23
Centro de Convenções Ulysses Guimarães Brasília/DF 16, 17 e 18 de abril de 2013 CONTRATANDO COM INTELIGÊNCIA: NOVO MODELO PARA CONTRATAÇÃO Natalia Maciel Lessa Chapermann Renilda dos Santos Matos Wesckley Faria Gomes Zelia Maria de M. Souza M. Apostolo

CONTRATANDO COM INTELIGÊNCIA: NOVO MODELO PARA … · CONTRATANDO COM INTELIGÊNCIA: NOVO MODELO PARA CONTRATAÇÃO ... liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a

  • Upload
    buihanh

  • View
    217

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Centro de Convenções Ulysses Guimarães Brasília/DF – 16, 17 e 18 de abril de 2013

CONTRATANDO COM INTELIGÊNCIA: NOVO MODELO PARA CONTRATAÇÃO

Natalia Maciel Lessa Chapermann Renilda dos Santos Matos

Wesckley Faria Gomes Zelia Maria de M. Souza M. Apostolo

2

Painel 40/150 O ciclo de entrada no serviço público

CONTRATANDO COM INTELIGÊNCIA:

NOVO MODELO PARA CONTRATAÇÃO

Natalia Maciel Lessa Chapermann Renilda dos Santos Matos

Wesckley Faria Gomes Zelia Maria de M. Souza M. Apostolo

RESUMO O presente trabalho trata da criação de um sistema informatizado, utilizado pelo Governo do Estado de Sergipe, na realização de Processos Seletivos Simplificados, para seleção de servidores temporários, contratados em situações excepcionais, previamente determinadas em lei, visando celeridade e lisura em seus procedimentos. Apresenta as principais razões que levaram a Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão – SEPLAG, órgão responsável pela formulação de políticas e diretrizes para a administração de recursos humanos, a viabilizar a criação do sistema, atendo-se, especialmente, ao fato de que programas como o apresentado, aliados à qualificação técnica dos servidores, permite maior transparência na apresentação dos dados fornecidos, facilitando a análise e efetividade na divulgação dos resultados e diminuindo consideravelmente o índice de erros humanos. Defende a necessidade de cada vez mais utilizar mecanismos que facilitem a divulgação de resultados nos processos seletivos temporários, especialmente, diminuindo os gastos com contratações de empresas terceirizadas para realizar o processo seletivo, quando é feito pela própria Administração Pública Estadual, com menor força de trabalho e materiais alocados, beneficiando, diretamente, os próprios profissionais contratados e a Administração Estadual de forma geral. Palavras-chave: Contratação temporária. Processo seletivo. Sistema informatizado.

3

INTRODUÇÃO

Os direitos e deveres dispostos na legislação pátria devem ser

observados de modo que todo o cidadão possa efetivamente exercê-los, bem como

compreenda a importância da atuação do Estado na defesa dos interesses da

coletividade, especialmente através da instituição de um Estado Democrático de

Direito, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a

liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça

como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos.

O fundamento da atuação estatal é precipuamente as disposições

estabelecidas na Constituição Federal de 1988 e é a mesma que determina, em seu

art. 37, inciso II, que a investidura em cargo ou emprego público depende de

aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo

com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei,

ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre

nomeação e exoneração.

Tem-se que a realização de concurso público, após a Carta Federal de 1988, é a

forma adequada de ingresso nos quadros públicos. No entanto, existem situações ou

momentos de crise, a exemplo de uma iminente calamidade pública, que obrigam o

administrador a fornecer respostas rápidas. Em casos desse jaez, a demora para

realização de um concurso público pode ser extremamente maléfica, ao ponto de

tornar ineficazes as medidas tomadas.

A realidade fática e jurídica, objeto do presente estudo, é referente tais

situações excepcionais nas quais o ente público se encontra frente a necessidade

de contratação urgente de agentes públicos a fim de realizar determinada atividade.

Vale ressaltar que a contratação temporária foi abarcada pela Carta

Magna, em seu art. 37, inciso, IX, e deve ser utilizada nos entes federados, não

como burla ao concurso público, mas sim como um instrumento legal que permita ao

administrador público a contratação de pessoal em situações atípicas, nas quais se

exige do Estado, maior celeridade na prestação de serviços públicos. .

Para tanto, de forma mais específica, toma-se como base a experiência

do Estado de Sergipe, através da sua Secretaria de Estado do Planejamento,

Orçamento e Gestão - Seplag, que buscou formas de viabilizar a continuidade do

serviço público de forma direta e eficiente ante a excepcionalidade de situações

transitórias, porém, não menos importantes.

