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FOLCLORE O Folclore é o conjunto de manifestações de caráter popular de um povo, ou seja é o conjunto de elementos artísticos feitos do povo para o povo, sempre ressaltando o caráter de tradicional destas representações, sempre transmitidas de uma geração para outra através da prática (os pais ensinam aos filhos, que desde pequeninos já praticam). O folclore varia bastante de um País para o outro, e até mesmo dentro de um Estado é bastante variável, pois as diferenças entre as regiões são muito grandes. No caso do Brasil o folclore foi resultado da união da Cultura a partir da miscigenação de três povos (Europeu, Africano, Ameríndio ). O que resultou é que em muitas regiões brasileiras o folclore é muito diferente, pois devido as influências de cada um destes povos formadores do Brasil, algumas regiões apresentam uma maior tendência a uma origem mais detalhada, por exemplo, no Nordeste na zona Litorânea as presenças das influências indígenas, Portuguesas e negra são que quase igualadas, já mais para o Sertão, a presença da Cultura negra não é muito marcante como no litoral . O termo Folk-Lore foi empregado pela primeira vez em 22 de agosto de 1846. Donde fica agosto consagrado ao Folclore. Cultura, antropologicamente, é tudo aquilo que o homem faz, material e não materialmente, excluídas as necessidades fisiológicas. Também de difícil conceituação é a palavra povo. Aqui deve ser tomado como todos os participantes de uma comunidade. Folk-Lore, por ser formado de termos de duas línguas diferentes, leva a equívocos. Folk quer dizer povo; lore, o saber, o conhecimento, o costume. O FOLCLORE BRASILEIRO O folclore do Brasil é riquíssimo, um dos mais ricos do mundo. Para sua formação, colaboraram principalmente, além do elemento nativo (o índio), o português e o africano. Estes três povos constituíram, podemos dizer, as raízes de nossa cultura. Posteriormente, imigrantes de outros países, como Itália e

