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CLPS
Apostila de disciplina de
automao
CLP
Controladores lgicos
programvel
Professor Me. Neimar Sousa Silveira
INTRODUO CONCEITUAL - HISTRICO
O Controlador Lgico Programvel (C.L.P.) nasceu praticamente dentro da indstria
automobilstica americana, especificamente na Hydronic Divisional da General Motors, em 1968, devido
grande dificuldade de mudar a lgica de controla de painis de comando a cada mudana na linha de
montagem. Tais mudanas implicavam em altos gastos de tempo e dinheiro.
Sob a liderana do engenheiro Richard Morley, foi preparada uma especificao que refletia as
necessidades de muitos usurios de circuitos reles, no s da indstria automobilstica, como de toda a
indstria manufatureira.
Nascia assim, um equipamento bastante verstil e de fcil utilizao, que vem se aprimorando
constantemente, diversificando cada vez mais os setores industriais e suas aplicaes, o que justifica na
atualidade um mercado mundial estimado em mais de 4 bilhes de dlares anuais.
Desde o seu aparecimento, at hoje, muita coisa evoluiu nos controladores lgicos, como a
variedade de tipos de entradas e sadas, o aumento da velocidade de processamento, a incluso de blocos
lgicos complexos para tratamento das entradas e sadas e principalmente o modo de programao e a
interface com o usurio.
DIVISO HISTRICA
Podemos didaticamente dividir os CLPs historicamente de acordo com o sistema de programao
por ele utilizado:
1a. Gerao: Os CLPs de primeira gerao se caracterizam pela programao intimamente ligada
ao hardware do equipamento. A linguagem utilizada era o Assembly que variava de acordo com o
processador utilizado no projeto do CLP, ou seja, para poder programar era necessrio conhecer a
eletrnica do projeto do CLP. Assim a tarefa de programao era desenvolvida por uma equipe tcnica
altamente qualificada, gravando - se o programa em memria EPROM, sendo realizada normalmente no
laboratrio junto com a construo do CLP.
2a. Gerao: Aparecem as primeiras Linguagens de Programao no to dependentes do hardware do equipamento, possveis pela incluso de um Programa Monitor no CLP, o qual converte (no jargo tcnico, Compila), as instrues do programa, verifica o estado das entradas, compara com as
instrues do programa do usurio e altera os estados das sadas. Os Terminais de Programao (ou
Maletas, como eram conhecidas) eram na verdade Programadores de Memria EPROM. As memrias
depois de programadas eram colocadas no CLP para que o programa do usurio fosse executado.
3a. Gerao: Os CLPs passam a ter uma Entrada de Programao, onde um Teclado ou
Programador Porttil conectado, podendo alterar, apagar, gravar o programa do usurio, alm de realizar
testes (Debug) no equipamento e no programa. A estrutura fsica tambm sofre alteraes sendo a
tendncia para os Sistemas Modulares com Bastidores ou Racks.
4a. Gerao: Com a popularizao e a diminuio dos preos dos micros - computadores
(normalmente clones do IBM PC), os CLPs passaram a incluir uma entrada para a comunicao serial.
Com o auxlio dos microcomputadores a tarefa de programao passou a ser realizada nestes. As
vantagens eram a utilizao de vrias representaes das linguagens, possibilidade de simulaes e testes,
treinamento e ajuda por parte do software de programao, possibilidade de armazenamento de vrios
programas no micro, etc.
5a. Gerao: Atualmente existe uma preocupao em padronizar protocolos de comunicao
para os CLPs, de modo a proporcionar que o equipamento de um fabricante converse com o equipamento outro fabricante, no s CLPs, como Controladores de Processos, Sistemas Supervisrios,
Redes Internas de Comunicao e etc., proporcionando uma integrao afim de facilitar a automao,
gerenciamento e desenvolvimento de plantas industriais mais flexveis e normalizadas, fruto da chamada
Globalizao. Existe uma Fundao Mundial para o estabelecimento de normas e protocolos de
comunicao.
VANTAGENS DO USO DE CONTROLADORES LGICOS
PROGRAMVEIS
- Ocupam menor espao;
- Requerem menor potncia eltrica;
- Podem ser reutilizados;
- So programveis, permitindo alterar os parmetros de controle;
- Apresentam maior confiabilidade;
- Manuteno mais fcil e rpida;
- Oferecem maior flexibilidade;
- Apresentam interface de comunicao com outros CLPs e computadores de controle;
- Permitem maior rapidez na elaborao do projeto do sistema.
