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 CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE Só se pode aplicar uma norma que seja compatível com a CRFB. Segundo o Princípio da Supremacia da Constituição, a CRFB é hierarquicamente superior a todas as demais normas do Ordenamento Jurídico. As normas inconstitucionais têm que ser afastadas do Ordenamento Jurídico pois possuem o vício mais grave: o vício de i nconstitucionalidade . Diz-se que é inconstitucional tudo aquilo que for incompatível com a CRFB. O termo "lei inconstitucional" é uma incoerência, mas é necessário utilizá-lo para o entendimento do controle da constitucionalidade. A idéia do controle da constitucionalidade é a fiscalização dos atos incompatíveis com a CRFB. Conceito:  Mecanismo para verificar se determinado at o do poder público (principalmente do Poder Legislativo) é ou não compatível com a Constituição. O fato de uma lei ser inconstitucional causa a impossibilidade da sua aplicação. O fundamento da validade de qualquer lei é a própria Constituição. Espécie normativa são todas aqueles descritas no art. 59. Este é o conceito de lei lato sensu (lei em sentido amplo). Chama-se lei qualquer uma das espécies normativas. A espécie normativa é um comando imperativo, genérico e abstrato . É um comando imperativo porque seu cumprimento é obrigatório. É genérico porque se aplica a todas as pessoas. E é abstrato porque aplica-se a determinadas situações. Sua finalidade é organizar a sociedade. Toda espécie normativa, para que possa ingressar no Ordenamento Jurídico, possui: Requisitos formais Requisitos materiais Os requisitos formais exigem que a espécie normativa seja elaborada segundo o processo legislativo devido (previsto na Constituição). Por exemplo: quorum. A espécie normativa que atende este requisito é formalmente constitucional . Os requisitos materiais exigem que a matéria (conteúdo) da espécie normativa obedeça ao que está previsto na Constituição. Por exemplo: uma lei complementar tem matéria reservada (art. 146), assim como também a medida provisória (art. 62, § 1º); ambas não podem dispor sobre determinadas matérias, caso contrário serão incompatível com a Constituição. A espécie normativa que atende este requisito é materialmente constitucional . Uma lei pode ser insconstitucional tanto pela forma quanto pela matéria (conteúdo). Todos os dois requisitos vinculam, e podem gerar inconstitucionalidade. A constituição possui determinadas cláusulas que não podem ser alteradas nem por meio de emenda. Sendo possível a emenda, esta ainda deverá obedecer ao devido processo legislativo. Uma emenda poderá ser inconstitucional - material e formalmente. Sistemas de Controle da Constitucionalidade  São Difuso Concentrado Misto Os sistemas difuso e concentrado são originais (em essência). O sistema misto foi criado pelo Ordenamento Jurídico brasileiro.  No Ordenamento Jurídico brasileiro, 98% dos casos de controle da constitucionalidade são feitos pelo Poder Judiciário. Trata-se de um grande volume, representado, principalmente, pelos  julgamentos dos casos concretos. A diferença entre os dois sistemas está no órgão do Poder Judiciário que é responsável pelo controle da constitucionalidade .

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CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

Só se pode aplicar uma norma que seja compatível com a CRFB.Segundo o Princípio da Supremacia da Constituição, a CRFB é hierarquicamente superior atodas as demais normas do Ordenamento Jurídico.As normas inconstitucionais têm que ser afastadas do Ordenamento Jurídico pois possuem ovício mais grave: o vício de inconstitucionalidade.Diz-se que é inconstitucional tudo aquilo que for incompatível com a CRFB.O termo "lei inconstitucional" é uma incoerência, mas é necessário utilizá-lo para oentendimento do controle da constitucionalidade.A idéia do controle da constitucionalidade é a fiscalização dos atos incompatíveis com aCRFB.Conceito: Mecanismo para verificar se determinado ato do poder público (principalmente do Poder Legislativo) é ou não compatível com a Constituição.O fato de uma lei ser inconstitucional causa a impossibilidade da sua aplicação.

O fundamento da validade de qualquer lei é a própria Constituição.Espécie normativa são todas aqueles descritas no art. 59. Este é o conceito de lei lato sensu (leiem sentido amplo).Chama-se lei qualquer uma das espécies normativas. A espécie normativa é um comandoimperativo, genérico e abstrato. É um comando imperativo porque seu cumprimento éobrigatório. É genérico porque se aplica a todas as pessoas. E é abstrato porque aplica-se adeterminadas situações. Sua finalidade é organizar a sociedade.Toda espécie normativa, para que possa ingressar no Ordenamento Jurídico, possui:Requisitos formais Requisitos materiais Os requisitos formais exigem que a espécie normativa seja elaborada segundo o processolegislativo devido (previsto na Constituição).

Por exemplo: quorum.A espécie normativa que atende este requisito é formalmente constitucional.Os requisitos materiais exigem que a matéria (conteúdo) da espécie normativa obedeça ao queestá previsto na Constituição.Por exemplo: uma lei complementar tem matéria reservada (art. 146), assim como também amedida provisória (art. 62, § 1º); ambas não podem dispor sobre determinadas matérias, casocontrário serão incompatível com a Constituição.A espécie normativa que atende este requisito é materialmente constitucional.Uma lei pode ser insconstitucional tanto pela forma quanto pela matéria (conteúdo).Todos os dois requisitos vinculam, e podem gerar inconstitucionalidade.A constituição possui determinadas cláusulas que não podem ser alteradas nem por meio deemenda. Sendo possível a emenda, esta ainda deverá obedecer ao devido processo legislativo.Uma emenda poderá ser inconstitucional - material e formalmente.Sistemas de Controle da Constitucionalidade SãoDifuso Concentrado Misto Os sistemas difuso e concentrado são originais (em essência). O sistema misto foi criado peloOrdenamento Jurídico brasileiro.

 No Ordenamento Jurídico brasileiro, 98% dos casos de controle da constitucionalidade sãofeitos pelo Poder Judiciário. Trata-se de um grande volume, representado, principalmente, pelos

 julgamentos dos casos concretos.

A diferença entre os dois sistemas está no órgão do Poder Judiciário que é responsável pelocontrole da constitucionalidade.

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O controle difuso é "espalhado". Ele é dado indistintamente a todos os órgãos do Poder Judiciário. É o sistema típico do direito norte-americano.Por exemplo: um indivíduo não quer pagar determinado tributo, pois alega que este foi criado

 por uma lei inconstitucional; ele ajuiza uma ação pedindo ao Poder Judiciário a satisfação doseu direito; o Poder Judiciário, por sua vez, não vai dizer que a lei é inconstitucional para todos,mas apenas para o caso concreto.Jurisprudência É a coleta de várias decisões judiciais, com a finalidade de verificar qual a posição maisfirme.

O juiz vai ver se aquela lei é ou não compatível com a Constituição somente dentro do casoconcreto (somente com eficácia entre as partes).Se a constitucionalidade já foi apreciada por outros órgãos do Poder Judiciário (STJ, STF),sendo no controle difuso (no caso concreto), as decisões só surtem efeito entre as partes. É livreo convencimento do juiz, de modo que ele é livre para apreciar a questão (isto é típico da função

 jurisdicional). As decisões anteriores só servem como convencimento. No entanto, a ADC e a ADIN, no controle concentrado, são julgadas uma única vez, e geram

decisões que surtem efeitos para todos.O controle concentrado é típico da Europa (principalmente na Áustria e na Alemanha).O controle da constituição não é dado a todos os órgãos do Poder Judiciário, mas apenas a uns

 poucos, quando não a somente um. Nestes países, existe o Tribunal Constitucional. O juiz, ao julgar um caso concreto em quehaja questionamento de uma norma com relação à sua compatibilidade com a Constituição, párao processo e o remete ao Tribunal Constitucional, que decide somente a constitucionalidade;após a decisão, o processo volta para o juiz de primeiro grau.É de lá o surgimento das ADINs (alguns órgãos podem ajuizar demanda (ações) diretamente

 para o Tribunal Constitucional).O Brasil também tem o controle concentrado: o STF tem a possibilidade única de julgar a ADINe a ADC.

 No nosso Ordenamento Jurídico, o STF julga ADIN e ADC, e o TJ julga representação deinconstitucionalidade, que é a ação direta em nível estadual (art. 125, §2º).As ações diretas de inconstitucionalidade fazem o controle concentrado dainconstitucionalidade:Em nível federal, face à CRFB, pelo STFEm nível estadual, face à Constituição do Estado, pelo TJO Brasil reuniu os dois sistemas ao mesmo tempo (controle misto: difuso e concentrado), econseguiu desenvolver o segundo melhor controle da constitucionalidade do mundo (o primeiromelhor é o de Portugal). Países como Áustria e Alemanha, por exemplo, possuem um controleda constitucionalidade concentrado muito bem realizado. Os EUA possuem apenas o controledifuso.A Constituição do Império não previa o controle da constitucionalidade. Este surgiu apenas coma primeira constituição republicada, em 1891, porém apenas através do sistema difuso. Osistema concentrado surgiu apenas na Constituição de 1965.O Brasil nitidamente encontra-se num processo que partiu do controle difuso e tende a chegar ao controle concentrado puro (realizado pelo STF).[CONTROLE DIFUSO]---------- Brasil ---------->[CONTROLE CONCENTRADO (STF)]Espécies de Controle da Constitucionalidade Os sistemas de controle da constitucionalidade dizem respeito à organização do Poder Judiciário.As espécies de controle da constitucionalidade dizem respeito ao poder que vai realizar ocontrole da constitucionalidade (Executivo, Legislativo e Judiciário).Os poderes Executivo e Legislativo realizam um controle político, e o Poder Judiciário

realiza um controle judicial. No nosso Ordenamento Jurídico, o controle político é preventivo e o controle judicial érepressivo (esta é a regra, mas existem exceções). Em regra, o controle político é preventivo

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(controla projeto de lei

 

), enquanto que o controle judicial é repressivo (controla lei finalizada,ou seja, sancionada, promulgada e publicada).A lei deixa de ser projeto de lei e torna-se lei com a sanção do Presidente da República (istoocorre com todas as espécies normativas que passam por sanção). Neste caso, estamos diante docontrole repressivo.O controle judicial é ilimitado, porque qualquer processo pode ser analisado.Exemplos de controle político: O art. 66, § 1º, da CRFB, determina que o Presidente da República pode vetar projeto de lei por considerá-lo inconstitucional. Trata-se de um poder político, pois é realizado pelo Presidente daRepública (chefe do Poder Executivo).A base do veto de um projeto de lei pode ser a sua inconstitucionalidade.O veto do Presidente da República é relativo: ele será analisado pelo Congresso Nacional, que

 pode derrubá-lo.