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FOLCLOREO Folclore o conjunto de manifestaes de carter popular de um povo, ou seja o conjunto de elementos artsticos feitos do povo para o povo, sempre ressaltando o carter de tradicional destas representaes, sempre transmitidas de uma gerao para outra atravs da prtica (os pais ensinam aos filhos, que desde pequeninos j praticam). O folclore varia bastante de um Pas para o outro, e at mesmo dentro de um Estado bastante varivel, pois as diferenas entre as regies so muito grandes. No caso do Brasil o folclore foi resultado da unio da Cultura a partir da miscigenao de trs povos (Europeu, Africano, Amerndio ). O que resultou que em muitas regies brasileiras o folclore muito diferente, pois devido as influncias de cada um destes povos formadores do Brasil, algumas regies apresentam uma maior tendncia a uma origem mais detalhada, por exemplo, no Nordeste na zona Litornea as presenas das influncias indgenas, Portuguesas e negra so que quase igualadas, j mais para o Serto, a presena da Cultura negra no muito marcante como no litoral . O termo Folk-Lore foi empregado pela primeira vez em 22 de agosto de 1846. Donde fica agosto consagrado ao Folclore. Cultura, antropologicamente, tudo aquilo que o homem faz, material e no materialmente, excludas as necessidades fisiolgicas. Tambm de difcil conceituao a palavra povo. Aqui deve ser tomado como todos os participantes de uma comunidade. Folk-Lore, por ser formado de termos de duas lnguas diferentes, leva a equvocos. Folk quer dizer povo; lore, o saber, o conhecimento, o costume. O FOLCLORE BRASILEIROO folclore do Brasil riqussimo, um dos mais ricos do mundo. Para sua formao, colaboraram principalmente, alm do elemento nativo (o ndio), o portugus e o africano. Estes trs povos constituram, podemos dizer, as razes de nossa cultura. Posteriormente, imigrantes de outros pases, como Itlia e Alemanha, deram sua contribuio ao nosso folclore, tornando-o mais complexo e mais rico. A tendncia dos costumes de povos diferentes , quando estes se relacionam de modo ntimo, construir expresses hbridas, ou seja, suas culturas se misturam, resultando em novas expresses de manifestao popular. Lendas, festas, aromas, sabores, enfeites, danas, msicas, trajes tpicos, manifestaes populares. Bem-vindo ao universo do folclore brasileiro! De norte a sul, as tradies regionais compem um retrato multicolorido de nosso pas. Embarque nesta viagem. H um mundo incrvel sua espera!LendasAs Lendas no Brasil de inmeras variedades,influenciadas diretamente pela miscigenao na origem do povo brasileiro .Devemos considerar que lenda no significa mentira, e nem verdade absoluta, o que podemos e devemos deduzir que uma histria para ser criada ,defendida e o mais importante, ter sobrevivido na memria das pessoas,ela deve ter no mnimo um pouco de fatos verdicos.Muitos historiadores, pesquisadores,folcloristas, e outros profissionais que estudam Sociedades, tendem a afirmar que lendas so apenas frutos da imaginrio popular,porm como sabemos as lendas em muitos povos so "os livros na memria dos mais sbios".A diferena entre Mito e Lenda a seguinte, O Mito o Personagem a qual a lenda trata, pois a Lenda a Histria sobre o determinado Mito.PROVRBIOS: DITOS POPULARESFrases Populares,ou Expresses Populares: So palavras,e frases que na sua grande maioria tm a funo comparativa com diversos assuntos, como animais,modo de agir,modo de pensar.O que difere o Ditado da Frase popular que este serve de alerta ao futuro, e no apenas julga na ocasio do acontecimento como faz a frase.Memria de Elefante: O elefante lembra de tudo o que aprende, motivo por que uma das principais atraes do circo. Por isso, dizem que as pessoas que lembram de tudo (at mesmo as magrinhas!) tem a memria de elefante.Dormir com as galinhas: A expresso significa deitar-se cedo, logo ao anoitecer, como fazem as galinhas.Acordar com as galinhas: A expresso significa acordar cedo, como fazem as galinhas.Lgrimas de crocodilo: uma expresso bastante usada para se referir a choro fingido. O crocodilo, quando ingere um alimento, faz forte presso contra o cu da boca, comprimindo as glndulas lacrimais. Assim, ele "chora" enquanto devora uma vtima.Osso duro de roer: Coisa difcil de resolverDar n em pingo d'agua: Ser capaz de se sair de todas as dificuldades.Remar contra a Mar ou Remar contra a Correnteza: Tentar fazer uma coisa e tudo der errado.Dar a mo a Palmatria: aceitar que errou.Pintar o 7: fazer baguna.Dar com os Burros n'gua: Fazer muito esforo para conseguir algo e acabar perdendo tudo de forma banal.Ficar Chupando dedo: Ficar somente com a vontade de fazer alguma coisa.Ditados: ervem de advertncia e as vezes apresenta um sentido construtivo.Antes s do que mal acompanhado: antes a pessoa ficar sozinha do que acompanhada de uma pessoa ruim.Cada macaco no seu galho: Cada pessoa no seu devido lugar .De gro em gro,a galinha enche o papo: Aos poucos se consegue atingir um objetivo.Deus escreve certo por linhas tortas: Deus consegue estabelecer a verdade por mais difcil que parea ser.Cavalo dado,no se olha os dentes: um objeto dado no se olha o valor.Um dia da caa, o outro do caador: Num dia as pessoas tem sorte,no outro no.Quando um Burro fala, o outro murcha a orelha: quando uma pessoa fala a outra se cala.Andorinha s ,no faz Vero: Em certas ocasies uma pessoa sozinha no resolve o problema.

