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1 1 1 CONTRATOS DE TRABALHO ASPECTOS LEGAIS O senhor Roberto compareceu ao SEBRAE/SP com várias dúvidas relativas à contratação de pessoas para trabalhar em sua pequena empresa que está constituindo. Ele precisará contratar balconistas, um vendedor externo e até um contabilista para auxiliá-lo na escritu- ração de seus livros. Certo, fez muito bem em nos procurar para obter informações. É importante conhecer bem os tipos de contrato de trabalho existentes e a forma correta de utilizá-los de acordo com o que estabelece a nossa legislação. Isso fará com que sua empresa consiga reduzir custos e evitar problemas futuros. É verdade que muitos empreendedores resistem em registrar seus empregados sob o argumento de que os encargos sociais no Brasil são altíssimos, além do fato de que existe uma enorme burocracia imposta pela legislação trabalhista, previdenciária e tributária. De fato esses empreendedores não deixam de ter uma boa dose de razão. Há estudos que demonstram que os encargos sociais que incidem sobre um empregado registrado pode até fazer dobrar o seu salário! Ou seja, paga-se um salário para o empregado e quase outro mais para mantê-lo registrado. Como se não bastasse, há que se cumprir ainda várias exigências, tais como efetuar o registro na carteira de trabalho do empregado (CTPS), pagar salário, férias anuais mais 1/3, décimo terceiro, o salário-família, horas extras, depositar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviços (FGTS), recolher o INSS, fornecer vale-transpor- te, vale-refeição, realizar exames médicos etc. Embora a legislação seja complexa, é bom que você observe suas regras, pois do contrá- rio poderá ser penalizado. A legislação existe e está em plena vigência, e a justiça trabalhista vem aplicando fielmente suas regras, tal como estão escritas. Há situações em que se configura a relação de emprego, ou melhor, o vínculo empregatício se apresenta e nesse caso você terá mesmo que contratar o empregado e registrá-lo como manda a lei. Saiba que a falta de registro do empregado pode lhe trazer muita dor de cabeça e prejuízos econômicos e de tempo. Portanto, é extremamente importante que você, antes de tudo, tome conhecimento de algumas informações básicas que lhe mostrarão em que situações está obrigado a registrar seus empregados e outras em que não é necessário. Assim, elaboramos este material informativo para ser consultado sempre que necessá- rio. Para facilitar a sua consulta, dividimos o trabalho em duas partes. A primeira tratará do contrato de trabalho com vínculo empregatício e a segunda sobre contrato de trabalho sem vínculo empregatício.

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CONTRATOSDE TRABALHOASPECTOS LEGAIS

O senhor Roberto compareceu ao SEBRAE/SP com várias dúvidas relativas à contrataçãode pessoas para trabalhar em sua pequena empresa que está constituindo. Ele precisarácontratar balconistas, um vendedor externo e até um contabilista para auxiliá-lo na escritu-ração de seus livros.

Certo, fez muito bem em nos procurar para obter informações. É importante conhecerbem os tipos de contrato de trabalho existentes e a forma correta de utilizá-los de acordocom o que estabelece a nossa legislação. Isso fará com que sua empresa consiga reduzircustos e evitar problemas futuros. É verdade que muitos empreendedores resistem emregistrar seus empregados sob o argumento de que os encargos sociais no Brasil são altíssimos,além do fato de que existe uma enorme burocracia imposta pela legislação trabalhista,previdenciária e tributária.

De fato esses empreendedores não deixam de ter uma boa dose de razão. Há estudosque demonstram que os encargos sociais que incidem sobre um empregado registradopode até fazer dobrar o seu salário! Ou seja, paga-se um salário para o empregado e quaseoutro mais para mantê-lo registrado. Como se não bastasse, há que se cumprir ainda váriasexigências, tais como efetuar o registro na carteira de trabalho do empregado (CTPS), pagarsalário, férias anuais mais 1/3, décimo terceiro, o salário-família, horas extras, depositar oFundo de Garantia por Tempo de Serviços (FGTS), recolher o INSS, fornecer vale-transpor-te, vale-refeição, realizar exames médicos etc.

Embora a legislação seja complexa, é bom que você observe suas regras, pois do contrá-rio poderá ser penalizado. A legislação existe e está em plena vigência, e a justiça trabalhistavem aplicando fielmente suas regras, tal como estão escritas.

Há situações em que se configura a relação de emprego, ou melhor, o vínculo empregatíciose apresenta e nesse caso você terá mesmo que contratar o empregado e registrá-lo comomanda a lei. Saiba que a falta de registro do empregado pode lhe trazer muita dor de cabeçae prejuízos econômicos e de tempo. Portanto, é extremamente importante que você, antesde tudo, tome conhecimento de algumas informações básicas que lhe mostrarão em quesituações está obrigado a registrar seus empregados e outras em que não é necessário.