O art. 58 da CRFB estabelece que o Congresso Nacional (Poder Legislativo) terá comissões e,segundo o seu regimento interno, uma delas é a Comissão de Constituição e Justiça, que sóaprecia a constitucionalidade dos projetos de lei, antes que estes sejam levados à votação final

em plenário. Noção de Inconstitucionalidade Inconstitucional é tudo o que é incompatível com a Constituição.PLANOS DA NORMA Qualquer espécie de norma tem três planos:Existência Validade Eficácia A existência se dá com a criação da norma. A norma, quando sancionada, se torna lei e,quando promulgada, ingressa no Ordenamento Jurídico.A validade é um plano acima da existência. Ela ocorre quando a norma atende aos requisitosformais e materiais. Qualquer vício formal ou material ocasiona a invalidade da norma.

A invalidade do ato comporta duas classificações:Ilegalidade - Quando a norma fere lei.Inconstitucionalidade - Quando a norma fere norma constitucional.A eficácia é a possibilidade de produção de efeitos.Existência, validade e eficácia são pressupostos lógicos. Só é válido aquilo que existe, e só éeficaz aquilo que existe e é válido.Todo processo legislativo é composto de pressupostos lógicos (etapas): iniciativa do projeto,tramitação, votação, envio à sanção, promulgação e publicação. Uma vez publicada a norma,ainda temos que tomar cuidado com a cláusula de vigência. Só há que se falar em eficáciadaquilo que já entrou em vigor, mas pode haver uma norma válida que ainda não entrou emvigor (por exemplo, o novo Código Civil, que está em vacatio legis: é existente, é válido, masainda não entrou em vigor; ainda não se pode analisar a sua eficácia).O novo Código Civil, por exemplo, encontra-se no seu período de vacatio legis. Ele existe, éválido, porém ainda não pode ser aplicado.Quando a norma é inválida, devido a não atender aos requisitos formais e/ou materiais, elaexiste. No entanto, ela ingressou no Ordenamento Jurídico desatentendo um requisito materiale/ou formal.Reconhecida a inconstitucionalidade, ela atinge a validade, e retira a sua produção de efeitos.

ExistênciaA norma existe (ingressou) no Ordenamento Jurídico, através da sanção e

 promulgação.

Validade A norma atende aos requisitos formais e materiais (atendeu ao devido processolegislativo). O vício formal leva à invalidade formal, e o vício material leva à

invalidade material.

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Eficácia Possibilidade, em abstrato de produção de efeitos.

O controle da constitucionalidade se dá no plano da validade. No entanto, só interessa o controleda constitucionalidade da lei que é eficaz (está produzindo efeitos).O controle da constitucionalidade repressivo, realizado pelo Poder Judiciário, caracteriza-se

 pelo controle da constitucionalidade da lei através da análise do caso concreto, ou então atravésda ADIN ou da ADC. Inicialmente, o Poder Judiciário realizará o controle quanto à validade:ele vai verificar qual a norma a ser aplicada ao caso concreto, mas ele só poderá aplicar estanorma se ela for considerada constitucional (validamente formal e validamente material).O Poder Judiciário vai:Julgar Analisar a constitucionalidade da lei que ele vai aplicar - É a chamada filtragemconstitucional. Identifica-se se a lei é válida (se não possui nenhum vício formal ou material).A declaração da inconstitucionalidade afirma a invalidade da norma, e retira a sua eficácia por consequência lógica.A norma vai continuar existindo, ainda que seja declarada a sua inconstitucionalidade - seja nocontrole concreto (num caso concreto, com validade entre as partes) ou no controle abstrato (por 

exemplo, através da ADIN). A inconstitucionalidade não gera revogação (jamais atinge aexistência da norma). Por isso, o Poder Judiciário não pode ser considerado um legislador.Quando uma lei que revoga uma lei anterior é declarada inconstitucional, a primeira lei volta ater a sua existência, validade e eficácia restauradas. Isto se chama efeito repristinatório, que édiferente da repristinação.

Lei 1 Lei 2

Foi revogada pela lei 2 Revoga a lei 1.

Se a lei 2 for declarada inconstitucional, sua validade é retirada e ela não pode mais produzir efeitos. Como um dos efeitos da lei 2 é revogar a lei 1, a lei 1 voltará a ter sua existência,validade e eficácia restauradas.

Uma norma inconstitucional é uma "lei que já nasce morta". Quando ela é declaradainconstitucional é como se ela sempre tivesse sido inconstitucional, desde o seu primeiromomento (é como se a lei 1 tivesse produzido os seus efeitos mesmo durante a vigência da leirevogadora).

 No caso da repristinação, sempre serão envolvidas três normas:

Lei 1(válida até 1990)

Lei 2 (válida até 1995) Lei 3

Foi revogada pela lei 2Foi revogada pela lei 3, e revogou alei 1.

Revogou alei 2.

A norma que revoga a norma revogadora, por força da LICC, não restaura a existência da primeira. Não se considera a primeira repristinada, salvo expressa menção da terceira lei. Neste caso, a lei 1 existiu até 1990, deixou de existir em 1995, e passou a existir daí para afrente (se a lei 3 tivesse assim expressamente colocado).

 No efeito repristinatório, é como se a lei 2 nunca tivesse revogado a lei 1. Na declaração da inconstitucionalidade com efeito repristinatório sempre analisa-se três normas. Na repristinação os efeitos não são retroativos (são ex nunc a partir de quando foi determinado pela norma revogadora da norma revogadora da primeira norma revogada).

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Se os atos praticados com base naquela lei inconstitucional ainda puderem ser passíveis deimpugnação (ainda puderem ser discutidos)., teríamos a sua extinção ou alteração (porque a leinão mais produz efeitos, devido ao fato de ter sido declarada inconstitucional).O problema surge quando determinado ato já transitou em julgado (tornando-se imodificável).

 Neste caso, não ocorre alteração alguma, mesmo que a lei seja declarada inconstitucional.Se o processo ainda estava em curso, se poderia impugnar aquela decisão.Exemplo:Um indivíduo quer a devolução do valor pago a um tributo, cuja lei que o criou foi declaradainconstitucional. Pode-se rever aquele ato e, portanto, o dinheiro poderá ser devolvido.

 No entanto, se houvesse um processo dizendo que a cobrança foi válida, não haveria comomodificar esta decisão.Tudo depende se o próprio ato é passível ou não de impugnação.Pode-se declarar a inconstitucionalidade de uma palavra de determinada norma (o que nãoocorre, por exemplo com o veto, que tem que ser relativo a todo o artigo, todo o inciso ou todo o

 parágrafo).Se o vício é formal, contamina a norma inteira (leva à perda de toda a lei). Se o vício é material,

 pode-se declarar a inconstitucionalidade de uma das disposições.

Segundo entendimento do STF e da doutrina, a inconstitucionalidade é aplicada para todo ato primário (lei lato sensu - art. 59). Um regulamento, uma sentença, um decreto, um atoadministrativo ou um ato concreto somente podem ser declarados ilegais.Há um caso de repristinação na CRFB: trata-se do art. 75 do ADCT, quando dispõe "cujavigência é prorrogada por idêntico prazo...".Outro exemplo é o da CPMF, que é uma contribuição provisória, mas que foi restaurada. Houverepristinação da lei temporária que já havia terminado.A lei estadual pode sofrer duas espécies de inconstitucionalidade:Face à Constituição do Estado - Representação de Inconstitucionalidade (semelhante à açãodireta, e julgada pelo TJ) - Pode ser declarada em relação a lei estadual (lei ordinária estadual,lei complementar estadual, emenda à Constituição Estadual, etc)Face à Constituição da República - Ação direta em face da Constituição da República

Efeitos da Declaração de Inconstitucionalidade A declaração da inconstitucionalidade não importa em revogação, mas sim em afirmação dainvalidade, e consequente retirada da eficácia.

 Na visão do STF, quando ele declara a inconstitucionalidade de uma norma dentro do controleconcentrado e abstrato (em ação direta), acontece uma verdadeira revogação da norma. A lei

 passaria a não mais existir.Para o STF, quando ele controla a constitucionalidade em abstrato (lei em tese), a função queele exerce não é a função jurisdicional, mas sim a função de legislador negativo (ele tira anorma Ordenamento Jurídico, ou seja, retira a sua existência).Quando o STF declara a inconstitucionalidade para um caso concreto (através de recursoextraordinário), a validade e a eficácia também são atingidas mas somente entre as partes.A ação direta de inconstitucionalidade (análise em abstrato, ou seja, em tese), para o STF, tem oobjetivo de retirar a norma do Ordenamento Jurídico, com eficácia para todos.Ocorre que nem todos concordam com este pensamento (a maioria da doutrina e também algunsministros do STF não concordam).Tanto no controle abstrato quanto no controle concreto não há revogação, pois o Poder Judiciário não tem a função de legislador negativo. Quando uma norma é declaradainconstitucional, o seu texto não é retirado do Ordenamento Jurídico.

 No entanto, existe um motivo para o STF ter chegado a esta conclusão.Em 1988 entrou em vigor uma Constituição muito mais democrática, de forma de uma grande

 parte da legislação anterior tornou-se incompatível.Segundo o STF, uma nova Constituição revoga a constituição anterior e também todas asnormas infraconstitucionais com ela incompatíveis. Sabe-se que o que ocorre não a revogação,

mas sim a não recepção (que depende de uma análise do caso concreto).

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O STF adota a teoria de que a norma teria sido revogada (de que ela não mais existe), para queela não possa ser objeto de ação direta. O STF, portanto, só aprecia ações diretas de normasanteriores à Constituição de 1988 com ela incompatíveis.Trata-se de um critério político, que visa restringir a quantidade de ações diretas, que poderiamocasionar a inviabilidade de funcionamento do STF, devido à quantidade de processos, poismais da metade da legislação anterior à Constituição de 1988 é incompatível com ela. Não cabeação direta contra lei revogada e, por isso, "revogá-las" é uma solução para evitar as açõesdiretas.Portanto, só cabe ação direta de norma promulgada após 5 de outubro de 1988.

