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CORRESPONDENTES FIXOS EM TODAS AS SEDES DE CONCELHO DO DISTRITO DE CASTELO BRANCO E FREGUESIAS DE OLEIROS Ano 7, Nº 45, Setembro / Outubro de 2015 Preço: 0,01€ (inclui IVA) Edição Mensal , aos dias 15 de cada Director e Fundador: Paulino B. Fernandes www.jornaldeoleiros.com "Não há Democracia sem imprensa livre" Distrito de Castelo Branco PÁGINA 3 INFLUENTE NA REGIÃO DO PINHAL INTERIOR SUL, BEIRA INTERIOR SUL E COVA DA BEIRA PÁGINA 2 PÁGINA 3 ELEIÇÕES LEGISLATIVAS Protagonistas principais em Castelo Branco, HORTENSE MARTINS e MANUEL FREXES centram as atenções gerais. Feira do Pinhal foi um sucesso A XV Feira do Pinhal que decorreu em Oleiros, movimentou inúmeras pessoas, entidades, expositores. Com uma organização profissional e actuante, merece destaque. Saudamos quem teve a visão de o construir (Comendador José Santos Marques), saudamos quem o gere com profissionalismo. Cresce todos os anos mais e tornou- se uma âncora incontornável na região. Saudamos o Hotel de Santa Margarida no momento em que celebra 3 anos Rosa Afonso, Pintora de Cerâmica PÁGINA 3 Património Requalificado – A Igreja Nova do Estreito PÁGINA 5

Correspondentes fixos em todas as sedes de ConCelho do ......ca em Pintura de Cerâmi-ca, tem feito Exposições e é figura certa em todas as actividades na região e não só. A

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Page 1: Correspondentes fixos em todas as sedes de ConCelho do ......ca em Pintura de Cerâmi-ca, tem feito Exposições e é figura certa em todas as actividades na região e não só. A

Correspondentes fixos em todas as sedes de ConCelho do distrito de Castelo BranCo e freguesias de oleiros

Ano 7, Nº 45, Setembro / Outubro de 2015 • Preço: 0,01€ (inclui IVA) • Edição Mensal , aos dias 15 de cada mês

Director e Fundador: Paulino B. Fernandes

www.jornaldeoleiros.com

"Não há Democracia sem imprensa livre" Distrito de

Castelo Branco

Página 3

influente na região do pinhal interior sul, Beira interior sul e Cova da Beira

Página 2

Página 3

eleiÇÕes legislativas

Protagonistas principais em Castelo Branco, Hortense

Martins e Manuel Frexes centram as atenções gerais.

Feira do Pinhal foi um sucesso

a xV Feira do Pinhal que decorreu em oleiros, movimentou inúmeras pessoas, entidades, expositores.Com uma organização profissional e actuante, merece destaque.

saudamos quem teve a visão de o construir (Comendador José santos Marques), saudamos quem o gere com profissionalismo.Cresce todos os anos mais e tornou-se uma âncora incontornável na região.

saudamos o Hotel de santa Margarida no momento em que celebra 3 anos

rosa afonso, Pintora de Cerâmica

Página 3

Património Requalificado – a igreja nova do estreito

Página 5

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2 Jornal de oleiros 2015 seteMBro / outuBro

e-mail: [email protected].: 272 688 058

Agora com pagamento de facturas domésticas e carregamento de telemóveis

PAPELARIA JARDIM

Rua Dr. José de Carvalho, 5 - 6160-421 OleirosTelefone 272 681 052

EDITORIAL

Para chegar mais rápido aos nossos Leitores, vamos com a MRW

legislativas de 4 de outubro. momento de extrema importância para o país

Mónica Ramoa (PCP)José Lagiosa (PDR)

Cristina Borges Guedes (BE) Angélica Manzarra do Nós, Cidadãos!

Margarida Vaz, (Livre, tempo de avançar)

PAtrIMóNIO rEquAlIfIcAdO – A IgrEjA NOVA dO EStrEItO

Sublinho em Editorial a importante peça que edi-tamos sob o mesmo título.

Com efeito, esta peça foi escrita em 28 de Mar-ço de 1973 ( há 42 anos) e, a imagem do "Cristo Ressuscitado" não passava as malhas da polícia política – tempos a que não desejamos voltar.

