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COREN-SP • janeiro/fevereiro de 2004 • nº 49

COREN-SP • janeiro/fevereiro de 2004 • nº 49 · Em homenagem ao aniversário de 450 anos da cidade de São Paulo, ... paulistanas como uma forma de pre- ... mento da profissão

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Células tronco 01ciência e tecnologia

Gerenciamento em enfermagem 02mercado de trabalho

Subnotificação em enfermagem 04entrevista

Sistematização em neurologia 06especial

Águas de março 08capa

Informação compartilhada 13radar

Praça da Sé 15

Dispensação em medicamentos 16destaque

Perfil Profissiográfico Previdenciário 18novos rumos

artigo - Heródoto Barbeiro

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Chuvas:mais umdesafiopara nossosprofissionais

Índice

Cursos e Eventos 20

Cartas 25

Últimas Notícias 24

Notas 14

Mal iniciou-se o ano e os problemas

com as enchentes voltam a inco-

modar milhares de paulistanos.

Apesar de esperarmos – todos os

anos – por esse período que só se

encerra agora no mês de março, é

sempre desesperador ver o estado

em que a cidade de São Paulo fica

após cada chuva que cai. Além de

inúmeras doenças, as enchentes na

cidade fazem com que seus

habitantes alterem suas rotinas

diárias, evitando os horários mais

prováveis de alagamento.

No entanto, essa possibilidade não

se aplica à enfermagem que tem

plantões a cumprir e que, normal-

mente é mais requisitada nesses pe-

ríodos. Além de prestar informações

queremos homenagear esses profis-

sionais que muitas vezes além de

cumprir seu papel como profissional

é, também, vítima.

Nesta edição trazemos matéria

especial sobre depreciação de medi-

camentos com a intenção de escla-

recer dúvidas quanto ao poder ou

dever realizar a dispensação e quais

as responsabilidades do profissional.

Abordamos também o Perfil Profis-

siográfico Previdenciário, o PPP, e os

novos critérios na área de benefícios

e de receita previdenciária, um

assunto que interessa a todos nós.

Em homenagem ao aniversário de

450 anos da cidade de São Paulo,

iniciamos nesta edição a série Metró-

pole. Ao longo de 2004 serão retra-

tados o centro e as quatro regiões

paulistanas como uma forma de pre-

servar nossa memória e também

saber reconhecer o nosso patrimônio:

a cidade onde vive mais da metade

dos 260 mil profissionais de enfer-

magem de todo o Estado.

Boa leitura.

Ruth Miranda

presidente

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CÉLULAS-TRONCOGENÉTICA

C

ciência e tecnologia

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Fontes: Folha de São Paulo / Reuters

Polêmica: células capazes de assumir a função de outraspodem salvar vidas mas sua utilização gera mal estar

élulas-tronco são unidades celulares que têm

a capacidade de dividir-se por período

indefinido e se transformar em qualquer outra do corpo,

mais específica. São normalmente encontradas emembriões com poucos dias de vida — o que vem causando

grandes dilemas éticos a respeito de sua utilização — e

na medula óssea, quando são chamadas de células-troncoadultas. Essas células podem ser utilizadas para o

tratamento de diversas doenças, possibilitando inclusive

a substituição parcial ou total de órgãos e tecidos,beneficiando pacientes com mal de Parkinson ou

Alzheimer (uma injeção de células-tronco no cérebro de

um portador de mal de Parkinson poderia regenerar asfunções dos neurônios do paciente). Pessoas com

paralisia, problemas genéticos, leucemia ou outro tipo

de câncer hematológico também podem serbeneficiadas. Pesquisas recentes mostram que a inserção

de células-tronco em pacientes tetraplégicos restaurou

parte da sensibilidade de membros do corpo paralisadoshá anos. Há ainda um estudo que comprova a eficácia

de células-tronco para conter o diabetes tipo 1. Em

ambos os casos apenas células adultas foram utilizadas.

Através de pesquisas com células-tronco os cientistas

podem testar os efeitos terapêuticos e colaterais dedrogas em tecidos humanos, sem a necessidade de se

utilizar animais. Além disso, essas células também podem

se usadas na substituição de órgãos defeituosos semoferecer os riscos de rejeição que existe nos transplantes

tradicionais. O material biológico que interessa à ciência

é, na verdade, um aglomerado de células formado noscinco primeiros dias após a fecundação. No corpo da

mulher apenas uma em cada cinco dessas massas celulares

se fixa no útero para dar origem a um feto, as outrasquatro são descartadas pelo canal vaginal sem que a

mulher ao menos perceba. Os cientistas geralmente

obtêm essas células de embriões descartados por clínicasde fertilidade. No entanto, para alguns a destruição de

um embrião é o mesmo que matar um ser humano.

No Brasil esse tema tem sido constantemente debatido.No último dia 5, a Câmara dos Deputados aprovou projeto

que proíbe pesquisas com células embrionárias.

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A

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em EnfermagemGERENCIAMENTO

Ser gerente de enfermagemexige um saber cuidar deduas vias, dos pacientes edos próprios profissionaisde enfermagem

ssim como a enfermagem em si exige versatilidade,criatividade e muito conhecimento técnico, o gerencia-

trabalho com motivação e comunicação transparente”, diz aenfermeira Jurema da Silva Herbas Palomo, diretora da coordenaçãode enfermagem do Instituto do Coração.Para ela, cerca de 90% das questões administrativas são iguais para— todas as organizações. “No dia-a-dia do gerenciamento do

serviço de enfermagem observa-se que os problemas e asocorrências diferem apenas na terminologia que cada organizaçãoutiliza, mas são semelhantes nas características e na apresentação”.Quem desejar seguir carreira como gerente de enfermagem devepossuir, além da graduação em enfermagem, experiência profissionale conhecimento gerencial adquirido em cursos de pós-graduação.Reciclagem e continuidade do aprendizado também são funda-mentais. “O nosso graduando em enfermagem ou o egresso do cursode graduação em enfermagem precisa sentir a necessidade do cres-cimento contínuo por meio da leitura freqüente e da participação

mento da profissão necessita de um profissional dotado de todas asqualidades acima, além de uma grande capacidade para solucionarproblemas comuns no ambiente de trabalho.O cargo é muito gratificante pois envolve a administração de pessoas,característica nata de quem escolhe a enfermagem. “Comotrabalhamos em equipe não podemos esquecer que administramosas ações de enfermagem e lideramos pessoas, que são profissionaisnas funções de enfermeiro, técnico e auxiliar de enfermagem.Precisamos gostar do que fazemos e estar envolvidos no processo de

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mercado de trabalho

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em eventos de reciclagem e de pós-graduação, lato sensu e strictosensu”, afirma Jurema.Sobre os cursos de especialização, ela explica que uma das vantagensdo gerenciamento em enfermagem é que a distribuição de aulas ehorários tenta compatibilizar e não interferir na jornada de trabalhodo aluno, fator fundamental para o profissional que não pode abrirmão do trabalho em nome do estudo.O mercado de trabalho pede profissionais versáteis e que saibamcomo se portar e agir diante das mais diferentes situações. “É muitoimportante para o egresso da graduação ter autoconfiança, saberque, mesmo sem ter experiência profissional, ele é capaz de tomar

importa para a competitivi-dade e a lucratividade é o cus-to do processo total, incluindoos custos do não fazer, dodesperdício e até do erro”.Além disso, ela reforça que nogerenciamento de enfermagema negociação é o melhor cami-nho porque envolve um pro-cesso de decisão que leva emconta as diferenças dentro daequipe e do serviço. “O gerentede enfermagem precisa teratitudes e comportamentosadequados para diminuir apressão sobre o grupo, mos-trando as alternativas e contro-les sobre os processos, simu-lando negociações, evitandodesestabilizar outras equipes ecompartilhando seus verda-deiros interesses e intenções”.Para que esse processo ocorrade forma harmônica é fun-damental que o gerente de en-fermagem possua um vastoconhecimento do todo, fazen-do as simplificações necessáriase adaptando-se sempre às mu-danças, até que os objetivosmaiores sejam alcançados.“Osatos de planejar, organizar, diri-gir e controlar os serviços de en-fermagem estão diretamenteligados à capacitação do pro-fissional de enfermagem emreconhecer e atuar nos dife-rentes cenários da prática profis-sional, nas suas consideraçõessobre as competências indivi-duais, nos pressupostos dosmodelos gerenciais e nas exigên-cias do mercado”, finaliza Palo-mo, que também é membro daSociedade Brasileira de Geren-ciamento em Enfermagem.

decisões frente aos desafios que o primeiro emprego possa lheapresentar. Para tanto é imperiosa a expansão do saber peloconhecimento científico, do saber fazer pela habilidade técnica e dosaber ser pela postura ética profissional”, continua Jurema.No que diz respeito à conduta do profissional no cenário dogerenciamento de enfermagem, Jurema enfatiza a importância daadministração participativa, com a colaboração de todos e a discussãodas propostas e alternativas, sempre visando resultados comqualidade. O trabalho em equipe traduz o esforço comum deparceiros que têm por objetivo único agregar valor no atendimentoao ser humano, não só na assistência visando a cura, mas tambémna valorização da sua auto-estima, o que Jurema chama deperspectiva no controle de resultados.“O controle de resultados tem como perspectiva alcançar o custo-efetividade da assistência prestada, reconhecendo que o custo que

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O

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processo de administração de medicação envolve umagama de profissionais, inclusive os de enfermagem,

porém, como os profissionais de enfermagem participam diretamenteda assistência ao paciente, são eles que estão envolvidos efreqüentemente são responsabilizados quando ocorrem os problemasou iatrogenias ao paciente. A administração de medicação é umadas áreas de maior risco para a prática de enfermagem.A subnotificação é um problema mais comum do que se imagina.A enfermeira Elena Bohomol, autora de uma pesquisa sobre oassunto, explica à Revista COREN-SP por que isso acontece.

