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CONTRUÇÃO DE PONTES MUNICIPAIS ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS PROJETOS TIPO E MONTAGEM

CONTRUÇÃO DE PONTES MUNICIPAIS

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CONTRUÇÃODEPONTESMUNICIPAIS

ESPECIFICAÇÕESTÉCNICASPROJETOSTIPOEMONTAGEM

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APRESENTAÇÃOAolongodesuaexistênciaoDepartamentodeEstradasdeRodagemdoEstadodo Paraná – DER/PR sempre procurou oferecer melhores condições detransporteesegurançanasrodovias,proporcionandoumamelhoriasignificativadaqualidadeereduçãonoscustosdetransportedeinsumosedaprodução.Neste volume apresentamos as Especificações Técnicas, Projetos Tipo eMontagem das vigas, além do Projeto de Sinalização Viva e Proteção ContraErosão, que deverão ser utilizadas nas obras de construção de pontesmunicipais.

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SUMÁRIO1- INTRODUÇÃO 6

2- ESPECIFICAÇÕESTÉCNICAS 6

2.1- SERVIÇOSPRELIMINARES 6

2.1.1- Preparodoterreno 62.1.2- Remoçãodeobras-de-arteouobstáculos 62.2- IMPLANTAÇÃO 72.2.1- Locaçãodaobra 72.2.2- ManejoAmbiental 72.2.3- Instalações 7

2.2.4- CanteirodeServiços 8

2.3- EQUIPAMENTOS 8

2.4- CONCRETOSEARGAMASSAS 8

2.4.1- Concretoestrutural 9

2.4.2- Concretosubmerso 10

2.4.3- Concretociclópico 10

2.4.4- Argamassa 10

2.5- AGREGADOGRAÚDO 11

2.6- AGREGADOMIUDO 112.7- PEDRADEMÃO 112.8- ÁGUA 122.9- AÇO 12

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2.9.1- Armazenamento 12

2.9.2- Amarração 12

2.10- CONTROLEDOSMATERIAIS 12

2.11- FORMASECIMBRES 13

2.12- FUNDAÇÃO 13

2.13- ESCAVAÇÃO 13

2.14- ESCORAMENTO 15

2.14.1- Escoramentodecavasdefundação 15

2.14.2- Escoramentoparaescavaçõespoucoprofundas 15

2.14.3- Escoramentoparaescavaçõesprofundas 16

2.15- ENSECADEIRAS 17

2.16- ESGOTAMENTO 18

2.17- APROVEITAMENTODAINFRAESTRUTURAEXISTENTE 19

2.18- GUARDARODAS(DEFENSASDECONCRETO) 19

2.19- GUARDA-CORPO 20

2.20- LIMPEZAGERAL 20

2.21- SINALIZAÇÃOVERTICAL 20

2.21.1- Sinaldeadvertência–PonteEstreita 20

2.21.2- DispositivosAuxiliares–MarcadoresdePerigo 22

2.21.3- LayoutdeImplantaçãodaSinalização 23

3- MELHORIASAMBIENTAIS 24

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3.1- SINALIZAÇÃOVIVAEPROTEÇÃOCONTRAEROSÃO 24

3.2- VETIVER 26

3.2.1- Controledeerosão 26

4- TIPOSDEVIGASFABRICADAS 27

5- PROJETOSTIPO 27

5.1- MUROCICLÓPICOPARAROCHA/SOLODEBOMSUPORTE 28

5.2- MURODEPEDRADEARGAMASSA 29

5.3- PROJETOTIPOPÓRTICO 30

5.4- ARMADURAVIGASUPERIOR 33

5.5- FUNDAÇÃOTUBULÃOACÉUABERTO 34

5.6- TUBULAÇÃOPOÇOACÉUABERTO 35

5.7- PROJETOTIPOFUNDAÇÃOPROFUNDA 36

5.8- PROJETOTRAVESSEIROCOMAPROVEITAMENTODOMURO 37

6- MONTAGEM 39

6.1- PROJETOMONTAGEMDEVIGAS 39

6.2- MONTAGEMDEVIGATIPOPLACA 40

7- REFERÊNCIASTÉCNICAS 41

8- EQUIPETÉCNICA 41

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1-INTRODUÇÃOEstedocumentovisaapresentarinformaçõesbásicasarespeitodaconstruçãodepontes rodoviárias municipais, de forma didática, constituindo-se em uminstrumentodeconsultacomplementaraoengenheirodaprefeiturainteressada.Surgindo eventuais dúvidas, o DER poderá auxiliar através de projeto maisdetalhado e também fornecerá orientação técnica à Prefeitura, bem como asinformaçõestécnicasaseremutilizadasemcadacaso.O programa de Construção de Pontes, tem como objetivo atender todas asprefeituras com obras definitivas em concreto armado ou protendido, ondeatravésdauniãodosesforçosentreEstadoseMunicípios,serápossívelatingirasmetaspreviamenteestabelecidas.

