Cooperativas de Construcao e Habitacao

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    Conselho de Ministros

    COOPERATIVAS DE CONSTRUO E HABITAO

    Projecto deDecreto n. __/09, de __ de __________

    Verso Preliminar

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    Decreto N.____/ 2009

    de___de____

    Considerando que a presso a que foram submetidos os principais centrosurbanos, fruto da conjuntura actual, contribui para o crescimento desordenado dosmesmos, bem como para a existncia de um grande deficit habitacional, criando gravesconstrangimentos a populao para o acesso a uma habitao condigna;

    Atendendo ao facto do Governo ter assumido, no mbito da garantia do direito

    fundamental a habitao, um amplo programa de promoo e oferta de habitao aspopulaes, fundamentalmente as das camadas mais desfavorecidas;

    Considerando que este desiderato reclama uma cada vez mais estreitacooperao entre os sectores pblicos e privados, com realce para o sectorcooperativo, constitucionalmente consagrado, no mbito do princpio de coexistnciados sectores de produo.

    Atendendo ao escopo e a essncia das cooperativas, enquanto colectividade depessoas que se agrupam voluntariamente, visando um fim comum, por meio de umaempresa, sujeitos aos princpios cooperativos, constituindo verdadeiras alavancas de

    desenvolvimento social e comunitrio, visando o cooperativismo habitacional aeliminao da especulao dos preos das habitaes, a diminuio dos custosindividuais, o combate ao desemprego, melhoria da qualidade de vida e consequentefixao das populaes.

    Com vista a potenciao e ao estimular do cooperativismo habitacional e deconstruo, enquanto forma de promoo da solidariedade social, assim como noincremento do Programa do Governo de aumento da oferta de habitao aspopulaes;

    Nos termos das disposies combinadas da alnea d) do artigo 112 e do artigo

    113 ambos da Lei Constitucional, o Governo decreta o seguinte:

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    CAPTULO ISobre as cooperativas de construo e habitao em geral

    Artigo 1(mbito)

    O presente diploma e aplicvel as cooperativas de construo e habitao,constitudas ao abrigo dos artigos subsequentes.

    Artigo 2(Noo e Objecto)

    1. So cooperativas de habitao e construo a associao de pessoas singulares,dotadas de personalidade jurdica plena, de capital e composio variveis, organizadasegundo os princpios cooperativos, sem fins lucrativos e que visam a realizao doobjecto referido nos nmeros 2 e 3, deste artigo.

    2. O objecto principal das cooperativas previstas no presente diploma, e aconstruo, aquisio e/ou a promoo de fogos para habitao dos seus membros, aadministrao, gesto e conservao dos empreendimentos habitacionais comuns,

    bem como a prestao de servios complementares, tais como a reparao,remodelao e alteraes de edificaes.

    3. As cooperativas de construo e habitao podem ainda prosseguir ou apoiar eincentivar outras iniciativas de interesse para os cooperadores nos domnios social,cultural, material e de qualidade de vida, designadamente a criao de postos deabastecimento, lavandarias, servio de limpeza e arranjos domsticos, creches einfantrios, salas de estudo, salas e campos de jogo, lares para a terceira idade ecentros de dia.

    4. A utilizao da forma cooperativa no isenta da obrigao da conformidade do

    exerccio da actividade com as leis e os regulamentos ou da obteno de autorizao elicenas exigveis nos termos legais e regulamentares, devendo as entidades de quemdependa a concesso dessas autorizaes e licenas ter em conta a especial naturezae funo social das cooperativas.

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    Artigo 3(Forma de constituio)

    1. As cooperativas de construo e habitao constituem-se obrigatoriamente porescritura pblica.

    2. Da escritura pblica dever constar:

    a) Denominao da cooperativa;b) Objecto;c) Bens ou direitos, trabalhos ou servios com que os cooperadores concorrem;

    d) O valor das entradas;e) Titulares dos corpos sociais para o primeiro mandato;f)Identificao de todos os fundadores;g) Estatutos.

    Artigo 4(Estatutos e Regulamentos)

    1. Os Estatutos devem, pelo menos, conter o seguinte:

    a) A denominao da cooperativa;b) Objecto;c) O domicilio;d) O mbito territorial;e) A durao;f) O capital mnimo;g) As entradas dos cooperadores, para a constituio do capital;h) As classes dos cooperadores, os requisitos para sua admisso e excluso

    voluntria;i) Direitos e deveres dos cooperadores;

    j) O montante do capital social inicial, o montante das jias, o valor dos ttulos decapital, o capital mnimo a subscrever por cada cooperador e a sua forma derealizao;

    k) O modo de proceder liquidao e partilha dos bens da cooperativa, em casode dissoluo;

    l) O processo de alterao dos estatutos.

    2. Qualquer modificao dos Estatutos dever ser feita por escritura pblica.

    3. As cooperativas podero adoptar Regulamentos Internos, para o desenvolvimentodo disposto nos seus Estatutos.

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    Artigo 5(Registo da denominao)

    O acto constitutivo da cooperativa dever ser registada na repartio comercial,dos competentes servios de Registo Comercial, no prazo mximo de trinta dias aps acelebrao da Escritura Pblica.

    Artigo 6(Nmero Mnimo de membros)

    As cooperativas de construo e habitao no podem constituir-se com menosde dez cooperadores.

    Artigo 7. (Aquisio de personalidade jurdica)

    A cooperativa adquire personalidade jurdica com o registo da sua constituio.

    Artigo 8.

    (Responsabilidade antes do registo)

    1. Pelos actos praticados em nome da cooperativa antes do registo do actoconstitutivo, respondem solidria e ilimitadamente entre si todos os que os tiverempraticado actos ou autorizado os mesmos.

    2. Os restantes membros respondem at ao limite do valor dos ttulos do capital quesubscreveram, acrescido das importncias que tenham recebido a ttulo de distribuio.

    3. Depois de regularmente constituda, as consequncias dos actos referidos nosnmeros anteriores, devero ser assumidas pela cooperativa, cessando a

    responsabilidade solidria, caso o patrimnio social seja suficiente para responderpelos actos praticados nos termos deste artigo.

    Artigo 9(Responsabilidade do membro)

    A responsabilidade dos membros das cooperativas limitada ao montante docapital social subscrito pelo cooperador, sem prejuzo de os estatutos da cooperativapoderem determinar que a responsabilidade dos cooperadores seja ilimitada, ou aindalimitada em relao a uns e ilimitada quanto aos outros.

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    Artigo 10(Isenes)

    As cooperativas de construo e habitao so isentas de imposto de selo e dequalquer contribuio sobre os lucros que realizam.

