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Cooperação Europeia com África - Portugal e a CPLP Bárbara Martins 201012424 Coimbra, 2010

Cooperação Europeia com África · Cooperação Europeia com ... Portuguesa, motivo de razões histórica, cultural e ... ao desenvolvimento multilateral de ajuda à expansão da

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Cooperação Europeia com África - Portugal e a CPLP

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Bárbara Martins 

201012424 

Coimbra, 2010

  

  

 

 

Trabalho de Avaliação Contínua Realizado no Âmbito da Unidade de Fontes de Informação Sociológica, sob orientação do Prof. Dr. Paulo Peixoto 

 

 

Cooperação Europeia com África - Portugal e a CPLP

 

 

 

 

 

A Imagem da Capa: Africanidade  

http://www.africanidade.com/articles/3563/1/Ministros‐da‐CPLP‐debatem‐no‐Brasil‐relaAAes‐de‐trabalho‐e‐criaAAo‐de‐emprego/Paacutegina1.html 

 

 

 

 

 

Bárbara Novais Martins 

2010124424 

Coimbra, 2010 

 

 

  

  

 

 

 

 

 

 

“  (…)  face  a  um mundo  instável,  cujo  as  regras  perderam  o sentido  da  previsibilidade  e  da  segurança,  um  mundo  cujo controlo nos escapa cada vez mais, e por  isso mesmo se nos afigura  ameaçador  há  que  investir  em  mecanismos  que promovam  a  solidariedade  e  a  complementaridade, designadamente  outra  vez  da  cooperação  internacional, unindo esforços e vontades no sentido de criar sinergias para que todos os povos possam alcançar patamares aceitáveis de dignidade humana.” (Fonseca cit. in Imperial, 2006: 53)1 

 

  

                                    

 

                                                                             

 

 

                                                            1  Discurso do Embaixador Luís Fonseca, Secretário Executivo da CPLP, na apresentação do relatório do conselho de Ministros 2005, Luanda. 

  

  

Índice

1. Introdução ....................................................................................................................................... 1 

2. Estado das Artes .............................................................................................................................. 2 

2.1 ‐ O que é a Cooperação? ........................................................................................................... 2 

2.1.1 ‐ Quais os princípios da cooperação? ............................................................................... 2 

2.1.2 ‐Quais os objectivos da cooperação?................................................................................ 2 

2.2 ‐ O que é a CPLP? ...................................................................................................................... 3 

2.2.1 ‐De que forma se organiza a CPLP? .................................................................................. 4 

2.2.2‐ Quais os objectivos gerais da CPLP? ................................................................................ 5 

2.3 ‐Qual a cooperação Portuguesa no quadro da CPLP? .............................................................. 6 

2.3.1 ‐ Quais os objectivos da cooperação portuguesa no quadro da CPLP? ............................ 6 

2.3.2 ‐ Como é a cooperação Portuguesa com a CPLP? ............................................................. 9 

2.4 ‐ Cooperação de Portugal com a Guiné‐Bissau ‐ Estudo de caso, contexto social ................. 12 

2.4.1 ‐ Principais acordos bilaterais ......................................................................................... 13 

2.4.2 ‐ Guiné‐Bissau e a sua situação social ............................................................................. 14 

3. Descrição detalhada da Pesquisa ................................................................................................. 16 

4. Avaliação da Página da Internet ................................................................................................... 17 

5. Ficha de Leitura ............................................................................................................................. 18 

6. Conclusão ...................................................................................................................................... 22 

7. Referências Bibliográficas ............................................................................................................. 23 

 

 Anexo 1    Página da Internet Avaliada   Anexo 2  Texto de Suporte da Ficha de Leitura

1  

 

1. Introdução

No  âmbito  do  regime  de  avaliação  contínua  da  disciplina  de  Fontes  de  Informação 

Sociológica,  foi‐nos  proposto  elaborar  um  trabalho,  no  qual  poderíamos  aplicar  os 

conhecimentos obtidos na cadeira ao longo do semestre. 

Optei  pelo  tema  “Cooperação  Europeia  com  África”,  pois  pareceu‐me mais  aliciante  e 

motivador.  

Em primeiro lugar, porque o tema diz respeito a dois grandes continentes, Europa e África, 

sendo estes muito dispares em termos de recursos. 

Em segundo  lugar, porque a cooperação é um princípio que deve ser tomado por todos, 

visto que leva ao desenvolvimento mútuo. 

Em  terceiro  lugar, pelos diferentes  conteúdos que este assunto abrange, embora neste 

caso o objectivo principal seja a análise de uma problemática  referente à cooperação entre 

duas regiões tão diferentes, a todos os níveis. 

 Assim  sendo,  iniciei  o  meu  trabalho  com  a  especificação  do  tema  proposto,  para 

compreender melhor a temática, escolhi um país da Europa – Portugal, para relacionar com a 

comunidade em que está  inserida, a CPLP. A Cooperação de Portugal com a CPLP, e escolhi 

um  país  africano  –  Guiné‐Bissau,  para  estabelecer  a  ligação,  e  para  ir  respondendo  às 

problemática sociológicas que irão aparecer. 

 

 

 

  

2  

2. Estado das Artes

2.1 - O que é a Cooperação?

Segundo a OCDE cit. in Imperial, 

“A  cooperação  para  o  desenvolvimento  é  um  “sub‐produto”  da  nova ordem económica  internacional, que  inclui a  transferência de  recursos de um país  para  outro  a  fim  de  promover  o  desenvolvimento  do  país  receptor. De acordo com a dimensão e complexidade crescente que a cooperação tem vindo a assumir, assim evoluiu a sua estruturação”. (2006) 

 

2.1.1 - Quais os Princípios da Cooperação? 

