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DIÁRIO COMÉRCIO INDÚSTRIA & SERVIÇOS QUARTA-FEIRA, 7 DE JUNHO DE 2017 5 Economia IBGE irá atualizar dados para indicador de inflação no Brasil PESQUISAS O presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Esta- tística (IBGE), Roberto Olinto, afirmou que nova Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) vai atualizar os padrões de consu- mo das famílias, influencian- do o Índice de Preços ao Con- sumidor Amplo (IPCA). A declaração foi dada em coletiva com jornalistas na sede do IBGE em São Paulo ontem (dia 6). Olinto explicou que, de- pois da POF, alguns itens do IPCA podem perder peso, en- quanto outros podem ganhar mais relevância no levanta- mento. O estudo com as famí- lias vai começar ainda este mês e dura um ano. Ele não adiantou mais informações so- bre a nova POF. Outra pesquisa que será ini- ciada este ano é o Censo Agro- pecuário, que será inteiramen- te digital. A coleta terá início em outubro e pode durar cinco meses. Olinto adiantou ainda que haverá atualização na Pes- quisa Industrial Mensal (PIM), nos moldes da que ocorreu nos estudos de varejo e de serviços, no segundo semestre. Ele, po- rém, não deu mais detalhes. Olinto afirmou que quer propor uma integração com outros institutos de estatística com o objetivo de integrar in- formações e aumentar a efi- ciência, como já ocorre em ou- tros países. "A diretriz pode mudar, mas a lógica do IBGE não muda. Ela é pautada pelo padrão de agilidade, que sem- pre foi a linha do instituto", diz ao comentar a transição com o ex-presidente Paulo Rabello. Alvo de muitas perguntas sobre as atualizações nas pes- quisas de varejo e serviços rea- lizadas no início deste ano, o presidente do IBGE destacou, assim como o instituto já vi- nha se pronunciando, que al- gumas críticas feitas à atuali- zação das pesquisas de varejo e de serviços são "levianas". Segundo o presidente do IB- GE, em indireta referência às críticas em relação ao momen- to das revisões, a lógica das atualizações estatísticas é di- vulgá-las assim que os dados estejam em mãos para melhor informar a sociedade, inde- pendentemente se o anúncio será feito em um momento de crise ou não. /Estadão Conteúdo Redução no ritmo de cortes da taxa Selic, “dependência” de reformas fiscais e interpretação sobre a incerteza no exterior foram questionadas; economistas defenderam cortes maiores nos juros Copom é criticado por especialistas após reforçar discurso conservador POLÍTICA MONETÁRIA Renato Ghelfi São Paulo [email protected] O discurso mais conserva- dor do Comitê de Política Eco- nômica (Copom), reforçado em documento divulgado on- tem, foi criticado por especia- listas consultados pelo DCI. Professor de MBAs da Fun- dação Getulio Vargas (FGV ), Mauro Rochlin foi um dos que contestaram a condução dos diretores do Banco Cen- tral (BC). Segundo ele, os exe- cutivos estão atrelando a di- minuição da taxa Selic ao avanço das reformas do go- verno federal. “Eles deixam prevalecer a ideia de que, sem essas medi- das, a situação fiscal pode piorar e a taxa de câmbio po- de ser afetada, o que daria força à inflação.” Na opinião do entrevistado, entretanto, a conjuntura atual favorece a avaliação oposta. Isso porque a não aprovação das refor- mas pode atrasar a retomada econômica, e, assim, gerar efeito desinflacionário. Em ata referente à reunião da semana passada, o cole- giado do BC deu destaque ao quadro de instabilidade no País. Por esse motivo, voltou a sinalizar “uma redução mo- derada do ritmo de flexibili- zação monetária em relação ao ritmo adotado hoje”. Repetida várias vezes, a pa- lavra incerteza foi atrelada ao avanço das reformas no Le- gislativo, à trajetória da infla- ção e à retomada econômica. Em abordagem mais positiva, ela também foi relacionada ao cenário externo. Professor de economia da Pontifícia Universidade Cató- lica (PUC-SP), Antônio Cor- rea de Lacerda disse que o BC está cometendo um “erro de interpretação”. Na visão dele, não existe perspectiva de pressão inflacionária para es- te ano, o que poderia justifi- car uma redução no ritmo de cortes na Selic. Grandes variações nos pre- ços internacionais de commo- dities, como o petróleo e o mi- nério de ferro, também poderiam aquecer o IPCA. Mais uma vez, entretanto, os especialistas desconsideraram essa possibilidade. “Não está no horizonte”, disse Rochlin. Inflação em baixa A ata do Copom ainda trouxe leve mudança nas projeções para os preços. Para 2017, é es- perado que o IPCA acumulado em 12 meses termine o ano em 4%. Para 2018, a projeção é um pouco superior, em 4,4%. No documento anterior, divulgado em abril, as expectativas apre- sentadas apontavam alta de 4,1%, neste ano, e de 4,5%, no ano que vem. Os esboços são feitos com base no