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SATC - ASSOCIAÇÃO BENEFICIENTE DA INDÚSTRA CARBONÍFERA DE SANTA CATARINA FACULDADE SATC ENGENHARIA ELÉTRICA CONVERSOR BUCK (CONVERSOR CC-CC ABAIXADOR) AVANÇO 3 GERADOR CC Anderson Rovani Deivid Mioteli Mateus Bortolatto Max Gabriel Steiner Criciúma, SC Novembro de 2016.

CONVERSOR BUCK (CONVERSOR CC-CC ABAIXADOR) AVANÇO 3 …

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SATC - ASSOCIAÇÃO BENEFICIENTE DA INDÚSTRA CARBONÍFERA DE

SANTA CATARINA

FACULDADE SATC – ENGENHARIA ELÉTRICA

CONVERSOR BUCK (CONVERSOR CC-CC ABAIXADOR)

AVANÇO 3 – GERADOR CC

Anderson Rovani

Deivid Mioteli

Mateus Bortolatto

Max Gabriel Steiner

Criciúma, SC – Novembro de 2016.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Perspectiva com corte parcial do gerador CC. .................................... 7

Figura 2: Rotor bobinado máquina CC. .............................................................. 8

Figura 3: Desenho anel de comutação. .............................................................. 8

Figura 4: Estator motor CC................................................................................. 9

Figura 5: par de escovas de carvão. .................................................................. 9

Figura 6: Posição do Plano da Bobina de Fio, relativamente à Direção do

Campo Magnético, e a correspondente Força Eletromotriz Induzida. .............. 10

Figura 7 - Bobina nova com 270 espiras. ......................................................... 11

Figura 8 - Rebobinagem da armadura ............................................................. 12

Figura 9 - Gerador rebobinado e montado ....................................................... 12

Figura 10- Gerador acoplado ao motor e pronto para os testes. ...................... 13

Figura 11- Gráfico de Tensão x Velocidade. .................................................... 13

Figura 12 - Gráfico da tensão na carga ............................................................ 14

Figura 13- Gráfico da tensão gerada variando a corrente de excitação (eixo x

em V e eixo Y em A). ....................................................................................... 15

Figura 14 - Gráfico da tensão gerada variando a corrente de excitação com

carga (eixo x em V e eixo Y em A). .................................................................. 15

Figura 15 - Estator de imãs permanentes. ....................................................... 16

Figura 16 - Motor acoplado ao gerador ............................................................ 17

Figura 17 - Gráfico da tensão a vazio gerada .................................................. 18

Figura 18 - Teste com carga. .......................................................................... 18

Figura 19 - Gráfico da tensão gerada com carga ............................................ 19

Figura 20 - Gráfico da Potência Gerada ........................................................... 19

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SUMÁRIO

1.0 INTRODUÇÃO 4

2.0 QUESTÕES TEÓRICAS 6

2.1 GERADOR CC 6

2.2 Constituição de um gerador de corrente contínua. 6

2.3 Princípio de Funcionamento do gerador CC. 9

3.0 QUESTÕES PRÁTICAS 11

3.1 TESTE PRÁTICO DO GERADOR CC 11

3.1.1 GERADOR CC DE ARMADURA BOBINADA 11

3.1.2 TESTES NO PROTÓTIPO 12

3.1.3 GERADOR COM IMÃS PERMANENTES NO ESTATOR 16

3.1.4 TESTES NO PROTÓTIPO 17

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 20

5. REFERÊNCIAS BIBBLIOGRÁFICAS 21

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1.0 INTRODUÇÃO

O projeto multidisciplinar consiste na união das disciplinas de

Conversão Eletromecânica de Energia II e Eletrônica de Potência I e tem como

objetivo a construção de um motor/gerador CC acompanhado de um conversor

CC-CC Buck para adaptar os níveis de tensão do gerador ao solicitado.

O motor/gerador CC é uma máquina capaz de converter energia

mecânica em energia elétrica, assim fornece energia para diversos sistemas,

porém essa energia gerada deverá passar por um conversor CC-CC do tipo

Buck para ser manipulada.

