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Curso de Direito Curso de Direito Filosofia Geral e Filosofia Geral e Jurídica Jurídica CARGA HORÁRIA: 60 H/A – CRÉDITOS: 03 CARGA HORÁRIA: 60 H/A – CRÉDITOS: 03 Prof. MSc. Marcelo Eufrasio Prof. MSc. Marcelo Eufrasio E-mail: [email protected] E-mail: [email protected]

Conteúdos Programáticos

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Curso de Direito Filosofia Geral e Jurídica CARGA HORÁRIA: 60 H/A – CRÉDITOS: 03 Prof. MSc . Marcelo Eufrasio E-mail : [email protected]. Conteúdos Programáticos. I UNIDADE – INTRODUÇÃO À FILOSOFIA: - O que é Filosofia? - Elementos conceituais da Filosofia - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Conteúdos Programáticos

 

Curso de DireitoCurso de Direito

Filosofia Geral e JurídicaFilosofia Geral e JurídicaCARGA HORÁRIA: 60 H/A – CRÉDITOS: 03CARGA HORÁRIA: 60 H/A – CRÉDITOS: 03

Prof. MSc. Marcelo EufrasioProf. MSc. Marcelo EufrasioE-mail: [email protected]: [email protected]

Page 2: Conteúdos Programáticos

Conteúdos ProgramáticosConteúdos Programáticos

I UNIDADE – INTRODUÇÃO À FILOSOFIA: I UNIDADE – INTRODUÇÃO À FILOSOFIA:

- O que é Filosofia?- O que é Filosofia? - Elementos conceituais da Filosofia- Elementos conceituais da Filosofia - Conhecimento racional e antropológico- Conhecimento racional e antropológico - Conhecimento vulgar ao conhecimento filosófico - Conhecimento vulgar ao conhecimento filosófico

e científicoe científico - Filosofia Socrática e Platônica - Filosofia Socrática e Platônica

Avaliação: Exercício de fixação e Prova com questões Avaliação: Exercício de fixação e Prova com questões objetivas e subjetivas. objetivas e subjetivas.

Page 3: Conteúdos Programáticos

II UNIDADE – FILOSOFIA DO DIREITO I:II UNIDADE – FILOSOFIA DO DIREITO I:

- Objeto e divisão da Filosofia do Direito- Objeto e divisão da Filosofia do Direito - Jusnaturalismo- Jusnaturalismo - O Contratualismo e o Direito Político. Jean-- O Contratualismo e o Direito Político. Jean-

Jacques Rousseau Jacques Rousseau - O conceito de Direito em Immanuel Kant- O conceito de Direito em Immanuel Kant - A Filosofia materialista de Karl Marx e as - A Filosofia materialista de Karl Marx e as

criticas ao direito burguêscriticas ao direito burguês

Avaliação: Exercício de fixação e Prova com Avaliação: Exercício de fixação e Prova com questões objetivas e subjetivas. questões objetivas e subjetivas.

Page 4: Conteúdos Programáticos

III UNIDADE – Filosofia do Direito II: III UNIDADE – Filosofia do Direito II:

Seminários Temáticos: Seminários Temáticos: - Positivismo Jurídico em Hans Kelsen - Positivismo Jurídico em Hans Kelsen - Hannah Arendt: poder, liberdade e direitos humanos- Hannah Arendt: poder, liberdade e direitos humanos- Jürgen Habermas: razão comunicativa e direito - Jürgen Habermas: razão comunicativa e direito - Direito Alternativo (e Direito Achado na Rua) - Direito Alternativo (e Direito Achado na Rua) - Direito na Pós-Modernidade- Direito na Pós-Modernidade

Avaliação: Avaliação: Seminários Temáticos em grupos – sendo que cada conteúdo Seminários Temáticos em grupos – sendo que cada conteúdo

terá dois grupos, um a favor e outro contra o pensamento terá dois grupos, um a favor e outro contra o pensamento filosófico exposto;filosófico exposto;

Apresentação em grupo, com avaliação individual, não Apresentação em grupo, com avaliação individual, não haverá entrega de trabalho escrito, a parte escrita será haverá entrega de trabalho escrito, a parte escrita será constituída de prova escrita versando sobre o objeto do constituída de prova escrita versando sobre o objeto do seminário de cada grupo temático e mais a presença e seminário de cada grupo temático e mais a presença e participação nas demais apresentações. participação nas demais apresentações.