    Artigo 11(Admisso de Membros)

    1. A admisso dos cooperadores verifica-se mediante a sua assinatura no livro de

    registo de cooperadores, que estar sempre patente na sede da cooperativa, e dondeconstar:

    a) O nome, profisso e domicilio de cada cooperador;b) A data de admisso, exonerao ou excluso de cada um;c) A conta corrente das quantias entregues ou retiradas por cada cooperador.

    2. As cooperativas de construo e habitao s podem condicionar a admisso denovos membros existncia de programas em que os candidatos possam serintegrados.

    3. Os candidatos que no forem admitidos com fundamento no nmero anteriorsero obrigatoriamente inscritos, por ordem de apresentao dos respectivos pedidos,em livros prprios, devendo esta ordem ser respeitada aquando da admisso de novoscooperadores.

    4. Nenhuma cooperativa de construo e habitao poder usar da faculdadeprevista no n. 2 deste artigo durante mais de 3 anos consecutivos relativamente aos20 primeiros candidatos inscritos.

    CAPTULO II

    Do Apoio do Estado

    Artigo 12. (Acesso Terra)

    1. O estado, atravs dos seus servios, auxiliar as cooperativas previstas nestediploma, na obteno de terras para a implantao dos seu projectos, por meio dadisponibilizao das parcelas de terra da sua reserva fundiria, destinadas aimplantao de fogos.

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    2. Os terrenos sero entregues com as infra-estruturas bsicas devidamenteinstaladas, sem prejuzo da possibilidade das cooperativas, de per si, adquirirem,parcelarem e urbanizarem os terrenos onde queiram realizar os seus projectos.

    3. O Estado apoiar igualmente, na viabilizao clere do Direito de Superfcie, daLicena de Construo e demais licenas exigidas por lei.

    Artigo 13. (Apoio Financeiro)

    1. O Estado dever apoiar, atravs da disponibilizao de fundos pblicos,financeiramente, as cooperativas que renam os requisitos previstos no artigo 85.

    2. Sem prejuzo do disposto no nmero anterior, o Estado dever providenciarfinanciamento bonificado s cooperativas, que renam os requisitos referidos nonmero anterior.

    CAPTULO IIIDos Cooperadores

    Artigo 14. (Cooperadores)

    1. Podem ser membros das cooperativas, todas as pessoas singulares que,preencham os requisitos previstos neste diploma, e nos estatutos da cooperativa,desde que requeiram a sua livre e voluntria adeso.

    2. Podem ser membros de uma cooperativa de construo e habitao pessoas demenor idade, havendo os estatutos regular as condies do exerccio, por eles, dosrespectivos direitos sociais, sem prejuzo do disposto no artigo 124 do Cdigo Civil

    3. A deliberao da direco sobre o requerimento de admisso susceptvel derecurso para a primeira assembleia-geral subsequente.

    4. Tm legitimidade para recorrer os membros da cooperativa e o candidato,podendo este assistir a essa assembleia-geral e participar na discusso deste ponto daordem de trabalhos, sem direito a voto.

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    Artigo 15. (Direitos dos cooperadores)

    Os cooperadores tm direito, nomeadamente, a:

    a) Assistir e participar das reunies da assembleia-geral, apresentando propostas,discutindo e votando os pontos constantes da ordem de trabalhos e nos demaisrgos de que faam parte.

    b) Eleger e ser eleitos para os rgos da cooperativa;c) Receber cpia dos Estatutos e dos Regulamentos Internos;d) Requerer informaes aos rgos competentes da cooperativa e examinar a

    escrita e as contas da cooperativa, nos perodos e nas condies que foremfixados pelos estatutos, pela assembleia-geral ou pela direco;e) Requerer a convocao da assembleia-geral nos termos definidos nos estatutos

    e, quando esta no for convocada, requerer a convocao judicial;f) Participar de todas as actividades da cooperativa, sem limitao, com excepo

    das reunies dos rgos colegiais de que no faam parte.g) Apresentar a sua demisso.

    Artigo 16. Deveres dos cooperadores

    1. Os cooperadores devem respeitar os princpios cooperativos, as leis, os estatutosda cooperativa e os respectivos regulamentos internos.

    2. Os cooperadores devem ainda:

    a) Tomar parte na assembleias-gerais;b) Aceitar e exercer os cargos sociais para os quais tenham sido eleitos, salvo

    motivo justificado de escusa;c) Participar, em geral, nas actividades da cooperativa e prestar o trabalho ou

    servio que lhes competir;

    d) Efectuar os pagamentos previstos na legislao aplicvel, nos estatutos e nosregulamentos internos.

    e) No realizar actividades concorrentes com o objecto da cooperativa.

    Artigo 17. (Responsabilidade dos cooperadores)

    A responsabilidade dos cooperadores limitada ao montante do capital socialsubscrito, sem prejuzo de os estatutos da cooperativa poderem determinar que aresponsabilidade dos cooperadores seja ilimitada, ou ainda limitada em relao a uns eilimitada quanto aos outros.

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    Artigo 18. (Demisso)

    1. Os cooperadores podem solicitar a sua demisso nas condies estabelecidasnos estatutos, ou, no caso destes serem omissos, no fim de um exerccio social, compr-aviso de trinta dias, sem prejuzo da responsabilidade pelo cumprimento das suasobrigaes como membros da cooperativa.

    2. Ao cooperador que se demitir ser restitudo, no prazo estabelecido pelosestatutos ou, supletivamente, no prazo mximo de um ano, o montante dos ttulos decapital realizados segundo o seu valor nominal.

    3. O valor nominal referido no nmero anterior ser acrescido dos juros a que tiverdireito relativamente ao ltimo exerccio social, da quota-parte dos excedentes ereservas no obrigatrias repartveis, na proporo da sua participao, ou reduzido,se for caso disso, na proporo das perdas acusadas no balano do exerccio nodecurso do qual surgiu o direito ao reembolso.

    Artigo 19.(Sanes)

    1. Sem prejuzo de outras, que se encontrem previstas nos estatutos ou nosregulamentos internos, podem ser aplicadas aos cooperadores as seguintes sanes:

    a) Censura registada;b) Multa;c) Suspenso temporria de direitos;d) Perda de mandato;e) Expulso.

    2. A aplicao de qualquer sano ser sempre precedida de processo, nos termosdo disposto no artigo anterior.

    3. A aplicao das sanes previstas nas alneas a), b) e c) da competncia dadireco.

    4. A aplicao das sanes previstas nas alneas d) e e) da competncia daAssembleia-geral.

    5. O cooperado sancionado tem 30 dias para interpor recurso para a Assembleia-geral subsequente, das sanes aplicadas pela direco.

    6. Das sanes aplicadas pela Assembleia-geral cabe recurso ao tribunal, o qualdeve ser interposto no prazo de 1 ano, contado da data de que tome conhecimento damesma, sob pena de prescrio.