ADIVINHAO:Adivinhas so perguntas de carter enigmtico onde a resposta parece difcil de ser descoberta.As advinhas compreendem a adivinhao propriamente dita, pergunta enigmtica e charada.Veja alguns exemplos : Do tamanho de uma bolota enche a casa at a porta?(resposta: a luz)A meia noite acorda um francs, Sabe da hora no sabe do ms.Tm esporas sem ser cavaleiro, cava no cho e no e no acha dinheiro?(resposta : galo)No mato fica falando, em casa fica calado?(resposta: machado)O que ,o que ? cai de p e corre deitado?(resposta: chuva)O que , o que ? quanto mais cresce menos se v?(resposta: escurido)

TRAVA-LNGUA:Trava-linguas ou Quebra-Lnguas so formas de divertimento ,para que as frases funcionem a pessoa deve repetir a frase por muitas vezes seguidas criando assim uma impossibilidade de comunicao. Exemplos:Porco crespo, tco pretroUm Tigre,dois Tigres,trs Tigres.Trs pratos de trigo para trs Tigres.Bagre branco, branco Bagre.Pia o pinto, a pipa pingaO Padre Pedro tem um prato de Prata.O Prato de Prata no do Padre Pedro.A aranha arranha a jarra,a jarra arranha a aranha.

BRINCADEIRA DE INFNCIA:Por todo o Pas so inmeras as brincadeiras apreciadas palas crianas, elas demonstram as caractersticas sociveis , onde procuram outras crianas com o intuito de se divertir, resta salientar que na maiorias das brincadeiras,h restries quanto as regras estabelecidas pelas prprias crianas , ou seja em algumas brincadeiras apenas os meninos podem brincar com meninos, e em outras apenas as meninas podem brincar com meninas.As caractersticas da expressividade e senso ldico das crianas so bastante trabalhadas nestas brincadeiras.O que mais valorizado a participao da criana que quer brincar, entre as diversas brincadeiras esto:

CANTIGA NA INFNCIA: As Parlendas so formas literrias tradicionais, rimadas com carter infantil ,de ritmo fcil e de forma rpida. No so cantadas e sim declamadas em forma de texto,estabelecendo-se como base a acentuao verbal.So versos de 5 ou 6 silabas recitadas para entender, acalmar, divertir as crianas, ou mesmo em brincadeiras para escolher quem inicia a brincadeira ou o jogo,ou mesmo aqueles que podem brincar.O motivo de uma Parlenda apenas o ritmo como ela se desenvolve, o texto verbal uma srie de imagens associadas e obedecendo apenas o senso ldico,ela pode ser destinada a fixao de nmeros ou idias primarias, dias da semana,cores,dentre outros assuntos.Veja alguns exemplos:Dedo MindinhoSeu vizinho,Maior de todosFura-bolosCata-piolhos.ReiCapitoSoldadoLadroMeninoMeninaMacaco SimoUma,duna ,tena,catenaGurupi, gurupSol, soladConte bemQue so dez.Um,dois,feijo com arroz.Trs,quatro,feijo no prato.Cinco , seis, chegou minha vezSete, oito , comer biscoitoNove, dez , comer pastis.Amanh domingo,P de cachimboGalo monteiroPisou na areia.Areia fina.Que d no sino.O sino de ouro.Que d no besouro.O besouro de prata.Que d na barata.A barata valente.Que d no tenente.O tenente mofino.Que d no menino.O menino danado.Que d no Soldado.O Soldado Valente.Que d na gente...Sola,sapato,Rei,RainhaOnde quereisQue eu v dormir?Na casa de meAninha.