Page 5: Conteúdos Programáticos

Referências Referências

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires.ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires.Filosofando: introdução à FilosofiaFilosofando: introdução à Filosofia. 2. ed., Rev. e Atual. São . 2. ed., Rev. e Atual. São

Paulo:Paulo:Moderna, 1993. Moderna, 1993.

CHAUÌ, Marilena. CHAUÌ, Marilena. Convite à FilosofiaConvite à Filosofia. 13. ed. São Paulo: Ática, . 13. ed. São Paulo: Ática, 2003. 2003.

BITTAR, Eduardo C. B.; ALMEIDA, Guilherme Assis D. BITTAR, Eduardo C. B.; ALMEIDA, Guilherme Assis D. Curso de Curso de FilosofiaFilosofia

do Direitodo Direito. 2. ed., São Paulo: Atlas, 2002. . 2. ed., São Paulo: Atlas, 2002.

BITTAR, Eduardo.BITTAR, Eduardo. Curso de Filosofia Política. Curso de Filosofia Política. 2ª ed., São 2ª ed., São Paulo:Atlas,Paulo:Atlas,

2005. 2005.

CRETELLA JUNIOR, José. CRETELLA JUNIOR, José. Curso de Filosofia do DireitoCurso de Filosofia do Direito. 9.ed., Rio . 9.ed., Rio dede

Janeiro: Forense, 2003. Janeiro: Forense, 2003.

LEITE, Flamarion Tavares. LEITE, Flamarion Tavares. Manual de Filosofia Geral e Jurídica: Manual de Filosofia Geral e Jurídica: dasdas

origens a Kant. origens a Kant. Rio de Janeiro: Forense, 2006. Rio de Janeiro: Forense, 2006.

Page 6: Conteúdos Programáticos

O O QUE É FILOSOFIA?QUE É FILOSOFIA?

A filosofia é a atribuição do saber (conhecimento) humano A filosofia é a atribuição do saber (conhecimento) humano dado às coisas do mundo. dado às coisas do mundo.

Assim, o conhecimento resulta da consciência que éAssim, o conhecimento resulta da consciência que ésubjetiva e existe apenas no homem, podendosubjetiva e existe apenas no homem, podendovariar de pessoa para pessoa. variar de pessoa para pessoa.

O homem evoluiu nos diferentes estágios de sua vida O homem evoluiu nos diferentes estágios de sua vida quando aprendeu a diferenciar o mundo a sua volta de sua quando aprendeu a diferenciar o mundo a sua volta de sua condição humana, tomando consciência de sua existência. condição humana, tomando consciência de sua existência. Com isso, ele abriu as portas do conhecimento. Com isso, ele abriu as portas do conhecimento.

Daí que o Conhecimento é o pensamento que resulta da Daí que o Conhecimento é o pensamento que resulta da relação que se estabelece entre o sujeito que conhece e o relação que se estabelece entre o sujeito que conhece e o objeto a ser conhecido. Subjetivo + Objetivo. objeto a ser conhecido. Subjetivo + Objetivo.

