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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO TECNOLÓGICO – CTC CURSO DE GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO TECNOLOGIA DA EDIFICAÇÃO I - PROF. ANDERSON CLARO ANA LUÍZA CARTANA, LUÍS FELIPE BRONAUT, PAULA CURY CORES, TEXTURAS E ILUMINAÇÃO NA ARQUITETURA. Florianópolis, Novembro de 2010.

Cores e Texturas

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO TECNOLÓGICO – CTC

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO TECNOLOGIA DA EDIFICAÇÃO I - PROF. ANDERSON CLARO ANA LUÍZA CARTANA, LUÍS FELIPE BRONAUT, PAULA CURY

CORES, TEXTURAS E ILUMINAÇÃO NA ARQUITETURA.

Florianópolis, Novembro de 2010.

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INTRODUÇÃO

Ao estudarmos a Arquitetura, percebemos características que podem classificá-

la enquanto arte e, mais especificamente, enquanto arte visual. Mesmo que possamos

entrar, utilizar e nos abrigar em obras arquitetônicas, o aspecto visual das mesmas,

assim como nas outras artes plásticas, também representa parte importante de seu

estudo e entendimento. Estudar esses aspectos torna-se, então, essencial para a

compreensão do conjunto da Arquitetura.

Por ser extremamente visual, estudar as características arquitetônicas que

dizem respeito à cor, iluminação e textura é uma tarefa árdua que exige bastante

tempo de estudo e pesquisa. Este trabalho procura fazer um apanhado geral da

história, teoria, técnicas de aplicação e manutenção das diferentes cores, texturas e

iluminações em arquitetura, bem como a relação destas com o conforto dos

ambientes.

Muitas vezes tratamos as cores e texturas como características secundárias e

mesmo sem importância no conjunto de uma edificação. Em geral, as preocupações

dos arquitetos, na hora de projetar, giram em torno da estrutura, da funcionalidade ou

da forma. Alguns outros estudam com mais afinco os materiais utilizados e

características do entorno. No entanto, é importante lembrar que, como já foi dito, a

arquitetura é utilizada pelo homem e, por isso, o conforto do usuário deve ser levado

sempre em consideração, e deve ser tratado com o mesmo nível de importância que

os aspectos citados acima.

A cor, a textura e a iluminação são parte importante na realização deste

conforto. A escolha de uma cor para um ambiente, ou a iluminação, pode fazer uma

enorme diferença que não vemos a princípio, mas que é sentida pelo usuário da

edificação. A seguir, serão citadas alguns exemplos de escolhas de cores, bem como

argumentos para estas escolhas, além de situações diferentes de iluminação e sua

relação com as texturas.

As imagens abaixo mostram exemplos da interação entre cor, iluminação e

texturas na arquitetura.

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CORES: TEORIA, HISTÓRIA E CULTURA

Denomina-se cor a maneira com a qual o olho interpreta a emissão de luz

proveniente de algum objeto, proveniente de uma fonte luminosa através de ondas

eletromagnéticas. O mesmo comprimento de onda pode ser percebido

diferentemente por diferentes pessoas, ou seja, cor é um fenômeno subjetivo e

individual.

As cores são percebidas pela nossa visão, e se diferenciam entre si pelo

comprimento de onda. Existem dois tipos de co

luz são encontradas em objetos que emitem luz, como televisões, lanternas, lâmpadas,

etc. Já nas cores pigmento, o processo é outro. As cores pigmento são encontradas em

corpos que não emitem luz, ou seja, qualquer o

utilizadas principalmente por indústrias gráficas e também muito utilizadas na

arquitetura.

Para que se estabeleça um ajuste dos emissores luminosos (lâmpadas e

monitores) com a percepção do olho humano, utilizam

cores denominados de matiz, brilho e saturação.