Assim, elaboramos este material informativo para ser consultado sempre que necessá-rio. Para facilitar a sua consulta, dividimos o trabalho em duas partes. A primeira tratará docontrato de trabalho com vínculo empregatício e a segunda sobre contrato de trabalhosem vínculo empregatício.

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PARTE I. Contrato de trabalho com vínculo empregatício

1. EXISTÊNCIA DA RELAÇÃO DE EMPREGO

Inicialmente vamos tratar de quando ocorre a relação de emprego (vínculo empregatício)e o registro do empregado se faz obrigatório.

Comecemos por citar a seguinte situação:Caso necessite contratar uma pessoa para cumprir suas ordens para executar tarefas

que você lhe atribui, instruindo sobre a forma de realizá-las, exigir cumprimento dehorários e seu comparecimento continuamente no local de trabalho mediante o paga-mento denominado salário, numa autêntica relação vivenciada por patrão/empregado,em que um manda e outro executa as ordens, estará estabelecida a relação de emprego(vínculo empregatício) entre empregado e empregador. Neste caso, o registro do em-pregado é obrigatório.

Nesse mesmo sentido, a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) reconhece o vínculoempregatício sempre que estiverem presentes os seguintes elementos reunidos: subordina-ção, horário de trabalho, habitualidade e pessoalidade, mediante remuneração que, nestecaso, será considerada salário.

Subordinação: ocorre a subordinação hierárquica sempre que o empregador mantivero empregado sob suas ordens e comando, distribuindo tarefas, modo de execução etc.

Horário de trabalho: caracteriza-se pelo controle no horário de trabalho do emprega-do no que diz respeito a entrada e saída, horário de almoço, mesmo que o trabalho sejarealizado externamente, isto é, fora do estabelecimento da empresa.

Habitualidade: verifica-se pela existência de trabalho contínuo por um mesmo traba-lhador, de forma habitual, isto é, o empregado apresenta-se para o trabalho diariamente outrês vezes por semana etc., mas de forma constante.

Pessoalidade: configura-se mediante a impossibilidade de o empregado ser substituídopor outra pessoa. Ou seja, é quando ele tem algum compromisso inadiável ao qual nãopode comparecer por não ter como mandar outra pessoa em seu lugar para o trabalho.

Salário: é a contraprestação devida ao trabalhador pelos serviços prestados em umdeterminado período.

2. TERCEIRIZAÇÃO DE SERVIÇOS

Podemos conceituar “terceirização” como a contratação, feita por uma empresa1, deserviços prestados por uma pessoa física (profissional autônomo2) ou jurídica (empresa es-pecializada), para realizar determinados trabalhos de que ela necessite, desde que nãorelacionados às suas atividades-fim e sem a existência dos elementos caracterizadores darelação de emprego, conforme vimos no item anterior.

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) disciplinou o assunto através do Enunciado no

331, em que não se podem contratar empresas ou autônomos para prestar serviços relaci-onados às atividades-fim do tomador de serviços (seja por empresa, seja por profissionalautônomo, sociedade simples ou sociedades sem fins lucrativos).

Atividades-meio são todas aquelas não essenciais à empresa, ou seja, as que têm afinalidade de dar suporte às atividades principais constantes em seus objetivos sociais. Asatividades principais estão descritas na cláusula objeto do contrato social das empresas esão chamadas de atividades-fim.

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Atenção: para obter mais informações, não deixe de consultar o Saiba Mais sobreTerceirização de Serviços.

Agora que você já sabe quando fica caracterizada a relação de emprego, conheça agoraalguns tipos de contrato de trabalho com vínculo empregatício, por prazo indeterminado epor prazo determinado, que você poderá utilizar de acordo com suas necessidades, masconforme dispõe a legislação.

3. FORMAÇÃO DOS CONTRATOS DE TRABALHO COM VÍNCULOEMPREGATÍCIO

Trata-se de contrato bilateral firmado entre empregado e empregador em que o primei-ro manifesta a vontade de oferecer suas habilidades enquanto o segundo manifesta o inte-resse em contar com o trabalho oferecido.

As partes manifestam suas vontades de forma clara e consciente com o propósito deestabelecer uma situação de emprego.

O contrato de trabalho poderá ocorrer de forma escrita, verbal ou tácita (não expresso,subentendido).

O contrato escrito normalmente se dá na própria carteira de trabalho do empregador(CTPS), conforme exigido pela lei trabalhista. Também é muito comum sua adoção na hipó-tese de contratos de trabalho com características próprias e específicas, como é o caso dosfirmados com artistas ou atletas profissionais por prazo determinado. Nesses casos, porhaver situações que fogem ao padrão comumente adotado e tendo em vista as característi-cas típicas de execução do trabalho, como tempo, horário e prazo, é feito também emdocumento separado, além do registro na CTPS, para estabelecer tais peculiaridades.