Page 7: Conteúdos Programáticos

O Conhecimento humano é desenvolvido a partir da O Conhecimento humano é desenvolvido a partir da experiência grega entre os séculos VI e V a.C.; experiência grega entre os séculos VI e V a.C.;

O milagre grego se dá com a escrita, a moeda, lei O milagre grego se dá com a escrita, a moeda, lei escrita e a pólis;escrita e a pólis;

O lugar da filosofia é na cidade;O lugar da filosofia é na cidade;

Embora os pré-socráticos (séc. VI a.C.), por Embora os pré-socráticos (séc. VI a.C.), por exemplo, Anaximandro (ápeiron – indeterminado), exemplo, Anaximandro (ápeiron – indeterminado), Tales de Mileto (água), Anaxímenes (ar), Demócrito Tales de Mileto (água), Anaxímenes (ar), Demócrito (átomo) e Empédocles (terra, água, ar e fogo), (átomo) e Empédocles (terra, água, ar e fogo), tenham refletido filosoficamente a partir da tenham refletido filosoficamente a partir da cosmologia (qual o princípio – arqué?), a filosofia é cosmologia (qual o princípio – arqué?), a filosofia é inaugurada a partir de Sócrates. inaugurada a partir de Sócrates.

Page 8: Conteúdos Programáticos

O PENSAMENTO RACIONAL SOCRÁTICOO PENSAMENTO RACIONAL SOCRÁTICO A Filosofia (do grego A Filosofia (do grego Φιλοσοφία:Φιλοσοφία: philosphilos - que ama + - que ama + sophiasophia

- sabedoria,  que ama a sabedoria) é a investigação crítica - sabedoria,  que ama a sabedoria) é a investigação crítica e racional dos princípios fundamentais;e racional dos princípios fundamentais;

Nesse sentido, a admiração é a condição de onde deriva a Nesse sentido, a admiração é a condição de onde deriva a capacidade de problematizar o que marca a filosofia não capacidade de problematizar o que marca a filosofia não como posse da verdade, mas como sua busca. Para Platão, como posse da verdade, mas como sua busca. Para Platão, a primeira virtude do filósofo é admirar-se;a primeira virtude do filósofo é admirar-se;

A Filosofia está na História, isso significa que o filósofo A Filosofia está na História, isso significa que o filósofo inicia a caminhada a partir dos problemas da existência, inicia a caminhada a partir dos problemas da existência, mas precisa se afastar deles para melhor compreendê-los, mas precisa se afastar deles para melhor compreendê-los, retornando depois a fim de dar subsídios de mudança; retornando depois a fim de dar subsídios de mudança;

Afirmou Kant no séc. XVIII, “não há filosofia que se possa Afirmou Kant no séc. XVIII, “não há filosofia que se possa aprender, só se pode aprender a filosofar”; aprender, só se pode aprender a filosofar”;

A passagem do senso comum para o conhecimento filtrado, A passagem do senso comum para o conhecimento filtrado, o bom senso.o bom senso.

Page 9: Conteúdos Programáticos

O processo do filosofar:O processo do filosofar:

A filosofia de vida – “filosofar” espontâneo do A filosofia de vida – “filosofar” espontâneo do homem comum nasce a partir das experiências homem comum nasce a partir das experiências de vida do cotidiano; de vida do cotidiano;

A filosofia propriamente dita é composta de uma A filosofia propriamente dita é composta de uma reflexão (reflexão (reflecterereflectere), “voltar atrás, para si”, para ), “voltar atrás, para si”, para desnudar a verdade (a-létheia), bem como pela desnudar a verdade (a-létheia), bem como pela atitude filosófica, que representa a atitude filosófica, que representa a práxispráxis, ou , ou seja, a ação e transformação a partir de uma seja, a ação e transformação a partir de uma reflexão crítica anterior e interior. reflexão crítica anterior e interior.

Page 10: Conteúdos Programáticos

Marilena Chauí (2003), nos responde que a Filosofia poderia Marilena Chauí (2003), nos responde que a Filosofia poderia ser a decisão de não aceitar as coisas como óbvias, as ser a decisão de não aceitar as coisas como óbvias, as idéias, os fatos, as situações, os valores e os idéias, os fatos, as situações, os valores e os comportamentos; em síntese, Filosofia pode ser definida comportamentos; em síntese, Filosofia pode ser definida como a não aceitação dos elementos da existência humana como a não aceitação dos elementos da existência humana sem antes havê-los investigados e compreendidos. sem antes havê-los investigados e compreendidos.