2-ESPECIFICAÇÕESTÉCNICAS

2.1-SERVIÇOSPRELIMINARES

2.1.1-PreparodoterrenoApós estudo dos locais mais adequados, incluindo a análise da capacidade desuportedosoloparaestocagemdemateriaisetrânsitodeequipamentopesado,oexecutantedeveráprocederalimpezado terrenoem todaa áreaa serocupadapelaobrae instalaçõesnecessárias àexecução, com eliminação de mato e poças d’água, causas possíveis deproliferaçãodemosquitos.2.1.2-Remoçãodeobras-de-arteouobstáculosAs obras-de-arte ou obstáculos que impeçam a boa execução dos serviçosdeverão ser removidos pelo Executante e o material resultante transportadoparalocaispreviamentedeterminados,afimdeminimizarosdanosinevitáveisepossibilitararecuperaçãoambiental.

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2.2-IMPLANTAÇÃO2.2.1-Locaçãodaobra

Alocaçãodaobra,indicadanoprojetoecompreendendooeixolongitudinaleasreferênciasdenível,serámaterializadaecomplementadapeloExecutante.

2.2.2-ManejoAmbiental

OsServiçospreliminares,queincluemocanteirodeobras,comseusacessoseainevitável remoção de obstáculos, são os que mais podem prejudicar apreservaçãodomeioambiente.

OatendimentodaNRnasáreasdeusodeobrasminimizaasagressõesaomeioambiente.

Evitararealizaçãodeserviçosemáreadepreservaçãopermanente.

Dependendo do vulto da construção, pode ser necessário mobilizar uma áreaconsiderávelparainstalarocanteirodeobras;estaáreadeveserpreparadasemutilizar queimadas como forma de desmatamento e sem obstruir eventuaiscursosd’águaexistentes.

Os esgotos, de utilização temporária, não devem ser lançados “in natura” noscursosd’água;dependendodovultoeduraçãodaobra,devemserusadasfossassépticasoupequenasestaçõesdetratamentoprimáriodeesgoto.

Apósaconclusãodaobra,aáreautilizadadeveserlimpa,removendo-setodososvestígios da utilização para a construção. A vegetação primitiva deve serrecomposta.

2.2.3-Instalações

Definidasasnecessidadesdocanteirodeobras,cabeaoexecutanteprovidenciarinstalações adequadas para almoxarifado, alojamento e alimentação defuncionários,oficinas,depósitodemateriaisecombustíveis,preparodefôrmasearmações, produções de concreto e fabricação de pré-moldados, se houver, e

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centromédicoparaatendimentodeurgência.Oatendimentodainstalaçãodeveserprojetadoparaademandanopicodaobra.

2.2.4-CanteirodeServiços

Área junto à obra, onde são dispostos de maneira racional e ordenada, osescritórios, os depósitos de materiais, os equipamentos e, quando não sãoadquiridosprontos,oslocaisdefabricaçãodefôrmasedecorteedobragemdasarmaduras.

2.3-EQUIPAMENTOS

Asmontagensdepontes e viadutos estãoentre asmais complexas eexigentesem termos operacionais e de engenharia. As peças envolvidas são de pesoelevado,oacessodeequipamentoseosriscossãograndes.Portanto,oprojetistadeve ter conhecimentos suficientes do local, das estruturas, bem como dascondiçõesdeprazo,paraquenãocometaerrosdeavaliaçãofataisparaosucessodoempreendimentonaquestãodosequipamentos.

2.4-CONCRETOSEARGAMASSAS

Concretos e argamassas são misturas executadas em proporções prédeterminadasenvolvendoumaglutinante(CimentoPortland),águaeagregados,deformaaseobterumamassahomogêneaedeconsistênciaplástica,queganheresistência com o tempo. Neste trabalho são abordados os seguintes tipos demisturas:

• Concretoestrutural;• Concretosubmerso;• Concretociclópico;• Argamassas.