RITMOS E TRADIES DO BRASILO Brasil possui um dos folclores mais ricos de todo o mundo. So danas, festas, comidas, obras de arte, supersties, comemoraes e representaes que, pelos quatro cantos do pas, exaltam a nossa cultura. Se o Sul e o Sudeste brasileiros so regies em que as manifestaes folclricas tm ocorrido com menor intensidade, por causa de crescente industrializao das cidades, no Norte, no Nordeste e no Centro-Oeste do Pas as tradies se mantm cada vez mais vivas. H muito tempo elas fazem parte da vida de muitas pessoas. Os hbitos do povo, que foram conservados atravs do tempo. Dia do Folclore 22 de agosto - Decreto no. 56747 de 17/08/1965.Folclore uma palavra de origem inglesa cujo significado ''conhecimento popular''. As manifestaes da cultura de um povo, seja atravs de suas lendas da sua alimentao, do seu artesanato, das suas vestimentas e de muitos de seus hbitos originais e os enrriqueceram com novos hbitos criados aps a reunio. O folclore passado de pais para filhos, gerao aps gerao. As canes de ninar, as cantigas de roda, as brincadeiras e jogos e tambm os mitos e lendas que aprendemos quando criana so parte do folclore que nos ensinam em casa ou na escola. Fazem parte do folclore os utenslioss que o povo fabrica para o uso de ornamentao, como as cestas de vime, e os objetos de cermica, madeira e couro. Os tecidos, a renda, os adornos de miangas e penas, tambm existem ainda muitas outras atividades que fazem parte do folclore. O folclore o meio que o povo tem para compreender o mundo. Utilizando a sua imaginao, o povo procura resolver os mistrios da natureza e entender as dificuldades da vida e seus prprios temores. Conhecendo o folclore de um pas podemos compreender o seu povo. E assim passamos a saber, ao mesmo tempo, parte de sua Histria.Festas Juninas: Em junho, o Brasil ganha arraiais coloridos. Escolas, ruas, praas e clubes so decorados com bandeirinhas, barracas e fogueiras para as festas dedicadas a So Joo, Santo Antnio e So Pedro. hora de danar quadrilha, participar de jogos e brincadeiras. Muitas so as delcias para saborear: pipoca, p-de-moleque, canjica e paoca de amendoim. Os mais corajosos enfrentam o pau-de-sebo, um tronco alto e escorregadio, difcil de subir. Quem quer namorar faz simpatias e pedidos para Santo Antnio, o santo casamenteiro.Bicho Brabo: O Bicho Brabo uma tourada, que foi introduzida pelos portugueses na poca do Brasil Colnia. Ainda hoje comum em Mato Grosso, Gois e So Paulo. A tourada uma recreao popular, festiva, das zonas pastoris, e realizada num circo ou rea fechada, a arena, cercada por grossos palanques, revestidos por traves horizontais bem resistentes. De vez em quando o toureiro precisa subir nas traves para se defender do boi... Em algumas partes do Brasil, principalmente em So Paulo, nem sempre um boi que entra na arena para ser toureado. s vezes entra uma vaca. Em ambos os casos as touradas so belos espetculos de destrezza e coragem. Os toureiros trabalham usando capas vermelhas para excitar o boi. Quando os toureiros fazem pegas, ou seja, agarram ou touros com as mos, as fintas, que so os desvios e as derrubadas, entram os palhaos que alegram e divertem o pblico. Nesta tourada brasileira, no se mata o ''bicho brabo'', seja ele um touro ou uma vaca, tudo um esporte, uma brincadeira no meio da arena cheia de sol e de alegria.O Carnaval: O Carnaval antigamente chamava-se, ''o entrudo'', onde a gua, a farinha de trigo e o polvilho faziam a alegria de todos, fazendeiros e pees, brancos e negros. O entrudo chegou at a ser proibido, pois a elite pretendia transform-la numa festa particular, somente em sales. Um grupo de folies de rua, surgiu em 1846, chamado de Z Pereira com bumbos e tambores, fazendo grande barulho depois das 22 horas de sbado. Depois surgiramos cordes, que comearam a se organizar e a desfilar pelas ruas do Rio de Janeiro. Existia cordo, s de homens, s de mulheres, ou de homens e mulheres, onde seja