Upload
doankhuong
View
214
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
CORREÇÃO DA DISTORÇÃO
IDADE/SÉRIE - CDIS
Brasília - DF
GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
PARA A CORREÇÃO DA
DISTORÇÃO IDADE/SÉRIE DA
REDE PÚBLICA DE ENSINO
Brasília - 2012
GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL
Agnelo dos Santos Queiroz Filho SECRETÁRIO DE ESTADO DE EDUCAÇÃO Denilson Bento da Costa SECRETÁRIO ADJUNTO DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL Maria Luiza Fonseca do Valle SUBSECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA
Sandra Zita Silva Tiné COORDENADOR DE ENSINO FUNDAMENTAL Kátia Franca Vasconcellos COORDENADOR DE ENSINO MÉDIO
Gilmar de Souza Ribeiro CHEFE DO NÚCLEO DE CORREÇÃO DA DISTORÇÃO IDADE/SÉRIE Hélia Cristina Sousa Giannetti CHEFE DO NÚCLEO DE ENSINO MÉDIO NOTURNO
Alexandra Pereira da Silva ELABORAÇÃO Álvaro Sebastião Teixeira Ribeiro Amanda Midôri Amano Anna Carolina Moura Lopes Coelho Sathler Aparecida Maria Gonçalves Gomes Daniela Aparecida de Castro Gilmar de Souza Ribeiro Hélia Cristina Sousa Giannetti Kátia Franca Vasconcellos Matheus Ferreira Leandro Gabriel dos Santos Mara Lúcia Amorim Marçal COLABORAÇÃO
Coordenadores intermediários das Coordenações Regionais de Ensino da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal. Carmyra Batista Erondina Barbosa da Silva REVISÃO ORTOGRÁFICA
Daniela Aparecida de Castro DIAGRAMAÇÃO Amanda Midôri Amano
Senhores(as) Professores(as),
Após um ano de muita discussão e trabalho participativo durante os
encontros do Fórum Permanente da Correção da Distorção Idade/Série, realizado
no ano de 2011, que envolveu professores, coordenadores das unidades
escolares e coordenadores das Gerências Regionais de Educação Básica,
apresentamos as Orientações Pedagógicas para as turmas de Correção da
Distorção Idade/Série que normatizam e orientam o trabalho a ser desenvolvido.
As Orientações Pedagógicas têm como princípios fundamentais:
Formação Continuada, Avaliação Formativa, Trabalho Coletivo e Educação
Integral como proposição para o desenvolvimento das ações a serem realizadas
nos anos de 2012 a 2014.
Esperamos que as Orientações Pedagógicas possam subsidiar o trabalho
e o desenvolvimento de uma proposta diferenciada aos estudantes que
encontram-se em defasagem idade/série, na perspectiva de garantir , numa ação
conjunta, a oportunidade de resgatar o desejo de aprender e ter garantido o direito
de continuação/conclusão de sua escolaridade de forma efetiva e eficaz. Devolver
esse direito é uma prioridade estabelecida pela Secretaria de Estado de Educação
do Distrito Federal.
Contamos com seu entusiasmo e compromisso para, juntos, buscarmos
uma educação democrática e de qualidade, pautada nos princípios da igualdade e
diversidade.
Denilson Bento da Costa Secretário de Estado de Educação
Sandra Zita Silva Tiné Subsecretaria de Educação Básica
Kátia Franca Vasconcellos Coordenadora do Ensino Fundamental
Gilmar de Souza Ribeiro Coordenador do Ensino Médio
Sumário
Introdução............................................................................................................... 7
Justificativa ............................................................................................................ 8
Dispositivos legais ............................................................................................... 11
Educação Integral ................................................................................................ 12
A Educação como um direito humano. ............................................................ 14
Educação e Diversidade .................................................................................. 15
Tecnologias da Informação e Comunicação - TIC ............................................ 17
Organização do Trabalho Pedagógico ............................................................... 18
Coordenação Pedagógica ............................................................................... 18
Coordenação pedagógica local .................................................................... 19
Coordenação pedagógica intermediária ....................................................... 20
Coordenação pedagógica central ................................................................. 21
Espaço de Integração Pedagógica .................................................................. 21
Possibilidades Metodológicas ............................................................................ 22
Estratégias Pedagógicas ................................................................................. 23
Reagrupamento interclasse .......................................................................... 23
Reagrupamento intraclasse .......................................................................... 25
Acompanhamento Pedagógico Individual .................................................... 25
Avaliação .............................................................................................................. 26
Registro Descritivo ....................................................................................... 28
Registro de Avaliação ................................................................................... 28
Registro do Conselho de Classe .................................................................. 29
Acompanhamento Especializado - Orientador Educacional ............................ 30
Formação Continuada ......................................................................................... 31
Organização das Turmas de Correção da Distorção Idade/Série .................... 32
Critérios para formação de turmas .................................................................. 32
Ensino Fundamental - Anos Iniciais ............................................................. 32
Ensino Fundamental – Anos Finais: ............................................................. 34
Ensino Médio ................................................................................................ 35
Matriz Curricular ................................................................................................... 38
Ensino Fundamental/Anos Iniciais ................................................................... 39
Ensino Fundamental/Anos Finais .................................................................... 40
Organização da carga horária dos professores ........................................ 41
Ensino Médio ................................................................................................... 42
Organização da carga horária dos professores ......................................... 43
Referências Bibliográficas .................................................................................. 44
Anexos .................................................................................................................. 45
CORREÇÃO DA DISTORÇÃO IDADE/SÉRIE
A
7
INTRODUÇÃO
A Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal - SEDF, por meio
da Subsecretaria de Educação Básica - SUBEB, no intuito de oferecer Orientações
Pedagógicas para as turmas de correção da distorção idade/série do ensino
fundamental e médio no período de 2012 - 2014, apresenta este documento que
têm por objetivo subsidiar e normatizar as ações pedagógicas nas unidades
escolares que possuem turmas com essas especificidades em seu trabalho.
Destaca-se que este documento origina-se de um trabalho coletivo,
construído por professores, coordenadores locais e intermediários das unidades
escolares, que ofereceram turmas de correção da distorção idade/série no ano
letivo de 2011, e representantes da SUBEB (Coordenação de Ensino Fundamental
e Ensino Médio). Essa construção aconteceu durante os encontros do fórum
permanente, criado nesse mesmo ano, atendendo a um encaminhamento da
Conferência de Educação, realizada no ano de 2010.
Ao final da Conferência apontou-se a necessidade de:
1. romper com projetos privatizados;
2. instituir um fórum permanente sobre distorção idade/série;
3. apresentar uma política educacional que atendesse e respeitasse a
identidade das Unidades Escolares da Secretaria de Estado de
Educação do Distrito Federal.
As atividades do Fórum se concentraram em realizar o levantamento dos
principais problemas enfrentados pelas Unidades Escolares e professores, visando
medidas necessárias para que fossem resolvidos.
Surgiram, então, diversas propostas para facilitar a atividade docente, bem
como criar condições básicas para que o trabalho do professor alcançasse o
resultado desejado: a superação da defasagem idade/série, para que os
estudantes tenham condições de prosseguir os estudos, sem que essa aceleração
represente lacunas de conteúdos e conhecimentos.
A participação dos coordenadores intermediários e o envolvimento dos
professores na construção da estrutura de atendimento dessas turmas foram de
fundamental importância, pois possibilitou a criação de um projeto que se
preocupa em atender às especificidades desses estudantes.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
A
8
As propostas apresentadas pelo Fórum procuraram estabelecer condições
de trabalho para o professor, considerando a realidade da Unidade Escolar e do
seu público alvo. Apontam-se, então, os aspectos fundamentais inerentes à
dinâmica de trabalho:
atuação exclusiva nas turmas da correção da distorção idade/série;
suporte pedagógico por meio da coordenação pedagógica;
participação de momentos específicos de discussão e troca de
experiências;
acesso à formação continuada exclusiva para especificidade do trabalho;
apoio para o planejamento e organização do trabalho pedagógico;
atuação de forma interdisciplinar e transversal, integrando as áreas de
conhecimento;
desenvolvimento de projetos de forma interterdisciplinar e transdisciplinar,
nos casos em que houver carga horária residual;
redução do número de estudantes nas turmas.
A perspectiva é dar continuidade a esse processo participativo por meio do
diálogo com professores, estudantes, pais, responsáveis, coordenadores
pedagógicos e gestores das diferentes instâncias do sistema educacional,
seguindo o princípio da gestão democrática e da construção coletiva.
Destaque-se, ainda, a participação decisiva da Subsecretaria de Gestão de
Pessoas - SUGEPE, que demonstrou total compromisso com essa construção,
inaugurando um novo processo em que o setor administrativo dialoga e apoia o
debate pedagógico.
JUSTIFICATIVA
A distorção idade/série é consequência de uma antiga cultura da educação
brasileira que, baseada na meritocracia, tem naturalizado a retenção dos
estudantes em uma determinada série. Quando os estudantes não alcançam os
objetivos ou não demonstram as expectativas de aprendizagem predeterminadas
pelas propostas curriculares, são obrigados a repetir, no ano seguinte, tudo o que
foi visto em uma determinada série, ignorando o seu desenvolvimento global e as
aprendizagens construídas por eles.
CORREÇÃO DA DISTORÇÃO IDADE/SÉRIE
A
9
Essa postura é acentuada nos anos finais do ensino fundamental e,
principalmente, no Ensino Médio. Trata-se, antes de tudo, de uma relação de
poder. Há pouco sentido pedagógico nessa postura, a não ser a lógica de que a
punição também educa.
Segundo o Censo Escolar do Distrito Federal, no ano de 2011 havia 62.287
estudantes do Ensino Fundamental com dois ou mais anos de defasagem
idade/série, sendo 22.559 dos Anos Iniciais e 39.728 dos Anos Finais. No Ensino
Médio, os dados indicam 6.022 estudantes nessa situação.
A prioridade estabelecida de uma política própria para atendimento a essas
turmas deve-se à compreensão de que precisamos, de forma coletiva e planejada,
restabelecer a esse estudante o direito de cursar a série em conformidade à sua
idade. Devolver esse direito é uma prioridade instituída pela Secretaria de Estado
de Educação do Distrito Federal.
Ao tratar da distorção idade/série muitos são os aspectos que devem ser
analisados como, por exemplo: as dificuldades de aprendizagem apresentadas
pelos estudantes; as dificuldades didático-pedagógicas dos professores que atuam
em turmas de defasagem idade/série, isolamento pedagógico vivenciado nas
unidades escolares; necessidades de atendimento especializado aos estudantes
matriculados nas turmas; problemas externos à escola, que apresentam reflexos
no processo educativo; avaliação da aprendizagem, que tem servido muito mais
para constatar do que para diagnosticar as potencialidades dos estudantes.
A proposta da SEDF tem por objetivo principal a redução dos índices de
defasagem idade/série, para que a correção da distorção não seja mais necessária
na rede Pública de Ensino, podendo reduzir também os índices de evasão escolar
decorrentes das sucessivas reprovações dos estudantes.
Espera-se a reintegração do estudante à série correspondente à sua idade
em condições de aprender e ser aprovado para a série seguinte, devolvendo a ele
o direito a uma educação de qualidade, garantido a todo cidadão. Para o Ensino
Médio, a trajetória do estudante é para a conclusão dessa etapa e, portanto, não
há indicação de metas parciais de alcance.
As Orientações Pedagógicas apontam duas grandes concepções teóricas a
respeito do currículo para orientar a prática pedagógica. Do ponto de vista da
concepção crítica, a pedagogia histórico-crítica (Saviani) destaca a importância
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
A
10
dos conteúdos como ferramenta fundamental para compreender e intervir no
mundo real. O conhecimento historicamente produzido e acumulado pela
humanidade em seus contextos sociais e políticos assume importância estratégica
na formação dos sujeitos. A leitura crítica do mundo e a participação ativa dos
cidadãos na transformação da realidade (Freire) conferem a essa concepção a sua
dimensão política, também tão importante quanto a apreensão dos conteúdos.
As teorias pós-críticas, atualmente em debate entre os pesquisadores da
educação, apresentam outras dimensões da formação de cada sujeito. Deste
ponto de vista, os conhecimentos científicos são ancorados aos conhecimentos
prévios dos estudantes e se transformam em novos saberes, construídos em rede,
cujos processos têm sido associados às metáforas como teias ou rizomas.
É fundamental a implementação de estratégias metodológicas que
possibilitem o desenvolvimento de aprendizagens significativas e que incorporem a
construção da autonomia dos estudantes. A pedagogia de projetos apresenta-se
como uma das possibilidades metodológicas interessantes para orientar a prática
docente.
Nessa mesma direção, o processo avaliativo bem como os instrumentos a
serem utilizados, devem ser planejados e elaborados de forma a superar a
dimensão meritocrática, baseada somente na aplicação de testes para examinar a
quantidade de conhecimentos assimilados pelos estudantes. Significa dizer que a
avaliação, para além de medir conhecimentos, deve ser um processo que
acompanhe o desenvolvimento global dos estudantes, ou seja, a sua dimensão
formativa.
Dessa forma, a correção da distorção idade/série não deve ser apenas um
programa de aceleração do tempo e das aprendizagens ou a aprovação
automática para a conclusão de etapas. Para além da recuperação do tempo, a
correção da distorção idade/série é uma alternativa que deve ser entendida como
uma ação político-pedagógica para resgatar a função social da escola pública, ao
cumprir um preceito constitucional – o do direito à educação. Trata-se de uma
educação com qualidade social, voltada para a emancipação dos sujeitos e de
suas práticas sociais. É necessário reafirmar o compromisso da SEDF com a
formação integral dos estudantes, que passa, necessariamente, pela qualidade do
ensino e das aprendizagens dos conteúdos e, sobretudo, por enxergar nesses
CORREÇÃO DA DISTORÇÃO IDADE/SÉRIE
A
11
estudantes, sujeitos integrais, possuidores de saberes e desejos que precisam ser
respeitados e valorizados.
DISPOSITIVOS LEGAIS
Tendo como questão primordial a Educação como dever do Estado, vale
afirmar que todo direito gera um dever. A Constituição Federal, em seu Art. 205,
aponta: “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade...”
Para os estudantes em distorção idade/série pode-se, com base na
legislação em vigor, oferecer uma escola que cumpra, efetivamente, os objetivos
da educação previstos no Art. 205 da Constituição: “(...) pleno desenvolvimento da
pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho.”