A atitude filosófica têm duas características, uma negativa A atitude filosófica têm duas características, uma negativa e outra positiva. A negativa é dizer não ao senso comum, e outra positiva. A negativa é dizer não ao senso comum, ao que é pré-concebido no cotidiano e tido como verdades ao que é pré-concebido no cotidiano e tido como verdades aceitas porque todo mundo diz e pensa. A positiva é a aceitas porque todo mundo diz e pensa. A positiva é a interrogação sobre os elementos do cotidiano e da interrogação sobre os elementos do cotidiano e da existência: existência: O que é? Por que é? Como é? O que é? Por que é? Como é?

Juntas, essas duas características da atitude filosófica Juntas, essas duas características da atitude filosófica constituem o que os filósofos chamam de atitude crítica ou constituem o que os filósofos chamam de atitude crítica ou pensamento críticopensamento crítico. . Atitude crítica pode ser compreendida Atitude crítica pode ser compreendida como tomar distância do nosso mundo costumeiro olhando-como tomar distância do nosso mundo costumeiro olhando-o como se nunca tivéssemos visto antes.o como se nunca tivéssemos visto antes.

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A Filosofia e a CiênciaA Filosofia e a Ciência

A Ciência nasceu da Filosofia (método), sendo o A Ciência nasceu da Filosofia (método), sendo o filósofo o sábio que refletia sobre todos os setores filósofo o sábio que refletia sobre todos os setores da indagação humana. Da opinião (da indagação humana. Da opinião (doxadoxa) à ciência ) à ciência ((epistemeepisteme), fruto da razão; ), fruto da razão;

Assim, a Ciência constrói um conhecimento Assim, a Ciência constrói um conhecimento fragmentado com juízo de realidade (objetividade), fragmentado com juízo de realidade (objetividade), enquanto a Filosofia apresenta um conhecimento enquanto a Filosofia apresenta um conhecimento universalizado com visão de conjunto universalizado com visão de conjunto (subjetividade), apresentando um juízo de valor;(subjetividade), apresentando um juízo de valor;

A Filosofia ainda se distingue da Ciência pelo modo A Filosofia ainda se distingue da Ciência pelo modo como aborda seu objeto: em todos os setores do como aborda seu objeto: em todos os setores do conhecimento e da ação, a Filosofia está presente conhecimento e da ação, a Filosofia está presente como reflexão crítica a respeito dos fundamentos como reflexão crítica a respeito dos fundamentos desse conhecimento e desse agir. desse conhecimento e desse agir.

Page 12: Conteúdos Programáticos

A Filosofia representa uma consciência A Filosofia representa uma consciência coletiva – com visão de conjunto; coletiva – com visão de conjunto;

Filosofia faz juízo de valor sobre as coisas do Filosofia faz juízo de valor sobre as coisas do mundo, enquanto a ciência faz juízo de mundo, enquanto a ciência faz juízo de realidade sobre as coisas do mundo;realidade sobre as coisas do mundo;

A Filosofia é um desdobramento do bom A Filosofia é um desdobramento do bom senso, diferentemente do senso comum, senso, diferentemente do senso comum, construído a partir das experiências do dia a construído a partir das experiências do dia a dia, carrega em si, falsos valores, preconceitos dia, carrega em si, falsos valores, preconceitos ou prejulgamentos sobre as coisas do mundo.ou prejulgamentos sobre as coisas do mundo.