O contrato verbal é freqüentemente utilizado nos contratos por prazo indeterminadoem que não há estipulação de condições especiais a ser observadas pelas partes, ficando arelação contratual regida pela legislação trabalhista e, eventualmente, por regulamentosinternos da contratante. Na prática, essa forma de contratação é muito comum, mas trazriscos, pois não se cumpre a lei trabalhista. Empregador e empregado combinam previa-mente a execução dos serviços, salário e horário, porém não se efetiva o registro em carteira.

Será tácito ou consensual (pelo silêncio ou falta de manifestação) quando houver aprática evidente de reiterados atos que façam entender que o contrato de trabalho estásendo cumprido. Por exemplo: um sujeito aparece na empresa faz um trabalho hoje, outroamanhã, continua comparecendo na empresa e vai prestando seus serviços. O dono daempresa sabe, mas nada diz. Às vezes ele até dá algumas diretrizes de como o trabalhadordeve conduzir o trabalho. Essa é uma situação típica em que surge o contrato tácito detrabalho. Isto é, o trabalhador apareceu e foi cumprindo horário e tarefas, sem qualquerobjeção por parte do empregador, que, pelo contrário, chegou até a incentivá-lo. Evidente-mente se trata de um contrato irregular, pois também não há o registro do empregado.

4. TIPOS DE CONTRATO DE TRABALHO COM VÍNCULO EMPREGATÍCIO

Passemos então a relacionar os tipos de contrato de trabalho com vínculo empregatíciopor prazo indeterminado e por prazo determinado, para em seguida comentarmos umpouco sobre cada um deles:

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Contrato de Trabalho por Prazo Indeterminado:• contrato típico;• trabalho a tempo parcial;• consórcio de trabalhadores;• trabalho doméstico;• primeiro emprego.Contrato de Trabalho por Prazo Determinado:• por obra certa;• contrato de safra;• acréscimo de empregados;• experiência.4.1. Contrato de Trabalho por Prazo Indeterminado

O contrato por prazo indeterminado prevê o dia do início em que o empregado come-ça a trabalhar, mas não o prazo ou qualquer condição que determinará o seu término. Nascarteiras de trabalho (CTPS) costuma-se preencher dia, mês e ano do início do trabalho,ficando em branco o campo onde consta a data de término.

Rescisão do ContratoÉ importante mencionar que qualquer uma das partes (seja empregador, seja emprega-

do) que desejar rescindir o contrato de trabalho por prazo indeterminado, simplesmentepor não haver mais interesse em continuar com a relação de emprego, deverá conceder àoutra um aviso prévio de 30 (trinta) dias.

Esse aviso prévio tem por objetivo preparar a outra parte sobre o término do contrato,de forma que ela não seja surpreendida com a ruptura desse acordo. Assim, tanto o empre-gado como o empregador terão tempo de se preparar, seja para substituir o empregado,seja para procurar outro trabalho, conforme o caso.

4.1.1. Contrato Típico“A forma comum é o contrato por prazo indeterminado.

Não só a forma comum como a presumível em todos os con-tratos. O contrato a prazo determinado deve ser provadopelo interessado.” (Amauri Mascaro Nascimento, Iniciação

ao Direito do Trabalho)Os contratos de trabalho que habitualmente costu-

mamos ver são aqueles por prazo indeterminado. Essa éa forma mais comum conhecida e adotada por todos.Entretanto, você conhece o contrato de experiência, nãoé mesmo? Como veremos

mais adiante, o contrato de experiência é por prazo de-terminado (90 dias) e bem conhecido por todos.4.1.2. Trabalho a Tempo Parcial

A Medida Provisória no 1.709, de agosto de 1998, vá-rias vezes reeditada sob outras numerações, finalmente pelaMP no 2.164-41/01 acrescentou os artigos 58-A, 130-A,476-A e 627-A à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT),vindo a dispor sobre o trabalho a tempo parcial.

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Mas atenção: o contrato de trabalho a tempo parcial não exime o contratante de realizaro registro na carteira de trabalho (CTPS) do empregado.

De acordo com essas alterações introduzidas na CLT, considera-se trabalho a tempoparcial aquele cuja jornada semanal não exceda a 25 horas.

Os empregados admitidos sob esse regime terão salário proporcional à jornada semanalem relação aos empregados que cumprem, nas mesmas funções, jornada de tempo inte-gral, entretanto estão impedidos de prestar horas extras. Na verdade, paga-se

A adoção do regime de tempo parcial será feita mediante opção dos atuais empregados,manifestada perante a empresa e com a anuência do sindicato ou na contratação de novosempregados sob esse regime.