A  política  de  cooperação  baseia‐se  no  respeito  dos  direitos  humanos,  na 

responsabilidade  e  solidariedade  internacionais,  da  parceria  com  os  países  destinatários  e 

relação com os países doadores. (OCDE cit. in Imperial, 2006) 

A cooperação é vista como meio para um progresso de longo prazo e equivalente para 

toda a humanidade. 

Dirigida  por  sistemas  que  vão  de  encontro  ao  princípio  da  sustentabilidade  e  da 

igualdade  na  divisão  das  vantagens,  não  impede  um  conjunto  de  esforços  para  o 

desenvolvimento de alguns objectivos políticos nacionais.  

2.1.2 -Quais os Objectivos da Cooperação?

De acordo com a OCDE cit. in Imperial (2006), os objectivos prendem‐se com o reforço 

da  democracia  e  o  Estado  de  direito;  a  diminuição  da  pobreza,  através  da melhoria  das 

condições económicas e sociais da população mais desfavorecidas; construção e apoio a infra‐

estruturas  necessárias  para  a  educação;  o  estímulo  ao  crescimento  económico  é  também 

fundamental para fortalecer a iniciativa privada; a promoção do diálogo e integração regional; 

e a parceria europeia para o desenvolvimento humano. 

  

3  

2.2 - O que é a CPLP?

A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa  (CPLP) é uma organização de países 

lusófonos,  que  visam  aprofundar  a  amizade mútua  e  a  cooperação  entre  os  seus  estados 

membros.  

A CPLP foi criada em 17 de Julho de 1996 por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné‐Bissau, 

Moçambique,  Portugal  e  São  Tomé  e  Príncipe.  No  ano  de  2002,  após  conquistar 

independência,  Timor‐Leste  foi  acolhido  como  país  integrante. Na  actualidade,  são  oito  os 

países integrantes da CPLP.  

Fig.1 ‐ Mapa com a localização dos países membros (vermelho).2 

A  CPLP  frustrou  as  expectativas  que  levaram  à  sua  criação  em  1996.  Nenhum  dos 

países‐membros está no patamar dos 20 países humanamente mais desenvolvidos. Segundo 

Boaventura de Sousa Santos "a CPLP está demasiadamente focada em dois países", que são 

Portugal  e  Brasil,  outros  acusam  esses  dois  países  de  praticarem  neocolonialismo.  Notam 

também a falta de intervenção da CPLP em fases muito críticas dos seus Estados Membros. 

                                                            2 Fonte: Wikipédia (2010) 

  

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2.2.1 - De que forma se organiza a CPLP?

A Comunidade é regida pelo Secretariado Executivo, que estuda, escolhe e implementa 

planos políticos para a organização.  

A sua sede situa‐se em Lisboa e o seu actual Secretário Executivo é Domingos Simões 

Pereira, da Guiné‐Bissau, dura dois anos e é passível uma reeleição. 

A Conferência dos Chefes de Estado e de Governo, bienal, estuda as prioridades e os 

resultados da CPLP. O plano de acção é  tomado pelo Conselho dos Ministros dos Negócios 

Estrangeiros e Relações Exteriores, que se realiza anualmente. Há ainda encontros mensais do 

Comité de Concertação Permanente 

A  bandeira  da  Comunidade  dos  Países  de  Língua  Portuguesa  ostenta  oito  asas  em 

formato  de  círculo  (imagem  da  capa  do  trabalho).  Cada  uma  dessas  asas  representa  um 

membro da CPLP.  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

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2.2.2 - Quais os objectivos gerais desta Organização?

• A concertação político‐diplomática entre os Estados membros, nomeadamente 

para o seu reforço a nível nacional internacional. 

 

• A  cooperação  em  todos  os  domínios,  como:  educação,  saúde,  ciência  e 

tecnologia,  defesa,  agricultura,  administração  pública,  comunicações,  justiça, 

segurança pública, cultura, desporto e comunicação social. 

Fig.2 ‐ Distribuição dos Agentes da Cooperação por área de intervenção.3 

 

 

 

                                                             3 Fonte: IPAD (2010a) 

  

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• A materialização e promoção de projectos.  

•  Difusão da língua portuguesa. 

Apesar da  iniciativa, a CPLP é uma organização recente que busca pôr em prática os 

objectivos  de  integração  dos  territórios  lusófonos.  Em  2005,  numa  reunião  em  Luanda, 

Angola, a CPLP decidiu que no dia 5 de Maio seria comemorado o Dia da Cultura Lusófona em 

todo o mundo. 

2.3 - Qual a Cooperação portuguesa no quadro da CPLP?

Segundo o documento: Uma Visão Estratégica para a Cooperação Portuguesa, assume 

que a CPLP, 

 “…representa um  importante domínio de  trabalho para a Cooperação 

Portuguesa, criando‐se em particular a possibilidade de utilizar a  língua 

comum  como  potenciadora  de  intervenções  envolvendo  três  ou mais 

países lusófonos”. (IPAD, 2010b: 22) 

Mais, a referida estratégia aponta para um maior investimento no espaço lusófono e, 

particularmente  no  que  respeita  à  nova  abordagem  de  concertação  bi‐multilateral,  na 

Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. 

2.3.1 - Quais os Objectivos da cooperação portuguesa no quadro da CPLP?  

