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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR Didaticos/MODUL… · •A linha de defesa é fortalecida. •Evita-se que o fogo atravesse a Linha de Defesa. (MUÑOS, 2009, p. 749) A realização das

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MATO GROSSOCORPO DE BOMBEIROS MILITAR

MÓDULO IV

-

USO DO FOGO NA PREVENÇÃO E COMBATE A

INCÊNDIOS FLORESTAIS

PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS

FLORESTAIS

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CONTEÚDOS

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1. OBJETIVOS;

2. TERMINOLOGIA;

3. USO DO FOGO NA PREVENÇÃO E COMBATE A IF’s;

4. QUEIMAS PRESCRITAS E CONTROLADAS;

5. TÉCNICAS DE QUEIMAS PRESCRITAS;

6. QUEIMAS DE ALARGAMENTO;

7. CONTRAFOGO - Definições;

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS;

9. REFERÊNCIAS.

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1. OBJETIVOS

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➢ Demonstrar a legislação nacional referente ao uso do fogona prevenção e combate aos incêndios florestais.

➢ Definir as principais técnicas existentes de queima prescrita,queima de alargamento e contrafogo, expondo definiçõesterminológicas e princípios de suas aplicações.

➢ Demonstrar exemplos práticos de aplicação do contrafogo.

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Com objetivo de padronização de linguagem, importante definir alguns conceitos relativos à prevenção e

combate aos incêndios florestais:

• Linha de Defesa: Faixa de terreno desprovida de vegetação que se constrói durante o combate de um

incêndio florestal.

• Linha Negra: Faixa intencionalmente queimada, geralmente utilizada para alargar a linha de defesa para

evitar, com segurança, que o incêndio a ultrapasse.

• Linha de Controle: Linha de segurança que circunda todo perímetro do incêndio. A linha de controle

pode ser formada por linhas de defesa mais barreiras naturais, artificiais e/ou química, confecção durante

o combate.

• Linha Fria: Faixa de vegetação umedecia mecanicamente.

2. TERMINOLOGIA

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2. TERMINOLOGIAMATO GROSSOCORPO DE BOMBEIROS MILITAR

• Linha de Fogo: Perímetro onde está ocorrendo o incêndio ou a queima controlada.

• Ponto de Ancoragem: Ponto que se inicia ou termina a construção de uma linha de defesa,

encontrando uma barreira natural ou artificial.

• Bordadura: É o corte da vegetação próximo à linha de defesa no lado a ser queimado com o

objetivo de reduzir a intensidade das chamas antes da extinção na linha de defesa.

• Aceiros: barreiras naturais ou construídas, limpas de vegetação, parcial ou completamente,

instaladas previamente ao incêndio. Além disso, ele pode ser produzido para auxiliar a ação de

combate (acesso, ponto de ancoragem, etc.). (ICMBIO, 2010, p. 62)

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2. TERMINOLOGIAMATO GROSSOCORPO DE BOMBEIROS MILITAR

Comparando a definição dos termos “linhas de defesa” e “aceiros”, verifica-se que ambos se

baseiam na remoção do combustível, isto é, na quebra de continuidade da vegetação.

Dependendo das circunstâncias e meios disponíveis, as linhas também podem instalar-se com

base na aplicação de água, produtos químicos ou simplesmente cobrindo o terreno com terra.

Portanto, pode-se concluir que:

• A abertura de LINHAS DE DEFESA é uma atividade de COMBATE.