O PNE/2011-2020 (Meta 03 – estratégia 3.2) e a LDB 9.394/96 em seu
Art. 24, inciso V, alínea b, respaldam a adoção de ações que oportunizem a
aceleração de estudos para estudantes com atraso escolar por parte dos sistemas
de ensino:
“Manter e ampliar programas e ações de correção de fluxo do ensino fundamental por meio do acompanhamento individualizado do estudante com rendimento escolar defasado...” PNE/2011-2020 (Meta 03 – estratégia 3.2) V - a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios: (...)
b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar;” (LDB nº 9.394/96, Artigo 24, inciso V, alínea b)
A LDB aponta grandes possibilidades de oferta diferenciada do ensino
fundamental. Devemos prestar atenção ao direito à “garantia de padrão de
qualidade” (CF Art.206, VII) e estar atentos às flexibilidades oferecidas, tais como:
Valorização da experiência extra-escolar. (CF Art. 3º, X);
Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais (CF
Art. 3º, XI).
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
A
12
A legislação aponta, assim, para a oferta de outros tipos de experiências
educativas, adequadas às especificidades de cada idade, levando em
consideração os valores culturais dos estudantes, suas vivências, seus
conhecimentos acumulados, sua criatividade e a expectativa em relação ao
mundo, conforme afirma o Estatuto da Criança e do Adolescente: “No processo
educacional respeitar-se-ão os valores culturais, artísticos e históricos próprios do
contexto social da criança e do adolescente, garantindo-se a estes a liberdade de
criação e o acesso às fontes de cultura (Art. 58)”.
Nesse sentido, a Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal, em
consonância com a legislação citada, indica a necessidade de realizar uma
proposta diferenciada para atendimento aos estudantes em defasagem
idade/série.
EDUCAÇÃO INTEGRAL
A Educação Integral, como concepção, visa à formação humana em suas
múltiplas dimensões. Em outras palavras, não é possível educar sem reconhecer
que somos seres de direitos e deveres e que nos constituímos a partir de nossa
integralidade afetiva, cognitiva, motora, social, cultural, histórica, ética, estética, e,
também, a partir das relações humanas e sociais. Vista dessa forma, a Educação
requer que estejam integrados, e sejam ampliados, de forma qualitativa, os
espaços, os tempos, os saberes e os conteúdos. A ampliação do tempo de
permanência do estudante na escola, por si só, não define a educação como
integral, porém tal ampliação é fator essencial para que alcancemos a educação
integral.
Como processo pedagógico, a Educação Integral prevê práticas não
dicotomizadas, que reconhecem a importância dos saberes formais e não formais,
a construção de relações democráticas entre as pessoas e grupos -
imprescindíveis à formação humana, que valorizam os saberes prévios, as
múltiplas diferenças e semelhanças que fazem de todos nós sujeitos históricos e
sociais.
A educação integral deve ser fomentada a partir da realidade dos sujeitos
envolvidos no trabalho realizado. Deve conectar os saberes formais, construídos
CORREÇÃO DA DISTORÇÃO IDADE/SÉRIE
A
13
historicamente, aos saberes construídos pela comunidade para que nela adquiram
sentido e sirvam como mobilizadores de ações e atitudes que favoreçam à
formação solidária, fundada no respeito e na autonomia, a favor do bem comum e
da transformação social.
De acordo com Projeto Político Pedagógico da SEDF,
a educação deve ser referenciada pela formação integral do ser humano. Em outras palavras, a educação deve contemplar as diversas dimensões que formam o humano, não apenas os aspectos cognitivos. Deve reconhecer que, como sujeitos de direitos e deveres, é imprescindível que se oportunize aos estudantes o despertar de outras dimensões, entre elas: a ética, a artística, a física, a estética, entre outras. (PPP/SEDF, p. 16)
Por meio de espaços com condições adequadas de aprendizagem e ações
de ampliação de tempos e oportunidades educacionais, sociais, culturais,
esportivas e de lazer.
Sobre a educação desenvolvida em tempo integral, o PPP/SEDF (p. 20) nos
alerta que:
Só faz sentido pensar na ampliação da jornada escolar, ou seja, na implantação de escolas de tempo integral, se considerarmos uma concepção de Educação Integral em que a perspectiva de que o horário expandido represente uma ampliação de oportunidades e situações que promovam aprendizagens significativas e emancipadoras. Mais que isso, é preciso que tal ação possa tornar a progressão do estudante no sistema de ensino exitosa.
Ante o exposto, serão desenvolvidos projetos que contemplem as áreas da
saúde, filosofia e educação em movimento, inicialmente implantados em unidades
escolares piloto e ampliados gradativamente para todas as turmas de correção da
distorção idade/série. Além desses, outros projetos ligados à arte, cultura e aos
letramentos científicos poderão ser elaborados pelo próprio coletivo escolar, a
partir da formação junto à Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais da
Educação - EAPE ou em parceria com outras Instituições de ensino e pesquisa,
governamentais ou da sociedade civil.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
A
14
A Educação como um direito humano
No conjunto dos dispositivos que fazem parte das deliberações sobre a
ordem social, a Constituição Federal, em seu Art. 205, inclui a educação como
“direito de todos e dever do Estado e da família”. Assim a educação, reconhecida
como um dos Direitos Humanos, também tem sua garantia constitucional e,
portanto, se faz necessário o reconhecimento por parte da população desses
direitos. Segundo o grande educador, Paulo Freire, a Educação em Direitos
Humanos é parte fundamental do conjunto desses direitos, inclusive do próprio
direito à educação, e:
Faz parte da ética universal do ser humano a luta em favor dos famintos e dos Direitos Humanos. Se o mundo aspira a algo diferente como, por exemplo, entregar-se à façanha de viver uma província da História menos feia, mais plenamente humana, em que o gosto da vida não seja uma frase-feita, não há outro caminho, mas a reinvenção de si mesmo que passa pela necessária superação da economia de mercado. (Freire, 2000).
É com esse pensamento de Freire que se estabelece a prioridade de
atendimento aos estudantes das turmas de distorção idade/série. O direito de
proporcionar uma educação que propiciasse uma aprendizagem condizente com a
especificidade de atendimento a individualidade de cada um. Assim, é necessário
pensar e apresentar uma proposta de atendimento às turmas em distorção
idade/série que ultrapasse o seu atendimento específico. Dessa forma ao
propormos um novo olhar, um novo espaço, um novo tempo, uma mudança de
perspectiva aos estudantes das turmas de correção da distorção idade/série,
aponta-se para o desafio de pensar outra concepção de educação.
Portanto, necessita-se de uma matriz curricular que poderá não caber no
tempo e no espaço no qual os estudantes estão inseridos. Consequentemente, o
tempo e o espaço da escola precisarão ser repensados, ampliados e adequados à
matriz curricular.
Mas, uma educação que afirme os direitos humanos, precisa também
repensar a avaliação dos estudantes, a formação dos professores, a inserção das
novas tecnologias, a aproximação da escola à família dos estudantes, as políticas
de saúde da família, enfim, uma interlocução com a comunidade onde está
inserida. Para isso, não podemos perder a essência da estrutura do sistema de
ensino do Distrito Federal, construído nos primórdios da história educacional, com
a participação efetiva de Anísio Teixeira, que apontava
CORREÇÃO DA DISTORÇÃO IDADE/SÉRIE
A
15
um sistema único, democrático, acessível a todos, independente de classe social, centrado no indivíduo e no desenvolvimento de suas potencialidades e sem a velha dicotomia entre formação geral e formação especial, entre formação para o trabalho e formação para o lazer, enfim, entre o útil e o ornamental, que tem caracterizado a educação brasileira ao longo do tempo (PEREIRA; et AL, 2011.).
Sobre a Educação em Direitos Humanos, o Projeto Político Pedagógico da
SEDF assim a define:
Trata-se da discussão de perceber, reconhecer, considerar o outro, ainda mais se este se mostra fragilizado. E esta não é, ao contrário do que muito se pensa, uma discussão pelo outro apenas. É um caminho possível para a continuidade da espécie humana. Ao fazermos pelo mais frágil, estamos fazendo pela espécie à qual pertencemos e garantindo a sua continuidade. A nossa continuidade. (PPP/SEDF, 2012, p. 40)
É direito de todos os estudantes do sistema de ensino do Distrito Federal
uma educação voltada para um processo que entenda as diferenças do ser
humano, como um princípio de igualdade. Uma educação que prime pelo direito à
liberdade, como direito fundamental na construção da subjetividade e uma
educação que propicie o encontro de estudantes e profissionais da educação em
uma atitude de constante solidariedade e fraternidade, pilares dos Direitos
Humanos.
Educação e Diversidade
Reconhecer, respeitar, promover, preservar a diversidade humana e
cultural, além de ser uma ação que valoriza a humanidade, é uma ação de
preservação do patrimônio material e imaterial da sociedade. Seu florescer
necessita de um ambiente democrático, ético e justo. Para tanto, educar para um
convívio em que a diversidade seja respeitada é, também, um direito humano.
A diversidade pode ser cultural, econômica ou biológica. Para a Secretaria
de Estado de Educação a diversidade constitui-se como
um conjunto heterogêneo e dinâmico de concepções e atitudes relativas às diferenças, sejam elas de origem étnico-racial, de gênero, de orientação sexual, religiosa, das condições físicas e/ou mentais de cada indivíduo ou do pertencimento aos vários contextos sócio-culturais. Trata-se, portanto, de realidade complexa, resultante de fatores objetivos e subjetivos
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
A
16
relacionados aos sujeitos e às interações produzidas nas relações sociais. (PPP/SEDF, 2012, p. 42)
Em alguns casos, seu não reconhecimento ou respeito constitui infração,
sendo também um crime os atos resultantes de preconceito ou discriminação de
raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Educar para as relações étnico-
raciais e para a diversidade pressupõe adoção de ações afirmativas que resultam
em equidade. As ações afirmativas conduzem propostas para um estágio de
igualdade e equidade dos sujeitos de direitos que, anteriormente, encontravam-se
em situação de exclusão. Dessa forma, o conhecimento da diversidade, da história
e cultura de um povo ou grupo social torna-se elemento primordial para uma
relação solidária.
O artigo 26A da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,
modificado, inicialmente, pela Lei nº 10.639/2003, que estabelece a
obrigatoriedade do Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na
Educação Básica e, posteriormente, pela Lei nº 11.645/08, que estabelece a
obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira, africana e indígena
na Educação Básica, inclui e determina o respeito à diversidade étnica e racial de
nosso país e aponta para a necessidade de se implementar, nos sistemas de
ensino, a Educação para as relações Étnico-Raciais e o Ensino da História e
Cultura Africana, Afro-Brasileira e Indígena como componente curricular
obrigatório em todas as disciplinas, nas escolas públicas e particulares.
É necessária a compreensão da dinâmica de como estas relações étnico-
raciais se dão na escola, para que se possam superar as discriminações, o
racismo e, assim, proporcionar uma educação igualitária e inclusiva.
Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das
Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e
Africana, a finalidade da legislação pertinente é:
[...] destacar que não se trata de mudar um foco etnocêntrico marcadamente de raiz européia, por um africano, mas de ampliar o foco dos currículos escolares para a diversidade cultural, racial, social e econômica brasileira. Nesta perspectiva, cabe às escolas incluir no contexto dos estudos e atividades, que proporciona diariamente, também as contribuições histórico-culturais dos povos indígenas e dos descendentes de asiáticos, além das de raiz africana e européia. É preciso ter
CORREÇÃO DA DISTORÇÃO IDADE/SÉRIE
A
17
clareza que o Art. 26A acrescido à Lei nº 9.394/1996 provoca bem mais do que inclusão de novos conteúdos, exige que se repensem relações étnico-raciais, sociais, pedagógicas, procedimentos de ensino, condições oferecidas para aprendizagem, objetivos tácitos e explícitos da Educação oferecida pelas escolas (BRASIL, 2004, p. 17).
Dessa maneira, o trabalho com os estudantes das turmas de correção da
distorção idade/série necessita reconhecer a riqueza que nossa diversidade
representa a partir do conhecimento e da compreensão das questões ligadas à
temática étnico-racial. O reconhecimento é necessário para a superação do
racismo e do preconceito, a partir da valorização do legado, principalmente,
africano e indígena no processo de constituição da identidade nacional brasileira.
Respeitar as diferenças e aprender a conviver com elas é mais que respeito
aos direitos humanos e às liberdades fundamentais, é também garantia de um
desenvolvimento local e social. Sendo a educação um processo para além do
capital, que não pretende igualar crianças e jovens em padrões preestabelecidos,
mas reconhecer as diferenças e permitir a equidade e o convívio, pode-se pensar
que a educação libertará nossos estudantes de situações de invisibilidade e
garantir a mobilidade social.
TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO - TIC
Atualmente a tecnologia está cada vez mais acessível às pessoas. Os
meios de informação podem ser considerados como todas as formas de gerar,
armazenar, veicular, processar e reproduzir a informação. O trabalho com as
Tecnologias da Informação e Comunicação nas unidades escolares pode ser
entendido como um dos meios para a inserção dos indivíduos no mundo letrado e
digital.
Com os avanços da ciência e da técnica, também as Tecnologias da
Informação e Comunicação (TIC) se desenvolveu sendo hoje parte integrante do
nosso quotidiano. Dessa forma, o trabalho com estudantes da correção da
distorção idade/série deve contemplar o acesso e a utilização de Tecnologias da
Informação.
Segundo a Resolução nº 7, de 14 de dezembro de 2010, em seu Art. 28, no
que se refere às Tecnologias da Informação e Comunicação afirma que:
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
A
18
A utilização qualificada das tecnologias e conteúdos das mídias como recurso aliado ao desenvolvimento do currículo contribui para o importante papel que tem a escola como ambiente de inclusão digital e de utilização crítica das tecnologias da informação e comunicação, requerendo o aporte dos sistemas de ensino...
Nesse sentido, é importante considerar também que para a organização
curricular no ensino fundamental a Resolução Nº 4, de 13 de julho de 2010, Art.
13, § 3º, VII aponta que a organização do percurso formativo deve considerar o
“estímulo à criação de métodos didático-pedagógicos, utilizando-se recursos tecnológicos de informação e comunicação a serem inseridos no cotidiano escolar, a fim de superar a distância entre estudantes que aprendem a receber informação com rapidez, utilizando a linguagem digital, e professores que dela ainda não se apropriaram”.