 No Direito Comparado (Portugal, Espanha, Alemanha) ocorre a chamadainconstitucionalidade superveniente: a norma era constitucional para aquela constituição, mas

 para essa nova constituição ela não é. Ela teria, então, que ser declarada inconstitucional (e nãorevogada).Uma norma anterior à Constituição de 1988 poderia chegar ao STF somente em recursoextraordinário (só vincula as duas partes).Cada intérprete, em cada caso concreto, é que que diz se a norma foi ou não recepcionada.O juiz de primeiro grau só precisa acatar a decisão do STF em abstrato (a que vale para todos).

Controle da Constitucionalidade CONCRETO e ABSTRATO O controle concreto se dá para resolver um caso concreto entre duas partes.O controle abstrato visa analisar a lei abstratamente (em tese). Ele produz efeitos para todos.A finalidade do controle concreto é a satisfação de um direito (pretensão).A finalidade do controle abstrato é declarar a inconstitucionalidade da lei em tese (emabstrato). É o que a doutrina chama de defesa do Ordenamento Jurídico.Em ambos os casos o Poder Judiciário tem que ser provocado (Princípio da Inércia).Quem tem legitimidade para pedir a declaração da inconstitucionalidade em abstrato é o titulardo direito.O art. 103 descreve aqueles que têm legitimidade para pedir a declaração dainconstitucionalidade em abstrato (algumas autoridades, identificadas pessoalmente).Os efeitos da decisão no controle concreto se dão somente entre as partes do processo (autor e

réu).Os efeitos da decisão no controle abstrato são erga omnes (vale para todos).A competência para analisar e julgar no controle concreto, que é aquele que tem eficáciasomente entre as partes, é dada a qualquer juiz ou tribunal, dependendo da sua competência. Ocontrole concreto é dado a todos os órgãos do Poder Judiciário (inclusive ao STF, através derecurso extraordinário, na análise de um caso concreto, no exercício da função jurisdicional)A competência para analisar e julgar no controle abstrato está definida no art. 102 (STF) eno art. 125, § 2º (TJ local). O STF controla a constitucionalidade de lei federal e de lei estadualfrente à Constituição da República, e o TJ local controla a constitucionalidade de lei estadual ede lei municipal, face à Constituição do Estado.Em regra, quem é responsável pelo controle difuso, é o responsável pelo controle concreto; equem é o responsável pelo controle concentrado é o responsável pelo controle abstrato.

 

CONTROLECONCRETO

CONTROLE ABSTRATO

Legitimados Qualquer pessoa quequiser a satisfação de umdireito.

Art. 103 da CRFB (autoridades)

Características Análise de um casoconcreto.Aplicação somentedentro do processo.

Vale somente entre as partes (eficácia inter 

Análise da lei em tese.Decisão válida para todos.Ação direta.

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 partes).

Objetivo Satisfação de um direito. Declaração da inconstitucionalidade.

O Brasil tem os dois controles. Nós possuímos o chamado sistema misto de controle daconstitucionalidade.

CONTROLE DIFUSO CONTROLE CONCENTRADO

Qualquer órgão do Poder Judiciário podecontrolar a constitucionalidade no controledifuso.

Somente poucos (ou somente um) órgãos doPoder Judiciário controlam aconstitucionalidade no controle concentrado.

 No caso do Brasil, o controle concentrado ficaa cargo do STF e do TJ.

A diferenciação entre o controle difuso e o controle concentrado se dá com relação ao órgão do

Poder Judiciário que irá realizar o controle.

Em regra, no nosso Ordenamento Jurídico: O controle difuso é uma análise do controle concreto. O controle concentrado é uma análise do controle abstrato. (existem exceções)

CONTROLE DIFUSO x CONTROLE CONCENTRADO Refere-se ao sistema de controle: qual o órgão do Poder Judiciário que irá controlar aconstitucionalidade.

CONTROLE CONCRETO x CONTROLE ABSTRATO Refere-se à espécie de controle: qual é o controle a ser realizado.

Esta é a regra no nosso Ordenamento Jurídico, mas existem exceções.

Controle CONCENTRADO e ABSTRATO: Ação direta de inconstitucionalidade (STF).Representação de inconstitucionalidade (TJ).

CONTROLE DIFUSO  CONTROLE CONCENTRADO 

É concreto. É abstrato.

 No caso concreto, a decisão pode chegar ao STF por recurso.

 Na maior parte dos ordenamentos jurídicos existe:Somente o controle difuso e concreto (por exemplo, nos EUA - que, além disso, possui precedente vinculante).Somente o controle concentrado e abstrato (por exemplo, em países europeus como aAlemanha, que possui um Tribunal Constitucional).

 Não há hierarquia dentro do Poder Judiciário. Há, sim, uma distribuição de matérias.Exemplo 1 O Imposto de Renda é regulado por legislação federal. Ele é, portanto, de competência da União(Justiça Federal). Qualquer juiz federal pode julgar questões relativas ao Imposto de Renda,conforme determina o art. 109 da CRFB:Art. 109 - Aos juízes federais compete processar e julgar:

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Exemplo 2: O ICMS é de regulado por legislação estadual. Ele é, portanto, de competência dos estados.Qualquer juiz de direito (juiz da Justiça Estadual) pode julgar questões relativas ao ICMS.Exemplo 3: Juizes e promotores somente podem ser julgados e processados em matéria penal pelo TJ (juizesde direito) ou pelo TRF (juizes federais).Consequentemente, estes dois tribunais farão o controle da constitucionalidade nestes casos.Quem é competente para analisar o caso concreto será também competente para analisar aconstitucionalidade naquele caso.O controle da constitucionalidade no nosso Ordenamento Jurídico é sucessivo: a cada graurecursal ou a cada novo órgão do Poder Judiciário que analisar a questão, este mesmo órgão

 poderá também controlar novamente a constitucionalidade.

Uma ação é ajuizada na Justiça Federal|O juiz federal (juiz de primeiro grau) analisa a constitucionalidade|

A parte recorre|A matéria vai para o TRF|O TRF controla novamente a constitucionalidade|Em tese, a matéria poderia ainda passar pelo STF e depois, finalmente, pelo STF,mediante recurso.

Cada decisão impugnada (com a qual a parte não se conforma) será apreciada por um grauacima, dentro da escala do Poder Judiciário, cujo último degrau é o STF.

Quando o STF analisa um recurso, ele está diante do controle difuso e concreto.Observação: Decisão caçada (decisão anulada, decisão ilegal) não é o mesmo que decisão reformada (pelotribunal).A reforma de uma decisão de primeiro grau pelo tribunal é um fato típico da função

 jurisdicional.Características do controle DIFUSO e CONCRETO PAPEL DO SENADO FEDERAL (art. 52, X)É a tentativa de dar a um só julgamento uma eficácia que valha para todos (expansão dos efeitos

 para todas as pessoas).Isto só se aplica ao controle difuso e concreto.Uma vez que o STF decida aquela questão, para evitar dispêndio de dinheiro e de tempo, aConstituição criou um mecanismo típico do sistema de freios e contrapesos, através do qual oSTF leva ao Senado Federal o conhecimento deste julgamento para que ele, a seu entender,

 possa suspender a execução daquela determinada lei. O STF, enquanto Poder Judiciário, não pode suspender a execução de uma lei; somente o Senado Federal poderia fazer isto, porque émembro do Poder Legislativo.O Senado Federal, se entender por bem, poderá suspender a execução da lei (retirar a eficáciadaquela lei, e não revogá-la

 

).Já que a lei foi considerada inválida pelo STF, ela não deveria produzir efeitos para maisninguém, e não somente para as partes do processo.Eficácia Validade - A validade decorre da ilegalidade ou da inconstitucionalidade.

Existência - A existência não é atingida pela declaração da inconstitucionalidade (salvo comrelação à posição do STF, que se acha um legislador negativo).

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Após o STF declarar a inconstitucionalidade no caso concreto, embora a lei exista e continue aexistir, para aquelas duas partes ela é considerada inválida, por ser inconstitucional. O STFretira a validade da norma para as partes envolvidas no processo e, por consequência, retiratambém a sua eficácia.Esta decisão é comunicada ao Senado Federal que, caso assim entenda, suspenderá a eficáciadesta lei para todos, suspendendo a execução da norma através de resolução.O objetivo do art. 52, X é atribuir eficácia ERGA OMNES a um só julgado, estendendo osefeitos dessa decisão para todos, retirando a possibilidade da produção de efeitos da norma(retirando a sua eficácia).O STF não está obrigado a comunicar ao Senado Federal, e o Senado Federal, por sua vez, nãoestá obrigado a suspender a execução da lei. Ambas sãos decisões políticas.O controle concreto feito pelo STF gera uma decisão definitiva (para as partes), realizada emrecurso extraordinário, e pela última vez.O efeito da declaração da inconstitucionalidade no controle difuso e concreto, além de só ter eficácia entre as partes, tem sempre efeito retroativo.

1995 A lei "x" é editada.

1999 O STF declara a inconstitucionalidade da lei "x".Isto faz com que a lei "x" seja considerada inconstitucional desde o seu primeiromomento.

A lei inconstitucional é considerada uma lei que "já nasceu morta". Ela jamais poderia ter  produzido efeito algum.Os efeitos retriativos são só para o julgamento.Quando o Senado Federal suspende a eficácia, esta é suspensa a partir da data em que ele o faz.O Senado Federal não controla a validade da lei; a validade já foi controlada pelo STF no casoconcreto (que teve efeito retroativo).O Senado Federal não julga (ele não pode dizer que a lei é inconstitucional; ele só podesuspender a sua execução, ou seja, retirar a sua eficácia).