Elena Bohomol éconsultora em enfermagem e

professora do CentroUniversitário São Camilo

Subnotificação em

E n f e r m a g e m

Administrarmedicamentos

requeratenção do

profissionalde

enferma-gem. Erros

emnotificações

podem serfatais

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e n t r e v i s t a

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Revista do COREN-SP - O quea levou se interessar pelo te-ma “erros de medicação” (te-ma da dissertação de mes-trado de Elena Bohomol naUnifesp)?Elena Bohomol - O meu interesseestá relacionado à segurança dopaciente dentro de uma instituiçãoem saúde. Este assunto, auto-maticamente dá margem a refletirsobre os inúmeros problemas quepodem acontecer durante umahospitalização ou os resultados in-desejáveis durante a prestação daassistência, os quais denomina-mos como eventos iatrogênicos.Como alguns exemplos podem sercitadas as quedas com danos aopaciente, cirurgias realizadas nolado errado, troca de dietas e errosde medicação. O estudo que reali-zei, foi verificar as causas mais fre-qüentes dos erros de medicação,em que consiste um erro de medi-cação e sua necessidade de notifica-ção, sob a ótica da equipe de enfer-magem.

RC - E quais foram as causasapontadas pela equipe deenfermagem?EB - O resultado identificou quatrocausas freqüentes para a ocorrên-cia de Erros de Medicação: quandoa caligrafia do médico é ilegível oudifícil de se ler na folha de prescri-ção; quando o membro da equipede enfermagem está sobrecar-regado ou é distraído por outrospacientes, colegas de trabalho ouocorrências na unidade; quando omembro da equipe de enfermagemestá cansado e estressado equando a prescrição médica não élida na íntegra.

RC - Em sua pesquisa, vocêdescobriu alguns motivos paraa não notificação de erros porparte dos profissionais deenfermagem. Quais são eles?

EB - Em minha pesquisa pergunteiao profissional se ele deixou denotificar um erro por temer umaação disciplinar ou perda do em-prego e praticamente 100% afir-maram que não têm temores emrealizar a notificação. Por outrolado, quando perguntei se esteprofissional acredita que algummembro da equipe deixa de no-tificar por temer reações de enfer-meiros responsáveis ou colegas detrabalho, a maioria disse que sim.Portanto, o temor e receio são mo-tivos em não formalizar uma noti-ficação. Outro motivo é que nemsempre há clareza ou um enten-dimento uniforme do que é um errode medicação. O que é um atrasona administração de uma medica-ção? 20 minutos? Uma hora?Depende. Há necessidade de as ins-tituições terem um política definidade procedimentos para adminis-tração de medicação para orien-tação dos profissionais. Isso valepara todos os profissionais envolvi-dos no processo de administraçãode medicação, e não somente osde enfermagem.

RC - Quais as conseqüênciasgeradas por não se notificarum erro?EB - A principal consequência é nãoresolver a causa do erro. Os erroscontinuarão a acontecer, podendocausar os mais diversos danos aopaciente e retardando seu resta-belecimento e ninguém entenderáo porquê. É importante que existaum ambiente de trabalho não puni-tivo para que um sistema de notifi-cação seja usado, tornando os pro-cessos mais simples e a prática ma-is segura. Novamente digo: esseassunto não é exclusivo da equipede enfermagem, e sim de todos osprofissionais que estão envolvidosno processo. Estudos em hospitaisnorte-americanos demonstraramque os enfermeiros interceptam

86% dos erros de medicaçãorelacionados a erros de prescrição,transcrição e dispensação. Temmuita gente errando antes.

RC - O que poderia ser feito peloprofissional de enfermagem epelas instituições de saúdepara reverter esse quadro?EB - Em primeiro lugar, a instituiçãonão pode ter uma política punitiva.Também não estou falando para sefechar os olhos para o problema efazer de conta que nada aconteceu.É importante ter um sistema denotificação simples e que preserveo sigilo para permitir um banco dedados das ocorrências aos paci-entes. Sabemos que a formalizaçãode um erro é uma coisa que geradesconforto a todos. A análise dasnotificações dos erros deve serséria, pontual e permitir diag-nosticar as necessidades demudanças e melhorias que preci-sam ocorrer dentro das insti-tuições, sejam elas de ordem am-biental, estrutural, organizacionalou educacional. Se diagnosticadaa razão, deve-se agir, mudar,transformar. Deve existir vontadepolítica por parte dos dirigentesdas instituições para encarar aquestão e a confiança de que oreconhecimento do erro é paramelhorar o sistema de saúde porparte dos colaboradores.

RC - Que providências devemser tomadas para evitar queos profissionais de enferma-gem cometam erros dessaordem?EB - Ninguém sai de casa com opropósito de cometer um erro.Errar é humano mas prevenir oerro também é. Como profissionalda saúde recomendo que as insti-tuições olhem para este assuntocomo algo que acontece em todosos lugares. A prevenção ainda é amelhor política.

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SistematizaçãoSistematizaçãoSistematizaçãoSistematizaçãoSistematização

Hospital Estadual Bauru é gerenciado pela Faculdade de Medicinade Botucatu, sendo “Organização Social de Saúde”, que atende

somente pacientes do SUS. É um hospital-escola, com 210 leitos, sendo 31de UTI. A criação do Núcleo foi estimulada a partir da apresentação daEnfermeira Dra. Solange Deccini em que enfocava a necessidade deassistência qualificada ao paciente em patologias neurológicas, especi-ficamente na prevenção de seqüelas causadas muitas vezes pelo des-conhecimento do profissional de enfermagem. Assim, em uma avaliaçãosobre o conteúdo do Curso de Neurologia, os enfermeiros do HEB concluí-ram que deveriam continuar um estudo sobre essas patologias e elaborarplanos assistenciais padronizados, capazes de atender os objetivos.Nas primeiras reuniões eles contaram com aproximadamente 45 pessoas,

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emememememNEUROLOGIANEUROLOGIANEUROLOGIANEUROLOGIANEUROLOGIA

OOOOO

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O HospitalEstadualBauru é

atualmenteconsiderado

exemploentre

os grandescentros

hospitalaresdo País

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dos 208 profissionais que fizeramo curso. O conteúdo do cursofoi revisado em três reuniões, nasquais foram ministradas aulassobre SAE em pacientes comCrise Convulsiva e Alcoolismo.Além disso, alguns médicos minis-

de enfermagem padronizadasnos direcionam à melhor atençãoaos detalhes como prevenção damão em garra causando hiper-trofia dos dedos, pé eqüino, úl-ceras de pressão principalmentenas orelhas etc.”, diz a enfermeiraMaria Justina Felippe, diretora dodepartamento de enfermagemdo Hospital Regional de Bauru.Na programação inicial foramprevistas duas fases deimplantação do Núcleo. Na pri-meira, que teve duração de seismeses, foram feitas visitas aos pa-cientes, checagem de intercor-rências e orientação aos familia-res. “Recebíamos muitos elogios,pois os familiares nem sempreconheciam as complicações dasdoenças e pouco sabiam sobresuas prevenções. Assim, nãoconseguiam cuidar adequada-mente dos idosos e muitas vezespioravam a situação”, explicaJustina. Graças ao Núcleo deCapacitação Assistencial emNeurologia, a assistência de enfer-magem ao paciente portador depatologias Neurológicas temmelhorado a cada dia. Todos daequipe já apresentaram segu-rança ao cuidar dos pacientes. Jáconseguem discutir necessidadese avaliar dependências. As orien-tações aos familiares são bem

mais concretas, baseadas naprevenção. O retorno do paci-ente ao seu domicílio é maisrápido, pois quando cuidadoadequadamente, sua permanên-cia no hospital diminui. As ano-tações de enfermagem são con-cretas e ricas em detalhes. A evo-lução é significativa a cada dia. Aequipe médica tem-nos ques-tionado muito porque percebeque o paciente tem sido realmentebem cuidado. Os neurologistasparticipam conosco e nos incen-tivam muito”, conta Justina. Asdiscussões continuam àsquintas-feiras, por aproxima-damente duas horas, depen-dendo do envolvimento detodos. São feitos estudos decasos para melhor fixação dosconteúdos. Quanto à segundafase, com início previsto paramarço deste ano, Justina diz:“esperamos que seja muito longaporque estaremos atuandotambém no domicílio do paciente,inicialmente como orientado-res. Já pensamos até em HomeCare, mas temos que ir comcautela. Nosso objetivo é as-segurar o direito à saúde, comdignidade”.