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Reflexão FilosóficaReflexão Filosófica

Outro elemento da Filosofia é o movimento de volta sobre Outro elemento da Filosofia é o movimento de volta sobre

si mesmo (dialeticidade). O pensamento surge e interroga si mesmo (dialeticidade). O pensamento surge e interroga a si mesmo. Indagando como é possível o próprio a si mesmo. Indagando como é possível o próprio pensamento. Este movimento de indagar a si próprio, é pensamento. Este movimento de indagar a si próprio, é reconhecida na Filosofia enquanto reconhecida na Filosofia enquanto reflexão filosófica, reflexão filosófica, que que se organiza em três conjuntos de questões, descritos porse organiza em três conjuntos de questões, descritos por Chauí (2003)Chauí (2003) como: como:

1. Por que pensamos o que pensamos, dizemos o que dizemos 1. Por que pensamos o que pensamos, dizemos o que dizemos e fazemos o que fazemos? (motivos, causas e razões) e fazemos o que fazemos? (motivos, causas e razões)

2. O que queremos pensar quando pensamos, o que 2. O que queremos pensar quando pensamos, o que queremos dizer quando falamos, o que queremos fazer queremos dizer quando falamos, o que queremos fazer quando agimos? (conteúdo e sentido) quando agimos? (conteúdo e sentido)

3. Para que pensamos o que pensamos, dizemos o que 3. Para que pensamos o que pensamos, dizemos o que dizemos, fazemos o que fazemos? (intenção e finalidade) dizemos, fazemos o que fazemos? (intenção e finalidade)

Page 14: Conteúdos Programáticos

Diferentemente da atitude filosófica que se dirige ao mundo que Diferentemente da atitude filosófica que se dirige ao mundo que nos rodeia, indagando anos rodeia, indagando a essência essência, a , a significaçãosignificação e a e a origemorigem de de todas as coisas, a reflexão filosófica aponta seu pensamento aos todas as coisas, a reflexão filosófica aponta seu pensamento aos seres humanos no ato da reflexão, perguntando sobre a seres humanos no ato da reflexão, perguntando sobre a capacidadecapacidade e e finalidadefinalidade humana para humana para agiragir e e conhecerconhecer..

Assim, a reflexão filosófica possui três características:Assim, a reflexão filosófica possui três características: RadicalRadical: a palavra latina radix, significa “raiz”. Portanto, a Filosofia : a palavra latina radix, significa “raiz”. Portanto, a Filosofia

é radical não no sentido corriqueiro de ser inflexível, mas é radical não no sentido corriqueiro de ser inflexível, mas enquanto busca explicar os conceitos fundamentais usados em enquanto busca explicar os conceitos fundamentais usados em todos os campos do pensar e do agir; todos os campos do pensar e do agir;

RigorosaRigorosa: enquanto “filosofia de vida” não leva as conclusões até : enquanto “filosofia de vida” não leva as conclusões até as últimas conseqüências, e nem sempre é capaz de examinar os as últimas conseqüências, e nem sempre é capaz de examinar os fundamentos delas, o filósofo deve dispor de um método fundamentos delas, o filósofo deve dispor de um método claramente explicitado a fim de proceder com rigor, garantindo a claramente explicitado a fim de proceder com rigor, garantindo a coerência e o exercício da crítica;coerência e o exercício da crítica;

De ConjuntoDe Conjunto: enquanto as Ciências são particulares, porque : enquanto as Ciências são particulares, porque abordam recortes da realidade e se distinguem de outras formas abordam recortes da realidade e se distinguem de outras formas de conhecimento, a Filosofia é globalizante, porque examina os de conhecimento, a Filosofia é globalizante, porque examina os problemas sob a perspectiva de conjunto. Daí sua função problemas sob a perspectiva de conjunto. Daí sua função interdisciplinar, estabelecendo diversas formas de saber e de agir interdisciplinar, estabelecendo diversas formas de saber e de agir humanos. humanos.

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QUAL É A UTILIDADE DA FILOSOFIA?QUAL É A UTILIDADE DA FILOSOFIA?