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2.4.1-Concretoestrutural

É umamistura de alta qualidade e resistência, composta por agregado graúdo(pedra britada), agregado miúdo (areia), cimento Portland e água,adequadamentedosadaeproduzidasobcondiçõesrigorosas,utilizadaempeçascomfunçãoestrutural.

O concreto para fins estrururais deverá ser dosado racionalmente porlaboratório idôneo e especializado, e o traço elaborado será fornecido àexecutoradaobra.

Estetraçodeverásertestadonaobra,esuaaplicaçãosomenteseráliberadaapósobter-se os resultados de resistência mecânica de corpos de prova moldadospela fiscalização, rompidos aos 7 dias. Caso estes resultados sejaminsatisfatórios, deverá ser aguardado o resultado do rompimento aos 28 dias.Persistindo resultados que não satisfação aos valores exigidos, a executantedeveráreestudarotraçonolaboratório.

Serão considerados na dosagemdo concreto, condições peculiares vigentes naobra, como impermeabilização, resistência ao desgaste, ação das águasagressivas,aspectosdassuperficies,condiçõesdecolocação,etc.

O concreto para outros fins, que não o estrutural, poderá ser dosadoempiricamente,devendonestecasoseratendidasasexigênciasdaABNT–NBRn6118.

Quando a dosagem dos componentes da mistura for efetuada por processovolumétrico, deverão ser empregados caixotes de madeira ou metálicos dedimensões definidas. Estasmedidas são preenchidas até a borda devendo serprocedidooarrasamentodassuperficies.

Os materiais serão colocados no tambor de modo que uma parte da água deamassamentosejaadmitidaantesdosmateriaissecos.

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2.4.2-Concretosubmerso

É o tipo de concreto aplicado em locais situados abaixo do nível d’água, porprocessosespeciais.

Naexecuçãodoconcretosubmersodeverásergarantidaaestanqueidadedotubodelançamento,omesmoterasuaeficiênciacomprovadaeaexpressaliberaçãodafiscalização.

O consumo mínimode cimento seráde400Kg/m3pois alémda resistência, aplasticidadeeaimpermeabilizaçãotambémsãoparâmetrosimportantesparaavidaútildapeça.

Aimersãodotubooufunilnoconcretojálançadoserá,nomínimode1,5m.Logo,sónosprimeiros1,50mnãoseráatendidaestaexigência.Depoisde lançado,oconcreto submerso não deverá ser adensado. Não será lançado o concretoquandoatemperaturadaáguaformenorque5grausC.

2.4.3-Concretociclópico

O concreto a serutilizadonapreparaçãodo concreto ciclópicodeverá atenderaos mesmos requisitos estabelecidos para o concreto convencional,apresentandotensãoderupturaàcompressãomínimade11Mpa,adicionando-seaté30%emvolumedepedrademão.

As pedras de mão devem ter uma disposição tal que sejam totalmenteenvolvidaspeloconcretoaquenãopropiciemoaparecimentodevazios.Devemficarafastadasdasformasemnomínimo0,5cm,enãotercontatoumacomasoutras.Tal concretoseráutilizadonos muros defundaçãodireta,previstonoprojetotipo(conformePranchano01páginaxx).2.4.4-ArgamassaAsargamassasdeverãosermisturadasmecanicamente, embetoneiras. Casoamisturasejaliberadapelafiscalização,aáguasomenteseráadicionadaapósacompletahomogeneizaçãoentreaareiaeocimento.

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Nãoserápermitidaaaplicaçãodaargamassadecorridos45minutosdesdeasuapreparação.Caso as argamassas seja solicitada estruturalmente, deverão ser moldadoscorposdeprovaparaseremrompidosàcompressãosimplesaos7eaos28diasdeidade.A liberaçãoda argamassaparaouso, nestecaso, somente será feita com oconhecimentodesuaresistênciaaos7dias.CasoestefatornãosejaconsideradoSatisfatório, deverá ser conhecida a resistência à compressão simples aos 28dias.As argamassas serão utilizadas nos muros de fundação direta previstos noprojetotipo(conformePranchano02páginaxx).