relatório Focus, realizado pelo BC. Em relação aos preços administra- dos, os executivos projetaram alta de 6,1%, em 2017, e de 5,5%, em 2018. “Todos os membros do Co- mitê concordaram que as pers- pectivas para a inflação têm evoluído de maneira favorá- vel”, apontou a ata. Os direto- res da autoridade monetária também apontaram que a de- sinflação dos preços de ali- mentos e de preços industriais “pode contribuir para quedas adicionais das expectativas de inflação e da inflação em ou- tros setores da economia”. O colegiado também voltou a defender a realização das re- formas fiscais. “São funda- mentais para a sustentabilida- de da desinflação, para o funcionamento pleno da polí- tica monetária e para a redu- ção da taxa de juros estrutu- ral”, indicou a ata. Além das alterações fiscais, o Copom pediu a realização de “outras reformas e investimen- tos em infraestrutura que vi- sam aumento de produtivida- de, ganhos de eficiência, maior flexibilidade da economia e melhoria do ambiente de ne- gócios”. Na visão do colegiado, essas mudanças são “funda- mentais para a estabilização e a retomada da atividade eco- nômica” no País. AGÊNCIA BRASIL Avanço das reformas do governo no Legislativo tem afetado a condução da política monetária no País ATA DO COPOM DESTACA INCERTEZAS A palavra incerteza foi repetida 17 vezes no documento do Banco Central. O cenário político apareceu como uma das principais causas da instabilidade no País. Em mais de um momento, o Copom ressaltou a incerteza em relação às reformas. Também foi destacada a insegurança sobre à trajetória dos índices de preços. Ainda foi vista incerteza no setor externo e sobre a retomada econômica. Por outro lado, o BC ressaltou a trajetória favorável da inflação nos últimos meses. As novas estimativas do Copom indicam que o IPCA deve ficar dentro da meta (4,5%) em 2017 e 2018. Na mesma linha, Rochlin lembrou que a taxa de juro real está mais alta, hoje, do que no começo da crise “Já que o IPCA [Índice de Preços ao Consumi- dor Amplo] chegou a um pata- mar inferior àquele que o pró- prio BC esperava”. Por isso, apontou ele, o Copom tem mais espaço para reduzir a ta- xa básica de juros. Com o corte de 1 ponto per- centual, na semana passada, a Selic nominal recuou para 10,25% ao ano. Já o IPCA acu- mulado em 12 meses chegou a 4,08% em abril. Segundo as projeções do relatório Focus, a inflação deve ficar abaixo de 4%, neste ano. Após a divulgação da ata, analistas de mercado reforça- ram a aposta em um corte de 0,75 ponto percentual na pró- xima reunião do comitê, mar- cada para o final de julho. O Itaú Unibanco, por exemplo, divulgou comunicado com es- sa projeção. “Uma antecipação de política monetária deixou de ser uma opção.” Ainda as- sim, o banco manteve a esti- mativa de que a taxa terminará 2017 em 8% ao ano. Setor externo Sobre a situação internacional, os diretores do BC escreveram que a situação “tem se mostra- do favorável”. Foi colocado, porém, que o cenário externo apresenta “considerável grau de incerteza e pode dificultar o processo de desinflação”. Essa interpretação também foi contestada pelos especialis- tas. Após afirmar que a instabi- lidade global não é grande, La- cerda disse que esse argumento não pode ser usa- do, atualmente, para justificar uma condução mais conserva- dora da taxa básica. “Nenhum país está fazendo isso.” Rochlin seguiu a mesma li- nha. Segundo ele, “alguma ação desestabilizadora” pode ser tomada por Donald Trump, presidente dos Estados Uni- dos. Essa atitude, contudo, não traria uma retomada da infla- ção no Brasil, afirmou. DECLARAÇÃO DE PROPÓSITO (Cancelamento da Autorização para Funcionamento) A TENDÊNCIA CORRETORA DE CÂMBIO, TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS LTDA., inscrita no CNPJ sob nº 58.506.221/0001-16; I - DECLARA sua intenção de alterar o seu contrato social, modificando o seu objeto social, deixando de atuar como instituição integrante do Sistema Financeiro Nacional (SFN), não realizando, em decorrência, operações privativas de instituição sujeita à autorização do Banco Central do Brasil; II - ESCLARECE que, nos termos da regulamentação em vigor, eventuais objeções à presente declaração devem ser comunicadas diretamente ao Banco Central do Brasil, no endereço abaixo, no prazo de trinta dias contados da data da publicação desta, por meio formal em que os autores estejam devidamente identificados, acompanhado da documentação comprobatória, observado que o declarante pode, na forma da legislação em vigor, ter direito a vistas do processo respectivo. BANCO CENTRAL DO BRASIL - Departamento de Organização do Sistema Financeiro. Gerência Técnica em São Paulo. Av. Paulista, nº 1804 - São Paulo-SP. CEP 01310-922. Processo nº 1701630556. São Paulo, 01 de junho de 2017.