O efeito retroativo só existe para quem questiona a constitucionalidade em processo próprio(para as partes). Para os outros (caso em que o Senado Federal suspende a execução da lei), sedá a não aplicação da lei dali para a frente.Por outro lado, havendo ação direta, o convencimento já faz parte da própria decisão.Isto poupa tempo e trabalho, mas cada qual tem que entrar com a sua própria ação para ter direito aos efeitos pretéritos.A execução da lei pode ser suspensa no todo ou em parte.Só quem questiona e julga a validade (e, por isto, a constitucionalidade) é o Poder Judiciário.O Poder Legislativo só pode tratar da eficácia (suspender ou não a aplicação).Uma lei não pode declarar outra lei inconstitucional (apenas o STF o faz), devido ao sistema deseparação de poderes.O controle da constitucionalidade é feito pelo Poder Judiciário, e o Poder Legislativo poderia, se

quisesse, revogar a lei (uma lei pode revogar outra lei).Os efeitos da declaração da inconstitucionalidade são retroativos. No entanto, os efeitos darevogação são EX NUNC (não retroagem).CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO (art. 97 da CRFB)A cláusula de reserva de plenário também só se aplica ao controle difuso e concreto.A questão da inconstitucionalidade é demasiadamente importante e, portanto, caso ela estejasendo apreciada por um tribunal, ela não deve ser decidida somente por um desembargador, por exemplo. Ela deve, sim, derivar de uma decisão da maioria absoluta do tribunal.

 

Tribunal Regional Federal (Justiça Federal) Divide-se em turmas.

Tribunal de Justiça (Justiça Estadual) Divide-se em câmaras.

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O art. 97 exige que a decisão acerca da constitucionalidade não seja resolvida por somente ummembro do tribunal (nem somente por uma turma ou câmara). A decisão tem que ser tomadapela maioria absoluta do tribunal, ou do seu órgão especial.O órgão especial é o órgão interno de um tribunal, composto pelos seus membros mais antigos.Ele é o comando jurisdicional máximo.Caso o tribunal não tenha órgão especial, a decisão será feita em plenário.Ocorre o julgamento fracionado quando a câmara ou turma suspende o julgamento daquele

 processo, e o envia ao órgão especial ou ao plenário, para que este julge a constitucionalidade.Após isto, o processo é devolvido à câmara ou turma.Se isto não ocorrer, a decisão é nula (não produz efeito algum, pois desrespeita o art. 97).A decisão do plenário ou do órgão especial só vale para aquele julgamento.A decisão em plenário é feita por todos os juizes do tribunal, em maioria absoluta.

 

Câmara / Turma  Órgão Especial ou Plenário 

Análise do recurso Análise da constitucionalidade

Decisão do juiz de primeiro

grau 

Sempre cabe recurso

Decisão do tribunal Nem sempre cabe recurso especial (para o STJ) ou recurso extraordinário(para o STF)

JUSTIÇA COMUM

STF

STJ

TJ TRF

Juizes de Direito Juizes Federais

JUSTIÇA ESPECIAL ou ESPECIALIZADA

TST TSE STM

TRT TRE TJM

Juizes do Trabalho Juizes Eleitorais Juizes do Trabalho

Observações: A Constituição Federal autorizou a criação de um Tribunal de Justiça Militar, entretanto, no Rio de

Janeiro, a segunda instância da Justiça Militar é feita pelo próprio Tribunal de Justiça.

Exceções  No Ordenamento Jurídico brasileiro a regra é:O controle judicial é repressivoO controle político é preventivoO controle judicial é realizado pelo Poder Judiciário.O controle político é realizado pelos poderes Legislativo (Comissão de Constituição e Justiça) eExecutivo (veto do Presidente da República a um projeto de lei).O controle judicial recai sobre lei pronta e acabada.O controle político recai sobre projeto de lei.Mas há duas exceções, uma para cada caso:EXCEÇÃO AO FATO DO CONTROLE JUDICIAL SER REPRESSIVO 

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Se dá no mandado de segurança impetrado por um parlamentar contra proposta deemenda constitucional inconstitucional.O mandado de segurança é uma espécie de ação judicial prevista no art. 5º, LXIX. Ele foi criado

 pela primeira vez na Constituição de 1934, e é o correspondente, na área cível, ao habeascorpus, da área penal.Ambos são de rito célere.O habeas corpus visa tutelar a liberdade, na área penal, e o mandado de segurança visa garantir direito líquido e certo ameaçado ou desrespeitado, na área cível.O mandado de segurança é usado, na maioria das vezes, em questões que não dependem de

 produção de provas (em matérias eminentemente de direitos). Basta a sua mera alegação.O STF reconhece, através de jurisprudência, que o mandado de segurança pode ser impetrado

 por parlamentar (deputado federal e senador da república) para que este não tenha que votar uma proposta de emenda à CRFB que ele considere inconstitucional. O STF se fundamenta noart. 60, § 4º da CRFB.A deliberação é composta pela discussão e pela votação.O parlamentar pode impetrar mandado de segurança pedindo ao STF que declare que ele não

 precisa estar presente no Congresso Nacional quando esta proposta for votada.

 No caso da deliberação de qualquer outra lei, o parlamentar é obrigado a votar, por mais que eleentenda que é inconstitucional.O deputado federal e o senador da república têm foro, por prerrogativa de função, no STF.Todos os atos do Congresso Nacional são apreciados pelo STF.O pólo passivo (réu) deste mandado de segurança será a Mesa do Congresso Nacional.

 Não se trata de uma ação direta; trata-se de um processo como outro qualquer (visa defender umdireito).O STF vai analisar a proposta de emenda, e dizer se ela é ou não constitucional, e o resultadodeste processo vai vincular o parlamentar em questão e a Mesa do Congresso Nacional.Pode haver, em tese, processos mandados ao STF por dois parlamentares (cada um sendoentregue a um ministro) que tenham dois resultados diferentes.Este instituto é nitidamente um instrumento político de pressão.

Trata-se de exceção ao fato do controle judicial ser repressivo, pois o STF estará analisando um projeto de lei (proposta de emenda constitucional), e não uma lei pronta e acabada.EXCEÇÃO AO FATO DO CONTROLE POLÍTICO SER PREVENTIVO A medida provisória (art. 62) tem o processo legislativo mais célere do nosso OrdenamentoJurídico - ela vai da iniciativa direto para a publicação (não tem discussão, votação, sanção e

 promulgação).Após a sua publicação, ela passa a surtir efeitos.Ela é uma lei pronta e acabada, e não um projeto de lei (ela é uma espécie normativa, conformeo art. 59, V).Porém, a medida provisória será posteriormente analisada pelo Congresso Nacional, para saber se ela será convertida em lei ou rejeitada.O Congresso Nacional pode rejeitar uma medida provisória por considerá-la inconstitucional(por exemplo, ele pode chegar à conclusão de que não foram atendidos os requisitos derelevância e urgência).Trata-se de um controle político (realizado pelo Poder Legislativo - Congresso Nacional) querecai sobre uma lei lato sensu (medida provisória). É, portanto, um controle político repressivo(recai sobre lei pronta e acabada).Ações Diretas 

 No controle constitucional concentrado e abstrato, configura-se a existência das ações diretas:ADIN - Ação Direta de InconstitucionalidadeEncontra-se regulada no art. 102, I, "a".Ela visa declarar a inconstitucionalidade de norma infraconstitucional.Seu objeto é lei federal ou lei estadual (é um objeto maior que o da ADC).

Seu paradigma é a CRFB. Note que o paradigma da representação de inconstitucionalidade é a constituição estadual.

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 Na ADIN, tem que ser indicado o artigo ou princípio constitucional afrontado. Por exemplo, jáfoi objeto de ADIN uma lei estadual que obrigava a utilização de cinto de segurança nasestradas estaduais; tal lei afrontava o art. 22, XI, da CRFB (fere a regra de divisão decompetência que determina que é de competência da União legislar sobre trânsito).A ADIN não pode analisar lei municipal (somente a representação de inconstitucionalidade

 pode fazê-lo).

A posição jurisprudencial do STF é de que todos os mecanismos de controleda constitucionalidade são de índole constitucional; ou seja, só a CRFB podecriar mecanismos de controle da constitucionalidade.

Onde o dispositivo utiliza o termo "lei", dever ser entendido lei ou ato normativo (a constituiçãoestadual, pode exemplo, não é lei, mas sim ato normativo).O Distrito Federal tem competência legislativa tanto municipal quanto estadual.Dependendo da matéria da lei do Distrito Federal é que o STF vai verificar se trata-se de "leiestadual" ou de "lei municipal".Por exemplo, se a lei tratar de IPTU (tributo municipal), ele não analisará; se a lei tratar deICMS (tributo estadual), ele irá analisar.

O art. 103 apresenta o rol dos legitimados para ajuizar uma ADIN (aqueles que podem propor uma ADIN). Note que o inciso V fala somente em governador do estado. Este inciso engloba, também, ogovernador do Distrito Federal.

 Não existe o "controle da legalidade". Não há mecanismo para se analisar se uma espécie normativa que está abaixo da lei (decreto,sentença normativa, etc) obedece à lei.

 Neste caso, tem que ser pedida a declaração da ilegalidade no caso concreto.

Com relação aos legitimados para propor a ADIN, o STF criou um requisito jurisprudencial

chamado PERTINÊNCIA TEMÁTICA.Alguns dos legitimados têm que dizer o seu motivo (interesse) de ajuizar a ADIN.Esses legitimados são os dos incisos IV, V e IX.O governador de um estado pode ajuizar uma ADIN relativa a uma lei estadual de outro estadose, por exemplo, está envolvida uma questão relativa a tributos, na qual há prejuízo daarrecadação do seu estado ("guerra fiscal"). No entanto, ele não poderá fazê-lo sem motivo (por exemplo, quando se tratar de uma prática de natureza política.Da mesma forma, uma confederação sindical ou entidade de classe não poderá ajuizar ADINcujo objeto diga respeito a alguma categoria alheia à sua.Quanto às leis anteriores à CRFB de 1988, a posição do STF é de que não cabe ADIN emrelação a elas (embora haja doutrinadores e até mesmo ministros que não concordem com isto).Para o STF, a lei anterior incompatível já se encontra revogada. O STF entende que, com a novaConstituição, revoga-se a Constituição anterior e todas as demais leis com ela incompatíveis.Como na revogação, a lei passa a não mais existir no Ordenamento Jurídico, não faria sentidouma ADIN que tem tal lei como objeto.

 No sistema difuso e incidental não cabe a ADIN, mas esta tal lei poderá ir ao STF através derecurso extraordinário, no sistema concentrado e abstrato.Este é um critério mais político do que jurídico, e visa evitar uma enxurrada de ADINs, queinviabilizariam o funcionamento do STF.Diz ainda o STF que a lei anterior só poderia ser inconstitucional face a constituição anterior -que já se encontra revogada.O Distrito Federal (que tem competência tanto estadual quanto municipal) não possuiconstituição estadual, e sim lei orgânica (que cria um município).