2.5-AGREGADOGRAÚDO

Material proveniente da britagem de rocha sã. composto de fragmentosresistentes e duráveis, isento de pó, argila, materiais orgânicos e outrassubstânciasquepossamcomprometeraqualidadedoconcretoaserfabricado.0agregadograúdodeveestaremconformidadecomaABNT-NBR.7.211.2.6-AGREGADOMIUDOÉaareianatural,devendoatenderanormaABNT-NBR.7.211.2.7-PEDRADEMÃODeveseroriundaderochasã,deveráserlimpaeisentadeincrustaçõesnocivas.Suamaiordimensãonãoseráinferiora15cm,nemsuperiorametadedamenordimensãodoelementoaserconstituído.

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2.8-ÁGUAA água utilizada na fabricação de concretos e argamassas devera ser clara eisenta dematerial em suspensão,matéria orgânica, óleos, álcalis, ácidos, etc.,devendoobedeceraodispostonoitem8.1.3daABNT-NBR6.118.2.9-AÇOArmadurasparaconcretoarmadasãoossistemascompostosporbarrasdeaçointerligadas que, imersas em uma massa de concreto de cimento Portland,formampeçasdestinadasasuportarcarregamentospré-estabelecidos,dentrodelimitesprevistodetensõesedeformações.A quantidade e o tipo de aço a ser empregado serão especificados no projeto,devendoseratendidasasprescriçõesnaABNT-NBR7.480.2.9.1-ArmazenamentoOsaçosutilizadosnasarmaduras,deverãoserarmazenadosemlocaisabrigadoscontraasintempéries,águasequalqueroutroagenteoxidante.2.9.2-AmarraçãoAsbarrasdeaçoutilizadasnasarmadurasdeverãoseramarradasentresipormeiodearamepretono18,ouporpontodesoldaelétrica.2.10-CONTROLEDOSMATERIAISOs materiais utilizados na fabricação do concreto devem estarcaracterizadosdeacordocomasnormastécnicasdaABNTetambémpelaespecificaçãotécnicaDER/PRES-OA02/91.

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2.11-FORMASECIMBRESAs formas poderão ser de madeira, serrada ou compensada, ou aindametálicas,devendo ser isentas de deformações, defeitos, irregularidadesoupontosfrágeisquepossamvirainfluirnaforma,dimensãoouacabamentodaspeçasdeconcretoaquesirvamdemolde.0 cimbre das estruturas deverá ser constituído por peças de madeira oumetálicas,isentasdedeformações,defeitos,irregularidadesoupontosfrágeis.2.12-FUNDAÇÃOAsfundaçõessãoossistemasquetransmitemaoterrenoosesforçosresultantesdaaçãodasdiversasforçassobreaestrutura.Asfundaçõesconstituemainfra-estruturadaobradearteespecial,podendoserclassificadaem:• FundaçãoDiretaouSuperficial(blocos,sapatas,radier,muros);• FundaçãolndiretaouProfunda(estacas,tubulões,caixões).Parainiciarafundação,énecessárioantesprepararoterrenoparaaescavação.2.13-ESCAVAÇÃOAsfundaçõesemblocos,sapatas,radier,muroseemmuitasvezes, blocosdecoroamentodeestacasetubulões,sãoexecutadasnointeriordeescavações.Antesdoiníciodasescavaçõeséinteressanteanalisarcuidadosamenteoprojetoeascondiçõesdolocaldasuaimplantação,paraseprevercomantecedênciaosproblemas que eventualmente possam ocorrer durante os serviçose,comissomelhordimensionaroequipamentoedispositivosnecessáriosparaasuaboaexecução.Em relação as condições do local da sua implantação, é importante observar,que:a)Casosejalocaldedifícilacesso,quepodeserinterrompidoemcasodechuvas,todososmateriaiseequipamentosnecessáriosparaaexecuçãodas fundações,devemestarnocanteirodaobracomboaantecedênciaemrelaçãoaofinaldas