Após cada período de 12 meses de vigência do contrato de trabalho a tempo parcial, oempregado terá direito a férias, na seguinte proporção:- 18 dias para a jornada semanal superior a 22 horas até 25 horas;- 16 dias para a jornada semanal superior a 20 até 22 horas;- 14 dias para a jornada semanal superior a 15 até 20 horas;- 12 dias para a jornada semanal superior a 10 horas até 15 horas;- 10 dias para a jornada semanal superior a 5 horas até 10 horas;- 8 dias para a jornada semanal igual ou inferior a 5 horas.

Não é permitido o parcelamento das férias em dois períodos nem a conversão de partedelas em abono pecuniário.

O empregador poderá incluir os empregados contratados a tempo parcial nas fériascoletivas que conceder aos demais empregados.

O empregado contratado para o regime de tempo parcial que tiver mais de 7 faltasinjustificadas ao longo do período aquisitivo terá o seu período de férias reduzido à metade.

Aos empregados contratados a tempo parcial são aplicáveis as normas da CLT naquiloque não conflitem com as disposições mencionadas.

Redução de CustosEsse tipo de contrato pode ser muito útil para atender as necessidades do seu negócio,

pois é muito comum as empresas necessitarem de uma ou mais pessoas somente paratrabalhar um ou dois dias por semana. Assim, se você fosse contratar um ou mais emprega-dos por tempo integral, de 2a a 6a feira, por exemplo, esses trabalhadores poderiam ficarociosos boa parte do tempo, já que o trabalho de dois dias seria suficiente. Com o contratopor tempo parcial isso não ocorre, e você poderá reduzir seus custos, pois pagará salárioproporcional, conforme o tempo preestabelecido em contrato.

Caso práticoComo exemplo poderíamos citar o caso de uma loja de roupas estabelecida em um

shopping center da cidade, cujas vendas aumentem consideravelmente todas as 6a feiras esábados. Certamente ela necessitará de mais empregados para atender esse aumento dedemanda nos dois dias. Ora, ela fosse contratar empregados por tempo integral, ou seja, de2a a sábado, por 44 horas semanais, certamente estaria desperdiçando dinheiro, pois osempregados seriam pouco aproveitados na maior parte do tempo. O mesmo não ocorre seessa empresa contratar empregados somente para trabalhar nesses dois dias, 6a e sábado.Por outro lado, os empregados poderão realizar outra atividade, seja como empregadosmesmo, seja como donos de um negócio próprio, para trabalhar nos demais dias.

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O fato de esses empregados receberem no final do mês salário proporcional aos quetrabalham por tempo integral não significa que tenham salário inferior, já que o valor porhora é o mesmo pago aos empregados que exercem a mesma função. É claro que recebe-rão menos, mas porque trabalharam menos horas.

4.1.3. Consórcio de EmpregadoresA fim de amenizar os problemas sociais vividos nas

áreas rurais, notadamente em virtude do crescente de-semprego que se verifica nessas regiões e, por outro lado,diminuir as dificuldades que os produtores rurais en-contram para cumprir as formalidades da legislação tra-

balhista para a realização de serviços transitórios em suas pro-priedades, surge uma nova alternativa de contratação no meiorural, o chamado consórcio de empregadores rurais.

O consórcio de empregadores rurais consiste na “uniãode produtores rurais pessoas físicas, com a finalidade única de

contratar, diretamente, empregados rurais, sendo outorgado a um deles poderes para contra-tar e gerir a mão-de-obra a ser utilizada em suas propriedades.” (Mário Campos de OliveiraJúnior e Sérgio Roberto Giatti Rodrigues - Artigo: “Condomínio de empregadores - registro deempregados, em nome coletivo de empregadores, sem intermediação - um novo modelo decontratação no meio rural” - www.teiajurídica.com).

“Os pequenos produtores que não teriam como contratar trabalhadores em razão daconstante intermitência de suas necessidades de trabalho poderão se agrupar, contratandoa mão-de-obra de forma partilhada, dividindo-se os custos do trabalho proporcionalmenteà utilização efetiva.” (Ricardo Tadeu Marques da Fonseca - Artigo: Consórcio de emprega-dores: uma alternativa imediata para a empregabilidade - Boletim do TRT da 15a Região).

Essa modalidade de contratação encontrou eco no Ministério do Trabalho e Emprego,que expediu a Portaria no 1.964/99, determinando às delegacias regionais do trabalho quedêem ampla divulgação do novo modelo. No mesmo sentido, o INSS baixou a Circular nº56/99, permitindo a matrícula do consórcio de empregadores como contribuinte rural.

Resta saber se essa modalidade de contratação também se estenderá aos empregadoresdas áreas urbanas, pois atenderia as expectativas de muitas empresas localizadas nas cidades.