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    Artigo 20. (Excluso)

    1. A excluso ter de ser fundada em violao grave e culposa dos preceitos destediploma, da legislao complementar aplicvel, dos estatutos da cooperativa ou dosseus regulamentos internos.

    2. A excluso ter de ser precedida de processo escrito, sob pena de nulidade, doqual constem a indicao das infraces, a sua qualificao, a prova produzida, adefesa do arguido, as circunstncias atenuantes e a proposta de aplicao da medidade excluso.

    3. insuprvel a nulidade resultante:

    a) Da falta de audincia do arguido;b) Da insuficiente individualizao das infraces imputadas ao arguido;c) Da falta de referncia aos preceitos legais, estatutrios ou regulamentares,

    violados;d) Da omisso de quaisquer diligncias essenciais para a descoberta da verdade.

    4. A proposta de excluso a exarar no processo ser fundamentada e notificada porescrito ao arguido, com uma antecedncia de, pelo menos, sete dias, em relao

    data da assembleia-geral que sobre ela deliberar.

    5. A excluso deve ser deliberada no prazo mximo de um ano a partir da data emque algum dos membros da direco tomou conhecimento do facto que a permite.

    6. Da deliberao da assembleia-geral que decidir a excluso cabe sempre recursopara os tribunais.

    7. Ao membro da cooperativa excludo aplica-se o disposto na parte final do n. 1 e odisposto nos ns 2 e 3 do artigo 18..

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    CAPITULO IVDos rgos sociais

    Artigo 21(rgos)

    1. So rgos sociais da cooperativa:

    a) A assembleia-geral;b) A direco;

    c) O conselho fiscal.2. A assembleia ou a direco, conforme estabeleam os estatutos poderodeliberar a constituio de comisses especiais, de durao limitada, para odesempenho de tarefas determinadas.

    Artigo 22(Designao dos ttulos dos rgos sociais)

    1. Os titulares dos rgos sociais so eleitos entre os cooperadores por um perodo

    de trs anos se o outro perodo mais curto no vier a ser previsto nos estatutos.

    2. Em caso de vacatura do cargo, o membro designado para preencher apenascompletar o mandato.

    3. Nenhum titular dos rgos sociais deve ser reeleito mais de uma vez consecutivapara a mesa da assembleia-geral, direco ou conselho fiscal, sem prejuzo de osestatutos da cooperativa determinarem de outro modo.

    Artigo 23

    (Condies de elegibilidade)

    1. S so elegveis para titulares dos cargos de membros da mesa da assembleia-geral, da direco e do conselho fiscal de uma cooperativa os membros que:

    a) Se encontrem no uso de todos os seus direitos civis e de cooperadores;b) No estejam sujeitos ao regime de liberdade condicional, nem aplicao de

    medidas de segurana, privativas da liberdade individual;c) Sejam membros da cooperativa h, pelo menos, trs meses, com ressalva da

    primeira eleio;

    2. Os eleitos que venham a estar abrangidos pelas causas de inelegibilidadeprevistas na alnea a) do nmero anterior perdem o mandato.

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    3. Os eleitos que venham a estar abrangidos pelas causas de inelegibilidadeprevistas na alnea b) do n. 1 so suspensos do seu mandato, enquanto as mesmasdurarem, sem prejuzo do disposto no n. 2 artigo 24.

    Artigo 24(Incompatibilidades)

    1. Nenhum cooperador pode pertencer simultaneamente mesa da assembleia-geral, direco ou conselho fiscal de uma cooperativa.

    2. No podem ser eleitos para o mesmo rgo social da cooperativa ou sersimultaneamente titulares da direco e do conselho fiscal os cnjuges, as pessoasque vivam em comunho de facto, os parentes ou afins em linha recta e os irmos.

    Artigo 25(Funcionamento dos rgos)

    1. Todos os rgos sociais da cooperativa tero 1 presidente, que ter voto dequalidade, e, pelo menos 1 secretrio.

    2. Nenhum rgo social da cooperativa, excepo da assembleia geral, podefuncionar sem que estejam preenchidos, pelo menos, metade dos seus lugares,devendo proceder-se, no caso contrrio e no prazo mximo 1 ms, ao preenchimentodas vagas verificadas, sem prejuzo de estas serem ocupadas, por membros suplentes,sempre que os mesmos estejam previstos nos estatutos.

    3. As deliberaes dos rgos sociais da cooperativa so tomadas por maioriasimples, sempre que a legislao complementar aplicvel aos diversos ramos do sectorcooperativo ou os estatutos no exijam maioria qualificada.

    4. As votaes respeitantes as eleies dos rgos sociais ou a assuntos de

    incidncia pessoal dos cooperadores sero feitas por escrutnio secreto.

    5. Ser sempre lavrada acta das reunies de qualquer rgo social dascooperativas, a qual obrigatoriamente assinada por quem exercer as funes depresidente e de secretrio do rgo social.

    6. Os estatutos podero prever a remunerao dos titulares dos rgos sociais dacooperativa.

    7. Os estatutos podero exigir a obrigatoriedade de cauo por parte dos membrosda direco e dos gerentes.

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    SECO IAssembleia-Geral

    Artigo 26(Definio e composio da assembleia geral)

    1. A assembleia-geral o rgo social supremo da cooperativa e as suasdeliberaes, tomadas nos termos legais e estaturios, so obrigatrias para osrestantes rgos sociais da cooperativa e para todos os membros desta.

    2. Participam na assembleia-geral todos os cooperadores no pleno gozo dos seusdireitos.

    Artigo 27(Sesses ordinrias e extraordinrias da assembleia geral)

    1. A assembleia-geral reunir em sesses ordinrias e extraordinrias.

    2. A assembleia geral ordinria reunir obrigatoriamente duas vezes em cada ano,uma, at 31 de Maro, para apreciao e votao das matrias referidas na alnea b)

    do artigo 30 deste diploma, e outra, at 31 de Dezembro, para apreciao e votaodas matrias referidas na alnea c) do mesmo artigo.

    3. A assembleia-geral extraordinria reunir quando convocada pelo presidente damesa da assembleia, a pedido da direco ou do conselho fiscal ou a requerimento de,pelo menos, 5% ou 10% dos cooperadores conforme a cooperativa tiver mais oumenos de 1000 membros, no podendo este nmero ser inferior a 5 cooperadores.

    Artigo 28(Mesa da assembleia geral)

    1. A mesa da assembleia-geral constituda por 1 presidente, por 1 vice-presidentee por 1 secretrio, sem prejuzo de, quanto a este, os estatutos poderem estipularnmero superior.

    2. Ao presidente incumbe convocar a assembleia-geral, presidir mesma e dirigir ostrabalhos, sendo substitudo, nas suas faltas e impedimentos, pelo vice-presidente.