• A abertura de ACEIROS é uma atividade de PREVENÇÃO. (ICMBIO, 2010, p. 62)

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3. USO DO FOGO NA PREVENÇÃO E COMBATE A IFsMATO GROSSOCORPO DE BOMBEIROS MILITAR

Visando sempre a conservação ambiental, os bombeiros devem utilizar o fogo de maneiratécnica e amparada nas legislações ambientais, neste caso, o uso do fogo é regido pela LeiFederal nº 12.651, de 21 de maio de 2012:

Art. 38. É proibido o uso de fogo na vegetação, exceto nas seguintes situações:I - em locais ou regiões cujas peculiaridades justifiquem o emprego do fogo em práticasagropastoris ou florestais, mediante prévia aprovação do órgão estadual ambientalcompetente do Sisnama, para cada imóvel rural ou de forma regionalizada, queestabelecerá os critérios de monitoramento e controle;II - emprego da queima controlada em Unidades de Conservação, em conformidade com orespectivo plano de manejo e mediante prévia aprovação do órgão gestor da Unidade deConservação, visando ao manejo conservacionista da vegetação nativa, cujas característicasecológicas estejam associadas evolutivamente à ocorrência do fogo;

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3. USO DO FOGO NA PREVENÇÃO E COMBATE A IFsMATO GROSSOCORPO DE BOMBEIROS MILITAR

III - atividades de pesquisa científica vinculada a projeto de pesquisa devidamente aprovadopelos órgãos competentes e realizada por instituição de pesquisa reconhecida, medianteprévia aprovação do órgão ambiental competente do Sisnama.

(...)

§ 2o Excetuam-se da proibição constante no caput as PRÁTICAS DE PREVENÇÃO E COMBATE AOS INCÊNDIOS e as de agricultura de subsistência exercidas pelas populações tradicionais e indígenas.

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3. USO DO FOGO NA PREVENÇÃO E COMBATE A IFsMATO GROSSOCORPO DE BOMBEIROS MILITAR

Além de ser utilizado na Prevenção e Combate aos incêndios florestais, o fogo pode ser

utilizado para diversos outros objetivos, conforme afirma Soares e Batista (2007, p. 130):

• Silvicultura (regeneração natural, colheita de madeira, raleio, controle de espécies

indesejáveis, modificação da cobertura vegetal).

• Manejo de pastagens.

• Manejo da fauna silvestre.

• Controle de pragas e doenças.

• Limpeza do terreno para plantio agrícola ou florestal.

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3. USO DO FOGO NA PREVENÇÃO E COMBATE A IFsMATO GROSSOCORPO DE BOMBEIROS MILITAR

Na atualidade o fogo é utilizado de diversas formas no manejo florestal, neste material,

trabalharemos com 03 formas de utilização do fogo para a prevenção e combate aos incêndios

florestais, com cada uma apresentando objetivos distintos:

• Queimas prescritas e controladas.

• Queimas de alargamento.

• Contrafogo.

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4. QUEIMAS PRESCRITAS E CONTROLADASMATO GROSSOCORPO DE BOMBEIROS MILITAR

• Primeiramente é preciso diferenciar os termos “queima controlada” e “queima prescrita”. NoBrasil, queima controlada é o termo utilizado nos documentos oficiais, decretos e leis, assimmuitos autores consideram os termos como sinônimos. Todavia Lorenzon, et al (2018, p. 183)descreve a queima prescrita como a utilização do fogo sob específicas condiçõesmeteorológicas, de combustível florestal e de topografia, para obter objetivos do plano demanejo, sendo feita sob bases técnicas e científicas, com minimização dos efeitos nocivos dofogo. Por outro lado a queima controlada é uma técnica empírica que não possui o mesmo rigorque a prescrita.

• Na definição exposta acima as queimas realizadas pelo CBMMT se caracterizam mais como“QUEIMAS PRESCRITAS”, mas isso não implica que a utilização do termo “queima controlada”seja incorreto. Mais importante que os termos é a utilização prática do fogo de maneira técnica,científica e consciente, buscando sempre a minimização de danos na flora e fauna florestal doEstado de Mato Grosso.