O conversor CC-CC Buck é um circuito eletrônico utilizado para

converter uma tensão CC em outra tensão CC de valor mais baixo e são

utilizados, por exemplo, para reduzir a tensão de baterias de laptops (12-24V),

para fornecer os poucos volts necessários para o funcionamento de

processadores.

O motor/gerador será alimentado com uma tensão CC de 12 volts e

terá um regime de rotação uniforme, sendo que a rotação nominal será

determinada nas próximas etapas do projeto, evitando ao máximo um sobre

aquecimento de sua estrutura, bem como das bobinas.

O conversor adotado será do tipo Buck com os padrões Vi = 12V, Po

= 45W, ΔILmax = 10%, Vo = 5V, Fs = 32kHz e ΔVomax = 1%.

O projeto será desenvolvido em três etapas, sendo este documento

a 1ª etapa, a etapa 1 consiste no driver de acionamento dos MOSFETs, no

qual foi construído uma placa de circuito impresso para acionar os MOSFETs

utilizados no conversor Buck CC-CC, através da utilização de circuitos

integrados e transistores bipolares de junção (TBJs).

As duas próximas etapas serão ainda realizadas e apresentadas em

outros dois relatórios, sendo a etapa 2 o projeto do conversor CC-CC através

da realização dos cálculos de dimensionamento dos MOSFETs, capacitores,

indutores e dissipadores, para o conversor tipo Buck nas especificações

fornecidas acima.

A 3ª etapa contará com pesquisas de dimensionamento e cálculo

dos parâmetros necessários para determinar o tipo de condutor das bobinas, o

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respectivo número de espiras, características fundamentais do estator, rotor,

entre outros, bem como aqui será feita a construção e testes do projeto por

completo.

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2.0 QUESTÕES TEÓRICAS

2.1 GERADOR CC

O gerador de corrente contínua é uma máquina capaz de converter

energia mecânica em energia elétrica ou energia elétrica em mecânica (motor).

O termo "gerador elétrico" se reserva apenas para as máquinas que convertem

a energia mecânica em elétrica. Conforme as características da corrente

elétrica que produzem, os geradores podem ser de corrente contínua

(dínamos) e alternada (alternadores).

Além disso, quando se trata de um gerador de corrente continua, os

mesmos princípios que formam a base de operação de maquina de corrente

alternada e de corrente continua são governadas pelas mesmas leis

fundamentais. Desta forma no calculo do torque desenvolvido por um

dispositivo eletromecânico se aplica tanto para geradores CA, quanto para CC.

À única diferença entre ambos são os detalhes de construção mecânica, isto

também se aplica para força eletromotriz no rotor. Em um gerador seja CC é

necessário que haja uma força eletromotriz para assim produzir um campo

magnético e em seguida gerar uma corrente que ao passar pelo anel

comutador gere uma corrente continua. A seguir pode-se compreender um

pouco melhor sobre os grandes conjuntos que compõem fisicamente um

gerador do tipo CC.

2.2 Constituição de um gerador de corrente contínua.

As principais partes de um gerador de corrente continua são: rotor

(armadura), anel de comutação, estator (parte fixa) e par de escovas. Abaixo

através da figura é possivel visualizar e compreender a disposição destes para

um gerador modelo simples.

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Figura 1: Perspectiva com corte parcial do gerador CC.

a) Rotor: Parte girante, montada sobre o eixo da máquina, construído de

um material ferromagnético envolto em um enrolamento chamado de

enrolamento de armadura e o anel comutador. O rotor gira por efeito de

uma força mecânica externa. A tensão gerada na armadura é então

ligada a um circuito externo, ou seja, o rotor do gerador libera corrente

para o circuito externo. Este enrolamento suporta uma alta corrente em

comparação ao enrolamento de campo e é o circuito responsável por

transportar a energia proveniente da fonte de energia.

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Figura 2: Rotor bobinado máquina CC.

b) Anel comutador: Responsável por realizar a inversão adequada do

sentido das correntes que circulam no enrolamento do rotor, constituído

de um anel de material condutor, segmentado por um material isolante

de forma a fechar o circuito entre cada uma das bobinas do enrolamento

de armadura e as escovas no momento adequado. O anel é montado

junto ao eixo da máquina e gira junto com o mesmo. O movimento de

rotação do eixo produz a comutação entre os circuitos dos

enrolamentos.