Portanto, o STF pode controlar concentradamente (em ADIN) a lei orgânica do Distrito Federal(como, aliás, ele já o fez).EFEITOS DA DECLARAÇÃO DA INCONSTITUCIONALIDADE 

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O STF entende ter a função de legislador negativo. Ele, ao declarar a inconstitucionalidade danorma, a retira do Ordenamento Jurídico.É como se ele estivesse revogando a norma.ADC - Ação Declaratória de ConstitucionalidadeSeu objeto é lei ou ato normativo federal.Seu paradigma é a CRFB.A ADC tem efeito vinculante e eficácia contra todos.A ADC foi criada pela emenda 3/93, que também inseriu o § 2º do art. 102.Este controle, portanto, não foi previsto pelo legislador constituinte originário (enquanto que aADIN foi prevista).A questão a ser analisada é: se toda lei já é presumidamente constitucional, para que serviriauma ação que visa declarar a sua constitucionalidade?Todo ato (não somente a lei) do poder público já se presume constitucional, com base noPrincípio da Legalidade.Segundo a posição do STF, a finalidade da ADC é transformar a presunção relativa (nãodefinitiva, que pode ser quebrada) em presunção absoluta (verdade, dogma).

 Na presunção, presume-se que um fato ou situação até que alguém venha provar o contrário.

 Na presunção relativa, pode-se demonstrar o contrário (ela pode ser quebrada). A presunção daconstitucionalidade das leis é relativa.Já a presunção absoluta não adtime prova em contrário. Ela é uma verdade, um dogma. É ocaso, por exemplo, da medida provisória do racionamento.

A ADC, na realidade, acaba com o controle difuso da constitucionalidade. E ela já foi declaradaconstitucional pelo STF.Os legitimados para propor a ADC (autoridades máximas) estão relacionados no art. 103, § 4º.A ADIN, criada pela Constituição de 1988, não tinha efeito vinculante, e a ADC, criada pelaemenda 3/93, foi introduzida já com o efeito vinculante (foi o primeiro caso de efeito vinculantedo nosso Ordenamento Jurídico). A Lei 9868/99 dá efeito vinculante tanto para a ADIN como

 para a ADC.

Quando a ADIN ainda não possuía efeito vinculante, quando o STF decidia, os demais órgãosdo Poder Judiciário podiam decidir de forma diferente, ainda que soubessem que, no caso de umrecurso extraordinário, sua decisão seria reformada.Com o efeito vinculante, quando o STF decide, ele obriga todos os órgãos do Poder Judiciário adecidirem da mesma forma, sob pena de nulidade da decisão (reclamação).A lei 9868/99 deu à ADIN e à ADC a eficácia contra todos (eficácia erga omnes).Significa dizer que a decisão vale daquele forma para todos.A eficácia contra todos não afasta o controle difuso e concreto (pode-se entrar com processo, nocaso concreto, questionando a mesma coisa).Toda lei tem eficácia contra todos (inclusive a ADIN e a ADC). Toda lei é imperativa, genéricae abstrata. E a eficácia contra todos nunca impediu que se discutisse a questão no caso concreto.A lei 9868/99, portanto, veio equiparar a ADIN e a ADC nesta questão - todas as duas açõesdiretas têm efeito vinculante. Quanto à eficácia erga omnes, ela sempre existiu no controleconcentrado e abstrado.ADPF Representação de Inconstitucionalidade Encontra-se regulada no art. 125, § 2º.Obrigatoriamente, a constituição estadual tem que criar a ação de Representação deInconstitucionalidade de lei estadual ou municipal em face da constituição do estado.O estado tem que prever a existência desta ação nos moldes em que se encontra determinado naCRFB. Ele não poderá criar outro mecanismo de controle da constitucionalidade, que não o

 previsto no art. 125 § 2º. Ele não pode, por exemplo, criar mecanismo para controlar lei estadualque fere a constituição do estado e a CRFB, ou para controlar lei municipal que fere a lei

orgânica. O STF entende que o controle da constitucionalidade é de índole constitucional, edeve estar previsto da CRFB. Para criar tais mecanismos de controle, portanto, a CRFB teriaque ser emendada. Caso contrário, a norma que prevê tais mecanismos será inconstitucional.

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Ela é uma ação direta no nível estadual.Seu objeto é lei ou ato normativo estadual ou municipal.Quem a julga é o Tribunal de Justiça do estado (e é um controle concentrado e abstrato).Seu paradigma é a constituição do estado.Uma mesma lei estadual pode ser objeto de ADIN e de Representação de Inconstitucionalidade.

 Não pode existir ADC cujo objeto é uma lei estadual; apenas cabe ADC para lei federal.

Se houver Representação de Inconstitucionalidade, ainda não decidida, no tribunal de justiça, eum legitimado propor ADIN, esta será suspensa até que se resolva a Representação deInconstitucionalidade. Se esta comportar recurso, o STF extinguirá a ADIN suspensa (ele só vaidecidir naquele recurso).Se a Representação de Inconstitucionalidade parar no tribunal de justiça (não houver recurso), oSTF retira a suspensão da ADIN e prossegue no seu julgamento

O STF possui jurisprudência sobre a Representação de Inconstitucionalidade que diz que não pode ser criado mecanismo para controle da constitucionalidade que não seja o do art. 125, § 2º.

Além disso, não pode ser alterado o objeto ou o paradigma, e quem julga a Representação deInconstitucionalidade é o Tribunal de Justiça do estado.Se a lei estadual ferir a constituição do estado, ela poderá ser objeto de Representação deInconstitucionalidade.Se a lei estadual ferir a CRFB, ela poderá ser objeto de ADIN.Se a lei estadual ferir a constituição do estado e a CRFB, ela poderá ser, ao mesmo tempo,objeto de ADIN e de Representação de Inconstitucionalidade.Para o STF, sempre que isto acontecer, será necessário julgar primeiro a Representação deInconstitucionalidade. O STF não conhece de ADIN antes do tribunal de justiça do estado julgar a Representação de Inconstitucionalidade.

 Não é necessário, depois de entrar com a Representação de Inconstitucionalidade, entrar com aADIN. Da decisão da Representação de Inconstitucionalidade cabe recurso direto para o STF

(que, então, se tranforma numa ADIN). Note que nem sempre quem é legitimado para propor a Representação de Inconstitucionalidadeé legitimado para propor uma ADIN. Mas, neste caso, o legitimado para a Representação deInconstitucionalidade poderá, através de recurso ao STF, dar origem a uma ADIN.Este caso é um controle concentrado e abstrato, apesar de que o fato da Representação deInconstitucionalidade chegar ao STF através de recurso caracteriza o controle difuso. Trata-seda única exceção quando se fala em controle concentrado e abstrato, e controle difuso econcreto (a Representação de Inconstitucionalidade é um controle concentrado e abstrato,enquanto que o recurso ao STF caracteriza o controle difuso).Se não houver recurso da decisão do tribunal de justiça, valerá esta decisão.O recurso terá que ser interposto, e quem o interpõe é quem propôs a ação.

Um legitimado propõe Representação de Inconstitucionalidade, e o tribunal de justiça julgaconstitucional.Um legitimado propõe ADIN.O STF pede, primeiramente, a decisão do tribunal de justiça. Ele, então, vai verificar se já existedecisão da Representação de Inconstitucionalidade (e, no caso, já existe).O STF irá controlar novamente a constitucionalidade e, portanto, ele pode chegar a conclusãodiversa da proferida pelo tribunal de justiça.O STF só irá se manifestar se houver ofensa à CRFB; senão, vale a decisão do tribunal de

 justiça. Nada que é inconstitucional para a CRFB pode ser constitucional para a constituição do estado.Se uma norma é inconstitucional face a CRFB, ela não poderia estar no Ordenamento Jurídico.

A eficácia da decisão, seja na Representação de Inconstitucionalidade, seja no recursoextraordinário, terá eficácia erga omnes e efeito vinculante. No entanto, a Representação deInconstitucionalidade terá aplicação adstrita à área territorial do estado.

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Geralmente a Representação de Inconstitucionalidade em conjunto com a ADIN ocorre sempreque se tratar de uma norma de reprodução obrigatória, que são aquelas normas que estão naCRFB e que têm que estar repetidas ipsis litteris na constituição estadual.

 Nesses casos, segundo jurisprudência do STF, decide-se, primeiramente, no nível estadual - notribunal de justiça local - e, posteriormente, no STF Se a ADIN é proposta primeiro, o STF irá pedir a Representação de Inconstitucionalidade.Se a ADIN já foi julgada, o STF não julgará novamente (o STF irá extinguir a segunda).Se a ADIN já foi julgada, e algum legitimado propuser Representação de Inconstitucionalidade,esta não poderá nem mesmo ser conhecida, sob pena de se contrariar a competência do STF. Seo tribunal de justiça, depois da última decisão do STF, conhecer da matéria, ele estaráusurpando função do STF. Contra ele, neste caso, cabe ação de reclamação.

Outros aspectos e diferenças entre ADPF, ADIN e ADC.→ Mesmo legitimados para todos.→ Cabe agravo na decisão de indeferi petição inicial para todos.→ ADC E ADIN não cabe desistência, após proposta a ação.

→ ADC E ADIN não pode haver intervenção de terceiros→ A ADPF atende o princípio da subsidiariedade, só cabendo quando não houver outro meioeficaz de recurso, ou seja, se couber ADC ou ADI, não caberá ADPF e isso vai ver também noArt 4º, §1º da mesma lei.→Não é a mesa do Congresso Nacional quem propõe a ADIN, e sim aMesa da Câmara e do Senado.→ A propositura de uma ação desse tipo, não está sujeita anenhum prazo de natureza prescricional ou de caráter decadencial, pois de acordo com o vícioimprescritível, os atos constitucionais não se invalidam com o passar do tempo.→ Ao declarar a ADIN por omissão, o STF deverá dar ciência ao Poder ou órgão competente

 para, se for um órgão administrativo, adotar as providências necessárias em 30 dias. Caso seja oPoder Legislativo, deverá fazer a mesma coisa do órgão administrativo, mas sem prazo

 preestabelecido. Uma vez declara a inconstitucionalidade e dada a ciência ao Poder Legislativo,fixa-se judicialmente a ocorrência da omissão, com seus efeitos.