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especial

traram aulas sobre exame físico,permitindo que a elaboração deum padrão para receber ospacientes. “A SAE nos permitiupadronizar a assistência, avali-ando o paciente na íntegra, semque corramos o risco de nosesquecermos de observar, porexemplo, a sua tendência emdeslocar o rosto para as laterais,impedindo a oxigenação maiseficiente quando posicionadoadequadamente. As prescrições

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ÁGUAS DEMARÇOÁGUAS DEMARÇO

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iano

A enfermagem faza diferença no atendimentoàs vítimas dos estragosprovocados pelas chuvas

capa

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FECHANDO O VERÃO

ão Paulo, janeiro de 2004. As comemorações dos 450 anos da maior

cidade brasileira enfocam a grandeza da metrópole – mas é certo que

toda essa pujança esconde problemas urbanos sérios: a poluição, o trânsito

caótico, o aumento dos bolsões de pobreza.

Certos transtornos, entretanto, permanecem “esquecidos” boa parte do tempo

e somente vêm à tona em períodos específicos do ano. Durante os meses de

verão, marcados pela ocorrência de temporais, a atuação dos profissionais

de enfermagem ganha ainda mais relevância, devido ao expressivo aumento

na demanda por atendimento provocada pelas enchentes e os problemas de

saúde que delas decorrem, dos desabamentos de residências construídas

em locais de risco ou prédios comerciais em condições precárias de

manutenção e dos acidentes de trânsito, facilitado pelas pistas molhadas

ou alagadas. Basicamente, há três áreas em que o trabalho de enfermeiros,

técnicos e auxiliares se destaca no que diz respeito aos transtornos causados

típicos da estação das chuvas: o controle epidemiológico de doenças que

aumentam sua incidência no primeiro trimestre do ano; o APH (atendimento

pré-hospitalar) nos acidentes de trânsito, desabamentos ou soterramentos

e o cuidado com os pacientes nos hospitais.

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A ameaça dos roedoresDoenças como a leptospirosee a hantavirose têm sua in-cidência aumentada especial-mente nos meses de fevereiroe março. A informação é com-provada pela enfermeira SoniaMarinho dos Santos, do Cen-tro de Vigilância Epide-miológica da Casa de SaúdeSanta Marcelina, em Itaquera,zona leste de São Paulo (umadas mais afetadas pelos tem-porais).Segundo Sonia, entre janeiroe março de 2002, o Santa Mar-celina registrou 13 casossuspeitos de leptospirose –nove deles notificados emfevereiro. Em 2001, dos 17casos suspeitos no mesmoperíodo, 13 foram notificadosem março.Devido ao período de incu-bação dos microorganismos, oaparecimento de doençasrelacionadas às enchentesnem sempre é contemporâneodas chuvas, o que reforça anecessidade de uma vigilânciaeficaz. “Nós receberemoscasos de vítimas daqui até 20dias”, diz Magnólia MendesRibeiro enfermeira do HospitalMunicipal Dr. CarminoCaricchio, mais conhecido por“Hospital Tatuapé”, localizadono bairro de mesmo nome, na

zona leste da capital.O Carmino Caricchio tambémregistrou aumento nos casossuspeitos de leptospirose. “Sóem fevereiro, tivemos 11 casosnão confirmados até agora”,continua Magnólia. A entre-vista foi concedida no dia 13.

Dengue: ainda umapreocupaçãoA leptospirose pode levar detrês a 20 dias para se manifes-tar (a média é de sete a 14 dias)e é uma das principais preo-cupações durante esse período,mas a dengue também costumadeixar os profissionais de saú-de em alerta.As chuvas fazem das residên-cias criadouros do mosquitoAedes aegypti e a temperaturamais elevada piora o quadro.O período de incubação podevariar de três a 15 dias, sendo,em média, de cinco a seis diasA boa notícia é que as campa-nhas promovidas por órgãospúblicos têm surtido efeito eminimizado a incidência mes-mo no verão. Dados da Secre-taria de Estado da Saúde dãoconta de que os casos de den-gue caíram quase 52% de 2002para 2003 em todo o Estado deSão Paulo, incluindo a capital.Apenas algumas poucas cida-

des, como Guarulhos, registra-ram aumentos.Ainda que não existam dadosconsolidados sobre 2004, atendência, pelo menos até ago-ra, aponta para o mesmo desfe-cho. “Este ano está atípico, combem menos dengue que antes”,afirma Ester Felix do Rego,enfermeira da Vigilância Epi-demiológica da Coordenadoriade Saúde da Subprefeitura doButantã, zona oeste de SãoPaulo.Ester, que destaca haver picosde dengue após as comemora-ções de Ano Novo, Carnaval eSemana Santa, atribui a falta deregistros também à tempe-ratura: embora os termômetrosda capital tenham estado fre-qüentemente acima dos 25º C,na média, este verão ainda estámenos quente do que seusantecessores.

Outras doençasHá, porém, outras doenças querequerem atenção. As hepatitesvirais agudas dos tipos A e E,por exemplo, estão entre as quemais preocupam a Secretariade Vigilância em Saúde (SVS)do Ministério da Saúde.Possíveis surtos de doençasrespiratórias, como a pneu-monia, e de doenças diarréicas

Orientando a população sobre a leptospirose

Os sintomas da leptospirose incluem febre, fraqueza, calafrios, dor no corpo, dorde cabeça, náuseas, vômitos, icterícia e, sobretudo, dor nas panturrilhas. Noscasos mais graves, pode haver evolução para insuficiência renal, hemorragia e atémesmo morte. Alerte seus pacientes para os seguintes pontos:1. Evitar o contato com água ou lama de enchentes;2. Usar botas e luvas de borracha ou sacos plásticos duplos durante a limpeza,remoção de detritos e desentupimento de esgotos;3. Lavar chão, paredes, objetos caseiros e roupas atingidas com sabão e águasanitária, na proporão de um copo de água sanitária para 20 litros de água;4. Livrar-se dos alimentos que tiveram contato com as águas;5. Armazenar o lixo em recipientes bem fechados.

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também estão em pauta. Emcertos casos, mesmo o tétanopode vir a ser uma ameaça.Outro ponto a destacar é quenão apenas as vítimas das en-chentes, sujeitas a água e lamacontaminada e abrigos impro-visados precários, estão sujei-tas a essas enfermidades. Pro-fissionais que trabalham noresgate e auxílio a essas pes-soas também correm riscos.“Tivemos o caso de um bom-beiro que chegou durante anoite. Ele relatou que tevecontato com água de enchentee apresentava sintomas sus-peitos de leptospirose”, diz So-lange Aparecida Martins, en-fermeira que trabalha na vigi-lância epidemiológica do Hos-pital Municipal Dr. AlexandreZaio, na Vila Nhocuné, zonaleste da capital.O trabalho da vigilância é im-portante por seu conteúdoeducacional e preventivo. Acorreta identificação das doen-ças e sua notificação gerampolíticas e ações públicas vi-sando ao combate de trans-missores e de situações derisco.

Atendimento de primeiraEntretanto, nem tudo se resu-me a doenças e infecções. Tra-umatismos e lesões causadospor quedas, desabamentos, aci-dentes de trânsito, correntezae materiais flutuantes tambémsão freqüentes.Durante as chuvas, os desaba-mentos e soterramentos, segui-dos pelo resgate de pessoasilhadas, respondem pela maiorparte dos acidentes que reque-rem a intervenção do Corpo deBombeiros. De acordo com osargento Claudinei Ferreira da

Silva, do Centro de Ensino eInstrução do Corpo de Bom-beiros em Franco da Rocha, naGrande São Paulo, há um au-mento de mais de 60% no nú-mero de chamados em relaçãoa outras épocas do ano.Os bombeiros chegam a alterarseus turnos. “Temos todo umprograma, mudamos os horá-rios de expediente, trabalha-mos até às 20h porque é umperíodo crítico [a maior partedas chuvas ocorre nos fins detarde] e, se for preciso, todo oefetivo é usado. Nos principaispontos de alagamento, ficauma equipe de prontidão, jádeslocada”.Os equipamentos e veículosusados incluem flutuadores,coletes salva-vidas, cordas, ca-bos, nadadeiras, barcos e heli-cópteros. A eletricidade recebeatenção especial, pois é co-mum a queda de fios de altatensão. Acidentes de trânsitotambém são responsáveis porsituações críticas.Concluído o trabalho de res-gate, a vítima precisa recebercuidados de APH, de acordo

com o enfermeiro JairtonCavalcante Bastos, conselheirosuplente do COREN-SP.O APH é feito tanto pelo Corpode Bombeiros, por meio doserviço 193, quanto por equi-pes do serviço 192, adminis-trado pela Prefeitura, e, con-forme o estado da vítima, podeser básico ou avançado.Todos os profissionais de saú-de envolvidos devem ter trei-namento específico em APH.Durante o APH, que tambémpode ser feito por empresasparticulares em estradas,eventos esportivos, culturais,etc., a vítima é submetida aduas etapas de avaliação, a pri-mária e a secundária. Na etapaprimária, observa-se o estadode consciência e, se a vítimaestiver inconsciente, deve serrealizado o “A, B, C” (Airway,Breathing and Circulation):abertura das vias aéreas (A),observar a respiração (B) everificar a pulsação (C). Asmanobras para corrigir even-tuais alterações devem ser ini-ciadas imediatamente e é im-portante evitar a hipotermia.