Portugal,  é  considerado  o maior  doador  desta  Comunidade,  tendo  um  papel  activo 

quer  no  desenvolvimento  de  uma  nova  agenda,  quer  no  campo  de  acção  da  própria 

Comunidade, tendo como objectivos: 

• O Reforço da consolidação da CPLP e da sua projecção internacional. 

 

•  O reforço da vertente da Cooperação para o Desenvolvimento no Espaço CPLP. 

 

• O Aumento da complementaridade, coerência e coordenação da acção da CPLP 

e dos seus Estados Membros. 

 

  

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• A concretização destes objectivos passa, pela promoção da qualidade e eficácia 

da  acção  da  CPLP  e  a  criação  de  laços  entre  os  três  eixos  fundamentais  da 

Comunidade, para projectar a Língua Portuguesa.  

 

• Criação de uma orgânica que acompanhe o desenvolvimento da Comunidade 

face aos novos desafios da conjuntura  internacional e à própria evolução dos 

Estados membros. 

Segundo os princípios acordados no âmbito da CPLP e simultaneamente seguidos pela 

comunidade doadora internacional, é necessário os objectivos acima referidos, mas para isso, 

é preciso seguir as linhas de acção, que são: 

•  O desenvolvimento de acções de cooperação no âmbito CPLP deverá partir da 

identificação  de  complementaridades  e  das  vantagens  do  desempenho 

multilateral, visto que Portugal dispõe de uma grande cooperação bilateral com 

cada um dos países membros da CPLP. 

 

•  Coordenação  interna  mais  estreita  com  os  ministérios  sectoriais  e, 

simultaneamente, procure desenvolver uma maior coordenação. 

 

• Identificar as melhores formas de trabalhar a todos os níveis. 

 

• Conceder  uma maior  eficácia  à  actuação  portuguesa  na  CPLP  e  uma maior 

integração  entre  a  concertação  politico–diplomática  e  a  cooperação  para  o 

desenvolvimento. 

 

 

 

 

  

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Para isso terá de haver: 

• Promoção do acesso da CPLP a fontes de financiamento. 

 

• Reuniões de  coordenação periódicas  e  regulares  com os  diversos ministérios 

sectoriais,  nomeadamente  recorrendo,  para  o  efeito,  às  reuniões  da  Comissão 

Interministerial de Cooperação. 

 

• Reforço dos meios técnicos no terreno e dos recursos humanos para trabalhar 

nas  matérias  relacionadas  com  a  cooperação  e  em  especial  com  a  CPLP  nas 

Embaixadas dos países africanos de língua oficial portuguesa. 

 

•  Maior  apoio  ao  Secretariado  Executivo  da  CPLP,  no  sentido  da  sua 

profissionalização também de modo a que coopere para o desenvolvimento. 

 

•  Elaboração  de  projectos  sustentáveis  e  estruturantes  (saúde,  educação, 

capacitação  institucional)  que  ajudem  no  desenvolvimento  dos  países  mais 

empobrecidos. 

 

• Acompanhar a implementação celebrada entre a CPLP e a Comissão Europeia. 

  

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2.3.2 - Como é a Cooperação Portuguesa com a CPLP?

É necessário não esquecer, a forte ligação com o passado colonial, que se estendeu até 

à  década  de  70, mas  que  Portugal  ainda mantém  com Angola,  Cabo  Verde, Moçambique, 

Guiné‐Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. 

Fig.3 ‐ Distribuição da cooperação por país4 

A nova ordem política e constitucional do pós 25 de Abril de 1974 inaugurou as novas 

bases de relação entre Portugal e os recém independentes Estados Africanos de Língua Oficial 

Portuguesa,  motivo  de  razões  histórica,  cultural  e  linguística,  relembrando  também,  as 

relações quebradas no momento das  independências, e que tiveram como consequência da 

interrupção do processo de desenvolvimento das regiões referidas anteriormente e dos novos 

políticos e administradores, e que ainda hoje se verificam. 

A cooperação portuguesa cria um acordo estratégico articulado entre os interesses de 

Portugal e os dos países africanos de  língua portuguesa, procurando adoptar a  sua política 

externa às novas  realidades de África. No entanto, Portugal possui um grande  interesse na 

CPLP, na medida em que,  faz parte desta Comunidade,  constitui um dos pilares da política 

                                                            4 Fonte: IPAD (2010a) 

  

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externa de Portugal, visto que a consolidação da  Instituição CPLP se manifesta em projectos 

estratégicos e de afirmação no sistema internacional largamente globalizado. Mas, verifica‐se 

uma fraca ajuda por parte de Portugal ao desenvolvimento multilateral de ajuda à expansão 

da CPLP. 

A  cooperação  de  Portugal  com  a  CPLP  é  feita  através  de  donativos,  dirigindo‐se  a 

quatro áreas de intervenção estratégica: 

• Educação 

• Redução da Pobreza 

• Reforço Institucional e Governação 

• Apoio às actividades económicas  

Também, se preocupa com a cultura e o património, nomeadamente: 

• Promoção da língua portuguesa  

• Saúde  

• Segurança 

• Ajuda financeira  

• Ajuda humanitária de emergência 

Por meio da CPLP, tem‐se feito cooperação particularmente no sentido de dar apoio à 

extensão  dos  sistemas  de  ensino  da  língua  portuguesa,  apoio  específico  (cientifico, 

pedagógico e didáctico) ao ensino português, apoio à formação de tradução e intérpretes que 

permitam intensificar a utilização do português. No que se refere à saúde, a luta tem‐se feito 

em prol das doenças endémicas e epidémicas, dada a experiência de Portugal nessa área de 

medicina tropical. 