Figura 3: Desenho anel de comutação.

c) Estator: Parte estática da máquina, montada em volta do rotor, de forma

que o mesmo possa girar internamente. Também é constituído de

material ferromagnético, envolto em um enrolamento de baixa potência

chamado de enrolamento de campo que tem a função apenas de

produzir um campo magnético fixo para interagir com o campo do rotor.

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A fonte de corrente de campo pode ser uma fonte separada, chamada

de excitador, ou proveniente do própio rotor.

Figura 4: Estator motor CC.

d) Escovas: São conectores de grafita fixos, montados sobre molas que

permitem que eles deslizem (ou "escovem“) sobre o comutador no eixo

do rotor. Assim, as escovas servem de contato entre os enrolamentos da

armadura e a carga externa.

Figura 5: par de escovas de carvão.

2.3 Princípio de Funcionamento do gerador CC.

Quando se trata de um gerador, a energia mecânica é tirada pela

aplicação de um torque e da rotação do eixo da máquina, uma fonte de energia

mecânica pode ser, por exemplo, uma turbina hidráulica, uma turbina eólica, etc.

A fonte de energia mecânica tem o papel de produzir o movimento

relativo entre os condutores elétricos dos enrolamentos de armadura e o campo

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magnético produzido pelo enrolamento de campo e desse modo, provocar uma

variação temporal da intensidade do mesmo, e assim pela lei de Faraday induzir

uma tensão entre os terminais do condutor. Desta forma, a energia mecânica

fornecida ao eixo, é armazenada no campo magnético da máquina para ser

transmitida para alimentar alguma carga conectada à máquina.

A fonte de energia mecânica tem o papel de produzir o movimento

relativo entre os condutores elétricos dos enrolamentos de armadura e o

campo magnético produzido pelo enrolamento de campo e desse modo,

provocar uma variação temporal da intensidade do mesmo, e assim pela lei de

Faraday induzir uma tensão entre os terminais do condutor.

A lei de Faraday-Lenz enuncia que a força eletromotriz induzida num

circuito elétrico é igual à variação do fluxo magnético conectado ao circuito. É

importante notar que um campo magnético constante não dá origem ao

fenômeno da indução. Por esta razão, não é possível colocar um magneto no

interior de um solenoide e obter energia elétrica. É necessário que o magneto

ou o solenóide movam-se, consumindo energia mecânica. Por esse motivo que

um transformador só funciona com corrente alternada. A lei é de natureza

relativística, portanto o seu efeito é resultado do movimento do circuito em

relação ao campo magnético.

A contribuição fundamental de Heinrich Lenz foi à direção da força

eletromotriz (o sinal negativo na fórmula). A corrente induzida no circuito é de

fato gerada por um campo magnético, e a lei de Lenz afirma que o sentido da

corrente é o oposto da variação do campo magnético que a gera.

Figura 6: Posição do Plano da Bobina de Fio, relativamente à Direção do Campo Magnético, e a

correspondente Força Eletromotriz Induzida.

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3.0 QUESTÕES PRÁTICAS

3.1 TESTE PRÁTICO DO GERADOR CC

A partir de decisão coletiva do grupo, foi optado por elaborar dois

protótipos, sendo um com armadura bobinada, e outro de imã permanente na

armadura.

3.1.1 GERADOR CC DE ARMADURA BOBINADA

O protótipo a ser descrito a seguir era originalmente um motor

elétrico de uma sirene 220V. Com o motor original não houve valores

consideráveis na geração, então se viu a necessidade de realizar algumas

modificações na estrutura física do até então motor de escovas.

Por intermédio de estudos, lendo artigos relacionados ao assunto, foi

constatado que se aumentássemos o número de espiras na armadura haveria

um aumento no campo e consequentemente, o valor da tensão gerada.

Deste modo as bobinas de armadura do gerador foram rebobinadas

e passaram de 166 espiras para 270 e a bitola do fio reduzida de 21 para 23

AWG.

Figura 7 - Bobina nova com 270 espiras.

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Figura 8 - Rebobinagem da armadura

Após feito as alterações necessárias no gerador, foram realizados

uma série de testes para a verificação da eficiência do mesmo.

