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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL DEPARTAMENTO DE ENSINO, PESQUISA, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DIRETORIA DE ENSINO CENTRO DE ESTUDOS DE POLÍTICA, ESTRATÉGIA E DOUTRINA CURSO DE ALTOS ESTUDOS PARA OFICIAIS Maj. QOBM/Comb. ANTONIO DOS SANTOS FILHO MANUTENÇÃO AERONÁUTICA DE 3° NÍVEL PARA HELICÓPTEROS DO CBMDF: UMA ANÁLISE DAS POSSÍVEIS FORMAS DE GESTÃO BRASÍLIA 2021

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL DEPARTAMENTO DE ENSINO, PESQUISA, CIÊNCIA E TECNOLOGIA

DIRETORIA DE ENSINO CENTRO DE ESTUDOS DE POLÍTICA, ESTRATÉGIA E DOUTRINA

CURSO DE ALTOS ESTUDOS PARA OFICIAIS

Maj. QOBM/Comb. ANTONIO DOS SANTOS FILHO

MANUTENÇÃO AERONÁUTICA DE 3° NÍVEL PARA HELICÓPTEROS DO CBMDF: UMA ANÁLISE DAS POSSÍVEIS FORMAS DE GESTÃO

BRASÍLIA 2021

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Maj. QOBM/Comb. ANTONIO DOS SANTOS FILHO

MANUTENÇÃO AERONÁUTICA DE 3° NÍVEL PARA HELICÓPTEROS DO CBMDF: UMA ANÁLISE DAS POSSÍVEIS

FORMAS DE GESTÃO

Trabalho monográfico apresentado ao Centro de Estudos de Política, Estratégia e Doutrina como requisito para conclusão do Curso de Altos Estudos para Oficiais Combatentes do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal.

Orientador: Ten-Cel. QOBM/Comb. FLÁVIO DA COSTA PORTELA

BRASÍLIA 2021

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Maj. QOBM/Comb. ANTONIO DOS SANTOS FILHO

MANUTENÇÃO AERONÁUTICA DE 3° NÍVEL PARA HELICÓPTEROS DO CBMDF: UMA ANÁLISE DAS POSSÍVEIS

FORMAS DE GESTÃO

Monografia apresentada ao Centro de Estudos de Política, Estratégia e Doutrina como requisito para conclusão do Curso de Altos Estudos para Oficiais Combatentes do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal.

Aprovado em: _____/_____/_______.

BANCA EXAMINADORA

________________________________________________ MOISES ALVES BARCELOS – Ten-Cel. QOBM/Comb.

Presidente

_________________________________________________ ELOIZIO FERREIRA DO NASCIMENTO – Ten-Cel. QOBM/Comb.

Membro

_______________________________________________ ZILTA DIAZ PENNA MARINHO

Membro

_______________________________________________ FLÁVIO DA COSTA PORTELA – Ten-Cel. QOBM/Comb.

Orientador

4

AGRADECIMENTOS

Obrigado Senhor Deus por tornar possível a realização deste estudo.

Agradeço à minha esposa e companheira Danielle, pela paciência, amor

e apoio de sempre.

Ao Ten. Cel. QOBM/Comb. Portela, pela presteza e paciência na

orientação, bem como todo o incentivo para a conclusão deste trabalho, o meu

muito obrigado!

A todos os gestores e mecânicos de manutenção de helicópteros, que

contribuíram para o desenvolvimento deste estudo.

5

RESUMO

A manutenção de asas rotativas é uma atividade essencial para a continuidade das operações do CBMDF com emprego de helicópteros, trata-se de um recurso versátil e importante. O elevado custo associado às manutenções, acabam por demandar uma parcela significativa dos recursos destinados à Corporação. Uma gestão eficiente deve buscar o melhor emprego dos recursos disponíveis, obtendo o máximo de eficiência. Para a manutenção dos helicópteros, eficiência está relacionada à disponibilidade dos equipamentos, visando o emprego imediato. As subdivisões existentes no seguimento da manutenção de helicópteros implicam em diversidade de especializações e de formas de contratação de prestadores. Aos Gestores do CBMDF cabe a busca, dentre as formas de gerenciamento disponíveis, daquela que apresenta uma melhor correlação entre a disponibilidade dos helicópteros e o recurso financeiro destinado. A análise das formas de gerenciamento adotadas por outros Órgãos da Administração Pública, que se utilizam dos mesmos modelos de helicóptero, pode contribuir para uma autoanálise, objetivando a verificação da possibilidade de inovações na gestão atual.

Palavras-chave: Gestão. Manutenção de helicópteros. 3° nível. Inovação.

6

LISTA DE ILUSTRAÇÕES E TABELAS

Ilustrações

Figura 1 – Contratos de manutenção de helicópteros do CBMDF ............. 19

Gráfico 1 – Variação do valor contratual em US$ - Contrato n°17/2016 .... 21

Figura 2 – Organograma do GAVOP/CBMDF ............................................... 31

Figura 3 – Reprodução do quadro de disponibilidade dos helicópteros .. 31

Figura 4 – Helicóptero EC130 B4 – PRCBH a serviço da SESPA ............... 41

Figura 5 – Modo de Operação Airbus Helicopters - HCare Smart .............. 45

Gráfico 2 – O Planejamento x custos sem entrada para o SBH ................. 62

Gráfico 3 – O Planejamento x custos com entrada para o SBH ................. 63

Gráfico 4 – Disponibilidade média EC130 e EC135 - 2020 .......................... 64

Gráfico 5 – Disponibilidade média de asas rotativas em 2020 ................... 65

Tabelas

Tabela 1 – Custos associados aos Contratos de manutenção .................. 28

Tabela 2 – PARF/2016 custeio - FCDF .......................................................... 30

Tabela 3 – PARF/2017 custeio - FCDF .......................................................... 30

Tabela 4 – PARF 2017/2020 manutenção de Asas Rotativas ...................... 31

Tabela 5 – Aeronaves registradas pelo operador CBMDF junto ao RAB .. 33

Tabela 6 – Aeronaves modelo EC130 B4 operadas pelo setor público ..... 35

Tabela 7 – Aeronaves modelo EC135 T2/P2 operadas pelo setor público 35

Tabela 8 – Órgãos que operam os mesmos modelos do CBMDF .............. 41

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ANAC Agência Nacional de Aviação Civil

CA Certificado de Aeronavegabilidade

CAEO Curso de Altos Estudos para Oficiais

CAO Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais

CBMDF Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

CBMERJ Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro

CEPED Centro de Estudos de Política, Estratégia e Doutrina

DF Distrito Federal

DIREN Diretoria de Ensino

Ed. Edição

GAVOP Grupamento de Aviação Operacional do CBMDF

PN Part Number (Número Identificador)

RBAC Regulamento Brasileiro de Aviação Civil

RBHA Regulamento Brasileiro de Homologação Aeronáutica

SBH Support By the Hour (Suporte por Hora de Voo)

TBO Time Between Overhaul (Tempo de uso Entre Revisão Geral)

TSN Time Since New (Tempo de uso Desde Novo)

TSO Time Since Overhaul (Tempo de uso Desde Revisão)

8

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .......................................................................................... 10

1.1. Definição do problema ........................................................................ 11

1.2. Justificativa .......................................................................................... 12

1.3. Objetivos ............................................................................................. 13

1.3.1. Objetivo geral................................................................................ 13

1.3.2. Objetivos específicos .................................................................... 14

1.4. Questões ............................................................................................. 14

1.5. Definição de termos ............................................................................ 15

2. REVISÃO DE LITERATURA .................................................................... 17

2.1. A gestão da manutenção de helicópteros no âmbito do CBMDF ........ 17

2.1.1. O serviço de manutenção de helicópteros do CBMDF ................. 17

2.1.2. Contratos de manutenção de helicópteros em vigor no CBMDF .. 18

2.1.2.1. Contrato para aquisição de bens n° 17/2016-CBMDF ........... 20

2.1.2.2. Contrato de prestação de serviços n° 55/2017-CBMDF ........ 23

2.1.2.3. Contrato de prestação de serviços n° 02/2020-CBMDF ........ 26

2.1.3. Custos associados aos Contratos de manutenção ....................... 27

2.1.4. A manutenção de helicópteros no Plano de Aplicação dos Recursos Financeiros ................................................................................................ 30

2.1.5. Disponibilidade dos helicópteros pelo setor de manutenções ...... 31

2.2. A gestão em Instituições governamentais, que operam os mesmos modelos de helicóptero do CBMDF .............................................................. 32

2.2.1. Os modelos de helicóptero operados pelo CBMDF ...................... 32

2.2.2. Instituições governamentais que operam helicópteros modelo EC135 T2 e EC130 B4 .............................................................................. 35

2.2.2.1. O BPMOA do Paraná ............................................................. 36

2.2.2.2. Divisão de Transportes Aéreos do Paraná............................. 36

2.2.2.3. CIOPAER do Estado do Ceará .............................................. 37

2.2.2.4. GRPAe do Estado de São Paulo ........................................... 38

2.2.2.5. Casa Militar do Governador da Bahia .................................... 38

2.2.2.6. COA do Estado do Rio de Janeiro ......................................... 38

2.2.2.7. Ceoar da Receita Federal do Brasil ....................................... 39

2.2.2.8. SESPA do Estado do Pará ..................................................... 39

2.3. Gerenciamentos da manutenção de 3° nível disponíveis.................... 42

2.3.1. Requisitos para concessão de certificações para realização de manutenções de 3° nível ........................................................................... 42

2.3.2. Organizações de manutenção certificadas a realizar intervenções de 3° nível nos modelos do CBMDF .............................................................. 42

2.3.3. Formas de gestão de 3° nível oferecidos ao setor público ............ 44

2.4. A Gestão de inovação das manutenções de 3° nível .......................... 45

3. METODOLOGIA ....................................................................................... 49

3.1. Apresentação ...................................................................................... 49

3.1.1. Classificação do estudo quanto ao seu objetivo ........................... 50

3.2. Universo .............................................................................................. 50

3.3. Amostra ............................................................................................... 51

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................ 54

4.1. Resultados referentes às formas de gestão do Setor Público ............. 54

9

4.1.1. Gestão de Manutenção da Casa Militar da Bahia - CMG ............. 54

4.1.2. Gestão de manutenção do BPMOA .............................................. 55

4.1.3. Gestão de Manutenção da CIOPAER .......................................... 55

4.1.4. Gestão de Manutenção na COA ................................................... 56

4.1.5. Gestão de Manutenção da Casa Militar do Paraná ...................... 57

4.1.6. Gestão de Manutenção no Ceoar ................................................. 57

4.1.7. Gestão de Manutenção do GRPAe .............................................. 58

4.1.8. Gestão de Manutenção na SESPA ............................................... 59

4.2. Resultados referentes a novas formas de gestão ............................... 60

4.3. Discussão ............................................................................................ 61

4.3.1. Recursos dedicados ao serviço de manutenção de aeronaves .... 61

4.3.2. A gestão de 3° nível de célula em outras unidades de aviação .... 65

4.3.3. Novas formas de gestão de 3° nível para células ......................... 66

4.3.4. Análise comparativa das formas de gestão de 3° nível ................ 67

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................... 69

6. RECOMENDAÇÕES................................................................................. 71

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 72

APÊNDICE A – FROTA NACIONAL DE HELICÓPTEROS - EC130 .............. 77

APÊNDICE B – FROTA NACIONAL DE HELICÓPTEROS - EC135 .............. 79

APÊNDICE C – ENTREVISTA COM O GESTOR 1 ........................................ 81

APÊNDICE D – ENTREVISTA COM O GESTOR 2 ........................................ 83

APÊNDICE E – ENTREVISTA COM O GESTOR 3 ......................................... 86

APÊNDICE F – ENTREVISTA COM O GESTOR 4 ......................................... 89

APÊNDICE G – ENTREVISTA COM O GESTOR 5 ........................................ 91

APÊNDICE H – ENTREVISTA COM O GESTOR 6 ........................................ 92

APÊNDICE I – MINUTA DE CONTRATO (PRODUTO) .................................. 94

ANEXO A – DECLARAÇÃO DE EXCLUSIVIDADE AIRBUS ....................... 100

ANEXO B – DECLARAÇÃO DA AIAB .......................................................... 101

ANEXO C – LISTA DE CAPACIDADES – HELISTAR .................................. 103

ANEXO D – COTAÇÃO DE PREÇO – HELIBRAS ....................................... 104

10

1. INTRODUÇÃO

O 1° Esquadrão do Grupamento de Aviação Operacional do CBMDF – 1°

ESAV/GAVOP é a unidade, subordinada ao Comando Operacional, responsável

pelas atividades de resgate aeromédico, transportes inter-hospitalares, buscas,

salvamentos, transporte de órgãos, combate a incêndios florestais, entre outros,

com o emprego de aeronaves do tipo helicóptero da Corporação.

Para o desenvolvimento das missões constitucionais já elencadas, os

helicópteros são submetidos a um programa de manutenção preventiva ou

corretiva, imposto pelo fabricante, como forma de propiciar uma operação segura

e de atender aos requisitos previstos em legislação aeronáutica própria.

Dentre os diversos itens e níveis de manutenção previstos para

helicópteros, as manutenções de 3° nível são as que demandam maiores custos.

Cabe ressaltar que, uma vez atingidas as horas de uso, o operador deve,

obrigatoriamente, revisar ou substituir os componentes, onde, a depender do

item, o comprometimento dos recursos destinados ao exercício financeiro pode

ser considerável.

No que se refere à questão da possibilidade de comprometimento da

disponibilidade orçamentária, o CBMDF dispõe de um Plano Anual de Recursos

Financeiros – PARF, elaborado no início do ano anterior ao exercício financeiro

considerado. Neste momento, deve-se verificar, além dos impactos destes

elementos de maior custo, a própria viabilidade de efetivação, ao considerar

outros segmentos da Corporação que também demandam verbas de custeio.

Diante do exposto, uma gestão mais eficiente, dos recursos destinados

aos serviços de manutenção dos helicópteros do CBMDF, poderia resultar não

só em uma maior disponibilidade dos equipamentos, com a regularidade das

manutenções em todos os níveis, como também implicaria em menores custos,

minimizando a possibilidade do gestor orçamentário ter que fazer escolhas,

como o atendimento a um determinado setor, em detrimento de outro.

11

1.1. Definição do problema

Atualmente, o 1º ESAV/GAVOP possui contrato de serviços de 3º nível

para os motores, firmado diretamente com o fabricante. Entretanto, no que se

refere às demais partes do helicóptero, usa-se a via da subcontratação ou, em

alguns casos, opta-se pela troca do componente e não pela execução do serviço.

A intervenção de 3° nível, de forma bem resumida, pode ser

compreendida como sendo o reparo das pás dos rotores e o reparo ou revisão

dos componentes dinâmicos. Os componentes dinâmicos, por sua vez, são

subdivididos entre elementos que compõem os conjuntos rotativos de rotor(es)

e motor(es), bem como os não rotativos, mas que atuam diretamente sobre eles.

Cabe ressaltar que a simples troca de uma pá ou componente dinâmico,

não configura uma inspeção de 3° nível, mas sim o reparo ou revisão deste

componente que, do ponto de vista da complexidade, requer um maior grau de

especialização da organização de manutenção, agregando valor ao serviço

realizado.

A gestão de manutenção para suprir as intervenções de 3° nível nos

helicópteros, poderia ser administrada de diversas formas, a exemplo das

citadas a seguir:

a) Aquisição do componente para simples substituição, podendo implicar em

custos mais elevados;

b) Aquisição do componente por meio de troca, com possibilidade de

redução de custo, mas implicando em dificuldade de contratação, em

função da necessidade de avaliar o componente substituído;

c) Contratação de empresa por meio de processo licitatório, caso haja mais

de uma empresa habilitada, para realização deste tipo de manutenção;

d) Contratação de empresa de forma direta, caso esta detenha exclusividade

para realizar estas manutenções no país;

e) Contratação de prestação de manutenção, a exemplo do que ocorre com

os motores, onde é pago um valor fixo por hora de voo, que garante não

só os serviços de 3° nível, como também o empréstimo de componentes

para que o helicóptero fique disponível durante a realização dos serviços;

12

f) Contratação de prestação de serviço específico para revisão

individualizada de cada componente, considerando cada período de

recorrência;

g) Outros exemplos não relacionados que, ao longo do estudo, possam

surgir como opção mais adequada, que resulte no melhoramento da

gestão do serviço de manutenção dos helicópteros do CBMDF.

Diante da possibilidade de ineficiência do modelo atual, bem como do

leque de opções para contratação: qual seria a forma mais estratégica para

contratação e gestão desse tipo de manutenção, do ponto de vista econômico e

da disponibilidade dos helicópteros?

1.2. Justificativa

Para operação de helicópteros em território Brasileiro, as manutenções

devem ser realizadas conforme regras estabelecidas pela Agência Nacional de

Aviação Civil – ANAC, em especial pelo regulamento RBAC n° 43.

O regulamento da ANAC prevê que as manutenções preventivas devem

ser realizadas conforme métodos, técnicas e práticas estabelecidas na última

revisão do manual de manutenção do fabricante.

Os helicópteros do CBMDF possuem fabricantes distintos do motor e de

sua estrutura – tecnicamente denominada de célula. Esta distinção implica na

necessidade do cumprimento de dois programas de manutenção, um para o

motor e outro para a célula do helicóptero.

Outro fator a ser considerado é que as manutenções, tanto de célula

quanto do motor, envolvem vários níveis que evoluem de acordo com a

complexidade, tendo estes níveis uma relação diretamente proporcional aos

custos e ao tempo necessário para a sua execução.

Ao contrário do que ocorrem com os motores, o 1°ESAV/GAVOP não

possui um contrato específico para realização das manutenções de níveis mais

complexos (3° nível) das células, o que poderia justificar um estudo acerca da

13

melhor forma de gestão, do ponto de vista estratégico e econômico, deste tipo

de intervenção.

Uma vez que o presente pesquisador foi lotado no setor de manutenção

dos helicópteros, surgiu a percepção de que a falta da prestação deste serviço

especializado, por meio da forma de contratação mais adequada ao CBMDF,

dificultou sobremaneira a gestão no setor e a garantia da continuidade do

atendimento à comunidade. Desta forma, surgiu a intenção de avaliar a

possibilidade de se fazer mais com menos, ou seja, se, do ponto de vista

econômico e de disponibilidade do equipamento, o cumprimento desta demanda

poderia ser realizado com mais eficácia.

Outro fator que justificaria o estudo, seria a possibilidade de estabelecer

um modelo de manutenção de 3º nível que possa otimizar não só a manutenção

gerenciada pelo CBMDF como, também, de outras unidades aéreas do país.

A proposta de estudo encontra-se alinhada ao objetivo n° 06 do Plano

Estratégico da Corporação, de garantir a infraestrutura apropriada às atividades

operacionais e administrativas.

1.3. Objetivos

Os objetivos deste trabalho científico foram subdivididos em geral e

específicos. Severino (2007) considera que os objetivos intrínsecos da pesquisa

são os resultados vinculados ao desenvolvimento do raciocínio e que precisam

ser obtidos no interesse de que seja construída a comprovação final do trabalho

monográfico.

1.3.1. Objetivo geral

Analisar a gestão de inovação, do ponto de vista financeiro e estratégico,

para manutenção das aeronaves do tipo helicóptero do CBMDF, em especial no

que se refere às intervenções de 3° nível.

14

1.3.2. Objetivos específicos

Identificar todos os contratos diretamente relacionados à manutenção dos

helicópteros do CBMDF, com enfoque no levantamento da disponibilidade

dos equipamentos versus emprego de custeio.