CORES: TEORIA, HISTÓRIA E CULTURA

se cor a maneira com a qual o olho interpreta a emissão de luz

proveniente de algum objeto, proveniente de uma fonte luminosa através de ondas

O mesmo comprimento de onda pode ser percebido

diferentemente por diferentes pessoas, ou seja, cor é um fenômeno subjetivo e

As cores são percebidas pela nossa visão, e se diferenciam entre si pelo

comprimento de onda. Existem dois tipos de cor: a cor luz e a cor pigmento. As cores

luz são encontradas em objetos que emitem luz, como televisões, lanternas, lâmpadas,

etc. Já nas cores pigmento, o processo é outro. As cores pigmento são encontradas em

corpos que não emitem luz, ou seja, qualquer objeto comum. As cores pigmento são

utilizadas principalmente por indústrias gráficas e também muito utilizadas na

Para que se estabeleça um ajuste dos emissores luminosos (lâmpadas e

monitores) com a percepção do olho humano, utilizam-se parâmetros de medição de

cores denominados de matiz, brilho e saturação.

CORES: TEORIA, HISTÓRIA E CULTURA

se cor a maneira com a qual o olho interpreta a emissão de luz

proveniente de algum objeto, proveniente de uma fonte luminosa através de ondas

O mesmo comprimento de onda pode ser percebido

diferentemente por diferentes pessoas, ou seja, cor é um fenômeno subjetivo e

As cores são percebidas pela nossa visão, e se diferenciam entre si pelo

r: a cor luz e a cor pigmento. As cores

luz são encontradas em objetos que emitem luz, como televisões, lanternas, lâmpadas,

etc. Já nas cores pigmento, o processo é outro. As cores pigmento são encontradas em

bjeto comum. As cores pigmento são

utilizadas principalmente por indústrias gráficas e também muito utilizadas na

Para que se estabeleça um ajuste dos emissores luminosos (lâmpadas e

etros de medição de

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Matiz corresponde à intensidade espectral de cor, ou seja, o comprimento de onda

dominante. Já o brilho, à intensidade luminosa, e a saturação à pureza espectral da luz.

As cores que são mais claras tem essa característica não somente por brilho,

mas sim uma combinação de brilho e matiz. Outro efeito perceptível é a intensidade

de cor, cominação entre matiz e saturação. Densidade de cor é medida do grau de

absorção da luz combinado com a intensidade da cor.

Quando escolhemos uma cor, principalmente em programas de edição de imagens, devemos selecionar a matiz, a saturação e o brilho para chegarmos mais rápido ao resultado esperado.

TEORIA DA COR – LINHA HISTÓRICA

Mesmo nas pinturas mais primitivas, já se encontrava a preocupação com as

cores. Os homens primitivos empregavam a cor pelo seu significado simbólico,

exatamente como uma criança, por exemplo, sempre pintará o céu azul ou a árvore

verde.

A mais antiga teoria sobre cores que se tem conhecimento é de autoria do

filósofo grego Aristóteles. Este concluiu que as cores eram uma propriedade dos

objetos, assim como peso, material, textura. Baseado no estudo dos números, afirmou

que eram no total de seis, vermelho, verde, azul, amarelo, branco e preto.

Na idade média, o poeta medieval Plínio teve fundamental importância. Ele

teorizou sobre as cores básicas que, na época, eram Vermelho, Ametista e uma

terceira que ele denominou Conchífera. O Amarelo, que tradicionalmente é

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considerado uma cor básica, foi excluído da lista por estar associado as mulheres, que

utilizavam esta cor no véu nupcial.

Para acompanhar o forte desenvolvimento das artes plásticas na Renascença,

alguns artistas desenvolveram teorias mais completas e complexas do que as que

existiam previamente. Desde então, inúmeras teorias sobre cores foram criadas e a

grande maioria delas foi descartada. No entanto, é importante frisar algumas como as

seguintes:

Leon Battista Alberti:

Afirmou que as cores vermelho, verde, azul e cinza eram as mais importantes, por

estarem relacionadas ao quarto elementos: Fogo (vermelho), ar (azul), água (verde) e

terra (cinza). Essa visão pode ser percebida em suas telas.