Caso práticoSe produtores rurais – A, B e C – desejarem contratar apenas um empregado para atender

a todos eles, isso será possível. Imaginemos que cada um deles necessite do empregado paraatuar somente duas vezes por semana. Para tanto, esses produtores deverão fazer um termode compromisso registrado em cartório em que um deles será escolhido como responsávelpara gerir a contratação. Assim, o produtor rural escolhido se compromete a matricular oconsórcio de empregadores como contribuinte rural no INSS, registrar a carteira de trabalhodo empregado, efetuar os pagamentos de salário, férias, depositar o FGTS etc.4.1.4. Trabalho Doméstico

Trabalhador doméstico é aquele que presta serviços de natureza contínua e de finalida-de não lucrativa a pessoa ou a família no âmbito residencial desta. Como exemplos pode-mos citar o trabalho executado pela empregada doméstica, pelo motorista de família, pelocaseiro em chácara de recreio familiar.

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A legislação que regulamenta o trabalho doméstico é aLei no 5.859/72 e o Decreto no 71.885/73.

Atenção: veja que os serviços prestados pelo empregadodoméstico não tem relação com qualquer atividade produ-tiva (com fins lucrativos) realizado pelos empregadores. Por-tanto, esse modelo de contrato não serve para a sua em-presa, escritório, consultório etc., pois exercem atividadescom fins lucrativos.

4.1.5. Primeiro EmpregoInstituído pela Lei nº 10.748, de 22 de outubro de 2003,

o Programa Nacional de Estímulo ao Primeiro Emprego para Jovens (PNPE), busca promo-ver a inserção de jovens com idade compreendida entre 16 e 24 anos no mercado detrabalho, bem como a ampliação de sua escolaridade.

Para tanto, exige-se que esses jovens atendam os seguintes requisitos:• não tenham vínculo empregatício anterior;• estejam matriculados e freqüentando regularmente estabelecimento de ensino funda-

mental ou médio, ou cursos de educação de jovens e adultos (supletivo e profissio-nalizantes) ou que tenha concluído o ensino médio; e

• que sejam oriundos de família com renda mensal per capital, de até meio saláriomínimo.Mediante termo de adesão ao PNPE, poderá inscrever-se como empregador qual-

quer pessoa jurídica ou física a ela equiparada que firme compromisso de gerar novosempregos e comprove a regularidade do recolhimento de tributos e de contribuiçõesdevidos ao FGTS, ao INSS, à Secretaria da Receita Federal do Ministério da Fazenda eà Dívida Ativa da União.

A lei estabelece um limite de contratação por empregador:• um jovem, no caso de haver até quatro empregados no quadro de pessoal;• dois jovens, no caso de haver de cinco a dez empregados no quadro de pessoal; e• até 20% do quadro de pessoal, nos demais casos.

Os empregadores receberão do governo subvenção econômica no valor correspondente a:• até seis parcelas bimestrais de R$ 250,00 por emprego gerado.

No caso de contratação de empregado sob o regime de tempo parcial, o valor dasparcelas será proporcional à jornada.

Os contratos de trabalho celebrantes de acor-do PNPE poderão ser por prazo indeterminadopor determinado. Os de prazo determinado de-verão ter duração mínima de 12 meses.

O empregador que descumprir as disposiçõesda lei ficará impedido de participar do PNPE peloprazo de 24 meses e deverá restituir à União osvalores recebidos, corrigidos pela taxa Selic.

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Os interessados em contratar esses jovens deverão se inscrever no Sistema Nacional deEmprego (Sine). Informe-se a respeito na Delegacia Regional do Trabalho (DRT). Consulteos endereços dos DRTs: www.mte.gov.br/Menu/institucional/conteudo/CatalogoDrt.asp.

4.2. Contrato de Trabalho por Prazo DeterminadoDiferentemente do contrato por prazo indeterminado, a contratação por prazo deter-

minado é celebrada com fixação do seu termo final, sendo sua duração legal limitada a 2(dois) anos, cumpridas as exigências legais para sua legitimidade.

Portanto, no contrato de trabalho por prazo determinado é previsto o dia do início emque o empregado começa a trabalhar como também o prazo ou qualquer condição quedeterminará o seu término. Na carteira de trabalho (CTPS) costuma-se preencher o dia,mês e ano do início do trabalho e o campo onde consta o término.

Condições previstas na CLTO parágrafo 1o do art. 443 da CLT assim define o contrato por prazo determinado:Considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalho cuja vigência depen-

da de termo prefixado ou da execução de serviços especificados ou ainda da realização decerto acontecimento suscetível de previsão aproximada.