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COREN-SP • janeiro/fevereiro de 2004 • nº 49

c a p a

12

por João Marinho

“Sabemos lidar com a morte, mas, nasenchentes, estamos lidando com a vida”

Já na avaliação secundária, realiza-se um exameminucioso em todo o corpo, iniciando-se pelacabeça, para que sejam detectadas lesões comoferimentos, hemorragias, fraturas, etc. Inde-pendentemente do estado de consciência, avítima tem de estar respirando, e, à medida quese descobrem as lesões, os cuidados sãoexecutados de acordo com sua gravidade.

Enquanto isso, nos hospitais...A demanda por atendimento nos prontos-socorros também sofre um aumento, que podechegar a níveis impressionantes em hospitaispróximos a áreas de alagamento, mas, em si, arotina não chega a ser alterada, com os pro-fissionais de enfermagem administrando osprimeiros cuidados e trabalhando em conjuntocom os médicos.Havendo suspeita de leptospirose ou outradoença que requeira notificação, além doatendimento médico, o caso passa pelavigilância epidemiológica, que a notifica aosórgãos competentes, avalia os sintomas e ascircunstâncias da possível contaminação einforma o paciente sobre a enfermidade. Opróximo passo pode ser requisição de exames,visando a confirmar a suspeita, caso esta sejamantida.Há ainda os pacientes que não apresentamnenhum desses problemas, mas crises nervosascausadas pela constatação de que perderam bensmateriais ou pela preocupação com entesqueridos. O clínico geral avalia cada caso e poderecomendar sedativos. Às vezes, é também

necessário o suporte de um psiquiatra e doserviço social.

Solidariedade acima de tudoEssa característica emocional, aliás, é odiferencial no atendimento hospitalar e pré-hospitalar a vítimas de enchentes. Todos osentrevistados ressaltaram a importância desselado humano, mesmo para com aquelas quedemonstram comportamento agressivo ou estãomuito descontroladas.“Tem de ser muito paciente e compreensivo [...]É preciso ser solidário, até porque hoje você estábem; amanhã, não sabe”, diz a enfermeiraDenise Piedade Ferreira da Cruz, do HospitalMunicipal Dr. Alexandre Zaio.A afirmação faz sentido. Não é raro que osprofissionais de enfermagem sejam de algumaforma vítimas das águas, impossibilitados dechegar ao trabalho, impedidos de voltar paracasa, ou porque não existem formas de selocomover a sua residência ou porque foramobrigados a dobrar o turno para cobrir a ausênciade um colega que ficou ilhado pelosalagamentos. Às vezes é a casa do próprioprofissional que está inundada. “Já houve casosde quem não pôde vir trabalhar porque só tinhaa roupa do corpo”, diz Mariana Godinho,auxiliar técnico administrativa do HospitalMunicipal Dr. Arthur Ribeiro Saboya, noJabaquara, zona sul de São Paulo.“Já tive uma funcionária cuja casa encheu edoamos cestas básicas porque ela não tinhamais nada no dia seguinte”, conta a enfermeiraTelma Dias de Lima, 41 anos, do PS do HospitalTatuapé. “Não podemos esquecer o emocional.As vítimas das chuvas, especialmente dasenchentes, são pessoas que perderam quasetudo, menos a vida, e, às vezes, o profissionalnão lhes dá a devida importância porque estáacostumado a cuidar de pessoas que nadaperderam, mas estão morrendo. Sabemos lidarcom a morte, mas, nas enchentes, estamoslidando com a vida”, conclui.

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COREN-SP • janeiro/fevereiro de 2004 • nº 49

Subseção Campinas

Santa Casa de Mogi Mirim

montou, junto com a comis-Asão de controle de infecção hospitalar

da instituição, grupo de estudos para

a criação de protocolos de cuidados

de enfermagem para seus profis-

sionais. O objetivo era retreinar os

técnicos e auxiliares de enfermagem,

além de atualizar conhecimentos e

incentivar estudos na área da saúde.

Para isso, além dos funcionários da

própria instituição foram também

convidados os enfermeiros da rede

básica de saúde da cidade. Muitas

vezes os pacientes da Santa Casa ne-

cessitavam de cuidados de enfer-

magem após a alta hospitalar e a for-

mação de grupos mistos com a secre-

taria municipal cria procedimentos

comuns para toda a rede. O grupo

funciona da seguinte maneira: a cada

mês um assunto é colocado em pauta

e quatro ou cinco enfermeiros são

escolhidos para se responsabilizarem

pelo desenvolvimento do trabalho. A

seguir esse grupo apresenta seu

relatório para toda a equipe e as

COREN-SP • janeiro/fevereiro de 2004 • nº 49

dúvidas são discutidas. Os respon-

sáveis pelo trabalho buscam respostas

junto a livros, faculdades de enferma-

gem, internet e CCIH, fazendo uma

nova apresentação para responder as

questões pendentes. Uma vez fechado

o assunto, é instituído o protocolo.

Caso contrário a pesquisa continua até

surgirem respostas. Com isso a enfer-

magem se aperfeiçoa não apenas na

forma de fazer pesquisa, mas também

se mantém atualizada sobre as novi-

dades em várias áreas do conhe-

cimento.

Em 2003, primeiro ano do tra-

balho, foram abordados os se-

guintes temas:

• Tratamento avançado de feridas;

• Cateterismo vesical;

• Cuidados com cateteres centrais e

periféricos;

• Administração de medicamentos;

• Sondagem naso-gástrica e naso-

enteral,

• Sondagem e terapia nutricional

Cada assunto foi profundamente

discutido, incluindo anatomia e

fisiologia, padronização de produtos

utilizados e cuidados de enfermagem.

Não demorou muito e o trabalho

começou a mostrar resultados prá-

ticos. Dentre as principais mudanças

pode-se citar a maior união do grupo,

a aquisição e atualização de conceitos

e técnicas e a segurança passada aos

clientes atendidos pela equipe dentro

da instituição.

A equipe da Santa Casa fez uma

pesquisa sobre a satisfação do grupo.

Cem por cento dos integrantes acha-

ram que essa forma de treinamento

acrescentou conhecimentos e ajudou

no trabalho diário. Tal retorno esti-

mulou a instituição a manter a

iniciativa em 2004. A enfermeira Sônia

Braido explica os motivos do sucesso

do trabalho: “Temos o objetivo de

estimular a equipe e divulgar nossa

experiência positiva para outros

colegas enfermeiros pois através da

capacitação técnica e da união ele-

vamos os ideais da nossa profissão”.

13

Grupo de estudos da Santa Casa de Mogi Mirim facilita areciclagem profissional

INFORMAÇÃOCOMPARTILHADA

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COREN-SP • janeiro/fevereiro de 2004 • nº 49

População terá assistência pré-hospitalar móvelO ministro da Saúde, Humberto Costa,

lançou a Política Nacional de Atenção às

Urgências e o Serviço de Atendimento

Móvel de Urgência (SAMU) no âmbito do

Sistema Único de Saúde (SUS).

Até junho de 2004 o projeto deve beneficiar

68 milhões de pessoas em 132 municípios

com mais de 100 mil habitantes e 20

capitais.

Serão adquiridas 650 ambulâncias de

suporte básico e 150 de suporte avançado

(UTIs móveis). Os recursos também vão

garantir a estruturação de 152 Centrais de

Regulação Médica de Urgências e de 27

Núcleos de Educação em Urgência, para

capacitação dos profissionais que

trabalharão no SAMU.

Saiba mais no site www.saude.gov.br/samu.

Fonte: Ministério da Saúde

Biblioteca gratuitaUm acordo entre a Organização Pan-

Americana da Saúde (OPAS) e a Biblioteca

Cochrane, por meio do Centro Latino

Americano e do Caribe de Informação em

Ciências da Saúde (BIREME), permitiu a

disponibilização gratuita do acervo de uma

das mais importantes bibliotecas de

medicina baseada em evidências do mundo.

Essa ferramenta permitirá que os espe-

cialistas em saúde, cada vez com menos

tempo disponível, leiam artigos relaciona-

dos a sua disciplina. Importante iniciativa

para se garantir melhor tratamento aos

pacientes.

A Biblioteca Cochrane pode ser consultada

no endereço eletrônico:

http://cochrane.bireme.br.

A interface de pesquisa é trilíngüe (por-

tuguês, espanhol e inglês) e agrega links

com revisões sistemáticas traduzidas para

o espanhol, quando disponíveis.

Fonte: Organização Pan-Americana de Saúde

Programa de rotulagem ajudaprofissionais de saúde a orientarpacientesNo Brasil, a Anvisa é responsável pela

regulação da Rotulagem de Alimentos. O

objetivo é garantir produtos de qualidade e

em boas condições de higiene para toda a

população brasileira. A Agência preparou

um manual para o consumidor que mostra

algumas das normas para a rotulagem.

