Controle da Verminose em Pequenos Ruminantes

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aula ministrada para alunos de doenças parasitárias.

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  • Controle da verminose em pequenos ruminantes

    1

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEAR UECE

    FACULDADE DE VETERINRIA FAVET

    DISCIPLINA DE DOENAS PARASITRIAS

  • Introduo

    50% do rebanho de ovino

    90% de caprinos.

    2(FURLANETO; SILVA, 1994; COUTO, 2001; EMBRAPA, 2002; SEBRAE-CE, 2005; IBGE, 2006)

    21 milhes de animais

    Agronegcio

    2,2 milhes de pequenos ruminantes

    mil toneladas/ano 13 toneladas/ano.

  • PROBLEMTICA

    Sistema de produo

    Qualidade e regularidade na oferta dos produtos

    Perdas nos ndices produtivos Incapacidade exponencial do setor

    3(CHAGAS et al., 2005)

    Manejo Sanitrio

  • Verminose

    Distribuio Mundial;

    Nematoides gastrintestinais;

    Infeces Mistas. Haemonchus contortus,

    Trichostrongylus colubriformis,

    Strongyloides spp.,

    Cooperia spp.

    Oesophagostomum columbianum

    4(PINHEIRO, 2000; VIEIRA, 2005; OSAKA et al., 2008;MOLENTO, 2009)

    PROBLEMTICA

  • Verminoses Forma Aguda

    Morte do Animal;

    Forma Crnica

    Desenvolvimento Corporal Lento; Reduzida performance sexual.

    Emagrecimento;

    Reduo na produo de carne, leite e l;

    Elevado custo monetrio

    Aquisio de frmacos sintticos (AH)

    Mo de obra especializada.

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  • Haemonchus contortus

    Classe Nematoda;

    Ordem Strongylida;

    Famlia Trichostrongylidae.

    Alta prolificidade 5000 a 10000 ovos/dia/; Hematfago;

    Cosmopolita;

    Mede entre 1 e 2,5 cm.

    6(CLIMENI, 2008)

  • Haemonchus contortus

    Consequncias do hematofagismo parasitrio

    01 parasito Haemonchus contortus

    7

    0,05mL de sangue/24horas

    01 animal com 5.000 parasitos

  • Hemoncose

    Principais sinais clnicos

    8

  • Haemonchus contortus

    9L1 L2 L3

  • Controle das Verminoses

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    Agente

    Ambiente

    Hospedeiro

    Controle Qumico

  • CONTROLE QUMICO

    03 grupos de amplo espectro:

    Benzimidazis Tiabendazol; Albendazol e Mebendazol;

    Imidazotiazis - Levamisole;

    Lactonas Macroclclicas - Ivermectina;

    02 Grupos de curto espectro (Nematoides = Haemonchus spp)

    Salicilanilidas - closantel;

    Organosfosforados - Tricloform.

    Monepantel amino-acetonitrila.

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  • CONTROLE QUMICO

    Eficcia

    >95%

    Avaliao 04 grupos com 12 animais;

    03 Princpios ativos diferentes e um controle sem tratamento

    OPG antes e depois (10 a 14 dias)

    FECRT Teste de Reduo na contagem de ovos nas fezes.

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  • FECRT

    13

    Eficcia > 95%

    Tratar todo os animais

  • CONTROLE QUMICO

    Fatores que interferem

    Subdose

    Escolha do vermfugo errado

    Manejo inadequado: espcies e estgios do parasito

    Carga parasitria > Diferena por animal

    Dieta e estado nutricional

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  • Tipos de Controle Qumico

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    Sinais Clnicos

    Tratamento sucessivo

    Mudanas Ambientais ou

    Prticas de Manejo

  • Controle Estratgico

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  • Problemtica

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    Resistncia Anti-helmntica

  • Resistncia Anti-helmntica

    Situao Atual

    Preocupante Nvel Mundial ( Aus, NZ, Africa do Sul, Reino Unido, Brasil)

    Parasitos multirresistentes (2 ou mais princpios ativos)

    Fatores Promotores

    Frequncia de tratamentos

    Uso contnuo do mesmo princpio ativo

    Subdosagem

    Introduo de parasitos resistentes.

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  • Resistncia Anti-helmntica

    Como diminuir?

    Alternar princpios ativos;

    Dose Peso animal;

    Realizar o teste de eficcia todo ano;

    Aquisio de animais novos quarentena

    Selecionar alternativas de tratamento para minimizar o uso de AH. Mtodos alternativos e/ou seletivos

    Refugia larvas suscetveis na pastagens.19

  • Resistncia Anti-helmntica

    Refugia

    Deixar pequenos lotes de animais sem uso de AH nas pastagens Favorecer a existncia de populao de parasitos suscetveis.

    Mtodo Seletivo

    Conserva eficcia das drogas sintticas;

    Seleo de animais que recebem tratamento; Distribuio dos parasitos /animal irregular Muitos animais albergam poucos parasitos.