Dessa forma, seu termo final pode ser estabelecido segundo as seguintes situações:a) cronológica (ex.: número de dias, de meses ou até tal dia);b) serviço específico (ex.: até o término da obra);c) realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada (ex.: térmi-

no de colheita).O § 2º do art. 443 da CLT regula as hipóteses em que se admite essa contratação:

a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo (ex.:construtora que, embora tenha atividade permanente, contrata empregados para exe-cução de uma obra específica, portanto transitória);

b) de atividades empresariais de caráter transitório (ex.: fábrica de fogos de artifício quefunciona somente nos períodos que antecedem as festas juninas e contrata empregadospara atuar durante período determinado);

c) de contrato de experiência (ex.: contrato usualmente utilizado pelas empresas em geral).

Atenção: como se pode perceber existem critérios legais para adotar o contrato porprazo determinado, que, por isso, não pode ser utilizado sem cumprir os requisitosprevistos acima.

Rescisão antecipada do contrato – sem justo motivo (com previsão contratual)Se houver cláusula no contrato por prazo determinado que permita a ambas as partes a

rescisão antecipada e imotivada do contrato, serão aplicadas as mesmas regras previstaspara a rescisão do contrato de trabalho por prazo indeterminado, ou seja, aviso prévio emulta de 40% sobre o montante do depósito do FGTS (parte do empregado), além dosdemais direitos trabalhistas. Inexistindo essa previsão, adota-se, como regra geral, o dispos-to no artigo 479 da CLT, que prevê indenização no valor igual à metade da remuneração aque teria direito se o contrato fosse cumprido até o final.

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Rescisão antecipada do contrato – sem justo motivo (sem previsão contratual)Com relação à indenização a ser paga pelo empregador, caso rescinda antecipadamen-

te e de forma imotivada o contrato de trabalho por prazo determinado, temos três corren-tes divergentes, a saber:a) A primeira sustenta a idéia de que a indenização devida pelo contratante deve

corresponder ao valor igual à metade da remuneração a que o empregado teria direitose o contrato fosse cumprido até o final, conforme prevê o art. 479 da CLT.

b) A segunda corrente entende que a multa tem caráter punitivo, portanto tem de seraplicada cumulativamente, ou seja, deve corresponder à metade da remuneraçãodo tempo restante do contrato, conforme estabelece o art. 479 da CLT, além dopagamento do valor correspondente a 40% sobre o montante do depósito do FGTS(parte do empregado).

c) A terceira e última corrente defende a tese de que a multa a ser aplicada é a de 40%sobre o montante do depósito do FGTS (parte do empregado), conforme previsto naConstituição Federal de 1988, artigo 7o, Inc. I, combinado com o art. 10o, Inc. I do Atodas Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT). Nesse caso, a Constituição Federalestaria revogando qualquer outra multa em razão de dispensa arbitrária ou sem justacausa, inclusive a do art. 479 da CLT.

4.2.1. Contrato por Obra CertaO contrato por obra certa é uma espécie do gênero contrato por prazo determinado.

Essa modalidade é aplicável ao setor da construção civil, tem respaldo no art. 445 da CLT eé regulada pela Lei no 2.959, de 17/11/56.

Essa lei prevê que as anotações na CTPS do empregado serão feitas através do constru-tor, desse modo, entendido como empregador para esse ato específico, desde que exerça aatividade em caráter permanente.

Encerrada a obra, conseqüentemente estará terminado o contrato por obra certa. A ativi-dade econômica da empresa é permanente, mas não a execução dos serviços de construção.4.2.2. Contrato de Safra

Contrato de safra é aquele cuja duração depende de variações estacionais das ativida-des agrárias, assim entendidas as tarefas normalmente executadas no período compreendi-do entre o preparo do solo para o cultivo e a colheita.

O contrato de safra é uma modalidade do contrato de trabalho por prazo determinado,e a data do encerramento está vinculada ao término do plantio ou da colheita.

A legislação que disciplina o assunto é a Lei nº 5.889/73 e o Decreto nº 73.626/74.4.2.3. Contrato de Experiência

O contrato de experiência é outra modalidade do contrato por prazo determinado cujafinalidade é permitir que o empregador perceba se o empregado tem aptidão para exercera função para a qual foi contratado, enquanto o empregado verifica se se adapta à estruturahierárquica dos empregadores e às condições de trabalho a que está submetido.

O contrato de experiência não deve exceder a 90 dias, podendo sofrer uma únicaprorrogação dentro do prazo-limite. Ex.: 45 + 45 dias. Ultrapassado o período de experi-ência, o contrato passará automaticamente a ser considerado por prazo indeterminado,independentemente de qualquer anotação na carteira de trabalho.

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4.2.4. Contrato de AprendizagemA Lei no 10.097, de 19 de dezembro de 2000, alterou a Consolidação das Leis Trabalhis-

tas (CLT), relativamente aos dispositivos que disciplinam a contratação de menor aprendiz,adotando o seguinte conceito: “...contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e porprazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de 14 emenor de 18 anos, inscrito em programa de aprendizagem, formação técnico-profissionalmetódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz,a executar, com zelo e diligência, as tarefas necessárias a essa formação.”