Pesquisar as formas de gestão dos contratos de manutenção, em outras

instituições que utilizem os mesmos modelos operados pelo CBMDF, sob

a ótica estratégica da disponibilidade dos equipamentos.

Identificar novas formas possíveis de gestão da manutenção dos modelos

de helicópteros operados pelo CBMDF, que possam ter surgido no

mercado, com potencial de serem mais adequados à Corporação.

Avaliar a atual gestão empregada no CBMDF, comparando-a a outras

adotadas em diferentes instituições governamentais, que operem os

mesmos modelos de aeronave, com vistas a gestão de inovação das

manutenções de 3° nível.

1.4. Questões

Com vistas a alcançar os objetivos propostos ao estudo, bem como

auxiliar no desenvolvimento da pesquisa em suas etapas, as seguintes questões

norteadoras foram elaboradas:

Como o CBMDF gerencia atualmente os serviços de manutenção de 3°

nível, das aeronaves de asas rotativas da Corporação, do ponto de vista

financeiro e da disponibilidade dos helicópteros?

No âmbito da aviação do serviço público, que utilize os mesmos modelos

de helicóptero do CBMDF, como são gerenciadas as manutenções de 3°

nível?

Considerando as empresas que detenham os requisitos, quais as formas

de gestão, das manutenções de 3° nível, são oferecidas para os modelos

de aeronaves operadas pelo CBMDF?

Será que as manutenções de 3° nível, dos helicópteros do CBMDF,

poderia ser gerenciada de uma forma mais estratégica, considerando

investimentos de custeio versus disponibilidade dos equipamentos?

15

1.5. Definição de termos

Aeronave de asa rotativa ou helicóptero – uma aeronave mais pesada que o

ar que depende principalmente da sustentação gerada por um ou mais rotores

para manter-se no ar. (RBAC n° 01, 2020c, p. 3/26).

Aeronavegável – Aeronave em conformidade com seu projeto de tipo e em

condições de operação segura. (MPR-100, 2010a, p. 8).

Artigo ou Artigo aeronáutico – diz respeito a uma aeronave, célula, motor,

hélice, acessório, componente ou suas partes. No ambiente das organizações

de manutenção, tem o mesmo significado de produto aeronáutico. (RBAC n°

145, 2020b, p. 3/26).

Célula ou Estrutura - fuselagem, montantes, naceles, capotas de motor,

carenagens, superfícies aerodinâmicas (incluindo rotores, mas excluindo hélices

e aerofólios rotativos de motores) e trens de pouso de uma aeronave, incluindo

seus acessórios e controles. (RBAC n° 01, 2020c, p. 8/26).

Certificado de Aeronavegabilidade Padrão – É emitido pela ANAC para

aeronaves com projeto de tipo aprovado no Brasil nas categorias normal,

utilidade, acrobática, transporte regional ou transporte, para balões livres

tripulados e aeronaves de classe especial. (MPR-100, 2010a, p. 10).

Gestor responsável – pessoa única e identificável na estrutura da organização

de manutenção, tem o poder legal ou hierárquico de autorizar ou recusar

quaisquer gastos relacionados à condução das operações pretendidas, em

conformidade com os requisitos regulamentares de segurança operacional.

(RBAC n° 145, 2020b, p. 3/26).

Homem-Hora – O homem/hora corresponde ao tempo de uma hora de serviço

despendido por 01 (um) técnico de manutenção aeronáutica habilitado pela

ANAC para executar os serviços de manutenção especificados na

documentação técnica das aeronaves. (CBMDF, 2019, p. 22).

Organização de manutenção – para este estudo, organização de manutenção

e oficina de manutenção terão o mesmo significado.

16

Price list – é uma lista contendo todas as peças de aeronaves da linha Airbus

contendo o nome do componente, seu Part Number (PN), que identifica o

componente por um código, e o valor do componente em moeda americana.

(Nanya, 2014, p. 29).

Programa de manutenção – documento que descreve as tarefas específicas

de manutenção programada e suas frequências de realização e procedimentos

relacionados, assim como um programa de confiabilidade necessário para a

operação segura das aeronaves às quais se aplica. (RBAC n° 01, 2020c, p.

18/26).

Revisão geral (Overhaul) – ocorre em oficina especializada, cuja finalidade é a

de liberar o componente revisado para um novo período de serviço, com duração

equivalente ao anterior, recuperando o item revisado a prestabilidade inicial.

(Nanya, 2014, p. 31).

Time Between Overhaul – intervalo correspondente ao tempo de operação

permitido antes de uma revisão geral, a ser realizada em uma oficina

especializada. Após a manutenção, permite o retorno ao serviço por um novo

período.

Troca standard – também chamada troca padrão, tem como base a troca de um

motor, módulo ou componente, que apresenta algum tipo de anomalia, por outro

em condições de aeronavegabilidade. (Nanya, 2014, p. 31).

17

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. A gestão da manutenção de helicópteros no âmbito do CBMDF

Visando cumprir o objetivo de identificar as particularidades inerentes à

gestão da manutenção dos helicópteros da Corporação, foi apresentado, neste

módulo, uma introdução das características gerenciais, com enfoque nos

contratos vigentes, nos valores de custeio e na disponibilidade dos

equipamentos para prestação de serviço ao cidadão.

O planejamento dos recursos financeiros, para os serviços de

manutenção dos helicópteros e para o fornecimento das peças e equipamentos,

também foi tratado, como forma de comparar o custeio desta atividade em

relação ao que é anualmente dedicado à Corporação.

2.1.1. O serviço de manutenção de helicópteros do CBMDF

A lei n° 8.255, de 20 de novembro de 1991, que dispõe sobre a

organização básica do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal,

estabelece o caráter executivo da Unidade de Aviação, dentro do setor

operacional da Corporação.

Art. 28. Os órgãos de execução do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal são classificados, segundo a natureza dos serviços que prestam ou as peculiaridades do emprego, em:

I - Comando Operacional;

II - Unidade de Prevenção e Combate a Incêndio.

[...]

VII - Unidade de Aviação Operacional;

VIII - Unidade de Multiemprego.

[...]

§ 7° Unidade de Aviação Operacional é a que tem a seu cargo, dentro de determinada área operacional, a execução de missões aéreas e apoio a ações conexas.

[...]

§ 9° Cada Unidade Operacional terá, em sua jurisdição, tantas subunidades subordinadas quantas forem necessárias, para o atendimento das respectivas missões. (LEI Nº 8.255, 1991, grifo nosso)

A competência do Grupamento de Aviação Operacional do CBMDF, para

cumprir exigências relacionadas à legislação aeronáutica e manutenção de

18

aeronaves, está estabelecida por meio da Subseção VI, da Seção V, do Decreto

n° 31.817, de 21 de junho de 2010, que regula o inciso II, do artigo 10-B, da Lei

n° 8.255, que dispõe sobre a Organização Básica do CBMDF.

Subseção VI

DO GRUPAMENTO DE AVIAÇÃO OPERACIONAL

Art. 33. Compete ao Grupamento de Aviação Operacional do CBMDF, Unidade operacional especializada responsável pela execução das atividades relacionadas à Aviação Operacional nas diversas missões desempenhadas pela Corporação, além do previsto no artigo 22 deste decreto:

I – executar as atividades especializadas de aviação operacional;

II – promover a capacitação continuada do pessoal lotado nos esquadrões;

III – levantar a demanda dos materiais e equipamentos junto às Unidades subordinadas, remetendo-a, mensalmente, ao escalão superior;

IV – distribuir os materiais e equipamentos utilizados para as atividades de aviação operacional para os esquadrões;

V – zelar pelo cumprimento da legislação aeronáutica;

VI – assessorar os escalões superiores quanto ao cumprimento das recomendações de segurança emitidas para a Corporação pelos órgãos competentes, em decorrência de investigação de acidente ou incidente aeronáutico e da realização de vistorias de segurança de vôo;

VII – realizar, em conformidade com a legislação específica, os serviços de manutenção das aeronaves, por meios próprios ou por intermédio de terceiros;

VIII – prestar o apoio necessário aos órgãos de prevenção e investigação de acidentes aeronáuticos, quando solicitado.

Parágrafo único. Compete aos Esquadrões de Aviação Operacional, a execução das atividades especializadas a que se refere o inciso I do presente artigo, bem como aquelas preconizadas em Regimento ou que lhe forem conferidas. (DECRETO DISTRITAL N° 31.817, 2010, grifo nosso).

2.1.2. Contratos de manutenção de helicópteros em vigor no

CBMDF

Os serviços de manutenção aeronáutica são caracterizados pela

obrigatoriedade do cumprimento de um rigoroso programa de manutenção

imposto pelos fabricantes, tanto de motor quanto de célula, conforme regras

estabelecidas por ANAC (2020c).

A complexidade e diversidade de itens que envolvem às manutenções

aeronáuticas demandam para sua realização um recurso extremamente

especializado, com diversos níveis de especialização previstos por ANAC

(2020b). Desta forma, resta ao CBMDF a contratação de uma ou mais empresas

19

com o nível de especialização necessário, para garantia do cumprimento de

todos os programas de manutenção exigidos.

A figura a seguir ilustra uma representação esquemática dos Contratos de

manutenção em vigor, considerando os fabricantes de célula e motor, nos

diferentes níveis de complexidade, para cada um dos modelos de helicóptero:

AS350B2 – Resgate 02 (R2), EC135T2 – Resgate 03 (R3) e EC130B4 (R4).

Figura 1 – Contratos de manutenção de helicópteros do CBMDF

Fonte: O autor

As particularidades de cada um dos Contratos de manutenção dos

helicópteros, será melhor descrita ao longo deste capítulo.

Em função da necessidade do cumprimento destes programas de

manutenção, uma vez estabelecida a contratação de uma empresa prestadora,

a caracterização do serviço como de natureza continuada deve ser considerada,

enquanto as aeronaves estiverem sendo empregadas em atividades finalísticas

de seus órgãos, conforme definição trazida pelo art. 15 da Instrução Normativa

n° 5, do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão.

Dos Serviços Prestados de Forma Contínua e Não Contínua

Art. 15. Os serviços prestados de forma contínua são aqueles que, pela sua essencialidade, visam atender à necessidade pública de forma permanente e contínua, por mais de um exercício financeiro, assegurando a integridade do patrimônio público ou o funcionamento das atividades finalísticas do órgão ou entidade, de modo que sua interrupção possa comprometer a prestação de um serviço público ou o cumprimento da missão institucional. (BRASIL, 2017, p. 90, grifo nosso).

A relevância desta caracterização contínua do serviço está na

possibilidade de se prorrogar os Contratos, sem a necessidade de sucessivos

processos licitatórios após termino da vigência do Contrato, conforme prevê o

inciso II do art. 57 da Lei n° 8.666/93.

Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários, exceto quanto aos relativos:

[...]

20

II - à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a administração, limitada a sessenta meses; (BRASIL, 1993).

2.1.2.1. Contrato para aquisição de bens n° 17/2016-CBMDF

Contrato firmado entre o CBMDF e a empresa Helicópteros do Brasil S/A

Helibras, com vistas ao fornecimento de materiais originais, para célula e

aviônicos dos helicópteros mediante demanda.

EXTRATO DO CONTRATO Nº 17/2016 AQUISIÇÃO DE BENS.

Processo: SEI-053-002515/2016. Edital do Pregão Eletrônico nº 02/2016 -DICOA/DEALF/CBMDF. Partes: CBMDF X HELICÓPTEROS DO BRASIL S/A - HELIBRAS, CNPJ n.º 20.367.629/0006-96. Objeto: contratação de empresa homologada pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), visando o fornecimento contínuo, sob demanda, de materiais originais (peças, componentes e ferramentais aeronáuticos) novos ou usados revisados para célula e aviônicos dos helicópteros EC135T2, matrícula PR-CBM e AS350B2-VEMD, matrícula PR-MJX ambos fabricados pela Airbus Helicopters e operados do CBMDF (DISTRITO FEDERAL, 2016, p. 60).

Cabe destacar que este contrato, assinado no ano de 2016, é o mais

antigo, ainda em vigor, relacionado à manutenção dos helicópteros. Apesar do

prazo de vigência de 12 (doze) meses, o contrato vem sendo renovado de forma

sucessiva a cada período de um ano, com término previsto para 08 de abril de

2021.

Data de Assinatura: 08/04/2016. Prazo de vigência: 12 (doze) meses, contados da sua assinatura. Signatários: Pela Contratante: Cel. QOBM/Comb. Jorge Martins Rodrigues de Oliveira, na qualidade de Diretor de Contratações e Aquisições do CBMDF e pela Contratada: Richard Antoine Celestin Marelli e Jean Dominique Andreani, na qualidade de Representantes Legais. (DISTRITO FEDERAL, 2016, p. 60, grifo nosso).

EXTRATO DO QUARTO TERMO ADITIVO AO CONTRATO Nº 17/2016 PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS.

Processo: 053002515/2016. Partes: CBMDF X HELICÓPTEROS DO BRASIL S/A - HELIBRÁS, CNPJ nº 20367629000696. Objeto: prorrogar o prazo de vigência do contrato. UO: 73901. PT: 28845090300NR0053. ND: 339030. FR: 100 (FCDF). Prazo de Vigência: O presente Termo Aditivo entra em vigência a partir de 08/04/2020. Da Ratificação: permanecem inalteradas as demais cláusulas do contrato. Data da Assinatura: 07/04/2020: Signatários: Pela Contratante: Ten-Cel. QOBM/Comb. Hélio Pereira Lima, na qualidade de Diretor de Contratações e Aquisições do CBMDF e pela

21

Contratada: José Samuel Ribeiro, na qualidade de Representante Legal. (DISTRITO FEDERAL, 2020, p. 35, grifo nosso).

O Contrato n° 17/2016 - CBMDF tem como singularidade a cotação dos

componentes para aquisição em dólares americanos. Os preços são definidos

por meio de uma lista contendo todas as peças de helicópteros da linha Airbus,

associando o nome do componente, seu Part Number (PN), que identifica o

componente por um código, e o valor do componente em moeda americana.

7. QUANTIDADES E CUSTOS UNITÁRIOS

[...]

7.2. A Contratada deve praticar no Brasil os preços constantes da proposta que poderão ser cotados em moeda estrangeira (Dólar Americano e/ou Euro), mediante orçamento aprovado, o qual deverá respeitar o Catálogo Ilustrado de Peças e Ferramentas e o price list (fornecido pelo fabricante de cada aeronave), considerando a variação cambial como fator de impedimento para a fixação prévia de valores em moeda nacional. (CBMDF, 2016a, p. 21, grifo nosso).

Esta norma contratual de cotação, por meio de um price list em moeda

americana, torna o preço dos componentes suscetíveis às variações cambiais.

Por consequência, a capacidade financeira de aquisição de bens em moeda

local, por meio do Contrato, pode ser comprometida.

Entende-se como desejável uma estabilidade do poder de compra

estabelecido para o Contrato, entretanto houve uma depreciação deste

potencial, considerando o período da celebração inicial em abril de 2016 até

janeiro de 2021, em função da desvalorização do Real frente ao dólar.

Gráfico 1 – Variação do valor contratual em US$ - Contrato n°17/2016

22

Fonte do site: dolarhoje.net.br (2021)

O valor total do Contrato 17/2016 – CBMDF definido em R$ 2.155.031,76

(dois milhões cento e cinquenta e cinco mil e trinta e um reais e setenta e seis

centavos), equivalente a pouco mais de U$ 600.000,00 (seiscentos mil dólares

americanos) em abril de 2016, passou a ter como equivalência, em janeiro de

2021, cerca de U$ 400.000,00 (quatrocentos mil dólares americanos).

Cláusula Quinta - Do Valor

O valor total do Contrato é de R$ 2.155.031,76,00 (dois milhões cento e cinquenta e cinco mil e trinta e um reais e setenta e seis centavos), devendo a importância ser atendida à conta de dotações orçamentarias consignadas no orçamento corrente – Lei Orçamentaria de 2016, enquanto a parcela remanescente será custeada à conta de dotações a serem alocadas no(s) orçamento(s) seguinte(s). (CBMDF, 2016b, grifo nosso).

A vigência contratual de 12 (doze) meses, com possibilidade de

renovações sucessivas por igual período, deveria permitir, ao gestor, uma

condição para atualização de análise de cenário antes da próxima renovação

contratual.

Considerando o período da última renovação contratual, ocorrida em 08

de abril de 2020, bem como a exigência de antecedência de 120 (cento e vinte)

dias para formalização do pedido, impôs o encaminhamento da renovação da

presente vigência até 08 de dezembro de 2019, quando a cotação do dólar não

indicava uma necessidade de recomposição do valor contratual.

23

Art. 1° São procedimentos essenciais do executor:

[...]

V. Encaminhar à DICOA com antecedência de, no mínimo, 120 (cento e vinte) dias do término da vigência contratual, os documentos correlatos à elaboração do termo aditivo visando os trâmites processuais referentes à Assessoria Jurídica do CBMDF e Procuradoria Geral do DF, conforme disposto no art. 3° desta Portaria; (CBMDF, 2012, grifo nosso).

O gráfico anterior informa que, justamente após este período, houve uma

forte desvalorização do Real, possivelmente em decorrência do estado de

pandemia da COVID 19, com potencial prejuízo de renovação contratual sem

considerar este novo cenário.

2.1.2.2. Contrato de prestação de serviços n° 55/2017-CBMDF

Contrato celebrado entre o CBMDF e a empresa Safran Helicopter

Engines, para prestação de serviço de 3° e 4° níveis de manutenção, em

conjunto com o fornecimento de peças e suprimentos para todos os níveis de

manutenção, sob demanda, para os modelos de motores que equipam os

helicópteros do CBMDF.

EXTRATO DO CONTRATO N° 55/2017. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS.

Processo: SEI-053-089228/2016. Partes: CBMDF X SAFRAN HELICOPTER ENGINES INDÚSTRIA E COMÉRCIO DO BRASIL LTDA., CNPJ nº 48.090.120/0001-53. Objeto: prestação de serviços, por hora de voo, de pessoa jurídica homologada pela Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC, nos termos do Regulamento Brasileiro de Aviação Civil nº 145 (RBAC 145), para prestação de serviços de 3º e 4º níveis de manutenção preventiva e corretiva, e fornecimento de peças e suprimentos para todos os níveis de manutenção, sob demanda, para os motores a reação modelos Arriel 1D1 e Arrius 2B2 que equipam os helicópteros do - CBMDF, consoante especifica o Edital do Pregão Eletrônico n.º 47/2017 (3836339) e a Proposta (4149373), que passam a integrar o presente Termo. (DISTRITO FEDERAL, 2018, p. 49, grifo nosso).

Este contrato apresenta certa particularidade, frente aos demais, em

função da forma de faturamento por hora de voo. Nanya (2014) apresenta como

uma opção diferente de gestão, também conhecida como SBH, sigla da

expressão em inglês Support By Hour.

24

Nanya (2014) também cita como características desta forma de gestão, o

potencial de ser adaptável ao que o Contratante deseja, em função da sua

operação e o pagamento periódico, normalmente mensal, referente às horas de

voo realizadas no período. Além do pagamento das horas utilizadas, deve-se

definir, no início da vigência contratual, uma taxa ou ticket de entrada, a ser

calculada com base no estado de uso em que os equipamentos se encontram,

no momento da contratação.