O documento pode ajudar o profissional da

saúde a entender e utilizar as informações

nutricionais contidas nos rótulos dos

alimentos, além de orientar os pacientes a

escolher melhor os produtos que consomem

diariamente. A escolha de alimentos

saudáveis reduz o risco de certas doenças,

como obesidade, diabetes, câncer e hiper-

tensão. Mais informações:

www.anvisa.gov.br/alimentos/rotulos/

manual_rotulagem.pdf

Fonte: Anvisa

Injeções sem dorPesquisadores do Instituto de Tecnologia da

Georgia, Estados Unidos, conseguiram

fabricar conjuntos de microagulhas ocas e

sólidas em materiais de vários tipos e

tamanhos como metais, polímeros biode-

gradáveis, silício e vidro. Essas microagulhas

que podem ser aplicadas na pele para

administrar drogas e vacinas no organismo

humano de maneira indolor.

Segundo um pesquisador do projeto, o uso

clínico das microagulhas permitirá minis-

trar no corpo humano moléculas de signi-

ficativo interesse terapêutico, como a insu-

lina, proteínas produzidas pela indústria

biotecnológica e nanopartículas que podem

encapsular drogas ou levar vacinas para

combater vírus específicos. As microagulhas

poderão ser usadas também para remover

líquidos do corpo para análise de laboratório

— como exames de sangue — e, depois, para

suprir o organismo dos medicamentos

necessários. Fonte: Olhar Direto

14

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COREN-SP • janeiro/fevereiro de 2004 • nº 49

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assei pela Praça da Sé tantas vezes que o

padre Anchieta já tinha se tornado familiar.

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Heródoto Barbeiro éjornalista da TV Cultura e

da Rádio CBN

15COREN-SP • janeiro/fevereiro de 2004 • nº 49

Era o Zé de Anchieta. Depois passei a chamá-lo

de Zé. Depois sumiu, vai ver que foi por isso que

levaram a estátua dele de lá. Ou talvez foi por

causa da poluição provocada pelos velhos e

fumacentos ônibus da velha Companhia Muni-

cipal de Transportes Coletivos, que faziam

ponto em toda a praça e disputava lugares com

os grandes e espaçosos carrões americanos.

A catedral tinha tomado sua forma final, com

as torres construídas, e a praça já não era

mais adequada para grandes concentrações.

Os grandes comícios eleitorais que contra-

punham os populistas Jânio Quadros e Adhemar

de Barros eram realizados na praça Roosevelt

porque lá não atrapalhavam o trânsito nem a

chegada do ônibus vermelho e creme. Acho que

a mudança na configuração da praça foi uma tática

para tirar o povo de lá, para impedir que protestos

como o dos constitucionalistas de 32 e dos

comunistas ocorressem na principal praça da

cidade. A Sé era o cenário ideal para um debate

público ou uma concentração contra o governo.

As manifestações mais importantes ocorriam lá

quer os governos quisessem quer não. Lembro-

me vagamente de uma passeata de traba-

lhadores gritando slogans contra os Estados

Unidos em 1954, quando, levado pelo meu pai,

não entendia bem porque eles eram acusados

de ter matado o presidente Getúlio Vargas.

Já a manifestação contra o “golpe de estado”

que depôs Jânio Quadros — outra vez os

americanos —acompanhei sozinho, empurrado

por uma multidão que novamente gritava coisas

incompreensíveis para mim. Naquele tempo eu

andava de um lado para o outro da praça

entregando cartas e duplicatas quando encontrei

outra passeata que varava o Viaduto do Chá. Era

imensa. Gritavam slogans contra o presidente

João Goulart, a quem acusavam de comunista,

e pediam sua deposição. Era a Marcha da

Família com Deus Pela Liberdade. A Sé teimava

em ser o local dos protestos e das pancadarias

promovidas ora pela Força Pública, ora pela

Guarda Civil. A oposição conseguia juntar povo

para protestar contra a ditadura, e o melhor dia

era 1º de maio. Os governos autoritários se

apropriaram da data e transformaram a

comemoração em uma festa governamental. Era

melhor fazer uma coisa dirigida do que se arriscar

a permitir uma manifestação contra o governo.

O governador Abreu Sodré, obediente às

determinações federais, mandou montar um

grande palanque para o 1º de maio de 1968.

Ficava em frente às escadarias da catedral. Eu

estava no meio dos estudantes, pressionado

contra uma grossa corda que separava a

multidão do palanque. Começou a discurseira.

O povo vaiava e gritava “abaixo a ditadura”. Muita

gente levantava cartazes com frases contra o

governo. A pressão foi tanta que fomos todos

arremessados contra o palanque. As autoridades

começaram a fugir, engolidas pela massa. Um

dos que seguravam um cartaz deu uma paulada

na cabeça do governador. De cabeça sangrando

e seguido da comitiva de autoridades civis,

militares e eclesiásticas, fugiu para dentro da

catedral. Mais uma vez a Praça da Sé ficou

nas mãos do povo.

P

dadadadada séPRAÇAPRAÇAPRAÇAPRAÇAPRAÇA

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NNNNN

16

MMMMMEDICAMENTOSEDICAMENTOSEDICAMENTOSEDICAMENTOSEDICAMENTOSDispensação deDispensação deDispensação deDispensação deDispensação de

os últimos meses o COREN-SP vem rece-bendo numerosas denúncias que revelam inter-

o que cabe à enfermagemo que cabe à enfermagemo que cabe à enfermagemo que cabe à enfermagemo que cabe à enfermagemassumirassumirassumirassumirassumir, de fato e de direito, de fato e de direito, de fato e de direito, de fato e de direito, de fato e de direito

corrências ético-profissionais contendo iatrogeniaspraticadas por profissionais envolvidos na área dedispensação medicamentosa. Como sempre fazemosquando determinada situação é detectada e necessita deimediata intervenção, buscamos formas de resolver oproblema ou minimizar os riscos envolvidos. Sabemos quea questão do profissional de enfermagem efetuar adispensação medicamentosa nas farmácias (ou seriaalmoxarifado?) sempre existiu e foi assumida sem grandesquestionamentos. No entanto, desde 1999, quando pas-samos a ter um Conselho efetivamente organizado e comregistro automatizado de suas ações, começamos a percebera importância, gravidade e conseqüências que essa questãogera para profissionais, pacientes e instituições.Assim, considerando todos os aspectos legais, ético-pro-fissionais, operacionais e trabalhistas envolvidos, temos que:

O profissional de enfermagem pode/deve realizar aO profissional de enfermagem pode/deve realizar aO profissional de enfermagem pode/deve realizar aO profissional de enfermagem pode/deve realizar aO profissional de enfermagem pode/deve realizar adispensação medicamentosa nas unidades de saúde?dispensação medicamentosa nas unidades de saúde?dispensação medicamentosa nas unidades de saúde?dispensação medicamentosa nas unidades de saúde?dispensação medicamentosa nas unidades de saúde?

É de nosso entendimento, considerando a formação doprofissional de enfermagem, que o Auxiliar de EnferAuxiliar de EnferAuxiliar de EnferAuxiliar de EnferAuxiliar de Enfer-----magem magem magem magem magem pode e deve realizar a dispensação desde quecapacitado e restrito somente a dispensar medicamentoprescrito/receitado legivelmente. Isso implica em que nãoseja deslocado de suas funções regulares e prioritárias deenfermagem, sacrificando outras atividades como vacinas,desenvolvimento de atividades inerentes aos programas

Por Cláudio Porto

COREN-SP • janeiro/fevereiro de 2004 • nº 49

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COREN-SP • janeiro/fevereiro de 2004 • nº 491717

destaque

de saúde etc. Ele não pode ser levado a cobrir uma atividadenão específica em prejuízo daquelas que lhe cabem por lei.No caso de assumir a função será oferecido curso que ocapacite a dispensar medicamentos e como procederoperacional e tecnicamente nessa dispensação, conhecendosuas atividades específicas na área, seus limites, osinstrumentos disponíveis e assim por diante. Essa neces-sidade se faz presente devido ao fato de que esse profissional,em seu processo de formação, não desenvolveu absolu-tamente nada na área farmacológica.Já o Técnico de Enfermagem, Técnico de Enfermagem, Técnico de Enfermagem, Técnico de Enfermagem, Técnico de Enfermagem, por ter o segundo grau eem sua complementação de estudos ter a disciplina defarmacologia em quase todas as grades curriculares, possuium nível de conhecimento mais adequado para esse tipo deintervenção, porém necessita ser desenvolvido na área dedispensação em relação aos instrumentos disponíveis,limites, restrições, organização e operacionalização.

Mas a dispensação medicamentosa não é responsa-Mas a dispensação medicamentosa não é responsa-Mas a dispensação medicamentosa não é responsa-Mas a dispensação medicamentosa não é responsa-Mas a dispensação medicamentosa não é responsa-bilidade do farmacêutico?bilidade do farmacêutico?bilidade do farmacêutico?bilidade do farmacêutico?bilidade do farmacêutico?