A lei dispõe que os estabelecimentos de qualquer natureza são obrigados a empregar ematricular nos cursos dos Serviços Nacional de Aprendizagem número de aprendizes equi-valente a 5%, no mínimo, e 15%, no máximo, dos trabalhadores existentes em cada estabe-lecimento, cujas funções demandem formação profissional.

A contratação de aprendiz deverá ser precedida de contrato escrito de aprendizagemassinado pelas partes e pelo responsável do menor, não podendo ser estipulado por mais dedois anos. Deve ainda ser registrado na Delegacia Regional do Trabalho.

Sua validade pressupõe anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, matrícu-la e freqüência do aprendiz na escola, caso não tenha concluído o ensino fundamental, einscrição em programa de aprendizagem desenvolvido sob a orientação de entidade quali-ficada em formação técnico-profissional metódica.

Entende-se como sujeito à formação profissional metódica do ofício ou ocupação otrabalhador menor matriculado em curso oferecido pelos serviços nacionais de aprendiza-gem (Senai ou Senac) ou, em caso de não haver cursos ou vagas suficientes, em outrasentidades reconhecidas.

Os principais direitos do aprendiz são: salário mínimo hora, limite de 6 horas diárias detrabalho ou de 8 horas diárias aos que tiverem concluído o ensino fundamental, FGTS naordem de 2% sobre a remuneração e certificado de qualificação profissional ao término doscursos de aprendizagem.

O contrato de aprendiz se encerra quando o menor atinge 18 anos de idade, cometefalta grave, tem ausência injustificada à escola que implique perda do ano letivo, apresenteinsuficiência ou inadaptação ao trabalho, ou quando ele próprio solicita.

Parte II. Contrato de trabalho sem vínculo empregatício

1. CONCEITO DE CONTRATO DE TRABALHO SEM VÍNCULO EMPREGATÍCIO

Trataremos neste tópico das modalidades de contratação de trabalho em que não hárelação de emprego entre a tomadora de serviços (contratante) e as pessoas que lheprestam serviços.

Trata-se de contratos de trabalho que, por sua natureza, não caracterizam relação deemprego, ou seja, não trazem em seu objeto as características determinantes do vínculoempregatício, próprias do “trabalho subordinado, continuado e assalariado” (Amauri Mas-caro Nascimento, Iniciação ao Direito do Trabalho).

Embora nossa legislação também comporte o trabalho subordinado nas modalidades detrabalho sem vínculo empregatício, como é o caso do trabalhador eventual, do avulso e dotemporário, há outras características que afastam a relação de emprego como veremos adiante.

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Muita atenção: é comum o empreendedor contratar uma pessoa com características pró-ximas das que veremos aqui, mas na verdade estão presentes os elementos que caracteri-zam o vínculo empregatício. Portanto, não deixe de consultar o SEBRAE/SP a respeito.

2. TIPOS DE CONTRATO DE TRABALHO SEM VÍNCULO EMPREGATÍCIO

2.1. Trabalho EventualEmbora o trabalho eventual, a exemplo do que ocorre na relação de emprego, seja

prestado com pessoalidade, onerosidade e subordinação, consiste na prestação de ser-viços ocasionais sem constância, a uma ou mais pessoas, às quais não se vincula porrelação de continuidade.

A principal característica do trabalho eventual é que o trabalhador presta serviços semqualquer caráter de permanência, só o fazendo de modo episódico, esporadicamente.

Portanto, o elemento diferenciador do eventual e do empregado é a continuidade.Presente a continuidade, a figura será a do empregado. Ausente esse requisito, o traba-lho será eventual.

A CLT não se aplica ao trabalhador eventual, sendo seus direitos contratuais, aplican-do-se à jurisdição comum. Para os fins previdenciários, o avulso é equiparado ao traba-lhador autônomo.

Atenção: essa modalidade de contrato é muito perigosa, pois há importantes elementos dovínculo empregatício. Outra dica importante é: não utilize o contrato eventual para asatividades-fim de sua empresa.

2.2. Trabalho AvulsoTrabalhador avulso é aquele que presta serviços esporádicos e eventuais a várias empre-

sas, agrupado em entidade de classe, por intermédio desta e sem vínculo empregatício.Assim, podemos extrair as principais características dessa modalidade de trabalho:

a) intermediação do sindicato do trabalhador na colocação da mão-de-obra;b) curta duração dos serviços prestados a um beneficiado;c) remuneração paga basicamente em forma de rateio procedido pelo sindicato.