Leonardo da Vinci:

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Firmou-se em oposição a Aristóteles por dizer que a cor não era uma

propriedade dos objetos, mas da luz. Havia uma concordância ao afirmar que todas as

outras cores poderiam se formar a partir do vermelho, verde, azul e amarelo. Afirmava

ainda que branco e preto não eram cores, mas extremos da luz. Foi o primeiro a

observar que a sombra pode ser colorida e pesquisar a visão estereoscópica.Tentou

também construir um fotômetro.

Isaac Newton:

Acreditava na teoria corpuscular da luz. Não explicava satisfatoriamente o fenômeno

da cor, mas sua teoria foi mais aceita devido ao seu grande reconhecimento por

teorizar sobre a força da gravidade. Apesar disso, Newton fez importantes

experimentos sobre a decomposição da luz com prismas e concluiu que as cores eram

devidas ao tamanho da partícula de luz.

Realizou vários experimentos ao longo dos anos e revolucionou os

conhecimentos sobre a luz. Através de um estudo com prisma de vidro, observou que

a luz emergia em sete cores de raios sucessivos: vermelho, alaranjado, amarelo, verde,

azul, anil e o violeta. Desta maneira ele produziu seu pequeno arco-íris artificial.

Em seguida, Newton repetiu a experiência com todas as raias correspondentes

às sete cores, mas elas permaneciam simples. Desta forma ele concluiu que a luz

branca é composta por todas as cores do espectro e provou isso reunindo as raias

coloridas mediante a uma lente, obtendo, em seu foco, a luz branca.

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No século XIX, a principal objeção de

podia ser constituída por cores,

branco. Ele defendia a ideia de que as cores são resultado da interação da luz com a

sombra.

O experimento da luz decomposta em cores ao passar por um

explicado por ele como um efeito do meio translúcido (o vidro) enfraquecendo a luz

branca. O amarelo seria a impressão produzida no olho pela luz branca vinda em nossa

direção através de um meio translúcido. Já o azul seria o resultado da fuga da luz de

nós até a escuridão. O verde seria a neutralização do azul e do amarelo.

A interpretação do

vermelho, que representa o enfraquecimento máximo da luz.

Goethe observou ainda

humano em ver nas bordas de uma cor complementar e

sempre dão a impressão de serem

Círculo de cores criado por Goethe em 1810.

Goethe

a principal objeção de Goethe a Newton era de que a luz branca n

podia ser constituída por cores, uma vez que cada uma delas é mais escura que o

eia de que as cores são resultado da interação da luz com a

O experimento da luz decomposta em cores ao passar por um

explicado por ele como um efeito do meio translúcido (o vidro) enfraquecendo a luz

branca. O amarelo seria a impressão produzida no olho pela luz branca vinda em nossa

e um meio translúcido. Já o azul seria o resultado da fuga da luz de

nós até a escuridão. O verde seria a neutralização do azul e do amarelo.

A interpretação do arco íris é assim modificada. Os dois extremos tendem ao

vermelho, que representa o enfraquecimento máximo da luz.

ainda a retenção das cores na retina, a tendência do olho

bordas de uma cor complementar e notou que objetos brancos

a impressão de serem maiores do que os objetos negros.

Círculo de cores criado por Goethe em 1810.

era de que a luz branca não

mais escura que o

eia de que as cores são resultado da interação da luz com a

O experimento da luz decomposta em cores ao passar por um prisma foi

explicado por ele como um efeito do meio translúcido (o vidro) enfraquecendo a luz

branca. O amarelo seria a impressão produzida no olho pela luz branca vinda em nossa

e um meio translúcido. Já o azul seria o resultado da fuga da luz de

nós até a escuridão. O verde seria a neutralização do azul e do amarelo.

ificada. Os dois extremos tendem ao

a retenção das cores na retina, a tendência do olho

notou que objetos brancos

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RELAÇÃO ENTRE COR E AMBIENTES

A Arquitetura utiliza as cores, tanto no interior quanto no exterior, para causar

sensações na percepção humana. As cores podem se combinar de diversas formas

para geração destes efeitos. É possível criar um ambiente calmos e agitados, por

exemplo, de acordo com as proporções de cores quentes e frias utilizadas.