• SARA que o assina, era o pseudónimo de João Ramos, mais tarde influente Magistrado. O Dr. João Ramos (Amigo certo) viria a ser o primeiro Presidente do Conselho Editorial do Jor-nal de Oleiros, substituído por indigitação própria pela Dra. Manuela Marques (Professora) – su-blinhamos a indigitação que efectuou já num mo-mento que não desejamos mencionar e, na mi-nha qualidade de Director, direi apenas que valeu a pena ter vivido pelo menos estes 7 anos, para ter a possibilidade de dar à estampa a peça que encontrarão nesta edição.

• Agradeço às Dras. Fernanda Ramos e Vânia Ramos a preservação deste espólio e a cedên-cia para publicação. Bem Hajam.

uMA EdIÇÃO MArcAdA PElA rEflEXÃOA poucos dias das Eleições Legislativas, não de-

sejando envolver-nos em excesso nas campanhas de tantos Partidos, optámos por dar a conhecer o que de bom se faz no Distrito. Encontrarão vários trabalhos de Artesãos muito qualificados que impor-ta conhecer, divulgar e apoiar.

A POlÍtIcA tAMBÉM É NOSSA PrEOcuPAÇÃO

Muito se joga em 4 de Outubro. Importa aos Elei-tores, desde logo mobilizarem-se e exercer o direito ao seu VOTO. Estarem informados e distinguir o que importa ao futuro do país era também importante.

Paulino B. fernandes director Email: [email protected]

Nunca como nas próximas Eleições, tantos Partidos e Coligações se apresentaram aos ci-dadãos procurando obter acordo para as suas opiniões. Na verdade, é positivo ver o envol-vimento de tanta gente, mesmo o esforço que fazem e as capacidades de militância que exi-bem, acreditando ainda que esse esforço pode diminuir a abstenção, essa chaga da Democra-cia.

No entanto, apesar do afirmado anterior-mente, não estamos certos de que seja total-mente positiva a dispersão de votos, num mo-mento em que o país precisa de um projecto claro e uma alternativa que seja exequível.

A "batalha" no Distrito de castelo Branco é protagonizada claramente pela Coligação no poder e pelo PS, encabeçadas pelas equipas de Manuel frexes e Hortense Martins (destaca-dos na nossa 1ª página), respectivamente e, nestes dois elementos acabará por se centrar a decisão, o que vai gerar frustração em muitos que tanto esforço fizeram.

Procurámos exibir a imagem de todos os ca-beças de lista, mas, alguns não responderam e não foi possível colocar todos.

Resta-nos aguardar pela noite de 4 de Ou-tubro e, aí, formular votos para que Portugal encontre um rumo seguro, capaz de gerar um governo forte e capacitado.

Pf

Pedro Miguel Lourenço Pires Martins

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Jornal de oleiros 32015 seteMBro / outuBro

Inaugurada pelo Ministro Ad-junto e do Desenvolvimento Re-gional, Prof. Doutor Miguel Poia-res Maduro, e pelo Presidente da Câmara de Oleiros, Dr. Fernan-do Marques Jorge, a XV edição da Feira do Pinhal decorreu em Oleiros, entre 5 e 9 de Agosto.

Tal como habitualmente, con-tou com a participação das Jun-tas de Freguesia do concelho, bem como de diversas associa-ções que desenvolvem o seu tra-balho em prol do município, no-meadamente a Casa da Comarca da Sertã. Durante a Feira, na qual participamos desde 2008, foram disponibilizadas no nosso stand diversas obras literárias, nomea-damente “A Santa Casa da Mise-ricórdia de Proença-a-Nova”,"A Charneca da Beira", "Monogra-fia da Freguesia de S. João do Peso”, “Sertanense: 75 Anos de História”, “Vilar dos Condes - A terra e a sua gente”, "Os Mendes Barata da Longra" e "História da Sertã", bem como diversos materiais promocionais dos mu-nicípios de Mação, Oleiros, Pro-ença-a-Nova, Sertã e Vila de Rei. Neste importante certame regio-nal, marcaram também presença diversos associados colectivos da nossa Casa, nomeadamente o Grupo de Amigos da Freguesia da Madeirã, a Liga dos Amigos da Freguesia da Amieira, a Liga dos Amigos da Freguesia de Isna, a Liga Regional "Os Unidos da Freguesia de Álvaro" e a União Regional da Freguesia do Sobral,

bem como o Grupo de Amigos Incondicionais de Orvalho, cujo Grupo de Danças e Cantares ac-tuou no recinto da Feira.