A avaliação realizada, para determinação do ticket de entrada, pode ser

melhor compreendida ao imaginar que um grupo motopropulsor necessita de

uma revisão geral quando atinge um determinado quantitativo de horas de uso,

tendo a realização deste serviço um determinado custo. Com base nesse

conceito, e de forma relativamente simplificada, a medida em que o motor se

aproxima da conclusão deste ciclo de utilização, mais próximo será o valor do

ticket de entrada, ao custo necessário para uma revisão geral.

6.1. TICKET DE ENTRADA

As horas e ciclos já consumidos nos motores que ingressarão no Programa por hora de voo serão cobrados pela CONTRATADA equalizando o potencial já consumido e o consequente desgaste dos módulos e peças com limite de vida controlado, tendo em vista o fornecimento de materiais e os serviços a serem prestados no novo regime, inclusive revisões gerais as quais são as manutenções mais onerosas dos motores. A mensuração se dá por meio de PRO-RATA entre o valor de itens novos, e a vida útil remanescente dos itens instalados. (CBMDF, 2017, p. 24).

A gama de serviços oferecidos faz do SBH uma opção confortável ao

gestor da manutenção, pois não se prende ao caráter primário da realização dos

serviços de manutenções dos níveis o qual compete, mais também outros

serviços de caráter secundário, no que tange aos motores.

Para melhor ilustrar estes elementos secundários, temos desde o

fornecimento de qualquer peça dos motores, até mesmo o fornecimento de um

motor inteiro em substituição, com frete incluso, entregue no hangar da

Contratante ou local alternativo que definir, até que se conclua os serviços no

grupo motopropulsor original do helicóptero.

O Contrato por hora de voo incluirá o fornecimento dos seguintes serviços e materiais:

25

a) Revisões Gerais do motor (remoções programadas - overhauls);

b) Reparos do motor (remoções não programadas);

c) Caso haja uma remoção programada ou não programada de um motor coberto, a Contratada fornecerá um equipamento em substituição pelo regime de Troca em Garantia;

Reposição padrão (Troca em Garantia) de acessórios reparáveis;

Fornecimento em garantia de acessórios não reparáveis e consumíveis;

Aplicação de atualizações técnicas mandatórias no motor coberto (TU’s);

Suporte Técnico em campo na base do GAVOP pelo Representante Técnico de Campo (Field Rep) da CONTRATADA;

Suporte Técnico em campo na base do GAVOP por um Técnico da CONTRATADA, para manutenção nível 2, desde que o objetivo seja evitar o retorno prematuro do motor à sede da Contratada para execução de manutenções níveis 3 e 4;

Inspeção e manutenção relacionadas a limites calendáricos;

Cobertura para DOD (Domestic Object Damage - ingestão de qualquer parte do próprio motor);

Atualização de motores recebidos/enviados para reparo ou revisão geral, sempre de acordo com o protocolo do POOL número G132_01;

Fornecimento de peças e consumíveis necessários à manutenção de todos os níveis dos motores;

Manutenções e fornecimento de itens dos motores ARRIUS 2B2 necessários a uma eventual modernização da aeronave (retrofit) EC135. (CBMDF, 2017, p. 23, grifo nosso).

Uma vez que o faturamento ocorre mediante as horas de utilização das

aeronaves, e o gasto anual é definido com base no histórico de horas de voo

mensal do Grupamento, a gestão orçamentária também se torna mais amena, à

medida que permite o controle dos gastos mês a mês, com possibilidade de

ajustes ao longo do ano, como restrições ou não de missões secundárias.

Embora permita um melhor controle orçamentário conforme indicado

alhures, a gestão pelo SBH também é suscetível à variação cambial, da mesma

forma que a aquisição de componentes pelo Contrato 17/2016 – CBMDF, com

uma diferenciação que no caso deste Contrato, a vinculação do valor da hora de

voo ocorre por meio do Euro, uma vez que a Contratada tem a sua matriz sediada

na França.

Salienta-se que pelo fato das aeronaves que são os objetos de manutenção do presente Termo, serem de total fabricação e montagem estrangeira, onde inclusive a relação de peças que é referencia do presente Termo para balizamento e estipulação do Contrato (price list) ser Cotada em moeda estrangeira, acarretando assim, que todos orçamentos e balizamentos possíveis estarem também em moeda estrangeira, as notas a serem faturadas nos

26

pagamentos relativos à peças, ticket de entrada, Valor por hora voada e Ciclos de vôo, deverão estar cotadas em moeda estrangeira (EURO), e sua conversão em reais utilizará a cotação de venda divulgada pelo Banco Central do Brasil no dia útil imediatamente anterior ao do faturamento. (CBMDF, 2017, p. 30, grifo nosso).

2.1.2.3. Contrato de prestação de serviços n° 02/2020-CBMDF

Contrato firmado entre o CBMDF e a empresa Helistar manutenção de

aeronaves LTDA, para prestação de serviços contínuos de manutenção

aeronáutica de 1° e 2° níveis de motor e célula, dos helicópteros da Corporação.

EXTRATO DO CONTRATO Nº 02/2020 PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS.

Processo: 00053-00071037/2019-70. Partes: CBMDF X HELISTAR MANUTENÇÃO DE AERONAVES LTDA, CNPJ nº 12.308.653/0001-11. Objeto: prestação de serviços contínuos de manutenção aeronáutica (preventiva e corretiva) de 1° e 2° níveis dos helicópteros da Corporação, incluindo Controle Técnico de Manutenção (CTM), Inspeção Anual de Manutenção (IAM), aplicação de Diretrizes de Aeronavegabilidade (DA) e Boletins de Serviço (BS). (DISTRITO FEDERAL, 2020, p. 46).

Mesmo em se tratando de um Contrato para prestação de serviços, assim

como no Contrato 55/2017 – CBMDF, existem distinções significativas que

devem ser destacadas: quanto à abrangência, nível de especialização e gestão

contratual.

Apesar de atender níveis menos complexos, denominados 1° e 2° níveis,

conforme descrito no Objeto do Contrato, sua abrangência é maior pois engloba

intervenções em motores e células.

3. ESPECIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS

[...]

A CONTRATADA se obriga a prestar à CONTRATANTE os serviços relativos à manutenção dos helicópteros operados pelo CBMDF, em conformidade com o Programa Recomendado de Manutenções estabelecido pelo fabricante da Célula, do Grupo motopropulsor, dos equipamentos, dos componentes e acessórios que os equipam; realizar Inspeção Anual de Manutenção (IAM) de acordo com as normas da ANAC (RBAC 145 -Regulamento Brasileiro da Aviação Civil, ou norma posterior equivalente), disponibilizar mão de obra qualificada para substituição de peças necessárias, eliminar panes, corrigir discrepâncias, aplicar os boletins de serviços, prestar assistência técnica. (CBMDF, 2019, p. 23, grifo nosso).

27

A gestão contratual é estabelecida pelo homem/hora, ou seja, os valores

dos pagamentos são definidos pela quantidade de horas trabalhadas na

execução de um determinado serviço. Nanya (2014) explica que esta forma de

gestão é a mais usual, enquanto o pagamento por horas de voo, nos moldes do

SBH, vem sendo difundido no mercado de aviação e aceita pelos contratantes.

2.2 ADOÇÃO DO HOMEM/HORA (H/H) COMO FORMA DE GESTÃO DE CONTRATO

[...]

O homem/hora corresponde ao tempo de uma hora de serviço despendido por 01 (um) técnico de manutenção aeronáutica habilitado pela ANAC para executar os serviços de manutenção especificados na documentação técnica das aeronaves operadas pelo CBMDF, incluindo, o grupo motopropulsor e o uso de ferramental e equipamentos específicos para sua realização.

É importante esclarecer que o homem/hora está relacionado a uma forma de gestão de contrato, em que os custos referentes às horas trabalhadas a serem pagos pela manutenção são aquelas que efetivamente se trabalhou, não havendo qualquer relação com Regime de Dedicação Exclusiva de Mão de Obra. (CBMDF, 2019, p. 22,).

Um fator a ser destacado neste contrato é a possibilidade, oferecida ao

gestor, de um planejamento das inspeções além do exercício financeiro, em

função da vigência contratual superior a 12 (doze) meses.

Vigência de 30 (trinta) meses. Fundamento Legal: Edital de Pregão Eletrônico nº 62/2019 - DICOA/DEALF/CBMDF. Assinatura: 22/01/2020. Signatários: Pelo Contratante: Ten-Cel. QOBM/Comb. Hélio Pereira Lima, Diretor de Contratações e Aquisições em Exercício; pela Contratada: Adriano Sanches da Silva, na qualidade de Representante Legal. (DISTRITO FEDERAL, 2020, p. 46, grifo nosso).

2.1.3. Custos associados aos Contratos de manutenção

O custeio empregado na execução de todos os Contratos de manutenção

de helicópteros deve ser levado em conta, quando se pretende realizar qualquer

análise da gestão atual, para só então submeter a gestão atual a comparações,

com outras formas que por ventura possam existir.

Por meio da seção de manutenção do 1° Esquadrão de Aviação

Operacional, foram levantados os investimentos de custeio específicos para a

manutenção dos helicópteros. Os registros contidos na setorial apenas

28

permitiram a realização do levantamento do período compreendido entre os anos

de 2016 a 2020.

Os Contratos de manutenção n° 55/2017 - CBMDF e 02/2020 – CBMDF,

somente tiveram início de vigência após o ano de 2016. Desta forma, foram

considerados, para o levantamento, os valores de custeio dos Contratos

antecessores, que atendiam as mesmas demandas de manutenção exigidas

pelo programa de manutenção das aeronaves.

Com o advento da celebração do Contrato n° 55/2017 – CBMDF, por meio

do sistema de gestão por hora de voo, também conhecido como SBH, o

elemento denominado ticket de entrada passou a figurar no rol de itens a serem

custeados, no âmbito da manutenção dos helicópteros, a partir do ano de 2018,

quando foi paga a primeira parcela do ticket. Apesar do faturamento deste item

ser realizado dentro do Contrato, a seção de manutenção contabiliza-o de forma

isolada, por tratar-se de um custo não permanente.

Tabela 1 – Custos associados aos Contratos de manutenção

Ano Descrição Custos anuais Total anual por

Contrato AS350B2 (R2) EC135T2 (R3) EC130B4 (R4)

2016

Peças para célula R$257.842,22 R$1.103.271,76 - R$1.361.113,98

Peças/serviços – Motor R$355.308,46 R$299.125,74 - R$654.434,20

Serviços 1° e 2° níveis R$36.778,93 R$69.866,32 - R$106.645,25

Ticket de entrada SBH - - - -

Total anual R$2.122.193,43

2017

Peças para célula R$145.848,44 R$499.338,21 - R$645.186,65

Peças/serviços – Motor R$70.257,58 R$34.272,84 - R$104.530,42

Serviços 1° e 2° níveis R$338.052,61 R$389.432,27 - R$727.484,88

Ticket de entrada SBH - - - -

Total anual R$1.477.201,95

2018

Peças para célula R$191.929,85 R$559.915,47 - R$751.845,32

Hora de voo - SBH R$238.201,34 R$340.186,48 - R$578.387,82

Serviços 1° e 2° níveis R$256.714,97 R$231.569,04 - R$488.284,01

Ticket de entrada SBH R$1.085.471,84 R$1.628.207,75 - R$2.713.679,59

Total anual R$4.532.196,74

Continua...

Continuação

2019 Peças para célula R$1.319.371,13 R$195.809,15 - R$1.515.180,28

29

Hora de voo - SBH R$415.038,31 R$419.983,07 - R$835.021,38

Serviços 1° e 2° níveis R$158.113,16 R$147.580,13 - R$305.693,29

Ticket de entrada SBH R$1.132.193,68 R$1.698.290,53 - R$2.830.484,21

Total anual R$5.486.379,16

2020

Peças para célula R$433.925,84 R$953.607,77 R$1.104.828,36 R$2.492.361,97

Hora de voo - SBH R$93.350,40 R$619.870,27 R$129.526,64 R$842.747,31

Serviços 1° e 2° níveis R$409.769,66 R$80.994,60 R$98.970,58 R$589.734,84

Ticket de entrada SBH - - R$0,00 R$0,00

Total anual R$3.924.844,12

Custeio total de 2016 à 2020 R$17.542.815,40

Fonte: Seção de Manutenção do 1°ESAV/GAVOP/CBMDF

Chama a atenção os valores de custeio nos anos de 2018 e 2019, devido

ao incremento necessário para pagamento do ticket de entrada, dividido em duas

parcelas anuais para cada um dos helicópteros. Devido a necessidade de

revisão geral dos motores das aeronaves Resgate 02 e Resgate 03, há época

da assinatura do Contrato, o valor do ticket de entrada foi considerável. Cabe

ressaltar que o helicóptero Resgate 03 modelo EC135 T2 é do tipo bi turbina,

resultando em um total de 03 (três) motores a serem revisados.

No ano de 2020 o helicóptero modelo EC130B4, com designativo de

chamada Resgate 04, foi incluído em todos os Contratos de manutenção. A

Tabela anterior demostra a inclusão da aeronave, sem a necessidade de

pagamento do ticket de entrada, dada as condições do grupo motopropulsor com

menos de 80 (oitenta) horas de uso, no momento em que foi incluído no escopo

do Contrato.

CLÁUSULA SEGUNDA – DO OBJETO

2.1. O presente Termo Aditivo objetiva a alteração contratual com vistas a incluir no escopo do contrato o helicóptero Eurocopter France EC 130 B4, matrícula PR-DHL, considerando o teor da Decisão Judicial (34426119) e do Termo de Autorização de Uso (34426263), proferidos pelo Excelentíssimo Senhor Juiz Federal Substituto Bruno Santhiago Genovez nos autos do processo nº 0000276-42.2019.403.6112, bem como a aprovação da inclusão pelas autoridades competentes (37347503), a anuência da Contratada (34424584), e com fulcro na alínea b do Inciso II do art. 65 da Lei nº 8.666/93.

[...]

CLÁUSULA QUARTA – DA RATIFICAÇÃO

4.1. Permanecem inalteradas as demais cláusulas do Contrato a que se refere este Termo. (CBMDF, 2020a, grifo nosso).

30

2.1.4. A manutenção de helicópteros no Plano de Aplicação dos

Recursos Financeiros

O planejamento de recursos financeiros do CBMDF, até 2016, tratava de

maneira unificada o custeio das manutenções para asas fixas (aviões) e asas

rotativas (helicópteros). Contudo, havia uma distinção no planejamento para

gastos com aquisição de peças pelo código C-26 e pagamento de serviços

realizados pelo código C-27.

Tabela 2 – PARF/2016 custeio - FCDF

Responsável Código Descrição Valor atual

COMOP C-26 Manutenção de aeronaves - peças 1.500.000,00

COMOP C-27 Manutenção de aeronaves - serviços 1.200.000,00

Fonte: CBMDF, 2016d, p. 13.

A partir do ano de 2017, o planejamento anual passou a ser realizado com

a distinção dos dois tipos de aviação, todavia, houve a unificação dos tipos de

despesas, sejam elas para custeio com aquisições de peças para as aeronaves,

sejam para prestação de serviços de manutenção.

Tabela 3 – PARF/2017 custeio - FCDF

Responsável Código Descrição Valor atual

COMOP C-25 Manutenção de aeronaves – Asa Rotativa 3.584.526,43

COMOP C-26 Manutenção de aeronaves – Asa Fixa 419.057,24

Fonte: CBMDF, 2017b, p. 46.

Em virtude da possibilidade de pesquisar de forma exclusiva, a partir de

2017, o planejamento financeiro para custeio da aviação com helicópteros, foram

levantados os valores das últimas atualizações destes planejamentos, dos anos

de 2017 à 2020. Cabe ressaltar que o planejamento original para o código é

publicado no ano anterior ao exercício financeiro, podendo haver ou não uma

atualização do planejamento ao longo do período.

31

Tabela 4 – PARF 2017/2020 manutenção de Asas Rotativas

Ano Código Publicação – Boletim Geral do CBMDF - BG Valor atual

2017 C-25 BG 205, de 30 de outubro de 2017 – ANEXO 6 3.584.526,43

2018 C-25 BG 089, de 10 de maio de 2018 – ANEXO 4 4.118.000,00

2019 C-25 BG 120, de 28 de junho de 2019 – ANEXO 9 3.379.585,98

2020 C-25 BG 059, de 27 de março de 2020 – ANEXO 2 5.070.151,68

Fonte: O autor.

Para o ano de 2021, o planejamento financeiro voltou a ser unificado para

aviação de asas fixas e rotativas, com um valor previsto de R$ 4.000.000,00

(quatro milhões de reais), em conformidade com o Anexo 2 ao Boletim Geral do

CBMDF n° 199, de 30 de outubro de 2020.

2.1.5. Disponibilidade dos helicópteros pelo setor de manutenções

A seção de manutenção do 1° Esquadrão de Aviação Operacional -

SEMAN, é a setorial responsável pelo controle e disponibilidade dos

helicópteros, para o seu emprego operacional, conforme estabelecido no

Regimento Interno do CBMDF - RICBM, aprovado pela Portaria n° 24, de 25 de

novembro de 2020.

Figura 2 – Organograma do GAVOP/CBMDF

Fonte: Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (2020c)

Cabe à SEMAN, dentre outras tarefas, realizar o registro dos dias em que

o equipamento esteve disponível para as missões institucionais e os momentos

em que, por alguma intervenção de manutenção, não puderam compor o poder

operacional da Corporação.

Semanalmente, um militar do setor realiza o controle e a atualização das

informações de disponibilidade versus indisponibilidade de cada aeronave. O

lançamento das informações ocorre de forma manual em um quadro de controle

anual onde, após o seu preenchimento, ocorre o registro do percentual de

disponibilidade das aeronaves, em cada mês e ano considerado.

Figura 3 – Reprodução do quadro de disponibilidade dos helicópteros

Fonte: Arquivo do GAVOP, adaptado pelo autor

32

A matriz da figura 3 representa todos os dias do ano, para cada uma das

três aeronaves: resgate 02 (R2), resgate 03 (R3) e resgate 04 (R4). Na parte

inferior é possível verificar, para cada mês, os dias disponíveis (D.D), dias

indisponíveis (D.I) e a relação entre eles, chamada de percentual de

disponibilidade (%D).

Mesmo com a inclusão do helicóptero EC130 B4 (R4), nos Contratos de

serviço/aquisição de peças, as pendências relacionadas à manutenção foram

sanadas somente na segunda quinzena de agosto de 2020. O helicóptero AS350

B2 (R2) passou a ser considerado permanentemente indisponível após um

acidente aeronáutico, ocorrido no mês de julho de 2020, tema este melhor

abordado no item 2.2.1.

2.2. A gestão em Instituições governamentais, que operam os mesmos

modelos de helicóptero do CBMDF

No intuito de pesquisar as formas de gerenciamento da manutenção de

helicópteros empregadas em outras instituições do segmento governamental,

foram levantados quais modelos de helicóptero o CBMDF opera para, só então,

verificar quais órgãos empregam os mesmos modelos e quais as suas

respectivas formas de gestão.

2.2.1. Os modelos de helicóptero operados pelo CBMDF

O Regulamento Brasileiro de Aviação Civil – RBAC n° 01, define como

aeronave militar apenas aquelas operadas pelas Forças Armadas, ou

requisitadas na forma da lei, para cumprimento de missões de caráter militar.

Desta forma, à luz da regulamentação aeronáutica em vigor, as aeronaves do

CBMDF são classificadas e registradas como civis, mesmo considerando a

estruturação militar da Corporação.

