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Coquetel Anti-HIV UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA DISCENTES: FRANCISCO MACEDO, JÉSSICA SANTANA E JÉSSICA SANTOS DISCIPLINA: CLÍNICA ODONTOLÓGICA V

Coquetel Anti-HIV (1)

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Coquetel Anti-HIV

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

DISCENTES: FRANCISCO MACEDO, JÉSSICA SANTANA E JÉSSICA SANTOS

DISCIPLINA: CLÍNICA ODONTOLÓGICA V

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Introdução O HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana;

Seu mecanismo de ação se dá basicamente através da infiltração do vírus HIV nas células do sistema imunológico;

Coquetel de drogas: uma maior sobrevida e uma melhor qualidade de vida para o indivíduo;

Na prática do cirurgião-dentista, os procedimentos realizados são complexos e o expõem à riscos ocupacionais: RISCO BIOLÓGICO.

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Indicação para uso do Coquetel

Situações de exposição sexual em que a sorologia do parceiro é desconhecida;

Situações de exposição sexual em que a sorologia do parceiro é conhecida;

Exposição ocupacional a materiais biológicos.

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Contaminação em Odontologia Os estudos indicaram que não existem casos de transmissão do

vírus HIV por aerossóis resultantes da atividade clínica odontológica;

Com relação aos acidentes de trabalho, o risco é pequeno, mas concreto, a depender da gravidade do acidente além da carga viral do paciente;

Após um acidente percutâneo: o risco de soroconversão de 0,3%

Após uma exposição mucocutânea e sangue contaminado: risco de 0,09% .

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Contaminação em Odontologia

Um tratamento profilático pode ser realizado após um acidente de trabalho;

Melhor forma de lidar com os acidentes ocupacionais é a prevenção:

manuseio cuidadoso de agulhas;

lâminas ;

perfurocortantes.

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O Coquetel

Inibidores Nucleosídeos da Transcriptase Reversa:

o Abacavir, Didanosina (ddI), Estavudina (d4T), Lamivudina (3TC), Zalcitabina (ddC), Zidovudina(AZT)

Inibidores Não Nucleosídeos da Transcriptase Reversa:

o Delavirdina, Efavirenz, Nevirapina

Inibidores da Protease:

o Amprenavir, Indinavir, Nelfinavir, Ritonavir, Saquinavir

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O Coquetel

Inibidores de fusão:

o Enfuvirtida

Inibidores da Integrase:

o Raltegravir

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Profilaxia Pós Exposição A indicação ou não da profilaxia com anti-retrovirais baseia-se na

avaliação criteriosa do risco de transmissão do HIV e também na toxicidade das medicações;

QUIMIOPROFILAXIA BÁSICA:

• Combinação de zidovudina com lamivudina (AZT + 3TC)

• Exposições com risco conhecido de transmissão pelo HIV.

QUIMIOPROFILAXIA EXPANDIDA:

• Combinação de AZT + 3TC + IP (nelfinavir ou indinavir/r)

• Exposições com risco elevado de transmissão pelo HIV.

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Profilaxia Pós Exposição Posologia

AZT - 200 mg 3x ao dia (cap. 100mg)

3TC - 150 mg 2x ao dia (cap. 150mg)

Indinavir - 800 mg 3x ao dia (cap. 200 ou 400mg).

O ideal é que seja nas primeiras 2 horas após a exposição. Observações sugerem que até 48 horas após o acidente a profilaxia possa ainda ser eficaz. Avaliar introdução de terapia até no máximo 1 a 2 semanas nos acidentes graves. Duração de 4 semanas.

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Efeitos Adversos

Zidovudina: anemia e granulocitopenia.

Indinavir: reações alérgicas; fraqueza/fadiga; baixa contagem de hemácias; problemas cardíacos; dor/inchaço abdominal; inflamação do pâncreas; inflamação dos rins; aumento de gordura em locais como pescoço, seios, abdômen e costas; diarreia; dispepsia; náusea; tontura; cefaléia.

Lamivudina: anemia, disfunção renal, pancreatite, enxaqueca, mal estar, fadiga e indisposição, febre ou calafrios, náusea, diarreia, vômitos, anorexia e/ou diminuição do apetite.

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Interação Medicamentosa

Zidovudina

pode interagir com: Aspirina, Cetoprofeno, Cimetidina, Codeína, Indometacina, Lorazepam, Morfina, Naproxeno, Oxazepam. Esses medicamentos alteram o metabolismo da Zidovudina;

Indinavir

Administração do Indinavir concomitante com ansiólíticos (Diazepam, Lorazepam, Midazolam, Temazepam, Triazolam, Zolpidem) pode originar uma inibição competitiva do metabolismo destes medicamentos, com potencial para reações adversas graves e com risco de morte (depressão respiratória, sedação prolongada).

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Interação Medicamentosa

Lamivudina

Não possui nenhuma interação medicamentosa de interesse cirúrgico odontológico;

Deve-se cuidar apenas com a administração conjunta de Metronidazol e Lamivudina (na forma de solução oral), pois esta forma apresenta álcool na sua composição, gerando uma interação com o Metronidazol.

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Considerações Finais

O risco de contaminação do cirurgião-dentista no atendimento a pacientes HIV/AIDS ocorre principalmente através de acidentes ocupacionais que envolvam materiais perfuro-cortantes, por colocar o profissional diretamente em contato com material biológico contaminado.

As chances de se contrair HIV após uma exposição ocupacional são muito pequenas e se o uso da medicação após a exposição for corretamente seguido são praticamente zero.

O cirurgião-dentista deve ter conhecimento dos efeitos colaterais e das interações medicamentosas em que os medicamentos do coquetel estão envolvidos.

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Referências ANDRADE E.D., CORRÊA E.M.C. Tratamento Odontológico em Pacientes HIV/AIDS. Ver.

Odonto Ciência, v. 20, n.49, p. 281-289, 2005.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção a Saúde. Departamento de Ações Programáticas. Exposição a materiais biológicos. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência a Saúde. Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis, AIDS e Hepatites Virais. Brasília: Ministério da Saúde, 2009.

GARCIA, L. P.; BLANK, V. L. G. Condutas pós-exposição ocupacional a material biológico na odontologia. Cad. Saúde Pública, v. 42, n. 2, p. 279-286, 2008.

SBARDELOTTO, B.M. et.al. Protocolo para atendimento cirúrgico Odontológico de pacientes soropositivos. Rev. Odontologia (ATO), Bauru, SP., v. 13, n. 1, p. 24-60, jan., 2013.

SOUZA,J. Storpirtis, S. Atividade anti-retroviral e propriedades farmacocinéticas da associação entre lamivudina e zidovudina. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences vol. 40, n. 1, jan./mar., 2004.