PRINCPIO DE FUNCIONAMENTO - DIAGRAMA EM BLOCOS
INICIALIZAO
VERIFICAR ESTADO DAS ENTRADAS
TRANSFERIR PARA A MEMRIA CICLO DE
VARREDURA
COMPARAR COM O PROGRAMA DO USURIO
ATUALIZAR AS SADAS
INICIALIZAO
No momento em que ligado o CLP executa uma srie de operaes pr - programadas, gravadas em seu
Programa Monitor:
- Verifica o funcionamento eletrnico da C.P.U., memrias e circuitos auxiliares;
- Verifica a configurao interna e compara com os circuitos instalados;
- Verifica o estado das chaves principais (RUN / STOP, PROG, etc.);
- Desativa todas as sadas;
- Verifica a existncia de um programa de usurio;
- Emite um aviso de erro caso algum dos itens acima falhe.
VERIFICAR ESTADO DAS ENTRADAS
O CLP l o estado de cada uma das entradas, verificando se alguma foi acionada. O processo de leitura
recebe o nome de Ciclo de Varredura (Scan) e normalmente de alguns micros - segundos (scan time).
TRANSFERIR PARA A MEMRIA
Aps o Ciclo de Varredura, o CLP armazena os resultados obtidos em uma regio de memria chamada
de Memria Imagem das Entradas e Sadas. Ela recebe este nome por ser um espelho do estado das
entradas e sadas. Esta memria ser consultada pelo CLP no decorrer do processamento do programa do
usurio.
COMPARAR COM O PROGRAMA DO USURIO
O CLP ao executar o programa do usurio, aps consultar a Memria Imagem das Entradas, atualiza o
estado da Memria Imagem das Sadas, de acordo com as instrues definidas pelo usurio em seu
programa.
ATUALIZAR O ESTADO DAS SADAS
O CLP escreve o valor contido na Memria das Sadas, atualizando as interfaces ou mdulos de sada.
Inicia - se ento, um novo ciclo de varredura.
ESTRUTURA INTERNA DO C.L.P.
O C.L.P. um sistema microprocessado, ou seja, constitu - se de um microprocessador (ou
microcontrolador), um Programa Monitor, uma Memria de Programa, uma Memria de Dados, uma ou
mais Interfaces de Entrada, uma ou mais Interfaces de Sada e Circuitos Auxiliares.
REDE FONTE DE MEMRIA DO TERMINAL DE
ELTRICA ALIMENTAO USURIO PROGRAMAO
UNIDADE DE MEMRIA
PROCESSAMENTO DE DADOS MDULOS
DE SADAS
MEMRIA DO MEMRIA MDULOS
PROGRAMA IMAGEM DE ENTRADAS
MONITOR DAS E/S
CIRCUITOS BATERIA
AUXILIARES
DESCRIO DOS PRINCIPAIS ITENS
FONTE DE ALIMENTAO:
A Fonte de Alimentao tem normalmente as seguintes funes bsicas:
- Converter a tenso da rede eltrica (110 ou 220 VCA) para a tenso de alimentao dos circuitos
eletrnicos,
(+ 5VCC para o microprocessador, memrias e circuitos auxiliares e +/- 12 VCC para a comunicao
com o programador ou computador);
- Manter a carga da bateria, nos sistemas que utilizam relgio em tempo real e Memria do tipo R.A.M.;
- Fornecer tenso para alimentao das entradas e sadas (12 ou 24 VCC).
UNIDADE DE PROCESSAMENTO:
Tambm chamada de C.P.U. responsvel pelo funcionamento lgico de todos os circuitos. Nos
CLPs modulares a CPU est em uma placa (ou mdulo) separada das demais, podendo - se achar
combinaes de CPU e Fonte de Alimentao. Nos CLPs de menor porte a CPU e os demais circuitos
esto todos em nico mdulo. As caractersticas mais comuns so:
- Microprocessadores ou Microcontroladores de 8 ou 16 bits (INTEL 80xx, MOTOROLA 68xx, ZILOG
Z80xx, PIC 16xx);
- Endereamento de memria de at 1 Mega Byte;
- Velocidades de CLOCK variando de 4 a 30 MHZ;
- Manipulao de dados decimais, octais e hexadecimais.
BATERIA:
As baterias so usadas nos CLPs para manter o circuito do Relgio em Tempo Real, reter
parmetros ou programas (em memrias do tipo RAM), mesmo e