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Nº 13. Julho 2015 CONTIGO OPINIÃO DESTACADA 1 conhecimento. Avivaram-se na minha memória as diferentes eta- pas pelas quais passou a minha colaboração: evoco-as em três cores, para não entrar numa enu- meração que agora não importa: o tempo de proximidade partici- pativa a partir de responsabilida- des especiais; o início de tarefas de nível provincial, algumas com título oficial e outras sem este; e o progresso crescente de envol- vimento institucional e especifi- camente congregacional. Vi todo um caminho de proces- sos, acontecimentos e expressões para a história hospitaleira. Emer- giram, junto das atividades, nomes e rostos de pessoas. “Mas não foi a memória dos Donaciano Martínez Álvarez, sacerdote da Diocese de Palencia e colaborador da Instituição “Dou graças por tudo o que recebi, que é muito e em tantas dimensões” A minha vivência perante a con- cessão da Carta de Irmandade por parte das Irmãs Hospitalei- ras é uma mistura de sentimen- tos, interpretação do seu significado e visão do seu al- cance para os colaboradores. Faço uma narração, seguindo as fases da minha experiência. A primeira notícia chegou como o assalto de uma surpresa, amontoaram-se os sentimentos e o pensamento ficou parali- sado. Reconhecimento A seguir, comecei a pensar, a fazer hermenêutica do conte- údo, e foram surgindo diversas leituras. Em primeiro lugar, des- cobri que se tratava de um re- Donaciano Martínez Álvarez As Irmãs Hospitaleiras concedem, pela primeira vez na sua história, a Carta de Irmandade da Congre- gação a Donaciano Martínez Álvarez, sacerdote da Diocese de Palencia e colaborador da Instituição, há mais de vinte anos, nas áreas de Identidade e Valores Hospitaleiros, Pastoral da Saúde, Formação e Espiritualidade.

CONTIGO. N13PT Maquetación 1 - Entrada · “bem que realizam no mundo com as suas obras e orações”, que posso e devo eu ... Portugal e Espanha (de-finidas, tendo em conta o

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Nº 13. Julho 2015

CONTIGO

OPINIÃO DESTACADA

1

conhecimento. Avivaram-se naminha memória as diferentes eta-pas pelas quais passou a minhacolaboração: evoco-as em trêscores, para não entrar numa enu-meração que agora não importa:o tempo de proximidade partici-pativa a partir de responsabilida-des especiais; o início de tarefasde nível provincial, algumas comtítulo oficial e outras sem este; eo progresso crescente de envol-vimento institucional e especifi-camente congregacional.

Vi todo um caminho de proces-sos, acontecimentos e expressõespara a história hospitaleira. Emer-giram, junto das atividades,nomes e rostos de pessoas.

“Mas não foi a memória dos

Donaciano Martínez Álvarez, sacerdote da Diocese de Palencia e colaborador da Instituição

“Dou graças por tudo o que recebi, que émuito e em tantas dimensões”

A minha vivência perante a con-cessão da Carta de Irmandadepor parte das Irmãs Hospitalei-ras é uma mistura de sentimen-tos, interpretação do seusignificado e visão do seu al-cance para os colaboradores.Faço uma narração, seguindo asfases da minha experiência.

A primeira notícia chegou comoo assalto de uma surpresa,amontoaram-se os sentimentose o pensamento ficou parali-sado.

ReconhecimentoA seguir, comecei a pensar, afazer hermenêutica do conte-údo, e foram surgindo diversasleituras. Em primeiro lugar, des-cobri que se tratava de um re-Donaciano Martínez Álvarez

As Irmãs Hospitaleiras concedem, pela primeira vez na sua história, a Carta de Irmandade da Congre-gação a Donaciano Martínez Álvarez, sacerdote da Diocese de Palencia e colaborador da Instituição,há mais de vinte anos, nas áreas de Identidade e Valores Hospitaleiros, Pastoral da Saúde, Formação eEspiritualidade.

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meus contributos o que me levou a proclamar ummagnificat de ação de graças. Dei e dou graças portudo o que recebi, que é muito e em tantas dimen-sões”. Agora não é o momento de alargar esta con-fissão, enumerando ao pormenor todos os donsrecebidos.

InterpelaçãoEsta primeira interpretação foi intensa, mas deulugar a outra que me tem ocupado mais o pensa-mento. Segundo o Marco de Identidade da Insti-tuição, todos conhecem o meu envolvimento,sendo clara a nossa pertença à comunidade hospi-taleira e o nosso protagonismo na missão partil-hada.