Sendo assim, utilização de Tecnologias da Informação e Comunicação faz-
se necessária nas turmas de correção da distorção idade/série, tendo em vista que
possibilita a ampliação de recursos a serem empregados pelo professor para o
desenvolvimento de projetos e no planejamento das aulas.
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO
A organização do trabalho pedagógico pressupõe um caráter diferenciado
na organização do espaço/tempo escolar. O objetivo principal é de que os
estudantes, por meio de aprendizagens significativas, estejam em condições de
dar prosseguimento aos seus estudos/aprendizagens, permitindo assim, a
inserção destes na série correspondente à idade.
A organização do trabalho pedagógico é estabelecida pela necessidade de
interrelacionamento com as diversas áreas de conhecimento e pela articulação
com os níveis intermediário e central da gestão do sistema que, juntos, e a partir
das experiências vivenciadas, devem apontar os caminhos para a ação
pedagógica em sala de aula.
Coordenação Pedagógica
O Fórum Permanente, realizado em 2011, indicou algumas estratégias que
possibilitem acompanhar e avaliar o trabalho pedagógico de forma integrada aos
CORREÇÃO DA DISTORÇÃO IDADE/SÉRIE
A
19
diversos níveis de organização da rede pública. Para isso, foram definidos os
seguintes objetivos:
a) conhecer as experiências pedagógicas em desenvolvimento na Rede,
avaliando seus resultados;
b) propor estratégias diferenciadas de acordo com a avaliação do trabalho
desenvolvido;
c) elaborar e produzir material didático-pedagógico em consonância com as
discussões realizadas;
d) discutir a organização curricular para as turmas de correção da distorção
idade/série de forma participativa;
e) realizar estudos e pesquisas referentes ao processo de distorção
idade/série;
f) estabelecer estratégias pedagógicas para redução dos índices de
reprovação, baseadas nos estudos referentes ao processo de distorção
idade/série.
A organização da coordenação pedagógica será realizada da seguinte
forma:
Coordenação pedagógica local
A coordenação pedagógica realizada nas Unidades Escolares deve
privilegiar o planejamento coletivo entre os professores de diversas áreas do
conhecimento, oportunizando a troca de experiências, o enriquecimento das
ideias, a criatividade e olhares diferentes para a realidade da Unidade Escolar. As
coordenações pedagógicas, nessa perspectiva, permitem o planejar como ato
coletivo, interativo, com a articulação e o envolvimento dos profissionais por um
objetivo comum: a aprendizagem.
Por tanto, além da coordenação coletiva, realizada às quartas-feiras, com
todo o corpo docente da Unidade Escolar, os professores das turmas de correção
da distorção idade/série deverão participar, uma vez por semana, de coordenação
pedagógica específica para essas turmas.
Os objetivos da coordenação pedagógica local são:
a) Promover encontros periódicos entre os professores da Unidade Escolar;
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
A
20
b) Realizar diagnóstico e acompanhamento das atividades nas turmas de
correção da Unidade Escolar;
c) Compartilhar e divulgar as experiências realizadas nas turmas de correção
da distorção no ano letivo vigente e avaliar seus resultados;
d) Participar dos encontros com as Coordenações intermediárias na
Coordenação Regional de Ensino;
e) Elaborar o registro de cada coordenação realizada com os professores para
socialização e discussão;
f) Promover estudos de temas pertinentes ao processo de correção da
distorção idade/série na Unidade Escolar;
g) Socializar projetos, aulas, atividades e textos que irão compor o Espaço de
Integração Pedagógica, a ser disponibilizado na plataforma moodle;
h) Propor ações coletivas para projetos interventivos na Unidade Escolar.
Coordenação pedagógica intermediária
A coordenação pedagógica realizada nas Coordenações Regionais de
Ensino - CRE será desenvolvida pelo coordenador intermediário, lotado na
Gerência Regional de Educação Básica - GREB, responsável pelo
acompanhamento das unidades escolares que possuem turmas de correção da
distorção da idade/série de forma articulada com os coordenadores pedagógicos
locais.
Os objetivos da coordenação pedagógica intermediária são:
a) Promover encontros periódicos com os coordenadores pedagógicos locais
e/ou professores das Unidades Escolares;
b) Realizar diagnóstico e acompanhamento das atividades nas unidades
escolares da CRE;
c) Compartilhar e divulgar as experiências realizadas nas turmas de correção
da distorção no ano letivo vigente e avaliar seus resultados;
d) Elaborar o registro de cada encontro realizado com os coordenadores locais
e/ou professores para socialização e discussão nos encontros com a
SUBEB;
e) Participar dos encontros periódicos do Fórum Permanente;
CORREÇÃO DA DISTORÇÃO IDADE/SÉRIE
A
21
f) Promover estudos de temas pertinentes ao trabalho com as turmas de
correção da distorção idade/série;
g) Socializar projetos, aulas, atividades e textos que irão compor o Espaço de
Integração Pedagógica, a ser disponibilizado na plataforma moodle;
h) Propor ações coletivas para projetos interventivos nas escolas que tiverem
turmas de defasagem idade/série.
Coordenação pedagógica central
A coordenação pedagógica central será desenvolvida pelas Coordenações
de Ensino Fundamental e Médio/SUBEB, conjuntamente, por meio dos
coordenadores centrais responsáveis pelo processo de correção da distorção da
idade/série de forma articulada com os coordenadores pedagógicos intermediários
e locais.
Os objetivos da coordenação pedagógica central são:
a) Promover encontros periódicos com os coordenadores pedagógicos
intermediários e/ou locais;
b) Realizar diagnóstico e acompanhamento das atividades nas Coordenações
Regionais de Ensino por meio de visitas e atendimentos;
c) Compartilhar e divulgar as experiências realizadas e avaliar seus
resultados;
d) Promover estudos de temas pertinentes à correção da distorção idade/série;
e) Administrar e disponibilizar os projetos, aulas, atividades e textos no Espaço
de Integração Pedagógica;
f) Divulgar o trabalho desenvolvido com as turmas de correção da distorção
idade/série.
Espaço de Integração Pedagógica
O Espaço de Integração Pedagógica tem por objetivo socializar e valorizar,
por meio da plataforma moodle, as experiências vivenciadas pelos professores nas
turmas de correção da distorção idade/série do Ensino Fundamental e Médio, e
podem ser construídos a partir dos seguintes espaços:
• Biblioteca pedagógica: textos, legislação, vídeos entre outros;
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
A
22
• Fórum virtual: ampliação dos debates de temáticas pertinentes realizados
nos encontros presenciais das coordenações pedagógicas e do fórum
permanente;
• Compartilhando ideias: disponibilização de projetos, planos de aulas,
atividades e textos elaborados pelos professores das turmas de correção da
distorção idade/série.
POSSIBILIDADES METODOLÓGICAS
As metodologias a serem desenvolvidas deverão ser construídas de forma
participativa, a partir do próprio educador e suas relações com os estudantes,
demais professores e coordenadores.
Os princípios da interdisciplinaridade e transdisciplinaridade são condições
fundamentais na construção metodológica. Possibilitam que a vivência da
realidade possa ser inserida nas experiências cotidianas da sala de aula,
articulando conhecimentos, saberes e valores, buscando a superação da
fragmentação muitas vezes encontrada nos currículos escolares.
A transversalidade, enquanto princípio metodológico, permitirá que
conhecimentos, saberes e valores, possam perpassar o conjunto dos conteúdos
curriculares e as práticas vivenciadas no cotidiano, interconectando-se em uma
rede infinita de possibilidades.
Assim, a sala de aula deve ser um espaço vivencial de experiências,
mediado pelos saberes e valores presentes na comunidade educativa. Desta
forma, os conhecimentos ganham potencialidade de se tornarem significativos
para educando e educador.
Portanto, é necessário organizar o processo pedagógico de forma a
propiciar o encontro entre educador e educando, por meio do diálogo constante e
de uma escuta sensível por parte do educador. O processo
pedagógico/metodológico na sala de aula deve ser organizado de maneira a
contemplar espaços de problematização do conhecimento e de investigação
conjunta. Para isso, as metodologias devem ser estruturadas a partir de:
• estudos da realidade do educando e da comunidade escolar;
• pesquisa e a discussão da história de educandos e educadores;
CORREÇÃO DA DISTORÇÃO IDADE/SÉRIE
A
23
• desenvolvimento de projetos pedagógicos;
• redimensionamento do espaço/tempo da matriz curricular a partir das
necessidades e propostas dos projetos construídos;
• construção de espaços cooperativos entre os estudantes;
• socialização do conhecimento construído;
• criatividade no processo da construção/aquisição do conhecimento;
• respeito à multiplicidade de subjetividades existentes em sala de aula;
• construção/reconstrução e ou adequação do material pedagógico, tendo em
vista as necessidades da turma;
• uso de textos (livros) didáticos e paradidáticos como apoio ao
desenvolvimento curricular;
• releituras críticas dos textos (livros) didáticos e paradidáticos;
• desenvolvimento da afetividade como necessidade existencial e
pedagógica;
• planejamento pedagógico coletivo, com a participação de toda equipe
pedagógica – coordenador, direção e demais envolvidos no trabalho
pedagógico; observando-se os interesses e as necessidades individuais.
Estratégias Pedagógicas
Para uma ação pedagógica diferenciada, necessária ao trabalho com as
turmas de correção da distorção idade/série, estão previstos procedimentos e
estratégias que seguirão uma proposta diferente da tradicional, organizado na
ação metodológica presente no sistema vivenciado pela escola.
Assim, as Orientações Pedagógicas indicam as seguintes estratégias:
Reagrupamento interclasse
A Resolução nº 7, de 14 de dezembro de 2010, do Conselho Nacional de
Educação, Art. 27 § 2º prevê, na organização do trabalho pedagógico, a
mobilidade e a flexibilização dos tempos e espaços escolares e a diversidade nos
agrupamentos de estudantes, como indicativo de novas possibilidades de
aprendizagens.
Nesse sentido, o reagrupamento interclasse é uma estratégia pedagógica
que permite o agrupamento de acordo com suas dificuldades de aprendizagem, a
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
A
24
fim de permitir o avanço contínuo das aprendizagens, a partir da produção de
conhecimentos que contemplem as possibilidades e necessidades de cada
estudante. A formação dos grupos será realizada de acordo com as dificuldades
apresentadas e as ações serão desenvolvidas pelos professores no próprio turno
de regência. O planejamento deve ocorrer coletivamente, durante coordenação
pedagógica, a partir de objetivos definidos pelos professores envolvidos, que
estabelecerão critérios intencionais de reagrupamento. As intervenções
pedagógicas de cada grupo poderão ser realizadas evidenciando-se as
habilidades de cada professor.
Durante os reagrupamentos, é importante que cada professor se
disponibilize, de acordo com sua formação, sua área de interesse, seus desejos,
para sugerir tarefas, apresentar propostas de intervenção, compartilhar recursos e
experiências, além de propor atividades diferenciadas do contexto diário de sala
de aula.
O planejamento coletivo envolve não só professores, mas também,
coordenadores e outros profissionais da Unidade Escolar, e possibilita assim,
olhares diferentes sobre cada estudante, contribuindo para a concepção de novas
estratégias de intervenção pedagógica.
A periodicidade da realização do reagrupamento será definida de acordo
com os objetivos indicados pela equipe escolar, ou seja, por quanto tempo
acontecerá, quantas vezes por semana, o tempo de duração. O reagrupamento
deverá ser registrado no Diário de Classe, especificando os critérios utilizados
para a formação dos grupos, as atividades desenvolvidas e o período de
realização.
Vale ressaltar que não haverá formação de novas turmas, o estudante
continuará registrado no Diário de classe da turma referência, tendo em vista o
caráter temporário e dinâmico do reagrupamento.
Faz-se necessária também a definição das áreas de conhecimento que
nortearão o trabalho no grupo, por exemplo, ARTE, PORTUGUÊS e
MATEMÁTICA. Como o enfoque deverá ser pautado em um trabalho
multidisciplinar, nesses grupos as atividades desenvolvidas em PORTUGUÊS
poderão conter um texto voltado para um conteúdo do bimestre em HISTÓRIA,
assim como MATEMÁTICA poderá se valer de um conteúdo de GEOGRAFIA para
CORREÇÃO DA DISTORÇÃO IDADE/SÉRIE
A
25
o desenvolvimento das atividades. O que determinará o êxito dessas intervenções
é o diálogo entre todos os componentes curriculares, com o objetivo de contemplar
as possibilidades e necessidades de aprendizagem dos estudantes.
Reagrupamento intraclasse
O Reagrupamento Intraclasse consiste na formação de grupos de
estudantes de uma mesma turma, de acordo com suas dificuldades de
aprendizagem.
O planejamento do professor poderá ser realizado individualmente ou
coletivamente, considerando o desenvolvimento da autonomia nos estudantes, de
acordo com seus interesses e habilidades.
As intervenções pedagógicas, no reagrupamento intraclasse, serão
definidas pelo docente durante o planejamento de acordo com o diagnóstico, que
estabelecerá a sequência didática e os objetivos a serem trabalhados de forma
diversificada. Há momentos comuns e há momentos diversificados. É importante
pensar que o tempo das atividades deverá ser planejado para que tenham a
mesma duração e evite que um grupo de estudantes fique sem atividades.
A avaliação do reagrupamento intraclasse deve ser contínua, cabendo ao
professor a tarefa de orientar, observar e redefinir, se for o caso, as ações.
Acompanhamento Pedagógico Individual
Entende-se por Acompanhamento Pedagógico Individual a ação planejada
e executada pelo professor, como estratégia de recuperação contínua das
aprendizagens.
O planejamento deverá considerar as dificuldades de aprendizagem de
cada estudante, garantindo o que assegura a Lei nº 9394 - LDB Art. 13, inciso V.
Os docentes incumbir-se-ão de “estabelecer estratégias de recuperação para os
estudantes de menor rendimento”. Caso os professores não utilizem o
Acompanhamento Pedagógico Individual como estratégia de recuperação
contínua, deverão registrar no Diário de Classe, outras estratégias utilizadas para
este fim.
O Acompanhamento Pedagógico Individual deverá atender no turno
contrário um pequeno grupo de estudantes. O professor poderá definir a
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
A
26
periodicidade do acompanhamento, a fim de atender a todos os estudantes que
necessitem dessa intervenção. As intervenções pedagógicas deverão ser
específicas e diferenciadas das atividades do contexto diário da sala de aula.
