita pela alienação do seu estoque

    Potencial Construtivo Adicional.

    Parágrafo único. As leis orçamentárias municipais deverão prever a destinação dos recursosmencionados no “caput” à AIU-VL, caso necessários.

    Art. 42. O Projeto de Intervenção Urbana que dará suporte à edição da lei prevista no art. 76, § 3º, inc.IV do PDE – PIU do Arco Pinheiros deverá observar as disposições trazidas nesta Lei em relação à AIU-

    VL, bem como respeitar os parâmetros de parcelamento, uso e ocupação do solo ora disciplinados.

    Parágrafo único. Na hipótese da alteração do equilíbrio econômico-financeiro das intervençõesprevistas nos Termos de Cooperação firmados após a aquisição de Potencial Construtivo Adicional em

    Hasta Pública em razão da entrada em vigor da lei prevista no “caput”, caberá análise acerca de

    necessidade indenização da parte prejudicada ou recomposição das obrigações anteriormente firmadas.

    Art. 43. Aplicam-se à AIU-VL, até a realização da Primeira Hasta Pública prevista nesta Lei, ozoneamento ordinário previsto no PDE e na LPUOS.

    Art. 44. Os processos de licenciamento de obras e edificações, protocolados até a data de publicaçãodesta Lei, sem despacho decisório, serão apreciados integralmente de acordo com a legislação em vigor

    à época do protocolo, exceto nos casos de manifestação formal do interessado, a qualquer tempo,

    optando pela análise integral do processo nos termos desta Lei.

    § 1º. Os processos de licenciamento de obras e edificações com opção modificativa referidos no “caput”serão indeferidos, sem prejuízo das disposições do Código de Obras e Edificações – Lei nº 57.776/2017,

    quando a modificação da versão do projeto constante do processo em análise na data de promulgação

    desta Lei pretenda:

    a. alterar uso, categoria de uso ou subcategoria de uso;

    b. acréscimo superior a mais de 5% (cinco por cento) nas áreas computáveis ou não computáveis;

    c. alterar em mais de 5% (cinco por cento) a taxa de ocupação.

    § 2º. Projetos de parcelamento do solo para os terrenos contidos na área de abrangência do ProjetoEspecífico de Parcelamento de Solo com protocolo e tramitação prévia à promulgação da presente Lei

    poderão ser aproveitados para a formação da convicção administrativa sobre a expedição da Certidão

    de Diretrizes prevista no art. 13, inc. II desta Lei, mediante manifestação expressa dos interessados e

    análise conclusiva da SP-Urbanismo acerca da adequação das adaptações necessárias aos projetos em

    análise.

  • Art. 45. Os casos de dúvida e de omissão acerca dos dispositivos desta Lei serão dirimidos pela CâmaraTécnica de Legislação Urbanística - CTLU, ouvida a SP-Urbanismo.

    Art. 46. Os incentivos urbanísticos previstos nesta Lei são cumulativos aos demais incentivos previstosna legislação urbanística municipal, especialmente o PDE e a LPUOS, aplicáveis suplementarmente às

    disposições deste diploma legal.

    Art. 47. A SP-Urbanismo e a COHAB poderão prestar garantias de cumprimento de suas obrigações noâmbito dos Termos de Cooperação a serem firmados pelo Poder Público, na forma de penhor ou cessão

    fiduciária de seus bens e direitos, inclusive receitas operacionais.

    Art. 48. Aplicam-se ao Projeto Específico de Parcelamento do Solo previsto nesta Lei,suplementarmente, as demais disposições trazidas nesta Lei e na LPUOS referentes ao parcelamento do

    solo, podendo o Poder Executivo emitir decreto para fins de estabelecer ritos específicos.

    Art. 49. Ficam aprovados os melhoramentos viários dispostos no Anexo 2 da presente Lei.

    Art. 50. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.