Copom é criticado por especialistas após reforçar discurso ... · quisa Industrial Mensal (PIM), nos moldes da que ocorreu nos estudos de varejo e de serviços, no segundo semestre

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DIÁRIO COMÉRCIO INDÚSTRIA & SERVIÇOS � QUARTA-FEIRA, 7 DE JUNHO DE 20 1 7 5

E conomia

IBGE irá atualizar dados para indicador de inflação no Brasil

PE SQUISAS

� O presidente do InstitutoBrasileiro de Geografia e Esta-tística (IBGE), Roberto Olinto,afirmou que nova Pesquisa deOrçamento Familiar (POF) vaiatualizar os padrões de consu-mo das famílias, influencian-do o Índice de Preços ao Con-sumidor Amplo (IPCA).

A declaração foi dada emcoletiva com jornalistas nasede do IBGE em São Pauloontem (dia 6).

Olinto explicou que, de-pois da POF, alguns itens do

IPCA podem perder peso, en-quanto outros podem ganharmais relevância no levanta-mento. O estudo com as famí-lias vai começar ainda estemês e dura um ano. Ele nãoadiantou mais informações so-bre a nova POF.

Outra pesquisa que será ini-ciada este ano é o Censo Agro-pecuário, que será inteiramen-te digital. A coleta terá inícioem outubro e pode durar cincomeses. Olinto adiantou aindaque haverá atualização na Pes-quisa Industrial Mensal (PIM),nos moldes da que ocorreu nosestudos de varejo e de serviços,

no segundo semestre. Ele, po-rém, não deu mais detalhes.

Olinto afirmou que querpropor uma integração comoutros institutos de estatísticacom o objetivo de integrar in-formações e aumentar a efi-ciência, como já ocorre em ou-tros países. "A diretriz podemudar, mas a lógica do IBGEnão muda. Ela é pautada pelopadrão de agilidade, que sem-pre foi a linha do instituto", dizao comentar a transição com oex-presidente Paulo Rabello.

Alvo de muitas perguntassobre as atualizações nas pes-quisas de varejo e serviços rea-

lizadas no início deste ano, opresidente do IBGE destacou,assim como o instituto já vi-nha se pronunciando, que al-gumas críticas feitas à atuali-zação das pesquisas de varejoe de serviços são "levianas".