4

Para tanto, observar-se-ão as disposições da Constituição Federal de

1988; a Lei nº 2.148, de 21 de dezembro de 1977 (Estatuto do Servidor Público Civil

do Estado de Sergipe); a Lei nº 6.691, de 23 de setembro de 2009 (Lei de

Contratação Temporária); Lei nº 7.116, de 25 de março de 2011 (Lei de estrutura

organizacional básica da Administração Pública Estadual), onde se busca manter a

lisura do procedimento administrativo ao tempo que visa atender de forma célere a

continuidade do serviço e manutenção das necessidades da coletividade.

Desse modo, a análise em comento é de relevância jurídica,

administrativa e social, uma vez que permite a Administração Estadual contratar

profissionais em caráter excepcional, de forma temporária, observando seus direitos

e deveres, além de atender aos anseios da coletividade.

No caso de Sergipe, a atual lei de contratação temporária centralizou a

realização de processos seletivos simplificado na Seplag, que por sua vez optou por

realizá-los diretamente, dispensando a contratação de empresas organizadoras de

concurso público.

Contudo, as primeiras seleções demoravam muito para serem finalizadas,

pois exigiam bastante trabalho manual, o que tornou imprescindível a criação de

uma nova metodologia de trabalho e sistema informatizado para os novos editais,

objetivando maior credibilidade, transparência e ainda reduzindo para até dois dias o

tempo de seleção, a depender do montante da contratação a ser realizada.

A criação de um sistema informatizado que torna célere a

correspondência entre a inscrição, seleção e a efetiva contratação, tornando todo o

recrutamento de pessoal eficaz, diminuiu, além do tempo gasto no processo seletivo,

a utilização excessiva de força de trabalho e gasto de materiais, uma vez que todo o

procedimento era realizado de forma manual, garantindo, inclusive, a diminuição de

possíveis falhas técnicas ao fim do processo.

Ademais, é um estudo que também oferece relevância social na medida

que traz segurança a toda a classe de trabalhadores públicos, ainda que

temporários, de que a Administração Pública Estadual está procurando garantir a

legalidade, impessoalidade, moralidade, e eficiência, onde os candidatos facilitam e

fiscalizam o trabalho da banca examinadora na medida que já inserem os dados

para validação do seu curriculum vitae apresentado, fazendo cumprir todos os

direitos a que fazem jus e especificados no edital do processo seletivo simplificado.

5

Em uma abordagem multifacial, utilizou-se método estatístico, no sentido

de que a análise quantitativa das inscrições para processos seletivos em caráter de

contratação excepcional e temporária permite uma previsão do tempo de duração do

referido processo, fazendo um paralelo com o resultado do trabalho após

implementação do sistema informatizado, bem como se observa a presença do

método experimental, haja vista que para se alcançar o sucesso do projeto,

empreendeu-se diversos cases a fim de garantir a eficiência em sua implementação

e garantir a mínima incidência de erros humanos no processo.

Dessa forma, espera-se que com o presente artigo seja possível a

realização de uma reflexão mais aprofundada sobre o tema proposto com o escopo

precípuo de evoluir para a aplicabilidade de medidas semelhantes a implementação

de sistemas informatizados, tendo como principal objetivo a celeridade e eficiência

na contratação temporária do servidor público estadual, ou seja, garantindo a lisura

do processo de recrutamento, observando os anseios da coletividade, e como

objetivos específicos, a diminuição do número de erros no processo e alocação

desnecessária da força de trabalho por longo tempo, havendo, com isso, uma

proposta de discussão para oferecer subsídios a reflexões sobre a necessidade de

criação de outros sistemas informatizados que atinjam outros níveis de segurança e

confiabilidade na inserção e utilização dos dados dos candidatos e suas respectivas

pontuações, celeridade e admitindo melhor controle e fiscalização pelos próprios

candidatos e pela sociedade em geral, seguindo tal linha de raciocínio.

I A FORMA DE INGRESSO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA APÓS A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 E O SERVIDOR PÚBLICO DO ESTADO DE SERGIPE

Antes de se ater profundamente ao objeto do presente estudo, necessário

se faz trazer a lume o conceito de agente público trazido pela Lei nº 8.429/921, que

em seu artigo 2° traz a seguinte definição:

Reputa-se agente público, para os efeitos desta Lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior.

1 BRASIL. Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992. Disponível em:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8429.htm . Acessado em: 07 de março de 2013.

6

Agente público é o gênero, que abrange como espécie os agentes

políticos, agentes particulares colaboradores, agentes de fato e servidores públicos.