Compete à Agência Brasileira de Aviação Civil – ANAC, o registro de

todas as aeronaves civis brasileiras, por meio do Registro Aeronáutico Brasileiro

– RAB, regulamentado por meio da Resolução ANAC n° 293/2013. Através deste

33

registro, é possível relacionar qualquer aeronave civil ao seu respectivo

operador, desde que registrada junto ao Órgão regulador aeronáutico.

Art. 1º Esta Resolução estabelece os procedimentos relativos ao Registro Aeronáutico Brasileiro - RAB, imprescindíveis à perfeita validade dos atos para os registros de aeronaves, os atos conexos e subsequentes, de observância obrigatória, aplicando-se a operadores, proprietários e titulares de quaisquer direitos reais, usuários, requerentes em geral e demais áreas da ANAC. (ANAC, 2013, p. 01).

O CBMDF figura como operador de 4 (quatro) aeronaves de asas rotativas

junto ao RAB, conforme extrato de consulta sintetizada na Tabela 05,

considerando os seguintes dados: matrícula do helicóptero, operador, fabricante

e modelo.

Tabela 5 – Aeronaves registradas pelo operador CBMDF junto ao RAB

Matrícula Operador Fabricante Modelo

PTHLZ Corpo de Bombeiros Mil.Dist.Federal Eurocopter France AS 350 B2

PRMJX Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

Helibras AS 350 B2

PRCBM Gov.do Distr.Fed.Corpo de Bombeiros Eurocopter Deutschland EC 135 T2

PRDHL Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

Eurocopter France EC 130 B4

Fonte: Adaptada do Registro Aeronáutico Brasileiro – RAB/ANAC.

O helicóptero de matrícula PTHLZ, apesar de estar registrado, junto à

ANAC, como um modelo AS350B2, possuía modelo AS350BA. Em virtude de

um trágico acidente aeronáutico, ocorrido no dia 9 de agosto de 2007 –

amplamente divulgado pela mídia local e nacional, vitimando toda tripulação –,

houve a completa destruição da aeronave, conforme noticiou Jornal de Brasília

(2007).

Outra notícia, desta vez por meio do Jornal de Brasília (2020), informou

que no dia 30 de julho de 2020, um acidente aeronáutico, envolvendo uma

aeronave da Corporação, resultou na destruição parcial do helicóptero matrícula

PRMJX, também ainda constante na relação de equipamentos registrados em

operação pelo CBMDF.

34

Ainda não há uma definição oficial acerca da possibilidade de

recuperação dos danos causados no referido acidente, entretanto, mesmo com

essa possibilidade, a Corporação não dispõe, até o momento, de uma solução,

pois os danos causados em função do acidente requerem a intervenção de um

representante do fabricante. No Brasil, a representante da fabricante AIRBUS

helicopters é a empresa Helibras, com a qual o CBMDF não possui relação

contratual para prestação deste serviço.

A AIRBUS HELICOPTERS, fabricante Europeu de Helicópteros, com sede em Aéroport International Marseille - Provence - 13725 - Marignane Cedex - France, neste ato representada pelo Senhor Michel GOURAUD, Gerente de Distribuição e Serviços, que a HELIBRAS - HELICÓPTEROS DO BRASIL S.A, sediada em Itajubá - MG, à Rua Santos Dumont, n° 200, Distrito Industrial, inscrita no CNPJ sob o n° 20.367.629/0001-81, é nossa única filial neste país, e está autorizada a comercializar e distribuir todos os modelos de helicópteros de nossa fabricação, fornecer suas peças de reposição, bem como de fabricar localmente os modelos AS350 Esquilo mono , H125.

Complementamos informando que nossa filial HELIBRAS está autorizada e capacitada a realizar as operações de manutenção das aeronaves e estruturas em níveis “O”, “I” e “l+", incluindo reparos estruturais, dos helicópteros EC120 e H120, e dos seguintes helicópteros, em suas versões civil e militar: Família Esquilo/Fennec, (HB350, AS350, AS355 e EC130); EC135 e BK117, em todas as suas versões; Família Dauphin/Panther (SA365, AS365, AS565, EC155) e Família Super Puma/Cougar (AS332, AS532, EC225 e EC725), além das operações de reparo, revisão e recuperação de células de aeronaves acidentadas, modernização e atualização de células e dos sistemas aviônicos do helicópteros citados.

Esta declaração é válida até 31 de Dezembro de 2021. (Declaração AIRBUS, 2020, ANEXO A, grifo nosso).

Haveria a possibilidade de recuperação, ou até mesmo a restituição por

um novo equipamento com o reaproveitamento do registro, caso houvesse uma

apólice de seguro com cobertura contra danos por acidentes. Entretanto, o

helicóptero só possuía o seguro do tipo RETA, que cobre apenas danos a

terceiros, passageiros, tripulantes, pessoas e bens no solo decorrentes de

colisão.

Os Bombeiros são a única corporação da capital federal sem cobertura integral, composta por um seguro obrigatório (Reta), um de patrimônio (casco) e um de vida (LUC). Eles têm apenas a primeira proteção. Situação inversa acontece com outras aeronaves e tripulações do GDF, como a do próprio governador Agnelo Queiroz (PT), que possui todos os três seguros para cobertura patrimonial e das vidas em risco – uma proteção que cobre indenizações às famílias na casa dos milhões de reais. (PILOTOPOLICIAL, 2014).

35

Devido aos acidentes relatados, as aeronaves relacionadas e

efetivamente operadas pela Corporação são: um helicóptero modelo EC135 T2,

matricula PRCBM, e um helicóptero modelo EC130 B4, matrícula PRDHL.

2.2.2. Instituições governamentais que operam helicópteros modelo

EC135 T2 e EC130 B4

Em consulta à relação da frota nacional de aeronaves modelo EC130,

conforme Helibras (2021, Apêndice A), elaborado conforme informações

repassadas pela empresa representante da fabricante no país, e considerando

apenas as versões da linha B4 operados pelo segmento público, foi extraída a

relação contida na Tabela 6, contendo apenas os helicópteros destacados e seus

respectivos operadores.

Tabela 6 – Aeronaves modelo EC130 B4 operadas pelo setor público

Matrícula Operador N° Série Ano

PRBOP Sec.Seg.Pub.Adm.Penit/Pol.Mil.do Parana 7046 2010

PRDHL Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal 4388 2008

PRECB Sec.Seg.Pub.Adm.Penit/Pol.Mil.do Parana 4531 2009

PRHBZ Governo do Parana – Casa Militar 7509 2012

PRYHB Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará – CIOPAER/SSPDS

3633 2002

PRCBH Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará - SESPA 4895 2009

PRHVB Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas BPMOA 7353 2012

Fonte: Adaptada do Registro Aeronáutico Brasileiro – RAB/ANAC.

Assim como para o modelo EC130, foi elaborada a Tabela 7, com base

na frota nacional do modelo EC135, conforme Helibras (2020, Apêndice B), e

considerando apenas as versões da linha T2 e P2, operados pelo segmento

público da aviação civil.

Tabela 7 – Aeronaves modelo EC135 T2/P2 operadas pelo setor público

Matrícula Operador N° Série Ano

PRCBM Gov.do Distr.Fed.Corpo de Bombeiros 433 2005

PRGSP Policia Mil.do Estado de São Paulo 917 2010

PRBAH Estado da Bahia-Casa Mil.do Governador 930 2010

36

PRERJ Subsecretaria Adj. de Operacoes Aereas 769 2009

PRRFA MF SRF 9 RF Super.Reg.da R.Federal 515 2006

PRRFC MF SRF 9 RF Super.Reg.da R.Federal 520 2006

PRGCE Secretaria da Seg.Pub. e Defesa Social 911 2010

Fonte: Adaptada do Registro Aeronáutico Brasileiro – RAB/ANAC.

2.2.2.1. O BPMOA do Paraná

O Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA), foi criado

pelo Decreto estadual nº 9.089, de 20 de novembro de 2013, com o objetivo de

atuar na aviação de segurança pública no Paraná, onde, por meio de suas

aeronaves, proporciona melhor eficiência e cobertura dos órgãos de segurança

pública. Oferece apoio ao policiamento, resgates, transporte aeromédico e

defesa civil em todas as regiões do Estado.

O BPMOA consta como operador de 03 (três) aeronaves do modelo

EC130 B4. Os helicópteros de prefixo PRBOP, PRECB e PRHVB estão

vinculados ao Batalhão, conforme consta no Registro Aeronáutico Brasileiro –

RAB/ANAC.

Na relação de aeronaves operadas pelo Batalhão, disponível no sítio

eletrônico da Instituição, constam apenas 02 (dois) helicópteros do modelo

EC130 B4 (Falcão 03 e Falcão 04), divergindo do total geral de helicópteros

consultados no Registro Aeronáutico Brasileiro.

Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas - BPMOA

Sediado no aeroporto do Bacacheri - hangar 12 e hangar 34, em Curitiba, e com bases descentralizadas nas regiões norte (Londrina) e Campos Gerais (Ponta Grossa). O BPMOA opera uma frota de seis aeronaves, tendo como designativo operacional o nome FALCÃO seguido do número da aeronave, sendo um Helicóptero Bell 206 Jet Ranger III (Falcão 01), dois Helicópteros Eurocopter modelo EC130 B4 (Falcão 03 e Falcão 04), um Helicóptero Robinson R44 (Falcão 7), um Avião Cessna Skylane (Falcão 05) e um Avião Beechcraft Baron BE58 (Falcão 06). (BPMOA, 2019, grifo nosso).

2.2.2.2. Divisão de Transportes Aéreos do Paraná

A Divisão de Transportes Aéreos da Casa Militar do Estado do Paraná –

DTA, consta como responsável pela operação do helicóptero modelo EC130 B4,

37

prefixo PRHBZ. Compete ao Órgão, além das atividades relacionadas ao

transporte de dignitários, o controle das manutenções dos meios de transporte

alocados à Divisão.

Seção V

Divisão de Transporte Aéreo

Art. 17. À Divisão de Transporte Aéreo – DTA compete:

I – o planejamento, coordenação, organização e controle da execução das atividades relativas ao transporte aéreo do Governador, Vice – Governador, respectivos familiares, hóspedes oficiais e de outras autoridades;

II – o controle da manutenção preventiva e corretiva dos meios de transporte alocados à Divisão, bem como do consumo de combustíveis, lubrificantes, materiais, peças e acessórios; (PARANÁ, 2019).

2.2.2.3. CIOPAER do Estado do Ceará

A Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas do Ceará – CIOPAER

é subordinada diretamente à Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social,

que desempenha missões múltiplas de policiamento ostensivo, repressivo, de

combate a incêndio e de Defesa Civil.

Em termos de modelos de helicóptero operados, a Coordenadoria é a que

mais se assemelha ao Grupamento de Aviação Operacional do CBMDF, pois é

a única que emprega de forma concomitante os modelos de célula EC135 T2/P2

e EC130 B4, de acordo com o Registro Aeronáutico Brasileiro.

Outra similaridade em relação ao Grupamento de aviação de helicópteros

do CBMDF, está na forma como o modelo EC130 B4 foi incorporado ao serviço,

através de termo de autorização de uso da justiça, para recuperação de ativos

de origem ilícita.

O helicóptero de modelo EC 130B4 de prefixo PR-YHB da Airbus France foi apreendido durante as investigações da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) acerca das mortes de dois chefes oriundos de uma organização criminosa paulista, em Aquiraz (CE), cidade que integra a Região Metropolitana de Fortaleza. Com a apreensão e a representação junto ao Poder Judiciário do Ceará pelo perdimento do bem, a Ciopaer da SSPDS recebeu a autorização judicial para utilizar o equipamento. A incorporação do veículo aéreo à Secretaria da Segurança do Ceará ilustra a importância da recuperação de ativos de origem ilícita, impactando financeiramente na estrutura financeira das organizações criminosas. (PCCE, 2020).

38

2.2.2.4. GRPAe do Estado de São Paulo

O Grupamento de Radiopatrulha Aérea da Policia Militar de São Paulo

conta com uma frota composta por 27 (vinte e sete) helicópteros, distribuídos em

instalações sediadas em diversas cidades do Estado, sendo um deles do modelo

EC135.

Atualmente o Grupamento de Radiopatrulha Aérea – “João Negrão” conta com o trabalho de quase 500 policiais militares e opera 27 helicópteros (01 HB350B, 01 AS350BA, 21 AS350B2, 02 Schweizer 269C-1, 01 EC135 e 01 AW109 GrandNew) e 1 avião King Air B200GT, salvando e protegendo pessoas.

Além dos três hangares que ficam no Aeroporto Campo de Marte, localizado na zona norte da capital paulista, as aeronaves ficam instaladas nas bases de São José dos Campos, Campinas, Ribeirão Preto, Bauru, São José do Rio Preto, Praia Grande, Sorocaba, Presidente Prudente, Piracicaba e Araçatuba. As Bases de São Paulo, Campinas e São José dos Campos, além do emprego policial, também atuam no resgate aeromédico. (PILOTOPOLICIAL, 2017a, grifo nosso).

2.2.2.5. Casa Militar do Governador da Bahia

O serviço de aviação da Casa Militar do Governador do Estado da Bahia

tem como premissa os serviços relativos ao transporte aeroviário do Governador,

Vice-governador e autoridades. Para isso, conta com dois helicópteros, sendo

um deles do modelo EC 135 T2+, prefixo PRBAH.

A aeronave EC 135 T2+, prefixo PR-BAH, Nº de série 0930, é um helicóptero bimotor com capacidade para cinco passageiros e dois tripulantes, podendo ser convertido para o uso em diversos tipos de missões. Foi fabricado no ano 2010 pela Eurocopter Deutschland, deve ser submetida a revisões periódicas programadas, as quais são realizadas nas oficinas da HELIBRAS em Itajubá–MG, sendo algumas inspeções de menor complexidade realizadas em Salvador-BA. (CMG, 2017, grifo nosso).

2.2.2.6. COA do Estado do Rio de Janeiro

A Coordenadoria de Operações Aéreas (COA) da Subsecretaria Militar do

Gabinete de Segurança Institucional (SSM/GSI), do Estado do Rio de Janeiro,

tem como principal finalidade a realização de voos em missão oficial, transporte

de dignitários ou autoridades, e apoiar os órgãos públicos nas operações aéreas

de segurança pública e/ou defesa civil.

39

Coordenação de Operações Aéreas

A Coordenação de Operações Aéreas tem como finalidade:

Realizar os vôos em missão oficial e de transporte de dignitários e/ou autoridades, no âmbito da administração pública, direta e indireta, para desempenho de atividades próprias dos serviços públicos e apoiar os órgãos públicos nas operações aéreas de segurança pública e/ou defesa civil, em casos de situações de emergência, tais como desastres naturais, calamidades ou operações especiais. (GSI, 2019).

Dentre outros recursos, a Coordenadoria conta com um helicóptero

modelo EC135 T2+ de prefixo PRERJ, motivo pelo qual a Gestão das

manutenções de 3° nível da COA, foi pesquisada para o presente estudo.

2.2.2.7. Ceoar da Receita Federal do Brasil

Através de consulta ao RAB, a Receita Federal do Brasil – RFB, por meio

do seu Centro Nacional de Operações Aéreas – Ceoar, sediado no Estado do

Paraná, consta como operadora de 02 (dois) helicópteros do modelo EC135 T2+,

registrados com as matrículas PRRFA e PRRFC, ambos fabricados em 2006.

Receita Federal do Brasil completou 10 anos de Operações Aéreas

5 de junho de 2017

Brasil – No dia 1º de junho de 2017, o primeiro voo institucional da história da Receita Federal do Brasil (RFB) completou dez anos, marco inicial das operações aéreas alfandegárias na América do Sul, atividade antes restrita a um pequeno grupo de países desenvolvidos.

Duas tripulações, compostas por servidores da Receita Federal, decolaram de Itajubá – MG, no dia 1º de junho de 2007, nos helicópteros EC 135 PR-RFA e PR-RFC, recém recebidos na empresa Helibras para a Base Aérea do Galeão no Rio de Janeiro, primeira sede da unidade aérea. (PILOTOPOLICIAL, 2017b, grifo nosso).

2.2.2.8. SESPA do Estado do Pará

A Secretaria de Estado da Saúde do Pará – SESPA, consta, junto ao

Registro Aeronáutico Brasileiro, como operadora do helicóptero modelo EC130

B4, prefixo PRCBM.

A publicação eletrônica Resgate Aeromédico (2020) informa, por meio de

reportagem publicada em 18 de abril de 2020, que a SESPA contratou por

dispensa de licitação, em caráter emergencial devido à pandemia da COVID19,

por um prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a empresa Helisul Táxi Aéreo. A

contratação objetiva a prestação de serviços de resgate e transporte aeromédico

40

no Estado do Pará, com emprego de 02 (duas) aeronaves, sendo uma delas do

modelo EC130 B4 (Saúde 02), matrícula PRCBM.

41

Figura 4 – Helicóptero EC130 B4 – PRCBH a serviço da SESPA

Fonte: Resgate Aeromédico (2020)

Com base nas informações relativas à denominação das unidades dos

órgãos públicos, que constam como operador junto ao RAB, foram relacionados

na Tabela a seguir cada uma destas organizações, em função do(s) modelo(o)

operado e suas respectivas matrículas.

Tabela 8 – Órgãos que operam os mesmos modelos do CBMDF

Unidade de Aviação Civil do Serviço Público Modelo Matrícula

Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas - BPMOA EC130 B4

PRBOP

PRECB

PRHVB

Casa Militar do Governador da Bahia EC135 T2+ PRBAH

Casa Militar do Paraná EC130 B4 PRHBZ

Centro Nacional de Operações Aéreas – Ceoar/RFB EC135 T2+ PRRFA

PRRFC

Coordenadoria de Operações Aéreas do Rio de Janeiro - COA EC135 T2+ PRERJ

Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas – CIOPAER EC135 P2+ PRGCE

EC130 B4 PRYHB

Grupamento de Radiopatrulha Aérea de São Paulo EC135 T2+ PRGSP

Secretaria de Saúde do Pará - SESPA EC130 B4 PRCBH

Fonte: O autor

42

2.3. Gerenciamentos da manutenção de 3° nível disponíveis

Para identificar novas formas de gestão da manutenção de 3° nível dos

modelos de helicóptero operados pelo CBMDF, que possam ter surgido no

mercado, coube levantar quais empresas do Brasil possuem estas certificações

e quais opções de gerenciamento dessas intervenções elas oferecem, com

potencial de serem mais adequadas ao CBMDF.

2.3.1. Requisitos para concessão de certificações para realização

de manutenções de 3° nível

Uma aeronave, também denominada como artigo aeronáutico, apenas

poderá ser submetida a uma ação de manutenção se o tipo de serviço proposto

estiver contido na lista de capacidade da empresa responsável pela execução.

A lista de capacidade, por sua vez, é parte integrante do certificado de

organização de manutenção, concedido à oficina pela ANAC.

145.215 Lista de capacidade

(a) Cada organização de manutenção certificada somente pode executar manutenção, manutenção preventiva ou alteração em um artigo se ele estiver contido em uma lista de capacidade atualizada, aceitável pela ANAC, ou nas especificações operativas da organização.

(b) A lista de capacidade deve identificar cada artigo pelo fabricante e modelo, ou outra nomenclatura designada pelo fabricante do artigo, e estar disponível para a ANAC.

(c) Cada artigo somente pode estar contido na lista de capacidade se estiver dentro do escopo da certificação da organização de manutenção e depois que executada uma autoavaliação de acordo com os procedimentos do parágrafo 145.209(d)(2) deste RBAC. A organização de manutenção deve executar essa autoavaliação para verificar se satisfaz todos os requisitos de instalações, recursos, equipamentos, materiais, dados técnicos, processos e pessoal treinado para executar o trabalho no artigo. (RBAC n° 145, 2020, p. 21/26).