As festividades de Oleiros ter-minaram no dia 10 de Agosto,

feriado municipal, dia em que foi apresentado publicamente o livro "Famílias da Freguesia do Sobral", da autoria do Presidente da Direcção da Casa da Comarca da Sertã, Engº Pedro Amaro.”

xv feira do pinhal

Na edição anterior, por lapso e insuficiente informação, não referimos todos os participantes no Desfile realizado em Julho e o organizador que foi a Junta de Freguesia de Oleiros - Amieira.

Assim, além da Model Sport, participaram o Pronto a Vestir Barata e a Casa Nova Ambientes.

A todos as nossas desculpas.

Rosa Afonso, natural de Oleiros e Artesão local, especialista em Pintura de Cerâmica, mas não só, merece um justo destaque nas nossas páginas.

Desde 1989, luta e tra-balha, divulgando a sua especialidade, felizmente, dia-a-dia mais reconheci-da.

Com formação específi-ca em Pintura de Cerâmi-ca, tem feito Exposições e é figura certa em todas as actividades na região e não só.

A sua actividade esten-de-se também ao trabalho em tela, tecido e acrílico e é extremamente aprecia-da.

Recentemente nas Fes-tas da Amieira foi possível observar o belo trabalho em Azulejo Hispano - Árabe do século XV e XVI que pode encontrar e observar na Igreja Matriz de Oleiros.

Pode saber mais na sua loja em Oleiros ou contactar a artista pelo email: [email protected]

rosa afonso - Ceramista

Direcção Técnica: Dra Maria Odete da Conceição Guerra

Rua dos Bombeiros Voluntários - OleirosTelefone 272 681 015 . Fax 272 681 016

O geopark Naturtejo juntou-se mais uma vez à iniciativa do Ciência Viva no Verão, promo-vida pela Ciência Viva, Agência Nacional para a Cultura Científi-ca e Tecnológica, com actividades de Geologia no Verão que visam aproximar a Ciência da socieda-de, através de acções de divulga-ção junto do grande público.

Numa acção conjunta entre o Centro Ciência Viva da Floresta e o Geopark Naturtejo foi dinami-zada a acção “O Ouro das Portas de Almourão”, uma actividade que trouxe participantes de to-

dos os pontos do país a Sobral Fernando, Proença-a-Nova, um local com vestígios da explora-ção de ouro, do Período Romano – as Conheiras de Sobral Fernan-do.

Os participantes vieram com vontade de descobrir mais sobre a origem das pepitas de ouro, sobre os processos milenares da sua exploração nesta região e que perduraram até ao século XX, culminando com uma experiên-cia de garimpo no rio Ocreza.

Com muita persistência e de-senvoltura os participantes fo-

ram lavando areias do rio, tendo sido encontradas algumas “pas-tanas” de ouro.

A experiência de garimpo é uma actividade turística dina-mizada por empresas em vários locais do Geopark Naturtejo, es-tando a atrair cada vez mais vi-sitantes.

No âmbito da rede global de geoparques, reconhecidos pela UNESCO, este produto do ge-opark Naturtejo tem sido um exemplo de boas práticas para outros territórios, tendo inspira-do outros países.

geologia no verão nas portas de almourão

Desfile de Moda em oleiros

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4 Jornal de oleiros 2015 seteMBro / outuBro

nascidos em 1963 em oleiros, reúnem no roqueiro em 17 de outubro

O activo Grupo de nascidos em 1963, volta a reunir, desta vez no Roqueiro. A Missa é às 15H00, depois segue-se o jantar. Tudo no Roqueiro.Bom trabalho à Organização. Lá estaremos, claro.* Foto, Alberto Ladeira.

A Comunidade Intermunicipal da Bei-ra Baixa (CIMBB) e a Comissão de Co-ordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDR-C) assinaram em 31 de Agosto, o Pacto de Desenvolvimento e Coesão Territorial do Centro que de-termina a transferência de 20 milhões de euros para a comunidade intermunicipal no âmbito do actual quadro comunitário de apoio.

O valor recebido será agora investido nos seis municípios que compõem a CIM-BB (Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Olei-ros, Penamacor, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão), sendo que os montantes mais significativos serão destinados à re-dução e prevenção do abandono escolar precoce e à promoção da igualdade de acesso ao ensino infantil, à eficiência ener-gética e à criação de emprego por conta própria, empreendedorismo e criação de empresas.