Sendo assim, o que diz a Carta de Irmandade re-presenta uma nova interpelação que manifesto nasseguintes interrogações: Que profundidade meexige “um vínculo singular de comunhão com o ca-risma”? Que rasgo configurador acrescenta àminha pessoa, à minha vocação humana, baptismale ministerial, “tornar-me participante do seu serhospitaleiro”?; e, consequentemente, com que al-cance na vida fica envolvido o meu compromissocom a missão hospitaleira? Além disso, se me per-mitem “beneficiar dos seus bens espirituais”, do“bem que realizam no mundo com as suas obras eorações”, que posso e devo eu contribuir com aminha vida, o meu fazer e celebrar? Asseguro-vosde que podem mais estes desafios do que o recon-hecimento.

Abrir a portaAssim passei uns quantos dias. No final, chegouaté mim o que considero a melhor leitura da carta.Avalio-a, e convido todos a fazê-lo, como abrir aporta, abrir as portas de par em par para que oscolaboradores, chegando por diferentes caminhos,a partir de cada singularidade e pluralidade de in-tensidades, se autocompreendam membros proa-tivos da comunidade hospitaleira, sejamprotagonistas da missão partilhada, vivam e ga-rantam a identidade hospitaleira, e se comprome-tam com o futuro da Hospitalidade.

Também partilho convosco a hora de entrega daCarta. Foi no âmbito do III Encontro interprovincialde formação no MII, sob o belo quadro da cele-bração, que a Irmã Fuencisla, em nome da Provín-cia de Palencia, recordou a proposta, e a irmãAnabela, Superiora Geral, leu o denso texto, entre-gou-me o pergaminho e nos abraçámos. Já não setratava de escritos e pensares, mas do impacto deum acontecimento... a emoção embargou-me eimpôs-se às palavras, e o selo hospitalar gravou-se no meu coração.

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A concessão desta Carta de Irmandade representauma vinculação à Instituição, em tudo aquilo quese refere à comunhão e participação dos bens es-pirituais, carismáticos e hospitaleiros.

INSTITUCIONAL

CONTIGO

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Uma memória de agradecimento a 22 Irmãs Hospitaleiras

drid, a cólera atacou Ciempozue-los e não tardaram a surgir osseus sintomas nos dois centrospsiquiátricos fundados por S.Bento Menni. Os poucos dados daépoca dizem-nos que, no hospitaldos Irmãos de S. João de Deus, fa-leceram 15 doentes, sendo o hos-pital das Irmãs Hospitaleiras omais castigado, com um númeroelevado (desconhecemos osdados exatos) de vítimas.

Em 2 de Junho de 1885, a doençaataca a comunidade de Irmãs quenão puderam evitar o assolar dacólera, convertendo-se em vítimasda caridade… em mulheres quederam a sua própria vida por ou-tras mulheres que já não conta-vam naquela sociedade.

O Diretor clínico dos dois hospi-tais de Ciempozuelos, Dr. José Ro-

“Em verdade, em verdade vosasseguro que se o grão detrigo não cair na terra e nãomorrer, permanecerá ele só;mas se morrer produzirámuito fruto”. (Jn 12, 24)

Estas linhas são uma homena-gem, uma memória de agrade-cimento a 22 IrmãsHospitaleiras que deram a suavida pelas mais esquecidas, asmulheres com doença mental.Que, além disso, agiram deforma heróica perante a epide-mia de cólera que fustigou, so-bretudo, o centro de Espanha.

O mês de Junho de 1885 con-verteu-se numa das épocasmais dolorosas da nossa históriahospitaleira.Tal como noutraspovoações da província de Ma-

drigo González, elaborou um an-tídoto que reduziu o número devítimas. As Irmãs e os Irmãosforam instruídos a aplicar o antí-doto e, organizados pelo PadreMenni, não hesitaram em acorreràs casas das famílias de Ciempo-zuelos, em primeiro lugar, e de-pois a outras localidades, comoGetafe ou Chinchón.

As Irmãs prestam assistência àsmulheres infetadas com cólera,não hesitando, como boas sama-ritanas, a levar auxílio àquelas aquem ninguém se atrevia a ajudar.É o nascimento do voluntariadona nossa Instituição, algo tão pre-sente na vida de S. Bento Menni.É com a cólera que, pela pri-meira vez, as Irmãs saem doscentros como voluntárias.