AVALIAÇÃO
Na turma de Correção da Distorção Idade/Série é necessário considerar
que o estudante traz, muitas vezes, uma compreensão negativa da avaliação e
não a entende como procedimento capaz de fazê-lo compreender sua própria
aprendizagem. Por isto, entendemos que é necessária uma parceria dos sujeitos
envolvidos no trabalho escolar para refletir sobre o uso que se tem feito da
avaliação, desvinculando-a do estigma classificatório e excludente. Professores e
estudantes devem participar do processo de avaliação por meio de vários
instrumentos que privilegiem os processos de aprendizagem, bem como o
caminho percorrido ao longo do ano letivo.
A avaliação da aprendizagem não deve identificar somente as dificuldades
do estudante, mas suas possibilidades de aprendizagem e a organização do
trabalho pedagógico, a fim de promover a aprendizagem dos professores, dos
estudantes e da Unidade Escolar.
Dessa forma, segundo a Resolução Nº 7, de 14 de dezembro de 2010, Art.
32 “A avaliação dos estudantes, a ser realizada pelos professores e pela escola
como parte integrante da proposta curricular e da implementação do currículo, é
redimensionadora da ação pedagógica e deve:
I. assumir um caráter processual, formativo e participativo, ser contínua,
cumulativa e diagnóstica, com vistas a:
a) identificar potencialidades e dificuldades de aprendizagem e detectar
problemas de ensino;
b) subsidiar decisões sobre a utilização de estratégias e abordagens de acordo
com as necessidades dos estudantes, criar condições de intervir de modo
imediato e a longo prazo para sanar dificuldades e redirecionar o trabalho
docente;
c) manter a família informada sobre o desempenho dos estudantes;
CORREÇÃO DA DISTORÇÃO IDADE/SÉRIE
A
27
d) reconhecer o direito do estudante e da família de discutir os resultados de
avaliação, inclusive em instâncias superiores à escola, revendo
procedimentos sempre que as reivindicações forem procedentes.”
Neste contexto, a perspectiva formativa da avaliação torna-se
imprescindível, já que a lógica de se aderir à avaliação formativa segue a mesma
lógica da democracia. Este tipo de avaliação propicia ao aprendiz perceber e ser
dono do seu processo de aprendizado, dinamizando a oportunidade de ação-
reflexão, de criação e reformulação do conhecimento.
Contudo, pode-se afirmar que a avaliação formativa tem a preocupação
central de obter informações para reorientar os processos de ensino e de
aprendizagem. Emprega-se durante todo o processo, considera todos os aspectos
educacionais e permite a continuidade ou o redimensionamento do processo de
ensino.
É importante que o professor ao avaliar, considere as conquistas do
estudante em um determinado período e os aspectos que necessitam ser
trabalhados para que ele alcance os objetivos propostos, mas é fundamental que o
professor conheça o caminho percorrido pelo estudante para que possa propor as
intervenções necessárias juntamente com o estudante.
Considerando esses aspectos, as turmas de correção da distorção utilizarão
como registro das aprendizagens dos estudantes e para o registro das discussões
do Conselho de Classe:
Anos iniciais: o Registro Descritivo, Ata do Conselho de Classe e o
Registro de Conselho de Classe;
Anos Finais: Ata do Conselho de Classe e Registro do Conselho de
Classe;
Ensino Médio: Ata do Conselho de Classe.
O objetivo é de que esses registros sejam utilizados pelo professor como
instrumentos de apoio para o seu planejamento, redirecionamento do trabalho
pedagógico e propostas de intervenções pedagógicas em sala de aula.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
A
28
Registro Descritivo
O Registro Descritivo será utilizado para o registro das avaliações nas
turmas de correção da distorção idade/série do Ensino Fundamental Anos Iniciais.
Esse instrumento não limita a prática do professor à atribuição de conceitos que
expressem os resultados obtidos pelo estudante, mas proporciona, também,
reflexões acerca do processo avaliativo, os caminhos percorridos pelo estudante,
seu tempo de aprender e sua integração com os saberes que são oferecidos no
espaço da Unidade Escolar.
O registro processual das observações deve se articular à reflexão e à
intervenção pedagógica, a fim de construir relatos que contemplem e forneçam
elementos dando visibilidade ao caminho percorrido pelo estudante em relação
aos objetivos propostos, bem como dos aspectos que necessitam de atenção para
que eles sejam alcançados.
Essas reflexões sinalizam que o Registro Descritivo deve ter a sua
finalidade ampliada para além da descrição das rotinas, do cumprimento de
funções burocráticas ou da prestação de contas para os pais sobre o trabalho
desenvolvido na Unidade Escolar.
Para a construção deste registro, é fundamental que seja levado em conta a
singularidade de cada estudante. O que está sendo relatado é a construção da sua
aprendizagem e do seu desenvolvimento em determinado período. Isto se dá em
situações, contextos e de formas diversas para cada estudante. Assim sendo, as
informações registradas também serão diferentes.
Registro de Avaliação
Para os Anos Finais e Ensino Médio, o registro de avaliação seguirá as
Diretrizes de Avaliação do Processo de Ensino e de Aprendizagem para a
Educação Básica da SEDF, a qual estabelece que os diversos instrumentos
avaliativos utilizados pelo professor devem ser registrados através de notas de 0 a
10. Há que se observar que o valor de testes e provas, quando utilizados como
instrumento de avaliação, não poderá ultrapassar a 50% (cinqüenta por cento) da
nota final.
O Diário de Classe contém campos próprios para a realização dos registros
das diferentes estratégias e instrumentos de avaliação definidos pelo coletivo
CORREÇÃO DA DISTORÇÃO IDADE/SÉRIE
A
29
escolar, bem como para a descrição do crescimento e dificuldades evidenciadas
no desenvolvimento e nas aprendizagens dos estudantes ao longo do processo
pedagógico. Há também espaço para a descrição das ações e atividades
realizadas para a recuperação dessas aprendizagens.
Registro do Conselho de Classe
Segundo o Regimento, o Conselho de Classe deverá ter a participação do
Diretor ou seu representante, do Orientador Educacional, Supervisor Pedagógico
ou Coordenador Pedagógico e do representante dos estudantes, quando for o
caso. Podendo ainda compor, como membros eventuais, representante da equipe
especializada de apoio à aprendizagem, representante do atendimento
educacional especializado/sala de recursos, pais ou responsáveis, e outras
pessoas cuja participação se julgar necessária.
O Conselho de Classe deve reunir-se, ordinariamente, uma vez por
bimestre e ao final do semestre e do ano letivo, ou, extraordinariamente, quando
convocado pelo diretor da Unidade Escolar. O Conselho de Classe será presidido
pelo Diretor ou seu representante. O registro deve ser realizado por meio de dois
documentos:
• Ata do Conselho de Classe: elaborada, em livro próprio, por um
representante escolhido pelo Conselho, conforme Regimento Escolar das
Unidades escolares da Rede Pública de Ensino do DF;
• Registro do Conselho de Classe: será preenchido pelo professor ou
conselheiro da turma, sendo que os encaminhamentos serão propostos
pelo grupo participante durante o Conselho.
As reuniões do Conselho de classe devem se tornar um momento de
reflexão sobre o trabalho pedagógico da Unidade Escolar como um todo.
Conforme legislação vigente, o Conselho de Classe tem como competência:
I. Acompanhar e avaliar o processo de ensino e de aprendizagem dos
estudantes;
II. Analisar o rendimento escolar dos estudantes, a partir dos resultados da
avaliação formativa, contínua e cumulativa do seu desempenho;
III. Propor alternativas que visem o melhor ajustamento dos estudantes com
dificuldades evidenciadas;
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
A
30
IV. Definir ações que visem a adequação dos métodos e técnicas didáticas ao
desenvolvimento das competências e habilidades previstas nas Orientações
Curriculares da Secretaria de Estado de Educação;
V. Sugerir procedimentos para resolução dos problemas evidenciados no
processo de aprendizagem dos estudantes que apresentem dificuldades;
VI. Discutir e deliberar sobre a aplicação do regime disciplinar e de recursos
interpostos;
VII. Deliberar sobre os casos de aprovação e reprovação de estudos.
VIII. Analisar, discutir e refletir sobre a Proposta Pedagógica da Unidade Escolar
de modo a promover mudanças no espaço escolar voltadas para a
avaliação de todos os processos e procedimentos adotados para o alcance
da melhoria da educação.
Para que as discussões do Conselho de Classe não sejam realizadas em
momentos isolados, os encaminhamentos propostos para o bimestre deverão ser
retomados a cada reunião do Conselho de Classe, a fim de realizar uma avaliação
e redirecionamento das ações, caso necessário, desenvolvidas nesse período.
ACOMPANHAMENTO ESPECIALIZADO ORIENTADOR EDUCACIONAL
O Orientador Educacional tem um papel preponderante nas organizações
educativas e escolares. Tal profissional atua de maneira integrada com a
coordenação e supervisão pedagógica, colaborando no acompanhamento
sistemático de ações que envolvem a prática docente e a aprendizagem dos
estudantes envolvidos neste processo.
Este trabalho integrado é de suma importância para as turmas de correção
da distorção idade-série, dado o histórico de defasagens cognitivas, afetivas,
psíquicas, sociais (dentre outras) geralmente apresentado pelos discentes
inseridos em tais turmas.
Dentro desse contexto, o Orientador Educacional tem papel fundamental,
dando suporte e criando condições que facilitem a aprendizagem do educando.
Tem por função mobilizar os diferentes saberes dos profissionais que atuam na
CORREÇÃO DA DISTORÇÃO IDADE/SÉRIE
A
31
escola, para que esta cumpra a sua atividade-fim: promover a aprendizagem dos
estudantes.
Sendo as turmas de correção da distorção idade/série escolar formadas por
estudantes que, em algum momento, não conseguiram êxito em seus estudos e
precisam de um trabalho holístico para corrigir a defasagem idade/série e poder
prosseguir com seus estudos, faz-se necessário um trabalho de parceria entre os
professores e o Orientador.
Dentro dessa ampla possibilidade de ação em que o Orientador
Educacional pode contribuir com o trabalho desenvolvido nas turmas de correção
da defasagem idade / série, sugere-se um acompanhamento mais próximo ao
estudante, com um suporte motivacional e de projeção para o futuro; e, ao
professor, a ideia de contribuir no planejamento e desenvolvimento de Projetos
Interventivos e também de âmbito preventivo.
FORMAÇÃO CONTINUADA
Com o objetivo de superar a fragmentação dos componentes curriculares, a
formação continuada tem o papel de pensar o currículo de forma integrada e
interdisciplinar, na perspectiva do desenvolvimento de propostas pedagógicas que
avancem na direção de um trabalho colaborativo, em que os professores, do
ensino fundamental, realizem o planejamento coletivamente, tendo como foco as
aprendizagens dos estudantes.
Sendo assim, a formação continuada para os professores das turmas de
correção da distorção idade/série do ensino fundamental, de caráter obrigatório, é
considerada fundamental para o desenvolvimento do trabalho em 2012. Essa
formação será realizada pela EAPE, que contará com equipe própria de
formadores, em parceria com as Oficinas Pedagógicas e com a Coordenação
Central, conforme os seguintes objetivos:
• aprofundamento teórico, com vistas à associação da teoria com a prática;
• subsidiar o trabalho pedagógico desenvolvido nas turmas de correção da
distorção idade/série;
• aperfeiçoar as práticas pedagógicas num processo de reflexão sobre a ação
e compartilhar experiências;
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
A
32
• estimular a pesquisa, a inovação, a utilização de recursos e posturas
pedagógicas mais criativas, flexíveis e humanizadas, além de possibilitar a
confecção de materiais pedagógicos, visando à contextualização dos
conteúdos, a interdisciplinaridade e transversalidade na operacionalização
do currículo da Educação Básica;
• redimensionar a prática pedagógica e o desenvolvimento da percepção e da
criatividade do educador, enquanto mediador e transformador do trabalho
pedagógico;
• fundamentar teórico metodologicamente a utilização da ludicidade como
recurso que favorece a construção do conhecimento;
• refletir sobre a prática docente, na perspectiva de superação de
dificuldades, compartilhando experiências e aprimorando recursos materiais
e pessoais.
ORGANIZAÇÃO DAS TURMAS DE CORREÇÃO DA DISTORÇÃO IDADE/SÉRIE
Os estudantes considerados em defasagem idade/série são aqueles que
possuem dois anos ou mais de defasagem de idade em relação à série/ano que
estão matriculados, considerando para o cálculo, a data de nascimento até o dia
31 de março.
Critérios para formação de turmas
Ensino Fundamental - Anos Iniciais
Conforme a estratégia de matrícula é de caráter obrigatório a formação de
turmas de correção da distorção idade/série para as unidades escolares que
possuem quantitativo mínimo de estudantes em defasagem idade/série.
Para a formação de turmas deverão ser observados os seguintes critérios:
• estudantes que tenham 2 (dois) anos ou mais de defasagem de série/ano
em relação à idade, entre 9 (nove) e 14 (quatorze) anos;
• realização de diagnóstico para identificação e enturmação nas respectivas
turmas: Alfabetizados e Em Processo de Alfabetização;
CORREÇÃO DA DISTORÇÃO IDADE/SÉRIE
A
33
• as turmas serão compostas por no mínimo 15 (quinze) e no máximo 20
(vinte) estudantes;
• avaliação e autorização da Coordenação de Organização do Sistema de
Avaliação e Oferta Educacional;
• autorização expressa dos pais para participação dos estudantes nas turmas
de correção da distorção idade/série;
• as unidades escolares, que não apresentarem quantitativo mínimo de
estudantes para formação de turmas, poderão encaminhar seus estudantes
para as instituições mais próximas com a anuência dos pais ou
responsáveis, sob organização da CRE;
As unidades escolares deverão desenvolver projetos interventivos para
atenderem estudantes que não foram enturmados nas turmas de correção.
Em caso de transferência de estudante, a secretaria escolar encaminhará o
Histórico Escolar do estudante e o Registro Descritivo, que será preenchido pelo
professor regente.
Os estudantes da 4ª série/5º ano, alfabetizados, não participarão das
turmas de correção da distorção idade/série e deverão ser atendidos por meio de
projeto interventivo. Os estudantes, não alfabetizados, participarão das turmas
Em Processo de Alfabetização.
Ressalta-se que o Projeto Interventivo não possui caráter de correção da
distorção idade/série.
Para o estudante aprovado na turma em processo de alfabetização, que
ainda apresenta defasagem idade/série, deverá participar da turma de
alfabetizados ou ser enturmado conforme deliberação do conselho de classe.