Servidores públicos são assim conceituados:

Servidores públicos são todos os agentes que, exercendo com caráter de permanência uma função pública em decorrência de relação de trabalho, integram o quadro funcional das pessoas federativas, das autarquias e das fundações públicas de natureza autárquica. (FILHO, 2008, p.535)

Servidores públicos em sentido amplo em nosso entender, são todos os agentes públicos que se vinculam à Administração Pública, direta e indireta, do Estado, sob o regime jurídico estatutário regular, geral ou peculiar, ou administrativo especial, ou celetista (regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho) de natureza profissional e empregatícia. (MEIRELLES, 2002, p. 288).

Pelo conceito acima exposto por Meirelles, é de fácil intelecção que os

servidores públicos tanto podem ser estatutários, regidos por estatutos e ocupantes

de cargos públicos, como celetistas, regidos pela CLT e ocupantes de emprego

público.

Maria Sylvia Z. Di Pietro (2002, p. 434), elucida que os estatutários

submetem-se ao regime estatutário, não havendo qualquer possibilidade de

modificação das normas vigentes por meio de contrato, ainda que com concordância

da Administração e do servidor, uma vez que se trata de normas de ordem pública,

cogentes, não derrogáveis pelas partes, enquanto os celetistas são os contratados

sob regime da legislação trabalhista, que é aplicável com as alterações decorrentes

da Constituição Federal.

Antes da promulgação da Carta Federal de 1988, não havia exigência de

que a contratação de servidor fosse sempre precedida de concurso público, não

havia a regra constitucional definida expressamente no art. 37, II. CF/882:

Art. 37 - A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Alterado pela EC-000.019-1998)

II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; (Alterado pela EC-000.019-1998)

2BRASIL. Constituição Federal de 1988. Disponível em:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm . Acessado em 07 de março de 2013.

7

Desse modo, com a promulgação da Carta Magna, em 1988, e com a

regra assim esculpida, tornou-se obrigatório que o ingresso de servidores públicos

na Administração Pública, fosse ela direta e indireta de qualquer dos Poderes da

União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, deveria ser observada a

realização de concurso público, garantindo, com isso, os princípios da legalidade,

impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, tendo a mesma disposição

sido replicada na Constituição Estadual de Sergipe, no art. 25, inciso XVI.

A legislação estadual segue os parâmetros determinados pela

Constituição Federal de 1988, onde sua aplicabilidade é igualitariamente conferida a

todos, onde no caso presente, trata-se de todos os servidores públicos estaduais.

Conforme é possível observar, por meio do Art. 2º da Lei nº 2.148/19773

(Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado de Sergipe), funcionário público

é pessoa legalmente investida em cargo público e que mantém com o Estado

vínculo de profissionalidade de natureza administrativa e não contratual, ou seja,

podemos dizer que são todos aqueles que dedicam seus esforços, conhecimentos

técnicos e experiências profissionais com a missão de servir a sociedade e

ocupam cargo público.

São noções básicas, por exemplo, que podem vir a confundir o servidor.

Vejamos:

O cargo é o conjunto de responsabilidades, conhecimentos técnicos e

competências permanentes cometidas a um funcionário, definidas de acordo com a

dimensão, complexidade e relevância das ações e dos respectivos resultados

esperados pelo governo estadual, que, mediante lei, seja criado com denominação

própria, número certo e vencimento a ser pago pelo Estado.

O cargo relaciona-se, ainda, ao agrupamento de funções de

complexidade semelhante dentro da estrutura organizacional sob uma mesma

denominação.

Carreira é o trajeto que um servidor pode percorrer dentro da estrutura de

cargos do Governo do Estado, aliado às competências dos servidores. Como já dito,

as carreiras gerais são regidas basicamente pelo Estatuto do Servidor Público

estadual, enquanto as carreiras específicas possuem legislação própria.

3 BRASIL. Lei nº 2.148/1977. Disponível em:

http://www.al.se.gov.br/Detalhe_Lei.asp?Numerolei=5765. Acesso em 23 de fevereiro de 2013.

8

Além dos servidores públicos estaduais que tiveram sua forma de

ingresso na Administração Pública regular através de concurso público de provas ou

de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou

emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em

comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, a Carta Federal,

antevendo situações excepcionais, dispôs em seu art. 37, IX, que a lei estabelecerá

os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade

temporária de excepcional interesse público.

Assim, de acordo com José dos Santos Carvalho Filho, são três os

pressupostos que inafastáveis para o regime de contratação por tempo determinado,

ou temporariamente, são eles:

A determinabilidade temporal = fixação de um prazo determinado para

o contrato, em que a regra consiste na indeterminação do prazo da

relação de trabalho a exemplo dos regimes estatutários e trabalhista.