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Sua importância em interiores e sua influência em nossas vidas tornam-se

evidentes quando lembramos que, em média, passamos cerca de dois terços do nosso

tempo em ambientes internos. É um dos principais fatores determinantes da forma

como nos relacionamos com nosso ambiente e o que ele nos transmite.

Nos dormitórios, os usuários tem contato com o que lhes é mais íntimo, no qual

visam obter descanso. Nos objetos e na decoração, os traços de personalidade se

imprimem com mais liberdade. Evidencia-se, portanto, a influência da cor neste

ambiente. Pelo fato de utilizarmos o dormitório para descanso, as cores que indica-se

para utilização, são as suaves e sutis, evitando-se as pesadas.

Analisa-se o perfil do usuário para indicação da cor. Em quartos para crianças

de até 13 anos, recomenda-se cores da faixa do vermelho ao amarelo, criando-se

assim, um ambiente claro e luminoso. Acima dos 13, tonalidades mais claras do verde

e do azul, são preferíveis. As escuras devem ser evitadas. É fundamental a análise da

iluminação, para atenuação do esforço visual.

No dormitório de um casal, busca-se um projeto de cores que adapte-se a

ambos. Dá-se preferência a cores suaves, como rosa, pêssego, verde claro, que são

consideradas quentes e relaxantes.

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CULTURA E INFLUÊNCIA

Culturas distintas podem ter diferentes significados para determinadas cores. A

cor vermelha foi utilizada no Império Romano, pelos nazistas e comunistas.

Usualmente é também a cor predominante utilizada em redes de alimentação

“fastfood”. Outras cores possuem significados diferentes em culturas diferentes.

A cor é um elemento indissociável do nosso cotidiano e exerce especial

importância nas Artes Visuais. Na pintura, escultura, arquitetura, moda, cerâmica,

artes gráficas, fotografia, cinema, é geradora de emoções e sensações.A cor possui a

característica de harmonizar-se com fatores da civilização, evolução do gosto e

especialmente pelas influências e diretrizes que a arte marca.

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ILUMINAÇÃO “Arquitetura é o jogo... dos volumes reunidos sob a luz". (Le Corbusier)

A luz age de forma vital, sobre todas as ações do homem e permite que

tenhamos percepção das cores através da sensibilização dos componentes de nossos

olhos. Seu estudo também se dá como peça fundamental para o desenvolvimento de

um projeto eficiente.

ILUMINAÇÃO DO AMBIENTE

Um projeto de iluminação precisa considerar tanto a arquitetura do ambiente

quanto seu estilo e utilização, nunca se esquecendo da harmonia entre cores de

paredes. Locais de trabalho, leitura, cozinha, precisam de mais luz, assim como cantos

e objetos a serem ressaltados.

As lâmpadas e luminárias devem seguir o uso e a quantidade de tempo que a

pessoa permanecerá em cada ambiente. Com o projeto de iluminação em mãos - tanto

para novas instalações ou reformas - deve-se escolher o formato e a potência de cada

lâmpada.

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ILUMINAÇÃO NATURAL

Todo ambiente deve contar com a iluminação natural. Isso faz parte do que

chamamos conforto ambiental. Uma maneira para boa utilização de forma natural é o

uso de cores claras em todo o ambiente. As cores que tendem ao branco, mais claras,

têm a propriedade de refletir a luz e permitir que o ambiente retenha mais a luz que

incide sobre elas.

Pode-se também evitar a colocação de vidros fumês ou coloridos nas janelas. A

preferência é por vidros incolores, que oferecem melhor aproveitamento da luz. Há

também o cuidado de não prejudicar a incidência de luz natural no caso de reformas,

pois é comum que sem orientação profissional isso ocorra.