Não é útil no sentido imediato, nem tem efeito prático instantâneo;Não é útil no sentido imediato, nem tem efeito prático instantâneo;É a capacidade que só o homem tem de superar a situação dada e não-É a capacidade que só o homem tem de superar a situação dada e não-escolhida. escolhida. Nasce para contestar o sistema instituído e ameaçador; Nasce para contestar o sistema instituído e ameaçador; Procura encorajar o homem diante de seus medos, apresentando aquilo Procura encorajar o homem diante de seus medos, apresentando aquilo que é verdadeiro, daí a busca constante pela verdade pelo filósofo.que é verdadeiro, daí a busca constante pela verdade pelo filósofo.

Filosofia não é dogmatismo e nem ceticismo: Dogmatismo: Posse de certezas e verdades

absolutas; Ceticismo: Anseia a certeza, mas decide que ela

é inalcançável, desacredita na possibilidade da verdade.

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O mito da cavernaO mito da caverna Platão referia-se aos seus contemporâneos, com suas crenças e Platão referia-se aos seus contemporâneos, com suas crenças e

superstições. O filósofo era qual um fugitivo capaz de fugir das superstições. O filósofo era qual um fugitivo capaz de fugir das amarras que prendem o homem comum às suas falsas crenças amarras que prendem o homem comum às suas falsas crenças e, partindo na busca da verdade, consegue apreender um e, partindo na busca da verdade, consegue apreender um mundo mais amplo. Ao falar destas verdades para os homens mundo mais amplo. Ao falar destas verdades para os homens afeitos às suas impressões, não seria compreendido e seria afeitos às suas impressões, não seria compreendido e seria como tomado por mentiroso, um corruptor da ordem vigente.como tomado por mentiroso, um corruptor da ordem vigente.

O mito da caverna é uma metáfora da condição humana perante O mito da caverna é uma metáfora da condição humana perante o mundo, no que diz respeito à importância do conhecimento o mundo, no que diz respeito à importância do conhecimento filosófico e à educação como forma de superação da ignorância, filosófico e à educação como forma de superação da ignorância, isto é, a passagem gradativa do senso comum enquanto visão isto é, a passagem gradativa do senso comum enquanto visão de mundo e explicação da realidade para o conhecimento de mundo e explicação da realidade para o conhecimento filosófico, que é racional, sistemático e organizado, que busca as filosófico, que é racional, sistemático e organizado, que busca as respostas não no acaso, mas na causalidade.respostas não no acaso, mas na causalidade.

Segundo a metáfora de Platão, o processo para a obtenção da Segundo a metáfora de Platão, o processo para a obtenção da consciência abrange dois domínios: o domínio das coisas consciência abrange dois domínios: o domínio das coisas sensíveis e o domínio das idéias. Para o filósofo, a realidade está sensíveis e o domínio das idéias. Para o filósofo, a realidade está no mundo das idéias e a maioria da humanidade vive na no mundo das idéias e a maioria da humanidade vive na condição da ignorância, no mundo ilusório das coisas sensíveis, condição da ignorância, no mundo ilusório das coisas sensíveis, no grau da apreensão de imagens, as quais são mutáveis, no grau da apreensão de imagens, as quais são mutáveis, corruptíveis, não são funcionais e, por isso, não são objetos de corruptíveis, não são funcionais e, por isso, não são objetos de conhecimento. conhecimento.

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““NÃO DEVEMOS TER MEDO DE QUE NÃO DEVEMOS TER MEDO DE QUE NOSSAS ESCOLHAS OU NOSSAS NOSSAS ESCOLHAS OU NOSSAS AÇÕES RESTRIJAM NOSSA AÇÕES RESTRIJAM NOSSA LIBERDADE, POIS SOMENTE A LIBERDADE, POIS SOMENTE A ESCOLHA E A AÇÃO NOS LIBERAM DE ESCOLHA E A AÇÃO NOS LIBERAM DE NOSSAS ÂNCORAS”NOSSAS ÂNCORAS”

(Merleau-Ponty, filósofo francês) (Merleau-Ponty, filósofo francês)