CONTIGO

“A hospitalidade é um tesouro, é o melhorcontributo que podemos fazer para a

construção da Europa”

Andrea Calvo Fala-nos de HOS-PITALITY EUROPE, gabinete deligação e representação, peranteas Instituições da União Euro-peia, dos hospitais e estruturassócio-sanitárias da Ordem Hos-pitaleira de S. João de Deus edas Irmãs Hospitaleiras do Sa-grado Coração de Jesus.

Como e quando surgiu estainiciativa? A Ordem Hospitaleira de S. Joãode Deus, convencida da necessi-dade de ter uma agência de re-presentação própria na UniãoEuropeia, criou uma associaçãosem fins lucrativos, em 1 de Ja-neiro de 2012, com o nome“HOSPITALITY EUROPE”, cujasede está situada em Bruxelas.

Desde o seu início, a Ordem temestado aberta à possibilidade decooperar com outras Instituiçõesque partilham do mesmo propó-

sito. As Irmãs Hospitaleirasforam o primeiro instituto con-tactado com esta finalidade, aoconsiderar a proximidade fra-terna existente entre ambos.Assim, associamo-nos a esta ini-ciativa a 7 de agosto de 2013.

Esta associação internacionalrege-se pelo Direito belga e per-mite, aos estabelecimentos dosIrmãos de S. João de Deus e dasIrmãs Hospitaleiras, conhecertodas as propostas de projetosda União Europeia e mostrar otrabalho destas duas institui-ções, presentes em 15 países daUE com mais de 300 centros.

Quem a compõe e como estáestruturada?A associação é estruturada e co-ordenada através de uma açãosinérgica que envolve os Consel-hos Gerais da Ordem e dasIrmãs Hospitaleiras, a Assem-bleia Geral da própria associa-ção e as Províncias europeiasdas duas Instituições. A assem-bleia geral é composta por reli-giosos de ambas as instituições;por parte das Irmãs Hospitalei-ras são membros Andrea CalvoPrieto, 4° Administradora Geral,e Maria Begoña Pérez, SuperioraProvincial de Inglaterra.

A programação geral e a coor-denação de atividades, a níveleuropeu, fazem parte das com-petências da Assembleia Geral,

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ieto que se reúne normalmente duas

vezes por ano, geralmente emRoma (Itália). Esta inclui tambémo orçamento e o balanço do ga-binete de Bruxelas.

O gabinete de Bruxelas requerum apoio ativo e uma colabora-ção eficaz por parte das Provín-cias. Estas são envolvidas,participando no pagamento deuma quota anual para o funcio-namento da associação e nome-ando um membro em cada umadas quatro Províncias Europeiasda Congregação: Inglaterra,França, Portugal e Espanha (de-finidas, tendo em conta o pro-cesso para a unificação emEspanha). Os contactos entre oGabinete e as Províncias sãomantidos através dos membros,que se reúnem pelo menos umavez por ano. Para determinadosprojetos especiais são formadosgrupos de trabalho. Os idiomasoficiais são: italiano, francês e in-glês.

Quais são os objetivos?Promover os valores da hospita-lidade perante as instituições daUnião Europeia. Fortalecer osvínculos entre estas instituiçõesna Europa, com a finalidade deresponder melhor às realidadeslocais e propor iniciativas inter-sectoriais. Prestar atenção ao as-peto financeiro (fundoseuropeus), e avaliar a possibili-dade de cooperar (gabinete

Andrea Calvo Prieto

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CONTIGO

comum) com outros institutos religiososcom a mesma natureza.

Que projetos estão a desenvolver? n Luta contra as novas formas de po-breza, surgidas com a crise económica.n Continuidade do atendimento psi-quiátrico de crianças e adolescentes nasua transição para a idade adulta.n Inclusão social e laboral de pessoascom incapacidade inteletual, através dasnovas tecnologias. Por parte das IrmãsHospitaleiras, colaboram as provínciasde França e Portugal.n Tratamento e reabilitação de criançasque sofrem de algum transtorno mental,como consequência de terem sido tes-temunhas ou vítimas de violência (aindaem fase de reflexão).

Como pensam continuar a desenvol-ver a vossa atividade no futuro?Entre os inúmeros temas de interessecomum, é dada uma atenção especial àsúltimas mudanças introduzidas nanorma UE sobre o reconhecimentomútuo dos títulos de profissionais desaúde. Esta é uma matéria em que sepensa trabalhar, de futuro, para facilitara mobilidade dos recursos humanosentre as Províncias europeias.