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ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL

Todo ambiente deve contar com a iluminação artificial, além da natural. Isto é

condição necessária ao conforto ambiental de qualquer local. O ambiente tem que ser

projetado de forma a ser iluminado totalmente, mesmo que apenas nos casos de

necessidade.

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É sempre necessário prover o ambiente da condição de ser iluminado de forma

geral, como um todo, mesmo que esse recurso não seja utilizado no dia a dia.

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LÂMPADAS FLUORESCENTES E LÂMPADAS INCANDESCENTES Recentemente algumas indústrias lançaram lâmpadas fluorescentes compactas

com a promessa da redução do consumo de energia. No entanto, a troca das lâmpadas

de uma casa pode ocasionar resultado contrário: aumento no consumo.

Em locais onde as lâmpadas ficam acesas por menos de duas horas ou são

constantemente ligadas e desligadas, as ideais são as incandescentes de potência de

até 60W. Caso contrário, a troca por fluorescentes compactas pode encarecer o preço

da conta de consumo elétrico.

UTILIZAÇÃO CORRETA DA ILUMINAÇÃO

Ambientes externos: Em corredores de prédios e escadas dá-se preferência para instalação de

lâmpadas incandescentes acionadas por sensores de movimento ou minuteiras. As

fluorescentes comuns são mais indicadas para locais onde é preciso luz durante a noite

toda.

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Ambientes internos:

Na cozinha a preferência é para utilização de fluorescentes circulares. Em pias,

bancadas ou mesas recomenda-se o uso de lâmpadas focalizadas.

Na sala de estar o adequado é o uso de lâmpadas fluorescentes tubulares ou

circulares ou incandescentes. Já em escritórios e salas de estudos, a iluminação deve

ser uniforme, recomendando-se fluorescentes circulares.

Em dormitórios que não sirvam para ambiente de estudo, o indicado é

utilização de lâmpadas incandescentes. Se o uso for de longo período por dia, a melhor

opção é por fluorescentes. Recomenda-se também o aproveitamento de abajures para

leitura.

O ambiente dos corredores apresenta a necessidade de incandescentes

compactas de baixa potência.

A iluminação do banheiro pode ser feita de maneira satisfatória através de

incandescentes com bulbo leitoso de baixa potência nos dois lados do espelho.

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CONFORTO AMBIENTAL O conforto ambiental e a eficiência energética estão intimamente ligados, e se

executados de forma correta podem gerar até 70% de economia de energia. Com o

tipo de vidro correto, por exemplo, pode-se controlar a luz e o calor no interior das

edificações, gerando assim um conforto térmico e luminoso.

Já para o conforto acústico é necessário que os projetos de estrutura,

caixilharia, ar condicionado e interiores sejam compatibilizados, otimizando assim o

Conforto Ambiental.

O cuidado com a orientação quanto à insolação, o bom aproveitamento de

recursos como ventilação natural e o sombreamento de fachadas, assim como a

especificação criteriosa de materiais, são algumas das soluções quepodem contribuir

para garantir boas condições de climatização a um edifício.

Apesar de todo esse progresso dos materiais, em fachadas, uma proteção solar

bem projetada, como a colocação de um sombreamento externo eficiente, por

exemplo, ainda se apresenta como melhor opção.

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TEXTURAS NA ARQUITETURA

CONCEITO

Textura é o aspecto de uma superfície, de determinado corpo ou material. Quando

temos contato com uma superfície, seja com a visão ou com o tato, podemos perceber

características como rugosidade, cor, se ela é áspera, ou se é lisa, entre outra coisas.

Todas estas características unidas criam uma textura, que difere aquela superfície, ou

seja, aquele material, de outras. As texturas estão presentes em todo o lugar, e tem os

mais diversos usos. Na natureza podemos distinguir espécies de animais e de árvores

pelo aspecto visual e tátil da superfície de um tronco, no caso de árvores, ou do pêlo

de algum animal. Nas artes visuais (pintura, escultura, fotografia e arquitetura), as

texturas são bastante trabalhadas para passar a ideia de diferenciação de ambientes,

por exemplo, ou para representar algum aspecto cultural do interesse do artista.