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4. QUEIMAS PRESCRITAS E CONTROLADASMATO GROSSOCORPO DE BOMBEIROS MILITAR

• A queima prescrita/controlada é um instrumento de PREVENÇÃO de incêndiosflorestais, que pode ser utilizada para confecção e/ou manutenção de aceiros e naredução do combustível florestal, por exemplo.• A queima prescrita/controlada sempre deve ocorrer mediante prévia aprovação doórgão estadual ambiental competente ou do órgão gestor da Unidade de Conservação.• Existem diversas técnicas de queimas prescritas, mas considerando os fatores depropagação dos incêndios florestais, podemos classifica-las em: a favor do vento,contra o vento, em faixa, em flanco, ascendente e descendente. Tais técnicas definirãose o fogo controlado se iniciará pela cabeça, flanco ou retaguarda.

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5. TÉCNICAS DE QUEIMAS PRESCRITASMATO GROSSO

• FOGO DE TESTE: antes de iniciar as queimas é necessário que o bombeiro realize um fogo deteste, a fim de verificar como o fogo está se comportando diante das condições meteorológicas,topográficas e de combustível. Para tanto, conforme descreve Azcárate, Delgado e Fababú(2010, p. 43), o bombeiro deve utilizar o seu queimador (pinga fogo), fazer um triânguloequilátero de 01 metro de lado e verificar como o fogo está se comportando nas condiçõesambientais presentes.

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5. TÉCNICAS DE QUEIMAS PRESCRITASMATO GROSSOCORPO DE BOMBEIROS MILITAR

No manejo florestal existem muitas técnicas de queimas prescritas, com diversos níveis decomplexidade. Neste material serão expostas as técnicas principais, mais seguras, simples e quepodem ser utilizadas também no contrafogo e nas queimas de alargamento.

QUEIMA CONTRA O VENTO: esta técnica iráproduzir um fogo de retaguarda, normalmente éo primeiro tipo de queima a ser utilizada, pois é amais simples e segura. Esta técnica é menospoluidora e desenvolve temperaturas menoresque as outras técnicas. Uma desvantagem é quepermite somente a queima quando o vento estáperpendicular a linha de fogo. É similar a técnicade queima descendente (fogo morro abaixo).

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5. TÉCNICAS DE QUEIMAS PRESCRITASMATO GROSSOCORPO DE BOMBEIROS MILITAR

QUEIMA A FAVOR O VENTO: técnica com alto riscode perda do controle pois produz um fogo decabeça, apresenta a vantagem de ser mais rápida.Necessita estar contornada por grandes aceiros,principalmente na área da frente de fogo. Autilização desta técnica em vegetação rasteiraabaixo de árvores de grande porte, pode provocarincêndios de copa. É similar a técnica de queimaascendente (fogo morro acima).

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5. TÉCNICAS DE QUEIMAS PRESCRITASMATO GROSSOCORPO DE BOMBEIROS MILITAR

QUEIMA EM FAIXAS: esta técnica pode sertrabalhada em conjunto com as 02 técnicasanteriores, pois sua função é não permitir que alinha de fogo cresça em intensidade, auxiliandono desenvolvimento controlado da queima, poisuma linha de fogo encontra a outra antes decrescer em intensidade. Na figura abaixo aqueima está contra o vento, caso o vento invertade direção, a técnica é a mesma, mas o bombeiro1 deve fazer uma queima de alargamento maior apartir do aceiro.

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5. TÉCNICAS DE QUEIMAS PRESCRITASMATO GROSSOCORPO DE BOMBEIROS MILITAR

QUEIMA EM FAIXAS: para entender o princípio defuncionamento da queima em faixas, temos na figura ao lado 03situações (“A”, “B” e “C”), sendo que a cor verde representa afase de ignição, a amarela a fase de crescimento e a vermelha afase de estabilização do fogo florestal. Na situação “A” temos umaqueima a favor do vento, o fogo cresce livremente e sedesenvolve ao máximo. Na situação “B” temos a criação dasfaixas, que permitem que o fogo cresça um pouco, mas logo éencontrado por outra linha de fogo e se extingue antes de chegarno desenvolvimento completo. Na situação “C”, as linhas de fogoestão bem próximas e o fogo não consegue se desenvolver,ficando sempre em baixa intensidade. Assim, a técnica de queimaem faixas permite um maior controle da intensidade do fogoproduzido.