Além disso, as Províncias europeias dasduas Instituições deverão aumentar e in-tensificar os intercâmbios e a coopera-ção, bem como contar com um “canalinformativo” específico em relação àsatividades e aos programas promovidose apoiados pelas Instituições comunitá-rias.

Que S. João de Deus e S. Bento Menninos inspirem para sermos hoje apaixo-nados pela hospitalidade. A hospitali-dade é um tesouro, é o melhorcontributo que podemos fazer para aconstrução da Europa.

www.hospitality-europe.eu

A Terapia de Reabilitação Cognitiva

não é eficaz na esquizofrenia

Investigadores das Irmãs Hospitaleiras, liderados pelaFIDMAG, realizaram um ensaio clínico para determinarse a Terapia de Reabilitação Cognitiva (TRC) poderiaser eficaz para doentes com esquizofrenia. Esta terapiatinha obtido resultados controversos em estudos pré-vios, mas estava a começar a ser implementada deforma generalizada em alguns países como o ReinoUnido. Os resultados do novo estudo indicam que aTRC não melhorou os défices neuropsicológicos dosdoentes com esquizofrenia, nem a sua capacidade deenfrentar as tarefas da vida diária.

O estudo, financiado pelo Instituto de Salud Carlos III,foi publicado na prestigiada revista Schizophrenia Bu-lletin. No estudo participaram 130 doentes com esqui-zofrenia recrutados em seis centros das IrmãsHospitaleiras de toda a Espanha.

Para realizar o estudo, estes doentes foram organiza-dos em três grupos. Um deles realizou um treino comexercícios neurocognitivos, outro um curso de meca-nografia online e o terceiro continuou com o seu tra-tamento habitual. Os doentes foram avaliados noinício do ensaio e ao finalizá-lo, 6 meses depois. Asanálises demonstram que a melhoria, tanto no rendi-mento cognitivo como no funcionamento diário, nostrês grupos de doentes, foi pouco relevante, e que aspessoas que realizaram a TRC não apresentaram qual-quer benefício de destaque em relação aos outros doisgrupos.

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Tertúlia Psiquiátrica

Presidente do Conselho Diretivo do IASAÚDE – IPRAM. Abordou-se temas como a Qualidade, ACronicidade das pessoas com Doença Mental, OsMitos e Verdades da Eletroconvulsivoterapia, Oque Sentem as Famílias e Que Respostas Existemna Comunidade.

No início assistiu-se a um momento teatral, inti-tulado “90 anos de hospitalidade…”, coreografadopor Edite Silveira. Integravam o grupo utentes ecolaboradores da Instituição. A mensagem con-tida no texto, nos gestos, nas palavras foi umamensagem de libertação das doentes, trazidapelas Irmãs…

No momento inicial Da Tertúlia, A Irmã CelesteLima, Superiora da Casa de Saúde, referiu “O mo-tivo da nossa vinda permanece: prestar cuidadosde saúde com qualidade, unindo ciência e huma-nização, num atendimento holístico aos nossosutentes. Passados 90 anos, a forma de o fazermosé diferente, mas o sentido de missão mantém-se.O nosso objetivo continua a ser servir a pessoaque sofre, numa perspetiva de saúde integral”.

Prestar cuidados de saúde com ciência e huma-nização, numa perspetiva integral é o leitmotiv,que orienta a intervenção hospitaleira, que aolongo de 90 anos passou por processos de mu-dança, assentes na audácia e na criatividade.

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a Organizada pela Valência de Psiquiatria Longo In-ternamento da Casa de Saúde Câmara Pestana,decorreu dia 9 de maio uma Tertúlia Psiquiátricano Auditório da Instituição.

Este evento marcou o início das comemoraçõesdos 90 anos da presença das Irmãs Hospitaleirasnesta Casa de Saúde e na Região Autónoma daMadeira, no ano de 1925.

As Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração deJesus, assumiram a Direção da Casa de Saúde,então denominado “Manicómio Câmara Pestana”,a 9 de Maio de 1925, a convite da Junta Geral doFunchal, na sequência das diligências feitas peloDr. João Francisco de Almada, então Diretor Clí-nico: “Os serviços do manicómio Câmara Pestanaestão péssimos, mas não há ninguém capaz de osmelhorar, senão entregando os doentes ao cui-dado de enfermeiros competentes, dedicados ecarinhosos. E quem se opuser a esta solução, co-mete um crime”.