Temporariedade = significa que a função e o serviço devem ser

temporários, ou seja, se a necessidade passar a ser permanente, a

Administração Pública deve admitir ingresso de servidores pelos

demais regimes de contratação.

Todavia, não se pode olvidar que, em sede da Ação Direta de

Inconstitucionalidade n° 3.068-0, o STF, em votação de desempate, entendeu que a

contratação temporária pode ser feita para o desempenho das atividades de caráter

regular e permanente, desde que presente a "necessidade temporária de

excepcional interesse público", nos termos do art.37, inciso IX, da Constituição

Federal, conforme a seguinte ementa:

O art. 31, IX, da Constituição do Brasil autoriza contratações, sem concurso público, desde que indispensáveis ao atendimento de necessidade temporária de excepcional interesse público, quer para o desempenho das atividades de caráter eventual, temporário ou excepcional, quer para o desempenho das atividades de caráter regular e permanente. A alegada inércia da Administração não pode ser punida em detrimento do interesse público, que ocorre quando colocado em risco o princípio da continuidade da atividade estatal. (ADI 3.068, Rei. p/ o ac. Min. Eros Grau, julgamento em 24-2-06, DJ de 23-9-05).

9

Excepcionalidade do Interesse Público = tem-se que excepcional é

algo fora do comum e, em perfeita definição, Celso Antônio Bandeira

de Mello4, leciona que o interesse público é:

É que, na verdade, o interesse público, o interesse do todo, do conjunto social, nada mais é que a dimensão pública dos interesses individuais, ou seja, dos interesses de cada indivíduo enquanto partícipe da Sociedade (entifiçada juridicamente no Estado), nisto se abrigando também o depósito intertemporal destes mesmos interesses, vale dizer, já agora, encarados eles em sua continuidade histórica, tendo em vista a sucessividade das gerações de seus nacionais. (...)

Donde, o interesse público deve ser conceituado como o interesse resultante do conjunto dos interesses que os indivíduos pessoalmente têm quando considerados em sua qualidade de membros da Sociedade e pelos simples fato de o serem.

Os servidores públicos, de uma forma geral, no Estado de Sergipe, são

regidos pela Lei nº 2.148, de 21 de dezembro de 1977. Tais servidores pertencem

ao que se convencionou chamar de Tabela Geral. Alem desses, grande maioria do

quadro, existem as carreiras específicas que são regidas por leis específicas, a

exemplo da Lei Complementar nº 16, de 28 de dezembro de 1994, Estatuto do

Magistério5, que possui alguns dispositivos aplicáveis ao quadro da Tabela Geral.

Entretanto, ocorre que algumas carreiras possuem legislação específica

que, em alguns casos, instituem vantagens e obrigações que não atingem os

servidores da Tabela Geral, a exemplo das Carreiras do Magistério, Delegado de

Polícia, Auditor Técnico de Tributos, Carreiras de Atividades Periciais, Escrivão,

Agente e Agente Auxiliar de Polícia, Vistoriador de Trânsito e Assistente de Trânsito,

Carreiras de Segurança do Sistema Prisional, Magistério, Médico, Procurador de

Estado, Técnico em Políticas Públicas e Gestão Governamental.

Diante do exposto, é importante ressaltar que atendendo ao disposto

na Constituição Federal de 1988, no art. 37, inciso IX, há regulamentação estadual

a respeito de contratação temporária e excepcional, qual seja, a Lei nº 6.691, de

23 de setembro de 2009, que preceitua em seu art. 11, que aos contratados

nessas condições, “estarão sujeitos aos mesmos deveres e proibições, inclusive

quanto a acumulação de cargos, empregos e funções, e ao mesmo regime

de responsabilidade, vigentes para os demais servidores públicos estaduais, no

que couber”. 4 MELLO, Celso Antonio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 13ª Edição. Malheiros

Editores, São Paulo, 2001, págs. 58 e 59. 5 BRASIL. Lei Complementar nº 16/1994. Disponível em:

http://www.al.se.gov.br/Detalhe_Lei_comp.asp?Numerolei=8. Acessado em 25 de abril de 2012.

10

Desse modo, os servidores públicos contratados temporariamente são

ocupantes de cargo público, porém não compõem quadro de carreira, apesar de, no

que couber, serem possuidores de deveres, obrigações e direitos dos servidores que

ingressaram permanentemente nos quadros da Administração Pública Estadual por

concurso público e que tem inclusive, em alguns casos, legislação específica.

Em uma análise geral, essa norma aplica o Princípio Constitucional da

Igualdade que pode ser utilizado para conferir vantagens a determinados servidores

públicos de natureza contratual (temporária) que desenvolvam atividades

semelhantes a servidores públicos do quadro permanente, a fim de sua condição

poder se igualar a quem, a princípio, estaria em condição superior.