    3. Ao secretrio compete coadjuvar o presidente na orientao dos trabalhos eelaborar as actas das reunies.

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    4. Na falta de qualquer dos membros da mesa da assembleia-geral, competir aesta eleger os respectivos substitutos, de entre os cooperadores presentes, os quaiscessaro as suas funes no termo da reunio.

    5. Salvo se a legislao complementar aplicvel aos diversos ramos do sectorcooperativo ou os estatutos dispuserem de outro modo, causa de destituio dopresidente da mesa da assembleia geral a no convocao desta nos casos em que odeva fazer, e de qualquer dos membros da mesa, a no comparncia sem motivojustificado a, pelo menos, trs sesses seguidas.

    Artigo 29(Convocatria da Assembleia-Geral)

    1. A assembleia-geral convocada, com, pelo menos, quinze dias de antecedncia,pelo presidente da mesa.

    2. A convocatria, que dever conter a ordem dos trabalhos da assembleia, bemcomo o dia, a hora e o local da reunio, ser publicada num dirio do distrito, da regioadministrativa ou da regio autnoma em que a cooperativa tenha a sua sede ou, nafalta daquele, em qualquer outra publicao do distrito, da regio administrativa ou daregio autnoma que tenha uma periodicidade mxima quinzenal.

    3. Na impossibilidade de se observar o disposto no nmero anterior, ser aconvocatria publicada num dirio do distrito ou da regio administrativa mais prximoda localidade em que se situe a sede da cooperativa.

    4. A convocatria ser ainda enviada a todos os associadas por via postal ouentregue em mo, neste caso contra recibo.

    5. Nas cooperativas com menos de 100 membros dispensada a publicaoprevista nos n. 2 e 3 deste artigo.

    6. A convocatria ser sempre afixada nos locais em que a cooperativa tenha a suasede ou outras formas de representao social.

    7. A convocatria da assembleia geral extraordinria deve ser feita no prazo de 15dias aps o pedido ou requerimento previstos no n. 3 do art. 27, devendo a reuniorealizar-se no prazo mximo de 30 dias, contados da data de recepo do pedido ourequerimento.

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    Artigo 30(Qurum)

    1. A assembleia-geral reunir hora marcada na convocatria, se estiver presentemais de metade dos cooperadores com o direito de voto, ou seus representantesdevidamente credenciados.

    2. Se, hora marcada para a reunio, no se verificar o nmero de presenasprevisto no nmero anterior, se os estatutos no dispuseram de outro modo, aassembleia reunir, com qualquer nmero de cooperadores, uma hora depois.

    3. No caso de convocatria da assembleia-geral ser feita em sesso extraordinria ea requerimento dos cooperadores, a reunio s se efectuar se nela estiverempresentes, pelo menos, trs quartos dos requerentes.

    Artigo 31(Competncia da assembleia geral)

    da competncia exclusiva da assembleia-geral:

    a) Eleger e destituir os membros dos rgos sociais;

    b) Apreciar e votar anualmente o balano, o relatrio e as contas direco, bemcomo o parecer do conselho fiscal;c) Apreciar e votar o oramento e o plano de actividades para o exerccio seguinte;d) Fixar as taxas dos juros a pagar aos membros das cooperativas;e) Aprovar a forma de distribuio dos excedentes;f)Alterar os estatutos e aprovar e alterar os regulamentos internos;g) Aprovar a fuso, a incorporao e a ciso de cooperativas;h) Aprovar a dissoluo da cooperativa;i) Aprovar a filiao da cooperativa em unies, federaes e confederaes;j) Decidir a admisso, sempre que prevista estatutariamente, e a excluso de

    cooperadores e funcionar como instncia de recurso em relao as sanes

    aplicadas pela direco, sem prejuzo de recurso para os tribunais;k) Fixar a remunerao dos membros dos rgos sociais da cooperativa e da mesa

    da assembleia-geral, quando tal estiver autorizado pelos estatutos;l) Decidir do exerccio do direito da aco civil ou penal, nos termos do artigo 51;m)Apreciar e votar matrias especialmente previstas neste diploma, na legislao

    complementar aplicvel aos diversos ramos do sector cooperativo ou nosestatutos.

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    Artigo 32(Deliberaes)

    So nulas todas as deliberaes tomadas sobre matrias que no constem daordem dos trabalhos fixada na convocatria, salvo se, estando presentes ourepresentados devidamente todos os membros da cooperativa, no pleno gozo dos seusdireitos, concordarem, por unanimidade, com a respectiva incluso, ou se incidir sobrea matria constante do n. 1 do artigo 51, de acordo com o estabelecimento no n. 3do mesmo artigo.

    Artigo 33(Votao)

    1. Na assembleia-geral, cada cooperador dispe de 1 voto, qualquer que seja a suaparticipao no respectivo capital social.

    2. exigida maioria qualificada de, pelo menos, dois teros dos votos expressos naaprovao das matrias constantes das alneas f), g), h), i), j), e m) do artigo 20 destediploma, ou de quaisquer outras para cuja votao os estatutos prevejam uma maioriaqualificada.

    3. No caso da alnea h) do artigo 31, a dissoluo no ter lugar se, pelo menos, onmero mnimo de membros referido no artigo 41 se declarar disposto a assegurar apermanncia da cooperativa, quaisquer que sejam os nmeros de votos contra.

    Artigo 34(Voto por correspondncia)

    admitido o voto por correspondncia, sobre condio de o seu sentido serexpressamente indicado em relao ao ponto ou pontos da ordem de trabalhos e deassinatura do cooperador ser reconhecida nos termos legais.

    Artigo 35(Voto por representao)

    1. admitido o voto por representao, devendo o mandato, atribudo a outrocooperador ou a familiar maior do mandante que com ele coabite, constar dedocumento escrito e dirigido ao presidente da mesa da assembleia geral e a assinaturado mandante ser reconhecida nos termos legais.

    2. Cada cooperador no poder representar mais de 3 membros da cooperativa.

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    SECO IIDireco

    Artigo 36(Composio e eleio da direco)

    1. A direco composta, no mnimo, por 1 presidente, 1 tesoureiro, e 1 secretrio.

    2. Os estatutos podero prever um nmero superior de membros efectivos, um dosquais poder ser designado vice-presidente, bem como a existncia de membros

    suplentes.3. Quando no existir vice-presidente, o secretrio substitui o presidente nos seusimpedimentos.