2.3.2. Organizações de manutenção certificadas a realizar

intervenções de 3° nível nos modelos do CBMDF

As manutenções de 3° nível, ou “D” level como é citada em algumas

literaturas e manuais dos fabricantes, demandam da pretensa prestadora a

especificação detalhada tanto do componente quanto do serviço. Nos casos em

que consta o serviço de revisão de um determinado elemento dos conjuntos

43

dinâmicos, a empresa tem, no seu rol de capacidades, a intervenção de 3° nível

específico para o componente.

Como exemplo desta possibilidade pontual de manutenção de 3° nível,

podemos citar a capacidade que a empresa Helistar Manutenção de Aeronaves

LTDA, prestadora dos serviços de manutenção de 1° e 2° níveis possui, para

realizar revisão geral do equipamento denominado start gerador, part number

150 SG (EC130) de fabricação da Auxilec, e do part number 23081-XXX (EC135)

fabricado pela empresa Lucas, de acordo com a lista de capacidades Helistar

(2021, Anexo C).

A Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil – AIAB declarou,

para fins de inexigibilidade, que a Helibras é a única entidade autorizada, no

Brasil, a fornecer peças para reposição e executar revisão geral de nível “D” em

componentes mecânicos dos helicópteros modelo EC130. AIAB (2020, Anexo

B).

Por sua vez, em relação aos helicópteros da linha EC135, na qual o

EC135 T2 faz parte, a AIAB declara, para fins de inexigibilidade, devido à

exclusividade para realização de serviços de nível “D” (3° nível), autorização

apenas para a realização das intervenções por intermédio da Matriz Airbus

Helicopters, em detrimento da execução direta do serviço.

Ref. AIAB - 003/2020.

São José dos Campos, 25 de março de 2020.

DECLARAÇÃO

Para fins de inexigibilidade, em conformidade com a Lei n° 8.666 de 21 de junho de 1993, declaramos que a associada HELIBRAS - HELICÓPTEROS DO BRASIL S/A, estabelecida à Rua Santos Dumont, 200, em Itajubá - MG, inscrita no CNPJ/MF 20.367.629/0001-81 é registrada na Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil - AIAB sob o número 007 e está cadastrada nesta entidade como fornecedora exclusiva, no Brasil, dos helicópteros EC135, H135, EC145 e H145, bem como de suas peças de reposição e de toda documentação técnica aplicável e sua atualização, sendo a única empresa de manutenção de aeronaves no Brasil certificada pelos Órgãos Oficiais Aeronáuticos Brasileiros e pela AIRBUS HELICOPTERS para realizar manutenção nos referidos helicópteros (1° e 2° níveis para EC145 e H145 e 2° nível para EC135 e H135), incluindo reparos estruturais, revisão e recuperação de células, além de toda a operação e a intervenção para manutenção de 3° nível (“D” Level AIRBUS HELICOPTERS) desses helicópteros pela Matriz AIRBUS HELICOPTERS, incluindo logística de envio/recebimento e garantia técnica envolvendo componentes, conjuntos e sistemas,

44

enviados para reparo pela Matriz ou recebidos reparados da Matriz. (AIAB, 2020, Anexo B, grifo nosso).

As células dos helicópteros são, na verdade, um conjunto de

componentes, não necessariamente do mesmo fabricante, a exemplo do start

gerador que não é de fabricação da Airbus. Neste sentido, não é possível afirmar

que exista uma organização de manutenção específica, capacitada a realizar

intervenções de 3° nível de célula, em todos os componentes dos helicópteros

EC130 B4 e EC135 T2, sem a necessidade de efetuar uma subcontratação.

2.3.3. Formas de gestão de 3° nível oferecidos ao setor público

Por ser a representante da fabricante no país, a Helibras apresenta certo

destaque, considerando as características de exclusividade declaradas pela

própria Airbus Helicopters e AIAB.

Em consulta ao site da empresa, foi possível pesquisar, de forma

superficial, um modelo de gerenciamento denominado HCare Smart, onde, por

meio de pagamento parcelado por hora de voo, o cliente tem uma série de

vantagens relacionadas à substituição de componentes, cuja revisão geral

implica em manutenções de nível “D” ou 3° nível.

BENEFÍCIOS

Manutenção de componentes com pagamento parcelado por hora de voo. Controle orçamentário. Disponibilidade otimizada sem necessidade de investimento em estoque. Substituição por Troca Standard. Componentes entregues na versão mais atual. Acesso ao estoque mundial Airbus Helicopters. Maior valorização do seu helicóptero no mercado. Redução no preço do seguro do helicóptero.

COBERTURA STANDARD

Conjuntos dinâmicos (Principal e Cauda). Pás do rotor principal. Equipamentos básicos. Opcionais. (HELIBRAS, 2016).

O programa propõe a melhoria da disponibilidade, associada à

previsibilidade de custos, relacionados a uma taxa-hora fixa. O modo de

operação envolve a substituição do componente defeituoso ou, após tempo de

operação para revisão geral, realização da revisão ou reparo e reposição do

estoque compartilhado da Airbus.

45

Figura 5 – Modo de Operação Airbus Helicopters - HCare Smart

Fonte: Helibras (2016)

2.4. A Gestão de inovação das manutenções de 3° nível

Embora, entre os Contratos relacionados à manutenção de helicópteros

em vigor, não haja qualquer tipo de objeto diretamente associado aos serviços

de manutenção de 3° nível de célula, cabe destacar que os serviços deste nível

são caracterizados pelo reparo ou revisão de componentes. A substituição, ao

invés da manutenção do item, seria uma forma de cumprir a demanda, sem

necessariamente efetuar a realização de um serviço.

O Contrato para aquisição de bens n° 17/2016 – CBMDF se apresenta

como possível solução, em substituição a realização das manutenções de 3°

nível, em função da previsão contratual de realização da troca do componente

original, após o fim do seu tempo de operação para realização de revisão geral,

por um componente novo ou revisado, renovando desta forma o ciclo de

utilização.

8. MÉTODOS E ESTRATÉGIAS DE SUPRIMENTO

[...]

8.6. Na eventualidade de algum componente, peça ou acessório dos helicópteros do CBMDF necessitar ser submetido à revisão cuja

46

previsão de retorno seja muito grande ou, cujo valor justifique, com o intuito de não diminuir o índice de disponibilidade da frota, poderá se proceder à "Troca Standard" (exchange ou reposição padrão), depois de constatada a vantagem para a Administração Pública.

8.6.1. A "Troca Standard" é a substituição de um componente, peça ou acessório por outro, nova ou revisada, disponível para pronta entrega, submetendo-se aos mesmos procedimentos de aprovação de orçamento específico para esta finalidade. A diferença entre a "Troca Standard" e a substituição de peças, é que esta última ocorre quando as peças não apresentam mais condições de uso ou recuperação. No caso da "Troca Standard", a peça substituída pode ainda ser reutilizada desde que submetida a uma revisão. (CBMDF, 2016a, p. 22, grifo nosso).

A simples troca teria como vantagem a supressão da etapa de revisão do

componente, resultando na diminuição do tempo de desativação do helicóptero.

Contudo, a vantagem para a Administração Pública deve ser constatada antes

da adoção deste tipo de aquisição.

Considerando que, para definir o valor a ser pago em restituição, a

avaliação do componente a ser substituído deve ser considerada, a tarefa de

definir se há ou não vantagem acaba não sendo tão simples, pois demandaria o

desmonte do componente para uma avaliação mais apurada.

8.6.2. Quando da revisão, reparo ou substituição de peças/componentes, após a avaliação dos custos para tal serviço e instalação de um componente tecnologicamente mais moderno/atualizado, desde que o custo seja mais vantajoso para a Administração, poderá a Administração, após avaliação e aprovação do valor do orçamento, optar pela Troca Standard. (CBMDF, 2016a, p. 23).

A depender do item a ser submetido à troca standard, a revisão do

componente, substituído para fins de reposição do estoque, pode não ser feita

no Brasil. Nestes casos, pode haver uma cobrança adicional em função de uma

deterioração excepcional, constatada posteriormente no centro de manutenção

da fabricante.

Em virtude de possíveis limitações contratuais, para realização de

pagamento adicional de um mesmo item, a aquisição, sem o reaproveitamento

do componente substituído em troca, pode ser a única solução para esta

demanda específica de 3° nível.

47

Notas:

A venda desta peça está formulada com o preço “base” de uma Revisão Geral para o componente, considerando apenas os materiais de troca sistemática, excluindo discrepâncias de corrosão, possíveis reparos devido à corrosão e troca de materiais não sistemáticos.

A contratante concorda que arcará com todos os custos de devolução das peças dos componentes Core para os PNs equivalentes e respectivas modificações, tais como a unidade de troca fornecida pela Helibras.

Estes custos serão informados em um novo orçamento e laudo técnico onde o cliente terá 5 dias para análise, tirar suas dúvidas e dar o seu de acordo para faturamento no prazo de mais 5 dias. Se após o prazo o cliente não der retorno formal, o orçamento será faturado automaticamente sem possibilidade de contestação, e as peças/sucatas serão descartadas. (HELIBRAS, 2020, Anexo D, grifo nosso).

Além do cumprimento da demanda de 3° nível através da troca standard,

outra possibilidade que ser aventada, seria a realização pela via de

subcontratação, por meio do Contrato para prestação de serviços de 1° e 2°

níveis.

10. DA VIGÊNCIA, CONTRATO E VALIDADE

[...]

10.14. É permitida a subcontratação de parte dos serviços do presente objeto, mediante prévia e expressa anuência do CBMDF, cujo montante a ser subcontratado pode totalizar até 30% (trinta por cento) do valor total contratado, sem prejuízo das responsabilidades contratuais e legais da CONTRATADA perante a Administração. (CBMDF, 2019, p. 15, grifo nosso).

Mesmo que por meio do Contrato seja permito a subcontratação de

serviços, a vinculação dessas atividades terceirizadas ao objeto contratual está

expressa. Considerando que, neste mesmo objeto, consta a delimitação apenas

para os serviços de 1° e 2° níveis, essa possibilidade pode vir a ser questionada

em função de uma interpretação adversa.

O conhecimento de outras formas de gestão poderia contribuir para a

melhoria do gerenciamento das intervenções de 3° nível, junto aos helicópteros

do CBMDF. Freitas Filho (2013 apud OZAKI, 2016) considera que este

conhecimento está associado à geração da inovação e crescimento do capital

organizacional.

O simples levantamento das formas de gestão destas manutenções,

empregadas por Órgãos públicos ou oferecidas pelo setor privado, não é por si

48

só uma solução. Deve haver uma combinação deste conhecimento com as

particularidades da manutenção de helicópteros gerenciada pela Corporação.

A maioria das inovações é derivada de uma nova combinação de conhecimentos já existentes e não necessariamente fruto de alguma nova descoberta tecnológica ou científica. Portanto, cabe à empresa conhecer o que ela já possui internamente, o que existe de novo no ambiente em que está inserida e que pode ser útil no desenvolvimento de inovações e o que ela precisa desenvolver, pois não existe uma fonte externa confiável. (BOAS, 2018, p. 97).

Uma vez de posse do conhecimento e das experiências advindas ao

pesquisar diferentes realidades para o mesmo propósito de fazer voar, é possível

estabelecer, ou até mesmo construir, um cenário melhor para o caso em

particular, com base nas comparações.

A comparação sistemática não apenas permite avaliar os efeitos de ambientes diferentes sobre a estrutura e o comportamento organizacionais como também analisar porque a estrutura e comportamento organizacionais podem ser importantes na produção de diferentes resultados que sejam relevantes para a sociedade. (PETERS e PIERRE, 2010, p. 420).

49

3. METODOLOGIA

Segundo Lakatos (2003), entende-se como método de pesquisa, o

conjunto de etapas de características sistemáticas e racionais, que permite

alcançar o objetivo de traçar o caminho a ser seguido, para chegar a um

conhecimento válido e verdadeiro, de forma segura e econômica, detectando

erros e auxiliando as decisões do pesquisador.

3.1. Apresentação

Gil (2002) descreve que, de uma forma geral, a organização dos

procedimentos a serem seguidos na pesquisa varia conforme a especificidade

de cada estudo, sendo necessário esclarecer o tipo da pesquisa, população e

amostra, coleta e análise dos dados obtidos. Com o levantamento dessas

informações na fase do projeto, foi possível estabelecer as bases teóricas e

conceituais da pesquisa, de acordo com os parâmetros metodológicos a serem

estabelecidos.

Considerando a natureza do estudo, a presente pesquisa é do tipo

aplicada, pois busca-se empregar os conhecimentos obtidos para inovação da

gestão das manutenções de asas rotativas da Corporação. Segundo Gil (2002),

este tipo de pesquisa tem por interesse a aplicação, a utilização e as

consequências práticas dos conhecimentos produzidos, a fim de empregá-los

conforme o objeto de estudo.

Em relação ao método de abordagem – e de acordo com o raciocínio a

ser utilizado nesta pesquisa, de conhecer e comparar formas distintas de gestões

de manutenção de 3° nível –, optou-se pelo método dedutivo, que segundo

conclusão de Andrade (2001, p.25), “a dedução é o caminho das consequências,

pois uma cadeia de raciocínios em conexão descendente, ou seja, do geral para

o particular, leva à conclusão”.

50

3.1.1. Classificação do estudo quanto ao seu objetivo

Considerando o objetivo do estudo de conhecer a melhor forma de gestão,

do ponto de vista financeiro e estratégico, para manutenção das aeronaves do

tipo helicóptero, em especial no que se refere às intervenções de 3° nível das

células dos equipamentos operados pelo CBMDF, esta pesquisa, quanto ao seu

objetivo, classifica-se como exploratória.

4.1.1 Pesquisas exploratórias.

Estas pesquisas têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses. Pode-se dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de idéias ou descoberta de intuições. Seu planejamento é, portanto, bastante flexível, de modo que possibilite a consideração dos mais variados aspectos relativos ao fato estudado (GIL, 2002, p. 41).

Cervo (2007), em sua obra Metodologia Científica apresenta uma

definição de pesquisa, ou estudos exploratórios, e logo em seguida descreve as

situações onde podem ser empregados:

A pesquisa exploratória, designado por alguns autores como pesquisa quase científica ou não científica, é normalmente o passo inicial no processo de pesquisa pela experiência e um auxilio que traz a formulação de hipóteses significativas para posteriores pesquisas (CERVO, 2007, p. 63).

A pesquisa exploratória realiza descrições precisas da situação e quer descobrir as relações existentes entre seus elementos componentes. Esse tipo de pesquisa requer um planejamento bastante flexível para possibilitar a consideração dos mais diversos aspectos de um problema ou de uma situação (CERVO, 2007, p. 63 e 64).

3.2. Universo

Lakatos (2003) apresenta o seguinte conceito de universo ou população:

Conceituando, universo ou população é o conjunto de seres animados ou inanimados que apresentam pelo menos uma característica em comum. Sendo N o número total de elementos do universo ou população, o mesmo pode ser representado pela letra latina maiúscula X, tal que XN = X1; X2; X3; XN. A delimitação do universo consiste em explicar que pessoas ou coisas, fenômenos etc. serão pesquisados, enumerando suas características comuns, como, por exemplo, sexo, faixa etária, organização a que pertencem, comunidade onde vivem etc. (LAKATOS, 2003, p. 223).

51

Lakatos (2003) chama a atenção para a necessidade de estabelecimento

de limites para o estudo, podendo, tal delimitação, ocorrer por assunto, extensão

e/ou fatores diversos tais como: meios humanos, especificidades, econômicos e

de exiguidade de prazo.

O objetivo do estudo, por si só, pode ser um fator delimitador, uma vez

que tratará das implicações do ponto de vista estratégico do CBMDF, no que se

refere às manutenções aeronáuticas, em especial a de 3° nível dos helicópteros

da Corporação, considerando o viés econômico e de disponibilidade dos

equipamentos. Para Lakatos (2003, p. 162) “nem sempre há necessidade de

delimitação, pois o próprio assunto e seus objetivos podem estabelecer limites”.

Ante o exposto, a fonte de pesquisa foi delimitada pelos gestores públicos

em âmbito nacional que, de forma direta via contratação, gerenciam

intervenções de 3° nível de célula, de helicópteros modelo EC130 B4 e EC135

T2/P2, com base nos requisitos do RBAC n° 145 – ANAC.

A opinião e experiência destes gestores serviu de base para estabelecer,

por intermédio da vivência junto aos seus prestadores de serviço, outras formas

de gestão das manutenções de 3° nível, com potencial de serem mais

adequadas ao CBMDF.

3.3. Amostra

Cervo (2007) destaca a importância da coleta de dados para a realização

do estudo. Em relação a escolha das diversas formas de realizá-la, deve-se ter

em mente que cada uma possui vantagens e desvantagens, sendo importante

decidir pelo uso de uma forma que ofereça o menor número de desvantagens,

respeitando os objetivos da pesquisa.

Em função da especificidade do tema, as informações foram coletadas

por meio da pesquisa documental, que segue os mesmos passos da pesquisa

bibliográfica, conforme explica Lakatos (2003). Nesse sentido, para o

desenvolvimento de um estudo, foram utilizados documentos como boletins

internos da Corporação, Contratos, Termos de Referência, Portarias, Editais de

licitação, Regulamentos, Ofícios, etc.

52

Ainda no âmbito da coleta de dados, entrevistas junto à gestores do setor

público, que operam os mesmos helicópteros, foram levados em conta, visando

os objetivos do presente estudo de pesquisar a forma como as manutenções de

3° nível são gerenciadas em outras instituições, bem como conhecer possíveis

novidades oferecidas ao setor público, através de empresas especializadas.

Entrevistas do tipo despadronizada e focalizada, foram utilizadas como

meio de coleta de dados.

9.3.2.2 TIPOS DE ENTREVISTAS

Há diferentes tipos de entrevistas, que variam de acordo com o propósito do entrevistador:

[...]

b) Despadronizada ou não-estruturada. O entrevistador tem liberdade para desenvolver cada situação em qualquer direção que considere adequada. É uma forma de poder explorar mais amplamente uma questão. Em geral, as perguntas são abertas e podem ser respondidas dentro de uma conversação informal.

Esse tipo de entrevista, segundo Ander-Egg (1978:110), apresenta três modalidades:

• Entrevista focalizada. Há um roteiro de tópicos relativos ao problema que se vai estudar e o entrevistador tem liberdade de fazer as perguntas que quiser: sonda razões e motivos, dá esclarecimentos, não obedecendo, a rigor, a uma estrutura formal. Para isso, são necessários habilidade e perspicácia por parte do entrevistador. Em geral, é utilizada em estudos de situações de mudança de conduta. (ANDER-EGG, 1978, p. 110 apud LAKATOS, 2003, p. 197, grifo nosso).

Considerando as particularidades e especificidades do universo de

pesquisa, o estudo teve como pretensão a coleta de informações junto a todas

as fontes possíveis de dados, ou seja, entrevistas com os gestores de

manutenção já especificados.

Dentre todos os 8 (oito) órgãos pesquisados na revisão de literatura, junto

a dois deles não foi possível a coleta de dados por meio de entrevistas. Após

diversos contatos, não foi possível determinar, na Secretaria de Saúde do Pará,

quem é o gestor dessa área. Já o gestor do Grupamento de Radiopatrulha Aérea

da Policia Militar de São Paulo foi contactado, entretanto, dada a

indisponibilidade em sua agenda, não foi possível a formalização da entrevista.