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5. TÉCNICAS DE QUEIMAS PRESCRITASMATO GROSSOCORPO DE BOMBEIROS MILITAR

QUEIMA EM FLANCOS: técnica se caracterizapor criar linhas de fogo paralelas ao sentido dovento. O fogo é colocado simultaneamente aolongo das linhas paralelas, em comprimentosiguais e espaçadas em intervalos uniformes. Éuma técnica que é utilizada para queimargrandes áreas em curto espaço de tempo, masapresenta com desvantagem a necessidade degrande experiência e coordenação entre osmembros da equipe e, caso o vento mude dedireção, pode produzir resultados indesejáveise perda de controle.

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6. QUEIMAS DE ALARGAMENTOMATO GROSSOCORPO DE BOMBEIROS MILITAR

• QUEIMAS DE ALARGAMENTO: é a queimaque se realiza como queima controlada paraaumentar as zonas desprovidas de vegetação:linhas de defesa/controle e aceiros, evitandotrabalho adicional para os bombeiros. É umfogo provocado a partir do aceiro ou da linhade defesa que possui intensidade suficientepara ser extinto assim que se consegue alargura necessária. (RUIZ, 2001, p. 48)• Pode ser utilizada nas queimas prescritas eno combate a incêndios florestais, na aplicaçãodo método indireto e do método paralelo.

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6. QUEIMAS DE ALARGAMENTOMATO GROSSOCORPO DE BOMBEIROS MILITAR

Os princípios da queima de alargamento são:

• Os combustíveis são queimadosintencionalmente.• A linha de defesa é fortalecida.• Evita-se que o fogo atravesse a Linha de Defesa.(MUÑOS, 2009, p. 749)

A realização das queimas de alargamento, devemestar descritas no Plano de Ação do Incidente,sendo realizadas somente com pessoal suficiente,dotados de ferramentas, abafadores e mochilascostais, em situações que permitam controlar aintensidade e direção do fogo produzido.

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7. CONTRAFOGO - DefiniçõesMATO GROSSOCORPO DE BOMBEIROS MILITAR

O contrafogo é uma queima controlada utilizada nas ações de combate a incêndios

florestais, com objetivo de extinguir o incêndio florestal em parte ou em sua totalidade.

Muñoz (2009, p. 745) define que o contrafogo deve caracterizar-se sempre como queima

controlada, pois se prescreve o fogo para que avance em uma direção prefixada, de acordo

com os condicionantes que atuam em seu comportamento: combustível, topografia e

meteorologia. Portanto, na aplicação do contrafogo são utilizadas, também, as técnicas das

queimas prescritas.

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7. CONTRAFOGO - DefiniçõesMATO GROSSOCORPO DE BOMBEIROS MILITAR

• Devido ao alto risco envolvendo as técnicas de contrafogo, seu uso deve estar

condicionado a autorização do COMANDANTE DO INCIDENTE, sendo que, sempre que

possível, sua realização deve estar prevista no Plano de Ação do Incidente.

• Em casos extremos, com risco iminente a vida do bombeiro, em locais sem rotas de fuga,

o bombeiro pode e deve utilizar o contrafogo para criar uma área negra que lhe sirva de

rota de escape. Neste caso o contrafogo é chamado de “queima de segurança” e não há

necessidade de autorização superior para sua realização.