 

 

  

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Pode  dizer‐se  que  Portugal  ainda  não  interiorizou  totalmente  que  a  política  de 

cooperação é do  seu  interesse estratégico e que a  realização deste objectivo depende dos 

órgãos do poder e da mobilização de todos os agentes sociais, económicos e políticos. 

Fig.3 – Ajuda pública ao Desenvolvimento em vários sectores.5 

 

                                                            5 Fonte: IPAD/DPP (2010b) 

  

12  

2.4 - Cooperação de Portugal com a Guiné-Bissau – Estudo de Caso6

Contexto Social

 Capital: Bissau. 

Área: 36.125 Km2.  População: 1,5 milhões habitantes (2006‐BM).                          Fig. 4 – Mapa da Guiné‐Bissau 

Língua: Português (oficial), Crioulo, Balanta, Mandinga, Fula, Manjaca, Papel, Mancanha   Religião: animistas (55%), islamitas (40%) e católicos e outros (5%).  Moeda: Franco CFA (1€ = 665,957 CFA). 

 Principais índices: 

• Taxa de Natalidade: 40,9% •  Taxa de Mortalidade: 17,3% • Taxa de Crescimento populacional: 2,6% •  População com menos de 15 anos: 41,4% •  População com mais de 65 anos: 3% •  População Urbana: 510.000 habitantes ‐ 34% •  Taxa de Mortalidade Infantil: 130/1000 •  Esperança de Vida à Nascença ‐ 46 anos (2006); •  Taxa de Analfabetismo: 48,6% (2003) adultos, 58,5% (2003) jovens. 

PNB: 301 MUSD (2005 BM). 

PNB per capita: 180 USD (2005 BM). 

Crescimento PIB: 2,2% (2004 BP); 2,3% (2005 BP).  Orçamento 2005: 107 M€ (déficit: 62M€). 

Taxa de Inflação 2005: 7,6% 

Distribuição do emprego: agricultura (87%), indústria (2%) e serviços (11%). 

                                                            6 Fonte: IPAD (2010c) 

  

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A cooperação entre Portugal e a Guiné‐Bissau reflecte a boa ligação política num nível 

cultural, jurídica e institucional comum, essencial para o desenvolvimento, sendo a língua uma 

maneira mais fácil de enquadramento e intervenção. 

A  cooperação  institucional  entre  os  dois  Estados  vem‐se  desenvolvendo  quer  no 

contexto bilateral, através dos Programas  Indicativos de Cooperação (PIC), consubstanciados 

em  programas  e  projectos  propostos  e  executados  anualmente  com  a  colaboração  de 

ministérios  sectoriais,  autarquias  e  sociedade  civil,  em  particular  das  Organizações  Não 

Governamentais para o Desenvolvimento (ONGD) portuguesas, quer no contexto multilateral 

em  articulação  com  outros  parceiros  de  cooperação,  no  qual  se  incluem  os  programas  da 

União Europeia, para os quais Portugal  também  contribui enquanto Estado‐Membro, e das 

agências especializadas do sistema das Nações Unidas.   

Na  concepção  dos  instrumentos  gerais  de  cooperação  entre  os  dois  países  foram 

considerados os ODM, os quais visam o envolvimento colectivo em favor do desenvolvimento 

durável, da redução da pobreza, e a  implementação das recomendações tomadas no âmbito 

da  nova  dinâmica  gerada  pelo  lançamento  e  concretização  da União Africana  e  da NEPAD 

(Nova Parceria para o Desenvolvimento Africano). 

2.4.1 - Principais acordos bilaterais

Segundo  o  IPAD  (Instituto  Português  de  Apoio  ao  Desenvolvimento),  Portugal  e  a 

Guiné‐Bissau  assinaram  Acordos  em  várias  áreas.  Para  além  da  elaboração  dos  vários 

Programas  Indicativos  de  Cooperação  e  Planos  Anuais  de  Cooperação  destacam‐se  os 

seguintes Acordos Bilaterais: 

• Acordo Geral de Cooperação e Amizade, assinado a 1975/06/11. 

• Acordo de Cooperação Científica e Técnica, assinado a 1977/06/01. 

•  Acordo  de  Cooperação  nos  domínios  do  Ensino  e  da  Formação  Profissional,  assinado  a 

1978/01/13. 

• Acordo Cultural, assinado a 1978/01/13. 

  

14  

• Protocolo sobre Cooperação Financeira, assinado a 1984/06/08. 

• Acordo de Cooperação Jurídica, assinado 1988/07/05. 

• Acordo de Cooperação no Domínio Militar, assinado a 1989/03/05. 

• Protocolo de Cooperação Agrícola, assinado a 1989/09/11. 

• Protocolo de Cooperação na Área das Finanças Públicas, assinado a 1990/10/01. 

• Acordo no Domínio da Saúde, assinado a 1989/03/31. 

• Convenção sobre a Segurança Social, assinado a 1993/11/08. 

•  Acordo  Especial  de  Cooperação  no Domínio  da  Administração  Interna  entre  a  República 

Portuguesa e a República da Guiné‐Bissau, assinado a 1997/06/03. 

• Acordo de Cooperação no domínio do Ensino Superior, assinado a 1998/06/02. 

• Memorando de Entendimento entre o Governo da República Portuguesa e o Governo da 

República  da  Guiné‐Bissau  para  o  Combate  do  Narcotráfico  na  Guiné‐Bissau,  assinado  a 

2007/08/21. 

