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COREN-SP • maio/junho de 2004 • nº 51

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COREN-SP • maio/junho de 2004 • nº 51

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Índice

Cursos e Eventos 20

Cartas 25

Últimas Notícias 24

Notas 16

Excesso detrabalho e ereconhecimentoprofissional

Neste mês poderemos ler a emo-cionante entrevista com Ignácio deLoyola Brandão, o qual relata oatendimento especial recebido deuma profissional de enfermagemem um momento difícil de suavida. Este fato foi tão importantepara este renomado escritor ejornalista, que acabou virandotítulo de uma de suas obras: VeiaBailarina. A entrevista deixa claroque aquilo que fazemos de formanatural pode marcar a vida deuma pessoa para sempre e res-salta o quanto o nosso contatocom os pacientes é importante.O artigo de Heródoto Barbeiro,também, nos alerta de que essecuidado que temos é percebido,sim, por aqueles que cuidamos.Afinal, não é raro ficarmos alémde nossos plantões para dar “sómais uma olhadinha” no pacientepara saber como ele está. Osprofissionais de enfermagem nãotêm hora para sair do trabalho,como argumenta com muitapropriedade o nosso colunistaHeródoto.Entrando um pouco mais nesteassunto, apresentamos a matériade capa desta edição 51, a qual

aborda o estresse entre os pro-fissionais de enfermagem – maiscomum do que imaginamos – esugere como podemos minimizarseus efeitos em nossa saúde.As comemorações da SemanaBrasileira de Enfermagem - umadata tão importante para todos nós– também estão entre os temasapontados pela Revista COREN-SPdeste mês. Afinal, o último 12 demaio tornou-se um dia ainda maisespecial. No ano em que come-moro o 50º aniversário de minhachegada à cidade de São Paulo fuiagraciada com o título de CidadãPaulistana. Nada poderia ter meproporcionado maior felicidade.Este fato ficará como um marco docarinho que recebi de todosquando aqui cheguei e dos amigosque fiz ao longo dessa jornada.Agora sou paulistana, o que naverdade sempre fui de coração!

Boa leitura.

Ruth Mirandapresidente

Sem estresse 01ciência e tecnologia

O Olhar da Enfermagem para a 3a Idade 02mercado de trabalho

Veia Bailarina - Ignácio de LoyolaBrandão

04entrevista

Fora de Controle 06capa

Semana de Enfermagem 12especial

O Campeão do Estresse 17artigo - Heródoto Barbeiro

Enfermeiro e Cidadania Profissional 18destaque

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SEM ESTRESSEciência e tecnologia

01

Por João Marinho

Com a eutonia,você entende

seu corpo ereduz as tensões

do dia-a-dia

matéria de capa desta edição aborda o es-tresse na enfermagem: em que medida ele

afeta os profissionais e como pode ser tratado, evitado ouretardado.O que muitos não sabem é que entre os nossos aliadosestá a eutonia, uma técnica que já tem mais de 60 anos,mas ainda é pouco divulgada no Brasil.Nas palavras de Maria Cecília Lacava, eutonista, professorade arte do movimento e dançarina, trata-se de um“trabalho para ampliar a percepção do corpo [...] Parteda estrutura funcional do corpo e das leis físicas que atuamsobre ele e, convida à consciência de si no mundo e àautonomia no cuidar-se”.Traduzindo em fatos, a eutonia, criada pela alemã GerdaAlexander (1908-1994), é um conjunto de exercícios queleva o paciente – denominado “aluno” – a desenvolver umamelhor consciência corporal e adequar o tônus muscular(capacidade de contração das fibras musculares) às maisdiferentes atividades.Os exercícios, leves, incluem o uso do toque e, muitasvezes, de objetos como bolas de tênis, varas de bambu,bexigas e almofadas e sempre priorizam o desenvolvi-mento individual do aluno, mesmo nas aulas em grupo.A eutonia também trabalha a percepção e uma melhorutilização dos ossos e articulações. A teoria é igualmenteimportante. “Pesquisamos uma parte do corpo, por exem-plo, a coluna; observamos nos livros e no esqueleto comoé o mapa daquela região. Em seguida, passamos a vivenciá-la como um território dentro do próprio corpo”, explicaLuciana Gandolfo, presidente da Associação Brasileira de

AEutonia, entidade que agrega profissionais de todo o país.Por sua proposta, a eutonia possui uma grande variedadede aplicações. A consciência corporal, que também incluio estímulo da pele, é útil na psicoterapia, por exemplo.“Auxilia o paciente a entrar em contato consigo mesmoe, conseqüentemente, com conteúdos mais difíceis deserem abordados”, diz a psicoterapeuta Márcia Bozon,eutonista há 10 anos.O uso econômico dos músculos e articulações é útil paraquem pratica esportes e pode tratar problemas de cunhoósteo-articulares, como as LERs (lesões por esforço re-petitivo). A postura também é beneficiada. “Interessei-mepela eutonia por problemas na coluna”, conta a professorade educação física, assistente social e também eutonistaPatrícia Decot Pernambuco.Além dos benefícios elencados acima, conta pontos, paraos profissionais de enfermagem, a redução no nível doestresse profissional, graças ao equilíbrio das tensõesacumuladas diariamente.E então? Que tal começar a praticar?

Mais informações:Associação Brasileira de Eutonia - www.eutonia.org.br

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A

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para a Terceira IdadeO OLHAR DA ENFERMAGEM

Crescimento da população idosano Brasil incentiva maior atuaçãoda enfermagem no atendimentogerontológico

crescente veiculação na mídia de questões rela-cionadas ao idoso — cerca de 16 milhões de

brasileiros — como aposentadoria, denúncias en-volvendo maus tratos em instituições asilares e Estatutodo Idoso tem despertado o interesse de profissionaisda saúde para a temática do envelhecimento. O au-mento da expectativa de vida do brasileiro é outrofenômeno que ajuda a entender esta maior preocupaçãocom a população idosa do país.

Estes fatores levaram a área da saúde a adotar um novo conceito, o deo deo deo deo degerenciamento da saúde do paciente idosogerenciamento da saúde do paciente idosogerenciamento da saúde do paciente idosogerenciamento da saúde do paciente idosogerenciamento da saúde do paciente idoso. Isto significa dizer que se deveacompanhar o estado físico e psicológico do paciente e não somente tratar dadoença quando já está instalada.“O enfermeiro sempre cuidou do idoso, isto conferiu a ele uma visão ampla dotratamento deste tipo de paciente, procurando não se limitar apenas ao quadroclínico, mas observar o social”, explica Maria de Fátima Correa, enfermeira egerontóloga do hospital Israelita Albert Einstein.Por este motivo, a enfermagem é um campo profissional que está apto a desen-volver atitudes efetivas e de impacto profundo na atenção ao bem-estar dosidosos. A avaliação funcional do idoso faz parte do cuidado de enfermagem, comênfase na pessoa e nos sistemas de apoio com os quais possa contar. “A enfermagemgerontológica propriamente dita é um campo de conhecimento recente e emorganização, que reflete a preocupação dos enfermeiros com as questões relativasao envelhecimento”, analisa Maria de Fátima.Ainda uma área em expansão, a enfermagem gerontológica teve seu primeirocurso de especialização em 1999, ministrado pela UNIFESP – Universidade Federalde São Paulo. “Tentamos sensibilizar o enfermeiro da realidade do envelhecimentopopulacional. Demonstramos que o serviço de enfermagem é de suma importância

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mercado de trabalho

e responsabilidade, uma vez que abrigamos uma clientelacom alto grau de dependência”, diz Aparecida YoshieYoshitome, professora e coordenadora do setor deGeriatria e Gerontologia da UNIFESP. “Os meus alunosdizem que são melhor recebidos no mercado de trabalhoapós a especialização”, completa Yoshitome.O envelhecimento, ou a gestão da velhice é, sem dúvidaum ramo do conhecimento da saúde complexo, que exigeprofissionais qualificados e bem treinados. “O cuidar doidoso é zelar pela saúde física e mental, o que significaproporcionar ao mesmo tempo conforto físico e bem-estar, visando o enfrentamento da situação vivida”, relataMaria de Fátima.