Após o término do ano letivo, o estudante aprovado na turma de
alfabetizados deverá ser enturmado conforme deliberação do conselho de classe,
considerando que o mesmo poderá ser matriculado somente até a 5ª série/6º ano.
O estudante que for considerado reprovado pelo conselho de classe poderá
participar novamente das turmas de correção ou ser encaminhado para a série de
origem.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
A
34
Ensino Fundamental – Anos Finais
Conforme a estratégia de matrícula é de caráter obrigatório a formação de
turmas de correção da distorção idade/série para as unidades escolares que
possuem quantitativo mínimo de estudantes em defasagem idade/série.
Para a formação de turmas deverão ser observados os seguintes critérios:
• estudantes que tenham 2 (dois) anos ou mais de defasagem de série/ano
em relação à idade, entre 13 (treze) e 17 (dezessete) anos;
• as turmas serão compostas por no mínimo 25 (vinte e cinco) e no máximo
30 (trinta) estudantes para a área urbana e no mínimo 20 (vinte) e no
máximo 30 (trinta) estudantes para a área rural;
• autorização da Coordenação de Organização do Sistema de Avaliação e
Oferta Educacional, considerando aspectos relacionados ao espaço físico e
quantitativo de estudantes nas Unidades de Ensino;
• autorização expressa dos pais para participação dos estudantes nas turmas
de correção;
• as unidades escolares que apresentarem o maior número de estudantes em
defasagem idade/série deverão, obrigatoriamente, formar turmas de
correção da distorção idade/série. Cada Unidade Escolar poderá formar, no
máximo seis turmas, sendo três por turno;
• A formação de turmas será de acordo com a série de origem do estudante.
As instituições, que não apresentarem quantitativo mínimo de estudantes
para formação de turmas, poderão encaminhar seus estudantes para as unidades
escolares mais próximas com a anuência dos pais ou responsáveis.
Em caso de transferência de estudantes do Ensino Fundamental Anos
Finais, a secretaria escolar encaminhará o Histórico Escolar do estudante e o
Relatório Pedagógico para Transferência (RPT), que será preenchido pelo
professor regente.
A organização das turmas seguirá conforme estrutura abaixo:
• Bloco 1 (corresponde à 5ª série/6º ano e 6ª série/7º ano): estudantes
oriundos da 5ª série/6º ano, com, no mínimo, 13 anos de idade;
• Bloco 2 (corresponde à 6ª série/7º ano e 7ª série/8º ano): estudantes
oriundos da 6ª série/7º ano, com, no mínimo, 14 anos de idade;
CORREÇÃO DA DISTORÇÃO IDADE/SÉRIE
A
35
• Bloco 3 (corresponde à 7ª série/8º ano e 8ª série/9º ano): estudantes
oriundos da 7ª série/8º ano, com, no mínimo, 15 anos de idade.
Os estudantes da 8ª série/9º ano do Ensino Fundamental não participarão
das turmas de correção da distorção idade/série e deverão ser atendidos por meio
de projeto interventivo. Ressalta-se que o Projeto Interventivo não possui caráter
de aceleração.
Após o término do ano letivo, o estudante aprovado deverá ser
encaminhado conforme orientações, considerando que o mesmo poderá corrigir,
no máximo, dois anos/série em cada bloco. Dessa forma, os estudantes deverão
ser enturmados de acordo com os blocos abaixo:
Bloco 1: aprovado para a 7ª série/8º ano ou 6ª série/7º ano;
Bloco 2: aprovado para a 8ª série/9º ano ou 7 ª série/8º ano;
Bloco 3: aprovado para a 1ª série do Ensino Médio ou 8 ª série/9º ano.
O estudante aprovado, que ainda apresentar defasagem idade/série, poderá
continuar participando das turmas de correção da distorção idade/série conforme
deliberação do conselho de classe.
O estudante que for considerado reprovado pelo conselho de classe poderá
participar novamente das turmas de correção ou ser encaminhado para a série de
origem.
Ensino Médio
O atendimento será organizado por meio de polos, cada qual composto por
cinco turmas em um mesmo turno. Os estudantes em defasagem idade/série
serão redirecionados da série do ensino regular em que estão matriculados para o
bloco correspondente.
Os blocos terão uma carga horária de 1.000 horas e referem-se à
enturmação dos estudantes para a correção de até duas séries, conforme o
desempenho acadêmico, estando assim relacionados:
• Bloco1: formado por estudantes reprovados na 1ª série, onde ocorrerá a
correção da 1ª e 2ª série.
• Bloco2: formado por estudantes reprovados na 2ª série, onde ocorrerá a
correção da 2ª e 3ª série.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
A
36
Visando à qualidade do atendimento, as turmas de distorção idade/série
funcionarão com quantitativo reduzido de estudantes, conforme quadro abaixo:
Quantitativo de estudantes por turma – Ensino Médio
Localização Mínimo Máximo
Área Urbana 25 35
Área Rural 27 32
Cada Bloco do Projeto de Correção da Distorção Idade/Série se refere à
possibilidade de avanço de séries específicas, sendo os estudantes enturmados
conforme a série de origem no ensino regular. Assim, as possibilidades de
resultado final são: Aprovação, Aprovação Parcial e Reprovação.
Considera-se aprovado, nas turmas de Correção da Distorção Idade/Série,
aquele estudante com condições de avançar as duas séries a que se refere o
Bloco no qual foi matriculado. O estudante será considerado reprovado se o seu
aproveitamento não for suficiente para o avanço de nenhuma série. O estudante
poderá ter aproveitamento suficiente para o avanço de apenas uma série
(aprovação parcial).
O quadro abaixo apresenta as possibilidades de encaminhamento dos
estudantes ao final do período letivo:
Correção da Distorção Idade/Série – Ensino Médio
Origem Turma de Correção
Resultado Encaminhamento
1ª Série Bloco 1
Aprovação 2ª série, 3ª Série ou
Bloco 2
Reprovação 1ª Série ou Bloco 1
2ª Série Bloco 2
Aprovação 3ª série ou Conclusão do
Ensino Médio
Reprovação 2ª série ou Bloco 2
A aprovação ou reprovação e o encaminhamento dos estudantes à
respectiva série/bloco serão definidos pelo Conselho de Classe, com o devido
registro em ata.
CORREÇÃO DA DISTORÇÃO IDADE/SÉRIE
A
37
Considerações Gerais – Ensino Fundamental e Ensino Médio
a) Os estudantes com deficiência e transtorno global do desenvolvimento
(TGD) não participam das turmas de correção da distorção idade/série.
b) Os estudantes em defasagem idade/série, com Transtorno Funcional,
deverão passar por um estudo de caso para enturmação nas turmas de
correção da distorção idade/série, tomando como base as seguintes
informações:
I. Ficha de encaminhamento do professor ou laudo médico;
II. Considerações do Orientador Educacional, caso tenham sido feitas;
III. Relatório da equipe de apoio à aprendizagem, caso tenha sido
elaborado.
Obs.1: O estudo de caso deverá ser feito pela Unidade Escolar por meio dos
seguintes profissionais:
• 01 (um) representante da equipe gestora;
• Orientador educacional;
• Equipe de apoio à aprendizagem;
• Professor regente;
• Coordenador pedagógico.
Obs.2: Após a avaliação, o estudante deverá ser encaminhado ou não para as
turmas de correção da distorção idade/série.
c) Com o objetivo de garantir ao estudante a participação nas turmas de
correção da distorção idade/série que melhor atenda seu perfil, será
permitida a matrícula e o remanejamento de estudantes até o final da
segunda semana de aula, de acordo com o calendário escolar.
d) No caso de reprovação em qualquer turma de correção da distorção
idade/série do ensino fundamental, o estudante poderá, conforme decisão
do conselho de classe, considerando aspectos como o empenho,
participação e desenvolvimento em relação a ele mesmo, ser encaminhado
para:
Série/ano de origem;
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
A
38
Participar novamente das turmas de correção da distorção
idade/série.
e) Após o início das aulas nas turmas de correção da distorção idade/série, só
poderão ser incluídos estudantes que venham transferidos das mesmas
turmas oriundas do Distrito Federal.
MATRIZ CURRICULAR
O currículo do Ensino Fundamental é formado por uma base nacional
comum, complementada em cada sistema de ensino e em cada estabelecimento
escolar por uma parte diversificada. Os conteúdos curriculares que compõem a
parte diversificada do currículo devem ser definidos pelo sistema de ensino e pelas
unidades escolares para complementar e enriquecer o currículo, garantindo a
contextualização dos conhecimentos escolares em face das diferentes realidades.
Os componentes curriculares obrigatórios do Ensino Fundamental estão
organizados em relação às áreas de conhecimento:
I – Linguagens:
a) Língua Portuguesa;
b) Língua Materna, para populações indígenas;
c) Língua Estrangeira moderna - específico para Anos Finais;
d) Arte;
e) Educação Física;
II – Matemática;
III – Ciências da Natureza;
IV – Ciências Humanas:
a) História;
b) Geografia;
V – Ensino Religioso.
É importante ressaltar que a integração dos conhecimentos escolares no
currículo favorece a sua contextualização e aproxima o processo educativo das
experiências dos estudantes.
Segundo a Resolução nº 4, de 13 de julho de 2010, Art. 13 § 3 V - a
organização da matriz curricular deve ser entendida como alternativa operacional,
CORREÇÃO DA DISTORÇÃO IDADE/SÉRIE
A
39
que embase a gestão do currículo escolar e represente subsídio para a gestão da
escola na organização do tempo/espaço curricular, na distribuição e controle do
tempo dos trabalhos docentes, na perspectiva de que os eixos temáticos são uma
forma de organizar o trabalho pedagógico. Além de tornarem-se objetos de
estudo, que propiciam a concretização da proposta pedagógica com uma visão
interdisciplinar, evitando assim, a compartimentalização dos conteúdos.
Matriz Curricular da Correção da Distorção Idade/Série Ensino Fundamental/Anos Iniciais
Regime: Anual Módulo: 40 semanas
Turno: Diurno
PARTES DO CURRÍCULO
COMPONENTE CURRICULAR
EM PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
ALFABETIZADOS
Ba
se
Na
cio
na
l C
om
um
Língua Portuguesa x x
Educação Física x X
Arte x X
Matemática x X
Ciências da Natureza x X
História x X
Geografia x X
Ensino Religioso x x
CARGA HORÁRIA SEMANAL 25 25
TOTAL DA CARGA HORÁRIA ANUAL
1.000 1.000
OBSERVAÇÕES:
• Módulo-aula de 60 (sessenta) minutos;
• O dia letivo é composto por 5 (cinco) horas-relógio;
• O horário de início e término do período letivo é definido pela Unidade Escolar.
• O intervalo é de 15 (quinze) minutos.
• Caso a Unidade Escolar não tenha estudante(s) optante(s) pelo componente
curricular Ensino Religioso, a carga horária a ele destinada deverá ser preenchida
por um Projeto Interdisciplinar, contido na Proposta Pedagógica.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
A
40
Matriz Curricular da Correção da Distorção Idade/Série Ensino Fundamental/Anos Finais
Regime: Anual Módulo: 40 semanas
Turno: Diurno
PARTES DO CURRÍCULO
COMPONENTE CURRICULAR
BLOCO 1 BLOCO 2 BLOCO 3
Base Nacional Comum
Língua Portuguesa 6 6 6
Arte 2 2 2
Educação Física 2 2 2
Matemática 6 6 6
Ciências da Natureza 3 3 3
História 3 3 3
Geografia 3 3 3
Ensino Religioso 1 1 1
Parte Diversificada
Língua Estrangeira Moderna - Inglês
3 3 3
Projeto Interdisciplinar 1 1 1
TOTAL DE MÓDULOS-AULA SEMANAIS 30 30 30
TOTAL DA CARGA HORÁRIA ANUAL 1.000 1.000 1.000
OBSERVAÇÕES:
• Módulo-aula de 50 (cinquenta) minutos.
• O horário de início e término do período letivo é definido pela Unidade Escolar.
• O intervalo é de 15 (quinze) minutos.
• O Projeto Interdisciplinar é de escolha da instituição educacional, definido pela
comunidade escolar e contido na Proposta Pedagógica.
• Caso a Unidade Escolar não tenha estudante(s) optante(s) pelo componente
curricular Ensino Religioso, a carga horária a ele destinada deverá ser preenchida
por um Projeto Interdisciplinar, contido na Proposta Pedagógica.
CORREÇÃO DA DISTORÇÃO IDADE/SÉRIE
A
41
Organização da carga horária dos professores da Correção da Distorção idade/série
Ensino Fundamental – Anos Finais
Áreas de conhecimento
Componente curricular1
Hora/aula do
estudante
Hora/aula do componente
Hora/aula do
professor
Carga horária do professor
Linguagens Português 6h 18h
27h 40h
Inglês 3h 9h
Matemática e Ciências da
Natureza
Matemática 6h 18h
27h 40h
Ciências 3h 9h
Ciências Humanas
História 3h 9h
24h 40h
Geografia 3h 9h
PD 2h 6h
Linguagens Ed. Física 2h 12h2 12h 20h
Linguagens Arte 2h 12h2 12h 20h
• O Ensino Religioso, de matrícula facultativa, será desenvolvido na PD,
conforme a Matriz Curricular da SEDF.
• A fim de complementar a carga horária, os professores com horário residual
também deverão desenvolver projetos prevendo a utilização das estratégias
pedagógicas.
• A fim de complementar carga horária, os componentes curriculares de
Educação Física e Arte deverão dividir a turma em dois grupos. Esses
componentes ocorrerão concomitantemente, revezando os grupos. Dessa
forma, os professores terão presença na turma em quatro momentos, sendo
dois momentos com cada grupo. Lembramos ainda, que deverá ser
respeitada a matriz curricular e a exclusividade do professor para as turmas
de correção da distorção idade/série.