Ainda que não tenha sido possível a realização da entrevista junto ao

gestor do Grupamento de São Paulo, foi utilizado um aplicativo de mensagens

53

instantâneas, como processo de comunicação alternativo, o que permitiu o

acesso ao Contrato de manutenção do helicóptero EC135 T2+, prefixo PRGSP,

relacionado nos resultados da pesquisa.

As informações obtidas por meio da pesquisa bibliográfica e documental,

bem como os resultados apresentados pelas entrevistas realizadas, teve como

propósito subsidiar as discussões necessárias, de modo a confirmar ou refutar

as possíveis hipóteses levantadas ao longo da pesquisa.

54

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1. Resultados referentes às formas de gestão do Setor Público

Com base na frota nacional de aeronaves modelo EC130 (Apêndice A) e

EC135 (Apêndice B), foi possível filtrar apenas os prefixos dos modelos, cujas

versões de célula são compatíveis com os helicópteros em operação pelo

CBMDF. Por meio dos prefixos, foi possível relacionar os Órgãos Públicos

responsáveis pela gestão de aeronaves dos modelos EC135 T2/P2 e EC130 B4.

Conhecer cada um destes gestores de manutenção de helicópteros,

possibilitou a realização de uma análise estratégica da disponibilidade dos

equipamentos em função do recurso financeiro dedicado, considerando as

possíveis lições aprendidas no gerenciamento de equipamentos análogos aos

do CBMDF.

4.1.1. Gestão de Manutenção da Casa Militar da Bahia - CMG

Apesar de constar no site da CMG a informação de realização de inspeção

nas oficinas da Helibras, Raimundo (2021, Apêndice C), na condição de

Coordenador de Manutenção de Aeronaves do Órgão, afirma que havia sim uma

relação contratual com a empresa, por um período após a compra da aeronave,

entretanto, após o período de garantia, a Procuradoria Geral do Estado

recomendou a realização de licitações para definição do menor preço.

Raimundo (2021, Apêndice C) informou que a execução dos serviços de

3° nível de célula, são realizados mediante Contrato de prestação de serviços,

junto a Empresa HBR Aviação, com possibilidade de terceirização dos serviços

para os quais não possui certificação, e revenda de componentes. Tanto nos

casos de terceirização, quanto nas revendas de componentes, Raimundo (2021,

Apêndice C) foi categórico ao afirmar que não pode incidir qualquer tipo de taxa

administrativa, podendo haver apenas o repasse de custos diretos, tais como

fretes ou impostos devidos.

55

A forma como os serviços de 3° nível são administrados não trouxeram

ainda nenhum problema, segundo Raimundo (2021, Apêndice C). Alguns

problemas pontuais com a Contratada, mas nada associado às manutenções de

nível mais complexo.

4.1.2. Gestão de manutenção do BPMOA

A execução das manutenções de 3° nível, das células dos helicópteros

PRBOP e PRECB, segundo Kolodzei (2021, Apêndice D), Chefe da Seção de

Manutenção Aeronáutica do BPMOA, são gerenciadas por meio de um Contrato

para prestação de serviços de 3° nível, com fornecimento de peças, celebrado

junto à empresa Helibras Helicópteros do Brasil S.A.

Em relação ao helicóptero de prefixo PRHVB, apesar do registro de

operador vinculado, a manutenção não é gerenciada pelo BPMOA. Também de

acordo com Kolodzei (2021, Apêndice D), toda gestão de manutenção é

realizada pela empresa Helisul Táxi Aéreo, que presta serviço de locação do

equipamento. O Batalhão faz apenas um planejamento junto ao controle técnico

de manutenção da empresa, para que não ocorram paradas para manutenção

de forma simultânea aos outros dois helicópteros.

4.1.3. Gestão de Manutenção da CIOPAER

Assim como ocorre no BPMOA do Paraná, a Coordenadoria celebrou um

Contrato específico para prestação de serviços de 3° nível de célula, com

fornecimento de peças junto a Helibras, para ambos os helicópteros PRYHB

(modelo EC130 B4) e PRGCE (modelo EC135 P2+), conforme explicou o Gestor

de Manutenção do CIOPAER, De Souza (2021, Apêndice E).

Ainda de acordo com De Souza (2021, Apêndice E), quando há uma

demanda de manutenção de 3° nível, a Contratada é acionada para executar o

serviço. Caso a Helibras não esteja certificada para realização, o gestor autoriza

a terceirização do serviço para a fabricante no exterior, considerando a condição

de exclusividade de representação da Airbus, pertencente à Helibras no Brasil.

56

Mesmo com um Contrato celebrado junto a representante da Airbus no

Brasil, De Souza (2021, Apêndice E) foi enfático ao afirmar os problemas

relacionados, decorrentes às situações em que a Helibras não apresenta

capacidade técnica para realizar o serviço no país, em especial no que se refere

ao modelo EC135 P2 da linha alemã, assim como o modelo operado pelo

CBMDF. As tratativas de logística de envio, avaliação, orçamento e execução,

nos casos onde é necessário o envio ao exterior, são um grande tormento e

demandam bastante tempo, segundo de Souza (2021, Apêndice E).

4.1.4. Gestão de Manutenção na COA

As manutenções de 3° nível do helicóptero são realizadas mediante

Contrato celebrado junto à empresa Helicópteros do Brasil S/A – Helibras, para

prestação de serviços com fornecimento de peças. A contratação foi realizada

para toda a frota de helicópteros da linha Helibras/Airbus da Coordenadoria,

considerando que o Objeto do Contrato é de exclusividade da Helibras.

INSTRUMENTO: Contrato nº 008/2019

DATA DA ASSINATURA: 13/11/2019.

PARTES: SUBSECRETARIA MILITAR DO GABINETE DE SEGURANÇA INSTITUCIONAL e a EMPRESA HELICÓPTEROS DO BRASIL S/A - HELIBRAS.

OBJETO : Contratação da empresa especializada e exclusiva prestadora de serviços de manutenção (reparo e revisão geral) de 3º nível (D e “I+” Level Eurocopter), reparo de pás dos rotores principais e de cauda, fornecimento de peças para manutenção de 1º nível, troca standard (Exchange) de componentes, inspeções horárias e calendáricas relativas ao serviço de 3º nível, buscando atender a demanda oriunda da frota de aeronaves da linha HELIBRAS/AIRBUS, da Coordenação de Operações Aéreas/SSMGSI e do Serviço Aeropolicial/PCERJ.

VALOR: Estimado de R$ 2.591.461,94 (dois milhões, quinhentos e noventa e um mil quatrocentos e sessenta e um reais e noventa e quatro centavos).

FUNDAMENTO LEGAL : No art. 25, inciso I, da Lei Federal nº 8.666/93 e no Processo Administrativo nº SEI-12/002/000917/2019, que se regerá pelas normas da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1.993 e alterações, pela Lei Estadual nº 287, de 04 de dezembro de 1.979 e Decretos nºs 3.149, de 28 de abril de 1980, e 42.301, de 12 de fevereiro de 2010.

PRAZO: 12 (doze) meses, valendo a data de publicação do extrato no D.O.E.R.J. como termo inicial de vigência.

ORDENADOR DE DESPESAS: Marcos Daflon Correa, ID. 3222064-2.

PROCESSO Nº SEI-12/002/000917/2019. Id: 2221045. (RIO DE JANEIRO, 2019, grifo nosso).

57

Por meio do Contrato n° 008/2019 e da entrevista junto ao Gestor de

manutenção Da Silva (2021, Apêndice F), foi possível constatar que a gestão

das manutenções de 3° nível, na Coordenadoria de Operações Aéreas do Rio

de Janeiro, é mais uma que se soma à contratação da Helicópteros do Brasil S/A

– Helibras, de forma exclusiva, cumulativamente com o fornecimento de peças

dos helicópteros.

4.1.5. Gestão de Manutenção da Casa Militar do Paraná

Ainda que a Casa Militar do Governo do Paraná conste como operador do

helicóptero PRHBZ, da mesma forma como ocorre com o prefixo PRHVB do

BPMOA, não existe, por parte do Órgão, uma atribuição relacionada às

manutenções. Pogorzelski (2021, Apêndice G), responsável pelo Controle

Técnico de manutenção da Divisão de Transportes Aéreos, informou que há

apenas um Contrato de locação com exclusividade, ficando toda a gestão da

manutenção a cargo da empresa Helisul Aviação, na condição de Contratada.

4.1.6. Gestão de Manutenção no Ceoar

Gomes (2021, Apêndice H) esclareceu que na RFB não existe um

organograma estabelecido para as atividades relacionadas à manutenção dos

helicópteros. De forma extra oficial ele responde como gerente de manutenção

dos helicópteros, entretanto, sua atribuição oficial é de executor do Contrato de

manutenção.

Ainda segundo Gomes (2021, Apêndice H), toda manutenção de ambos

os helicópteros é englobada em um único Contrato que vai desde a terceirização

do Controle Técnico de Manutenção, através de meio informatizado, até a

realização de todas as manutenções programadas ou não, independentemente

do nível de complexidade, tanto para células, motores, equipamentos instalados

e componentes em geral.

O Contrato celebrado entre a RFB e a empresa Helicópteros do Brasil S/A

– Helibras, para realização de todas as manutenções, sejam elas de célula ou

grupo motopropulsor, tem como característica a possibilidade de subcontratação

58

de serviços por parte da Contratada, nos casos em que não estiver certificada

para realização, nas palavras de Gomes (2021, Apêndice H).

Gomes (2021, Apêndice H) finalizou informando que, dependendo da

criticidade e custo do componente, a manutenção de um suprimento reserva

pode ser interessante, visando facilitar a gestão e garantir a disponibilidade.

4.1.7. Gestão de Manutenção do GRPAe

Após alguns contatos via aplicativo de mensagem instantânea, foi

possível identificar o Capitão Augusto, do Grupamento de Radiopatrulha Aérea

de São Paulo, como Gestor das atividades relacionadas à manutenção do

helicóptero EC135 T2+, prefixo PRGSP.

Ainda que por algumas tentativas ao longo de uma semana, a

indisponibilidade de agenda não permitiu ao Gestor conceder a entrevista por

meio de ligação telefônica. Ainda assim, se ofereceu para responder aos

questionamentos via formulário, o que também não foi efetivado. Por fim, o

Gestor permitiu o acesso a parte das informações necessárias, através do envio

da cópia do Contrato de prestação dos serviços de manutenção.

PROCESSO Nº 2018173017

PREGÃO ELETRÔNICO Nº PR-173/0006/18

CONTRATO Nº GRPAe-022/420/18

TERMO DE CONTRATO CELEBRADO ENTREO ESTADO DE SÃO PAULO, POR MEIO DO(A) GRUPAMENTO DE RADIO PATRULHA AÉREA (GRPAe) E HELICÓPTEROS DO BRASIL S/A - HELIBRAS, TENDO POR OBJETO A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA E CORRETIVA DE 1º E 2º NÍVEIS, EM 01 (UM) HELICÓPTERO MODELO EC-135T2+, BITURBINA, PREFIXO PR-GSP, PERTENCENTE Á FROTA DE AERONAVES DO GRUPAMENTO DE RADIOPATRULHA AÉREA (GRPAe) – “JOÃO NEGRÃO”, DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO (PMESP), POR MEIO DE EMPRESA ESPECIALIZADA E CERTIFICADA JUNTO À AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL (ANAC), INCLUINDO O FORNECIMENTO DE PEÇAS E DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA CONFORME RBAC-145. (GRPAE, 2018, grifo nosso).

Mesmo sem a realização da entrevista, foi possível levantar que o GRPAe

é mais um que executa as intervenções de manutenção por meio da empresa

Helibras. À primeira vista, os serviços relacionados do Contrato são restritos aos

59

níveis de menor complexidade, entretanto, a cláusula décima primeira do

instrumento apresenta a possibilidade de realização de serviços de 3° nível pela

via da subcontratação.

CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA – DA SUBCONTRATAÇÃO, CESSÃO OU TRANSFERÊNCIA DOS DIREITOS E OBRIGAÇÕES CONTRATUAIS.

A CONTRATADA poderá subcontratar serviços de terceiros, somente para os serviços especialíssimos e revisão de acessórios, desde que em empresas devidamente certificadas pela ANAC e sob o gerenciamento e total responsabilidade da CONTRATADA. (GRPAE, 2018, grifo nosso).

4.1.8. Gestão de Manutenção na SESPA

Considerando todos os órgãos públicos que operam os modelos de

helicóptero EC130 B4 e/ou EC130 T2/P2, apenas na SESPA, dentre eles, não

foi possível contatar o eventual gestor para realização da coleta de informações

a respeito da forma de gerenciamento das manutenções de 3° nível de célula.

Ainda que não tenha sido possível o contato com algum gestor de

manutenção ou contratação do Órgão, consta em publicação do Diário Oficial do

Estado a contratação da empresa Helisul Taxi Aéreo LTDA, para locação de

aeronave tipo helicóptero, com recurso especializado em resgate e transporte

aeromédico.

CONTRATO N. 038/2020- PROCESSOS Nº: 2020/276234

Objeto: Contratação de empresa para Locação de Aeronaves Tipo Helicóptero, dedicadas a saúde, baseadas, obrigatoriamente, nas cidades de Belém e Santarém, através de empresa de taxi aéreo, especializada em resgate e transporte Aeromédico, conforme normas vigentes da ANAC / Agencia Nacional de Aviacao Civil, para realização de resgate e transporte aéreo de pacientes de risco entre diferentes municípios do Estado do Pará, respeitando a autonomia de voo de aeronave, sob demanda exclusiva da Central Estadual de Regulação da SESPA, por 180 dias.

Data da Assinatura: 13/04/2020

Vigência: 13/04/2020 a 09/10/2020.

[...]

CONTRATADA: EMPRESA HELISUL TÀXI AEREO LTDA

Ordenador: ALBERTO BELTRAME - Secretário de Estado de Saúde Pública. (PARÁ, 2020, p. 20, grifo nosso).

Embora ainda registrado como operado pela SESPA, o helicóptero foi

alugado em caráter emergencial, com vigência contratual até 09 de outubro de

60

2020. Desta forma, assim como os prefixos PRHVB do BPMOA e o PRHBZ da

Casa Militar do Paraná, a gestão das manutenções de 3° nível são gerenciadas

pela empresa prestadora do serviço de locação.

4.2. Resultados referentes a novas formas de gestão

Uma vez constatada na pesquisa, os gestores que efetivamente

gerenciam as intervenções de 3° nível das células de seus helicópteros, foram

relacionadas as informações dos agentes públicos que contribuíram para o

assunto.

Kolodzei (2021, Apêndice D) chegou a citar um serviço da Helibras,

empresa com a qual já possuem contrato de manutenção de 3° nível, chamado

HCare, que é similar ao SBH da fabricante de motores Safran, mas a quantia

inicial ficou bastante volumosa, então optou-se por não realizar.

O gestor de manutenções do CIOPAER, De Souza (2021, Apêndice E),

afirmou não ter conhecimento de uma forma alternativa ao que empregam hoje,

que é por meio de contratação da Helibras, entretanto refletiu acerca de

eventuais possibilidades.

Não, nós não pensamos em tratar de outra forma. Não tenho conhecimento de outras possibilidades. De repente uma contratação direta junto ao fabricante, podendo complicar mais a logística, ou talvez licitação internacional para contratar o fabricante direto, para fazer o terceiro nível, não sei. De conhecimento concreto temos esse da Helibras, com possibilidade de envio para o exterior (DE SOUZA, 2021, Apêndice E).

Da Silva (2021, Apêndice F) também não vislumbrou a realização de uma

contratação que não ocorresse por meio de exclusividade com a Helibras, na

figura de representante da fabricante no país. Contudo, afirmou que teve acesso

a uma apresentação da Helibras, referente ao Sistema Hcare Smart da

fabricante Airbus, com pagamento parcelamento por horas de voos. Entretanto,

não houve avanços para implantação desse Sistema.

Por fim, o Gerente de manutenção de aeronaves do Centro Nacional de

Operações Aéreas da Receita Federal do Brasil, Gomes (2021, Apêndice H),

também citou o Hcare da Airbus, mas considerou inviável o custo da taxa de

61

entrada, considerando o pacote completo, que incluí células, motores e

acessórios, para 02 (dois) helicópteros do modelo EC135 T2+. Também alegou

problemas junto à Procuradoria do Estado, no que se refere ao pagamento

antecipado de serviços.

Chegamos a conhecer o SBH da Airbus que é o HCare, mas não conseguimos convencer ninguém, primeiro por ser absurdamente caro considerando o pacote completo com motor e célula etc, e segundo pela resistência do ponto de vista do pagamento sem a contrapartida do serviço, ou seja, nossa procuradoria não permite o pagamento antecipado. (GOMES, 2021, Apêndice H).

4.3. Discussão

Este trabalho monográfico foi desenvolvido com o intuito de estudar as

manutenções de 3° nível para helicópteros do CBMDF, sendo estabelecido como

objetivo geral de analisar, do ponto de vista financeiro e estratégico, estas

intervenções. Desta forma, a discussão foi organizada a partir dos seus objetivos

específicos, estruturados em uma disposição lógica que cumpre a premissa do

método dedutivo.

Também serão abordadas as possíveis respostas às questões elaboradas

na seção 1.4 deste trabalho, fundamentando-se, essencialmente, nos

instrumentos de pesquisa, referenciados na revisão de literatura, e dados

coletados nas entrevistas.

4.3.1. Recursos dedicados ao serviço de manutenção de aeronaves

Por meio da revisão de literatura foi possível constatar que o serviço

aeronáutico, com emprego de helicópteros, requer o cumprimento de um

rigoroso programa de manutenção. As divisões nos grupos de células e motores,

estes, por sua vez, em subgrupos denominados níveis, acabam por criar um

leque variado de serviços especializados de manutenção.

As especialidades, especificidades e tecnologias associadas, são

compatíveis com o custo empregado, para a continuidade do serviço aéreo, com

emprego do helicóptero.

62

Neste aspecto, onde para a continuidade de um determinado serviço, são

necessários maiores investimentos, o planejamento orçamentário anual da

instituição, por parte dos gestores do alto escalão, deve ser constantemente

cientificado dessa realidade, sob pena de interferir neste equilíbrio financeiro.

Analisando o período de 2017 a 2020, quando o planejamento financeiro

permitiu avaliar, de forma específica, o custeio para manutenção de helicópteros,

pelo código de assinatura C-25, é possível perceber um equilíbrio dos gastos

anuais registrados no mesmo período.

Gráfico 2 – O Planejamento x custos sem entrada para o SBH

Fonte: O autor

Através do gráfico é possível inferir que os custos associados aos serviços

de manutenção de helicópteros vêm crescendo ao longo do ano, porém, sem

ultrapassar o planejamento realizado. Contudo, foram propositalmente

desconsiderados os valores relacionados ao pagamento do chamado ticket de

entrada, no programa da fabricante de motores Safran, para realização do

faturamento dos serviços por horas de uso, ao invés do pagamento dos serviços

à medida em que surgem cada demanda específica.

Conforme já tratado, os valores acordados para ingresso no programa,

são incrementados a medida em que o tempo de operação dos motores, se

63

aproxima do limite de uso para realização da revisão geral. Considerando que,

no momento da celebração do Contrato, tanto o motor do helicóptero PRMJX

(Resgate 02), como ambos os motores do helicóptero PRCBM (Resgate 03),

estavam próximos deste limite, o valor da taxa de entrada foi considerável,

mesmo sendo dividido em duas parcelas pagas nos anos de 2018 e 2019,

gerando desequilíbrio em relação ao que foi planejado para o ano.