Figura 9 - Gerador rebobinado e montado

3.1.2 TESTES NO PROTÓTIPO

Após feito o acoplamento do gerador ao motor utilizado para tração,

deu-se início aos testes práticos para verificação dos valores de tensão a vazio,

e tensão e corrente para uma carga específica, foram realizados também os

teste de variação da corrente de excitação e a vazio e com carga.

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Figura 10- Gerador acoplado ao motor e pronto para os testes.

3.1.2.1 Teste de tensão a vazio

Neste teste, a saída está em aberto e é aumentada a rotação do

gerador gradativamente com excitação fixa, e mede-se a tensão na saída. A

excitação foi feita com uma fonte externa e os valor de tensão escolhido foi

12v. A partir dos dados retirados das leituras de tensão e velocidade, no gráfico

a seguir eixo Y é dado em V e o eixo X em RPM:

Figura 11- Gráfico de Tensão x Velocidade.

Nota-se que houve uma linearidade em relação do aumento da

tensão em comparação com a velocidade.

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Série1

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3.1.2.2 Teste de tensão com carga

O teste de tensão com carga é feito da mesma forma que o teste

anterior, mas na saída é acoplado uma carga, no caso foi escolhido uma

lâmpada de 60W e 12vcc.

No gráfico a seguir eixo Y é dado em V e o eixo X em RPM:

Figura 12 - Gráfico da tensão na carga

Nota-se que neste teste o gerador não atende à carga que foi

imposta, a tensão máxima gerada foi de 10,34V e não 12 como a carga

necessitava. Nas condições estabelecidas o gerador teve capacidade de gerar

uma potência de 42,7W, e, portanto não suportou a carga que foi estipulada.

3.1.2.3 Teste de variação de corrente na excitação a vazio.

Para a execução deste teste, se mantém a velocidade fixa - neste

caso em 3600 RPM - e partir da corrente zero na excitação e ir aumentando a

partir de intervalos de valores, que para estes testes foi adotado o valor de

100mA por leitura. O valor máximo de corrente na fonte foi de 3,9A e a tensão

máxima gerada foi de 34,32V.

No gráfico a seguir eixo Y é dado em V e o eixo X em A, ao qual o

gerador se comporta em um formato linear para a geração de energia.

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Figura 13- Gráfico da tensão gerada variando a corrente de excitação (eixo x em V e eixo Y em A).

3.1.2.4 Teste de variação de corrente na excitação com carga.

Da mesma forma que o teste anteriormente citado, se mantém a

velocidade fixa e partir da corrente zero na excitação e ir aumentando a partir

de intervalos de valores, mas acrescenta-se uma carga na saída.

Os resultados, novamente não se mostraram satisfatórios, da

mesma forma que o experimento realizado na seção 7.1.1.2, o valor de

potencia gerada ficou abaixo do esperado. No gráfico a seguir eixo Y é dado

em V e o eixo X em A:

Figura 14 - Gráfico da tensão gerada variando a corrente de excitação com carga (eixo x em V e eixo Y em A).

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0,1 0,4 0,7 1 1,3 1,6 1,9 2,2 2,5 2,8 3,1 3,4 3,7

Série1

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12

0,1 0,4 0,7 1 1,3 1,6 1,9 2,2 2,5 2,8 3,1 3,4 3,6

Série1

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16

Durante o desenvolver deste experimento, aumentamos a tensão e

corrente de excitação acima do suportado pelo fio utilizado, para verificar se ele

conseguiria atender a carga. O teste foi bem sucedido, o gerador teve

capacidade geradora para manter a carga com 12V e 60W, o problema é que

para isso acontecer foi necessário uma tensão de excitação de 16V e corrente

de 4,6A.

Portanto este gerador não atendeu aos parâmetros necessários para

a utilização do mesmo, pelo fato de ele consumir mais energia para gerar do

que ele mesmo produz.

3.1.3 GERADOR COM IMÃS PERMANENTES NO ESTATOR

A realização deste protótipo se deu com base em um motor de

esteira, cujo induzido estava danificado por sobrecarga e com curto circuito no

coletor.