1 Caso o professor não possua dupla habilitação, deverá apresentar habilitação em um dos componentes curriculares.
2 O professor de Arte e Educação Física deverão dividir a turma em dois grupos, a fim de complementar carga horária, os componentes curriculares de Educação Física e Arte ocorrerão concomitantemente, revezando os grupos.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
A
42
Matriz Curricular da Correção da Distorção Idade/Série Ensino Médio
Regime: Anual Módulo: 40 semanas
Turno: Diurno
CONSTITUIÇÃO DO CURRÍCULO
ÁREA DE CONHECIMENTO
COMPONENTE CURRICULAR
BLOCO 1 BLOCO 2
BASE NACIONAL COMUM
Linguagens
Língua Portuguesa 04 04
Educação Física 02 02
Arte 02 02
Matemática Matemática 03 03
Ciências da Natureza
Física 02 02
Química 02 02
Biologia 02 02
Ciências Humanas e suas Tecnologias
História 02 02
Geografia 02 02
Filosofia 02 02
Sociologia 02 02
PARTE DIVERSIFICADA
Ensino Religioso 01 01
Língua Estrangeira Moderna – Inglês
02 02
Espanhol 01 01
Projeto Interdisciplinar
01 01
TOTAL CARGA HORÁRIA SEMANAL (módulo-aula) 30 30
TOTAL CARGA HORÁRIA SEMANAL (hora-relógio) 25 25
TOTAL SEMESTRAL (hora-relógio) 500 500
TOTAL DE HORAS (hora-relógio) 1.000 1.000
OBSERVAÇÕES:
• Módulo-aula de 50 (cinquenta) minutos. • O intervalo é de 15 (quinze) minutos.
CORREÇÃO DA DISTORÇÃO IDADE/SÉRIE
A
43
Organização da carga horária dos professores da Correção da Distorção idade/série por polo
Ensino Médio
Agrupamento das disciplinas
Carga horária semanal das
fisciplinas
Carga residual destinada a
projetos
Carga horária total do professor
Matemática e Física 3h e 2h 25h
História e Geografia 2h e 2h 5h 25h
Química e Biologia 2h e 2h 5h 25h
Filosofia e Sociologia 2h e 2h 5h 25h
Língua Portuguesa e Espanhol
4h e 1h 25h
PD e Arte 1h e 2h 15h
PD e Educação Física 1h e 2h 15h
Inglês 2h 10h
• Visando garantir a exclusividade de atendimento por parte dos docentes, tendo
em vista a dificuldade do trabalho concomitante com turmas regulares e de
correção da distorção idade/série, os professores serão lotados exclusivamente
nessas turmas e trabalharão na perspectiva interdisciplinar, ficando responsável
por dois componentes curriculares, considerando a proximidade entre eles.
• Os professores responsáveis pelas disciplinas descritas como “Carga residual
destinada a projetos” trabalharão também atendendo às turmas em contra-turno,
desenvolvendo projetos de forma interdisciplinar, complementando e
enriquecendo aquilo que fora trabalhado nas aulas regulares. Os projetos deverão
ser construídos pelos próprios professores e coordenadores locais, a partir da
discussão das prioridades para os estudantes e tendo como temas norteadores as
dimensões de formação estabelecidas pelas Diretrizes Curriculares Nacionais
para o Ensino Médio: o trabalho, a ciência, a cultura e a tecnologia.
• O eixo integrador para esses projetos é a Sustentabilidade Humana, cuja
concepção encontra-se no Projeto Político Pedagógico da SEDF, além de atender
ao Plano Nacional de Educação (PNE) para o decênio 2011-2020, que estabelece
como uma das diretrizes, no seu artigo 2º, inciso VI, a “promoção da
sustentabilidade sócio-ambiental”.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
A
44
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, MEC, 2012
DISTRITO FEDERAL. Projeto Político-Pedagógico da Rede Pública de Ensino do Distrito Federal: A construção de uma outra sociedade começa na escola, SEDF, 2012 (no prelo).
FREIRE, Paulo. Pedagogia da indignação: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Editora UNESP, 2000.
GARBIN, Elisabete Maria. Conectados por um fio: apontamentos sobre internet, culturas juvenis contemporâneas e escola. In Juventude e escolarização: os
sentidos do Ensino Médio – Salto para o futuro, Ano XIX, boletim 18: Secretaria de Educação a Distância, Ministério da Educação, Novembro 2009.
MÉSZÁROS, István. Educação para além do capital. São Paulo: Boitempo, 2008
PEREIRA, Eva Waisros, COUTINHO, Laura Maria, RODRIGUES, Maria Alexandra, HENRIQUES, Cinira Maria Nóbrega, SOUZA, Franciso H. M., FRANCA ROCHA, Lúcia Maria. Nas asas de Brasília: memória de uma utopia educativa (1956-1964). Brasília: Ed UnB, 2011.
Resolução nº 1, de 14 de janeiro de 2010 (*)Define Diretrizes Operacionais para a implantação do Ensino Fundamental de 9 (nove) anos.
Resolução nº 4, de 13 de julho de 2010 - Define Diretrizes Curriculares Nacionais
Gerais para a Educação Básica
Resolução nº 7, de 14 de dezembro de 2010 - Fixa Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos.
SANTOS, Ivair Augusto Alves dos. Direitos humanos e práticas de racismo. Brasília: Fundação Cultural Palmares, 2012
UNESCO/Ministério da Cultura. Convenção sobre a proteção e promoção da Diversidade das Expressões Culturais, 2008
CORREÇÃO DA DISTORÇÃO IDADE/SÉRIE
A
45
ANEXOS
Anexo 1 - Registro Descritivo – Anos Iniciais
Anexo 2 - Registro do Conselho de Classe – Anos Iniciais
Anexo 3 - Registro do Conselho de Classe – Anos Finais
Anexo 4 - Relatório Pedagógico para Transferência (RPT)
Anexo 5 - Projeto Filosofia na Escola
Anexo 6 - Projeto Saúde na Escola
Anexo 7 - Projeto Educação com Movimento
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL SUBSECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA
REGISTRO DESCRITIVO - ANO LETIVO: _______
Correção da Distorção Idade/Série - Anos Iniciais
Coordenação Regional de Ensino: _________________________________________________
Unidade Escolar:________________________________________________________________
( ) Em processo de alfabetização ( ) Alfabetizados Turno: ( ) Matutino ( ) Vespertino Professor(a): ____________________________________________________________________
Estudante:______________________________________________________________________
1º BIMESTRE Total de dias letivos: ___________ Total de Faltas:__________ Professor(a), ao elaborar o registro descritivo, é importante considerar as conquistas que o estudante demonstrou nesse período e os aspectos que ainda necessitam ser trabalhados para que ele alcance os objetivos propostos. Assim, pontue as intervenções realizadas que ajudaram o estudante a superar suas necessidades e de que forma este respondeu às ações. Com isso, analise quais outras providências podem ser tomadas para auxiliá-lo. Certamente, outras questões poderão ser somadas a essas, tendo em vista outros aspectos que julgue necessário para as suas reflexões e para a promoção de melhores condições de aprendizagem para o estudante.
Assinatura/Matrícula do(a) Professor(a) Assinatura do(a) Pai/Mãe ou Responsável Legal
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL SUBSECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA
REGISTRO DESCRITIVO - ANO LETIVO: _______
Correção da Distorção Idade/Série - Anos Iniciais
Coordenação Regional de Ensino: _________________________________________________
Unidade Escolar:________________________________________________________________
( ) Em processo de alfabetização ( ) Alfabetizados Turno: ( ) Matutino ( ) Vespertino Professor(a): ____________________________________________________________________
Estudante:______________________________________________________________________
2º BIMESTRE Total de dias letivos: ___________ Total de Faltas:__________ Professor(a), ao elaborar o registro descritivo, é importante considerar as conquistas que o estudante demonstrou nesse período e os aspectos que ainda necessitam ser trabalhados para que ele alcance os objetivos propostos. Assim, pontue as intervenções realizadas que ajudaram o estudante a superar suas necessidades e de que forma este respondeu às ações. Com isso, analise quais outras providências podem ser tomadas para auxiliá-lo. Certamente, outras questões poderão ser somadas a essas, tendo em vista outros aspectos que julgue necessário para as suas reflexões e para a promoção de melhores condições de aprendizagem para o estudante.
Assinatura/Matrícula do(a) Professor(a) Assinatura do(a) Pai/Mãe ou Responsável Legal
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL SUBSECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA
REGISTRO DESCRITIVO - ANO LETIVO: _______
Correção da Distorção Idade/Série - Anos Iniciais
Coordenação Regional de Ensino: _________________________________________________
Unidade Escolar:________________________________________________________________
( ) Em processo de alfabetização ( ) Alfabetizados Turno: ( ) Matutino ( ) Vespertino Professor(a): ____________________________________________________________________
Estudante:______________________________________________________________________
3º BIMESTRE Total de dias letivos: ___________ Total de Faltas:__________
Professor(a), ao elaborar o registro descritivo, é importante considerar as conquistas que o estudante demonstrou nesse período e os aspectos que ainda necessitam ser trabalhados para que ele alcance os objetivos propostos. Assim, pontue as intervenções realizadas que ajudaram o estudante a superar suas necessidades e de que forma este respondeu às ações. Com isso, analise quais outras providências podem ser tomadas para auxiliá-lo. Certamente, outras questões poderão ser somadas a essas, tendo em vista outros aspectos que julgue necessário para as suas reflexões e para a promoção de melhores condições de aprendizagem para o estudante.
Assinatura/Matrícula do(a) Professor(a) Assinatura do(a) Pai/Mãe ou Responsável Legal
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL SUBSECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA
REGISTRO DESCRITIVO - ANO LETIVO: _______
Correção da Distorção Idade/Série - Anos Iniciais
Coordenação Regional de Ensino: _________________________________________________
Unidade Escolar:________________________________________________________________
( ) Em processo de alfabetização ( ) Alfabetizados Turno: ( ) Matutino ( ) Vespertino Professor(a): ____________________________________________________________________
Estudante:______________________________________________________________________
4º BIMESTRE Total de dias letivos: ___________ Total de Faltas:__________ Professor(a), ao elaborar o registro descritivo, é importante considerar as conquistas que o estudante demonstrou nesse período e os aspectos que ainda necessitam ser trabalhados para que ele alcance os objetivos propostos. Assim, pontue as intervenções realizadas que ajudaram o estudante a superar suas necessidades e de que forma este respondeu às ações. Com isso, analise quais outras providências podem ser tomadas para auxiliá-lo. Certamente, outras questões poderão ser somadas a essas, tendo em vista outros aspectos que julgue necessário para as suas reflexões e para a promoção de melhores condições de aprendizagem para o estudante.
Assinatura/Matrícula do(a) Professor(a) Assinatura do(a) Pai/Mãe ou Responsável Legal
Resultado Final
Aprovado Reprovado Abandono Cursando (Adequação Curricular na Temporalidade. Registrar
esse resultado somente para alunos com necessidades educacionais especiais).
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL
SUBSECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA
REGISTRO DO CONSELHO
DE CLASSE
CORREÇÃO DA DISTORÇÃO
IDADE/SÉRIE
Anos Iniciais
ANO LETIVO
________
Coordenação Regional de Ensino: ______________________
Unidade Escolar: _____________________________________
Professor(a): ________________________________________
( ) Em processo de alfabetização ( ) Alfabetizados
Turma: __________ Turno: ( ) Matutino ( ) Vespertino
BIMESTRES QUANTITATIVO DE ESTUDANTES
MATRICULADOS INFREQUENTES TRANSFERIDOS
1º
2º
3º
4º
NOME(S) DO(S) ESTUDANTE(S) DATA DE
NASCIMENTO SÉRIE/ANO DE
ORIGEM
ENCAMINHADO PARA*
1. / /
2. / /
3. / /
4. / /
5. / /
6. / /
7. / /
8. / /
9. / /
10. / /
11. / /
12. / /
13. / /
14. / /
15. / /
16. / /
17. / /
18. / /
19. / /
20. / /
21. / /
22. / /
23. / /
* Preencher somente no 4º bimestre a série/ano para qual o estudante foi encaminhado.
OBSERVAÇÕES GERAIS (SE HOUVER):
JUSTIFICATIVA EM CASO DE DISCORDÂNCIA DO PARECER DO(A) PROFESSOR(A) EM RELAÇÃO À APROVAÇÃO OU REPROVAÇÃO (preencher apenas no 4º bimestre):
Total de estudantes aprovados: Total de estudante(s) reprovado(s):
Adaptação de material elaborado por grupo de trabalho conforme ordem de serviço Nº 10 de 23 de julho de 2010.
1º BIMESTRE ( ___/___/___ a ___/___/___)
Data de realização do Conselho de Classe: ___/___/___
PRINCIPAL(IS) AVANÇO(S) DA TURMA / ESTRATÉGIA(S) UTILIZADA(S)
PRINCIPAL (IS) NECESSIDADE(S) DA TURMA
NOME(S) DO(S) ESTUDANTE(S) COM NECESSIDADE(S) DE
APRENDIZAGEM
ESPECIFICAÇÃO DA(S) NECESSIDADE(S)
AÇÃO (ES) DESENVOLVIDA(S) PELO(A) PROFESSOR(A) DA TURMA
ENCAMINHAMENTO(S) DO CONSELHO
NOME(S) DO(S) ESTUDANTE(S) INFREQUENTE(S)
AÇÃO(ÕES) DESENVOLVIDA(S) PELO(A) PROFESSOR(A) DA TURMA
ENCAMINHAMENTO(S) DO CONSELHO
ESTUDANTE(S) ATENDIDO(S) PELO(S) SERVIÇO(S) DE APOIO*
TIPO(S) DE ATENDIMENTO(S) OBSERVAÇÃO(ES)
*Orientação Educacional, Serviço Especializado de Apoio à Aprendizagem, Supervisão/Coordenação Pedagógica, entre outros.
TRABALHO PEDAGÓGICO DA INSTITUIÇÃO ESCOLAR
POTENCIALIDADE(S) ENCAMINHAMENTO(S)
PARTICIPANTES
FUNÇÃO NOME MATRÍCULA ASSINATURA
Professor(a) da turma
Coordenador(a)
Supervisor(a) Pedagógico(a)
Diretor(a)
Orientador(a) Educacional Serviço de Apoio à
Aprendizagem
Outros
2º BIMESTRE ( ___/___/___ a ___/___/___)
Data de realização do Conselho de Classe: ___/___/___
PRINCIPAL(IS) AVANÇO(S) DA TURMA / ESTRATÉGIA(S) UTILIZADA(S)
PRINCIPAL (IS) NECESSIDADE(S) DA TURMA
NOME(S) DO(S) ESTUDANTE(S) COM NECESSIDADE(S) DE
APRENDIZAGEM
ESPECIFICAÇÃO DA(S) NECESSIDADE(S)
AÇÃO (ES) DESENVOLVIDA(S) PELO(A) PROFESSOR(A) DA TURMA
ENCAMINHAMENTO(S) DO CONSELHO
NOME(S) DO(S) ESTUDANTE(S) INFREQUENTE(S)
AÇÃO(ÕES) DESENVOLVIDA(S) PELO(A) PROFESSOR(A) DA TURMA
ENCAMINHAMENTO(S) DO CONSELHO
ESTUDANTE(S) ATENDIDO(S) PELO(S) SERVIÇO(S) DE APOIO*
TIPO(S) DE ATENDIMENTO(S) OBSERVAÇÃO(ES)
*Orientação Educacional, Serviço Especializado de Apoio à Aprendizagem, Supervisão/Coordenação Pedagógica, entre outros.