“Congratulamo-nos com a assinatura deste contrato, consideramos que o mon-tante atribuído está em linha com o con-tratualizado nos outros quadros comu-nitários mas estamos desiludidos com o facto de não terem sido incluídas algumas das nossas prioridades e nos terem sido

impostas outras que não consideramos assim tão prioritárias”, salienta o presi-dente da CIMBB.

João Paulo Catarino dá o exemplo da exclusão do património natural: “esta era uma das áreas em que os municípios da CIMBB tinham mais expectativas aten-dendo à área natural classificada da nossa comunidade que inclui o Parque Natural do Tejo Internacional e o Geopark Natur-tejo. Em contrapartida, foi apoiado algum património cultural classificado como de Interesse Nacional que é da responsabili-dade do Ministério da Cultura”.

Na prática, os diferentes municípios vão ter que contribuir com uma percen-tagem dos seus orçamentos para financiar as obras nesses monumentos.

Da mesma forma, mais de quatro mi-lhões de euros serão encaminhados para projectos educativos o que, segundo o presidente da CIMBB, faria mais sentido que parte desse investimento fosse feito no âmbito do actual sistema educativo.

“É o Ministério da Educação que tem de tomar medidas concretas como a redução do número de alunos por turma e evitar turmas compostas por vários anos leti-vos”, defendeu João Paulo Catarino.

CimBB, Comunidade intermunicipal da Beira

Baixa

O Cinema ao Ar Livre aconteceu entre 27 e 30 de agosto e marcou pelo sucesso nas fre-guesias de Oleiros, com um total de cerca de 330 espectadores.

Entre filmes históricos, dramas e comédias, o Cinema Português em Movimento juntou plateias de todas as idades em agradáveis noites quentes de Verão.

As opiniões foram consensuais, o cinema é muito bem recebido por estas terras, onde não chega de outra forma. As telas trouxeram à rua, pessoas que nunca tinham ido ao cinema e também curiosos por este conceito diferenciado de cinema ao ar livre.

Relembre-se que este foi o segundo ano que o ICA (Instituto do Cinema e do Audiovi-sual) em parceira com o Município, trouxe ao concelho de Oleiros filmes produzidos em Portugal, por autores portugueses dando não só destaque ao cinema, mas principalmente à cinematografia nacional.

Cinema junta centenas de pessoas ao ar livre

. uma experiência positiva já no 2º ano e a repetir

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Jornal de oleiros 52015 seteMBro / outuBro

Vila De rei

A propósito do artigo “Estrei-to – Património requalificado”, publicado na última edição do Jornal de Oleiros, sobre a antiga igreja de S. João Baptista, parti-lhamos com os leitores um breve apontamento alusivo ao tema, es-crito em 1973 por um jovem que muito se orgulhava das suas raí-zes estreitenses.

A publicação deste texto, há muito prometida, surge agora, não só pela afinidade com o as-sunto versado na última edição, mas sobretudo como homena-gem simbólica a todos os que contribuíram para tornar possível a existência do Jornal de Oleiros, uma referência na imprensa re-gional.

A antiga igreja foi inaugurada em Outubro de 1970, embora não estivesse inteiramente concluí-da, conforme então noticiado no jornal “A Reconquista” (de 30 de Outubro de 1970), onde se pode ver na foto ainda a imagem do Cristo da igreja velha.

O artigo inédito que agora se publica apenas foi escrito em 1973, por ocasião da colocação da

imagem “Cristo Ressuscitado” na igreja nova. Naquela época, a pu-blicação não foi possível. Estáva-mos em 1973…

Passaram mais de quatro déca-das. Mas a publicação é ainda ac-tual, pois a igreja nova continua a ser uma obra muito à frente do seu tempo, cujo valor vale a pena conhecer e divulgar.

O NOSSO CRISTOFinalmente chegou o Cristo. Não,

não se trata de uma nova vinda do Messias. É um Cristo para uma Igre-ja. Para a nossa Igreja nova. Vai ser-vir de fundo ao altar. Há tanto tem-po o desejávamos, desde que demos as nossas esmolas para comprá-lo. Comprá-lo? Sim, os Cristos hoje são objecto de mercado. Ou há alguma coisa que não se venda? Até a reli-

gião. Este Cristo vai ser a continu-ação do nosso orgulho. Na verdade somos generosos, compramos tudo aquilo que nos faz grandes.