O fato de um profissional de enfermagem dispensarmedicamento não implica caracterização de respon-sabilidade pois a dispensação medicamentosa realizada emum posto de saúde é equivalente àquela feita em umaunidade de enfermagem de qualquer enfermaria hospitalar,já que consiste no cumprimento de prescrição medi-camentosa feita pelo médico ou pelo enfermeiro (nessecaso diante de protocolo institucional).Não se trata de manipulação de fórmulas medicamentosase nem de assumir a responsabilidade pela farmácia oualmoxarifado em termos de estoque, reposição e controleadministrativo/técnico conforme legislação sanitáriaexistente. Trata-se apenas de fornecer ao paciente omedicamento prescrito e proceder à orientação quanto àposologia, retornos, importância do medicamento comoterapêutica, etc.

Quem responderá pela farmácia? E o técnico/auxiliarQuem responderá pela farmácia? E o técnico/auxiliarQuem responderá pela farmácia? E o técnico/auxiliarQuem responderá pela farmácia? E o técnico/auxiliarQuem responderá pela farmácia? E o técnico/auxiliarde enfermagem será mantido sob responsabilidade ede enfermagem será mantido sob responsabilidade ede enfermagem será mantido sob responsabilidade ede enfermagem será mantido sob responsabilidade ede enfermagem será mantido sob responsabilidade esupervisão de quem? E o enfermeiro não serásupervisão de quem? E o enfermeiro não serásupervisão de quem? E o enfermeiro não serásupervisão de quem? E o enfermeiro não serásupervisão de quem? E o enfermeiro não serásobrecarregado com mais uma responsabilidadesobrecarregado com mais uma responsabilidadesobrecarregado com mais uma responsabilidadesobrecarregado com mais uma responsabilidadesobrecarregado com mais uma responsabilidadeprofissional?profissional?profissional?profissional?profissional?

Conforme o disposto no artigo 13 do Decreto 94406/87, otécnico e o auxiliar de enfermagem somente poderão atuarsob supervisão do enfermeiro, a quem cabe planejar,delegar, supervisionar e avaliar profissionalmente as açõese atuações.O responsável pelo técnico/auxiliar de enfermagem, porlei, continuará sendo o enfermeiro. A responsabilidade pelaoperacionalização da farmácia/almoxarifado em termos dereposição, estoque, manutenção operacional, controles eobrigações legais, será do farmacêutico.

O que acontecerá se ocorrer iatrogenia naO que acontecerá se ocorrer iatrogenia naO que acontecerá se ocorrer iatrogenia naO que acontecerá se ocorrer iatrogenia naO que acontecerá se ocorrer iatrogenia nadispensação?dispensação?dispensação?dispensação?dispensação?

A responsabilidade pela ocorrência de uma iatrogenia porparte do técnico/auxiliar de enfermagem, a exemplo dequalquer situação em que ocorra o exercício profissional,será do trabalhador que a praticou. Somente nessas condiçõeso COREN-SP entende ser possível a enfermagem assumira dispensação medicamentosa. Em qualquer outro caso ficavalendo a firme posição contrária deste Conselho, pois nãopodemos admitir a ocorrência de situações que levem aprejuízos na assistência de enfermagem ou riscos indevidosaos profissionais da categoria.

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COREN-SP • janeiro/fevereiro de 2004 • nº 4918

Oenfermeiro do trabalho, como profissional do SESMT,

nunca limitou sua atuação às respectivas salas

PERFIL PROFISSIOGRÁFICO

P R E V I D E N C I Á R I O

INSS estabelece novos critérios nas áreas de benefícios ede receita previdenciária e abre espaços para a enfermagem

que seja vinculado a Associação Nacional de Enfermagem do

Trabalho - ANENT poderá preencher, emitir e assinar o LAUDO DE

MONITORAÇÃO BIOLÓGICA previsto no Perfil Profissiográfico

Previdenciário.

O PPP é um documento com um histórico laboral contendo registros

ambientais do LTCAT, PPRA, PCMSO e dados administrativos que

serão exigidos e obrigatórios junto ao INSS sempre que o trabalhador

necessitar de algum benefício da Previdência Social como

aposentadoria especial, auxílio doença ou auxílio acidente.

O objetivo principal da norma é agilizar a concessão das aposen-

tadorias e benefícios em geral, além de restringir a existência de

empresas criadas somente para o PCMSO. Todas as empresas

deverão estar aptas para entregar o PPP, existindo a previsão de

multa (artigo 283, II, do Decreto 3.048/99) para aquelas que des-

cumprirem o prazo. Variando entre R$ 991,03 e R$ 99.102,12 por

empregado, a multa será aplicada pelos fiscais da previdência caso

COREN-SP • janeiro/fevereiro de 2004 • nº 49

ambulatoriais, administrativas ou de pronto atendimento nas

empresas, sempre conduzindo seu trabalho para os objetivos da

saúde ocupacional e atuando em todos os níveis da atenção primária,

secundária e terciária.

Com essa atuação essencialmente prática, os registros ocupa-

cionais não traziam a identificação do enfermeiro por esse

profissional não ser autorizado pelas normas do Instituto Nacional

do Serviço Social a assumir a responsabilidade pelos registros,

sendo esses sempre assinados pelos médicos do trabalho.

Com a Instrução Normativa INSS/DC nº. 99, de 5 de dezembro de

2003, que estabelece critérios a serem adotados pelas áreas de

benefícios e de receita previdenciária e pelo disposto na Resolução

COFEN-286/2003, o enfermeiro inscrito e reconhecido como

ESPECIALISTA no respectivo Conselho Regional de Enfermagem e

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COREN-SP • janeiro/fevereiro de 2004 • nº 49 19

as empresas sejam notificadas e continuem descumprindo a norma.

O PPP é um importante instrumento para que se tenha transparência

quanto às condições de trabalho oferecido pela empresa, as preo-

cupações e atitudes dela em relação à saúde do trabalhador e a

identificação dos SESMTs que estejam realmente voltados para

sua área de atuação legal.

É também um importante instrumento de gestão das condições de

saúde e segurança no trabalho, propiciando ao governo, aos

empresários e aos trabalhadores acesso a informações que auxiliem

na adoção de medidas que previnam doenças e acidentes.

A ANENT vem estabelecendo contatos com escolas que promovem

cursos de especialização em enfermagem do trabalho nos diversos

níveis para que também ofereçam cursos de capacitação específica

para esse fim, possibilitando aos profissionais plenas condições

técnicas para assumirem com competência e responsabilidade es-

sa atividade ocupacional de fundamental importância.

Mais informações: ANENT (11) 3825-8371

COREN-SP • janeiro/fevereiro de 2004 • nº 49

Resolução COFEN - nº 289/2004Resolução COFEN - nº 289/2004Resolução COFEN - nº 289/2004Resolução COFEN - nº 289/2004Resolução COFEN - nº 289/2004Dispõe sobrDispõe sobrDispõe sobrDispõe sobrDispõe sobre a autorização para o enfermeire a autorização para o enfermeire a autorização para o enfermeire a autorização para o enfermeire a autorização para o enfermeiro do trabalho pro do trabalho pro do trabalho pro do trabalho pro do trabalho preenchereenchereenchereenchereencher,,,,,emitir e assinar laudo de notificação biológica, previsto no Perfilemitir e assinar laudo de notificação biológica, previsto no Perfilemitir e assinar laudo de notificação biológica, previsto no Perfilemitir e assinar laudo de notificação biológica, previsto no Perfilemitir e assinar laudo de notificação biológica, previsto no PerfilProfissiográfico Previdenciário.Profissiográfico Previdenciário.Profissiográfico Previdenciário.Profissiográfico Previdenciário.Profissiográfico Previdenciário.

O Conselho Federal de Enfermagem - COFEN, no uso de suas

atribuições Legais e Regimentais;

CONSIDERANDOCONSIDERANDOCONSIDERANDOCONSIDERANDOCONSIDERANDO o princípio da igualdade de direitos, preconizado

pela Constituição Federativa do Brasil, promulgada em 5 de outubro

de 1988;

CONSIDERANDOCONSIDERANDOCONSIDERANDOCONSIDERANDOCONSIDERANDO o disposto no art. 11 da Lei nº. 7498, de 25 de

junho de 1986, e o art. 8º do Decreto nº. 94.406, de 28 de junho de

1987, que definem as atribuições do Enfermeiro;

CONSIDERANDOCONSIDERANDOCONSIDERANDOCONSIDERANDOCONSIDERANDO o disposto na Lei nº 9394/96, que dispõe sobre as

Diretrizes e Bases da Educação Nacional;

CONSIDERANDOCONSIDERANDOCONSIDERANDOCONSIDERANDOCONSIDERANDO o disposto na Resolução CNE/CES 03/2001, que

dispõe sobre as Diretrizes Curriculares da formação profissional do

Enfermeiro;

CONSIDERANDOCONSIDERANDOCONSIDERANDOCONSIDERANDOCONSIDERANDO o disposto na Instrução Normativa INSS/DC nº.