QUESTIONÁRIO

BLOCO I - INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL / MATERIAL E VÍCIO DEINICIATIVA1. Qual a diferença entre inconstitucionalidade formal e inconstitucionalidade material?2. O vício de iniciativa para a apresentação de um projeto de lei gera que tipo deinconstitucionalidade?

BLOCO II - CLASSIFICAÇÕES E OBSERVAÇÕES GERAIS3. Como se classifica o controle de constitucionalidade no Brasil, levando em conta os órgãosque o executam?4. Para fins de controle de constitucionalidade, o que entendemos por “lei”?5. Para fins de controle de constitucionalidade, o que entendemos por “ato normativo”?BLOCO III - CONTROLE PREVENTIVO E CONTROLE REPRESSIVO – OBS. GERAIS6. O que é controle preventivo de constitucionalidade?7. Que Poderes exercem, no Brasil, o controle preventivo de constitucionalidade, dentro docomplexo de normas que compõe o processo legislativo?8. Através de qual instrumento o Executivo pode exercer o controle preventivo deconstitucionalidade?9. Quando o Presidente da República faz uso do veto jurídico, que tipo de controle deconstitucionalidade ele está exercendo, levando-se em conta o momento da realização deste ato?

10. De que forma o Poder Legislativo exerce o controle preventivo de constitucionalidade?11. Que poderes exercem, no Brasil, o controle repressivo de constitucionalidade?BLOCO IV – CONTROLE DIFUSO

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12. Quais as características do controle difuso de constitucionalidade e quem executa este tipode controle?13. Por quais denominações é conhecido o controle difuso de constitucionalidade?14. Como regra geral, que efeitos são produzidos pelas decisões proferidas no controle difuso deconstitucionalidade?15. O que pode fazer o Senado Federal quando receber do STF a comunicação de que, por decisão definitiva (controle difuso), reconheceu a inconstitucionalidade de uma lei?

BLOCO V – CONTROLE CONCENTRADO

16. Quais as características do controle concentrado de constitucionalidade?17. Por quais denominações é conhecido o controle concentrado de constitucionalidade?18. Qual é o Poder responsável, no Brasil, pelo controle concentrado de constitucionalidade?19. O controle concentrado de constitucionalidade é modalidade de controle preventivo ou decontrole repressivo?20. Quais as ações que integram o sistema de controle concentrado de constitucionalidade noBrasil?

21. O que é a cláusula de reserva de plenário, exigida para a declaração de inconstitucionalidadede lei ou ato normativo?22. Quais leis e atos normativos são alcançados pelo controle concentrado deconstitucionalidade no nível estadual?23. Os Tribunais de Justiça fazem controle de constitucionalidade de leis estaduais e municipaisque conflitam com a Constituição Federal? Explique.24. Para que serve a “medida cautelar” nas ações de controle de constitucionalidade, quem pode

 propô-la e, como regra geral, que efeitos são produzidos pelas liminares concedidas?25. Como regra geral, que efeitos são produzidos pelas decisões de mérito nas ações do controleconcentrado de constitucionalidade?26. Quais as razões que podem justificar a alteração, pelo órgão julgador, dos efeitos que emregra são produzidos pelas decisões proferidas no controle concentrado de constitucionalidade?

27. Para a alteração referida na questão anterior, qual a maioria de votos exigida do órgão julgador?BLOCO VI - ADIN INTERVENTIVA28. Qual a finalidade da ação direta de inconstitucionalidade interventiva?29. Quem pode ajuizar a ação direta de inconstitucionalidade interventiva no nível federal e qualo Tribunal competente para conhecê-la e julgá-la?30. Quem pode ajuizar a ação direta de inconstitucionalidade interventiva no nível estadual equal o Tribunal competente para conhecê-la e julgá-la?BLOCO VII - ADIN GENÉRICA31. Qual o objetivo maior da ação direta de inconstitucionalidade genérica do nível federal equal o Tribunal competente para conhecê-la e julgá-la?32. Qual o objetivo maior da ação direta de inconstitucionalidade genérica do nível estadual equal o Tribunal competente para conhecê-la e julgá-la?33. Nas ADIns genéricas do nível federal, quem é o responsável pela defesa do ato ou textoimpugnado, zelando pela sua presunção de constitucionalidade? Esta defesa é necessária nocontrole pela via de exceção?34. Nas ADIns genéricas do nível estadual, quem é o responsável pela defesa do ato ou textoimpugnado?35. Quem tem legitimidade para ajuizar uma ADIn genérica no nível federal?36. Cite quatro legitimados a ajuizar uma ADIn genérica estadual em São Paulo?37. É possível impugnar, pela via da ação direta (ADIn genérica), uma lei promulgada em dataanterior à vigência da Constituição atual? Por que?38. Como é exercido o controle de constitucionalidade de uma lei municipal em face da

Constituição Federal? É possível o uso da ADIn genérica neste caso?BLOCO VIII - ADIN POR OMISSÃO

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39. Qual o objetivo (ou finalidade) maior da ação direta de inconstitucionalidade por omissão equem são os legitimados para ajuizá-la?40. Que omissões podem ser atacadas pela ação direta de inconstitucionalidade por omissão e oque as diferencia?41. Que providências deve adotar o STF quando reconhecer, numa ADIn por omissão, a falta decerta medida legislativa que poderia conferir efetividade a uma norma constitucional?42. Que providências deve adotar o STF quando reconhecer, numa ADIn por omissão, a falta decerta medida administrativa que poderia conferir efetividade a uma norma constitucional?43. Segundo o entendimento do STF, a ADIn por omissão admite a concessão de medidacautelar (liminar)? O que justifica esse entendimento?BLOCO IX – ADC – AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE44. Qual o objetivo maior da ação direta de constitucionalidade (ADC) do nível federal e qual oTribunal competente para conhecê-la e julgá-la?45. Quem é parte legítima para ajuizar uma ação declaratória de constitucionalidade no nívelfederal?46. Para fins de ajuizamento de ação declaratória de constitucionalidade exige-se acomprovação de “controvérsia judicial”. O que é esta controvérsia?

BLOCO X – ADPF – ARGÜIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITOFUNDAMENTAL47. Quem é competente para conhecer e julgar uma ADPF autônoma?48. Quem tem legitimidade para ajuizar a ADPF e qual o objeto deste tipo de ação?49. O que se entende por “ato do poder público”, para fins de ajuizamento da argüição dedescumprimento de preceito fundamental? Esclareça e exemplifique.50. Como instrumento do controle concentrado, a ADPF possui caráter subsidiário. O quesignifica isso?2º. QUESTIONÁRIO

1) Explique os interesses difusos e coletivos, relacione com o direitodo consumidor e meio ambiente

2) Diferencie lei delegada e decreto legislativoLei DelegadaArtigo 68 – CF/88Editada pelo Presidente da República antes porém deve ter autorização do Congresso Nacional(através de resolução) Decreto LegislativoCompetência exclusiva do Congresso NacionalPromulgação: Presidente do Senado. 

3) Quais as garantias e vedações dos magistrados?GarantiasArtigo 95 - C.F/88Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício,dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado;II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII;III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II,153, III, e 153, § 2º, I. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de1998)

Vedações

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Parágrafo único. Aos juízes é vedado:I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério;II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;III - dedicar-se à atividade político-partidária.IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas,entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; (Incluído pelaEmenda Constitucional nº 45, de 2004)V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos doafastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. (Incluído pela EmendaConstitucional nº 45, de 2004) 4) Explique a argüição de descumprimento de preceito fundamentalQuando houver lesão ou violação de preceito fundamental (Cláusulas pétreas)Essa lesão foi feita por um órgão públicoFoi feita uma lei ou ato administrativo Federal, Estadual ou Municipal inclusive anterior àC.F/88 

5) Comente os efeitos das decisões no processo de controle deconstitucionalidade 6) Analise a alternativa corretaa) Qualquer brasileiro pode propor ação popular 

 b) O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por organização sindical emfuncionamento há pelo menos um anoc) O mandado de injunção tem como pressuposto a existência de norma regulamentar d) O hábeas data não pode ser impetrado por pessoa jurídica.Resposta correta : “B” 

7) Nos termos dos artigos 34 e 35 da Constituição Federal,referentes à intervenção nos Estados e nos Municípios, é corretodizer que:a) A união pode intervir diretamente no município apenas ante a solicitação do Estado a que

 pertença , para por termo a grave comprometimento da ordem pública b) A União pode intervir diretamente no município apenas ante a solicitação deste, para por termo a grave comprometimento da ordem pública , no caso de impossibilidade derestabelecimento da ordem por parte do Estado a que pertença.c) A União pode intervir diretamente no município, apenas em obediência a decisão do Tribunalde Justiça do Estado a que pertença, reconhecendo a necessidade de por termo a gravecomprometimento da ordem públicad) A União não pode intervir diretamente no município, por solicitação do Estado a que

 pertença ou de próprio município, para por termo a grave comprometimento da ordem públicaResposta correta “ D” 8) O Presidente da República é julgadoa) Pelo Senado Federal em crime de responsabilidade e pelo TRF de Brasília por crime comum

 b) Sempre pelo STFc) Pelo STF em qualquer crime, mas no caso de crime de responsabilidade, o STF deve ser 

 presidido pelo Presidente do Senado Federald) Pelo STF em crime comum e pelo Senado Federal em crime de responsabilidadeResposta correta “D” 

9) Os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados doDistrito Federal são processados e jlgados, originariamente:a) Pelo STF, nos crimes de responsabilidade, e pelo STJ nos crimes comuns

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 b) Pelo STF, nos crimes comuns , e pelos tribunais de Justiça a que pertencem, nos crimes deresponsabilidadec) Pelo STJ, nos crimes comuns e nos crimes de responsabilidaded) Pelo STF, tanto nos crimes comuns, como nos de responsabilidadeResposta correta “C”