A gerontologia é um nicho de mercado bastante promissorpara o enfermeiro. Frente ao envelhecimento dapopulação, a demanda pelo serviço é alta, mas ainda hápoucos profissionais capacitados para atuar na área.Serviços de home care - atendimento domiciliar - einstituições de longa permanência são alguns campos detrabalho.Há, também, clínicas que se especializaram no atendimentogerontológico, as quais possuem equipes de enfermeirosbem preparados para lidar com o idoso. Entre elas sedestacam, pelo atendimento exemplar, o GAMIA – Grupode Assistência Multidisciplinar; o Centro de Estudos doEnvelhecimento da UNIFESP, o Residencial Israelita AlbertEinstein, o Centro de Gerontologia do Hospital das Clínicas,o CIAI, Centro Integrado de Atendimento ao Idoso e oCentro de Referência do Idoso. Este último é consideradoa maior referência da América Latina em assistência

gratuita a idosos. O CRI, que já bateu a marca de 350 milatendimentos desde sua criação em 2001, procura restaurare preservar a capacidade funcional e a qualidade de vida deseus pacientes. “Nós temos dois tipos de tratamento oambulatorial e o domiciliar. Em ambos, procuramos resgataro idoso à vida social, por meio de atividades como yoga, aulasde violão e informática promovidas pelo Centro deConvivência. Procuramos também, ressaltar a importância doautocuidado”, diz Marta Moraes Ramos enfermeira do CRI,especialista em Saúde Pública e Envelhecimento.Todos esses fatores apresentados mostram que a Gerontologiaabre um campo de trabalho a ser explorado pelo enfermeiro.Afinal, esse profissional está capacitado a assistir o idoso de

maneira individualizada, levando em consideração as suaslimitações físicas, psíquicas e ambientais. A especialização sefaz necessária para que o cuidar gerontológico se dê de formadigna, mesmo diante dos desafios enfrentados pelo atualsistema de saúde brasileiro. “Nesse contexto, o enfermeiroNesse contexto, o enfermeiroNesse contexto, o enfermeiroNesse contexto, o enfermeiroNesse contexto, o enfermeirotorna-se um agente da mudança na percepção da velhice,torna-se um agente da mudança na percepção da velhice,torna-se um agente da mudança na percepção da velhice,torna-se um agente da mudança na percepção da velhice,torna-se um agente da mudança na percepção da velhice,junto à equipe de saúde e junto à sociedadejunto à equipe de saúde e junto à sociedadejunto à equipe de saúde e junto à sociedadejunto à equipe de saúde e junto à sociedadejunto à equipe de saúde e junto à sociedade”, conclui aenfermeira Marta.

Segundo a OMS – Organização

Mundial da Saúde, atualmente no

Brasil quem está com 60 anos tem

expectativa de vida de chegar aos 81

anos e quem está com 70, aos 87

03

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I

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gnácio de Loyola Brandão, 67 anos, é um escritor

consagrado e um jornalista respeitado. No decorrer de

Ignácio de Loyola Brandãoé atual diretor de

redação da revistaVogue e colunista

do jornalO Estado de São Paulo

Umaneurismadescoberto

há sete anosmudou avisão de

mundo deum escritor ejornalista de

renome.No livro VeiaBailarina elecompartilhaconosco estaexperiência

Julia

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ndria

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Rev

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Idéi

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o

sua carreira escreveu contos e livros que viraram referência de

boas leituras, como é o caso de O Beijo não vem da Boca e O

Verde, ambos escritos em 1985 durante uma viagem à Alemanha.

“Os próprios alemães liam, achavam curioso e recomendavam o

livro. Virou meio que um manual”, diverte-se ele. Há sete anos,

Ignácio de Loyola escreveu o livro Veia Bailarina, título inspirado

em uma enfermeira que o atendeu minutos antes de ser operado

para a retirada de um aneurisma cerebral. Nesta entrevista, o

jornalista fala sobre este livro, a cirurgia e a suas perspectivas.

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e n t r e v i s t a

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RC - Como o senhor descobriu quetinha um aneurisma cerebral?Em 1996, comecei a sentir tonturas rá-pidas, momentâneas. Não liguei muito,mas como elas prosseguiram, fui aomédico. Não era labirintite. Fizemos váriosexames, nada. Então, meu clínico, o OphirIrony, teve um insight: vamos tentar ver acirculação cerebral fazendo uma resso-nância. Era um exame caro, mas o convêniocobria. Só o exame foi meio chato, ficarenfiado dentro daquele tubo fechado,claustrofóbico. E então, a ressonânciaacusou o aneurisma. Lembro-me que eu,no táxi de um ponto em frente à estaçãoClínicas, abri o exame e li — não existeser humano que não o faça — fiqueiabalado. Aneurisma? Uma das coisas queeu mais temia. A tal ponto que em meuromance ZERO, dos anos 70, eu fazia omeu personagem José ter medo de um. Eali estava eu com um aneurisma na artériacerebral direita. O motorista me viupassado e pediu: quer que eu leia oexame? O senhor não tem experiência eeu sim, já que sirvo muitos médicos,laboratoristas, especialistas e pacientestenho visto centenas de exames. Tenhoque dizer que, depois, a atuação doneurocirurgião Marcos Stavel foi funda-mental para restaurar minha fé na classemédica. Um homem incrível. Porque aindahá pessoas incríveis no mundo.

RC - A forma do senhor ver a vidamudou depois desta descoberta?Depois da descoberta veio o medo de cairmorto na esquina. Decidido a fazer acirurgia, passava os dias de espera naangústia: o aneurisma vai estourar hoje,amanhã, no banheiro — que horror?Passada a cirurgia, me vendo a salvo semseqüelas, passei a viver diferente. Nosentido de que cada dia meu é intenso.Sinto estar vivo. Somente quem quasepassou para lá e não passou sente aintensidade do que significa viver. Cadaminuto, cada segundo, cada instante éum ganho, uma conquista. Passei a olhardiferente para as cores, para o sol, paratudo em volta de mim. Descubro detalhesem cada quadra. Numa esquina da rua

Colômbia descobri uma pitangueira naqual ninguém nunca prestou atenção, porexemplo. Passei a cultivar mais momentoslivres, fins de semana - antes, trabalhavae trabalhava. Quando me sento para co-mer é uma maravilha. Porque, ao mesmotempo, não sei se essa será a última refei-ção. Isso não significa medo de morrer,de maneira alguma. Significa desfrutardessa coisa incrível que é viver.

RC - Como isto influencia no pro-cesso criativo ao escrever matériasou contos, hoje em dia?Tenho menos pressa em acabar tudo.Gosto de me demorar numa situação,numa idéia. Mas o processo criativocontinua o mesmo, eu me baseando emimagens, em frases, em uma palavraouvida, uma cena vista na rua, no ônibus.Fiquei mais sensível, mais receptivo. Tudopode ser transformado em matérialiterária, tanto que acho que as crônicasque faço para O Estado de São Paulotodas as sextas-feiras melhoraram muito,estão mais soltas, mais repletas deepisódios, mais bem humoradas.

RC - O que te impulsionou a escre-ver um livro contando esta expe-riência?Sou jornalista e escritor. Passar por umaexperiência dessas e não colocar em livroseria — com algum exagero, claro — umcrime. Ao mesmo tempo eu tinha que meliberar desse trauma porque foi um baque,um choque, um trauma. O livro foi minhacatarse. Só não esperava que tivessetanta repercussão, reações positivas.Quando reli o livro impresso — porque aía coisa muda — é que percebi o altoastral que permeia o texto. E isso passoupara os leitores.

RC - Como o senhor analisa a reper-cussão positiva que o livro tevesobre a classe médica e sobrepessoas que sofrem do mesmoproblema?Fiquei abismado ao ser convidado paraabrir congressos médicos. É que elesqueriam ouvir o outro lado, o do paciente.

E assim, um autor não especializadoacabou penetrando em um meioespecializadíssimo. Até hoje recebocartas, e-mails, convites, chamados. Evou sempre que possível.

RC - Conte-nos como foi que aenfermeira, que o atendeu no pré-cirurgico, serviu de inspiração parao título do livro?Pouco antes de seguir para o centrocirúrgico uma enfermeira tentou colocarum catéter em uma artéria. Fez váriastentativas e de repente exclamou: puxa,o senhor tem veia bailarina! Fiquei comaquilo na cabeça e dias depois pergunteiao pessoal que me atendia o que sig-nificava. Ao saber que é a veia que dança,recusando a agulha, gostei. Há poesia nagíria hospitalar. Quando comecei a escrevero livro já tinha o titulo: Veia Bailarina. Foi omeu único livro que começou pelo título.