Segundo o presidente do IB-GE, em indireta referência àscríticas em relação ao momen-to das revisões, a lógica dasatualizações estatísticas é di-vulgá-las assim que os dadosestejam em mãos para melhorinformar a sociedade, inde-pendentemente se o anúncioserá feito em um momento decrise ou não. /Estadão Conteúdo

Redução no ritmo de cortes da taxa Selic, “d e p e n d ê n c i a” de reformas fiscais e interpretação sobrea incerteza no exterior foram questionadas; economistas defenderam cortes maiores nos juros

Copom é criticado por especialistasapós reforçar discurso conservadorPOLÍTICA MONETÁRIA

Renato GhelfiSão Paulorenato.cor [email protected]

� O discurso mais conserva-dor do Comitê de Política Eco-nômica (Copom), reforçadoem documento divulgado on-tem, foi criticado por especia-listas consultados pelo DCI.

Professor de MBAs da Fu n -dação Getulio Vargas (FGV ),Mauro Rochlin foi um dosque contestaram a conduçãodos diretores do Banco Cen-tral (BC). Segundo ele, os exe-cutivos estão atrelando a di-minuição da taxa Selic aoavanço das reformas do go-verno federal.

“Eles deixam prevalecer aideia de que, sem essas medi-das, a situação fiscal podepiorar e a taxa de câmbio po-de ser afetada, o que dariaforça à inflação.” Na opiniãodo entrevistado, entretanto, aconjuntura atual favorece aavaliação oposta. Isso porquea não aprovação das refor-mas pode atrasar a retomadaeconômica, e, assim, gerarefeito desinflacionário.

Em ata referente à reuniãoda semana passada, o cole-giado do BC deu destaque aoquadro de instabilidade noPaís. Por esse motivo, voltoua sinalizar “uma redução mo-derada do ritmo de flexibili-zação monetária em relaçãoao ritmo adotado hoje”.

Repetida várias vezes, a pa-lavra incerteza foi atrelada aoavanço das reformas no Le-gislativo, à trajetória da infla-ção e à retomada econômica.Em abordagem mais positiva,ela também foi relacionadaao cenário externo.

Professor de economia daPontifícia Universidade Cató-lica (PUC-SP), Antônio Cor-rea de Lacerda disse que o BCestá cometendo um “erro dei n t e r p re t a ç ã o”. Na visão dele,não existe perspectiva depressão inflacionária para es-te ano, o que poderia justifi-car uma redução no ritmo decortes na Selic.

Grandes variações nos pre-ços internacionais de commo-dities, como o petróleo e o mi-nério de ferro, tambémpoderiam aquecer o IPCA.Mais uma vez, entretanto, osespecialistas desconsideraramessa possibilidade. “Não estáno horizonte”, disse Rochlin.

Inflação em baixaA ata do Copom ainda trouxeleve mudança nas projeçõespara os preços. Para 2017, é es-perado que o IPCA acumuladoem 12 meses termine o ano em4%. Para 2018, a projeção é umpouco superior, em 4,4%. Nodocumento anterior, divulgadoem abril, as expectativas apre-sentadas apontavam alta de4,1%, neste ano, e de 4,5%, noano que vem. Os esboços sãofeitos com base no relatórioFocus, realizado pelo BC. Emrelação aos preços administra-dos, os executivos projetaramalta de 6,1%, em 2017, e de5,5%, em 2018.

“Todos os membros do Co-mitê concordaram que as pers-pectivas para a inflação têmevoluído de maneira favorá-ve l”, apontou a ata. Os direto-res da autoridade monetáriatambém apontaram que a de-sinflação dos preços de ali-mentos e de preços industriais“pode contribuir para quedasadicionais das expectativas deinflação e da inflação em ou-tros setores da economia”.

O colegiado também voltoua defender a realização das re-formas fiscais. “São funda-mentais para a sustentabilida-de da desinflação, para ofuncionamento pleno da polí-tica monetária e para a redu-ção da taxa de juros estrutu-ra l”, indicou a ata.

Além das alterações fiscais,o Copom pediu a realização de“outras reformas e investimen-tos em infraestrutura que vi-sam aumento de produtivida-de, ganhos de eficiência, maiorflexibilidade da economia emelhoria do ambiente de ne-g ó c i o s”. Na visão do colegiado,essas mudanças são “funda-mentais para a estabilização ea retomada da atividade eco-n ô m i c a” no País.