Seu estator é de imãs permanentes, motivo o qual nos deu um

incentivo a mais de tentar recuperar o mesmo para que pudéssemos ter duas

alternativas de geração diferentes. Este tipo de gerador possui a desvantagem

de ser controlado apenas por velocidade, então a sua tensão de geração é

completamente dependente da velocidade em que seu eixo gira, e Não

também da tensão de excitação como é nos geradores convencionais.

Figura 15 - Estator de imãs permanentes.

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O induzido que foi substituído no lugar do queimado é de um

alternador de mesma potência, 1,5 HP, e os resultados realizando testes foram

extremamente satisfatórios.

Para comprovar a eficiência, o mesmo foi submetido a uma gama de

testes. Para estes testes serem executados, o gerador foi acoplado a um motor

que foi utilizado como fonte de tração para o movimento.

3.1.4 TESTES NO PROTÓTIPO

Os testes realizados no gerador foram feitos aumentando a rotação

gradativamente e verificando a tensão de saída gerada.

Figura 16 - Motor acoplado ao gerador

3.1.4.1 Teste de tensão a vazio

Da mesma forma que no teste com o protótipo de estator bobinado,

o gerador foi submetido a vários valores de velocidade e foram retirados os

valores de tensão gerados. No gráfico a seguir eixo Y é dado em V e o eixo X

em RPM:

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Figura 17 - Gráfico da tensão a vazio gerada

Nota-se se que em comparação com o outro protótipo produzido,

este gerador alcança um valor de tensão aproximadamente igual, mais cum

uma rotação bem menos elevada.

3.1.4.2 Teste de tensão com carga

Neste experimento a velocidade é aumentada a forma de verificar a

tensão gerada na saída, sendo que o gerador está acoplado a uma carga. Esta

carga é a mesma utilizada nos testes com o protótipo de estator bobinado.

Figura 18 - Teste com carga.

0

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Série1

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Os valores obtidos neste teste vão além do esperado, pois com

apenas 1000 RPM a potencia gerada já tinha ultrapassado o valor da carga. No

gráfico a seguir eixo Y é dado em V e o eixo X em RPM:

Figura 19 - Gráfico da tensão gerada com carga

A partir deste teste foi extraída uma gama de dados que

comprovaram que este gerador atendeu completamente as expectativas.

Figura 20 - Gráfico da Potência Gerada

Com a velocidade de 1000 RPM o gerador entregou a carga 73W, ou seja,

mais do que era necessário para atender a mesma.

0

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12

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50 150 250 350 450 550 650 750 850 950

Série1

-40

-20

0

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60

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Potência ativa (W)

Potência aparente(VA)

Potência reativa(VAR)

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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O método de geração com estator bobinado se mostrou insuficiente

para atender a carga em questão. O fator associado a este problema seria a

capacidade de geração do protótipo que foi observado.

O gerador de imãs permanentes por outro lado, se mostrou muito

eficiente e eficaz, desempenhando muito bem sua função. O único problema do

mesmo, como já foi citado, é que para varia a tensão na carga é necessária

variar a rotação, sendo que ele depende exclusivamente dela, por seu

processo de excitação vem de imãs na armadura.

Tendo por base os testes, o gerador de imãs permanentes se

apresentou como uma melhor forma de atender a carga que foi escolhida.

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5. REFERÊNCIAS BIBBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, José Luiz Antunes de. Eletrônica de potência. 4.ed. São

Paulo: Livros Erica Ed., 1991. 297, [2]p

FITZGERALD, A. E; KINGSLEY, Charles; UMANS, Stephen

D. Máquinas elétricas: com introdução à eletrônica de potência. 6.ed

Porto Alegre: Bookman, 2007. 648p.

MARTIGNONI, Alfonso. Máquinas elétricas de corrente

contínua. Porto Alegre: Globo, 1971. xii, 257 p.

BARBI, Ivo. Eletrônica de potência. 3. ed. Florianópolis: Ed. do Autor,

2000. vi, 408 p. ISBN 8590104621.

NASCIMENTO JUNIOR, Geraldo Carvalho do. Máquinas

elétricas: teoria e ensaios. 3. ed. São Paulo: Érica, 2010 260 p. ISBN

9788536501260