099, de 5 de dezembro de 2003, que estabelece critérios a serem

adotados pelas áreas de Benefícios e de Receita Previdenciária,

publicada no DOU nº. 240, de 10/12/2003, pág. 71, Seção I;

CONSIDERANDOCONSIDERANDOCONSIDERANDOCONSIDERANDOCONSIDERANDO a implementação do PPP - Perfil Profissiográfico

Previdenciário, que substituirá os formulários até então utilizados

como Laudo Técnico para fins de obtenção do benefício previdenciário,

implementado no art. 146, da IN-INSS/DC nº. 099, que alterou

dispositivos da IN 095 INSS/DC, de 07/10/2003;

CONSIDERANDOCONSIDERANDOCONSIDERANDOCONSIDERANDOCONSIDERANDO as orientações constantes do ANEXO XV, da IN-

INSS/DC nº. 099/2003, relativa às instruções de preenchimento do

Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP, especificamente no sub-

item 16.4;

CONSIDERANDOCONSIDERANDOCONSIDERANDOCONSIDERANDOCONSIDERANDO os esclarecimentos proferidos pelo Dr. Helmut

Schwarzer, Exmo. Secretário de Previdência Social, através do Ofício

nº. 304/SPS/GAB, de 26/11/2003;

COCOCOCOCONSIDERANDONSIDERANDONSIDERANDONSIDERANDONSIDERANDO o Decreto 4.882, de 18/11/2003, publicado no DOU

nº. 225, de 19/11/2003, que altera dispositivos do Regulamento da

Previdência Social, aprovado pelo Decreto 3.048, de 06/05/1999;

CONSIDCONSIDCONSIDCONSIDCONSIDERANDOERANDOERANDOERANDOERANDO deliberação unânime do Plenário, em sua

Reunião Ordinária nº 316, bem como, tudo que mais consta do

PAD-COFEN Nº 36/97;

RESOLRESOLRESOLRESOLRESOLVE:VE:VE:VE:VE:

Art.1ºArt.1ºArt.1ºArt.1ºArt.1º - Fica autorizado ao ENFERMEIRO DO TRABALHOENFERMEIRO DO TRABALHOENFERMEIRO DO TRABALHOENFERMEIRO DO TRABALHOENFERMEIRO DO TRABALHO, inscrito e

reconhecido como ESPECIALISTESPECIALISTESPECIALISTESPECIALISTESPECIALISTAAAAA no respectivo Conselho Regional

de Enfermagem e que seja vinculado a ANENT - Associação NacionalANENT - Associação NacionalANENT - Associação NacionalANENT - Associação NacionalANENT - Associação Nacional

de Enfermagem do Tde Enfermagem do Tde Enfermagem do Tde Enfermagem do Tde Enfermagem do Trabalhorabalhorabalhorabalhorabalho, preencher, emitir e assinar o LLLLLAUDOAUDOAUDOAUDOAUDO

DE MONITORIZAÇÃO BIOLÓGICADE MONITORIZAÇÃO BIOLÓGICADE MONITORIZAÇÃO BIOLÓGICADE MONITORIZAÇÃO BIOLÓGICADE MONITORIZAÇÃO BIOLÓGICA, previsto no Perfil ProfissiográficoPerfil ProfissiográficoPerfil ProfissiográficoPerfil ProfissiográficoPerfil Profissiográfico

PPPPPrrrrrevidenciário - PPPevidenciário - PPPevidenciário - PPPevidenciário - PPPevidenciário - PPP.

Art. 2ºArt. 2ºArt. 2ºArt. 2ºArt. 2º - O ENFERMEIRO DO TRABALHOENFERMEIRO DO TRABALHOENFERMEIRO DO TRABALHOENFERMEIRO DO TRABALHOENFERMEIRO DO TRABALHO, para dar cumprimento a

esta Resolução, poderá preencher todos os campos relativos ao

ANEXANEXANEXANEXANEXO XVO XVO XVO XVO XV, da INSINSINSINSINSS/DC Nº 99/2003S/DC Nº 99/2003S/DC Nº 99/2003S/DC Nº 99/2003S/DC Nº 99/2003, de 05 de dezembro de 2003

(publicada no DOU de 10/12/2003), item III, quadro 17, referentes a

exames clínicos e complementares, e quadro 18, como responsável

pela Monitoração Biológica, constante no PPPPPPPPPPPPPPP.

Art. 3ºArt. 3ºArt. 3ºArt. 3ºArt. 3º - Para respaldo ético-profissional da conduta e decisão adotada,

estará o Enfermeiro obrigado a manter Registros Sistematizados

(SAE), em Prontuário do Trabalhador.

Art. 4ºArt. 4ºArt. 4ºArt. 4ºArt. 4º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação,

revogando disposições em contrário, especialmente a Resolução

COFEN nº. 286/2003.

Rio de Janeiro, 03 de fevereiro de 2004.

Gilberto Linhares Teixeira - presidente

Carmem de Almeida da Silva - primeira secretária

PERFIL PROFISSIOGRÁFICO

P R E V I D E N C I Á R I O

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COREN-SP • janeiro/fevereiro de 2004 • nº 49

Capacitação sobre PPPpara Enfermeiros doTrabalho15 e 16 de março (noite)duração 8 horas ou27 de março (integral)duração 8 horasINTESP – Instituto EducacionalSão PauloInformações: (11) [email protected]

Farmacologia — Cálculode Medicação e ContraIndicaçõesMedicamentosas27 de março - duração 8 horasInvestimento R$ 35,00Informações:(11) 6131-2090 / 6297-2810

Atualização de Enfer-magem em Home Care17 de abril - duração 6 horas

Investimento R$ 30,00Informações: (11) 6131-2090

Especialização emDesnutrição Energético-Proteica e RecuperaçãoNutricional26 de março a 11 de dezembroUNIFESP - Universidade Federalde São PauloInformações: (11) [email protected]/suplem/cren

Cálculo e Administraçãode Medicamentos27 de marçoCentro de Estudos GodoyMoreiraInformações (11) [email protected]

As informações sobre cursos eeventos são de inteira respon-sabilidade dos promotores dosmesmos

Curso de TécnicasVerticais aplicado àprofissionais de saúdeCarga Horária: 24 horas12, 13 e 14 de marçoIguape (litoral sul de São Paulo)Vagas limitadasInvestimento: R$ 400,00Informações:www.cobeem.com.br

Especialização emAssistência DomiciliáriaHome Health20 de março (início previsto)Centro Universitário São Camilo(Campus Pompéia - S.Paulo)Informações: 0800 17 85 85www.scamilo.br

Cursos e Eventos

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COREN-SP • janeiro/fevereiro de 2004 • nº 49

Cursos e EventosI Simpósio Nacional deAuxiliares e Técnicosde Enfermagem doHospital Albert Einstein19 e 20 de marçoHotel Hilton - São PauloInformações: (11) 3747-1233www.einstein.br

9º ENFTEC - EnfermeiraEmpreendedora doCuidar29 de março a 1º de abrilCentro de Convenções ShoppingFrei Caneca - São PauloR. Frei Caneca, 569 - São PauloInformações: (11) 3257- [email protected]/enftec

Simpósio Internacional“Suicídio: Avanços eAtualizações”26 e 27 de marçoCentro de ConvençõesRebouças - São PauloInformações: (11) 6146-0314

[email protected]

5º Seminário Inter-nacional de Atualizaçãoem Segurança e Saúdeno TrabalhoMacrotransição — MudançaSimultânea em Vários Níveis:Economia, Sociedade, Natureza eHomem29 a 31 de marçoCentro de Convenções RebouçasInformações: 0800-109494www.cbssi.com.br

Simpósio deEnfermagem e ServiçoSocial - CIOT 2.00424 de abrilCentro de ConvençõesRebouças - São PauloInscrição: www.ciot2004.com.br

II CongressoInternacional deEnfermagem doTrabalhoReflexos sobre o papel daenfermagem no novo cenáriomundial do trabalho23 a 25 de junhoAuditório UNIBAN – São PauloInformações (11) 5042-3428www.anent.org.br

Cursos pré-congresso:

Suporte Básico de Vida21 de junho - duração 8 horasInvestimento R$ 70,00

Perfil ProfissiográficoPrevidenciário - PPP21 de junho - duração 8 horasInvestimento R$ 60,00

SAE – exame físico22 de junho - duração 8 horasInvestimento R$ 60,00Informações (11) 5042-3428www.anent.org.br

II Encontro Nacional deAuxiliares e Técnicos deEnfermagem26 e 27 de agostoCentro de Convenções SãoCamilo - São PauloInformações: (11) 4055-5612

7o Congresso Brasileirodos Conselhos deEnfermagem11 a 15 de outubroFortaleza - CEInformações: 0800-2800065www.cbcenf.com.br

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COREN-SP • janeiro/fevereiro de 2004 • nº 49

Biblioteca Mário de AndradeInaugurada em 25 de janeiro de 1942 pelo

prefeito Prestes Maia. Em fevereiro de 1960

recebeu o nome do escritor modernista Mário

de Andrade.

Vila PenteadoEm 1901 o conde Antônio Penteado encomendou o

projeto de sua vila em estilo art nouveau. Foi o

empreendimento mais avançado da época.

Mosteiro São BentoFundado por monges beneditinos

que chegaram a São Paulo por volta

de 1598.