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escavações,paraquenãoocorraperdadeserviçosporfaltadecontinuidadenostrabalhos;b)Devemserfeitasvaletasparaodesviodasaguassuperficiais,paralongedolocal das escavações, evitando-se assim o acumulo de água nas cavas e,principalmenteaerosãoe,ou,desmoronamentodosseustaludes;c)Tratando-sedeescavaçõesprovisórias,seustaludesdevemser,tantoquantopossível,próximosdoplanovertical, tendoapenasa inclinaçãosuficiente paraprevenirdesmoronamentos;d)Quandohouverameaçadedesmoronamentoemescavaçõesnãoescoradas,deveserprocedidaasuavizaçãodostaludes;e)Nasescavaçõesemencostas,devemsertomadasprecauçõesespeciais,paraevitar escorregamento ou movimentos de grandes proporções nos maciçosadjacentes, devendo ser removidas, nesses casos, com especial cuidado, aspedraseosblocossoltos;f) No nível definitivo de implantação da fundação, a rocha ou omaterialfirmeencontradodeveraficarisentodetodoomaterialsolto. Nocasoondenãoforrocha,oterrenodevesercortadoseguindoumasuperfícieplana,horizontalefirme.Nocasoderocha,estadevesercortadaconformeindicaçãodoprojeto.Pode-se assentarfundaçãosobrerochade superfície suavementeinclinada,desdequeseprepareestasuperfície comchumbadores, apósconsultaaoprojetista.Não deve-se depositar o material escavado próximo as cavas de fundação,evitando- se com isto, uma sobrecarga sobre as paredes da escavação, o quepodeocasionaroseudesmoronamento.Damesmaforma,nasobrasemrios,deve-seevitaroseuestrangulamentocom0material escavado, onde em caso de acréscimo de vazão, haverátransbordamentosobreascavas.Umavezterminadaaconcretagem,asescavaçõesdevemserreaterradaseomaterialconvenientementecompactado.

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2.14-ESCORAMENTO2.14.1-EscoramentodecavasdefundaçãoSempre que necessária, asescavações devem serescoradas, a fim de apresentarem indispensável segurança aexecuçãodaobraeavidadosquenelastrabalham.Osprocessodeescoramentovariamnãosecomaprofundidadedaescavaçãoesuasdimensõesemplanta,comotambémcomanaturezadosolo.2.14.2-Escoramentoparaescavaçõespoucoprofundas:Paraescavaçõespoucoprofundas,oescoramentomaisusadoéoprancheamentodemadeira,horizontalouvertical, feitoàmedidaqueaescavaçãoprossegue,eescorado por estroncas inclinadas (Figura no 1), caso a escavação seja muitolargaouquandohouverumasóparededaescavaçãoaserescorada.

Nas escavações em trincheiras, as estroncas escoram as pranchas de uma dasfacescontraasdafaceoposta(Figurano2).

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0prancheamentodeverá estar justapostodamelhormaneirapossível, quandoforparaescoramentode terrenosarenososouargilososmuitomoles,podendochegarasernecessáriooencaixetipomachoefêmea;paragarantiademelhorvedaçãoàpassagemdeáguaemenorperdadaspartículasfinasdosolo.2.14.3-EscoramentoparaescavaçõesprofundasParaescavaçõesprofundas,osescoramentosmaisusuaissão:a) Cortinas com peças de proteção horizontais, constituídas por elementosverticaisintroduzidosnosolo,(geralmenteperfismetálicos),antesdaescavao. espaçamento e profundidade indicados pelo cálculo. Entre esseselementosverticaissãocolocadaspeçashorizontais(pranchasdemadeiraoudeconcreto),adequadamente dimensionadas que neles se encaixam ou seapoiamamontante,amedidaqueseexecutaaescavaçãodosolo.Oselementosverticais são solidarizados por meio de vigas horizontais e escorados porentroncas, cujo número depende da altura a escavar e da natureza do solo(Figurano3).

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b)Cortinasdeestacasprancha,constituídaspelacravaçãonosolo,antesdaescavação,depeçasqueseencaixamumanaoutraformandoumasuperfíciedeproteçãocontinua.Asestacaspranchaspodemserdeaçoouconcretoarmadoedevem ser cravadas com os cuidados requeridos para se manter o perfeitoencaixeentrepeças.Amedidaqueosoloeescavadodointeriordascortinasassimformadas,as vigashorizontaiseasestroncasvãosendocolocadas(Figurano4).

2.15-ENSECADEIRASDenominam-se ensecadeiras as estruturas provisórias destinadas a manterseca uma determinada área, tendo em vista a construçãoao de uma peçasubmersa.

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Os tipos mais usuais de ensecadeira, sãoelementos verticais introduzidosou ancorados no solo, solidarizados por meio de vigas, as quais formam umquadrohorizontal,quetambémservemdeapoioàspeçasdevedação(pranchas,tábuas ou placas), que formam as paredes da ensecadeira. O material maisutilizadoaindaéamadeira.Asensecadeiraspodemsersimplesouduplas(Figurano5),estasultimasatirantadasecomenchimentodesolobastantecoesivoeimpermeável.