A Tertúlia, moderada pela Jornalista, especialistaem saúde, Marina Caldas. fez um trajeto sobre vá-rios temas, com a colaboração de vários interlo-cutores: Dr. Saturnino Silva, Psiquiatra; Dr. LicínioSantos, Psiquiatra; Agostinho Oliveira, EnfermeiroEspecialista Saúde Mental e Psiquiatria; CláudiaAveiro, Familiar; Enfermeira Ana Clara Silva, Vice

Participaram do encontro

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CONTIGO

Depois de 84 anos de vigência,cumpridos no passado dia 12 dejunho, o complexo hospitaleiroSan Luis de Palencia, Espanha,mudou de nome, e agora deno-mina-se “Centro SociosanitarioHermanas Hospitalarias”.

Às 12h00 teve lugar, na fachadado complexo das Irmãs Hospita-leiras de Palencia, um ato sim-ples em que foi apresentado onovo nome.

Estiveram presentes vários re-presentantes sociais, empresa-riais e políticos da cidade,liderados pelo Subdelegado doGoverno de Palencia, Luis Miguel

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O complexo hospitaleiro São Luís muda de nome

Cárcel, e acompanhados pelaSuperiora Provincial, FuencislaMartín, e pelo Diretor Gerente,Javier Arellano. Também assistiuAnabela Carneiro, SuperioraGeral da Instituição, coincidindocom a sua visita canónica a Pa-lencia, bem como todos os Di-retores da Província.

“O nosso objetivo é apresentaraos cidadãos de Palencia o novonome que, por um lado, repre-senta o nome da instituição quegere há 126 anos este centro e,por outro, simboliza melhor aatividade atual no interior docomplexo”, comentou JavierArellano, Diretor Gerente do

centro das Irmãs Hospitaleirasem Palencia.

Esta mudança de nome, quetenta potenciar a imagem demarca “Irmãs Hospitaleiras” nos27 países onde estão presentes,seguindo uma estratégia institu-cional mundial, chega num mo-mento importante para aInstituição, já que os centros deIrmãs Hospitaleiras em Espanhaencontram-se num processo dereestruturação, que culminará,no próximo ano, com a criaçãode uma Única Província Canó-nica de Espanha.

CONTIGO

longe nas nossas realidades quotidianas. A mis-são é infinita e deve continuar a realizar-se nosgestos mais simples: não só dar de comer, cuidardos feridos e dos doentes, reconfortar e orar, mastambém sorrir, dar a mão e partilhar o pouco quetemos. É este o contributo que nos oferecem dia-riamente e pelo qual vos agradecemos”.

“O amor é mais fortedo que as nossas

diferenças étnicas”

Marie Stella Kouak

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Prov

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Fra

nça A convite do semanário PÈLERIN, a Irmã Marie

Stella Kouak, Irmã hospitaleira togolesa, diretorada Associação "Vivre dans l'Espérance" ("Vivercom Esperança"), passou todo o mês de maio emFrança, para assistir às várias assembleias geraisde associações que suportam a sua ação, e paradar inúmeras entrevistas e conferências. Em todasas suas deslocações, foi acompanhada pelaMaman Rita, responsável pela Maison Sainte Mo-nique no Togo, onde vivem 70 orfãs.

De Dapaong a Paris, de Paris a Angers, de Angersa Nîmes, de Nîmes a Reims, de Reims a Chambéry,de Chambéry a Dijon, de Dijon a Saint-Amand, deSaint-Amand ao Togo… Foram muitos encontrose testemunhos que as marcaram fortemente. “Emtodos os sítios por onde passámos, sentimo-nos emfamília”.

Os leitores da Pèlerin, que a conhecem bem econhecem a seriedade da sua ação, mostraram-se extremamente generosos: mais de 25.000€ jáforam doados à Associação. Esta soma servirápara financiar a segunda fase de trabalhos nonovo centro de cuidados de Dapaong, que deverásubstituir a Maison Maguy que se tornou dema-siado pequena para acolher todos os doentes, ecujas obras começarão a 29 de junho.

“Obrigada aos milhares de rostos conhecidos e des-conhecidos que nos acompanham de perto ou de

II Congresso de Pessoas com

Doença Mental

Sob o lema “Reduzir distâncias”, a equipade Saúde Mental das Irmãs Hospitaleirasde Málaga, juntamente com os seus uten-tes, celebrou a segunda edição do con-gresso para pacientes com doençamental. Trata-se de um evento único epioneiro neste âmbito, que teve lugar nosdias 18 e 19 de junho.