II A CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA DE PROFISSIONAIS NO ESTADO DE SERGIPE

Como observado anteriormente, a regra geral é a investidura em cargo ou

emprego público condicionada à aprovação prévia em concurso público de provas

ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou

emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em

comissão, declarado em lei de livre nomeação e exoneração.

Todavia, também é fato que, em casos excepcionais, a Administração

Pública pode contratar profissionais para exercerem atividades de caráter temporário

e, nesses casos, a Constituição Federal de 1988 determinou, em seu art. 37, inciso

IX, que “a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para

atender a necessidade temporária de excepcional interesse público”.

Desse modo, o Estado de Sergipe, por meio do órgão de competência

legislativa, criou, inicialmente, a Lei nº 2.781, de 02 de janeiro de 19906, que não tinha

vasto conteúdo, mas autorizava a Administração Pública Direta e Indireta, inclusive

fundacional, do Estado de Sergipe, a contratar servidores, por tempo determinado,

para atender necessidade temporária do serviço, em casos de excepcional interesse

público, onde a referida contratação deveria ser devidamente autorizada por despacho

fundamentado do Chefe do Poder Executivo, em que se declararia a necessidade do

serviço e o interesse público, após manifestação expressa dos órgãos ou entidade

envolvidas, justificando a excepcionalidade da medida.

6 BRASIL. Lei nº 2.781, de 02 de janeiro de 1990. Disponível em:

http://www.al.se.gov.br/Detalhe_Lei.asp?Numerolei=3 . Acessado em: 07 de março de 2013.

11

Ademais, determinava que o prazo do contrato não poderia ser superior a

1 (um) ano, podendo haver sua prorrogação, desde que não excedesse a 2 (dois)

anos. Asseverava ainda que os servidores contratados perceberiam salário igual ao

vencimento-base dos respectivos cargos dos funcionários do Quadro de Pessoal do

Poder Executivo, cujas funções, atribuições e responsabilidades seriam iguais ou

análogas, observada a respectiva carga horária de trabalho.

Anos mais tarde, a Lei nº 5.887, de 26 de maio de 20067, alterou a Lei nº

2.781/90, mas pouco foi acrescentado ao texto original. O novel texto discriminava

que a remuneração, carga horária e jornada de trabalho fossem fixadas no

instrumento de contrato, de acordo, se fosse o caso, com o quanto que estipulado

no edital ou convocação de seleção a que tiverem se submetido os servidores.

Ao artigo foi acrescentado parágrafo único determinando que para a

estipulação de remuneração, carga horária e jornada de trabalho nos editais ou

convocações de seleção, se houver, a Administração deveria tomar como referência

a respectiva remuneração total ou ganhos totais dos servidores do Quadro de

Pessoal do Poder Executivo, cujas funções e atribuições fossem iguais ou análogas,

observadas as cargas horárias efetivas de trabalho dos respectivos profissionais e

as peculiaridades de cada caso.

É importante observar que a expressão “se houver” funcionava como um

“salvo conduto” ao gestor que preferisse contratar servidores temporários sem a

realização de seleção. Não é demais repetir que o texto de lei, extremamente

conciso e carente de regulamentação, além de não prever padrões e procedimentos,

deixava ao arbítrio de cada secretário ou dirigente de órgão, a escolha de realizar ou

não processo seletivo, alem do método a ser seguido. Sem parâmetros e com

controle incipiente, a sociedade sergipana descria na imparcialidade da seleção.

Apenas no final de 2009 foi promulgada a atual legislação. Finalmente,

encontra-se em vigor, a respeito do tema, a Lei nº 6.691, de 23 de setembro de 2009,

com conteúdo mais específico, revogando disposições em contrário e determinando

que os contratos temporários em vigor se adequassem às suas disposições.

7 BRASIL. Lei nº 5.887, de 26 de maio de 2006. Disponível em:

http://www.al.se.gov.br/Detalhe_Lei.asp?Numerolei=6737 . Acessado em: 07 de março de 2013.

12

A partir de então, a referida contratação excepcional passou a depender

de processo seletivo simplificado, devidamente publicado no Diário Oficial do

Estado, através de edital, que se iniciará com a proposta e justificação expressa do

titular ou dirigente do órgão ou entidade interessada, e será feita depois de

devidamente autorizada por despacho fundamentado do Governador do Estado, em

que declarará a necessidade do serviço e o interesse público, ouvida a atual

Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão - SEPLAG, antiga

Secretaria de Estado de Administração - SEAD, para prestação de eventuais

esclarecimentos, devendo a autorização, com a respectiva fundamentação legal, ser

publicada no Diário Oficial do Estado, e o titular ou dirigente do órgão interessado

deverá fazer levantamento detalhado da quantidade e especialidades dos

profissionais a serem contratados temporariamente, evitando a contratação

fracionada8.