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APLICAÇÕES NA ARQUITETURA

Na arquitetura a textura se encontra presente em muitos âmbitos. É encontrada

normalmente em ambientes interiores, nas paredes e móveis. No entanto, apesar de

ser considerada secundária, e mesmo sem importância, as texturas são amplamente

utilizadas na arquitetura, principalmente para que um cômodo possua um maior

conforto ambiental, seja ele térmico, acústico ou de iluminação. Esse conforto é obtido

graças à algumas características físicas presentes nos materiais e nas texturas, que não

conseguimos perceber apenas pela visão e pelo tato.

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TIPOS DE TEXTURA

As texturas encontradas na arquitetura podem ser as mais diversas. Normalmente as

texturas são obtidas diretamente dos materiais utilizados na estrutura ou nos

fechamentos (paredes). Entre os mais utilizados podem se encontrar o concreto

armado, o tijolo, a madeira, o metal, a pedra e o vidro. Cada um destes materiais,

utilizado de formas diferentes, cria uma textura diferente. Além disso, as texturas

podem ser criadas sobre estes materiais, através dos revestimentos (cerâmico, reboco,

pinturas, forros, etc).

No caso dos materiais estruturais, a textura não vem como prioridade. No entanto,

muitos arquitetos, principalmente os adeptos do brutalismo, acabam utilizando a

textura do próprio material, sem revestimento. A ideia, como o próprio nome do

movimento sugere, é deixar exposta, bruta, a textura original do material, para

evidenciar o material utilizado. Em alguns materiais de fechamento, como o vidro,

ocorre o mesmo. Não é utilizado nenhum tipo de revestimento que esconda o

material. Nos blocos cerâmicos, material mais utilizado para fechamento de

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residências e edifícios, é comumente utilizado o reboco e, neste reboco, são colocadas

as texturas de revestimento (cerâmica, salpico de cimento, pinturas, etc.). Mesmo

assim, podemos encontrar o tijolo como a própria textura, como é o caso de

residências de tijolo à vista. De forma semelhante ao tijolo à vista, as paredes de pedra

(estruturais, ou não) são utilizadas com mais frequencia sem revestimento.

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FUNÇÃO DA TEXTURA NO CONFORTO AMBIENTAL.

A textura é muitas vezes vista como um detalhe ornamental de pouca relevância em

uma obra arquitetônica. Os critérios de escolha dos materiais, tanto para a estrutura

quanto para os fechamentos e revestimentos, normalmente deixam a textura dos

mesmos em último plano. São escolhidos, normalmente, os materiais mais baratos,

mais resistentes, que exigem menos manutenção, etc. No entanto, estes materiais

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podem possuir características em suas texturas que fazem uma grande diferença no

conforto de um ambiente, seja na acústica, no conforto térmico ou de iluminação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

http://www.guiadaobra.net Fonte: Revista Arquitetura & Construção - set/92 http://pt.wikipedia.org/wiki/Textura http://www.criarfazergratis.com/textura-em-parede-como-fazer/ http://pt.wikipedia.org/wiki/Cor http://revista.penseimoveis.com.br/especial/rs/editorial-imoveis/19,480,2984020,Arquitetura-das-cores.html http://www.mundocor.com.br/eventos/enc_cor3_3.asp http://www.tci.art.br/cor/efeito.htm http://www.iberecamargo.org.br/ http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/drops/07.016/1698 http://www.portaldatextura.com.br/mistura-de-texturas-e-cores-naturais-s%C3%A3o-algumas-marcas-dos-ambientes-das-duas-casas-r%C3%BAsticas http://arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2002-1/Acustica_Arquitetonica/index.htm http://arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2001-2/iluminacao/index.htm http://arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2002-1/Pinturas/index.htm