    Artigo 37(Comunicao da direco)

    A direco o rgo de administrao e representao da cooperativa,incumbindo-lhe, designadamente:

    a) Elaborar anualmente e submeter ao parecer do conselho fiscal e apreciao eaprovao da assembleia-geral o balano, relatrio e contas do exerccio, bemcomo o oramento e o plano de actividades para o ano seguinte;

    b) Executar o plano de actividades anual;c) Atender as solicitaes do conselho fiscal nas matrias da competncia desde;d) Deliberar sobre admisso de novos membros e sobre a aplicao de sanes

    previstas neste diploma, na legislao complementar aplicvel aos diversosramos do sector cooperativo e nos estatutos, dentro dos limites da suacompetncia;

    e) Velar pelo respeito da lei, dos estatutos e das deliberaes dos rgos da

    cooperativa;f) Contratar e gerir o pessoal necessrio a actividades da cooperativa;g) Representar a cooperativa em juzo e fora dele;h) Escriturar os livros, nos termos da lei;i) Praticar todos e quaisquer actos na defesa dos interesses da cooperativa e dos

    cooperadores e na salvaguarda dos princpios cooperativos.

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    Artigo 38(Reunies da direco)

    1. As reunies ordinrias da direco tero, pelo menos, periodicidade mensal.

    2. A direco reunir extraordinariamente sempre que o presidente a convoque, ou apedido da maioria dos seus membros efectivos.

    3. A direco s poder tomar deliberaes com a presena de mais de metade dosseus membros efectivos.

    4. Os membros suplentes, quando os estatutos previrem a sua existncia, poderoassistir e participar nas reunies da direco, sem direito de voto.

    Artigo 39(Presidente, tesoureiro e secretariado)

    1. Se outro processo no for adoptado pelos estatutos, a direco escolheanualmente, de entre os seus membros, aqueles que desempenharo as suas funesde presidente, de tesoureiro e de secretario e de vice-presidente, caso se preveja a suaexistncia, podendo, se os estatutos assim o previrem, atribuir outros cargos aos outros

    eventuais membros efectivos.

    2. Ao tesoureiro cabe a responsabilidade dos valores monetrios da cooperativa, osquais sero depositados preferencialmente em estabelecimento de crdito cooperativo.

    Artigo 40(Poderes de representao)

    A direco pode delegar no presidente, ou em outro dos seus membros, ospoderes colectivos da representao previstos na alnea g) do artigo 37.

    Artigo 41(Assinaturas)

    Caso os estatutos sejam omissos, a cooperativa fica obrigada com as assinaturasconjuntas de quaisquer trs membros da direco ou com as assinaturas conjuntas dopresidente e do tesoureiro, salvo quanto aos actos de mero expediente e a obrigaescujo valor no exceda o dobro do salrio mnimo nacional, em que bastar assinaturade um membro da direco.

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    Artigo 42(Gerentes e outros mandatrios)

    A direco, se os estatutos o permitirem, pode designar um ou mais gerentes, ououtros mandatrios, delegando-lhe os poderes previstos nos prprios estatutos ouaprovados pela assembleia-geral, e revogar os respectivos mandatos.

    SECO IIIConselho fiscal

    Artigo 43(Composio)

    O Conselho fiscal composto no mnimo por trs membros efectivos, podendoporm os estatutos prever um nmero superior de membros efectivos, e a existncia demembros suplentes.

    Artigo 44(Competncia)

    O conselho fiscal o rgo de controlo e fiscalizao da cooperativa, incumbindo-lhe designadamente:

    a) Examinar, sempre que julgue conveniente, a escrita e a toda documentao dacooperativa,

    b) Verificar, quando creia necessrio, o saldo de caixa e a existncia de ttulos evalores de qualquer espcie, o que far constar das respectivas actas;

    c) Emitir parecer sobre o balano, o relatrio e as contas de exerccio e ooramento e o plano de actividades para o ano seguinte;

    d) Requer a convocao extraordinria da assembleia-geral, nos termos do n. 3

    do artigo 16;e) Verificar o cumprimento dos estatutos e da lei.

    Artigo 45(Reunies)

    1. O conselho fiscal escolher, de entre os seus membros, o respectivo presidente,a quem compete convocar as reunies do conselho sempre que o entenderconveniente.

    2. As reunies ordinrias do conselho fiscal tero, pelo menos periodicidadetrimestral.

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    3. Os membros do conselho fiscal podem assistir, por direito prprio, s reunies dadireco.

    4. Os membros suplentes do conselho fiscal, quando os estatutos previrem a suaexistncia, podem assistir e participar nas reunies do mesmo sem direito de voto.

    5. O conselho fiscal reunira extraordinariamente sempre que o presidente oconvoque ou a pedido da maioria dos seus membros efectivos.

    Artigo 46

    (Qurum)O conselho fiscal s poder tomar deliberaes com a presena de mais de

    metade dos seus membros efectivos.

    SECO IVDa responsabilidade dos rgos sociais

    Artigo 47

    (Proibies impostas aos directores, aos gerentes e outros mandatrios e aosmembros do conselho fiscal)

    Os directores, os gerentes e outros mandatrios e os membros do conselho fiscalno podem negociar por conta prpria, directamente ou por interposta pessoa, com acooperativa, nem exercer pessoalmente actividade econmica ou similar desta, salvo,no ltimo caso, mediante autorizao da assembleia geral.

    Artigo 48(Responsabilidade dos directores, dos gerentes e outros mandatrios)

    1. So responsveis civilmente, de forma pessoal e solidria, perante a cooperativae terceiros, sem prejuzo de eventual responsabilidade criminal e da aplicabilidade deoutras sanes, os directores os gerentes e outros mandatrios que hajam violado alei, os estatutos e as deliberaes da assembleia geral ou deixado de executarfielmente o seu mandato, designadamente:

    a) Praticando, em nome da cooperativa, actos estranhos ao objecto ou aosinteresses desta ou permitindo a prtica de tais actos;

    b) Pagando ou mandando pagar importncias no devidas pela cooperativa;c) Deixando de cobrar crditos que, por isso, hajam prescrito;

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    d) Procedendo distribuio de excedentes fictcios ou que violem o presentediploma, a legislao complementar aplicvel aos diversos ramos do sectorcooperativo ou os estatutos;

    e) Usando o respectivo mandato, com ou sem utilizao de bens ou crditos dacooperativa, em beneficio prprio ou de outras pessoas, singulares oucolectivas.

    2. A delegao de competncias da direco em um ou mais gerentes ou outrosmandatrios no isenta de responsabilidade os directores, salvo o disposto no artigo50 deste Cdigo.

    3. Os gerentes e outros mandatrios respondem, nos mesmos termos que osdirectores, perante a cooperativa e terceiros, pelo desempenho das suas funes.

    Artigo 49(Responsabilidade dos membros do conselho fiscal)

    Os membros do conselho fiscal so responsveis perante a cooperativa, nostermos do disposto no artigo 48, sempre que se no tenham oposto oportunamenteaos actos dos directores e dos gerentes previstos no mesmo artigo, salvo o disposto noartigo 50.