Além disso, a legislação em comento definiu, expressamente, em seu art.

2º, quais os casos que poderiam ser realizadas as contratações temporárias,

a saber:

I – calamidade pública;

II – inundações, enchentes, desabamentos, incêndios, epidemias e surtos de doenças;

III – campanhas de saúde pública;

IV – força maior ou caso fortuito que ocasione descontinuidade na prestação de serviço público essencial;

V – caso de emergência, desde que caracterizada a urgência e/ou inadiabilidade de atendimento de situação que possa comprometer a realização de eventos de interesse público, ou, ainda, prejudicar a prestação de serviços ou ocasionar prejuízos quanto à saúde, à educação ou à segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos ou outros bens, públicos ou privados, ou mesmo à execução de medidas preventivas e sócio-educativas de atenção a crianças e adolescentes;

VI – necessidade de pessoal, em decorrência de dispensa, demissão, exoneração, falecimento e aposentadoria, nas unidades de prestação de serviços essenciais, estando em tramitação processo ou procedimento para realização de concurso.

Manteve-se o prazo de duração do contrato em um ano, bem como a

possível renovação, desde que não se excedesse dois anos. No entanto, para que

haja a renovação, de acordo com o art. 4º, §1º, é preciso que:

8 BRASIL. Art. 1º, §§§ 1º, 2º e 3º, da Lei nº 6.691, de 23 de setembro de 2009. Disponível em:

http://www.al.se.gov.br/Detalhe_Lei.asp?Numerolei=7244 . Acessado em 07 de março de 2013.

13

I – persistam os motivos que deram origem à contratação inicial; II – haja obstáculo legal ou judicial para realização de concurso; III – o prazo da contratação inicial seja inferior ao máximo estabelecido no § 2º do art. 1º desta Lei, caso em que a renovação poderá ser efetuada por até aquele limite.

Dentre inúmeros outros acréscimos que foram feitos, a fim de garantir a

moralidade e lisura na contratação temporária pela Administração Pública Estadual,

o Art. 5º, da referida lei, determina que o recrutamento do pessoal a ser contratado

seja feito mediante Processo Seletivo Simplificado - PSS, sujeito a ampla

divulgação, inclusive através do Diário Oficial do Estado, além de proibir a

contratação de servidores do quadro do órgão demandante do PSS.

Corroborando para a centralização de procedimentos na Seplag, a Lei nº

7.116, de 25 de março de 20119, que dispõe sobre a estrutura organizacional básica

da Administração Pública Estadual, e dá providências correlatas, em seu art. 22,

determina as competências da Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e

Gestão - SEPLAG, e dentre elas, constam as seguintes:

formulação de políticas e diretrizes para a administração de recursos humanos, inclusive quanto à seguridade social, aos benefícios, às relações de trabalho, às carreiras, à remuneração, ao dimensionamento da força de trabalho e à realização de concurso público; (...) a formulação de políticas gerais, diretrizes, projetos estruturantes e estratégicos de tecnologia da informação e certificação digital no âmbito da Administração Pública Estadual; bem como outras atividades necessárias ao cumprimento de suas finalidades, nos termos das respectivas normas legais e/ou regulamentares.

Logo, é de responsabilidade da SEPLAG a realização do procedimento de

seleção desses profissionais. Pelo fluxograma abaixo, é possível observar as etapas

que precedem a realização de seleção de contratação temporária pela Secretaria de

Planejamento, Orçamento e Gestão do Estado de Sergipe:

9 BRASIL. Lei nº 7.116, de 25 de março de 2011. Disponível em:

http://www.al.se.gov.br/Detalhe_Lei.asp?Numerolei=7704. Acessado em 07 de março de 2013.

14

Contratação Temporária

CASA CIVILCRAFIÓRGÃO SEAD PGE

Elabora justificativa da

contratação (art. 6º da

Lei 6.691/2009)

+impacto financeiro +

minuta de edital + minuta

do contrato

Processo de

contratação

temporária

Aprovação

Reprovação

Analisa conteúdo das

minutas de edital e de

contrato;

Verifica impacto na folha de

pagamentos;

Verifica se há cargos vagos

e/ou concurso válido.

Verifica a incidência de

uma das hipóteses

previstas na Lei 6.691/

2009;

Demais análises

jurídicas.