RC - Qual a lembrança que o senhortem dessa enfermeira?Uma lembrança vaga de uma moçamorena, de olhos negros e grandes. Naconfusão mental que se segue a umepisódio desses, acabei não sabendo onome dela. Tentei no (Hospital Albert)Einstein descobrir as enfermeiras doplantão daquele dia, daquela hora, enada! Assim, um dos personagens principaisficou anônimo. E um anônimo célebre. Eaqui estou brincando com o título de umromance meu que acabou de sair, OAnônimo Célebre, em que abordo essaparanóia de querer ficar famoso e fazertudo para isso.

RC - O público da revista COREN-SPabrange cerca de 260 mil leitores.Talvez essa enfermeira estejaentre eles. Qual a mensagem quedeixaria para ela?Que cada ser humano continue pensandoque o outro está ali, esperando quealguém estenda uma mão, diga algumacoisa, passe um olhar de esperança, deotimismo, de vontade de viver.

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COREN-SP • maio/junho de 2004 • nº 5107COREN-SP • maio/junho de 2004 • nº 51

ão é preciso ser sociólogo para perceberque muita coisa mudou do início do sé-

Saiba como oestresse ocupacionalse manifesta naenfermageme aprenda a tratá-loe prevení-lo

culo 20 para cá. As transformações sociais, eco-nômicas e culturais, que antes levavam séculospara serem concluídas, tornaram-se progres-sivamente mais rápidas e, sobretudo nos últimos60 anos, atingiram uma velocidade sem pre-cedentes na História.Por trás disso, está o progresso científico e tec-nológico, que produziu inúmeros benefícios, comoo incremento das comunicações e a capacidade deexercer tarefas com menos esforço e maiseficiência. A aceleração, no entanto, tambémtrouxe seqüelas: aumento da poluição, deterioraçãodas relações sociais e um dos maiores problemasde nossos tempos, o estresse.

capa

Por João Marinho

FORA DECONTROLE

N

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A incidência cada vez maior do estresse temíntimas relações com o estilo de vida ocidentale capitalista que experimentamos e é exportadopara todo o globo.O mercado de trabalho é cada dia mais com-petitivo, as cobranças são severas, a tecnologiaretira parte de nossa identidade e a abundânciade informações mina nossa capacidade deabsorção. Some a isso o lazer cada vez mais raro,a violência, as necessidades criadas pelapropaganda e pelo marketing (nem sempreatingíveis) e, em alguns casos, a carência devalores, e você tem um coquetel propício a gerarindivíduos estressados.“Aparentemente, o estresse excessivo, pato-lógico e merecedor de atenção médica é umproblema endemicamente moderno. Trata-se dacrescente necessidade adaptativa imposta pelasociedade atual”, explica o psiquiatra GeraldoJosé Ballone.Se o estresse que merece atenção médica é oexcessivo e patológico, há um outro tipo deestresse, que não requer preocupação. Paraentender o que isso significa, devemos nosremeter ao fisiologista austríaco Hans Selye(1907-1982), o primeiro a estudar o fenômenonos termos que hoje entendemos.Na década de 20, quando ainda estudavamedicina, Selye notou que alguns pacientessofriam de doenças distintas, mas apre-sentavam sintomas em comum. Esses sintomas,vagos, não eram próprios daquelas doenças enão tinham relação necessária entre si. Entreeles, estavam dores nas articulações, perda dememória e distúrbios gastrointestinais.Selye começou, então, a estudá-los, e, em 1936,descreveu um problema a que denominouSíndrome de Adaptação Geral (SAG).Usualmente podemos definir a SAG como umconjunto de sintomas psíquicos e físicos quesurge como resposta a uma situação que exijeuma adaptação do organismo para enfrentá-la.Ela é típica, por exemplo, de uma situação deameaça física, mas também de enfrentamentossociais ou mesmo de eventos de intensa

felicidade ou euforia.Normalmente, o estresse permanece na reaçãode alarme. Uma vez superada a situação, agenteou fato que o desencadeou – denominados fa-tores estressantes ou agentes estressores –, ocorpo retoma rapidamente o equilíbrio (ouhomeostase).Esse estresse, em doses moderadas, é o quepodemos chamar de positivo: ele é absoluta-mente imprescindível para a nossa sobrevi-vência física, social e psíquica. Sem ele, sería-mos incapazes de agir diante de uma situaçãoque exigisse uma atitude. Não é por acaso queo estresse não é exclusividade dos humanos:animais também o possuem.O problema é quando o estresse é prolongado epermanece na fase de resistência ou, pior,atinge a de exaustão. Esse estresse negativo podeprovocar problemas psíquicos sérios, como aansiedade, a depressão, e a Síndrome do Pâni-co, e comprometer a saúde física.O resultado pode ser as chamadas doenças psi-cossomáticas, que freqüentemente incluemproblemas no trato digestivo (como as úlceras),no sistema cardiovascular e na coluna verte-bral, já que essas regiões são grande absor-vedoras de tensão em nosso corpo.

O estresse na enfermagem

Os primeiros sintomas do estresse são comunsà maioria das pessoas. Entretanto, à medida queo problema evolui, as predisposições genéticas,as experiências pessoais e as característicaspsicofísicas começam a pesar, de forma a tornaros sintomas mais individualizados. A intensi-dade das respostas aos agentes estressores tam-bém sofre influência dessas particularidades.Em muitos casos, inclusive, o que é estressantepara uma pessoa não é para outra.Esse aspecto pessoal, interno, nos diferenciados animais. Normalmente, assume-se que elessão submetidos ao estresse apenas por fatoresexternos, ou seja, situações concretas, objetivas– de perigo, por exemplo. Os seres humanos,porém, podem entrar em estresse tanto porfatores externos, como um assalto, quanto por

Conhecendo o inimigo

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Reação de alarmeÉ o estado de tensão imediata, logo após ocontato com o agente agressor. Nesta fase,há uma expressiva alteração no funcio-namento do organismo, que inclui desdedilatação das pupilas até aumento dapressão arterial, com grande influência dehormônios como a adrenalina e o ACTH(hormônio adrenocorticotrófico). Segue-se uma intensa e rápida mobilização docorpo, com forte atividade dos músculose vísceras.

Fase de resistênciaSe a situação que desencadeou o estressenão é superada, o organismo tenta adaptar-

se a ele e mantém-se em estado crônico.Ele busca equilibrar-se,mas permanece emtrabalho forçado e gasta muita energia.Nessa fase, as glândulas supra-renaistornam-se hiperativas.

Fase de exaustãoSe a situação é prolongada, perde-se aadaptação atingida pelo organismo na fasede resistência. As energias de reserva sãofinalmente consumidas, e ele se esgota. Ossintomas são semelhantes aos da reaçãode alarme, mas o corpo perde a capacidadeadaptativa e pode ser alvo de doençasgraves, que, em casos extremos, resultamem morte.

A SAG, ou síndrome do estresse, possui três fases:

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fatores internos, como frustrações, ansiedade(que, além de sintoma, é também um agenteestressor), conflito de valores e assim pordiante.Como também possuímos uma esfera socialimportante, o leque de agentes estressorestorna-se ainda mais variado. O ambiente detrabalho, por exemplo, é uma das maisimportantes fontes de estresse e, comprovada-mente, algumas profissões tendem a estressarmais do que outras.Geralmente, as profissões ligadas à saúde sãotidas como altamente estressantes. “Além dapesada responsabilidade que inevitavelmenterecai sobre o profissional [...], é um hábitoinstitucionalizado o de estipular horários detrabalho incompatíveis com o bem-estarpessoal. Tanto o pessoal médico quanto opessoal de enfermagem recebe uma cargasobre-humana de estresse em um grandehospital, por exemplo”, argumenta o psiquiatrae psicoterapeuta Bernardo Lynch de Gregório.De fato, segundo a revista Veja de 19/05/2004,a enfermagem está em terceiro lugar entre asocupações mais estressantes do Brasil.Além dos horários e da responsabilidadeatribuída à profissão, a questão salarial e apesada carga de trabalho – que, sobretudo nocaso das mulheres, muitas vezes piora com adupla jornada – também aparecem como vilãs.“Eu sempre tive dois empregos, para manter amim e à minha filha. A profissão possibilitaisso, mas os salários são baixos. Em compen-sação, na maioria das vezes, a carga de trabalhoé muito grande”, diz a enfermeira Maria NilzaN. L. Ferreira, do Posto de Saúde Dr. OsvaldoMarçal, na Vila Albertina, zona norte de SãoPaulo.O depoimento faz eco às palavras de Rita deCássia Chamma, presidente da SociedadeBrasileira de Enfermagem Psiquiátrica e SaúdeMental (SBEPSAM): “O excesso decompromissos assumidos na profissão [...] éum fator preocupante na atualidade”.