qual for, a influncia negra sempre foi visvel, principalmente negros fantasiados de ndios, tocando intrumentos primitivos. As escolas de samba so a maior atrao do carnaval carioca. Os sambistas descem o morro, cantam e danam nas ruas, com seus samba-enredo que falam tanto de personagens como de acontecimentos de nossa histria. A primeira escola de samba surgiu no bairro do Estcio, em 1928. Mas, somente em 1952 as escolas comearam a se organizar em sociedades civis com sede e regulamento. E quando o desfile comea, surge o abre-alas e o porta estandarte com uma faixa que diz ''O SAMBA SADA O POVO E PEDE PASSAGEM''. Tornou-se a festa mais popular do pas, contando hoje em dia com uma fama notvel no exterior, onde muitos estrangeiros visitam o Brasil s para ver o nosso Carnaval.Bumba-meu-boi: Dos folguedos brasileiros, o Bumba-meu-boi um dos mais conhecidos e populares. Nos diferentes estados onde ocorre, entre eles Maranho, Amazonas e Piau, recebe diversos nomes como Boi-Surubi, Boi-Bumb, Boi-de-Mamo. Os personagens tambm variam por regies. Pai Mateus, Cavalo-Marinho, Caipora e Maricotas de Coroc, entre outros, contam, danando e cantando, a histria da morte e da volta vida de um boi. Essa dana dramtica realizada tanto nos festejos juninos quanto nos de Natal. No momento do renascimento do boi, os personagens dessa encenao gritam ''Bumba-meu-Boi''.Boi-de-Mamo: O folguedo do Boi-de-Mamo, no folclore catarinense, uma das brincadeiras de maior atrao popular. Existe no folclore brasileiro com os nomes mais diversos: Bumba-meu-boi, Boi-bumb, Boi-de-Pano, etc.Catira: Estudada em Gois por Luiz Heitor. dana s de homens. Considerada verso do Catetet paulista, a mais brasileira de todas as danas, no dizer de Couto de Magalhes. Ao som das violas, catireiros palmeiam e batem ps alternadamente, em evolues variadas de entremeio ao canto da ''moda'', danando logo a seguir o Recortado. Uma boa Catira vara a noite nas festas das fazendas. Como explica Luiz Heitor, ''a grande arte dos catireiros est nos bate-ps e palmas, cujo ritmo diferente a cada apario de elementos coreogrficos''. E arremata o Professor: ''A Catira uma especializao coreogrfica. Qualquer um no pode dan-la''. E, acrescentamos, preciso aprender desde menino. Cabaais do Carir: O nome cabaal pejorativo, em virtude de a caixa, o zabumba e os pfaros - seus instrumentos bsicos - fazerem um rudo semelhante a muitas cabaas secas entrechocando-se. So a dana e msica, de ritmo forte, tanto que os cabaais eram tambm chamados de ''esquenta mulher'', porque, sua chegada ou passagem, o mulheril se afogueava...Dana de Congo: Citada por Hugo de Carvalho Ramos, dada como em extino por Americano do Brasil (1973:262-263), que a registrou com embaixada, assim como Brando (1976). apresentada at hoje em Gois ePirenpolis. Jos A. Teixeira (1941:92-95) registrou-a sem embaixada.Folia de Reis: A Folia de Reis uma das vrias comemoraes de carter religioso que se repetem h sculos em nosso pas. Ela realizada entre a poca do Natal e o Dia de Reis, em 6 de janeiro. Grupos de cantadores e msicos percorrem as ruas de pequenas cidades como Parati, no Rio de Janeiro, e Sabar, em Minas Gerais, entoando cnticos bblicos que relembram a viagem dos trs Reis Magos que foram a Belm dar boas-vindas ao Menino Jesus.O Frevo: Dana de rua e de salo, a grande alucinao do carnaval pernambucano. Trata-se de uma marcha de ritmo sincopado, obsedante, violento e frentico, que a sua caracterstica principal. E a multido ondulando, nos meneios da dana, fica a ferver. E foi dessa idia de fervura (o povo pronuncia frevura, frever) que se criou o nome de frevo. A primeira coisa que caracteriza o frevo ser, no uma dana coletiva, de um grupo, um cordo, um cortejo, mas na multido mesma, e que aderem todos que o ouvem, como se por todos passasse uma corrente eletrizante. O frevo uma marcha, com diviso em binrio e andamento semelhante ao da marchinha carioca, mais pesada e barulhenta e com