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7.1 CONTRAFOGO – Dinâmica de gasesMATO GROSSOCORPO DE BOMBEIROS MILITAR

A figura ao lado representa a coluna de convecção em umafrente de fogo. Nos gases ascendentes se diferenciam osgases quentes, do lado da zona queimada, e os gases frios dolado do combustível sem queimar. Estes gases friosascendentes, em direção contrária ao avanço do fogoconstituem a corrente de sucção, chamada de “contravento”.Na área abaixo da coluna de convecção, verifica-se a “fumaçapesada”, que atua secando e pirolizando o combustível,podendo criar uma atmosfera inflamável com altaconcentração de monóxido de carbono (CO), sendoextremamente perigosa aos bombeiros que atuam emataque direto na frente de fogo

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7.1 CONTRAFOGO – Dinâmica de gasesMATO GROSSOCORPO DE BOMBEIROS MILITAR

A figura ao lado representa a o progresso de umcontrafogo quando o incêndio se desenvolve comventos fracos que permitem realizar um contrafogoaproveitando o contravento, que auxilia nodirecionamento do contrafogo para a frente de fogo.Em casos de incêndios com alta intensidade, épreferível a utilização da queima de flancos à queimafrontal.

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7.2 CONTRAFOGO - PrincípiosMATO GROSSOCORPO DE BOMBEIROS MILITAR

Muñoz (2009, p. 746) estabelece 11 princípios que o bombeiro deve seguir na aplicação das

técnicas de contrafogo:

1) Aplicar o contrafogo de maneira planejada, estratégica e prevista no PAI/SCI.

2) Possuir efetivo suficiente e capacitado para a operação.

3) Realizar operações prévias do método indireto de combate: construção de linhas de

defesa, linhas de controle, linhas químicas, etc.

4) Sempre estabelecer rotas de fuga e, se possível, reforçar as linhas de defesa com queimas

de alargamento, já verificando a maneira como o fogo se comporta.

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7.2 CONTRAFOGO - PrincípiosMATO GROSSOCORPO DE BOMBEIROS MILITAR

5) O horário estabelecido para as queimas deve permitir a execução das operações prévias. Este horário

deve estar coordenado com outras operações exercidas nos outros setores do incêndio.

6) A aplicação deve ser justificada como única técnica possível, de acordo com a velocidade e

intensidade da frente de fogo.

7) Assegurar que todo o efetivo que atua ativamente ou passivamente, conheça a operação de

contrafogo, antes de provocar a linha de fogo e, se necessário, solicitar prioridade nas comunicações

por razões de segurança.

8) Sempre impedir a queima por razões de segurança. Se não for possível extinguir um contrafogo que

deu errado, informar a retirada ao Chefe de Operações e a necessidade de implantação de um Plano

Alternativo.

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7.2 CONTRAFOGO - PrincípiosMATO GROSSOCORPO DE BOMBEIROS MILITAR

9) Caso seja necessário a implantação do Plano Alternativo, o mesmo deverá em horários que

permitam as operações prévias e com condições atmosféricas favoráveis (primeiras horas da

manhã, por exemplo)

10) Sempre que possível estabelecer a linha de fogo nas margens de linhas químicas, com

vegetação impregnada de retardantes à base de polifosfato amônico.

11) Comunicar prontamente ao superior imediato a ocorrência de danos, as pessoas ou bens,

decorrentes da aplicação do contrafogo.

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7.2 CONTRAFOGO - PrincípiosMATO GROSSOCORPO DE BOMBEIROS MILITAR

O primeiro princípio de aplicação do contrafogo enfatiza a importância de utilização da

técnica de forma planejada e estratégica, assim, antes do início das queimas, as seguintes

perguntas deverão ser respondidas:

• Por que utilizar o contrafogo?

• Onde será realizado?

• Como será aplicado?

• Quando será aplicado?