    Artigo 50(Iseno de responsabilidade)

    1. A aprovao pela assembleia geral do balano, relatrio e contas liberta adireco, os gerentes e outros mandatrios e o conselho fiscal de responsabilidadeperante a cooperativa por factos atinentes queles documentos, salvo se estesviolarem a lei ou os estatutos ou forem conscientemente inexactos, dissimulando asituao real da cooperativa.

    2. So tambm isentos de responsabilidade os directores, gerentes e outrosmandatrios e membros do conselho fiscal que no tenham, por motivo ponderoso,participado na deliberao que a originou, ou tenham exarado em acta o seu votocontrrio.

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    Artigo 51(Direito de aco contra directores, gerentes e outros mandatrios e membros do

    conselho fiscal)

    1. O exerccio, em nome da cooperativa, do direito de aco civil ou penal contradirectores, gerentes e outros mandatrios e membros do conselho fiscal deve seraprovado em assembleia-geral.

    2. A cooperativa ser representada na aco pela direco ou pelos cooperadoresque para esse efeito forem eleitos pela assembleia-geral.

    3. A deliberao da assembleia-geral pode ser tomada na sesso convocada paraapreciao do balano, relatrio e contas do exerccio, mesmo que a respectivaproposta no conste da ordem de trabalhos.

    CAPTULO VDas reservas

    Artigo 52(Reservas para a conservao e reparao e para a construo)

    1. Nas cooperativas de construo e habitao obrigatria a criao de umareserva para a conservao e reparao de uma ou outra construo.

    2. A reserva para a conservao e reparao destina-se a financiar obras deconservao, reparao e limpeza dos fogos de sua propriedade, devendo a forma deintegrao ser determinada pelos estatutos.

    3. A reserva para a construo destina-se a financiar a construo ou aquisio denovos fogos ou instalaes sociais das cooperativas, para ela revertendo os valoresreferidos na alnea g) do artigo 58 do presente diploma.

    Artigo 53(Reserva par educao e formao cooperativa)

    obrigatria constituio de uma reserva para a educao e formaocooperativa destinada a cobrir as despesas com a educao cooperativa,designadamente dos cooperadores, e com a formao cultural e tcnica destes, luzdo cooperativismo e das necessidades da cooperativa.

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    Artigo 54(Reserva social)

    1. Poder ser criada uma reserva social destinada a cobertura dos riscos de vida einvalidez permanente dos cooperadores, desde que a cooperativa tenha capacidadetcnica, econmica e financeira para o efeito.

    2. Nas cooperativas em que tenha sido criada a reserva social obrigatria acriao de uma conta individualizada para a sua contabilizao.

    Artigo 55(Operaes com no cooperadores)

    1. As operaes com no cooperadores, includas no objecto social dascooperativas, realizadas a ttulo complementar no podem desvirtuar o mesmo objectonem prejudicar as posies adquiridas pelos seus cooperadores, devendo o seumontante ser escriturado em separado do realizado com os cooperadores.

    2. Os excedentes lquidos gerados pelas operaes referidos no nmero anteriorrevertero para a reserva legal.

    Artigo 56(Aplicao dos excedentes)

    Os excedentes de cada exerccio resultantes das operaes com membros seroaplicados nas reservas, referidas no artigo 78..

    CAPTULO VIDa propriedade dos fogos

    Artigo 57(Regime da propriedade dos fogos)

    1. Nas cooperativas de habitao podem vigorar os seguintes regimes dapropriedade dos fogos:

    a) Propriedade individual;b) Propriedade colectiva, com manuteno na cooperativa da propriedade dos

    fogos.

    2. Dos estatutos constaro, obrigatoriamente os regimes de propriedade adoptadospela cooperativa.

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    Artigo 58(Custo dos fogos)

    Para efeitos do presente diploma, o custo de cada fogo correspondente somados seguintes valores:

    a) Custo do terreno e infra-estruturas;b) Custo dos estudos e projectos;c) Custo de construo e dos equipamentos complementares quando integrados

    nas edificaes;d) Encargos administrativos com a execuo da obra;

    e) Encargos financeiros com a execuo da obra;f)Montante das licenas e taxas at entrega do fogo em condies de serhabitado;

    g) Reserva para construo a fixar nos estatutos em montante no superior a 10%da soma dos valores referidos nas alneas a) a f) deste artigo.

    SECO IDa propriedade colectiva dos fogos

    Artigo 59(Modalidade de atribuio dos fogos)

    No regime de propriedade colectiva, os fogos so cedidos aos cooperadoresnuma das seguintes modalidades:

    a) Atribuio do direito de habitao;b) Inquilinato cooperativo.

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    Subseco IDireito de habitao

    Artigo 60(Direito de habitao)

    1. O direito de habitao atribudo ao cooperador como morador usurio porescritura pblica donde constem, designadamente, o preo e as condies demodificao e a extino do direito, regulando-se as omisses do presente diploma,dos estatutos ou do contrato pelo disposto nos artigos 1484 e seguintes do Cdigo

    Civil.2. Quando na ocasio da atribuio do fogo o financiamento do mesmo no estiveramortizado, o preo do direito de habitao no poder exceder a quota-parte do valordos juros e demais encargos financeiros relativos ao financiamento utilizado pelacooperativa para o programa em que o fogo se integra.

    3. A quota parte a que se refere o nmero anterior ser fixado por rateio entre osusurios dos fogos integrados no mesmo empreendimento habitacional, segundo osfactores de ponderao legal ou estatutariamente previstos, acrescida da partecorrespondente aos encargos de administrao.

    4. Quando, no montante da atribuio do fogo, o financiamento do mesmo j seencontrar total ou parcialmente amortizado, o preo do direito de habitao ter porbase os juros e outros encargos financeiros que seriam devidos por financiamentoobtido na data dessa atribuio.

    Artigo 61(Amortizao dos fogos)

    1. A atribuio do direito de habitao ser condicionada a subscrio, pelo

    cooperador usurio, de ttulos de investimento no valor total do custo do fogo, calculadonos termos do artigo 58 deste diploma, a realizar medida que se forem vencendo asprestaes de capital devidas pela cooperativa, e no valor destas.

    2. Quando o custo do fogo j se encontrar total ou parcialmente amortizado pelacooperativa, o valor ou subscrever por um novo cooperador em ttulos de investimentodever corresponder ao custo de um fogo do mesmo tipo e caractersticas, construdoou adquirido pela cooperativa data da atribuio do fogo corrigido por um coeficienteproporcional ao uso de depreciao deste.

    3. O valor dos ttulos de investimento realizado para efeitos do n. 1 deste artigo,com excepo do valor referido na alnea g) do artigo 58 s poder ser exigido pelocooperador em caso de demisso ou de excluso.

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    4. Por disposio legal, estaturia ou contratual poder ser determinado que o valordos ttulos de investimento seja directamente pago pelos cooperadores entidadefinanciadora por conta das prestaes devidas pela cooperativa.