 10) A fixação dos subsídios dos deputados federais:a) É da competência concorrente da Câmara dos Deputados e do Senado Federal

 b) É da competência da Câmara dos Deputadosc) É da competência exclusiva do Congresso Nacionald) Depende de iniciativa privativa do Congresso NacionalResposta correta “C” 11) Em face da Emenda Constitucional no. 32 que alterou os prazosde vigência das novas medidas provisórias ], pode-se dizer queestas:a) Vigem por sessenta dias , prorrogáveis por mais sessenta dias, quando perderão eficácia se

não forem convertidas em lei. b) Perdem eficácia após quarenta e cinco dias da publicação, quando entram em regime deurgência no Congresso Nacionalc) Vigem por prazo indeterminado, até deliberação definitiva do Congresso Nacionald) Continuam em vigor até que medida provisória ulterior as revogue explicitamenteResposta correta “A” 12) Eventual proposta de emenda à Constituição federalmodificando os critérios de aposentadoria do servidor público, quefosse rejeitada pelo Senado Federal, não poderia ser reapresentada:a) Pelos membros do Senado

 b) Na ocorrência do estado de emergênciac) Devido à afronta à cláusula pétread) Na mesma sessão legislativaResposta correta “D” 13) Os Tribunais e os respectivos Órgãos Especiais poderão declarara inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Públicoa) Por maioria simples

 b) Por maioria absolutac) Por maioria qualificadad) Por unanimidadeResposta correta “B” 14) Havendo Afronta aos direitos da pessoa humana peloGovernador, o respectivo Estado-Membro poderá sofrer intervençãofederal mediante:a) Ação direta de inconstitucionalidade interventiva, proposta pelo Procurador Geral do Estado

 b) Requisição do Tribunal de Justiçac) Solicitação da Assembléia Legislativad) Ação direta de inconstitucionalidade interventiva, proposta pelo Procurador-Geral daRepúblicaResposta correta “D” 

16)A assistência jurídica ao hipossuficiente é da competência:a) Do Poder Judiciário

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 b) da Ordem dos Advogados do Brasilc) Do Poder Executivod) Do Ministério PúblicoResposta correta “C” 

17) A instituição que representa a União, judicial eextrajudicialmente , denomina-se:a) Procuradoria Geral da República

 b) Defensoria Pública Federalc) Ministério da Justiçad) Advocacia Geral da UniãoResposta correta “D” 18) A Constituição Federal não atribui ao Ministério Público a funçãoinstitucional de:a) defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas

 b) representar , judicialmente entidades públicas

c) promover, judicialmente,m a ação penal pública, na forma da leid) exercer funções que lhe são conferidas, desde que compatíveis com sua finalidadeResposta correta “B” 20) Quando da promulgação de uma nova Constituição, diz-se que alegislação ordinária compatível perde o suporte de validade daConstituição antiga, mas continua válida pela teoria:a) da repristinação

 b) da desconstitucionalizaçãoc) da recepçãod) do poder constituinte subordinado

Resposta correta “C”Parte superior do formulárioSobre o controle de constitucionalidade na República Federativa do Brasil, assinale a alternativacorreta.

a) A denominada cláusula de reserva de plenário aplica-se apenas no controle deconstitucionalidade de leis e atos normativos por via de ação direta.

 b) A modulação dos efeitos da decisão que declara a inconstitucionalidade de lei ou atonormativo será aprovada por maioria absoluta dos ministros do Supremo Tribunal Federal,

 presentes na sessão dois terços dos membros do Tribunal Pleno.

c) Na ação direta de inconstitucionalidade, processada e julgada pelo Supremo Tribunal

Federal, a procedência da ação não implica necessariamente uma declaração deinconstitucionalidade com a redução do texto normativo impugnado, mas o Supremo poderá, sefor o caso, proferir uma declaração parcial de inconstitucionalidade sem redução de texto, comeficácia contra todos e efeito vinculante para os órgãos do Poder Judiciário e da AdministraçãoPública das três esferas da Federação.

d) Caberá arguição de descumprimento de preceito fundamental contra leis ou atosnormativos federais e estaduais, incluídos os em vigor antes da Constituição da RepúblicaFederativa do Brasil de 1988 e excetuados as leis e os atos normativos municipais.

e) É proibida a modulação dos efeitos da decisão que julga procedente a arguição dedescumprimento de preceito fundamental.Parte inferior do formulárioParte superior do formulário

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Quando o Direito brasileiro adotou o controle de constitucionalidade de matriz norte-americana,a ele não veio o stare decisis, porque é elemento cultural que não se transplanta com facilidadee de pronto. Porém, a partir da Constituição de 1934, diversos sucedâneos normativos ao staredecisis foram introduzidos. Sobre eles, pode-se afirmar que a Constituição de

a) 1988, a teor da Emenda Constitucional nº 3, de 1993, prevê a ação declaratória de

constitucionalidade, de lei ou ato normativo federal ou estadual, com “efeito vinculante”. b) 1988, a teor da Emenda Constitucional nº 45, de 2004, permite súmula com efeito

vinculante em relação ao Poder Judiciário, à administração pública, direta e indireta, de todas asesferas da federação, e ao Poder Legislativo.

c) 1934 confiou ao Congresso Nacional competência para suspender a execução, no todoou em parte, de qualquer lei ou ato, deliberação ou regulamento, quando hajam sido declaradosinconstitucionais pelo Poder Judiciário.

d) 1946, a teor da Emenda Constitucional nº 16, de 1965, admitiu a representação contrainconstitucionalidade de lei ou ato de natureza normativa, federal, estadual ou municipal, emface da Constituição da República.

e) 1967, a teor da Emenda Constitucional nº 7, de 1977, adotou a representação parainterpretação de lei ou ato normativo federal ou estadual, que tinha, segundo o RegimentoInterno do Supremo Tribunal Federal, “força vinculante”.Parte inferior do formulárioParte superior do formulárioConsidere o seguinte excerto doutrinário transcrito, expressivo do constitucionalismo da

 primeira metade do século XVIII:

 Eis, assim, a constituição fundamental do governo de que falamos. O corpo legislativo, sendocomposto de duas partes, uma paralisará a outra por sua mútua faculdade de impedir. Todasas duas serão paralisadas pelo poder executivo, que o será, por sua vez, pelo poder legislativo.

 Estes três poderes deveriam formar uma pausa ou uma inação. Mas como pelo movimentonecessário das coisas, eles são obrigados a caminhar, serão forçados a caminhar de acordo(MONTESQUIEU, Charles Louis de Secondat, baron de la Brède et de. O espírito das leis,tradução de Fernando Henrique Cardoso e Leôncio Martins Rodrigues, Brasília: UnB, 1995, p.122)

Sobre este texto, é correto afirmar que

a) a declaração de inconstitucionalidade é a faculdade de impedir própria ao poder de julgar.

 b) o corpo legislativo é composto de duas partes a bem das relações federativas.

c) a faculdade de impedir do rei (veto) pode ser superada pelas duas partes do corpolegislativo (rejeição do veto).

d) “estes três poderes” são o poder legislativo, o poder executivo das coisas que dependemdo direito das gentes (“poder executivo”) e o poder executivo das coisas que dependem dodireito civil (“poder de julgar”).

e) na hipótese de não haver acordo entre “estes três poderes” acerca de um dado problema,eles se paralisam reciprocamente e o problema fica sem solução.Parte inferior do formulárioParte superior do formulárioO Governador de um Estado membro da Federação pretende se insurgir contra lei de seu Estado

editada em 1984 que vincula a remuneração de servidores públicos estaduais ao salário mínimo.Os fundamentos de índole material a serem invocados são a ofensa ao princípio federativo e avedação constitucional de vinculação do salário mínimo para qualquer fim.

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A ação constitucional a ser ajuizada pelo Governador do Estado perante o Supremo TribunalFederal, cuja decisão terá eficácia contra todos e efeito vinculante relativamente aos demaisórgãos do Poder Público, é a(o)

a) ação direta de inconstitucionalidade.

 b) mandado de injunção.c) arguição de descumprimento de preceito fundamental.

d) mandado de segurança coletivo.Parte inferior do formulário

Parte superior do formulárioProjeto de lei estadual de iniciativa parlamentar concede aumento de remuneração a servidores

 públicos estaduais da área da saúde e vem a ser convertido em lei após a sanção do Governador do Estado.A referida lei é

a) compatível com a Constituição da República, desde que a Constituição do Estado-membro não reserve à Chefia do Poder Executivo a iniciativa de leis que disponham sobreaumento de remuneração de servidores públicos estaduais.

 b) constitucional, em que pese o vício de iniciativa, pois a sanção do Governador do Estadoao projeto de lei teve o condão de sanar o defeito de iniciativa.

c) inconstitucional, uma vez que os projetos de lei de iniciativa dos Deputados Estaduaisnão se submetem à sanção do Governador do Estado, sob pena de ofensa à separação de

 poderes.

d) inconstitucional, uma vez que são de iniciativa privativa do Governador do Estado as leisque disponham sobre aumento de remuneração de servidores públicos da administração direta e

autárquica estadual.Parte inferior do formulárioParte superior do formulárioAssinale a opção correta a respeito da medida cautelar em sede de ação direta deinconstitucionalidade, de acordo com o que dispõe a Lei n.º 9.868/1999.

a) Tal medida não poderá ser apreciada em período de recesso ou férias, visto que éimperioso que seja concedida por decisão da maioria absoluta dos membros do STF, após aaudiência dos órgãos ou autoridades dos quais emanou a lei ou ato normativo impugnado.

 b) Essa medida cautelar só poderá ser concedida se ouvidos, previamente, o advogado-geralda União e o procurador-geral da República.

c) A decisão proferida em sede de cautelar, seja ela concessiva ou não, será dotada deeficácia contra todos, com efeito ex nunc, salvo se o STF entender que deva conceder-lheeficácia retroativa.

d) O relator, em face da relevância da matéria e de seu especial significado para a ordemsocial e a segurança jurídica, poderá, após a prestação das informações e a manifestação doadvogado-geral da União e do procurador-geral da República, sucessivamente, submeter o

 processo diretamente ao STF, que terá a faculdade de julgar definitivamente a ação.Parte inferior do formulário

Parte superior do formulárioConsiderando a doutrina e a jurisprudência do STF, assinale a opção correta acerca do controle

de constitucionalidade no sistema jurídico brasileiro.