Para Bernardo Lynch, “não passa do estressede sempre, mas associado de maneira crônicaàs atividades profissionais de um indivíduo.Os mecanismos são os mesmos dos demaistipos de estresse”.De toda forma, a boa notícia é que o estresse podeser tratado e prevenido. Algumas dicas impor-tantes são: ficar alerta aos sinais do próprio corpo,reservar horas de descanso e lazer, praticaresportes ou atividades relaxantes, como yoga eeutonia (leia em “Ciência e Tecnologia” destaedição), manter uma alimentação saudável e, aosprimeiros sinais de estresse ou esgotamento,procurar ajuda médica e psicológica.Certas mudanças de atitude também desarmamos fatores internos que podem causar estresse.Para Mirela Bertoli Passador - membro dadiretoria da SBEPSAM, enfermeira especialistaem sexualidade humana e proprietária doCentro Integrado de Atendimento à Mulher(CIAM) - é importante “buscar continuamenteinformações e habilidades para resolverproblemas, estabelecer metas e objetivospossíveis de serem alcançados, reconhecer ospróprios limites [...], manter a auto-imagem ea auto-estima elevadas [...] e dar-se o direito deser humano”.

10 COREN-SP • maio/junho de 2004 • nº 51

capa

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enfermagem, devido à forte carga emocionalenvolvida – especialmente quando o

paciente requer cuidadosintensivos ou o trabalho érealizado em um ambiente dealto risco.Em alguns casos, oprofissional pode vercomprometido o grau deinteresse pelos pacientes, emuma desordem que éconhecida como Síndrome deBurnout (do inglês “burn”,“queima” e “out”, “exterior”).“Inicialmente há umaexaustão emocional. [...] Emseguida, a pessoa desenvolvesentimentos e atitudes muito

negativas, como, por exemplo, um certocinismo na relação com as pessoas do seutrabalho e aparente insensibilidade afeti-va. Finalmente, manifesta sentimentos defalta de realização pessoal no trabalho. [...]Esta síndrome é o resultado do estresseemocional incrementado na interação comoutras pessoas”, esclarece Geraldo Ballone.Nem todos concordam com a existênciadessa síndrome como um fenômeno à parte.

A enfermeira psiquiátrica e doutora empsicologia Jeanne-Marie R. Stacciarini,autora de uma tese sobre estresseocupacional entre enfermeirosdo Distrito Federal e criadora doInventário de Estresse emEnfermeiros (IEE), destaca outrosagentes estressores (veja tabela).Faz, entretanto, uma ressalva:“Deve-se levar em conta que osdados [...] se reportam a umaamostra de enfermeiros quetrabalham na região de Brasília-DF, e não permitem umageneralização de que esta seja arealidade da categoria em nossopaís”.Desgaste, insensibilidade edepressão

O ato de cuidar também é uma importantefonte de estresse entre os profissionais de

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Principais agentes estressoresna enfermagem

capa

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erca de 500 convidados, entre amigos, parentes e colegas de pro-fissão estavam presentes na cerimônia que homenageou Ruth Miran-

C

solenidade marcainício da

12

SEMANA DAE N F E R M A G E M

Ícone daluta pela

valorização doprofissional

de enfermagemno Brasil,

Ruth Miranda,recebe o título

de CidadãPaulistana na

CâmaraMunicipal

da, Presidente do Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo, emuma solenidade na Câmara Municipal.A importância deste título para a santista Ruth Miranda está no fato de tersido concedido justamente no dia 12 de maio; data comemorada mun-dialmente pelos enfermeiros e que marca o início das comemorações daSemana Brasileira de Enfermagem. “O trabalho dela frente ao COREN-SP é exemplar, referência em todo oBrasil”, relata o vereador Paulo Frange, PTB, quem pleiteou na Câmara otítulo de cidadã paulistana para Ruth. “A história da Ruth se confunde coma história da enfermagem. Para mim é uma honra homenagear alguémcom o peso, com a história dela”, completa Frange.

Ruth Miranda com seu marido, filhos e cunhado

Ruth Miranda recebe o título de Cidadã Paulistana das mãos do Vereador Paulo Frange

C

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Já briguei muitopor conta dainterpretação ouexposiçãofantasiosa eirreal daenfermagem

‘‘ “Vale ressaltar que o título con-cedido à Ruth Miranda foi apro-vado com unanimidade na Câma-ra Municipal. “Ruth foi pioneira darepresentatividade política daenfermagem. Abriu o caminhopara que profissionais da árealevantassem a bandeira da profis-

didamente influi no crescimento,visibilidade e valorização de nossaprofissão”, resume Ruth.Na área de saúde Ruth Mirandatornou-se conhecida, também, porlutar pela prestação de assistênciade enfermagem qualificada àpopulação do Estado, antes aten-

são. A liderança de Ruth frente aoCOREN-SP é fundamental para ofuturo da Enfermagem no Brasil”,argumenta o técnico de enfer-magem Oscar Soares Pereira.O profissionalismo e o compro-misso de Ruth Miranda com a en-fermagem foi o principal tema dashomenagens da noite. É notávela luta da atual presidente do CO-REN-SP em prol da valorizaçãodos profissionais da área. “Aimagem da enfermagem deci-

dida em grande parte por leigos.“Mais de 40% dos quase ummilhão de profissionais de enfer-magem estão atuando junto àpopulação do Estado de SãoPaulo, principalmente na Capital.Ninguém é mais beneficiado peloaprimoramento dos profissionais doque o paciente”, explica Ruth.Polêmica, Ruth Miranda ficou conhe-cida do grande público ao obter naJustiça o veto à utilização de ves-timentas alusivas à profissão de

enfermagem pela ex-dançarinado grupo É o Tchan!, Scheila Car-valho e pela modelo Ariane Latuf,a “enfermeira do funk” – estaúltima sendo obrigada, inclusive,a suspender um ensaio para arevista Playboy, onde apare-ceria caracterizada como a per-sonagem.Os trintas anos de carreira deixa-ram a marca do dinamismo deRuth nos lugares em que traba-lhou, como Hospital das Clínicas,

especial

Solenidade de entrega do título, realizada na Câmara Municipal de São Paulo

COREN-SP • maio/junho de 2004 • nº 51

COREN-SP

O R G A N I Z A

PRIMEIRO

EVENTO QUE

MARCA A

A B E R T U R A

OFICIAL

DA SEMANA

D E

E N F E R M A G E M

EM SÃO

P A U L O

““

14

especial

UNIBAN, Metrô, Fundacentro, ANENT, ABESE eCOFEN. Neste último Ruth Miranda foi peçachave para a aprovação de leis a favordos profissionais da área. “Ela é umapessoa que cumpre com a palavra,fala sério e decide”, reconhece overeador Paulo Frange.Mensagens de parabenização doMinistro da Saúde HumbertoCosta e do Governador de SãoPaulo Geraldo Alckmin,engrandeceram a cerimônia. Aatual prefeita Marta Suplicy,também manifestou seu apoio àsolenidade por carta.Para encerrar a noite, a cantoraGiovanna Maira interpretou com oapoio de todos os presentes “Co-mo é Grande Meu Amor por Você”,de Roberto Carlos. “É um marcoem minha carreira ser acolhida equerida nesta cidade. Ainda maisporque recebo o título nos 450 anos de São Paulo e exatos 50anos da minha chegada à cidade”, conclui a presidente do COREN-SP.

Semana deEnfermagem

Melhoria da imagem doprofissional é principaltema da Semana Brasileirade Enfermagem de 2004

COREN-SP • maio/junho de 2004 • nº 51

especial

Ações

norteadoras para

responsáveis

técnicos:

- preocupe-se com

a estrutura

organizacional;

- mantenha a ética;

- estabeleça a

harmonia no

ambiente de

trabalho;

- cultive talentos;

- mantenha a visão

empresarial;

- organização é

fundamental;

- responsabilidade

social.