    Artigo 62(Modificao do direito)

    Os estatutos podero prever a modificao, condicionada ao prvio acordo docooperador usurio, do direito de habitao pela transferncia daquele de um fogo paraoutro tipo diferente e mais adequado s suas necessidades de habitao, em caso de

    alterao do seu agregado familiar.

    Artigo 63(Transmisso do direito)

    1. O cooperador usurio poder alienar o direito de habitao por acto inter vivos,desde que o adquirente possa ser admitido como membro da cooperativa e aassembleia-geral d o seu acordo.

    2. O direito de habitao poder tambm ser transmitido mortis causa, sem

    necessidade de qualquer autorizao, desde que o sucessor se inscreva como membroda cooperativa, no podendo ser-lhe recusada a admisso.

    3. O direito de habitao indivisvel.

    Artigo 64(Extino do direito)

    1. Quando por morte do cooperador usurio o sucessor no queira ou no possa seradmitido como cooperador, o direito de habitao ser devolvido cooperativa, sendo

    os sucessores reembolsados das quantias a que o cooperador teria direito em caso dedemisso.

    2. Os estatutos podero prever outros casos de extino do direito de habitao.

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    Artigo 65(Demisso ou excluso)

    1. Em caso de demisso ou excluso, o cooperador ter direito a ser restitudo, noprazo estabelecido pelos estatutos ou, supletivamente no prazo de um ano, o valor dosttulos de capital realizados, assim como os excedentes, e os juros a que tiver direitorelativamente ao ltimo exerccio social, at ao momento da demisso, acrescido dovalor dos ttulos de investimento realizados nos termos do artigo 61 deste diploma,com os respectivos juros.

    2. Em caso algum sero reembolsados as quantias pagas a ttulo de preo do direito

    de habitao de que trata o artigo 61 deste diploma.3. Os estatutos podero prever que o reembolso previsto no n. 1 deste artigo sefaa em prestaes, com ou sem juros.

    Subseco IIDo inquilinato cooperativo

    Artigo 66

    (Inquilinato cooperativo)

    1. Na modalidade do inquilinato cooperativo o gozo do fogo cedido ao cooperadormediante um contrato de arrendamento.

    2. As relaes de natureza locatria entre o cooperador e a cooperativa regem-sepela legislao aplicvel ao arrendamento urbano e, nas suas omisses pelo contrato epelos estatutos.

    SECO II

    Da propriedade individual dos fogos

    Artigo 67(Modalidades)

    1. No regime de propriedade individual dos fogos o direito de propriedade transmitido pela cooperativa aos cooperadores mediante um contrato de compra evenda, mediante escritura pblica.

    2. Quando o preo deva ser pago em prestaes, pode a cooperativa reservar parasi a propriedade do fogo at ao integral pagamento do preo ou transmiti-la sobcondio resolutiva do no pagamento de 3 prestaes sucessivas ou 6 interpoladas.

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    3. Nos casos referidos no nmero anterior no se aplica o disposto no artigo 781 doCdigo Civil.

    Artigo 68(Preo)

    1. O preo dos fogos construdos ou adquiridos com financiamentos pblicos nopoder exceder o respectivo custo, determinado nos termos do artigo 58 do presentediploma, acrescido dos encargos emergentes do financiamento.

    2. O preo dos fogos construdos ou adquiridos sem financiamentos pblicos nopode exceder o custo mdio das habitaes do mesmo tipo, categoria e localizaoconstrudas ou adquiridas na mesma data.

    Artigo 69(Direito de preferncia)

    1. Os cooperadores podero alienar os fogos da sua propriedade aps o integralpagamento do respectivo preo.

    2. No caso da alienao inter vivos de fogos construdos ou adquiridos comfinanciamento pblicos, a cooperativa ter direito de preferncia por 30 anos, contadosa partir da data da primeira entrega do fogo, podendo exerc-lo pelo valor encontradocom base no artigo 51 deste diploma, corrigido em funo de um coeficiente a fixaranualmente por Decreto-Executivo do Ministro das Obras Pblicas.

    3. Os estatutos podero ainda prever que a cooperativa tenha direito de prefernciaem caso da alienao de fogos para cuja construo ou aquisio no tenha havidofinanciamento pblicos.

    CAPTULO VIICapital social, jia e ttulos de investimento

    Artigo 70. Variabilidade, montante mnimo e realizao do capital

    1. O capital social das cooperativas varivel, no devendo este montante, salvo odisposto nos respectivos Estatutos ser inferior, equivalente a em Kwanzas a USD1.000,00.

    2. A Cooperativa no pode constituir-se sem estar realizado, no mnimo, 50% docapital subscrito.

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    3. O valor do capital em falta ser integralmente realizado no prazo mximo de 3anos, a contar da data da criao da cooperativa.

    4. O capital subscrito pode ser realizado em dinheiro, bens ou direitos, trabalho ouservios.

    5. A subscrio de ttulos, a realizar em dinheiro, obriga a uma entrega mnima dedez por cento do seu valor, no acto da subscrio, podendo os estatutos exigir umaentrega superior.

    6. A subscrio de ttulos, a realizar em bens ou direitos, trabalho ou servios, obriga

    a que o valor seja previamente fixado em assembleia de fundadores ou emassembleia-geral, sob proposta da direco.

    Artigo 71.Entradas mnimas a subscrever por cada cooperador

    1. As entradas mnimas de capital a subscrever por cada cooperador, salvo dispostonos Estatutos, no deve ser inferior ao equivalente a cinco ttulos de capital.

    2. O disposto nos nmeros anteriores no aplicvel s prestaes dos

    cooperadores de responsabilidade ilimitada.

    Artigo 72.Ttulos de capital

    1. Os ttulos representativos do capital social das cooperativas tm um valor nominalmnimo de Kwanzas equivalente a USD 10,00 ou um seu mltiplo.

    2. Os ttulos so nominativos e devem conter as seguintes menes:

    a) A denominao da cooperativa;b) O nmero do registo da cooperativa;c) O valor;d) A data de emisso;e) O nmero, em srie contnua;f)A assinatura de dois membros da direco;g) O nome e a assinatura do cooperador titular.

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    Artigo 73. (Subscrio de capital social no acto de admisso)

    No acto da admisso os membros de uma cooperativa esto sujeitos ao dispostonos artigos 19. a 21.

    Artigo 74. (Transmisso dos ttulos de capital)

    1. Os ttulos de capital s so transmissveis mediante autorizao da direco ou,

    se os estatutos da cooperativa o impuserem, da assembleia geral, sob condio de oadquirente ou o sucessor j ser cooperador ou, reunindo as condies exigidas,solicitar a sua admisso.

    2. A transmisso inter vivos opera-se por endosso do ttulo a transmitir, assinadopelo transmitente, pelo adquirente e por quem obrigar a cooperativa, sendo averbadano livro de registo.