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7.3 CONTRAFOGO – Triângulo do contrafogo MATO GROSSOCORPO DE BOMBEIROS MILITAR

Para embasar o uso da técnica e planificar a operação de queima, o bombeiro deve trabalhar

com as seguintes variáveis expostas no triângulo do contrafogo:

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7.3 CONTRAFOGO – Triângulo do contrafogo MATO GROSSOCORPO DE BOMBEIROS MILITAR

Ruiz, (200-?, p.17) explica o triângulo do contrafogo da seguinte forma:

“Sua base seria o manejo do fogo por pessoas adestradas e seus outros lados estãointimamente ligados com o comportamento do fogo no espaço e no tempo. Estes dois ladosdo triângulo do contrafogo estão caracterizados, o do espaço, pela técnica a ser aplicadaem razão do combustível e topografia; e no tempo pela oportunidade de aplicar ocontrafogo quando a meteorologia permitir, especialmente quando a orientação evelocidade do vento são favoráveis ou permitam prefixar um avanço do fogo em direçãocontrária ao do incêndio que se pretende extinguir, de acordo com os meios disponíveis.”

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7.4 CONTRAFOGO - AplicaçõesMATO GROSSOCORPO DE BOMBEIROS MILITAR

Para facilitar a análise meteorológica e topográfica, criou-se a “escala do 30”, a qualcaracteriza como incêndios florestais de alto risco aqueles que apresentam 02 ou maisdos seguintes fatores (RUIZ, 200-?, p. 30):**

+ Mais de 30 º C de temperatura do ar.- Menos de 30% de umidade relativa do ar.

+ Mais de 30 Km/h de velocidade do vento.+ Mais de 30% de inclinação.

**O uso do contrafogo nas situações ambientais descritas acima, pode gerar linhas de fogo extremamente

perigosas, com alta propabilidade de perda do controle pelos operadores. Nestes casos, o contrafogo somentedeve ser utilizado como último recurso, quando a equipe dispor de efetivo experiente e recursos materiaissuficientes paras as operações prévias e controle das linhas de fogo. Sempre com autorização do comandantedo incidente.

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7.4 CONTRAFOGO - AplicaçõesMATO GROSSOCORPO DE BOMBEIROS MILITAR

Outro fator que justifica a utilizaçãode métodos de combate indireto,como o contrafogo, é o nível deintensidade do fogo, que pode serverificado pela altura das chamas.No quadro ao lado, extraído doPOP/CBMERJ, verifica-se quechamas com altura acima de 3.5m,devido a alta intensidade do fogo,não comportam a utilização dométodo direto e, dependendo docaso, justificam a utilização docontrafogo.

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7.4 CONTRAFOGO - AplicaçõesMATO GROSSOCORPO DE BOMBEIROS MILITAR

Verificando as condições expostas no triângulo do contrafogo, e as mesmas sendo favoráveis aaplicação do contrafogo, o bombeiro utilizará as mesmas técnicas indicadas nas queimasprescritas, mas com objetivo de que a linha de fogo alcance a frente de fogo que se desejaextinguir. As principais técnicas de contrafogo são:

1) A favor do vento.2) Ascendente.3) Contra o vento.4) Descendente. **5) Em flancos.

** visando controlar a intensidade do fogo, as técnicas 1, 2, 3 e 4 podem ser feitas “em faixas”.

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7.4 CONTRAFOGO - AplicaçõesMATO GROSSOCORPO DE BOMBEIROS MILITAR

Queima em flancos: quando as condições sãoadversas (frente de fogo com alta intensidade)para uma queima frontal, pode-se recorrer aqueima em flancos, juntamente com arealização de queima de alargamento na linhade defesa frontal. Nesta técnica o ideal é que ovento varie pouco de direção. O objetivo éassegurar o controle dos flancos de um fogo afavor ou contra o vento, a medida que avança.

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7.4 CONTRAFOGO - AplicaçõesMATO GROSSOCORPO DE BOMBEIROS MILITAR

Queimas por faixas (incêndio a favor do ventoe/ou ascendente): esta técnica permite ummaior controle da intensidade do fogo epermite que este se propague com maiorrapidez. A faixa queimada pode ser utilizadacomo rota de fuga, por isso deve estardevidamente ancorada na linha de defesa.Pode-se também, utilizar a zona de segurança(área semicircular verde na figura ao lado)como área de fuga.