Botica Veado D’OuroNo número 220 da Rua São Bento está

localizada a Botica Veado D’Ouro fundada

em 1890, uma das mais antigas casas

comerciais de São Paulo.

Bar BrahmaLocalizado na esquina das ruas Ipiranga e São João

o tradicional Bar Brahma é ícone dos boêmios

paulistanos dos anos 50 e 60.

Santa Casa MisericórdiaFundada em 1884 atualmente está

localizada no bairro de Santa Cecília.

Secretaria da educaçãoFundada em 1894. Abrigou entre 1940 e 1949 os primeiros cursos

de Filosofia da USP, que foram transferidos para a Rua Maria

Antônia. O prédio seria demolido não fosse o interesse de um único

arquiteto em manter o prédio.

Edifício CopanConsiderado um marco da modernidade paulistana, o edifício

Copan foi projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer em 1951 e

desenvolvido por Carlos Lemos, chefe do escritório de Niemeyer

em São Paulo. As obras foram concluídas em 1966.

Em comemoração aos 450 anos da cidade de São Paulo estamos inaugurando a Série

Metrópole. Com esta pretendemos apresentar um pouco daquilo que a cidade tem de

importante, curioso e histórico, sempre nos arredores dos pontos mais visitados pelos

profissionais de enfermagem. São dicas sobre espaços que às vezes passam

despercebidos no dia-a-dia. Começamos pela região central da cidade, berço da

enfermagem e, sobretudo, local onde se localiza a sede do COREN-SP.

22

COREN-SPSede do Conselho Regional de

Enfermagem de São Paulo

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COREN-SP • janeiro/fevereiro de 2004 • nº 49

Presidente

Ruth MirandaVice-presidente

Akiko KanazawaPrimeira-secretária

Maria Antonia de Andrade DiasSegunda-secretária

Vanderli de Oliveira DutraPrimeira-tesoureira

Rita de Cássia ChammaSegunda-tesoureira

Aldaíza Carvalho dos Reis

Publicação oficial bimestral do COREN-SP • Reg. nº 24.929 • 4º registro • 260 mil exemplares • distribuição gratuita dirigidaRua Dona Veridiana, 298 • Higienópolis • São Paulo • SP • CEP 01238-010 • Fone: 0800 55 21 55 • www.corensp.org.br

Redação

Denise Moraes, João MarinhoRevisão

Gustavo Valadão Foto capa

Agência EstadoProjeto Gráfico

arte in comunicação e marketingfone/fax: (11) 5042-3428Coordenação editorial

De mais editorafone/fax: (11) [email protected]

Presidente da Comissão de Tomada de Contas (CTC)

Maria Aparecida MastroantonioMembros da CTC

Tomiko Kemoti AbeWilson Florêncio RibeiroConselheiros efetivos

Anézia Fernandes, Francinete de LimaOliveira, Guiomar Jerônimo de Oliveira,Lindaura Ruas Chaves, MagdáliaPereira de Sousa, Sérgio Luz, SôniaRegina Delestro Matos, TerezinhaAparecida dos Santos Menegueço

260 mil exemplares distribuição gratuita

Cancelamento de inscriçõesO COREN-SP informa àqueles profissionais que não estejam exercendo atividades na área de enfermagem e quequeiram cancelar sua inscrição , poderão fazê-lo, mediante a apresentação dos documentos abaixo mencionados:

a) Original de Certificado/Diploma de Conclusão;b) Original da Cédula e Carteira (livreto) expedidas pelo COREN-SP;c) xerox CIC, RG, título de eleitor e comprovante de residência;d) taxa: R$ 30,00 (válida para 2004).Os cancelamentos requeridos até 31/03 desobrigam o inscrito do recolhimento da anuidade de 2004.

OBS: o requerente deve estar quites com o COREN-SP, nos últimos 5 anos.

Brasil participa de pesquisa mundial sobre tratamento da AidsO Brasil foi incluído num esforço internacional de estudos de ponta em Aids que reunirá o trabalho de doze institutos de pesquisado mundo. Um grupo de pesquisadores da Fiocruz será responsável pelo gerenciamento dos trabalhos e resultados no Brasil.O trabalho inclui o teste de três novos medicamentos contra Aids em cem pacientes brasileiros; a avaliação em 1750 bebêsde um esquema de tratamento para evitar a transmissão da doença a recém-nascidos filhos de mães HIV positivasdiagnosticadas durante o parto; duas estratégias de prevenção da transmissão de HIV em casais heterossexuais em que umdos cônjuges é portador do vírus da Aids e o outro não; e uma pesquisa sobre a resistência do HIV a medicamentosatualmente empregados no tratamento. O estudo internacional é coordenado pelo National Institutes of Health (NIH), agênciade pesquisa em saúde do governo americano, informa a Fiocruz.Fonte: Paraná Online

Droga combate câncer de sanguePacientes do Hospital Araújo Jorge participarão ainda este semestre do primeiro ensaio clínico realizado no Brasil para testara eficácia da droga Dexrazoxane no tratamento de neoplasias hematológicas — leucemias, linfomas e mielomas.Estudos desenvolvidos pela Universidade MD Anderson, do Texas (EUA), comprovaram que a substância, além de otimizaro tratamento da doença, protege o coração do paciente contra os efeitos colaterais provocados por outras drogas utilizadasno combate ao câncer. Cerca de 100 pacientes serão tratados com a Dexrazoxane.Fonte: Febrefarma

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COREN-SP • janeiro/fevereiro de 2004 • nº 49

Por motivos editoriais aredação poderá resumir oconteúdo das cartas.

Capa da edição 48

Cara Dra. Ruth MirandaNós profissionais deEnfermagem que conse-guimos ter uma visão crí-tica e holística de sua va-liosa atuação em nossoConselho temos a clare-za de afirmar que a suapresença e atuação noCOREN-SP é um marconorteador, um divisor dequalidade, pois podemosvisualizar esse nossoimportante órgão de clas-se, antes e depois deRuth Miranda, que comsua presença forte, mar-cante, decisiva e eficienteconseguiu dar ao CORENum salto de qualidadenunca antes observadoem nenhum outro órgãode classe. Por isso, apro-veitei esse momento efinal de ano, geralmentemais propício para ava-liações de ações produ-tividade, para lhe dizermuito OBRIGADO portudo que você vem fazen-do pela Enfermagem e portodos nós. Um grandeabraçoMarco Antonio de Moraes

Recebi a revista deste mêsdo COREN-SP e fiquei mui-to feliz por terem exploradoa matéria sobre doação detecidos, que nos é poucoconhecida. Gostaria de pa-rabenizá-los tanto pelasgrandiosas explicações edefinições quanto peloincentivo à doação contidona matéria. Espero podercontar sempre com vocêspara maiores informações.Tábata Gois

A matéria do Banco deTecidos ficou ótima!Agradecemos todo em-penho!Enf. Augusto Santos -Banco de Tecidos - Institutode Ortopedia - HC - FMUSP

Parabéns à revista doCOREN-SP e ao enfer-meiro Leopoldo Silva Mo-raes pela entrevista publi-cada na edição 47, em queele fala do direito que nós,enfermeiros, temos deficarmos doentes. Quandonos encontramos na situa-ção do paciente, será queherdamos algo do profis-sionalismo? O ideal é lem-brarmos que antes desermos profissionais so-mos humanos com direi-tos e deveres.Rita de Cássia F. Alves

Gostaria de agradecer aEnf. Elda Muraro, gerentede enfermagem do Hos-pital Nove de Julho e todasua equipe do 5º andaronde Luis Gustavo Pauleteesteve internado.Wilson Florêncio RibeiroConselheiro COREN-SP

Manifesto minha gratidão eadmiração à diretoria deenfermagem do HospitalOsíris Florindo Coelho, deFerraz de Vasconcelos,Evelise Gloeden Gonçal-ves, à enfermeira AraniKoch; ao auxiliar de enfer-magem Sidney Felicianoda Silva que tão bematenderam o paciente Anto-nio Duarte Moreira e atodos os profissionais deenfermagem da institui-ção em virtude do exce-lente tratamento, cordiali-dade, educação, simpa-tia, e, acima de tudo, res-

peito aos pacientes eacompanhantes.José Simões Moeira

Registramos o recebimen-to de agradecimentos pe-los cartões de aniversáriodos seguintes filiados:

Célia Aparecida DuarteCósmia Maria Machadodos SantosDamiana Maria Machadodos SantosEni de Jesus RolimMarcia Regina CerniauskiMarlene Sampaio deOliveira

Agradecemos os votos defeliz 2004 recebidos:Presidência da RepúblicaPres. Luiz Inácio Lula daSilva, ABNT, COREN-BA,COREN-PB, COREN-MG,COREN-SC, COREN-DF,COREN-MA, COREN- MT,COREN-PE, COREN-PI,COREN-RO, COREN-SE,CRA-SP, CREA-SP, CRF-SP, CRM-SP, Fundacentro,Senac de Jaú, Univer-sidade Bandeirante de SãoPaulo, Universidade deGuarulhos, UniversidadeNove de Julho e Universi-dade de Ribeirão Preto.

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