Autorização

Encaminha autorização

governamental para

publicação

Constitui comissão

mista para

acompanhamento da

seleção

Realiza seleção

simplificada

Convoca os candidatos

aptos para assinatura

dos contratos

temporários.

Encaminha contratos para

assinatura do gestor do

órgão.

Encaminha candidatos

para órgão solicitante para

início das suas funções

Processo retorna

para órgão de

origem para

eventuais ajustes

Início da execução do

contrato temporário

Encaminha processo

para autorização

governamental

Convoca os candidatos

selecionados para

perícia e apresentação

de documentos

Inicialmente, a Secretaria utilizava um procedimento totalmente manual, o

que demandava muito tempo, gasto excessivo de materiais e de recursos humanos

e materiais. Em busca da celeridade do processo de seleção, economia com os

gastos realizados no processo seletivo, segurança do procedimento, bem como

15

diminuição dos erros no resultado a secretaria inovou, além de realizar o processo

seletivo sem a contratação de empresas terceirizadas, criou um sistema

informatizado que facilita o desenrolar do processo.

III SISTEMA INFORMATIZADO UTILIZADO PARA CONTRATAÇÃO DE SERVIDORES TEMPORÁRIOS PELA SECRETARIA DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO DO ESTADO DE SERGIPE - SEPLAG

O sistema desenvolvido pela Secretaria do Planejamento, Orçamento e

Gestão do Estado de Sergipe – SEPLAG teve como principal objetivo a automação e

celeridade do processo de contratação temporária de servidores, a fim de

proporcionar uma metodologia de trabalho de forma que os candidatos pudessem se

inscrever pela internet e, através dos dados coletados, fosse gerada a classificação,

divulgando de forma extremamente rápida o resultado na web.

O sistema foi construído de forma simplificada para que os candidatos

não sentissem dificuldades na momento da inscrição. Além disso, a Secretaria

disponibilizou um “passo a passo”, a fim de auxiliar os candidatos, que mostra como

realizar a inscrição na tela inicial.

Para que seja possível a realização das inscrições pela internet, é

necessário que haja uma preparação do sistema feita pela parte administrativa dos

concursos. Nesta etapa o sistema é alimentado com informações a respeito do

concurso como nome, data de validade, entre outros campos que se julguem

necessários.

A partir de então, conforme apresentado na figura 1, são cadastradas as

vagas que serão ofertadas no PSS preenchendo-se o local de atuação (que tanto

pode ser o município como a Diretoria Regional de Educação – DRE, no caso dos

professores), cargo, disciplina ou área de atuação e o número de vagas. Vale

ressaltar que o sistema está preparado para trabalhar com candidatos especiais

como deficientes, quilombolas e indígenas.

16

Figura 1: Cadastro de vagas ofertadas

Após o cadastro das vagas, o próximo passo é informar os títulos que

compõem cada vaga. Nesta etapa, o gestor informa o título, previamente

cadastrado, a pontuação unitária, a pontuação máxima e a unidade de pontuação

conforme apresentado na figura 2. Essa é uma das partes mais importantes do

processo, visto que é a partir dessas informações que o sistema faz os cálculos para

gerar a classificação. Terminada esta etapa, o sistema está pronto para ser

acessado pelos candidatos interessados.

Figura 2: Cadastro de títulos por vaga

O sistema está disponível na página da SEPLAG

(http://www.seplag.se.gov.br) e pode ser acessado através do CPF do usuário. O

momento em que o candidato entra no sistema é facilmente visualizado pela figura

3, onde a tela inicial é o cadastro básico do candidato que consiste em nome,

endereço, estado civil, entre outros.

17

É válido ressaltar que os dados já estarão preenchidos caso o candidato

já tenha se cadastrado antes e que os campos preenchidos no cadastro básico são

semelhantes ao do SIPES – Sistema Integrado de Pessoal, que é responsável pela

folha de pagamento do Estado, o que torna automático o cadastro dos servidores

não havendo assim atraso no salário devido a demora no cadastramento.

Figura 3: Cadastro básico de candidato

Após a realização do cadastro básico, o candidato está apto a escolher a

vaga que deseja concorrer e preencher a titulação que possui. A figura 4 apresenta

a tela onde o candidato informa a quantidade de documentos a serem apresentados

na confirmação da inscrição, ou a quantidade de semestres se for avaliado o tempo

de experiência que possui.

18

Figura 4: Cadastro de títulos

Após salvar, o candidato imprime a inscrição e leva-a junto aos

documentos necessários devidamente encadernados à SEPLAG no dia de

confirmação de inscrição conforme apresentado na figura 5. O candidato pode

verificar os documentos necessários na tela inicial do sistema, que são basicamente,

curriculum vitae, número da carteira de identidade, inscrição no cadastro de pessoas

físicas, diploma, certificados e declarações.