Sérgio Luz

““

0715

A 61ª Semana Brasileira da Enfermagem foi comemorada porinúmeros hospitais, associações e profissionais da área em todo oBrasil. No estado de São Paulo, 168 eventos entre palestras,seminários e atendimento gratuito à população nas universidadese parques marcaram a data.Mas a Semana Brasileira da Enfermagem deste ano tambémbuscou valorizar a enfermagem através de campanhas queprojetaram imagens positivas da profissão. Desta vez, procurou-se esclarecer a comunidade sobre a capacidade dos profissionaisde enfermagem e a diferença positiva que a presença destes trazao sistema de saúde do país.Para tanto, o Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo,pela primeira vez organizou um evento para comemorar a data.Trata-se do seminário Imagem Corporativa, Profissional e Pessoalna Enfermagem – como estamos e para onde vamos, realizadono dia 03 de maio no Centro de Convenções São Camilo na cidadede São Paulo.O evento que contou com a presença da enfermeira Ruth Miranda,do enfermeiro Sérgio Luz e do professor Fabrício Rosso, abordou anecessidade da melhora da imagem do enfermeiro frente àpopulação e aos demais profissionais da saúde. Os temas daspalestras foram: o “Profissional e a Imagem Institucional” e “ AImagem Profissional e a Imagem Pessoal”. Para melhor explorar oassunto, foi apresentado um estudo realizado na UniversidadeFederal de Goiás, em 1999, que demonstra a real visão dosenfermeiros pela população em geral. O resultado é alarmante. “Paraa sociedade, a enfermagem é muito menor do que a realidade que,ao que parece, apenas nós, profissionais, conhecemos”, alerta apresidente do COREN-SP.É unânime entre os palestrantes que enfermeiros são vistos tantopela população quanto pela área da saúde de maneira pejorativae inferior. Estes sinais servem, então, como alerta, no sentido deque é preciso melhorar a imagem profissional de enfermagem juntoà sociedade. “Precisamos projetar e consolidar nossa imagem e,principalmente, nosso conteúdo de forma positiva einquestionável”, afirma Ruth.

COREN-SP • maio/junho de 2004 • nº 51

Livro aborda procedimentos deEnfermagem no atendimento pré-hospitalarO livro Atendimento Pré-Hospitalar para

Enfermagem— Suporte

básico e avançado de

vida, de Marcelo Go-

mes de Carvalho, destaca

a assistência p res tada

e o s procedimentos de

enfermagem nesta área ,

c o m u m a linguagem

clara, concisa e abran-

gente, seja para o es-

tudante, profissional de nível médio ou

graduado, com campo de atuação ou interesse

em emergência, resgate, salvamento ou

transporte de pacientes críticos.

O Processo de Enfermagem doTrabalhoPor meio de conceitos quanto à prática da

Enfermagem do trabalho, este livro escrito pelo

especialista na área Alexandre Juan Lucas, visa

esclarecer dúvidas e acrescentar conhecimentos

aos Enfermeiros do trabalho e outros

profissionais ligados à área da saúde. Para auxiliar

nas atividades diárias, o autor mostra modelos

específicos de impressos e de consultas de

Enfermagem com laudo de monitoração

biológica que compõe o PPP – Perfil

Profissiográfico Previdenciário.

Informações: Editora Érica Ltda Rua São Gil,

159 - Tatuapé - São Paulo - SP – CEP:03401-

030 • Fone:(11) 295-3066 - Fax:(11) 6197-4060.

Pesquisa revela número de casosde acidente de trabalho na áreada saúdeDados da Vigilância Epidemiológica da Secretaria

de Saúde revelam que cerca de 5700 casos oficiais

de acidentes foram registrados em ambientes

de saúde nos últimos quatro anos, no Estado

de São Paulo.Os riscos de contaminação do

profissional de saúde se concentram no HIV

(0,3%), a hepatite B (40%) e a C (10%). Mas o

profissional pode tomar alguns cuidados.

Quando o paciente está contaminado, o

profissional que entrou em contato com o

16

sangue deve se imunizar o mais rápido possível.

Para hepatite C, não há vacina. Mesmo assim, a

doença deve ser identificada o quanto antes para

que o tratamento seja encaminhado.

Para a hepatite B, há uma vacina ou injeção de

imunoglobulina, que devem ser tomadas

rapidamente. Com a aids não há tanta urgência,

já que em até 2 horas, a chance de contaminação

é pequena. Mas depois de 72 horas o sistema

imunológico não consegue mais combater o

vírus.

Fonte: Último Segundo

Enfermeiros em campo nos jogosda CBFO JUIZ da 6ª Vara FEDERAL, DR. GUILHERME

CALMON NOGUEIRA DA GAMA, determinou

que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF),

providencie a manutenção da presença de

enfermeiros em todos eventos sob sua

responsabilidade no território brasileiro, na

proporção estabelecida pela lei n°10.671/2003,

sob pena de multa de R$ 10 mil por evento que

não tiver observado a lei.

A liminar atendeu o pedido da Ação Civil

Pública ajuizada pelo Conselho Federal de

Enfermagem (COFEN), concedendo também a

garantia de que as Federações e clubes filiados a

CBF terão que admitir o ingresso da

fiscalização dos Conselhos de Enfermagem nos

estádios para a verificação do efeito cumprimento

dos dispositivos da Lei n° 10.671/2003, e para

notificar a Ré, nos termos esportivos da

Lei nº 7.347/85, encaminhando cópia desta

decisão com urgência à CBF para ime-

diato cumprimento.

É preciso ressaltar que a norma tem extensão

para qualquer esporte, como vôlei, basquete,

campeonato de peteca etc. Desta forma, uma

ampla frente de trabalho se abre aos En-

fermeiros brasileiros, porém, é preciso que todos

estejam imbuídos do espírito de fiscalizar, em

qualquer evento que estejam presentes. Se não

houver atendimento a essa exigência legal, a

denúncia, deve ser encaminhada ao COREN,

em caso de campeonatos regionais; e ao COFEN,

em nos casos de campeonatos nacionais

ou internacionais.

Fonte: Conselho Federal de Enfermagem

COREN-SP • maio/junho de 2004 • nº 51

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17

Pergunte a qualquer pessoa que trabalhe muitoqual é a profissão mais estressante do planeta.

depende do seu trabalho e de sua dedicação.Os jornalistas são submetidos ao estresse dosacontecimentos diários, massacrantes, humanos,desconcertantes, capazes de fazer pirar até o umlama tibetano. Reportam desastres, quedas de avião,confisco da caderneta de poupança, planos econô-micos, discursos presidenciais, comício de candida-to a prefeito suspeito de ter contas no exterior, trânsitocongestionado porque a prefeitura deixou as obraspara perto da eleição, artigo de correspondente noThe New York Times sobre hábitos presidenciais,enfim, uma lista de assuntos intermináveis e ge-radores de estresse. Os profissionais de enferma-gem atendem as vítimas de tudo o que os jornalistasreportam, de cabeça inchada pela derrota aca-chapante do Timão, a pessoas feridas em colisãode lotação dirigida por cachaceiros, e aquela filainterminável de feridos á bala pela polícia, em estadoagonizante, que são jogados nas macas dos pronto-socorros. Puro marketing para encobrir execuçõessumárias. Os profissionais de enfermagem traba-lham em hospitais e não em cemitérios, é bom avisarporque muita gente não sabe porque sempre osjornalistas divulgam que a maior parte das pessoasmorrem “à caminho do pronto-socorro”. Confessoque também não sei, suspeito que as ambulânciascorrem tanto que os pacientes morrem de susto.Enfim, até parece que jornalistas e profissionais deenfermagem trabalham lado a lado. E trabalhammesmo. Definitivamente a profissão mais estres-sante é a do jornalista, afinal os fatos acontecem aqualquer hora e ele pode ser convocado até demadrugada. Tem que emendar a balada com a voltada redação e iniciar uma nova reportagem. Você selembra que a princesa Diana morreu em umamadrugada de domingo? Eu me lembro.Definitivamente a profissão mais estressante é a doprofissionais de enfermagem, afinal as urgênciasacontecem a qualquer hora e ele pode ser convocadoaté de madrugada. Tem que emendar a balada coma volta ao hospital e iniciar uma nova jornada. Vocêse lembra que o avião da TAM caiu pela manhã? Eume lembro... mas afinal eu estou falando dosjornalistas ou dos enfermeiros? Estou estressadoe confundindo tudo. Vou parar por aqui.