AGÊNCIA BRASIL

Avanço das reformas do governo no Legislativo tem afetado a condução da política monetária no País

ATA DO COPOM DESTACA INCERTEZAS

� A palavra incerteza foirepetida 17 vezes no documentodo Banco Central.

� O cenário político apareceucomo uma das principaiscausas da instabilidade no País.

� Em mais de um momento, oCopom ressaltou a incertezaem relação às reformas.

� Também foi destacada ainsegurança sobre à trajetória

dos índices de preços.

� Ainda foi vista incerteza nosetor externo e sobre aretomada econômica.

� Por outro lado, o BCressaltou a trajetória favorávelda inflação nos últimos meses.

� As novas estimativas doCopom indicam que o IPCAdeve ficar dentro da meta(4,5%) em 2017 e 2018.

Na mesma linha, Rochlinlembrou que a taxa de juro realestá mais alta, hoje, do que nocomeço da crise “Já que o IPCA[Índice de Preços ao Consumi-dor Amplo] chegou a um pata-mar inferior àquele que o pró-prio BC esperava”. Por isso,apontou ele, o Copom temmais espaço para reduzir a ta-xa básica de juros.

Com o corte de 1 ponto per-centual, na semana passada, aSelic nominal recuou para

10,25% ao ano. Já o IPCA acu-mulado em 12 meses chegou a4,08% em abril. Segundo asprojeções do relatório Focus, ainflação deve ficar abaixo de4%, neste ano.

Após a divulgação da ata,analistas de mercado reforça-ram a aposta em um corte de0,75 ponto percentual na pró-xima reunião do comitê, mar-cada para o final de julho. OItaú Unibanco, por exemplo,divulgou comunicado com es-

sa projeção. “Uma antecipaçãode política monetária deixoude ser uma opção.” Ainda as-sim, o banco manteve a esti-mativa de que a taxa terminará2017 em 8% ao ano.

Setor externoSobre a situação internacional,os diretores do BC escreveramque a situação “tem se mostra-do favorável”. Foi colocado,porém, que o cenário externoapresenta “considerável graude incerteza e pode dificultar oprocesso de desinflação”.

Essa interpretação tambémfoi contestada pelos especialis-tas. Após afirmar que a instabi-lidade global não é grande, La-cerda disse que esseargumento não pode ser usa-do, atualmente, para justificaruma condução mais conserva-dora da taxa básica. “Ne n h u mpaís está fazendo isso.”

Rochlin seguiu a mesma li-nha. Segundo ele, “algumaação desestabilizadora” podeser tomada por Donald Trump,presidente dos Estados Uni-dos. Essa atitude, contudo, nãotraria uma retomada da infla-ção no Brasil, afirmou.

DECLARAÇÃO DE PROPÓSITO(Cancelamento da Autorização para Funcionamento)

A TENDÊNCIA CORRETORA DE CÂMBIO, TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS LTDA., inscrita no CNPJ sob nº 58.506.221/0001-16; I - DECLARA sua intenção de alterar o seu contrato social, modifi cando o seu objeto social, deixando de atuar como instituição integrante do Sistema Financeiro Nacional (SFN), não realizando, em decorrência, operações privativas de instituição sujeita à autorização do Banco Central do Brasil; II - ESCLARECE que, nos termos da regulamentação em vigor, eventuais objeções à presente declaração devem ser comunicadas diretamente ao Banco Central do Brasil, no endereço abaixo, no prazo de trinta dias contados da data da publicação desta, por meio formal em que os autores estejam devidamente identifi cados, acompanhado da documentação comprobatória, observado que o declarante pode, na forma da legislação em vigor, ter direito a vistas do processo respectivo. BANCO CENTRAL DO BRASIL - Departamento de Organização do Sistema Financeiro. Gerência Técnica em São Paulo. Av. Paulista, nº 1804 - São Paulo-SP. CEP 01310-922. Processo nº 1701630556. São Paulo, 01 de junho de 2017.