Tudo começou há dois anos, quando umadas enfermeiras dessa área, EsperanzaPozo Cambeiro, planeou o formato comouma ideia inovadora para o coletivo, tra-balhando tanto na elaboração da ediçãoanterior, como na estruturação da pre-sente. “Quis centrar toda a atenção em queas pessoas com algum tipo de doençamental fossem as protagonistas do con-gresso, sendo estas as participantes e cola-boradoras”, explicou Esperanza.

Sob as pautas do comité organizador, for-mado por alguns utentes e por umaequipa de profissionais do Complexo, pre-parou-se este II Congresso como um es-paço em que qualquer pessoa, afetadapor alguma doença mental, pudesseexpor as suas dúvidas, colocar as suas pre-ocupações, aprender, participar e até con-tar a sua experiência.

O Congresso foi um ato muito enriquece-dor, baseado no encontro e na comunica-ção de todos os participantes.

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CONTIGO

Hospitalidade sem fronteiras...

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Serviço qualificado para doentes e necessitados,fé cristã e solidariedade comprometida em cadacontexto social. Sob estes preceitos, foi fundadaa Clínica Nuestra Señora de Guadalupe em Quito,Equador, em 1966. Inicialmente, a sua carteira deserviços era de Hospitalização e Consulta Ex-terna, contando atualmente com uma área deCuidados Paliativos.

O centro, composto por 4 Irmãs e 113 colabora-dores, baseia-se numa visão humanista e cristãda pessoa, considerada na sua unidade e digni-dade invioláveis, e acolhe todos sem distinção,em especial os grupos de atendimento prioritá-rio.

A Carteira de Serviços da Clínica Nuestra Señorade Guadalupe é formada de acordo com as pres-tações oferecidas atualmente pela Instituição, eem função das necessidades e da procura da po-pulação local.

n Serviço de Hospitalização:

Clínica Nuestra Señora de Guadalupe

n Serviço de Consulta Externa: presta atendi-mento nas seguintes especialidades, com umacapacidade de 720 consultas mensais no total.

1.- Psiquiatria: conta com três profissionais depsiquiatria, dois dos quais a tempo inteiro e outroem regime de part-time. O horário da clínica, comestes profissionais, é das 8h00 às 15h00.

2.- Psicologia: com uma profissional a tempo in-teiro.

n Serviço de Emergências: está disponível 24horas por dia. Conta com profissionais qualifica-dos, que avaliam o doente e decidem posterior-mente o seu internamento, ou não, na clínica,cumprindo os protocolos estabelecidos deacordo com as necessidades.

n Serviço de Hospital de Dia: entende-se porHospital de Dia como a assistência no centro desaúde, durante algumas horas, seja para diagnós-ticos, investigações clínicas e/ou exploraçõesmúltiplas, seja para tratamentos que não podemter lugar na consulta externa, mas que não justi-ficam uma estadia completa.

Todos os serviços estão focados em atividades depromoção, prevenção, cura e acompanhamentode cada caso com o doente e a família. Semprereforçados por uma equipa de profissionais mul-tidisciplinar.

Mais informações e [email protected]

www.hospitalarias.org

Datas em destaque: julho, agosto e setembro 2015

n 50º aniversário da Constituição como Província de Inglaterra (18.08.2015)

n 50º aniversário da Constituição como Província de França (18.08.2015)

n Visita Canónica da Superiora Geral, na Província de Madrid, de 1 de setembro a 3 de outubro.

Fórum de Debate Social “As novas dependências: o lado obscuro da tecnologia”

No passado dia 17 de junho, a Comissão Geral de Comunicação celebrou um Fórum de Debate,em que oradores de reconhecido prestígio partilharam as suas impressões sobre “As novas de-pendências: o lado obscuro da tecnologia”. Se não teve a oportunidade de ver em direto, agorapode fazê-lo através deste link: http://www.hospitalarias.org/pt/index.php/coloquio-2015

Este fórum, concebido como um ponto deencontro e diálogo entre especialistas na ma-téria, teve como moderador o Dr. Franciscodel Olmo, Diretor da Área de Saúde Mentaldas Irmãs Hospitaleiras em Madrid (ClínicaSan Miguel e Complejo Asistencial BenitoMenni). Juntos debateram, para gerar umareflexão partilhada sobre a dependência àsnovas tecnologias (aspetos chave, prevençãoe tratamento), especialmente entre os maisjovens.