Asensecadeirassimplessãoindicadasapenasparalâminasd'águadepequenaaltura e as ensecadeiras duplas construídas da forma acima, tem bomfuncionamentoatéaalturade2,00m.0projetodeumaensecadeiracompreendeaverificaçãodofuncionamentoestrutural de todas as suas pés além da estabilidade ao tombamento, aodeslizamentoeaocisalhamentoverticaldomaterialdeenchimento.Dever-se-á,ainda,comprovarsuaestanqueidadeeadoseusolodefundação.2.16-ESGOTAMENTOApresençadaáguanascavasdefundação,apresentaváriosinconvenientes,paisnão só dificulta ou impossibilita o trabalho, como, par outro lado, modifica oequilíbrio dos solos, provocando a instabilidade do fundo da escavação e o

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desmoronamentodostaludes.Daíanecessidadedesereliminadaoureduzidaaáguaexistentenoterreno,acimadacotadofundodaescavação.Oesgotamentosefazrecalcando,paraforadacavadefundação,aáguaexistentenoterreno,acimadacotadofundodaescavação.O esgotamento se faz recalcando, para fora da cava de fundação, a águaconduzidapormeiodevaletaseacumuladadentrodeumpoçoexecutadoabaixodaescavação,atravésdebombassubmersasoudesucção.Deve-se observar, caso as fundações não se apoiem sobre rocha, se durante oprocesso de esgotamento não ocorre o solapamento de fundações vizinhas,atravésdocarreamentodaspartículasfinasdosolopelaágua.Outrosinconvenientesdoesgotamentodiretamentedofundodaescavação,noscasosondeafundaçãonãoseapoiasobrerocha,sãoosdofenômenoconhecidocomoareiamovediçae,odarupturadofundodaescavaçãodevidoasubpressãodaáguaquandoeleésobrejacenteeaumacamadadeargilapoucoespessa.2.17-APROVEITAMENTODAINFRAESTRUTURAEXISTENTECaso comum na execução de pontes municipais é o aproveitamento da infra-estrutura existente, que deverá ser avaliada por pessoal qualificado e quandopossível sua utilização, exigir de técnico daPrefeitura um laudo atestando suaconfiabilidade. Para a execução da viga travesseiro, deverá ser observado oprojetoespecífico(conformepranchano08).A superfície do concreto velho deverá ser escarificada, deixando-a àmostra oagregadograúdo,devendosertotalmentelimpacomjatosdearouáguaantesdaconcretagem.A execução dos chumbadores se dará com perfurações alternadas de 1”x20”,enchendo-seosfuroscomnatadecimentoeapósintroduz-seasbarrasdeaçode5/8”x40”.2.18-GUARDARODAS(DEFENSASDECONCRETO)Defensasdeconcretosãodispositivosdeproteção,rígidoecontínuo,comforma,resistênciaedimensõescapazesdefazercomqueveículosdesgovernadossejam,após o choque, reconduzidos à pista, sem perda brusca de velocidade e sem

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perda de controle de direção, minimizando os danos ao veículo, aos seusocupanteseaoprópriodispositivo.Deve serdimensionada comvistasàmáximaabsorçãodaenergia cinética,dosveículosquecomelacolidem.(conformePranchano11)2.19-GUARDA-CORPOÉaproteçãocolocadaaolongodeobrasdearte,doladoesternodopasseio,oupistacomofimdeprotegerostranseuntesecomformaeresistênciaadequadapararesistiràcolisãodeveículos.(conformePranchano11)2.20-LIMPEZAGERALTodo o escoramento deve ser retirado das proximidades da obra,principalmenteaspartesquepossamafetarolivreescoamentodaságuasouaestéticadolocal.Alimpezageraldeveeliminartodososvestígiosdocanteirodeserviçoedasinstalaçõesquepossam,também,prejudicaraestéticadolocalemqueseimplantouaobra.2.21-SINALIZAÇÃOVERTICALOssinaisverticaissãodispositivosdecontroledetrânsitoquetransmiteminformações ao usuário da via, mediante símbolos ou legendas colocadas emplacasfixadasnaposiçãovertical,aoladodaviaoususpensasobreela.2.21.1-SinaldeAdvertência-PonteEstreitaIndica as condições potencialmente perigosas para os usuários das rodovias.Tais condições geralmente exigem a diminuição de velocidade ou outrasmanobrasquereduzamosriscoseproporcionemmaiorfluidezaotráfego.Osinaldeponteestreitaadverteosmotoristasdaexistência,àfrente,depontesemacostamentooudepontemaisestreitadoqueapistaderolamento.Poderá

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sercomplementadocomosinalderestriçãodevelocidade,sinaldeproibiçãodeultrapassagem,oudispositivosauxiliares(Figurano06).