Gráfico 3 – O Planejamento x custos com entrada para o SBH

Fonte: O autor

Na prática, o que pode ser inferido no exemplo em questão, é que uma

determinada intervenção de 3° nível pode impactar um exercício financeiro

específico, em virtude do alto custo associado.

A inclusão do helicóptero PRDHL no programa, sem a necessidade de

pagamento da taxa de entrada, devido ao pouco tempo de uso do motor, pode

ser entendida como a diluição do valor que deverá ser pago na próxima revisão

geral, ao longo de vários anos, dependendo da cadência de uso do equipamento.

Pelo exemplo considerado, a forma de gerenciamento dos contratos de

manutenção pode impactar de maneira significativa a tarefa do gestor público,

não só pela questão financeira, mas também pela disponibilidade dos

helicópteros para o emprego nas atividades da Corporação.

64

Até então, só foram consideradas demandas de manutenção de natureza

programada, que mesmo assim podem implicar em óbices de caráter financeiro.

Todavia, a possibilidade de surgimento de discrepâncias, torna ainda mais

complexa a tarefa de gerenciamento, pois dependendo do item demandado,

pode resultar em uma indisponibilidade do helicóptero por um longo período de

tempo.

Abordando especificamente o quesito da disponibilidade, em função dos

recursos financeiros empregados nas manutenções de célula, é coerente

afirmar, pelo que foi levantado, que existe uma baixa disponibilidade dos

recursos, em função de demandas relacionadas às manutenções, considerando

as informações do gráfico abaixo extraídas do quadro da figura 3.

Gráfico 4 – Disponibilidade média EC130 e EC135 - 2020

Fonte: O autor

O helicóptero PRMJX (Resgate 02), apesar de não compor o presente

estudo, foi empregado nas atividades da Corporação até o mês de junho.

Considerando o controle de disponibilidade desta aeronave, também extraída da

figura 3, o percentual de disponibilidade é ainda mais baixo.

65

Gráfico 5 – Disponibilidade média de asas rotativas em 2020

Fonte: O autor

4.3.2. A gestão de 3° nível de célula em outras unidades de aviação

O fato dos helicópteros modelo EC130 B4 e EC135 T2/P2, operados pelo

CBMDF, terem em comum a Airbus Helicopters como fabricante simplificou a

tarefa de coleta das informações, junto aos gestores do seguimento público da

aviação civil, de manutenção de helicópteros.

A Airbus Helicopters possui, no Brasil, como representante exclusiva, para

intermediação ou realização dos serviços de 3° nível, a empresa Helicópteros do

Brasil S/A – Helibras.

Ao longo da pesquisa foi perceptível a preferência de grande parte dos

órgãos pela contratação da Helibras para prestação dos serviços de 3° nível de

célula. A única exceção dentre os 6 (seis) órgãos, que efetivamente realizam o

gerenciamento de contratações para o 3° nível, foi a Casa Militar do Governador

da Bahia, que optou pela Contratação da empresa HBR Aviação para todos os

níveis de manutenção de célula, com possibilidade de subcontratação.

Os demais Órgãos optaram pela Helibras, cada um com suas

particularidades, como é o caso da Receita Federal do Brasil, que optou por um

66

Contrato unificado para todos os níveis de manutenção, quer sejam para células,

para grupo motopropulsor ou para os acessórios.

Toda a manutenção é englobada em um único contrato terceirizado junto a Helibras, que prevê desde o Controle Técnico de Manutenção - CTM automatizado em sistema informatizado, até a manutenção de 3º nível de célula, motores, equipamentos instalados e componentes em geral. A contratada é autorizada a subcontratar quando ela não realiza um determinado serviço, por exemplo: o serviço de primeiro nível de motor e alguns de 2° nível a Helibras mesmo faz, o restante a Empresa Safran entra quando subcontratada, fatura contra a Helibras, que por sua vez fatura contra a Receita Federal. (GOMES, 2021, Apêndice H).

O tipo de contratação com maior adesão foi a de prestação de serviços

de 3° nível, junto com o fornecimento de peças, possivelmente em função da

exclusividade da Helibras no Brasil, sobre estes dois itens. Optaram por essa

forma o BPMOA do Paraná, o CIOPAER do Ceará e a Coordenação de

Operações Aéreas do Rio de Janeiro.

4.3.3. Novas formas de gestão de 3° nível para células

Ao se discutir as manutenções de 3° nível, é importante se ter em mente

que as células dos helicópteros são compostas por componentes auxiliares, que

eventualmente podem ser de uma marca distinta do fabricante principal da

célula, a exemplo de um servo comando ou arranque gerador. Nestes casos, a

revisão ou reparo do componente é considerado de 3° nível, mas passível de ser

realizada por qualquer empresa que tenha a certificação do fabricante do

componente.

Apesar de haver esta possibilidade de realização pontual de serviços de

3° nível, o peso maior, no que diz respeito a quantidade e relevância dos

componentes, está na marca da fabricante principal da célula.

A condição de exclusividade que a empresa Helibras detêm, de fato,

acaba por restringir o rol de opções para contratações de 3° nível, tanto que, ao

serem questionados em relação a possíveis alternativas, os gestores

entrevistados não souberam responder ou citaram um programa denominado

HCare da fabricante Airbus, oferecido no Brasil pela Helibras.

67

Não foi possível pesquisar maiores informações acerca desse programa.

Os gestores do BPMOA do Paraná, COA do Rio de Janeiro e da Receita Federal,

apenas demostraram ter uma ideia de ser um sistema administrado com um valor

fixo para a hora de voo, dando direito a uma cobertura de manutenções

programadas e não programadas. O programa demandaria o pagamento de uma

taxa de entrada, assim como o programa da Safran, mas não deixa claro a forma

como seria calculado na prática.

O programa da Safran, de maneira superficial, trata da avaliação de um

componente, à medida que se aproxima de uma revisão geral ao atingir o TBO

– Time Between Overhaul. Já em relação às células, trata-se de uma infinidade

de componentes, cada um com o seu próprio TBO e valor agregado, o que torna

bem mais complexa a tarefa de se definir o ingresso em um programa como

esse.

O gestor de manutenções do CIOPAER aventou a possibilidade de

realização de licitação internacional para esses serviços. Apesar de ser uma

discussão válida, não foi fundamentada no estudo essa forma de contratação,

devido a restrição da pesquisa ao cenário nacional.

4.3.4. Análise comparativa das formas de gestão de 3° nível

A pesquisa documental demonstrou que o CBMDF, apesar de não ter um

Contrato celebrado para prestação de serviços de 3° nível, não está desassistido

quanto à demandas dessa natureza, considerando a possibilidade de aquisição

de outro componente para substituição, ao invés da revisão.

Por meio de Contrato específico para aquisição de bens, junto à Helibras,

é possível a aquisição de componentes novos ou revisados. Inclusive com a

possibilidade de utilização do componente antigo como parte do pagamento,

procedimento conhecido como troca standard ou troca padrão.

Dependendo do componente, nos casos em que a Helibras não detenha

capacidade técnica para revisão no país, pode haver incidência de cobrança

adicional, após a análise pela fabricante Airbus no exterior. Por não haver

68

previsão contratual deste tipo de cobrança, os componentes com estas

características devem ser adquiridos sem a possibilidade da troca.

Considerando as restrições apontadas para atendimento das demandas

de 3° nível de célula, por meio dos Contratos vigentes no CBMDF, os órgãos

pesquisados levam vantagem do ponto de vista de potencial para

disponibilidade, em virtude da possibilidade de poder contar com formas

alternativas para solução das demandas de 3° nível, quer sejam por aquisição

de bens ou prestação de serviços de 3° nível, em um mesmo Contrato.

O aspecto financeiro também pode ser considerado, pois, como o gestor

terá a seu dispor soluções alternativas para resolução do problema, poderá optar

pela forma mais vantajosa para a Administração Pública, considerando as

particularidades do componente a ser revisado, reparado ou substituído em

troca.

O programa da Airbus, denominado HCare, pode ser considerado, do

ponto de vista da inovação, como o que mais se aproxima daquilo que se

considera ideal, pelo aspecto da disponibilidade dos equipamentos, a exemplo

do que já ocorre com os motores pelo programa SBH da Safran. Contudo, a não

adesão dos órgãos em virtude do custo elevado, e a falta de transparência em

relação a forma de cálculo para ingresso no programa, acabam por restringir as

discussões em relação a esta forma de gestão.

69

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho monográfico teve como propósito realizar uma análise das

formas de gestão das manutenções de 3° nível, para helicópteros da

Corporação, concernente ao custeio dedicado para estes serviços, considerando

também a possibilidade de incremento da disponibilidade para uso, devido a

inovação das formas de gestão.

O resultado do estudo foi alcançado por meio de pesquisa exploratória,

levantamento bibliográfico e realização de entrevistas com os gestores de

manutenção de helicópteros, dos mesmos modelos empregados pelo CBMDF,

no âmbito da administração pública, submetidos aos requisitos da aviação civil.

O estudo das formas de gerenciamento, não só de outros órgãos, como,

também, do próprio CBMDF, revelou alguns modelos de gestão que possibilitam

analisar, de forma significativa, o cenário nacional referente às manutenções de

3° nível dos helicópteros EC130 B4 e EC135 T2, operados pela Corporação.

A revisão de literatura abordou os conceitos relacionados ao tema do

estudo. Os dados obtidos foram analisados e confrontados com o referencial

teórico, possibilitando a formulação de uma proposta de inovação da gestão, de

modo a ser mais adequada à realidade do CBMDF.

Um desses dados coletados, e de relevância significativa, foi a escolha

quase que unânime dos órgãos, para o gerenciamento das manutenções de 3°

nível em conjunto com o fornecimento de peças, por meio da contratação de

forma exclusiva da representante da fabricante Airbus Helicópters no Brasil.

Constatou-se que a Corporação vem executando a gestão de

manutenção dos helicópteros dentro do planejamento anual de recursos

financeiros, entretanto em relação a disponibilidade do recurso, a forma de

gestão empregada pela maioria dos órgãos pesquisados, permite maior

flexibilidade ao gestor para solução das demandas. Tanto as do tipo programado,

quanto, principalmente, as do tipo não programado.

70

Portanto, ao término deste estudo, foi concluído que o elevado custo

associado às manutenções dos helicópteros, em especial as de 3° nível,

combinado com as questões estratégicas relacionadas à indisponibilidade do

recurso, acabam por refletir na necessidade de inovação da forma de gestão

dessas manutenções.

Os resultados, obtidos por meio da experiência de outros órgãos

pesquisados, não refletiram o que era esperado. Ao invés da contratação direta

da representante da fabricante, para os serviços de 3° nível com fornecimento

de peças, esperava-se uma solução similar ao que ocorrem com os motores, por

meio do SBH da Safran.

A forma que mais se aproxima da prestação do serviço de manutenção

conforme o SBH, ou seja, de pagamento por horas de voo/mês, seria também a

contratação de forma direta da representante da fabricante, mas com a diferença

de ser através do programa HCare.

Para subsidiar uma abordagem mais completa do tema, a pesquisa junto

ao representante da fabricante, bem como o levantamento dos itens controlados

dos sistemas dinâmicos dos helicópteros EC135 T2 e EC130 B4, deveriam ser

levados em conta. Entretanto, a antecipação em 12 (doze) dias para entrega do

presente estudo, bem como a nova onda de contaminação da COVID-19,

surgiram como fatores limitantes.

71

6. RECOMENDAÇÕES

Com base nas conclusões apontadas no presente trabalho, foi observado

que, para viabilizar uma forma de contratação direta da empresa representante

da fabricante dos helicópteros no país, deverão ser realizadas previamente as

seguintes medidas aqui recomendadas:

Nomeação de uma comissão técnica para levantamento de

todos os itens controlados, cujo reparo ou revisão sejam

considerados de 3° nível, bem como a definição, com base nas

horas remanescentes para revisão geral, de um planejamento

considerando um período de 30 (trinta) meses;

Fazer constar o resultado do planejamento na planilha de

estimativa de preços máximos aceitáveis para contratação, a

ser incluída no Termo de Referência que servirá de base

quantitativa, com vistas a subsidiar a minuta de Contrato do

Apêndice I;

Encaminhar a minuta de Contrato do Apêndice I à Acessória

Jurídica do CBMDF e Controladoria-Geral do Distrito Federal,

para consultas de ordem técnica;

Após análise e cumprimento de eventuais pendências,

encaminhar ao Diretor de Aquisições e Contratações para

efetivação da contratação junto à empresa representante.

72

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74

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APÊNDICE A – FROTA NACIONAL DE HELICÓPTEROS - EC130

REGISTRATION MARK

MODEL VERSION SERIAL

NUMBER YEAR OF

MANUFACTURE REGISTRATION

CATEGORY AIRCRAFT

STATUS (ANAC)

FLIGHT STATUS SERIAL

PRBOP EC 130 B4 7046 2010 ADE N In Service

PRDHL EC 130 B4 4388 2008 TPP N In Service

PRECB EC 130 B4 4531 2008 ADE N In Service

PRHBZ EC 130 B4 7509 2012 ADE N In Service

PRYHB EC 130 B4 3633 2002 TPP N In Service

PPBAS EC 130 B4 4742 2009 TPP N In Service

PPMBV EC 130 B4 4609 2008 TPP S8 In Service

PRAHH EC 130 B4 4774 2009 TPP N In Service

PRBAN EC 130 B4 4522 2008 TPP N In Service

PRBKK EC 130 B4 7308 2011 TPP N In Service

PRBOY EC 130 B4 4882 2009 TPP N In Service

PRCBH EC 130 B4 4895 2009 ADE N In Service

PRCJR EC 130 B4 7305 2011 TPP N In Service

PRECO EC 130 B4 3948 2005 M15 N In Service

PREMO EC 130 B4 7280 2011 TPP N In Service

PRETC EC 130 B4 4285 2007 TPP N In Service

PRGHG EC 130 B4 7321 2012 TPP N In Service

PRGJK EC 130 B4 4585 2008 TPP N In Service

PRGPD EC 130 B4 4829 2009 TPP N In Service

PRHAV EC 130 B4 3999 2005 TPP N In Service

PRHHZ EC 130 B4 7400 2012 TPP N In Service

PRHOR EC 130 B4 3772 2004 TPP N In Service

PRHVB EC 130 B4 7353 2012 ADE N In Service

PRHVT EC 130 B4 7034 2010 TPP N In Service

PRICE EC 130 B4 4593 2008 TPP N In Service

PRIPB EC 130 B4 4382 2008 TPP N In Service

PRJMN EC 130 B4 4992 2010 TPP N In Service

PRMDR EC 130 B4 7014 2010 TPP N In Service

PRMMA EC 130 B4 3382 2001 TPP S8 In Service

PRNIS EC 130 B4 4651 2008 TPP N In Service

PRNKM EC 130 B4 7159 2011 TPP N In Service

PROVJ EC 130 B4 4235 2007 TPP N In Service

PRPIT EC 130 B4 7097 2011 TPP S8 In Service

PRRGL EC 130 B4 4331 2007 TPP N In Service

PRRJH EC 130 B4 7066 2010 TPP N In Service

PRRMP EC 130 B4 7336 2012 TPP N In Service

PRRUC EC 130 B4 7301 2011 TPP N In Service

PRSHF EC 130 B4 3863 2004 TPP N In Service

PRTIL EC 130 B4 7206 2011 TPP N In Service

PRWVT EC 130 B4 3490 2001 TPP N In Service

78

PRYAS EC 130 B4 3734 2003 TPP N In Service

PRYES EC 130 B4 3618 2002 TPP N In Service

PTSBH EC 130 B4 7026 2010 TPP N In Service

PTYQL EC 130 B4 4127 2006 TPP N In Service

PPACI EC 130 T2 7613 2013 TPP N In Service

PPBGA EC 130 T2 7874 2014 TPP N In Service

PPMHC EC 130 T2 7976 2014 TPP N In Service

PPMNT EC 130 T2 7822 2014 TPP N In Service

PPPVB EC 130 T2 7793 2013 TPP N In Service

PRIMX EC 130 T2 7917 2014 TPP N In Service

PRLMH EC 130 T2 7688 2013 TPP N In Service

PRTII EC 130 T2 7867 2014 TPP N In Service

PRVMP EC 130 T2 7702 2013 TPP N In Service

PPPLO EC 130 T2 8409 2017 TPP N In Service

PRRVX EC 130 T2 8584 2018 TPP N In Service

PPABK EC 130 T2 8711 2019 TPP N In Service

PSJMN EC 130 T2 8618 2019 TPP N In Service

PSPVB EC 130 T2 8823 2020 TPP N In Service

PSZGF EC 130 T2 8812 2020 TPP N In Service

PSFEF EC 130 T2 8876 2020 TPP M In Service

PSFRF EC 130 T2 8806 2020 TPP N In Service

Frota nacional de aeronaves modelo EC130B4: 44 (quarenta e quatro) unidades Frota nacional de aeronaves modelo EC130T2: 17 (dezessete) unidades Total de aeronaves modelo EC130: 61 (sessenta e uma) unidades Atualizado em janeiro de 2021. Fonte: Adaptado pelo autor de HELIBRAS HELICÓPTEROS DO BRASIL S/A

79

APÊNDICE B – FROTA NACIONAL DE HELICÓPTEROS - EC135

REGISTRATION MARK

MODEL VERSION SERIAL

NUMBER YEAR OF

MANUFACTURE SEGMENT SUB-SEGMENT

AIRCRAFT MISSION

PRHAA EC 135 P2 229 2002 CIVIL COMMERCIAL Passenger Transport

PRPHB EC 135 P2 378 2005 CIVIL COMMERCIAL Passenger Transport

PRJGC EC 135 P2i 852 2009 CIVIL COMMERCIAL EMS

PRHZA EC 135 P2i 408 2005 CIVIL PRIVATE/BUSINESS

AVIATION Utility

PRHZB EC 135 P2i 422 2005 CIVIL PRIVATE/BUSINESS

AVIATION Utility

PSVCR EC 135 T3H 2122 2020 CIVIL PRIVATE/BUSINESS

AVIATION Private

PPMML EC 135 P2i 1098 2013 CIVIL PRIVATE/BUSINESS

AVIATION Business Aviation

PRFMI EC 135 P2e 1056 2012 CIVIL PRIVATE/BUSINESS

AVIATION Business Aviation

PRPVC EC 135 P2i 860 2010 CIVIL PRIVATE/BUSINESS

AVIATION Business Aviation

PROQB EC 135 P2i 926 2010 CIVIL PRIVATE/BUSINESS

AVIATION Business Aviation

PPMEC EC 135 T1 55 1998 CIVIL PRIVATE/BUSINESS

AVIATION Business Aviation

PPMEG EC 135 P1 178 2001 CIVIL PRIVATE/BUSINESS

AVIATION Private

PTYZB EC 135 P2 77 1999 CIVIL PRIVATE/BUSINESS

AVIATION Private

PRVSS EC 135 P2i 714 2008 CIVIL PRIVATE/BUSINESS

AVIATION Private

FAB8500 EC 135 P2i 637 2008 Military AIRFORCE Governmental VIP Transport

FAB8501 EC 135 P2i 673 2008 Military AIRFORCE Governmental VIP Transport

N7090 EC 135 T3 1264 2017 Military Navy Naval Tactical

Transport

N7091 EC 135 T3 1244 2016 Military Navy Naval Tactical

Transport

PTGAD EC 135 T3H 2047 2018 Oil&Gas OFFSHORE Oil and Gas

Offshore

PTGAX EC 135 T3H 2057 2018 Oil&Gas OFFSHORE Oil and Gas

Offshore

PRGCE EC 135 P2i 911 2010 PARAPUBLIC PARAPUBLIC Governmental VIP Transport

PRCBM EC 135 T2 433 2005 PARAPUBLIC PARAPUBLIC EMS

PRGSP EC 135 T2i 917 2010 PARAPUBLIC PARAPUBLIC Governmental VIP Transport

PRBAH EC 135 T2i 930 2010 PARAPUBLIC PARAPUBLIC Governmental VIP Transport

PRERJ EC 135 T2i 769 2009 PARAPUBLIC PARAPUBLIC Governmental VIP Transport

PRRFA EC 135 T2i 515 2006 PARAPUBLIC PARAPUBLIC Police or Law Enforcement

80

PRRFC EC 135 T2i 520 2006 PARAPUBLIC PARAPUBLIC Police or Law Enforcement

PPARY EC 135 T3H 2035 2018 PARAPUBLIC PARAPUBLIC Police or Law Enforcement

PREBS EC 135 T3H 2048 2018 PARAPUBLIC PARAPUBLIC Police or Law Enforcement

Frota nacional de helicópteros modelo EC135: 29 (vinte e nove) unidades Atualizado em dezembro de 2020. Fonte: Adaptado pelo autor de HELIBRAS HELICÓPTEROS DO BRASIL S/A

81

APÊNDICE C – ENTREVISTA COM O GESTOR 1

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82

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83

APÊNDICE D – ENTREVISTA COM O GESTOR 2

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84

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85

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86

APÊNDICE E – ENTREVISTA COM O GESTOR 3

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87

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88

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89

APÊNDICE F – ENTREVISTA COM O GESTOR 4

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90

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91

APÊNDICE G – ENTREVISTA COM O GESTOR 5

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92

APÊNDICE H – ENTREVISTA COM O GESTOR 6

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93

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94

APÊNDICE I – MINUTA DE CONTRATO (PRODUTO)

(MINUTA DE CONTRATO)

CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS n.º__/21 - CBMDF,

nos termos do Padrão nº 03/2002.