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  • Mtodo Seletivo

    FAMACHA

    Sinais Clnicos palidez da mucosa conjuntival

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  • Famacha

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    Limitaes

    Combate helmintos hematfagos;

    Pode haver outras causas para anemia;

    Anemia pode ser mascarada.

  • 23

    CONTROLE INTEGRADO DE PARASITOS

    Necessidade de Novas Alternativas

    Resultados Insatisfatrios => RAH

    Controle Qumico no Sistema de Criao de Pequenos Ruminantes

  • CONTROLE INTEGRADO DE PARASITOS=

    CONTROLE QUMICO + NO QUMICO

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  • CIP Controle Integrado de Parasitos

    Rotao de Pastagens;

    Controle biolgico;

    Suplementao alimentar;

    Seleo de animais resistentes;

    Fitoterapia

    Reduo no uso de AH; descontaminao das pastagens 95% da carga parasitria = no pasto

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  • Manejo na pastagem

    Rotao de pastagem

    Descontaminao do pasto

    Perodo de descanso superior a 30 dias a 40 dias

    Depender do clima no eficiente

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    rea Suja rea Limpa

  • Manejo de pastagem

    Se o pastejo contnuo = os animais podem ser mantidos em reas comuns (Bovinos, equinos com ovinos e caprinos) - lado a lado todo o tempo.

    Se h pelo menos dois pastos, pode-se fazer a alternncia de pastejo, ficando ovinos e bovinos em pastos vizinhos e fazendo a troca periodicamente. 27

  • Controle biolgico

    Antagonistas naturais

    Disponveis no ambiente

    Diminuir a populao do agente causador da queda na

    produo = verminose

    Fungos Nematfagos

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    Monacrosporium thaumasium

    Duddingtonia flagrans

    Figura 1. a-d) Larvas infectantes capturadas por fungos nematfagos Duddingtonia

    flagrans (AC001 and CG722) e Monacrosporium thaumasium (NF34)] (seta branca em placa de petri. Fonte: SILVA et al., 2013.

  • Desvantagens do Uso dos Fungos Nematfagos

    Fungos Nematfagos

    Ingesto diria necessria;

    Ausncia de dose de segurana e dose de eficcia padronizada;

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  • Suplemento nutricional

    Parasitismo equiparado doena nutricional

    Induz a perda de apetite

    Digestibilidade de alimentos

    Fornece nutrientes promovendo o status imunolgico

    Beneficia a homeostase e a produo

    Resistncia e resilincia do hospedeiro

    Suplementao Proteica.

    Uso de Cobre, selnio, cobalto, etc.

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  • Cobre Microelemento ou elemento trao

    Importante mantenedor do sistema umune

    Deficincia = suscetibilidade para infeco.

    Estudos

    Altos nveis Diminui pH abomaso reduzindo o restabelecimento dos parasitos, aumenta

    mortalidade dos parasitos; Diminui a taxa de fecundidade das fmeas.

    Maiores estudos para garantir uma resposta efetiva de forma padronizada.

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  • Animais resistentes

    Raas de ovinos resistentes

    Crioula e Corriedale (exemplares RS)

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  • PLANTAS

    25% das drogas sintticas

    252 drogas bsicas = 115 plantas

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    Seleo Testes in vitro e in vivo

    ToxicologiaVALIDAO CIENTFICA

    EFICCIA

  • Efeitos Diretos

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    Spigelia anthelmia

    Eucalyptus staigeriana

    Artemisia absinthium

  • Efeitos Indiretos

    Nutracuticos

    Protena metablica plantas ricas em taninos condesados (ou

    proantocianidinas ou flavona) possuem alto teor de protena;

    Conserva a produo mesmo animal esteja parasitado =

    resilincia.

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  • 36

    Onobrychis viciifolia

    Lespedeza cuneata

  • Plantas Consideraes finais

    Vantagens:

    Diminuio do uso de drogas sintticas => aparecimento mais lento da RAH;

    Ausncia de poluio ambiental e resqucios nos produtos de origem animal;

    Desvantagem

    Ausncia de um produto natural com dados seguros e padronizados para uso em animais.

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  • CIP Consideraes Finais

    Alternativas vlidas;

    Estudos comprovam o seu uso de forma complementar as drogas sintticas; Promovendo um aumento na vida til dos princpios ativos;

    RAH ainda estamos perdendo essa batalha, mas se continuarmos firme e conseguirmos mostrar que mudanas culturais devem ser impostas junto aos produtores, poderemos reverter esse quadro.

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  • Obrigada!

    DRA. FERNANDA C RISTINA M. RONDONPNPD/CAPES

    [email protected]

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    UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEAR UECE

    FACULDADE DE VETERINRIA FAVET

    DISCIPLINA DE DOENAS PARASITRIAS