TRABALHO PEDAGÓGICO DA INSTITUIÇÃO ESCOLAR
POTENCIALIDADE(S) ENCAMINHAMENTO(S)
PARTICIPANTES
FUNÇÃO NOME MATRÍCULA ASSINATURA
Professor(a) da turma
Coordenador(a)
Supervisor(a) Pedagógico(a)
Diretor(a)
Orientador(a) Educacional Serviço de Apoio à
Aprendizagem
Outros
3º BIMESTRE ( ___/___/___ a ___/___/___)
Data de realização do Conselho de Classe: ___/___/___
PRINCIPAL(IS) AVANÇO(S) DA TURMA / ESTRATÉGIA(S) UTILIZADA(S)
PRINCIPAL (IS) NECESSIDADE(S) DA TURMA
NOME(S) DO(S) ESTUDANTE(S) COM NECESSIDADE(S) DE
APRENDIZAGEM
ESPECIFICAÇÃO DA(S) NECESSIDADE(S)
AÇÃO (ES) DESENVOLVIDA(S) PELO(A) PROFESSOR(A) DA TURMA
ENCAMINHAMENTO(S) DO CONSELHO
NOME(S) DO(S) ESTUDANTE(S) INFREQUENTE(S)
AÇÃO(ÕES) DESENVOLVIDA(S) PELO(A) PROFESSOR(A) DA TURMA
ENCAMINHAMENTO(S) DO CONSELHO
ESTUDANTE(S) ATENDIDO(S) PELO(S) SERVIÇO(S) DE APOIO*
TIPO(S) DE ATENDIMENTO(S) OBSERVAÇÃO(ES)
*Orientação Educacional, Serviço Especializado de Apoio à Aprendizagem, Supervisão/Coordenação Pedagógica, entre outros.
TRABALHO PEDAGÓGICO DA INSTITUIÇÃO ESCOLAR
POTENCIALIDADE(S) ENCAMINHAMENTO(S)
PARTICIPANTES
FUNÇÃO NOME MATRÍCULA ASSINATURA
Professor(a) da turma
Coordenador(a)
Supervisor(a) Pedagógico(a)
Diretor(a)
Orientador(a) Educacional Serviço de Apoio à
Aprendizagem
Outros
4º BIMESTRE ( ___/___/___ a ___/___/___)
Data de realização do Conselho de Classe: ___/___/___
PRINCIPAL(IS) AVANÇO(S) DA TURMA / ESTRATÉGIA(S) UTILIZADA(S)
PRINCIPAL (IS) NECESSIDADE(S) DA TURMA
NOME(S) DO(S) ESTUDANTE(S) COM NECESSIDADE(S) DE
APRENDIZAGEM
ESPECIFICAÇÃO DA(S) NECESSIDADE(S)
AÇÃO (ES) DESENVOLVIDA(S) PELO(A) PROFESSOR(A) DA TURMA
ENCAMINHAMENTO(S) DO CONSELHO
NOME(S) DO(S) ESTUDANTE(S) INFREQUENTE(S)
AÇÃO(ÕES) DESENVOLVIDA(S) PELO(A) PROFESSOR(A) DA TURMA
ENCAMINHAMENTO(S) DO CONSELHO
ESTUDANTE(S) ATENDIDO(S) PELO(S) SERVIÇO(S) DE APOIO*
TIPO(S) DE ATENDIMENTO(S) OBSERVAÇÃO(ES)
*Orientação Educacional, Serviço Especializado de Apoio à Aprendizagem, Supervisão/Coordenação Pedagógica, entre outros.
TRABALHO PEDAGÓGICO DA INSTITUIÇÃO ESCOLAR
POTENCIALIDADE(S) ENCAMINHAMENTO(S)
PARTICIPANTES
FUNÇÃO NOME MATRÍCULA ASSINATURA
Professor(a) da turma
Coordenador(a)
Supervisor(a) Pedagógico(a)
Diretor(a)
Orientador(a) Educacional Serviço de Apoio à
Aprendizagem
Outros
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL
SUBSECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA
REGISTRO DO CONSELHO
DE CLASSE
CORREÇÃO DA DISTORÇÃO
IDADE/SÉRIE
Anos Finais
ANO LETIVO
________
Coordenação Regional de Ensino: ______________________
Unidade Escolar: _____________________________________
Prof(a). Conselheiro(a): _______________________________
Bloco: ( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 Turma: __________
Turno: ( ) Matutino ( ) Vespertino
BIMESTRES QUANTITATIVO DE ESTUDANTES
MATRICULADOS INFREQUENTES TRANSFERIDOS
1º
2º
3º
4º
NOME DO ESTUDANTE IDADE ENCAMI-NHADO PARA*
NOME DO ESTUDANTE IDADE ENCAMI-NHADO PARA*
1. 19.
2. 20.
3. 21.
4. 22.
5. 23.
6. 24.
7. 25.
8. 26.
9. 27.
10. 28.
11. 29.
12. 30.
13. 31.
14. 32.
15. 33.
16. 34.
17. 35.
18. 36. * Preencher somente no 4º bimestre a série/ano para qual o estudante foi encaminhado.
JUSTIFICATIVA EM CASO DE DISCORDÂNCIA DO PARECER DO (A) PROFESSOR (A) EM RELAÇÃO À APROVAÇÃO OU REPROVAÇÃO (preencher apenas no 4º bimestre):
Total de estudantes aprovados: Total de estudante(s) reprovado(s): Adaptação de material elaborado por grupo de trabalho conforme ordem de serviço Nº 10 de 23 de julho de 2010.
1º BIMESTRE ( ___/___/___ a ___/___/___)
Data de realização do Conselho de Classe: ___/___/___
PRINCIPAIS AVANÇOS DA TURMA/ESTRATÉGIAS UTILIZADAS POR BLOCO DE COMPONENTE CURRICULAR
Língua Portuguesa e Língua Estrangeira Moderna:
Matemática e Ciências:
História e Geografia:
Educação Física:
Arte:
PRINCIPAL(IS) NECESSIDADE(S) DA TURMA
NOME(S) DO(S) ESTUDANTE(S)
INFREQUENTE(S) AÇÃO(ES) DESENVOLVIDA(S) PELOS(AS) PROFESSOR(ES)
ENCAMINHAMENTO(S)
ESTUDANTE(S) COM NECESSIDADE(S) DE
APRENDIZAGEM
ESPECIFICAÇÃO DO COMPONENTE CURRICULAR
AÇÃO(ES) DESENVOLVIDA(S) PELO(A) PROFESSOR(A) DA TURMA
ENCAMINHAMENTO
ESTUDANTE(S) ATENDIDO(S) PELO(S) SERVIÇO(S) DE APOIO*
TIPO(S) DE ATENDIMENTO(S) OBSERVAÇÃO(ES)
*Orientação Educacional, Supervisão Pedagógica, etc..
PARTICIPANTES
FUNÇÃO NOME RUBRICA MATRÍCULA
Professor(a) da turma
Coordenador(a)
Supervisor(a) Pedagógico(a)
Diretor(a)
Orientador(a) Educacional
Outros
2º BIMESTRE ( ___/___/___ a ___/___/___)
Data de realização do Conselho de Classe: ___/___/___
PRINCIPAIS AVANÇOS DA TURMA/ESTRATÉGIAS UTILIZADAS POR BLOCO DE COMPONENTE CURRICULAR
Língua Portuguesa e Língua Estrangeira Moderna:
Matemática e Ciências:
História e Geografia:
Educação Física:
Arte:
PRINCIPAL(IS) NECESSIDADE(S) DA TURMA
NOME(S) DO(S) ESTUDANTE(S)
INFREQUENTE(S) AÇÃO(ES) DESENVOLVIDA(S) PELOS(AS) PROFESSOR(ES)
ENCAMINHAMENTO(S)
ESTUDANTE(S) COM NECESSIDADE(S) DE
APRENDIZAGEM
ESPECIFICAÇÃO DO COMPONENTE CURRICULAR
AÇÃO(ES) DESENVOLVIDA(S) PELO(A) PROFESSOR(A) DA TURMA
ENCAMINHAMENTO
ESTUDANTE(S) ATENDIDO(S) PELO(S) SERVIÇO(S) DE APOIO*
TIPO(S) DE ATENDIMENTO(S) OBSERVAÇÃO(ES)
*Orientação Educacional, Supervisão Pedagógica, etc..
PARTICIPANTES
FUNÇÃO NOME RUBRICA MATRÍCULA
Professor(a) da turma
Coordenador(a)
Supervisor(a) Pedagógico(a)
Diretor(a)
Orientador(a) Educacional
Outros
3º BIMESTRE ( ___/___/___ a ___/___/___)
Data de realização do Conselho de Classe: ___/___/___
PRINCIPAIS AVANÇOS DA TURMA/ESTRATÉGIAS UTILIZADAS POR BLOCO DE COMPONENTE CURRICULAR
Língua Portuguesa e Língua Estrangeira Moderna:
Matemática e Ciências:
História e Geografia:
Educação Física:
Arte:
PRINCIPAL(IS) NECESSIDADE(S) DA TURMA
NOME(S) DO(S) ESTUDANTE(S)
INFREQUENTE(S) AÇÃO(ES) DESENVOLVIDA(S) PELOS(AS) PROFESSOR(ES)
ENCAMINHAMENTO(S)
ESTUDANTE(S) COM NECESSIDADE(S) DE
APRENDIZAGEM
ESPECIFICAÇÃO DO COMPONENTE CURRICULAR
AÇÃO(ES) DESENVOLVIDA(S) PELO(A) PROFESSOR(A) DA TURMA
ENCAMINHAMENTO
ESTUDANTE(S) ATENDIDO(S) PELO(S) SERVIÇO(S) DE APOIO*
TIPO(S) DE ATENDIMENTO(S) OBSERVAÇÃO(ES)
*Orientação Educacional, Supervisão Pedagógica, etc..
PARTICIPANTES
FUNÇÃO NOME RUBRICA MATRÍCULA
Professor(a) da turma
Coordenador(a)
Supervisor(a) Pedagógico(a)
Diretor(a)
Orientador(a) Educacional
Outros
4º BIMESTRE ( ___/___/___ a ___/___/___)
Data de realização do Conselho de Classe: ___/___/___
PRINCIPAIS AVANÇOS DA TURMA/ESTRATÉGIAS UTILIZADAS POR BLOCO DE COMPONENTE CURRICULAR
Língua Portuguesa e Língua Estrangeira Moderna:
Matemática e Ciências:
História e Geografia:
Educação Física:
Arte:
PRINCIPAL(IS) NECESSIDADE(S) DA TURMA
NOME(S) DO(S) ESTUDANTE(S)
INFREQUENTE(S) AÇÃO(ES) DESENVOLVIDA(S) PELOS(AS) PROFESSOR(ES)
ENCAMINHAMENTO(S)
ESTUDANTE(S) COM NECESSIDADE(S) DE
APRENDIZAGEM
ESPECIFICAÇÃO DO COMPONENTE CURRICULAR
AÇÃO(ES) DESENVOLVIDA(S) PELO(A) PROFESSOR(A) DA TURMA
ENCAMINHAMENTO
ESTUDANTE(S) ATENDIDO(S) PELO(S) SERVIÇO(S) DE APOIO*
TIPO(S) DE ATENDIMENTO(S) OBSERVAÇÃO(ES)
*Orientação Educacional, Supervisão Pedagógica, etc..
PARTICIPANTES
FUNÇÃO NOME RUBRICA MATRÍCULA
Professor(a) da turma
Coordenador(a)
Supervisor(a) Pedagógico(a)
Diretor(a)
Orientador(a) Educacional
Outros
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL
SUBSECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA
ENSINO FUNDAMENTAL Correção da Distorção Idade/Série – Anos Finais
Coordenação Regional de Ensino:___________________________________________________________
Unidade Escolar: _________________________________________________________________________
Estudante: _______________________________________________________________________________
Série/Ano de origem:_______________ Turma/ Bloco: ______________ Turno: ______________
RELATÓRIO PEDAGÓGICO PARA TRANSFERÊNCIA – RPT
Observações referentes ao estudante nos componentes curriculares: Língua Portuguesa e Língua Estrangeira Moderna:
Matemática e Ciências:
História /Geografia / PD:
Educação Física:
Arte:
FUNÇÃO NOME COMPONENTES CURRICULARES
RUBRICA MATRÍCULA
Professor(a) da turma
Orientações Pedagógicas - Correção da Distorção Idade/Série
PROJETO FILOSOFIA NA ESCOLA
O Projeto Filosofia na Escola, inicialmente previsto para durar 2 (dois) anos,
tem encontrado demanda para sua continuidade e ampliação desde sua presença
no cenário das escolas do Distrito Federal. Os resultados obtidos até aqui
reafirmam a necessidade de os currículos escolares contemplarem a Filosofia, não
só como disciplina, mas como experiência inesquecível da educação das crianças,
adolescentes e jovens, bem como dos próprios professores.
O trabalho desenvolvido com os professores ao longo destes anos, na
Educação Básica, demonstraram a possibilidade concreta destes profissionais
engajarem-se em investigações filosóficas coletivas, pois o trabalho tem
possibilitado uma atitude reflexiva dos professores frente ao seu próprio fazer
educativo, colocando-os na exigência de um pensamento transversal na
educação.
Para o professor trilhar com os estudantes os caminhos por onde a filosofia
leva significa aceitar um desafio constante. A sala de aula é o ponto de chegada e
também de partida, local das possíveis realizações no confronto entre antecipação
e o acontecimento, o desafio maior da concretização das intenções educativas.
Por isto é necessário ocupar-se de uma metodologia que levará o professor até o
estudante e então, juntos, investigarem o processo pelo qual arriscam-se em
direção ao desconhecido, que poderá emergir de cada encontro, de cada
discussão, de cada pensar diferente, de cada novo questionamento, de cada
reflexão, enfim, de cada momento da aula.