Fonte: IPAD (2011d) 

2.4.2 - Guiné-Bissau e a sua situação social

Os  indicadores  sociais  reflectem  a  existência  de  forte  incidência  da  pobreza  a  nível 

nacional, agravada pelas consequências do conflito político‐militar de 1998‐1999. 

A  falta  de  desenvolvimento  económico  provoca  uma  elevada  taxa  de  desemprego, 

sobretudo  entre  os  jovens,  os  quais  representam  a maioria  da  população.  A  precariedade 

alimentar é um problema que atinge boa parte da população, especialmente a rural. 

No  campo  da  Educação,  a  taxa  de  escolaridade  básica  ronda  os  61%.  O  sistema 

educativo  apresenta  sérios  problemas  derivados  da  precariedade  das  instalações,  falta  de 

equipamento adequado e fraca qualificação dos professores.  

  

15  

A taxa de analfabetismo entre os adultos é ainda muito elevada, cerca de 58%, sendo 

de 72,5% entre as mulheres. 

Os  indicadores  de  Saúde  situam‐se  abaixo  da  média  da  África  subsariana.  A 

mortalidade  infantil  situa‐se  nos  145‰  por  cada mil  nascimentos.  As  principais  causas  da 

mortalidade  infantil  estão  associadas  ao  paludismo,  doenças  intestinais  e  infecções 

respiratórias. O  conflito militar desarticulou o  sistema  sanitário existente e o mesmo ainda 

não conseguiu recuperar. Os principais centros médicos encontram‐se muito degradados. 

Um dos principais problemas de saúde está associado à dificuldade que a população 

tem em obter água potável, a qual  só  chega a uma parte muito  limitada aos habitantes. A 

maioria  da  população  abastece‐se  em  poços  públicos,  que  muitas  vezes  se  encontram 

contaminados. 

  

16  

3. Descrição detalhada da pesquisa 

Inicialmente, foi proposto quatro temas para elaborar o trabalho. Quando me decidi por 

este tema tentei de imediato partir para uma pesquisa exploratória para procurar informação 

que me poderia ser útil quando iniciasse o processo de trabalho.  

A  principal  fonte  que  utilizei  foi,  sem  dúvida,  a  internet,  em  páginas  on‐line  fiáveis, 

pertencentes  a  organizações  e  projectos  relacionados  com  a  CPLP,  também me  ajudaram 

muito os Protocolos, Acordos e outros documentos na realização do meu trabalho. Também 

consultei teses de mestrado na Biblioteca da Faculdade de Economia. As palavras‐chave que 

utilizei  para  realizar  as  pesquisas  foram,  essencialmente,  “CPLP”,  “Cooperação”,  “Guiné‐

Bissau”, “Desenvolvimento social” 

Dirigi‐me  à  página  online  do  serviço  integrado  de  bibliotecas  da  Universidade  de 

Coimbra,  onde  acedi  à  base  de  dados.  Utilizei  a  pesquisa  simples  e  na  opção  “assunto” 

coloquei a palavra‐chave que me iria levar à informação existente na biblioteca da Faculdade 

de  Economia  da  Universidade  de  Coimbra  sobre  a  cooperação  de  Portugal  com  a  CPLP. 

Pesquisei por “CPLP”, pelo que me apareceu logo, teses de outros institutos.  

Seguidamente,  pesquisei  no  catálogo  do  CES  (Centro  de  Estudos  Sociais)  onde    não 

encontrei nenhum documento que me pudesse  ajuda. No  entanto,  resolvi  ir  à  SCIELO,  em 

pesquisa  simples,  procurei  por  “Cooperação  de  Portugal  com  a  CPLP  ”  e  “CPLP”  e  não 

encontrei  nenhum  artigo  da  Revista  Análise  Social.  Também,  fui  ao  catálogo  do  CES  na 

Publicação de Artigos e o motor de busca não me facultou qualquer resultado, logo não sabia 

como  iria realizar a minha ficha de  leitura, no entanto encontrei um Artigo na Revista Visão, 

de  Boaventura  de  Sousa  Santos,  e  como  é  um  sociólogo muito  conceituado,  resolvi  fazer 

sobre a temática abordada com este, visto que se relacionava com o meu trabalho.  

Após  encontrar  os  sites  que mais me  iriam  ajudar,  focalizei‐me  na  informação mais 

pertinente, até  ir de encontro a um tema mais específico, partindo sempre do tema central, 

mas colocando questões para chegar até ele. 

Em suma, tentei sempre que o processo de pesquisa fosse o mais sucinto possível para 

não baralhar o que tinha em mente, e para que o ruído não fosse muito, utilizei os operadores 

booleanos. Consegui assim, distinguir o que era relevante do que não era relevante. 

 

 

  

17  

4. Avaliação da Página da Internet 

http://www.ipad.mne.gov.pt/ 

Escolhi esta página da internet para ser avaliada, pois de todas as pesquisas que efectuei 

foi nesta mesma página que encontrei  informação mais  interessante e mais rigorosa sobre o 

trabalho elaborado. 