Os trabalhadores avulsos não são considerados empregados das empresas beneficiadas,pois prestam serviços esporádicos e eventuais, além de não perceberem qualquer remune-ração direta destas. Também não são considerados empregados do sindicato, já que estenão exerce atividade lucrativa, não paga salário e funciona como mero agente de recruta-mento e colocação.

Conforme previsto no site do Ministério do Trabalho e Emprego, trabalhadores avulsossão: estivadores, alvarengueiros, conferentes de carga ou descarga, vigias portuários,amarradores, trabalhadores avulsos do serviço de bloco, trabalhadores avulsos de capatazia,arrumadores, ensacadores de café, cacau, sal e similares e trabalhadores na indústria deextração do sal, na condição de avulsos, que prestam serviços por meio de sindicatos.

Lembramos que o art. 7º, XXXIV da Constituição Federal de 1988, assegurou a igualdade dedireitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso”.

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2.3. Trabalho TemporárioO trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física a uma empresa, para atender

à necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou a acrésci-mo extraordinário de serviços.

O trabalho temporário é disciplinado pela Lei no 6.019/74 e regulamentado pelo De-creto no 73.841/74.

O contrato de trabalho celebrado entre empresas de trabalho temporário e cada umdos assalariados colocados à disposição de uma empresa tomadora ou cliente será, obriga-toriamente, escrito e dele deverão constar, expressamente, os direitos conferidos aos traba-lhadores por essa lei.

O contrato entre a empresa de trabalho temporário e a empresa tomadora ou cliente,com relação a um mesmo empregado, não poderá exceder a três meses, salvo autorizaçãoconferida pelo órgão local do Ministério do Trabalho.

Empresa de trabalho temporário é a pessoa física ou jurídica urbana, devidamente re-gistrada no Ministério do Trabalho, cuja atividade consiste em colocar à disposição de ou-tras empresas, temporariamente, trabalhadores qualificados por elas remunerados e assistidos.

O trabalhador temporário mantém assegurados todos os direitos trabalhistas concedi-dos aos trabalhadores contratados por prazo determinado.2.4. Estágio

Consideram-se estágio curricular as atividades de aprendizagem social, profissional ecultural proporcionadas ao estudante pela participação em situações reais de vida e traba-lho de seu meio, sendo realizada na comunidade em geral ou junto a pessoas jurídicas dedireito público ou privado, sob responsabilidade e coordenação da instituição de ensino.

Os estágios devem propiciar complementação do ensino e da aprendizagem e ser pla-nejados, executados, acompanhados e avaliados em conformidade com os currículos, pro-gramas e calendários escolares.

A Lei no 6.494/77 instituiu as normas quanto à contratação de estudantes na condiçãode estagiários e foi regulamentada pelo Decreto no 87.497/82. Essa legislação dispõe quea empresa pode contratar alunos que comprovadamente estejam “freqüentando cursosde educação superior, de ensino médio, de educação profissional de nível médio ousuperior ou escolas de educação especial”. (Redação dada pela Medida Provisória nº2.164-41, de 24.8.2001).

A realização do estágio ocorre mediante termo de compromisso celebrado entre o estu-dante e a parte concedente, com interveniência obrigatória da instituição de ensino.

O estágio não cria vínculo empregatício de qualquer natureza, e o estagiário poderáreceber bolsa ou outra forma de contraprestação que venha a ser acordada, ressalvado oque dispuser a legislação previdenciária, devendo o estudante, em qualquer hipótese, estarsegurado contra acidentes pessoais.2.5. Trabalho Autônomo

Como o próprio nome sugere, trabalho autônomo é aquele prestado por profissionalindependente no ajuste e na execução de seu trabalho, ou seja, por pessoa que tem opoder de organizar, controlar e disciplinar suas atividades, sem qualquer subordinação hie-rárquica. Consiste em atividade pessoal e habitual, em que o profissional normalmente serelaciona com vários clientes.

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Caso práticoExemplo de trabalho autônomo é o praticado pelo contabilista em seu escritório. Ele

presta serviços a várias pessoas físicas e jurídicas. Sua obrigação é cumprir o contrato firma-do com os clientes, nada mais. Ele tanto pode executar diretamente o trabalho como tam-bém repassar tarefas para seus empregados que lhe prestarão auxílio nas tarefas diárias,conforme suas necessidades e interesses.

Atenção: a permanência dos serviços para a mesma empresa mediante retribuição pecuniáriae a perda do poder de direção sobre a atividade do autônomo em favor do contratantetransformarão o contrato de autônomo em contrato de trabalho com relação de emprego.

1 As empresas que contratam serviços terceirizados são chamadas de “tomadoras de serviços”, e ascontratadas, de prestadoras de serviços.

2 Autônomo é o indivíduo que trabalha por conta própria, sob total independência hierárquica, ouseja, livre, sem subordinação de um empregador ou chefe, assumindo os riscos dos seus negócios.

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