Processo n.º LINK SEI.

CLÁUSULA PRIMEIRA – DAS PARTES

1.1. O Distrito Federal, por meio do CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL,

doravante denominado CBMDF, inscrito no CNPJ sob o nº 08.977.914/0001-19, representado neste

instrumento pelo Ten-Cel. QOBM/Comb. _________________, portador do RG n.º ______ - CBMDF e do

CPF n.º __________, Diretor de Contratações e Aquisições, de acordo com o inciso XVI do art. 7º do Decreto

n.º 7.163, de 29/04/2010 e combinado com a delegação de competência prevista na Portaria n.º 21, de

24/03/2011 e a empresa HELIBRAS S/A – HELICÓPTEROS DO BRASIL, doravante denominada

CONTRATADA, inscrita no CNPJ sob o nº 20.367.629/0001-81, com sede na Rua Santos Dumont, 200, CEP:

37.504-900 – Distrito Industrial, Itajubá - MG de representada por___________________________, portador

(a) do RG nº ___________/ e do CPF n° _______________, conforme poderes conferidos pelo contrato social

(LINK SEI) e Procuração (LINK SEI), na qualidade de _________________________.

CLÁUSULA SEGUNDA - DO PROCEDIMENTO

2.1. O presente Contrato obedece aos termos do_________, da Justificativa de Inexigibilidade de Licitação

(LINK SEI), da Proposta (LINK SEI) baseada no inciso ___, art. 25, c/c art. 26, da _____________, e da Lei

nº 8.666/93 e alterações subsequentes, além de outras normas aplicáveis à espécie.

CLÁUSULA TERCEIRA - DO OBJETO

3.1. O presente CONTRATO tem por objeto a contratação da empresa HELIBRAS S/A – HELICÓPTEROS

DO BRASIL especializada e exclusiva prestadora de serviços de manutenção (reparo e revisão geral) de 3°

nível ( “D” e “I+” Level Eurocopter), reparo de pás dos rotores principais e de cauda, fornecimento de peças

para manutenção, troca standard (Exchange) de componentes, inspeções horárias e calendáricas relativas ao

serviço de 3º nível, buscando atender a demanda oriunda da frota de aeronaves da linha HELIBRAS/AIRBUS,

do Grupamento de Aviação Operacional do CBMDF, na que passam a integrar o presente Termo.

CLÁUSULA QUARTA - DA FORMA E REGIME DE EXECUÇÃO

4.1. As manutenções de 1° e 2º níveis (“I”) somente poderão ser realizadas mediante prévia justificativa do

Grupamento de Aviação Operacional e com a devida autorização da Diretoria de Orçamento e Finanças,

quando estiver em curso a manutenção de 3º nível (“D” e “I+” Level Eurocopter).

4.2. O objeto será executado segundo o regime de execução de empreitada por preço unitário.

CLÁUSULA QUINTA - DO VALOR

5.1. O valor total do Contrato é de R$ ________ (____________________), devendo a importância ser

atendida à conta de dotações orçamentárias consignadas no orçamento corrente – Lei Orçamentária 20__.

95

5.2. Observado o interregno mínimo de um ano a partir da data limite para apresentação da proposta, ou, no

caso de novo reajuste, a data a que o anterior tiver se referido, o Contrato celebrado poderá, à pedido da

empresa, ter seus valores anualmente reajustados, pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -

IPCA.

5.3. O prazo para a CONTRATADA requerer o reajuste contratual estipulado na Cláusula 5.2. extinguir-se-á:

5.3.1. com o fim do prazo de vigência, momento em que ocorrerá a preclusão temporal; ou

5.3.2. com a formalização Termo Aditivo de prorrogação de vigência contratual, momento em que ocorrerá a

preclusão consumativa.

5.4. Os efeitos financeiros decorrentes do reajuste contratual vigorarão a partir da data do pedido, observado o

interregno mínimo estipulado na Cláusula 5.2.

CLÁUSULA SEXTA - DA DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA

6.1. A despesa correrá à conta da seguinte Dotação Orçamentária:

I – Unidade Orçamentária:

II – Programa de Trabalho:____________________.

III – Natureza da Despesa: ____________________.

IV – Fonte de Recursos:

6.2. O empenho inicial é de ___________ ( _________), conforme Nota de Empenho nº _____, emitida em

_______, sob o evento nº ________, na modalidade ____________.

CLÁUSULA SÉTIMA – DO PAGAMENTO

7.1. O pagamento será feito, de acordo com as Normas de Execução Orçamentária, Financeira e Contábil do

Distrito Federal, em parcela (s), mediante a apresentação de Nota Fiscal, liquidada até___(________) dias de

sua apresentação, devidamente atestada pelo Executor do Contrato.

7.1.1. A Nota Fiscal apresentada para fins de pagamento deve ser emitida pelo mesmo CNPJ constante na

proposta de preços, à exceção de empresas que sejam matriz e filial;

7.1.2. As Notas Fiscais apresentadas com CNPJ divergente da proposta de preços, à exceção de empresas

matriz e filial, serão devolvidas pela Administração, para a devida correção (emissão de Nota Fiscal com o

CNPJ correto).

7.2. A Nota Fiscal deverá ser emitida em nome do CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO

FEDERAL, CNPJ: 08.977.914/0001-19.

7.3. Para efeito de pagamento, a Contratada deverá apresentar os seguintes documentos:

7.3.1. Prova de Regularidade junto à Fazenda Nacional (Débitos e Tributos Federais), à Dívida Ativa da

União e junto à Seguridade Social (contribuições sociais previstas nas alíneas “a” a “d” do parágrafo único

do art. 11 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991 – contribuições previdenciárias e as às de terceiros), fornecida

por meio da Certidão Negativa, ou Positiva com Efeito de Negativa, de Débitos Relativos aos Tributos Federais

e à Dívida Ativa da União;

96

7.3.2. Certificado de Regularidade do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS, fornecido pela CEF

– Caixa Econômica Federal, devidamente atualizado (Lei n.º 8.036/90);

7.3.3. Certidão de Regularidade com a Fazenda do Distrito Federal;

7.3.4. Certidão de regularidade relativa a débitos inadimplidos perante a Justiça do Trabalho, mediante a

apresentação de certidão negativa, em plena validade, que poderá ser obtida no site www.tst.jus.br/certidao.

7.4. Passados 30 (trinta) dias sem o devido pagamento por parte da Administração, a parcela devida será

atualizada monetariamente, desde o vencimento da obrigação até a data do efetivo pagamento de acordo com

a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA pro rata tempore.

7.5. Nenhum pagamento será efetuado à Contratada enquanto pendente de liquidação qualquer obrigação que

lhe for imposta, em virtude de penalidade ou inadimplência, sem que isso gere direito ao pleito do

reajustamento de preços ou correção monetária (quando for o caso).

CLÁUSULA OITAVA - DO PRAZO DE VIGÊNCIA

8.1. O contrato terá vigência de30 (trinta) meses, a partir da data de sua assinatura.

8.2. O prazo contratual poderá ser prorrogado, observando-se o limite previsto no art. 57, II, da Lei nº 8.666/93,

desde que a proposta da CONTRATADA seja mais vantajosa para o CONTRATANTE.

CLÁUSULA NONA – DA GARANTIA CONTRATUAL

9.1. A garantia para a execução do Contrato será de 5% (cinco por cento) do valor do contrato, mediante uma

das seguintes modalidades a escolha do Contratado: fiança bancária, seguro garantia ou caução em dinheiro

ou em títulos da dívida pública, devendo os dois primeiros ser emitidos sob a forma escritural, mediante

registro em sistema centralizado de liquidação e de custódia autorizado pelo Banco Central do Brasil e

avaliados pelos seus valores econômicos, conforme definido pelo Ministério da Fazenda;

9.2. A garantia deverá ter validade igual ou superior a 90 dias após a vigência do contrato;

9.3. Toda e qualquer garantia prestada pela Contratada:

9.3.1. quando em dinheiro, somente poderá ser levantada 90 dias após a extinção do contrato, atualizada

monetariamente;

9.3.2. poderá, a critério do CBMDF, ser utilizada para cobrir eventuais multas e/ou para cobrir o

inadimplemento de obrigações contratuais, sem prejuízo da indenização eventualmente cabível. Nesta

hipótese, no prazo máximo de 15 (quinze) dias corridos após o recebimento da notificação regularmente

expedida, a garantia deverá ser reconstituída;

9.3.3. ficará retida no caso de rescisão contratual, até definitiva solução das pendências administrativas ou

judiciais.

9.4. Caso a contratada opte pela caução em dinheiro, a empresa deverá realizar TED ou depósito para a

Secretaria de Estado de Fazenda do Distrito Federal, CNPJ 00.394.684/0001-53, no Banco Regional de Brasília

(BRB) Agência 100; Conta 800482-8.

CLÁUSULA DÉCIMA – DA RESPONSABILIDADE DO DISTRITO FEDERAL

10.1. Realizar os pagamentos devidos à CONTRATADA, nas condições estabelecidas neste contrato.

97

10.2. Fornecer à CONTRATADA documentos, informações e demais elementos que possuir, pertinentes à

execução do presente contrato.

10.3. Exercer a fiscalização do contrato;

10.4. Receber provisória e definitivamente o objeto do contrato, nas formas definidas no edital e no contrato.

CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA – DAS OBRIGAÇÕES E RESPONSABILIDADES DA

CONTRATADA

11.1. Conduzir os serviços de acordo com as normas do serviço e as especificações técnicas e, ainda, com

estrita observância do Termo de Referência, das Propostas Especiais e da legislação vigente.

11.2. Prover os serviços ora contratados, com pessoal adequado e capacitado em todos os níveis de trabalho.

11.3. Iniciar e concluir os serviços nos prazos estipulados.

11.4. Comunicar à Comissão de Fiscalização do Contrato, por escrito e tão logo constatado problema ou a

impossibilidade de execução de qualquer obrigação contratual, para a adoção das providências cabíveis.

11.5. Responder pelos serviços que executar, na forma do Termo de Referência e da legislação aplicável.

11.6. Reparar, corrigir, remover, reconstruir ou substituir, no todo ou em parte e às suas expensas, bens ou

prestações objeto do contrato em que se verificarem vícios, defeitos ou incorreções resultantes de execução

irregular ou do emprego ou fornecimento de materiais inadequados ou desconformes com as especificações.

11.7. Observado o disposto no artigo 68 da Lei nº 8.666/93, designar preposto, que deverá se reportar

diretamente ao Fiscal do contrato, para acompanhar e se responsabilizar pela execução dos serviços, inclusive

pela regularidade técnica e disciplinar da atuação da equipe técnica disponibilizada para os serviços.

11.8. Elaborar relatório mensal sobre a prestação dos serviços, dirigido ao fiscal do contrato, relatando todos

os serviços realizados, eventuais problemas verificados e qualquer fato relevante sobre a execução do objeto

contratual.

11.9. Manter em estoque um mínimo de materiais, peças e componentes de reposição regular e necessários à

execução do objeto do contrato.

11.10. Manter, durante toda a duração deste contrato, em compatibilidade com as obrigações assumidas, as

condições de habilitação e qualificação exigidas para contratação.

11.11. Indenizar todo e qualquer dano e prejuízo pessoal ou material que possa advir, direta ou indiretamente,

do exercício de suas atividades ou serem causados por seus prepostos à CONTRATANTE, aos usuários ou

terceiros.

11.12. Observar o cumprimento do quantitativo de pessoas com deficiência, estipulado pelo art. 93, da Lei

Federal nº 8.213/91.

11.13. Os serviços de manutenção e reparo nas aeronaves deverão ser executados sempre que solicitados pelo

Grupamento de Aviação Operacional, em estabelecimento próprio do Contratado. Fica estabelecido como local

de Execução dos Serviços ou Fornecimento de Peças as Oficinas de Manutenção da Helibrás em Itajubá- MG

e o Centro de Suporte ao Cliente em Atibaia – SP.

98

11.14. Deverão ser utilizados materiais originais e/ou encomendados pelo fabricante, os quais serão faturados

em separado em face das Naturezas de Despesa diferentes para serviços e peças.

11.15. A CONTRATADA deverá fornecer à Diretoria de Orçamento e Finanças - DIOFI, de forma gratuita, o

catálogo de preços das peças (“PriceList”) da Helibrás em vigor no Brasil, através do sistema Keycopter,

juntamente com a chave de acesso que permitirá a consulta ao mesmo. Caberá à CONTRATADA,

obrigatoriamente, sempre que houver alteração nos preços, fornece gratuitamente novo Catálogo de Preços de

Peças.

11.16. Antes da execução de cada serviço deverão ser enviados e aprovados orçamento prévio, com

discriminação de peças a serem trocadas e quantidade de horas dos serviços, utilizando para tal o “price list”

(lista de preços pública a todos os clientes), a Taxa Administrativa e o valor homem-hora, o qual deverá ser

previamente aprovado pelo Executor do Contrato.

11.17. A CONTRATADA deverá refazer todo e qualquer serviço, sem ônus para à Subsecretaria Militar da

Casa Civil, sempre que for apresentado e/ou constatado irregularidades.

CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA – DA ALTERAÇÃO CONTRATUAL

12.1. Toda e qualquer alteração deverá ser processada mediante a celebração de Termo Aditivo, com amparo

no art. 65 da Lei nº 8.666/93, vedada a modificação do objeto.

12.2. A alteração de valor contratual, decorrente do reajuste de preço, compensação ou penalização financeira,

prevista no Contrato, bem como o empenho de dotações orçamentárias, suplementares, até o limite do

respectivo valor, dispensa a celebração de aditamento.

CLÁUSULA DÉCIMA TERCEIRA – DAS PENALIDADES

13.1. Pelo descumprimento de quaisquer cláusulas ou condições do presente Contrato, serão aplicadas as

penalidades estabelecidas no Decreto 26.851/2006 e alterações posteriores.

CLÁUSULA DÉCIMA QUARTA – DA RESCISÃO AMIGÁVEL

14.1. O Contrato poderá ser rescindido amigavelmente, por acordo entre as partes, reduzida a termo no

processo, desde que haja conveniência para a Administração, bastando para tanto, manifestação escrita de uma

das partes, com antecedência mínima de 60 (sessenta) dias, sem interrupção do curso normal da execução do

Contrato, devendo ser precedida de autorização escrita e fundamentada da autoridade competente.

CLÁUSULA DÉCIMA QUINTA – DA RESCISÃO

15.1. O Contrato poderá ser rescindido por ato unilateral da Administração, reduzido a termo no respectivo

processo, na forma prevista no Edital, observado o disposto no art. 78 da Lei nº 8.666/93, sujeitando-se a

Contratada às consequências determinadas pelo art. 80 desse diploma legal, sem prejuízo das demais sanções

cabíveis.

CLÁUSULA DÉCIMA SEXTA – DOS DÉBITOS PARA COM A FAZENDA PÚBLICA

16.1. Os débitos da Contratada para com o Distrito Federal, decorrentes ou não do ajuste, serão inscritos em

Dívida Ativa e cobrados mediante execução na forma da legislação pertinente, podendo, quando for o caso,

ensejar a rescisão unilateral do Contrato.

99

CLÁUSULA DÉCIMA SÉTIMA – DO EXECUTOR

17.1. O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal designará um Executor para o Contrato, que

desempenhará as atribuições previstas nas Normas de Execução Orçamentária, Financeira e Contábil do

Distrito Federal.

CLÁUSULA DÉCIMA OITAVA - DA PROIBIÇÃO DE CONTEÚDO DISCRIMINATÓRIO

18.1. Nos termos da Lei Distrital nº 5.448/2015, regulamentada pelo Decreto Distrital nº 38.365/2017, é

estritamente proibido o uso ou emprego de conteúdo discriminatório, relativo às hipóteses previstas no art. 1º

da mencionada Lei, podendo sua utilização ensejar a rescisão do Contrato e aplicação de multa, sem prejuízo

de outras sanções cabíveis.

CLÁUSULA DÉCIMA NONA - DA PROIBIÇÃO DE UTILIZAÇÃO DE MÃO DE OBRA INFANTIL

19.1. Nos termos da Lei nº 5.061/2013 e com fundamento no inciso XXXIII do artigo 7º e inciso I do §3º do

artigo 227 da Constituição Federal, é vedada a utilização de mão de obra infantil no presente Contrato.

CLÁUSULA VIGÉSIMA - DA PUBLICAÇÃO E DO REGISTRO

20.1. A eficácia do Contrato fica condicionada à publicação resumida do instrumento pela Administração, na

Imprensa Oficial, até o quinto dia útil do mês seguinte ao de sua assinatura, para ocorrer no prazo de vinte dias

daquela data. Os contratos e seus aditamentos serão lavrados nas repartições interessadas, as quais manterão

arquivo cronológico dos seus autógrafo e registro sistemático do seu extrato, salvo os relativos a direitos reais

sobre imóveis, que se formalizam por instrumento lavrado em cartório de notas, de tudo juntando-se cópia ao

processo que lhe deu origem, nos termos do art. 60, caput, da Lei 8.666/93.

CLÁUSULA VIGÉSIMA PRIMEIRA – DO FORO

21.1. Fica eleito o foro de Brasília, Distrito Federal, para dirimir quaisquer dúvidas relativas ao cumprimento

do presente Contrato.

100

ANEXO A – DECLARAÇÃO DE EXCLUSIVIDADE AIRBUS

101

ANEXO B – DECLARAÇÃO DA AIAB

102

103

ANEXO C – LISTA DE CAPACIDADES – HELISTAR

104

ANEXO D – COTAÇÃO DE PREÇO – HELIBRAS