Este site é da responsabilidade do Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento, ou 

seja o seu autor é uma instituição, sendo que é um projecto de Desenvolvimento Sustentável 

e de Luta Contra a Pobreza. É uma página online que se pode considerar como interessante e 

bem  elaborada.  O  seu  principal  objectivo  encontra‐se  em  informar  o  público  dos  mais 

variados  projectos  que  organizam,  dos  protocolos  assinados,  dos  acordos  entre  Estados‐

Membros,  também  apresenta organizadamente  toda  a  informação que pretendemos  saber 

sobre  a  prevenção  de  futuras  anomalias,  divulgando  assim  os Objectivos  do milénio  entre 

outros para diminuir as necessidades dos países pobres em todos os meios e que precisam de 

cooperação. Possui, para além da referida informação, vários documentos e publicações. 

A página principal é bastante minuciosa, contendo bastantes hiperligações, tanto para a 

informação, como para documentos.  

No que diz respeito à acessibilidade, penso que seja simples, quando  já se sabe aquilo 

que  se  procura  e  se  é  conciso  na  pesquisa  elaborada,  pois  apesar  da  vasta  informação 

existente na página, através dos documentos e publicações disponíveis para download, esta 

não é totalmente clara, exacta e objectiva.  

Apesar  de  este  sítio  estar  em  actualização  constante,  foi  o  que me  ajudou mais  na 

elaboração do trabalho aquando da pesquisa, pois foi a única página online que encontrei que 

continha  variadas  publicações  interessantes  e,  ao  mesmo  tempo,  esclarecedoras  sobre 

estudos realizados, informação estatística, protocolos, entre outras… 

Em suma, fazendo uma análise geral, concluo que foi a página online mais interessante 

que encontrei sobre o tema, apesar de ter utilizado a fonte da CPLP, esta não me pareceu tão 

organizada e também o material disponível não era de fácil acesso. 

  

18  

5. Ficha de Leitura

Título do Livro: Memorando da Cooperação Portuguesa 2003

Título do Capítulo: “Cooperação Bilateral”

Autor: IPAD (Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento) 

Páginas: 33‐45 

Data da Publicação: Novembro de 2004 

Assunto: Os Países Beneficiários: PEOP (Países de Expressão Oficial Portuguesa – Timor‐Leste, 

Guiné‐Bissau, São Tomé e Príncipe, Angola, Moçambique, Cabo Verde. 

Data da Leitura: Dezembro de 2010 

Para  a  realização da  Ficha de  Leitura  requerida para o presente  trabalho, optei por 

escolher um capítulo de um  livro, do Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento, pois 

está  relacionado  com  o meu  tema  de  desenvolvimento,  pois  debrucei‐me  num  caso  em 

específico ‐ Guiné‐Bissau, e relatei acima todas as dificuldades que atravessa a nível social, e 

irei relatar os Programas que Portugal operou com este países, e também com outros países 

Africanos, que pertencem à CPLP.  

O capítulo em questão tem como título a “Cooperação Bilateral”, do livro Memorando 

Da Cooperação Portuguesa 2003, correspondendo à edição de Novembro de 2004. O  texto 

conta com 13 páginas. 

Resumo:

Este  capítulo  refere‐se à  reformulação de  instrumentos de  cooperação a partir de 2003, do 

IPAD  com  os  países  parceiros  como:  Timor‐Leste, Guiné‐Bissau,  São  Tomé  e  Príncipe,  Angola, 

Moçambique, Cabo Verde. 

  

19  

  Os Programas Indicativos de Cooperação têm como objectivo principal a diminuição da 

pobreza e a melhoria na igualdade de oportunidades, a realização destes decorrem não só das 

sinergias existentes nas valências departamentais do IPAD, assim como, nos vários sectores de 

cooperação, são eles: a Educação, a Saúde, a Segurança‐Social, o Trabalho e as Finanças, as 

representações diplomática de portugueses e ao apoio prestado nas diversas áreas. 

Estrutura:

Países Beneficiários: PEOP (Países de Expressão Oficial Portuguesa) 

Timor‐Leste 

Este  é  o  principal  país  com  que  o  IPAD  coopera,  visto  ser muito  pobre,  tendo  sido considerado o País Menos Avançado. 

Assim, em 2003, começaram pelas questões fundamentais, como a falta de emprego, as  fragilidades  da  qualidade  de  vida  da  população,  as  instabilidades  sociais,  a  falta  de segurança interna, os refugiados e à frente externa. 

Assim, com o Programa de Cooperação de 2003, as áreas prioritárias de apoio bilateral foram,  o  Sistema  Educativo,  o  Reforço  da  Capacidade  Institucional,  a  Construção  e  a Reabilitação do Tecido Urbano, e o Desenvolvimento Económico. 

O  IPAD  estabeleceu  com  os  timorenses  uma  estratégia  a médio  prazo,  através  da promoção do desenvolvimento sustentado e a  luta contra a pobreza, mas  também acordou medidas mais imediatas, no que diz respeito à segurança e à ordem interna. 

Foram  doados  50 milhões  de  euros,  para  reintroduzir  a  Língua  Oficial  Portuguesa, reforçar a administração pública, e desenvolver o sector económico e social, para diminuir as carências da população. 

Guiné‐Bissau 

A  instabilidade política não tem permitido é de certa forma, o fomento dos projectos de  cooperação,  contudo,  tem‐se  feito  os  possíveis  para  prevenir  os  conflitos,  apesar  de Portugal não ter conseguido assinar com este país um acordo, mas mesmo assim, continuou em 2003 com a cooperação. 

  O  IPAD prosseguiu  com projectos  ligados  à educação, no ensino básico,  secundário, formação de professores e ensino superior, mantendo a doação de bolsas de estudo. Também se preocupou com a saúde e com a agricultura, compra e limpeza de edifícios. 