Figurano06–PlacaPonteEstreita(0.80mlargurax0.80mdealtura)Ossuportesdeplacasdesinalizaçãodevemserfixadosdemodoamantê-laspermanentementenaposiçãoapropriada,evitandoquebalancemcom oventoouquesejamgiradasoudeslocadas.AbordaInferiordossinaisdevemficar,nomínimoa1,20mdealturaemrelaçãoapista,quandocolocadalateralmenteàvia. O afastamento lateral dos sinais em relação à borda da pista deve ser de0,80macontardo limite doacostamento ou,naausênciadeacostamento,dolimitedopavimento(Figurano07).

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2.21.2-DlspositivosAuxiliares-MarcadoresdePerigoSãoelementosaplicadosaopavimentoda via, ou juntoaela,comoreforçodasinalização convencional. Alertam os motoristas sobre situações de perigopotencialoulhesservemdereferênciaparaoseuposicionamentonapista.Osmarcadoresdeperigosãoutilizadosparaalertarosmotoristassabreosobstáculosfísicosforado pavimentodarodovia-defensesebarreirasnasbifurcações,ilhasdecanalização,pilaresdeviadutosecabeceirasdepontes.Constituem-sedeplacasrefletivasde0,30mx0,90mpintadasnascorespretaeamarelaemfaixasalternadasde0,15m,inclinadasa45°evoltadasparabaixo,indicandoolaudodoobstáculopeloqualosveículosdeverãopassar:peladireitadoobstáculoeporambososlados(Figurano08).Osmarcadoresdeperigodevemser fixadosde formaaque suaborda inferiornão exceda a altura de 1.00m em relação a superfície da pista. Devem serposicionadosimediatamenteàfrentedosobstáculosoulogoapósolimitefísicodasbifurcaçõeseilhassobreosquaissedesejaalertar.

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2.21.3-LayoutdeImplantaçãodaSinalizaçãoOssinaisdevemsercolocadosnoladodireitodavia,formandoumângulode90oa95oemrelaçãoaoeixolongitudinaldavia(Figurano09).Devesercolocadoemumlocalsuficientementedistantedacondiçãosobreaqualse pretende advertir, demaneira a assegurar suamaior eficiência. A distânciaentreosinaleacondiçãosobreaqualeladeveser,comoregrageral,de150m.Noentantosenecessáriopodeserantecedidodeoutrode300m.

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3-MELHORIASAMBIENTAIS3.1-SINALIZAÇÃOVIVAEPROTEÇÃOCONTRAEROSÃOA experiência nos diz que muita das erosões provocadas nos encontros daspontes, poderiam ser reduzidas com atitudes simples e de pouco dispêndio.Assim sendo, a Divisão de Segurança Rodoviária – DSR/DER, preparou umprojeto, onde estão especificados os tipos de plantas que deverão serutilizadas para proteção dos aterros, sinalização e embelezamento da obra,atravésdojogodecoresdediversasplantas.