    3. A transmisso mortis causa opera-se por apresentao do documentocomprovativo da qualidade de herdeiro ou de legatrio e averbada, em nome dotitular, no livro de registo e nos ttulos, que devero ser assinados por quem obriga a

    cooperativa e pelo herdeiro ou legatrio.

    4. No podendo operar-se a transmisso mortis causae, os sucessores tm direito areceber o montante dos ttulos do autor da sucesso, segundo o valor nominal,corrigido em funo da quota-parte dos excedentes ou dos prejuzos e das reservasno obrigatrias.

    Artigo 75. (Aquisio de ttulos do prprio capital)

    As cooperativas s podem adquirir ttulos representativos do prprio capital, attulo gratuito.

    Artigo 76. (Jia)

    1. Os estatutos da cooperativa podem exigir a realizao de uma jia de admisso,pagvel de uma s vez ou em prestaes peridicas.

    2. O montante das jias reverte para reservas obrigatrias, conforme constar dosestatutos, dentro dos limites da lei.

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    CAPTULO VIIIExerccio Econmico

    Artigo 77.Apuramento dos Resultados

    1. O exerccio econmico ter a durao do ano civil.

    2. A determinao dos resultados do exerccio econmico, dever efectuado nostermos das regras gerais de contabilidade, devendo, par o efeito compreender o

    seguinte:a) Os bens entregues pelos cooperadores para a gesto cooperativa, valorizados

    ho-de um montante nunca superior ao preo de mercado.b) A remunerao dos ttulos de capital social, bem como os crditos de terceiros.

    Artigo78(Distribuio dos Excedentes)

    1. Os excedentes contabilizados, depois de deduzidas as perdas de qualquer

    natureza de exerccios anteriores e de pagos os impostos estabelecidos por lei, serodestinados a no mnimo, 25 % ao fundo de reserva obrigatrio e 10 % ao fundo deeducao e cultura.

    2. Os excedentes resultantes de operaes com terceiros, depois de deduzidas asperdas de qualquer natureza de exerccios anteriores e de pagos os impostosestabelecidos por lei, sero destinadas, no mnimo, em 50 %, ao fundo de reservaobrigatrio.

    3. Depois de satisfeitos os montantes das reservas referidas nos nmerosanteriores, o remanescente ter o destino que lhe for reservado pelos Estatutos ou

    caso no esteja previsto pela Assembleia-geral, devendo assegurar-se o retorno aoscooperadores.

    4. O retorno cooperativo dever ser feito proporcionalmente s actividadesrealizadas por cada cooperador, nos termos que for estabelecido pelos Estatutos ou nasua omisso, pela Assembleia-geral.

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    Artigo 79(Imputao das perdas)

    1. Os critrios para a compensao das perdas devero ser fixados pelos Estatutos,devendo as mesmas serem imputadas a uma conta especial, devendo a suaamortizao feita por compensao com futuros resultados positivos, dentro do prazomximo de cinco anos, observando-se as seguintes regras:

    a) Os fundos de reserva voluntrios, caso estejam previstas nos Estatutos, deverimputar-se a totalidade das perdas.

    b) Os fundos de reserva obrigatrio dever imputar-se a totalidade das perdas,

    percentagens mdias dos excedentes cooperativos, relativamente aosbenefcios que hajam sido destinados a este fundos nos ltimos trs anos,desde a sua constituio, caso esta seja anterior a este perodo.

    c) As quantias que no estejam compensadas, nos termos dos nmeros anteriores,sero imputados aos cooperadores em proporo das operaes, servios ouactividades realizadas por cada um com a cooperativa.

    2. As perdas imputadas a cada cooperador sero compensadas por uma dasseguintes formas:

    a) O cooperador poder optar entre seu abono directo ou mediante dedues s

    suas entradas de capital social.b) Relativamente aos retornos a que o cooperador tenha direito nos cinco anosseguintes. Caso hajam perdas por compensar, decorrido este perodo asmesmas devero ser satisfeitas no prazo mximo de sessenta dias, ou no prazoque vier a ser fixado pelos Estatutos ou pela Assembleia-geral.

    Artigo 80(Livros Obrigatrios)

    1. As cooperativas devero ter obrigatoriamente, em ordem os seguintes livros:

    a) Livro de registo de cooperadores.b) Livro registo de entradas do capital social.c) Livros de actas da Assembleia-geral, e do Conselho de Direco.

    2. Os Livros referidos no nmero anterior devero ser objecto de registo nosServios de Registo Comercial.

    3. Os livros da cooperativa devero ser conservados na sede da mesma guardado Conselho de Direco.

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    Artigo 81(Contabilidade)

    1. As cooperativas devero ter sua contabilidade ordenada e adequada a suaactividade, nos termos do disposto no regime jurdico das Sociedades Comerciais.

    2. A Direco dever elaborar, no primeiro trimestre, do ano seguinte ao exerccioque disser respeito, o fecho das contas anuais, o relatrio de gesto e a proposta deaplicao dos excedentes disponveis.

    Artigo 82(Auditoria)

    As cooperativas de construo e habitao, esto sujeitas auditoria de umaentidade independente, devendo remeter, previamente, as contas anuais, para suaaprovao Assembleia-geral.

    CAPTULO IXDisposies finais e Transitrias

    Artigo 83(Converso e inicio de actividade)

    1. O registo de constituio converte-se em definitivo com a apresentao doduplicado da declarao para o inicio da actividade das cooperativa entregue narepartio de finanas e dos exemplares do Dirio da Repblica e do jornal dalocalidade ou da sede da cooperativa onde foram feitas as publicaes legais.

    2. Para os efeitos do nmero anterior, considerado incio de actividade aapresentao s entidades competente dos requerimentos e de que as leis faam

    depender o exerccio da actividade que a cooperativa visa prosseguir.

    Artigo 84(Adaptao das entradas mnimas de capital)

    de 5 anos o prazo mximo para actualizao do capital por parte dos membrosda cooperativa que j tenham tal qualidade data da escritura pblica.

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    Artigo 85(Auxlio tcnico e financeiro)

    Sem prejuzo do artigo 208 do Cdigo Comercial, a concesso por parte doEstado de auxlio tcnico e financeiro poder ficar dependente da prova de existentede, pelo menos, 100 membros com inscrio efectiva e em vigor.

    Artigo 86(Regulamentao)

    O rgo que tutela a habitao deve produzir as normas regulamentares paraaplicao do presente diploma.

    Artigo 87(Dvidas e Omisses)

    As dvidas e omisses resultantes da interpretao e aplicao do presenteDecreto devero ser solucionadas pelo Conselho de Ministros.

    Artigo 88(Vigncia)

    O presente Diploma entra em vigor na data da sua publicao.