Portugal ofereceu 1 milhão de dólares ao Tesouro Público, 500 mil dólares paro o Trust Fund do PNUD, por via do Fundo Especial da CPLP, para ajudar a remunerar os funcionários 

  

20  

públicos em atraso e 10,6 mi euros para as despesas de funcionamento do Conselho Nacional de Transição. 

   São Tomé e Príncipe  

Este  país  atravessa  a  mesma  dificuldade  inicial  que  a  Guiné‐Bissau,  mas  Portugal continuou  com  o  apoio  nos  sectores  da  agricultura,  educação,  saúde,  justiça  e  formação profissional, com o objectivo de diminuir a pobreza. 

A  elaboração  do  Programa  de  Acção  para  2003‐2004  considerou  prioritária  a mobilização de esforços durante este período. Com a conclusão da participação de Portugal no que se refere ao Apoio das Médias Empresas Agrícolas Santomenses, este foi transferido para as autoridades da STP. 

Angola  

Neste país executou‐se um Plano de Acção de Cooperação  intercalar que beneficiou tanto portugueses como angolanos, com grande incidência na área da pobreza e da educação. 

O  Primeiro‐Ministro  Português,  ao  ter  visitado  este  país,  deu  de  imediato  início  à preparação do PAC para 2003. Também  foram desenvolvidas duas acções humanitárias, ou seja,  no  envio  de  bens  de  primeira  necessidade  e  no  reassentamento  de  populações deslocadas, de modo a promover a paz. Esta acção teve resultados positivos, na mediada, em que  Angola  se  encontra  numa  situação  positiva,  visto  que  procura  reunir  através  da Conferência de Doadores, uma reunificação de meios financeiros com o objectivo de reabilitar e reconstruir as suas estruturas económicas e sociais. 

A  boa  relação  de  Portugal  com  este  país  tem‐se  verificado  nas  visitas  políticas constantes e nos instrumentos de cooperação entre assinados.  

Foram levadas a cabo, missões empresariais, devido a toda esta estabilidade política e das  reformas macroeconómicas,  tudo  com  vista  a  reforçar  o  bom  ambiente  empresarial, através da formação de autoridades financeiras. 

Moçambique  

A  cooperação  principal  com  este  país  deve‐se  à  diminuição  da  pobreza  absoluta, através do Plano de Acção para a Redução da Pobreza Absoluta entre 2000‐2005. 

Em  2003,  cerca  de  25  programas/projectos  estavam  em  execução,  no  âmbito  da agricultura, educação e mulher e acção social. 

A PAC – Plano de Acção de Cooperação para 2004  ficou  à espera para uma melhor oportunidade política. 

  

21  

No entanto, a relação entre estes dois países, fez com que as visitas políticas fossem recíprocas. 

No sector da agricultura, concluiu‐se o financiamento desenvolvido pela Fundação Aga Khan,  que  se  centrou  na  organização  social  das  comunidades,  na  formação  de  recursos, humanos, na assistência agrícola, pesca e florestal e na área da saúde e educação. 

Cabo Verde 

   Em relação aos cabo‐verdianos, foram feitas visitas pelos responsáveis sectoriais, para assinatura de novos Acordos.   

  A reactivação da Sociedade de Desenvolvimento da  Ilha da Boavista, criada em 2001, prevê  o  desenvolvimento  de  planos,  estudos,  e  pareceres  quanto  ao  ordenamento  e promoção do nível  turístico,  trabalhos de  cartografia digital aérea e a  criação de  cadastros terrenos. 

  Portugal  marcou  a  sua  presença  activamente,  na  Reunião  de  Parceiros  de Desenvolvimento  de  Cabo  Verde,  e  prometeu  criar  um  grupo  de  trabalho  para  apoiar  o pedido das autoridades desta região, que ganharam um estatuto junto da UE. 

  Também foram aprovados os seguintes projectos: Reforço das Parcerias e de Apoio à Execução  do  Programa  de  Luta  contra  a  Pobreza  Rural  e  Apoio  à  2º  fase  do  Projecto  de Capacitação Institucional da Agência Nacional de Segurança Alimentar. 

 

 

 

  Em suma, pode dizer‐se que Portugal e estes países cooperam entre si, e que o IPAD é um grande meio de ajudar na sustentabilidade destes membros que fazem parte da CPLP, e que necessitam de muitas ajudas, visto que  são muito carenciados e que necessitam de  se desenvolver nas principais áreas. 

  Cada  país  é  acompanhado  de  um  quadro  referente  a  2003,  em  relação  absoluta  e percentual da situação interna, mostrando várias áreas de intervenção, como: Infra‐estruturas e  serviços  sociais;  infra‐estruturas  e  serviços  económicos;  sectores  de  produção;  indústria, minas  e  construção;  comércio  e  turismo;  multisectorial/transversal;  ajuda  a  programas  e ajuda  sob  a  forma  de  produtos;  acções  relacionadas  com  a  dívida;  ajuda  de  emergência; custos  administrativos  dos  doadores;  apoio  às  organizações  não‐governamentais;  não afectado/não especificado.       

  

22  

6. Conclusão

 

Segundo Guilherme Schaefers Paul  

“Deve‐se reconhecer que a multiplicação do potencial de todos os recursos envolvidos, assim como a busca de sinergias e pontos de contacto  entre  países  tão  díspares  como  os  que  compõem  a  CPLP, representam um desafio complexo, tanto para os governos nacionais, como para outras organizações representativas que, de uma forma ou de  outras,  interferem  directa  ou  indirectamente  neste  processo.  A coordenação  de  acções  conjuntas,  no  âmbito  da  CPLP  poderá incentivar  o  surgimento  de  iniciativas  e  a  criação  de  oportunidades voltadas para o reforço da sua inserção internacional. 