Ele vai responder que é a dela. E vai justificar comênfase e, em alguns casos, com lágrimas nos olhos.Vai dizer que ninguém trabalha tanto como ela,levanta cedo, chega tarde em casa, tem um chefevampiro que não lhe dá sossego e é responsávelpela alteração do ritmo cardíaco, altas taxas decolesterol, hipertensão arterial, queda no apetitesexual, enxaqueca, mau humor, enfim uma lista inter-minável. Todo mundo acha que seu trabalho é o maisestressante e por isso ele mereceria um tratamentomais ameno, com férias uma vez cada três meses,com tudo pago pela empresa, rodada de cervejastoda sexta-feira depois do trabalho, faltas abonadase uma ajudinha de custo para lazer. Ninguém é isentonessa hora e puxa desavergonhadamente a sardinhapara a sua base. Se puder puxa até o tubarão.Os jornalistas vivem mergulhados no estresse, tra-balham feitos uns loucos e sob tal pressão quedepois de fechar o jornal à noite, estão tão agitadosque ninguém vai para casa. Não vão conseguir dormir,por isso partem em caravana para o bar da turma,para relaxar, desanuviar a tensão e falar mal do chefe— se ele estiver ausente, claro. Os profissionais deenfermagem trabalham feitos doidos, atendempacientes em estado gravíssimo, não sabem quehora vão voltar para casa e cair duro na cama decansaço. É, mas os jornalistas trabalham sábado,domingo, feriado, natal, ano novo, semana santa,São João, São Pedro e Santo Antonio e quiçá naPáscoa. Os profissionais de enfermagem trabalhamtudo isso e até mesmo na data comemorativa daenfermagem. Jornalistas sabem que não sãobancários, que o seu trabalho não tem hora paracomeçar nem terminar, se precisar viajam só com aroupa do corpo e jamais deixam uma reportagempela metade. O máximo que conseguem com o chefedurão é acumular no banco de horas uma folga. Nadade considerar hora extra. Profissionais de enfer-magem sabem a que horas chegam mas nuncaquando vão sair do trabalho e não deixam nada pelametade, jamais abandonam um atendimento semconclusão, pois têm a responsabilidade de cuidarda vida humana e sabem que muitas vezes ela

Heródoto Barbeiro é jornalista da TV Cultura e da Rádio CBN

COREN-SP • maio/junho de 2004 • nº 51

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18

O Enfermeiro e o exercício daO Enfermeiro e o exercício daO Enfermeiro e o exercício daO Enfermeiro e o exercício daO Enfermeiro e o exercício da

Por Cláudio PortoPor Cláudio PortoPor Cláudio PortoPor Cláudio PortoPor Cláudio Porto

Cidadania ProfissionalCidadania ProfissionalCidadania ProfissionalCidadania ProfissionalCidadania ProfissionalResolução COFEN-271/2002 regulamenta ações

do Enfermeiro na consulta, prescrição demedicamentos e requisição de exames

Resolução COFEN-271/2002 é uma normaadministrativa que reproduz ipsis-litteris, tex-

tos legais existentes, em plena vigência e em nenhum mo-mento citada na Decisão Judicial. Deste modo, todas asações assumidas por um Enfermeiro dentro destes man-damentos legais, estará em rigorosa sintonia com a Lei e oCódigo de Ética dos Profissionais de Enfermagem.Isto implica dizer que a lei 7498/86, regulamentada pelodecreto 94406/87, compete ao Enfermeiro a realização daconsulta, prescrição e evolução de Enfermagem - SAE. OEnfermeiro poderá, ainda, continuar o seu pleno exercícioprofissional, sendo que a prescrição medicamentosa somen-te é assegurada pela legislação profissional quando funda-mentada nos Programas de Saúde Pública ou em rotinasinstitucionais, mediante Protocolos elaborados pelaInstituição ou pelo Ministério da Saúde, até que se decidasobre o mérito da questão judicial.É importante esclarecer, que a atuação do Enfermeiro naconsulta de Enfermagem, incluindo o exame físico, diag-nóstico, Prescrição e Evolução de Enfermagem, obriga-tória em lei, nada tem a ver com a atuação médica na consultamédica, que inclui o exame físico, diagnóstico, Prescriçãoe Evolução Médica. A liminar concedida aos médicos, antesvigente, foi inteiramente cassada em Decisão da JustiçaFederal em 18 de fevereiro deste ano, devolvendo plenodireito à Resolução 271.Desta forma, fica aqui ressaltada a importância do Enfer-meiro participar ativamente da elaboração destes Protocolose, principalmente, sistematizando a Assistência de Enfer-magem na forma da lei, respaldando seus atos e decisõesnos documentos que produzir na assistência de Enfermagem.Portanto, cabe ao Enfermeiro assumir, definitivamente, o seuverdadeiro papel, desenvolvendo suas responsabilidades ético-profissionais, documentando-as por meio da Sistematização daAssistência de Enfermagem, demonstrando, seja a sua equipe,Instituição ou a sociedade, a plenitude de sua competência

profissional, com personalidade, dentro dos princípios de suacidadania profissional.

A Resolução COFEN 271/2002, considerando a Lei Federal nº 7.498/

86, art. 11º, I e II, “c”; nº 7.498/86, art. 11º, I e II, “c”; o Decreto

Presidencial nº 94.406/87, art. 8º, I, “e” e II, “c”; a Lei Federal nº

9394/96, art. 9º, VII, § 1º; a Resolução CNE/CES nº 03/2001,

especialmente no art. 3º, I e II e art. 5º, VIII e XXII, publicada no DOU

de 09/11/2001, seção 1, pág. 37e o Deliberado na Reunião Ordinária

do Plenário nº 304; resolve:

COREN-SP • maio/junho de 2004 • nº 51 1719

destaque

com formação generalista, humanística, crítica e reflexiva.

Profissional qualificado para o exercício de Enfermagem, com base

no rigor científico e intelectual e pautado em princípios éticos. Capaz

de conhecer e intervir sobre os problemas/situações de saúde-

doença mais prevalentes no perfil epidemiológico nacional, com

ênfase na sua região de atuação, identificando as dimensões bio-

psico-sociais de seus determinantes. Capacitado a atuar, com

sendo de responsabilidade social e compromisso com a cidadania,

como promotor da saúde integral do ser humano; II - Enfermeiro com

Licenciatura em Enfermagem capacitado para atuar na Educação

Básica e na Educação Profissional em Enfermagem.

art. 5º - A formação profissional do Enfermeiro tem por objetivo

dotar o profissional dos conhecimentos requeridos para o exercício

das seguintes competências e habilidades específicas: VIII - ser

capaz de diagnosticar e solucionar problemas de saúde, de

comunicar-se, de tomar decisões, de intervir no processo de

trabalho, de trabalhar em equipe e de enfrentar situações em

constante mudança; XXII - intervir no processo saúde-doença,

responsabilizando-se pela qualidade da assistência/cuidado de

enfermagem em seus diferentes níveis de atenção à saúde, com

ação de promoção, proteção, prevenção e reabilitação à saúde, na

perspectiva da integralidade da assistência.

Tivemos, meses atrás, a suspensão dos efeitos dos artigos2º, 3º, 4º e 6º do referido ato normativo do COFEN, nosautos do Mandato de Segurança Coletivo de nº2002.34.00.036024-8/DF, tramitado pelo juízo da 3ª VaraFederal da Seção Judiciária do Distrito Federal.Ocorre que o magistrado sujeita a executoriedade apósincidência do duplo grau de jurisdição, o que, de acordocom o art. 475 do Código de Processo Civil, não produzefeito, senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença.Assim, ainda de acordo com o disposto na súmula 626 doSupremo Tribunal Federal, de 09/10/03, a suspensão daliminar em Mandato de Segurança, salvo determinação emcontrário da decisão que a deferir, vigorará até o transito emjulgado da Decisão definitiva de Concessão de Segurançaou, havendo recurso e este julgado pelo STF.De acordo com parecer da Assessoria Jurídica do COFEN,os efeitos da sentença proferida somente poderão ser execu-tados após o seu devido trânsito em julgado, exauridos todosos graus de Recurso, e até que tal ocorra, permanece o statuspresente. Cabe portanto, ao Enfermeiro assumir, defini-tivamente, o seu verdadeiro papel, desenvolvendo suasresponsabilidades ético-profissionais, documentando-asatravés da Sistematização da Assistência de Enfermagem,demonstrando, seja à sua equipe, seja à sua Instituição, sejaà sociedade, a plenitude de sua competência profissional,com personalidade, dentro dos princípios de sua cidadaniaprofissional.