Como preparar a caminhada até a sala de aula? O que pode ser encontrado
pelo caminho? Os estudantes e suas próprias experiências, os diferentes textos e
suas mais diversas interpretações, os recursos didáticos e suas formas, as
diferentes configurações de ensinar e seus apelos, os conteúdos curriculares e
suas exigências, o ambiente escolar e suas imposições... O que mais?
Não há garantias quanto ao que fazer ou aonde chegar. Para saber é
preciso a disposição para caminhar. Lidar com pessoas e com a filosofia é estar
sujeito a imprevistos, a erros, a desacertos e também a conquistas, a descobertas,
a maravilhosas surpresas, a lugares desconhecidos. Este é o risco que corre quem
ousa se lançar em uma tarefa filosoficamente educativa: estar com o outro de fato.
Orientações Pedagógicas - Correção da Distorção Idade/Série
Sujeitar-se ao novo, às surpresas, à descoberta, sem, contudo, deixar de ser
sujeito do próprio pensar e agir.
Nessas condições, pensar um processo continuado de formação docente
amplia as possibilidades de alcance das nossas intenções. Neste sentido, esse
processo será organizado de forma a se integrar na proposta de formação
continuada específica para as turmas de Correção da Distorção idade/Série.
Considerando, então, que no espaço de sua existência, o Projeto Filosofia
na Escola se consolidou como um espaço experimental de crescente importância
para o ensino da filosofia na Educação Básica e que o seu desenvolvimento tem
dado ao professor condições de textualizar a realidade vivida no espaço escolar e,
consequentemente, a utilização de textos que criam condições para uma reflexão
com base na realidade do estudante, além de provocar o próprio estudante a
pensar sobre sua realidade, entendemos que o desenvolvimento do Projeto nas
turmas de correção da distorção idade/série se justifica.
OBJETIVOS
a) Implantar atividades filosóficas nas Escolas que tenham turmas de correção
da distorção idade/série;
b) Desenvolver formação continuada para os profissionais visando o
desenvolvimento de atividades filosóficas nas turmas de correção da
distorção idade/série;
c) Realizar pesquisas na área de Filosofia e Educação;
d) Verificar Impacto do Projeto Filosofia na Escola, junto aos estudantes,
professores e unidades escolares;
e) Publicar e apresentar trabalhos desenvolvidos.
METODOLOGIA
Encontro pedagógico
Cada grupo de professores e mediadores* (formador da EAPE, coordenador
local ou intermediario, integrante da equipe gestora ou ainda, estagiarios de nível
superior) se encontram na escola semanalmente para avaliar o último encontro de
filosofia com os estudantes e para discutir sobre o próximo tema/questão/texto a
ser investigado. Professor regente e mediador trocam impressões, ressaltam os
aspectos e falas interessantes do encontro anterior e escolhem o texto do próximo
Orientações Pedagógicas - Correção da Distorção Idade/Série
encontro (texto filosófico, literatura, música, teatro, vídeo, figuras, etc). Discutem o
próprio texto, por que usá-lo e como. A reunião de planejamento é um contexto no
qual ocorrem investigações diversas entre adultos. O “plano” que emerge dessas
investigações não diz respeito às idéias que se repetirão em sala, mas
principalmente ao texto (material) a ser utilizado para suscitar a discussão com os
estudantes e à atitude de questionamento partilhada.
Encontro de filosofia
Os encontros de filosofia com os estudantes são conduzidos pelo professor
regente e um ou mais mediadores. Esses pares ou pequenos grupos atuantes em
cada turma estarão juntos por todo o ano escolar, planejando, avaliando as
atividades e participando das discussões em sala. O mediador não é um modelo
para o professor. Ambos estão envolvidos em um mesmo processo, pensando
sobre suas práticas, buscando criar um contexto no qual os estudantes (e eles
próprios) possam pensar por si e coletivamente. Ambos estão experimentando
formas de interação e tentando responder a questões como: o que significa
ensinar? O que significa pensar? Como promover um contexto que favoreça o
pensar?
Grupo de estudos
Semanalmente o grupo de professores e mediadores se encontram com os
coordenadores no Espaço de Integração Pedagogica (plataforma Moodle) para
discutir diferentes textos relacionados à filosofia, à prática filosófica com crianças,
adolescentes e jovens, à educação, etc. O grupo decide quais textos serão lidos e
discutidos. A prática nas escolas é constantemente relacionada às idéias
discutidas no ambiente virtual.
Elaboração de relatórios
Cada coordenador, professor e mediador mantém relatórios das atividades
filosóficas do projeto. Os relatórios possuem duas dimensões: uma descritiva e
outra reflexiva. Cada pessoa escolhe as atividades que descreverá e os
questionamentos que serão por ela investigados. Os relatórios são entregues a
cada encontro geral e anexados à pasta da unidade escolar correspondente. Os
arquivos do projeto serão disponibilizados no Espaço de Integração Pedagogica.
Orientações Pedagógicas - Correção da Distorção Idade/Série
Os grupos que se encontram nas unidades escolares serão motivados a
escreverem textos coletivos sobre as experiências e reflexões acerca de sua
prática filosófica.
Encontro regional
Em cada Coordenação Regional de Ensino ocorrerá um encontro mensal
com professores, mediadores e coordenadores/colaboradores do projeto. A cada
mês uma unidade escolar se responsabilizará pela preparação deste encontro e
conduzirá uma oficina filosófica que tenha sido realizada na unidade escolar. A
oficina possibilitará uma experiência comum, para pensar as práticas, suas
diferenças, questionamentos. Esta é uma maneira de partilhar vivências e
reflexões entre as unidades escolares, conectando-as.
Avaliação geral
Semestralmente, os professores, mediadores e
coordenadores/colaboradores se reúnem para avaliar e partilhar os diferentes
aspectos da prática nas unidades escolares e a forma através da qual o projeto se
organiza.
Orientações Pedagógicas - Correção da Distorção Idade/Série
PROJETO SAÚDE NA ESCOLA
O projeto a ser desenvolvido com os estudantes das turmas de correção da
distorção idade/série e suas famílias, justifica-se pela necessidade de implantação
de políticas públicas que visem uma educação para a saúde em uma perspectiva
integral e integradora, em que o sujeito se reconheça no ambiente em que vive
como sujeito promotor de bem estar físico, mental, afetivo e sócio ambientalmente
responsável. Desta forma o Projeto visa a construção de espaços de reflexão e
ação, voltados para o desenvolvimento de uma educação transformadora da
prática social.
A construção de ações socioeducativas, voltadas à uma educação para a
saúde, tem sido motivo de preocupação nos últimos anos no Brasil. Elas se
justificam pela necessidade de se ter uma população educada para a promoção,
prevenção e educação em saúde, vista aqui, como o processo de formação do
indivíduo em melhorar e controlar sua saúde.
A educação escolar é espaço importante para que os educandos construam
conhecimentos na área da saúde de forma que ele possa compreender que a
saúde é um direito de todos e uma dimensão essencial do crescimento e
desenvolvimento do ser humano. O trabalho pedagógico deve ter um cunho
multidisciplinar, perpassando os conhecimentos disciplinares já existentes nos
currículos escolares levando em consideração os saberes locais.
Assim como o Projeto Filosofia na Escola, o Projeto Saúde Integral na
Escola será realizado em parceria com a Universidade de Brasília, com
participação de docentes e estudantes dos cursos de graduação e pós-graduação
de diversas áreas.
OBJETIVOS
• Proporcionar espaços de formação com a comunidade escolar em
educação em saúde numa perspectiva sócio ambiental;
• Desenvolver projetos de educação em saúde nas unidades escolares, com
turmas em defasagem idade/série, em uma perspectiva socioambiental;
• Promover saúde integral em estudantes das turmas de correção da
distorção idade/série e suas famílias;
Orientações Pedagógicas - Correção da Distorção Idade/Série
• Desenvolver oficinas filosóficas e comunitárias com o intuito de escutar os
membros das famílias.
METODOLOGIA
Oficinas de Formação
Espaço de formação continuado com professores e funcionários da escola,
com o objetivo de construir conhecimentos de Educação em Saúde em uma
perspectiva sócio-ambientalmente responsável. As oficinas terão como temas a
saúde da criança e do adolescente, alimentação saudável, saúde bucal, relações
responsáveis com o meio ambiente, cuidados de higiene, cuidados corporais,
entre outros. As oficinas contemplarão discussões filosóficas sobre as temáticas,
para que os profissionais da educação possam apropriar-se e/ou construir
conhecimentos de forma crítica.
Oficinas Comunitárias
Espaço de formação com familiares dos estudantes de turmas de correção
idade/série, com o objetivo de construir conhecimentos de Educação em Saúde
em uma perspectiva sócio-ambientalmente responsável. Além de temáticas sobre
saúde, as oficinas desenvolverão temáticas relacionadas ao universo das famílias,
principalmente, das mulheres. As oficinas contemplarão discussões filosóficas
sobre as temáticas, para que os familiares possam apropriar-se e/ou construir
conhecimentos de forma crítica e tenha espaço para partilharem seus saberes
sobre os temas.
Oficinas com Estudantes
Espaço destinado ao desenvolvimento de temáticas sobre saúde, educação
ambiental e trabalho com os estudantes, com o objetivo de construir
conhecimentos nestas áreas. As atividades terão caráter prático e lúdico, de modo
a proporcionar participação efetiva dos estudantes e serão desenvolvidas
respeitando-se a realidade e idade do estudante.
Orientações Pedagógicas - Correção da Distorção Idade/Série
Saúde na Escola
Para a realização de um diagnóstico dos estudantes serão realizadas
verificações sobre a saúde do educando, no que concerne aos seguintes
aspectos: verificação de peso/altura, testes básicos para verificação de acuidade
visual e auditiva, verificação pressão arterial, situação dentária, avaliação
diagnóstica da aprendizagem. As atividades serão desenvolvidas,
preferencialmente, com estudantes abaixo dos 10 (dez) anos e/ou os que
apresentarem queixas.
Visita às famílias
A cada semana serão visitadas um grupo de famílias dos estudantes de
turmas de distorção idade/série para realização de diagnóstico de saúde (saúde da
família, saúde bucal, utilização e guarda de medicamentos e alimentação
saudável), meio ambiente, educação, situação socioeconômica, entre outros.
Paralelamente ao diagnóstico serão oferecidas informações sobre as temáticas
diagnosticada.
Orientações Pedagógicas - Correção da Distorção Idade/Série
PROJETO EDUCAÇÃO COM MOVIMENTO EDUCAÇÃO FÍSICA NOS ANOS INICIAIS
O Projeto Educação com Movimento - Educação Física nos Anos Iniciais
do Ensino Fundamental proposto pela Coordenação de Ensino Fundamental -
COENF e pela Coordenação de Educação Física e Desporto Escolar Desporto
Escolar – CEFDESC da Subsecretaria de Educação Básica – SUBEB busca a
melhoria da qualidade de ensino, por meio da reestruturação e fundamentação
pedagógica, inserindo o professor de Educação Física nos anos iniciais do
Ensino Fundamental, preferencialmente em escolas que possuam um
significativo número de estudantes em defasagem idade/série, organizados em
turmas de correção da distorção idade/série escolar.
A Educação Física está assegurada no ambiente escolar por meio da Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei n.º 9394/1996 (BRASIL,
1996). O artigo 26, § 3º, destaca que a disciplina de Educação Física está
integrada à proposta pedagógica da escola, sendo um componente curricular
obrigatório da educação básica fazendo parte de toda a vida escolar do
estudante. Fato este que revela a incontestável importância das vivências
motoras na construção do acervo cultural e cognitivo de nossos estudantes
desde as séries iniciais.
Da mesma forma, há muito tempo já não existem mais dúvidas no
ambiente acadêmico, no cotidiano escolar, ou mesmo no senso comum sobre a
importância do brincar, do jogar, da ludicidade, enfim, da ampliação e
diversificação da cultural corporal e suas linguagens como vivência
indispensável para a formação integral e pleno desenvolvimento sócio-afetivo,
psicomotor e cognitivo da criança.
A proposta em tela é de um trabalho integrado entre o professor de
Educação Física e o professor regente3, contemplando aspectos didáticos
gerais e específicos, do planejamento à avaliação, considerando as questões
cotidianas de sala de aula e possibilitando o desenvolvimento da cultura
corporal – jogos e brincadeiras, esporte, lutas, ginásticas, danças e expressão
3 Como professor regente, consideramos o professor de atividades, pedagogo da carreira de
Magistério da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal.
Orientações Pedagógicas - Correção da Distorção Idade/Série
corporal –, bem como da organização e participação em atividades de caráter
cultural da escola, tais como: festas, comemorações, passeios, dentre ouutros.
O Projeto, Educação com Movimento, intenciona ser a base para a
universalização da Educação Física no Ensino Fundamental da Secretaria de
Estado de Educação do Distrito Federal – SEDF, mas pretende, em um
primeiro momento, atender preferencialmente às escolas com turmas com
correção da distorção idade/série, já que se entende locus privilegiado para
avaliarmos a importância das ações propostas.
Diante disso a Implantação do projeto Educação com Movimento em
todas as turmas de séries iniciais de uma escola-pólo de cada Coordenação
Regional de Ensino nos turnos matutino e vespertino que tenha classes de
correção da distorção idade/série ocorrerá de forma gradativa, afim de que, de
maneira interdisciplinar, promova a formação integral do estudante ampliando o
repertório corporal mediante a intervenção pedagógica de um professor
especializado nesta área, o professor de Educação Física.
METODOLOGIA
• Cada professor será responsável por, no mínimo, 10 e, no máximo, 15
turmas;
• Serão ministradas aulas em turmas de correção da distorção idade/série
escolar e turmas de 4ª série/5º ano.
• Por semana serão ministradas 5 horas-aulas;
• Será utilizada a técnica de observação participante como instrumento de
avaliação dos professores;
• Será criado um Roteiro de observação composto de informações de gênero,
desenvolvimento físico-motor, significado das ações pedagógicas;
• Será criado um instrumento de avaliação para os responsáveis e gestores
da escola;
• Os professores do projeto deverão junto com os professores regentes,
planejar e participar de eventos, tais como: lançamento do Projeto
Educação com Movimento, Festa Junina da Escola, Festivais Esportivos,
de Dança, Lutas ou Ginástica e de um Seminário avaliação.