uma execuo vigorosa e estridente de fanfarra. Nele o ritmo tudo, afinal a sua prpria essncia, ao passo que na marchinha e predominncia meldica. O frevo sempre danado ao som das marchas-frevos tpicas, e tem por smbolo de realeza o guarda-chuva, que serve para manter o equilbrio dos passistas. A coreografia dessa dana de multido , curiosamente, individual. Centenas e centenas de folies, ao som da mesma msica excitante, danam diversamente. muito raro os gestos iguais e as atitudes semelhantes.Fandango: O Fandango, tambm conhecido no Norte e Nordeste como Marujada, um folguedo de origem portuguesa em homenagem s conquistas martimas. A encenao comea com a chegada de uma miniatura de barco a vela, puxada pela tripulao. Os personagens cantam e danam ao som de instrumentos de corda. ''Marinheiros somos! Marujos do mar!'' uma das frases recitadas pela tripulao.Cavalhada: A Cavalhada um folguedo do qual participam cavaleiros divididos em grupos, ou cordes. Eles homenageiam os ricos homens europeus da Idade Mdia, que se exibam em cavalos. Usando trajes especiais, executam manobras numa srie de jogos. A Cavalhada acontece em Alagoas, com verses diferentes nos estados do Rio de Janeiro, Gois e So Paulo.Congada: A Congada, realizada em vrios estados brasileiros, entre eles Paran, Minas Gerais e Paraba, representa a luta entre dois grupos, os cristos e os mouros, os muulmanos. Eles marcham, cantam e simulam uma disputa com espadas, imitando uma guerra que termina com a derrota dos mouros. Criada pela Igreja Catlica, essa encenao tem So Benedito como padroeiro. A msica fica por conta de uma orquestra composta de violas, violes, cavaquinhos, reco-recos e atabaques.Crio de Nazar: Em Belm do Par acontece anualmente em outubro uma grande festa religiosa que chega a reunir cerca de 1 milho de pessoas: o Crio de Nazar. A multido lota as ruas da cidade para acompanhar a procisso, que dura at cinco horas, em homenagem a Nossa Senhora de Nazar. Os romeiros que vo pagar promessas pela cura de doenas, por exemplo, andam descalos e seguram a corda de isolamento que protege a santa. No final, os participantes vestem roupas novas e se alimentam dos pratos tpicos da regio, como o pato no tucupi, o tacac e o arroz com pequi.Festa do Divino: De origem portuguesa e com caractersticas diferenciadas em cada regio do Brasil, a Festa do Divino composta de missas, novenas, procisses e shows com fogos de artifcio. Em cidades do Maranho, bonecos gigantes divertem as crianas, enquanto grupos de cantadores visitam as casas dos fiis recolhendo ofertas e donativos para a grande festa de Pentecostes. Em Piracicaba,. interior de So Paulo, as comemoraes ocorrem em julho, s margens do Rio Piracicaba, reunindo milhares de pessoas.Candombl: Festa religiosa dos negros jeje-nags na Bahia, mantida pelos seus descendentes e mestios, um culto africano introduzido no Brasil pelos escravos. Algumas de suas divindades so: Xang, Oxum, Oxumar e Iemanj, representando esta, por si s, um verdadeiro culto.As cerimnias religiosas do Candombl, so realizadas de um modo geral em terreiros, que so locais especialmente destinados para esse fim, e recebem os seguintes nomes: Macumba no Rio de Janeiro, Xang em Alagoas e Pernambuco. As cerimnias so dirigidas pela me-de-santo, ou pai-de-santo. Cada orix tem uma aparncia especial e determinadas preferncias. O toque de atabaque, uma expcie de tambor e a dana, individualizam um determinado orix. Os orixs so divindades, santos do candombl, cada pessoa protegida por um dos orixs e pode ser possuda por ele, quando, ento ela se transforma em cavalos de santo.Capoeira Regional: A capoeira Regional uma capoeira mais dinmica, mais rpida, com golpes geralmente acima da cintura e principalmente acima do peito, o objetivo do jogo mostrar a sua superioridade com um jogo tcnico e dependendo do toque um jogo bastante acrobtico.E com toda essa dinmica a capoeira tambm se tornou uma eficiente defesa pessoal.