19

Figura 5: Comprovante de inscrição

No dia da confirmação da inscrição, o candidato leva os documentos na

SEPLAG, onde são analisadas e verificadas a veracidade das informações. Após

este passo, o gestor do sistema informa quem está aprovado e quem está reprovado

conforme apresentado na figura 6.

Figura 6: Resultado do processo

20

A próxima etapa é gerar a classificação dos candidatos aprovados. O

sistema faz isso automaticamente baseando-se no cálculo das informações

cadastradas anteriormente, levando em consideração também idade e deficiência.

Após gerada a classificação, ela já pode ser visualizada na lista de candidatos

apresentada na figura 7 e então ser trabalhada com o trâmite normal do sistema,

com convocações, exonerações, entre outros.

Figura 7: Consulta de candidatos

De acordo com o exposto acima, é fácil verificar a velocidade com que é

feito o processo seletivo. A aplicação também foi projetada para trabalhar com mais

de um concurso por vez.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com os fatos acima mencionados, então, observa-se que o

projeto proposto pela Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão do Estado

de Sergipe é eficaz, uma vez que analisou o motivo que levava a ter um gasto de

tempo excessivo, alta demanda de pessoal e de material e alta probabilidade de erro

no resultado final do processo seletivo de contratação temporária e excepcional de

servidores públicos, e através do sistema informatizado elevou em alto nível a

técnica utilizada para o processo seletivo.

21

Assim sendo, a presente pesquisa demonstrou como também é de

interesse público garantir ao servidor público estadual a permanente atualização de

seu conhecimento e a busca pela inovação técnica trazida com a revolução trazidas

por programas de computador e aplicabilidade deles na vida cotidiana e profissional.

Pode-se aferir, ainda, que o projeto proposto não apenas trata sobre

especificamente essa técnica, mas demonstra o sucesso da utilização de métodos

diversos de aplicação, que se mantenham abertos à mudança, o que é

imprescindível para evitar superação e a obsolescência.

Com isso, o Estado pretende apresentar a sociedade toda a gama de

benefícios que ele tem a sua disposição fazendo parte de seus quadros, ainda que

transitoriamente, desde a contratação, bem como lembrar dos deveres que devem

cumpridos para a efetiva prestação administrativa aos cidadãos em geral,

diminuindo, assim, o tempo e aumentando a confiabilidade do sistema.

REFERÊNCIAS

BRASIL, Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 05 de outubro d 1988. SP: Saraiva, 2006. BRASIL. Constituição do Estado de Sergipe. Disponível em: http://www.al.se.gov.br/constituicao_estadual.asp . Acessado em: 07 de março de 2013. BRASIL. Lei 2.781, de 02 de janeiro de 1990. Disponível em: http://www.al.se.gov.br/Detalhe_Lei.asp?Numerolei=3 . Acessado em: 07 de março de 2013. BRASIL. Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8429.htm . Acessado em: 07 de março de 2013. BRASIL. Lei nº 5.887, de 26 de maio de 2006. Disponível em: http://www.al.se.gov.br/Detalhe_Lei.asp?Numerolei=6737 . Acessado em: 07 de março de 2013. BRASIL. Art. 1º, §§§ 1º, 2º e 3º, da Lei nº 6.691, de 23 de setembro de 2009. Disponível em: http://www.al.se.gov.br/Detalhe_Lei.asp?Numerolei=7244 . Acessado em 07 de março de 2013.

22

BRASIL. Lei nº 7.116, de 25 de março de 2011. Disponível em: http://www.al.se.gov.br/Detalhe_Lei.asp?Numerolei=7704. Acessado em 07 de março de 2013. DI PIETRO, Maria Sylvia Zanela. Direito Administrativo, 20ª ed, SP: Atlas, 2007. FILHO, José dos Santos Carvalho Filho. Manual de Direito Administrativo, 19ª ed., RJ: Lumen Júris, 2008. MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, 27ª ed., SP: Malheiros, 2002. MELLO, Celso Antonio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 13ª Edição. Malheiros Editores, São Paulo, 2001.

23

___________________________________________________________________

AUTORIA

Natalia Maciel Lessa Chapermann – Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão.

Endereço eletrônico: [email protected] Renilda dos Santos Matos – Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão.

Endereço eletrônico: [email protected] Wesckley Faria Gomes – Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão.

Endereço eletrônico: [email protected] Zelia Maria de M. Souza M. Apostolo – Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão.

Endereço eletrônico: [email protected]