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3.2-VETIVERVetiver(Vetiveriazizanioides)recentementereclassificadocomo(Chrysopogonzizanioides)éumaplantadafamíliadasgramíneas(Poaceae),herbácea,perene,cespitosa(emmoita)quechegaaatingircercade2mdealturaecomraízesquepodem penetrar até 6m de profundidade. É também o nome dado ao óleoessencialdelaextraído.Éumaplantapróximadeoutraservasaromáticascomoocapim-limão(Cymbopogoncitratus)eaPalmarosa(Cymbopogonmartinii).Propaga-seprincipalmentedeformavegetativa(assexuada)jáqueamaiorpartedas variantes cultivares produzem pequenas quantidades de semente ou,simplesmente,nãoaproduzem.Destaforma,ocapim-vetiveréconsideradaumaespécie muito segura para se utilizar, não existindo o risco dela se tornarinvasora. Pode ter uma longevidade de séculos. Por estas razões, na India ovetivervêmsendoutilizadoháséculosparadelimitarfronteiradeterrenos,poiselepermaneceexatamenteondefoiplantado.Étambémconhecidacomocapim-vetiver, capim-de-cheiro, grama-cheirosa, grama-das-índias, falso-pachuli (ou,simplesmente,pachuli)eraiz-de-cheiro.Acredita-se que o vetiver seja nativo do subcontinente indiano, sendovastamente cultivado na Indonésia, Índias Ocidentais, África e Polinésia. Osprincipais produtores são a Índia, Java, Haiti e Reunião. O Brasil vêmaumentando sua produção uma vez que o capim-vetiver têm multiplasaplicaçõesafavordomeioambiente.3.2.1-ControledaerosãoAlgumasdascaracterísticasdovetiverfazemdestaplantaumexcelentemeiodecontrolar a erosão, nos climasmais quentes. Ao contrário das outras ervas, ovetivernãoganharaízeshorizontais,crescendoestas,quaseexclusivamentenadireçãovertical,parabaixo.Osgruposdensosdecolmoajudamtambématravaroescoamentodeáguasuperficial.Porestasrazões,ovetiveréusadoparacriarsebes ao longo de estradas, nos limites dos arrozais. Como a planta não criaestolhos,nãoéumaplantainvasivaeoseucultivotorna-secontrolável.O plantio de cordões do vetiver tem semostrado eficiente na conservação dosolo e da água em varias regiões do mundo, devido a elevada resistência aoarrancamentopelasenxurradas,característicaproporcionadapeloseuextensoeresistentesistemaradicular,queestabilizaaplantaeagregaosolo.Emvirtudede seu rápido crescimento se forma rapidamente densas touceiras que criambarreirasàsenxurradas.Pesquisasmostraramqueestaespécieétambémcapaz

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de recuperar áreas degradadas com o aumento da agregação do solo, econsequenteaumentodainfiltraçãodaáguaereduçãodasenxurradas.

4-TIPOSDEVIGASFABRICADASEncontra-se no Manual PROJETOS TIPO da Secretaria de Infraestrutura eLogísticaDERGerênciadeOAE/CGM/DOP.5-PROJETOSTIPOPela sua simplicidade, baixo custo e praticidade, o método de utilização deProjetosTipoéopreferencialemprocessos.

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5.1-MUROCICLÓPICOPARAROCHA/SOLODEBOMSUPORTE

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5.2-MURODEPEDRADEARGAMASSA

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5.3-PROJETOTIPOPÓRTICO

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5.4-ARMADURAVIGASUPERIOR

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5.5-FUNDAÇÃOTUBULÃOACÉUABERTO

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5.6-TUBULÃOPOÇOACÉUABERTO

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5.7-PROJETOTIPOFUNDAÇÃOPROFUNDA

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5.8-PROJETOTIPOTRAVESSEIROCOMAPROVEITAMENTODOMURO

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6-MONTAGEM6.1-PROJETOMONTAGEMDEVIGAS

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6.2-MONTAGEMDEVIGATIPOPLACA

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7-REFERÊNCIASTÉCNICAS

- MANUALDECONTRUÇÃODEPONTESMUNICIPAIS/DARM/DER/PR

- ASSOCIAÇÃOBRASILEIRADENORMASTÉCNICAS–ABNT

- ESPECIFICAÇÕESTÉCNICASDESERVIÇOSRODOVIÁRIOS–DER/PR

- MANUALDESINALIZAÇÃORODOVIÁRIA–DER–SP–1993

- http://www.rondonia.ro.gov.br/2015/09/83262/FOTO1

- http://www1.dnit.gov.br/anexo/Projetos/Projetos_edital0239_12-23_13.pdf

- CANTEIRODEOBRAS

- MANUALDNER-ES329/97p.03/03

- http://www.dtt.ufpr.br/Sistemas/Arquivos/apostila-sistemas-2013.pdf

- https://pt.wikipedia.org/wiki/Vetiver

8-EQUIPETÉCNICA

- DIRETORIADEOPERAÇÕES–DOPPauloMontesLuz–DiretordeOperações

- GERÊNCIADEOBRASDEARTEESPECIAIS

WilsonAhrens–Gerente

- DIVISÃOTÉCNICA,PESQUISA,ELABORAÇÃOEAPOIOOdilonKovalski–ProjetistaLucianaCordeiroDuenhas–EngaCivil