Art. 1º - É ação da Enfermagem, quando praticada pelo Enfermeiro,

como integrante da equipe de saúde, a prescrição de medicamentos.

Art. 2º - Os limites legais, para a prática desta ação, são os

Programas de Saúde Pública e rotinas que tenham sido aprovadas

em Instituições de Saúde, pública ou privada. Art. 3º - O Enfermeiro,

quando no exercício da atividade capitulada no art. 1º, tem autonomia

na escolha dos medicamentos e respectiva posologia, respondendo

integralmente pelos atos praticados. Art. 4º - Para assegurar o

pleno exercício profissional, garantindo ao cliente/paciente, uma

atenção isenta de risco, prudente e segura, na conduta prescricional/

terapêutica, o Enfermeiro pode solicitar exames de rotina e

complementares, conforme disposto na Resolução COFEN 195/97.

Art. 5º - O Enfermeiro pode receber o cliente/paciente, nos limites

previstos do art 2º, para efetuar a consulta de Enfermagem, com o

objetivo de conhecer/intervir, sobre os problemas/situações de

saúde/doença. Art. 6º - Em detrimento desta consulta, o Enfermeiro

poderá diagnosticar e solucionar os problemas de saúde detectados,

integrando às ações de Enfermagem, às ações multi-profissionais.

Art. 7º - Os currículos dos cursos de graduação de enfermagem

devem, além de outros objetivos, preparar o acadêmico para esta

realidade, já que é rotina na atualidade, a prática de tais ações, no

mercado de trabalho. Art. 8º - Esta Resolução entra em vigor na

data de sua publicação, revogando disposições em contrário.

Como vemos, a fundamentação legal desta Resoluçãoversa sobre a Lei 7.498/86 e o Decreto 94406/87, querepresentam a legislação profissional da Enfermagem, eos citados artigos de referência, são os que seguem abaixo:

CONSIDERANDO a Lei Federal nº 7.498/86, art. 11º, I “i” e II, “c”;

Art. 11 - O Enfermeiro exerce todas as atividades de Enfermagem,

cabendo-lhe: I - privativamente: i) consulta de Enfermagem;

II - como integrante da equipe de saúde: c) prescrição de

medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e em

rotina aprovada pela instituição de saúde;

CONSIDERANDO o Decreto Presidencial nº 94.406/87, art. 8º, I, “e”

e II, “c”; Art. 8º - Ao enfermeiro incumbe: I - privativamente: e)

consulta de Enfermagem; II - como integrante da equipe de saúde:

c) prescrição de medicamentos previamente estabelecidos em

programas de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição

de saúde;

CONSIDERANDO a Lei Federal nº 9394/96, art. 9º, VII, § 1º; Trata-

se da Lei de Diretrizes e Bases do Ensino, onde o artigo 9o. deter-

mina ser de competência da União: VII - baixar normas gerais sobre

cursos de graduação e pós-graduação; §1º - Na estrutura edu-

cacional, haverá um Conselho Nacional de Educação, com funções

normativas e de supervisão e atividade permanente, criado por Lei;

CONSIDERANDO a Resolução CNE/CES nº 3/2001, especialmente

no art. 3º, I e II e art. 5º, VIII e XXII, publicada no DOU de 09/11/2001,

seção 1, pág. 37; art 3o.: O curso de Graduação em Enfermagem

tem como perfil do formando egresso/profissional: I - Enfermeiro,

COREN-SP • maio/junho de 2004 • nº 51

As informações sobre cursos e eventos

são de inteira responsabilidade dos

promotores dos mesmos

Cuidados deEnfermagem comDrenosData: JulhoLocal: Alameda Santos, nº 211, 16ºandar - conj. 1609 - SPPúblico alvo: Auxiliares e Técnicosde EnfermagemInvestimento: R$ 40,00Informações: (11) 3145-4708 -www.dalben.com.br/agenda_cursos.php#

Farmacologia - ErrosMais Freqüentes,Questões Éticas eCálculosData: 24 de julho de 2004Local: Vicente Leça - Av. Marechal

Tito, 1090 - São Miguel Paulista – SPDuração: 08 horasInvestimento: R$ 35,00Informações (11) 6131-2090 e 6297-2810

Curso de Aprimoramentoem IncontinênciasDatas: 24 a 27/08 - 21 a 24/09 - 19 a 22/10 - 23 a 26/11 - 14 a 17/12.Local: Rua Antônio C. Pereira, 21 - cj.12–Sorocaba - SP - CEP 18030-310Público-alvo: enfermeirosInformações: (15) 231 3514 ou

[email protected]

Inscrições Abertas -diversas datas em 2004Cursos de Extensão emEnfermagem:Local: UNIBAN-SP- Assistência de Enfermagem a PacientesPortadores de FeridasInterpretando Exames Laboratoriais

- Eletrocardiograma: leitura eprincipais arritmias- Curso de Drogas: Cálculos eSoluções- Sistematização da Assistência deEnfermagem - Exame Físico- Atendimento Pré-Hospitalar emSuporte Básico à Vida - SBV Informações: 0800-129000 -www.fundacaouniban.org.br/extensao/cursos-enfermagem.asp

VII Curso GANEP deEspecialização emNutrição ClínicaData: de agosto de 2004 adezembro de 2005 (2 sábados mês)Local: Hospital BeneficênciaPortuguesa – SPInformações: (11) 32846318 [email protected]

COREN-SP • maio/junho de 2004 • nº 51

IV Simpósio Internacionalde Esterilização e Controlede Infecção HospitalarData: 31 de julho a 02 de agostoLocal: Centro de Convenções Rebouças- São Paulo - SPInformações: (11) 3341-4044 -www.sobecc.org.br

Simpósio InternacionalBariatric Endoscopic SurgeryTrends (BEST)Data: 5 a 7 de agosto de 2004.Local: Centro de Convenções HotelBourbon – Foz do Iguaçu - PRInformações: (41) 342-9078 [email protected]

IX Congresso Brasileiro deControle de Infecção eEpidemiologia HospitalarData: 30 de agosto a 03 de setembroLocal: Salvador – Bahia - Centro de

Convenções da Bahia .: Jardim Armação, s/n– ArmaçãoInformações: (71) 341-3024 -www.controledeinfeccao.com.br

1º Congresso Brasileiro deEnfermagem em InfectologiaData: 18 a 21 de AgostoLocal: Santos/ SPInformações: (11) 3721-9333Temas: Consolidando a Enfermagem emInfectologia no BrasilInformações: www.ellusaude.com.br

VIII Congresso Paulista deUrologiaData: 04 a 07 de setembro de 2004Local: Hotel Gran Meliá-SPTema Central: Tendências da UrologiaModernaInvestimento: até 21/05 - R$ 80,00 / até 27/07 - - R$ 120,00Informações: (11) 3887-9496

7º CBCENFData: 11 a 15 de outubroLocal: Centro de Convenções doCeará - Fortaleza – CETema Central: O inefável poder dointelecto e capital humano daenfermagem: eis o caminhoInformações: 0800-2800065 -www.cbcenf.com.br

VIII JornadaNordestina dePsiquiatria / XXIJornada Pernambucanade PsiquiatriaData: 29 a 31 de julho

Local: Centro de Convenções de

Pernambuco

Informações: (81) 3463-0871 /

Fax: (81) 3463-0853

E-mail: [email protected]

COREN-SP • maio/junho de 2004 • nº 5122

Uma simples caminhada pela avenidamais famosa da cidade pode revelar umpouco da história. Confira o roteiro queselecionamos para você..

História da arquiteturacontada pelos prédios

e casarões da avenidaPaulista

Museu Casadas RosasConstruído em 1935pelo renomadoarquiteto Ramos deAzevedo, o casarãofoi tombado peloCondephaat em1985 e abriga omuseu e espaçocultural .

MaspO vão livre de 70 metros éum projeto único em tododo mundo. Projetado pelaarquiteta Lina Bo, o prédiofoi inaugurado em 1968com a presença da rainhaElizabeth II.