LENDAS E MITOS DO BRASILO folclore brasileiro rico em lendas e personagens. Transmitidas h vrias geraes, essas histrias fascinam adultos e crianas. Conhea as principais.CURUPIRA: Defensor das matas, segundo a lenda o curupira um ndio pequeno, que surge e desaparece de repente. Tem ps virados para trs e faz rudos misteriosos, para confundir e assustar os caadores e os agressores das matas.BOITAT: Descrito como um touro com um olho no meio da testa, essa histria diz que o boitat protege as matas das pessoas que a incendeiam.CAIPORA: Pela lenda, a caipora tem o corpo coberto de plos e percorre a mata montada num porco selvagem, para proteger os animais que vivem na floresta.IARA, A ME-DGUA: Verso brasileira da lenda das sereias, Iara a me d'gua. Ela vive no Rio Amazonas e, nas noites de lua cheia, fica em cima das pedras, penteando seus longos cabelos para atrair os jovens com quem deseja casar.SACI-PERER: o mais famoso personagem do folclore brasileiro. A histria do saci-perer conta que ele tem apenas uma perna, usa um gorro vermelho, vive fumando um cachimbo e aparece e desaparece quando quer. Sapeca por natureza, est sempre aprontando, alm de assustar todas as pessoas que tentam destruir as florestas.NEGRINHO DO PASTOREIO: Segundo essa lenda, o negrinho do pastoreio perdeu alguns cavalos dos quais cuidava, e por isso apanhou violentamente de seu patro. Depois disso, ainda foi jogado em um formigueiro, de onde foi resgatado por Nossa Senhora. Ele conhecido como o protetor das pessoas que perdem alguma coisa.O Anhanga: O Anhanga um veadinho encantado, branco como a neve e brincalho, v tudo o que acontece na floresta, protege as matas, no permitindo maldades. Persegue e castiga todos aqueles que caam filhotes os mes de filhotes que ainda estejam sendo amamentados. Alguns estudiosos do folclore Brasileiro consideram-no protetor da fauna e flora, portanto muito querido pelos habitantes da floresta. Brinca com todos, desde as lindas borboletas coloridas, at aos mais ferozes vertebrados, nunca se machuca ou morre.Em noites de luar, ele pode ser visto vagando pela floresta. Segundo a mitologia popular, qualquer pessoa atacada por um animal selvgem, pode salvar-se gritando: ''Valha-me Anhanga''.Gralha Azul: Gralha azul e o nome dado a uma linda crvida que motivou no Paran, a tradio de plantadores de pinheiros, enterrando as sementes com a ponta mais fina para cima e devorando a cabea, que seria a parte aprodecvel. No deve ser abatida e comumente respeitada pelo povo como ave protetora dos pinheirais. E os pinheiros vo nascendo. ''Do pinheiro nasce a pinha, da pinha nasce o pinho, do pinho nasce o pinheiro...'' Pinho que alegra as nossas festas, onde o regozijo barulhento como um bano de gralhas azuis matracando nos galhos altaneiros dos pinheirais do Paran. Seus galhos so braos abertos, permanentemente abertos, repetindo s auras qual o emblema que embala o Meu convite eterno ''Vinde a Mim todos...'' A gralha por alguns instantes atingiu as alturas. Que surpresa! Onde seus olhos conseguiam ver o seu prprio corpo, observou que estava todo azul, somente ao redor da cabea, onde no enxergava, continuou preto. Sim preto, porque ela um corvdeo. Ao ver a beleza de suas penas da cor do cu, voltou clere para os pinheirais, to alegre ficou que seu canto passou a ser verdadeiro alarido que mais parece as vozes de crianas brincando. A gralha azul voltou, alegre e feliz iniciou o seu trabalho, de ajudante celeste.Lenda da Mandioca: Nani era uma linda menina, filha de uma ndia. Desde que nasceu andava e falava. De repente morreu sem ficar doente e sem sofrer. Foi enterrada e todos os dias sua sepultura era regada, at que nela surgiu uma planta desconhecida, que cresceu e deu frutos. Os pssaros comiam esses frutos e ficavam embriagados. Finalmente, a terra abriu-se e, uavando-a, os ndios encontraram uma raiz branca como o corpo de Nani. Essa raiz, que passou a ser usada como alimento pelos selvagens, a mandioca. Lenda do Cari: Porque o peixe cari (carimat ou papa-terra) tem a boca redondinha, beicinho cado? Foi um castigo. Nossa Senhora, passando pela beira do rio, fez uma pergunta ao peixe e este, ao invs de responder-lhe com respeito, deu um muxoso atrevido. O muxoso parou nos seus lbios at hoje.Ona-da-mo-torta: Outro registro feito pelo autor do Folclore Goiano. a alma penada de um vaqueiro velho e mau. uma ona enorme, rajada, e tem a pata dianteira torta. (No diz se a direita ou a esquerda.) Se vista e atirada, no morre. A bala no entra no seu corpo.O Major e o moleque: Estria de um homem (Major), que nogociou com o sujo para ficar rico. Tirou o moleque (um capetinha) de um ovo de galinha preta chocado no sovaco. Criou-o, alimentando com leite, cachaa e sangue de galinha preta. O Major ficou rico, mas lhe aconteceram grandes desgraas. Morreu pobre e o capetinha desapareceu. Sua alma ningum sabe para onde foi.COISAS DE ASSUSTARAs assombraes e os seres sobrenaturais no existem, mas muitas so as histrias que fazem parte da imaginao das pessoas. Elas so transmitidas de pai para filho e muito comuns em todo o Brasil.