Nesta  mesma  óptica,  cria‐se  também  a  expectativa  da obtenção  de  resultados,  traduzidos  na  forma  de  benefícios  sociais  e económicos, os quais deverão ser gerados e absorvidos pelos cidadãos dos países membros. Para isso a CPLP deverá atingir os seus objectivos em benefício das populações que a constituem.” (2006: 25) 

Com este trabalho, pretendi de uma forma mais pormenorizada quanto possível fazer 

uma  abordagem  sobre  a  Cooperação  de  Portugal  e  CPLP,  recorrendo  para  isso  a  teses  de 

professores universitários e especialistas na matéria e a fontes oficiais de estatística como a 

OCDE, que possui informação credível. 

Relativamente, aos objectivos da cadeira, estou certa de  ter dado o meu melhor, de 

modo  a  corresponder  aos  requisitos  exigidos,  nomeadamente  quanto  às  aprendizagens 

necessárias  para  a  aquisição  de  competências  na  pesquisa  de  Fontes  de  Informação  e  na 

elaboração de um trabalho académico.  

No  entanto,  as  dificuldades  encontradas  durante  a  execução  do  trabalho  foram 

algumas,  mas  no  meu  ponto  de  vista  considero  que  se  tratou  de  um  processo  de 

aprendizagem muito formativo, quer no estudo do tema, quer na pesquisa das diversas fontes 

e na própria redacção e na apresentação do mesmo. 

  

23  

7. Referências Bibliográficas

Fontes Impressas: 

Imperial, Jovelina Alfredo António (2006), “ A CPLP e a Cooperação para o desenvolvimento: 

em que medida a CPLP pode contribuir para o desenvolvimento dos Estados Membros, um 

exemplo  –  Angola”,  Tese  de Mestrado  em  Desenvolvimento  e  Cooperação  Internacional. 

Lisboa: Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa. 

IPAD  (2004),  “Cooperação  Bilateral”,  in  IPAD  –  Instituto  Português  de  Apoio  ao Desenvolvimento,  Memorando  de  Cooperação  Portuguesa  2003.  Cooperação  Portuguesa: Lisboa. 

Paul,  Guilherme  Schaefers  (2006),  “A  eficácia  dos  instrumentos  de  cooperação  técnica  da 

CPLP”, Tese de Mestrado em Desenvolvimento e Cooperação  Internacional. Lisboa:  Instituto 

Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa. 

Fontes Electrónicas:  

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emprego”,  Africanidade.  Página  consultada  a  29  de  Novembro  de  2010,  acedida  em 

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Bernardino, Luís Manuel Brás (2007), “Que política de cooperação para a segurança e defesa 

deve Portugal adoptar em África”, Revista Militar. Página consultada a 25 de Novembro de 

2010, http://www.revistamilitar.pt/modules/articles/article.php?id=216 

 Colaboração  IEEI‐ECDPM‐IPAD  (s.d), Cooperação para o Desenvolvimento e as Relações UE‐

África, Instituto de Estudos Estratégicos Internacionais, Página consultada a 25 de Novembro 

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Portuguesa.  Página  Consultada  a  4  de  Novembro  de  2010,  acedida  em 

http://www.cplp.org/id‐939.aspx 

  

24  

CPLP  (org.)  (2010b)  “XXI  Reunião  Ordinária  de  Pontos  Focais  de  Cooperação  da  CPLP”, 

Comunidade de Países de Língua Portuguesa. Página Consultada a 4 de Novembro de 2010, 

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http://www.ipad.mne.gov.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=132&Itemid=16

IPAD  (2010b)  “Estratégia  Portuguesa  de  Cooperação  Multilateral”,  Estratégias  para  a 

Cooperação  Portuguesa,  Página  consultada  a  29  de  Novembro  de  2010,  disponível  em 

http://www.ipad.mne.gov.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=388&Itemid=32

IPAD (2010c) “Guiné‐Bissau” Países. Página consultada a 5 de Dezembro de 2010, acedida em 

http://www.ipad.mne.gov.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=53&Itemid=84 

IPAD (2011d), “Programa Indicativo da Cooperação Portugal/Guiné‐Bissau 2008‐2010”, Países. Página  consultada  em  13  de  Janeiro  de  2011,  acedida  em http://www.ipad.mne.gov.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=279&Itemid=249 

  

25  

Santos, Boaventura Sousa (2010), “A CPLP vista em África”. Visão. Página consultada em 29 de 

Novembro de 2010, disponível em http://aeiou.visao.pt/a‐cplp‐vista‐de‐africa=f567612 

Wikipédia  (2010),  “  Comunidade  de  Países  de  Língua  Portuguesa”,  Wikipédia,  Página 

Consultada  a  3  de  Dezembro  de  2010,  acedida  em 

http://pt.wikipedia.org/wiki/Comunidade_dos_Pa%C3%ADses_de_L%C3%ADngua_Portugues

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

26  

Anexo 1

Página da Internet Avaliada

  

27  

Anexo 2

Texto de suporte da Ficha de Leitura

IPAD  (2004),  “Cooperação  Bilateral”,  in  IPAD  –  Instituto  Português  de  Apoio  ao Desenvolvimento,  Memorando  de  Cooperação  Portuguesa  2003.  Cooperação  Portuguesa: Lisboa, 33‐45.