Hospital Santa CatarinaA Associação Congregação de SantaCatarina, entidade que mantém oHospital Santa Catarina, preservou umdos prédios originais construído em1906.

CitibankConstruído pela CroceAflalo Gasperine, oedifício representa amodernidade e arevoluçãoarquitetônica dosanos 80.

Fiesp / CiespInaugurada em 1979, a sede da Fiesp tem este

formato, porque seus projetistas acreditavamque a pirâmide transmitia harmonia de

proporções e sensação de grandiosidade.

SinalizaçãoProjeto premiado do escritórioCauduro/ Martino. Seu formatovertical, além de acompanhar alinguagem dos prédios da avenida,permite que pedestres e veículostenham boa leitura, por issovemos poucos acidentes naavenida.

Sinalização

Museu Casa das Rosas

CasarãoUma das poucasmansões querestaram. Quaseimperceptível emmeio aos prédios,remete à São Paulodo início do século.

FIESPCIESP

COREN-SP • maio/junho de 2004 • nº 51

ANUNCIO UNICSUL

COREN-SP • maio/junho de 2004 • nº 51

Presidente

Ruth MirandaVice-presidente

Akiko KanazawaPrimeira-secretária

Maria Antonia de Andrade DiasSegunda-secretária

Vanderli de Oliveira DutraPrimeira-tesoureira

Rita de Cássia ChammaSegunda-tesoureira

Aldaíza Carvalho dos Reis

Publicação oficial bimestral do COREN-SP • Reg. nº 24.929 • 4º registro • 260 mil exemplares • distribuição gratuita dirigidaRua Dona Veridiana, 298 • Higienópolis • São Paulo • SP • CEP 01238-010 • Fone: 0800 55 21 55 • www.corensp.org.br

Redação

Cássia Monteiro e João MarinhoRevisão

Gustavo ValadãoCapa

Alvaro GuillermoProjeto Gráfico

arte in comunicação e marketingfone/fax: (11) 5042-3428Coordenação editorial

De mais editorafone/fax: (11) [email protected]

Presidente da Comissão de Tomada de Contas (CTC)

Maria Aparecida MastroantonioMembros da CTC

Tomiko Kemoti AbeWilson Florêncio RibeiroConselheiros efetivos

Anézia Fernandes, Francinete de LimaOliveira, Guiomar Jerônimo de Oliveira,Lindaura Ruas Chaves, MagdáliaPereira de Sousa, Sérgio Luz, SôniaRegina Delestro Matos, TerezinhaAparecida dos Santos Menegueço

260 mil exemplares distribuição gratuita

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Vacinação Contra Poliomielite terá segunda fase em agostoMarcada para o dia 21 de agosto, a segunda etapa da Campanha de Vacinação Contra Poliomielitecontará com cerca de 14 mil postos distribuídos em todo o Estado de São Paulo. Como nos outrosanos, a mascote da campanha, Zé Gotinha, ficará encarregado de convocar as crianças em suasvisitas aos municípios paulistas. Na primeira etapa as crianças receberam além da vacina contra apoliomielite, doses de vacinas que estejam em atraso nacaderneta, como Tetravalente (contra difteria, tétano, coqueluche), Tríplice viral (contra sarampo,caxumba e rubéola) e contra hepatite B. Já nesta segunda etapa de agosto, serão aplicadas asvacinas contra a poliomielite e tríplice viral, reforçando a imunização contra o sarampo. A meta daSecretaria da Saúde para 2004 é vacinar 3,1 milhões de crianças com idade inferior a cinco anos.Fonte: Agência Saúde

Concessão de habilitaçãoApesar dos comunicados emitidos pelo COREN-SP nos últimos dois anos, o Conselho observou queas Instituições de Ensino continuam desrespeitando as determinações contidas na indicação CEE 08/2000, em especial àquela contida no item 13: Os históricos escolares que acompanham os diplomase certificados de conclusão devem conter a organização curricular e as competências definidasno perfil profissional de conclusão. Outras normas que tem sido desrespeitadas são a ausência depublicação do Plano de Curso junto ao C.N.C.T. – Cadastro Nacional de Cursos Técnicos eProfissionalizantes e a emissão de documentação sem a menção das normas legais que fundamentaramsua estruturação. A presidente do COREN-SP, Ruth Miranda, sugere que as instituições verifiquem aemissão destes documentos, para evitar problemas na concessão da habilitação profissional. Maioresesclarecimentos poderão ser obtidos no Departamento de Inscrição e Cadastro (DIC).

COREN-SP • maio/junho de 2004 • nº 51

Por motivos editoriais a

redação poderá resumir o

conteúdo das cartas.

Adorei a revista nº50 doCOREN-SP e fiquei orgu-lhosa pela matéria “Enfer-magem da Competência”e mais ainda por tomarconhecimento que umacolega de faculdade, AglaeNeri Gambirasio,da qualnão tinha mais notícias,assumiu a direção técnicado Hospital Geral de VilaNova Cachoeirinha. Souoficial da Aeronáutica elevei este assunto aoconhecimento dos demaisprofissionais de saúde denossa organização militar,pois, acredito que temoscompetência para assumirfunções cada vez maiselevadas, sem discri-minações.Essas enfermeiras, atra-vés da eficiência, conquis-taram um espaço impor-tantíssimo para nossavalorização. Parabéns!Marina Cleide MissiatoThomaz de Aquino

Gostaria de parabenizar areportagem “Enfermagem-a imagem e a mensa-gem”.Esta é a minha falaconstante para com os

colegas e os novos pro-fissionais em formação.Sou enfermeira pós-gra-duada em oncologia e de-senvolvo um trabalho dehumanização e grande pro-fissionalismo nesta área.Tenho interesse em rea-lizar uma matéria abor-dando a humanização daenfermeira ao pacienteoncológico. Coloco-me àdisposição para este tra-balho. Forte abraço.Tânia Cavalca

Gostaria de aproveitar oespaço da seção decartas para agradecer àredação pela edição demarço/abril deste ano, emque é mostrada a Enfer-magem em seus 450anos. Esta matéria au-mentou minha admiração

pela profissão. Deus ajudea todos da redação, que acada edição tem elevadoa Enfermagem. Gosteimuito quando li as seguin-tes frases: “a enfermagemé um verdadeiro balé adesfilar entre macas eleitos” e “os profissionaisde enfermagem são comoóleo: aliviam e suavizam ador”. Também quero para-benizar a Sra Ruth Mirandapelo dia da Enfermageme pelo trabalho que vemdesempenhando ao lon-go destes anos.Um fraterno abraço.Benedito Donizete Ferreira

Estou escrevendo esta car-ta para parabenizar arevista do COREN-SP, queé ótima. Sempre quem vem,leio, depois passo a revistapara a minha irmã ler.Emiliane Cristina P. Santos

Agradeço a singela home-nagem no dia em que com-pleto 70 anos. Lembrançasbailam em meu cérebro.Quantas vidas por mimpassaram, quantas lágri-mas enxuguei, quantas vi-das reergui, animei, am-parei. Hoje, depois de tan-tas lembranças, desde1954 até 1995, estou felizcom a certeza que cumpricom o meu juramento feitona Escola da Cruz Ver-melha Brasileira, no Quar-tel do Exército, no H.C etc.Estou agradecida.Dirce Schmidt

Venho por meio destaagradecer os cumprimen-tos de aniversário recebi-dos no dia 13/04. Aproveitoa oportunidade para para-benizar toda a equipe dadiretoria do COREN-SP poresta excelente adminis-tração. Nós auxiliares deenfermagem, esperamosque esta diretoria continuedivulgando os trabalhos epesquisas realizados portécnicos e auxiliares, ousuas participações, paraque sirva de incentivo paraos demais profissionaisda área.Aparecida Alves de Souza

Ruth MirandaEm nosso nome e o daequipe de enfermagem doInstituto Dante Pazzanesede Cardiologia queremosmanifestar a nossa satis-fação em vê-la reconhecidapela Câmara Municipal deSão Paulo ao receber o tãomerecido título de CidadãPaulistana. A Sra. é umexemplo de profissiona-lismo e competência quetanto nos orgulha. Lamen-tamos a nossa ausência,mas sinta-se abraçada portodos nós.Fernanda Farias

Capa da edição 50

COREN-SP • maio/junho de 2004 • nº 51