MULA-SEM-CABEA: Segundo a lenda, a mula-sem-cabea tem cascos afiados e pode dar coices que machucam bastante. Embora no tenha cabea, ela pode relinchar. Dizem que toda mulher que faz algum mal se torna mula-sem-cabea na noite de quinta para sexta-feira. Antigamente, dizia-se que essa transformao acontecia com mulher que namorasse um padre catlico.

BICHO-PAPO: A lenda do bicho-papo diz que ele tem um corpo peludo e olhos vermelhos. Ele ficaria escondido para assustar as crianas que no querem dormir.

LOBISOMEM: O mito do lobisomem foi trazido ao Brasil pelos portugueses e diz que todo filho nascido depois de sete filhas se transforma em lobisomem. Essa transformao aconteceria sempre nas sextas-feiras de lua cheia, entre meia-noite e duas e meia da madrugada.

NEM TUDO FOLCLOREO folclore representado por tradies e crenas populares expressas das mais diversas formas. Para se tornarem folclore, necessrio que tenham origem annima, ou seja, que ningum saiba ao certo quem as criou. Alm disso, precisam ter surgido h muito tempo e ser divulgadas e praticadas por um grande nmero de pessoas. o caso dos ditados populares, como quem com ferro fere, com ferro ser ferido.

BIBLIOGRAFIABrasil, Histrias, Costumes e Lendas - So Paulo: Editora Trs, 2000

LENDAS

TRAVA-LNGUAS

PROVRBIOS

ADIVINHAS

MITOS/PERSONAGENS