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a) Não se admite a concessão de medida cautelar em ação direta de inconstitucionalidade por omissão, em razão da natureza e da finalidade desse tipo de ação.

 b) A arguição de descumprimento de preceito fundamental constitui instrumento adequadoa viabilizar revisão ou cancelamento de súmula vinculante.

c) O controle prévio ou preventivo de constitucionalidade não pode ocorrer pela via jurisdicional, uma vez que ao Poder Judiciário foi reservado o controle posterior ou repressivo,realizado tanto de forma difusa quanto de forma concentrada.

d) Nenhum órgão fracionário de tribunal dispõe de competência para declarar ainconstitucionalidade de leis ou atos normativos emanados do poder público, visto tratar-se de

 prerrogativa jurisdicional atribuída, exclusivamente, ao plenário dos tribunais ou ao órgãoespecial, onde houver.

e) A revogação de lei ou ato normativo objeto de ação direta de inconstitucionalidade nãoimplica perda de objeto da ação.Parte inferior do formulário

;Parte superior do formulárioAcerca do controle de constitucionalidade, assinale a opção correta.

a) No controle difuso de constitucionalidade, os efeitos da decisão são, no aspectotemporal, ex tunc e, quanto aos atingidos, inter partes, não se admitindo exceções.

 b) O controle judicial preventivo de constitucionalidade, que envolve vício no processolegislativo, deve ser exercido pelo STF via mandado de segurança, caracterizando-se comocontrole in concreto e efetivando-se de modo incidental.

c) Conforme entendimento do STF, não cabe controle de constitucionalidade contra leis ou

atos normativos anteriores à CF, seja por via de controle concentrado, seja por controle difuso.d) A inconstitucionalidade formal relaciona-se, sempre, com a inconstitucionalidade total,

visto que o ato editado em desconformidade com as normas previstas constitucionalmente devetodo ele ser declarado inconstitucional.

e) Em atenção ao princípio da adstrição, o ordenamento jurídico brasileiro não admite ainconstitucionalidade por arrastamento, que consistiria na possibilidade de o STF declarar ainconstitucionalidade de uma norma objeto de pedido e também de outro ato normativo que nãotenha sido objeto do pedido, em virtude de correlação, conexão ou interdependência entre uma eoutro.Parte inferior do formulário

Parte superior do formulárioHavendo evidente controvérsia constitucional acerca de importante dispositivo de lei estadualanterior à Constituição Federal de 1988, o Governador do Estado é legitimado a ingressar noSupremo Tribunal Federal com:

a) mandado de segurança;

 b) ação direta de inconstitucionalidade;

c) ação declaratória de constitucionalidade;

d) mandado de injunção;

e) arguição de descumprimento de preceito fundamental.Parte inferior do formulário

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Parte superior do formulárioAnalise os itens abaixo e assinale a alternativa correta, segundo a orientação do SupremoTribunal Federal:

I – O Ministério Público Estadual tem legitimidade para ajuizar reclamação no STF.

II – A ação de descumprimento de preceito fundamental somente poderá ser proposta por aqueles legitimados para a propositura da ação direta de inconstitucionalidade.

III – A ação direta de inconstitucionalidade por omissão, pendente de julgamento, deve ser extinta por perda do objeto se a norma que não tinha sido regulamentada é revogada.

IV – As súmulas vinculantes tem a mesma natureza jurídica das demais súmulas do STF.

a) Existe apenas uma alternativa correta;

 b) Existem duas alternativas corretas;

c) Existem três alternativas corretas;d) Nenhuma das alternativas está correta;

e) Todas as alternativas estão corretas.Parte inferior do formulário

Parte superior do formulárioLeia atentamente as proposições abaixo e assinale a que se apresentar correta:

a) Descabe ação direta de inconstitucionalidade de leis municipais em face da constituiçãode determinado Estado da Federação, pois, em sede de controle concentrado, o parâmetro deveser a Constituição Federal.

 b) Os regimentos internos dos tribunais, por estarem revestidos de caráter normativo, estãosujeitos ao controle concentrado de constitucionalidade.

c) A superveniente revogação, total ou parcial, da norma impugnada em sede de ADI, não provoca situação de prejudicialidade, pelo que deve a ação prosseguir para solução dos efeitosresiduais concretos que possam ter sido gerados pela aplicação da norma revogada.

d) As leis municipais podem ser confrontadas com a lei orgânica de determinadomunicípio, para efeito de controle concentrado de constitucionalidade.Parte inferior do formulário

Parte superior do formulário

Em conformidade com as disposições constitucionais, podem propor a Ação Declaratóriade Constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal:

a) Todos os partidos políticos.

 b) Os Senadores Federais.

c) O governador do Distrito Federal.

d) Os Deputados Estaduais.Parte inferior do formulário

Considere que determinado empregado entenda que uma cláusula de seu contrato de trabalho

seja inválida porque ela tem por base lei federal que ele julga inconstitucional. Nessa situação, oreferido empregado não pode impugnar essa lei mediante ação direta de inconstitucionalidade,

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mas pode impugnar a validade do seu contrato de trabalho mediante argüição dedescumprimento de preceito fundamental.

Certo ErradoParte inferior do formulário

Essa decisão seria incompatível com a CF, pois o STF não é competente para controlar aconstitucionalidade de leis municipais.

Certo ErradoParte inferior do formulário A referida lei seria inconstitucional porque a CF não atribui aos empregados domésticos direitoa remuneração do serviço extraordinário.

Certo ErradoA extinção da ADI pelo STF foi correta, pois deputados federais somente têm legitimidade paraimpugnar, mediante controle concentrado, leis do estado cuja população eles representam.

Certo ErradoParte inferior do formulário Seria inconstitucional a concessão de empréstimo pelo Banco Central do Brasil ao TST, com oobjetivo de financiar projeto de modernização da Justiça do Trabalho.

Certo Errado

ATENÇÃO: Esta questão foi anulada pela banca que organizou o concurso.Parte inferior do formulário

Parte superior do formulário

Em relação ao controle de constitucionalidade no Brasil, analise as assertivas que seguem:

I) O modelo difuso, criação jurisprudencial americana, é adotado no Brasil e permite quequaisquer magistrados se manifestem acerca da constitucionalidade de leis.

II) Na ação direta de inconstitucionalidade não se permite a desistência, e os Ministros do STFnão estão vinculados à causa de pedir.

III) A ação declaratória de constitucionalidade, de competência originária do STF, e dela não seadmite a desistência, tem eficácia contra todos e efeito vinculante relativamente aos demaisórgãos do Poder Judiciário, ao Poder Legislativo e à administração pública direta e indireta, nasesferas federal, estadual e municipal.

IV) Na ação direta de inconstitucionalidade por omissão, o julgamento de procedência levará aser dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias e, em setratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias.

Está(ão) CORRETA(S):

a) Todas as assertivas.

 b) Somente a assertiva I.

c) Somente as assertivas III e IV.

d) Somente as assertivas I, II e IV.

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e) Somente a assertiva II.Parte inferior do formulário

Parte superior do formulárioAssinale a alternativa correta a respeito do controle de constitucionalidade no direito brasileiro.

a) O controle preventivo pode ser efetivado pelos Poderes Legislativo e Executivo.

 b) Pela Cláusula da Reserva de Plenário, quando da declaração de constitucionalidade delei ou ato normativo, os órgãos dos tribunais estão obrigados a fazer essa declaração pelo votoda maioria absoluta da totalidade dos membros do Tribunal.

c) No controle difuso, os efeitos da declaração de inconstitucionalidade são erga omnes eex-nunc. 

d) No controle difuso, a resolução do Senado, que suspende a executoriedade da leiinconstitucional, tem efeitos erga omnes e ex tunc.

e) Em nenhuma hipótese o Supremo Tribunal Federal pode exercer o controle deconstitucionalidade sobre propostas de emendas constitucionais antes da sua promulgação.Parte inferior do formulárioParte superior do formulárioDe acordo com as origens históricas das formas de controle de constitucionalidade das leis eatos normativos, pode-se dizer que os modelos clássicos dos controles norte-americano,austríaco e francês representam, respectivamente, os controles

a) judicial in concreto, judicial in abstrato e preventivo.

 b) judicial in abstrato, repressivo e judicial in concreto.

c) repressivo judiciário, repressivo legislativo e preventivo.

d) preventivo, repressivo e misto.

e) difuso, genérico e misto.Parte superior do formulárioA obrigatoriedade ou necessidade de deliberação plenária dos tribunais, no sistema de controlede constitucionalidade brasileiro, significa que:

a) somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivoórgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo doPoder Público.

 b) a parte legitimamente interessada pode recorrer ao respectivo Tribunal Pleno dasdecisões dos órgãos fracionários dos Tribunais Federais ou Estaduais que, em decisão

definitiva, tenha declarado a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo.

c) somente nas sessões plenárias de julgamento dos Tribunais Superiores é que a matériarelativa a eventual inconstitucionalidade da lei ou ato normativo pode ser decidida.

d) a competência do Supremo Tribunal Federal para processar e julgar toda e qualquer açãoque pretenda invalidar lei ou ato normativo do Poder Público pode ser delegada a qualquer tribunal, condicionada a delegação a que a decisão seja proferida por este órgão jurisdicionaldelegado em sessão plenária.Parte inferior do formulárioQualquer pessoa juridicamente interessada na declaração de inconstitucionalidade podeingressar como assistente na ação direta de inconstitucionalidade.

Certo ErradoParte inferior do formulário

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Apenas durante o recesso do STF o relator poderá conceder medida cautelar suspendendo osefeitos da lei.

Certo ErradoA declaração de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade em ADIN e ação declaratóriade constitucionalidade tem sempre efeito vinculante em relação ao Poder Judiciário e à

administração pública direta e indireta.Certo Errado

Parte inferior do formulárioA decisão sobre a constitucionalidade de uma lei só poderá ser tomada se estiverem presentes aomenos 6 dos 11 ministros do STF na sessão de julgamento.

Certo ErradoParte inferior do formulário Parte superior do formulárioDecisão que declara a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade de norma pode ser atacada

 por embargos de declaração, mas não poderá ser desconstituída em ação rescisória.Certo Errado

Parte inferior do formulário O STF só pode determinar a modulação dos efeitos da decisão que declara ainconstitucionalidade de norma em ação direta de inconstitucionalidade.

Certo ErradoParte inferior do formulário A OAB não está submetida ao requisito da pertinência temática em ação direta deinconstitucionalidade.

Certo ErradoParte inferior do formulário Apesar de uma norma ser considerada constitucional, admite-se que ela possa, depois, ser declarada inconstitucional.

Certo ErradoParte inferior do formulário Qualquer prejudicado poderá, por meio da reclamação, atacar decisão judicial não transitada em

 julgado que contrarie acórdão sobre a constitucionalidade de norma em ação declaratória de

constitucionalidade.Certo Errado

Parte inferior do formulárioParte inferior do formulárioParte inferior do formulário