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7.4 CONTRAFOGO - AplicaçõesMATO GROSSOCORPO DE BOMBEIROS MILITAR

Queimas por faixas (incêndio contra o ventoe/ou descendente): nesta situação a frente defogo possui menor intensidade. A faixaqueimada pode ser utilizada como rota defuga, por isso deve estar devidamenteancorada na linha de defesa. Pode-se também,utilizar a zona de segurança (área semicircularverde na figura ao lado) como área de fuga.

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7.5 CONTRAFOGO – Exemplos práticosMATO GROSSOCORPO DE BOMBEIROS MILITAR

Incêndio com ataque ampliado (váriasGCIF’s atuando): no caso mostrado aolado, utiliza-se uma GCIF para realizar ocombate direto pelo flanco sem fumaça(flanco esquerdo) e outra GCIF paraataque indireto pela frente de fogo,utilizando uma queima de alargamentopara ampliar a linha de defesa que iráparar a frente de fogo e um contrafogode flanco para neutralizar o flanco comfumaça (flanco direito).

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7.5 CONTRAFOGO – Exemplos práticosMATO GROSSOCORPO DE BOMBEIROS MILITAR

Incêndio com forte inclinação descentente:Abre-se as linhas de defesa e realiza-seprimeiro um contrafogo de flanco paraneutralizar o flanco direito do incêndio (quepode assumir forma de fogo ascendente, casoultrapasse a linha de defesa) e posteriormente,realiza-se um contrafogo ascendente paraextinguir a cabeça do incêndio.

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7.5 CONTRAFOGO – Exemplos práticosMATO GROSSOCORPO DE BOMBEIROS MILITAR

Incêndio ascendente com forte inclinação:abre-se uma linha de defesa um pouco abaixodo cume, na vertente oposta ao incêndio, erealiza-se um contrafogo ascendente.

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7.5 CONTRAFOGO – Exemplos práticosMATO GROSSOCORPO DE BOMBEIROS MILITAR

Incêndio descendente: abre-se umalinha de defesa na vertente oposta,realizando uma queima de alargamentodescendente, sem permitir o fogo decopa e, posteriormente um contrafogoascendente, com fogo de copa, distanteda linha de defesa.

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7.5 CONTRAFOGO – Exemplos práticosMATO GROSSOCORPO DE BOMBEIROS MILITAR

Contrafogo em faixas: em incêndios debaixa intensidade, as vezes o contrafogonão avança com facilidade até oincêndio, assim, pode-se realizar ocontrafogo duplo (queimas em faixas),que devem estar próximas o suficientepara se atraírem pelo contravento.

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8. CONSIDERAÇÕES FINAISMATO GROSSOCORPO DE BOMBEIROS MILITAR

O uso das técnicas de queima de alargamento e contrafogo podem ser fatores

determinantes no sucesso ou no fracasso de uma operação de combate a

incêndios florestais. Portanto devem ser utilizadas somente por bombeiros

capacitados e experientes, que saibam analisar as variáveis presentes no

ambiente florestal e nos riscos inerentes a prática. Caso o bombeiro não tenha

recursos suficientes ou confiança na aplicação da técnica, a melhor atitude é

trabalhar com outros meios de combate, evitando danos desnecessários.

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9. REFERÊNCIASMATO GROSSOCORPO DE BOMBEIROS MILITAR

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MATO GROSSOCORPO DE BOMBEIROS MILITAR

“Aprender a suportar o desconforto e a fadiga do treinamento continuado, é a únicacoisa de que a mente de um Combatente Florestal nunca se cansa, nunca tem medoe nunca se arrepende”

(4º Teorema do Combatente Florestal)

FLORESTAL!

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MATO GROSSOCORPO DE BOMBEIROS MILITAR

FLORESTAL!!BATALHÃO DE EMERGÊNCIAS AMBIENTAIS