Mas o Cristo chegou. Faço pausa no trabalho e vou vê-lo. Quero saber como é porque ele também é meu.

- Oh! Mas que figura estranha!!! Que Cristo é este? Não é aquele que conhecemos!

- Ai, Deus me livre, nunca vi um homem com as mamas tão grandes! Diz a velhota abeatada que nunca ousara falar de alto na Casa de Deus, em tom escandalizado.

- Pois este Cristo não é nada lindo. Pusessem lá o que a gente cá tinha, ou o Sagrado Coração de Jesus que é tão bonito. Nossa Senhora nos va-lha!

Enfim, tanto se esperou o Cristo e agora que ele está no meio de nós, não o conhecemos. Este Cristo tam-bém é revolucionário, traz-nos novas modas.

(N. B. Se quereis vê-lo, ide ao Es-treito à igreja nova. Por certo admi-rá-lo-eis, a Ele e à igreja)

SARA*Castelo Branco, 28/03/1973

Património Requalificado – A Igreja Nova do estreito

Imagem disponível no sítio da junta de freguesia Estreito-Vilar Barroco http://www.jf-estreitovilarbarroco.pt/igreja.html#gallery_1

Imagem publicada n’”A Reconquista” de 30 de outubro de 1970, disponível no sítio da junta de freguesia Estreito-Vilar Barroco www.jf-estreitovilar-barroco.pt/arquivos/arquivo4.pdf

Fernanda Ramos e Vânia Costa Ramos

* O autor João H. dos Santos Ramos escrevia então sob o pseudónimo “SARA”.

O Executivo Camarário apro-vou por unanimidade esta terça-feira a isenção de derrama e a fixação da taxa mínima do im-posto municipal sobre imóveis, já o desconto de 2,5% no IRS foi aprovado por maioria.

Pretendendo o Município apostar em medidas de estímulo às micro e pequenas empresas de forma a inverter a tendência na-cional de crise e dar uma resposta de confiança e incentivo aos em-presários e investidores para pro-mover a sua fixação e ambiente favorável ao investimento, a isen-ção da derrama incidirá sobre os sujeitos passivos com um volume de negócios no ano anterior que não ultrapasse os 150.000 €, já para os sujeitos que igualem ou

ultrapassem o valor de 150.000 € incidirá uma taxa de 1,5% sobre o lucro tributável sujeito e não isento de impostos sobre o IRC.

Considerando que estamos perante um concelho marcada-mente influenciado pelos efeitos da interioridade, tendo em conta a enorme carga fiscal a que todos estamos sujeitos, o Imposto Mó-vel sobre Imóveis (IMI) foi fixado pelo mínimo legalmente exigido, sendo os prédios rústicos taxados a 0,8% e os prédios urbanos en-tre 0,3% e 0,5%. Este imposto ti-nha já sido reduzido no passado mês de Maio em função no n.º de dependentes de cada agregado familiar em habitação própria e permanente, nomeadamente 10% em famílias com um dependente,

15% com dois dependentes e 20% em agregados familiares com 3 ou mais dependentes.

Assumindo, por um lado, a preocupação autárquica em ga-rantir aos seus munícipes melho-res condições de vida, bem como, implementar políticas de incenti-vo à fixação da população, e, por outro lado, a autarquia de Vila de Rei tem de encontrar novas for-mas de obtenção de receitas para combater esta crise, no que diz respeito à participação variável no IRS, foi estabelecida a percen-tagem de 2,5% a favor do municí-pio, dando lugar a um desconto de 2,5% à coleta dos contribuintes com domicílio fiscal em Vila de Rei para o ano de 2017, referente aos rendimentos de 2016.

autarquia de vila de rei aprova benefícios fiscais

A Biblioteca Municipal José Cardoso Pires organiza a sétima edi-ção do “Concurso de Curtas-Metragens”, numa iniciativa que pre-tende valorizar o caráter artístico e testemunhal do vídeo, reforçan-do as potencialidades criativas e o adestramento do espírito crítico dos participantes.

Os trabalhos, que deverão ser subordinadas ao tema “Património Natural”, deverão ser entregues em formato avi, wmv ou mpeg, com uma duração entre os 5 e os 15 minutos.

Os interessados em participar deverão entregar os seus trabalhos na Biblioteca Municipal José Cardoso Pires até ao dia 20 de Novem-bro ou por correio (data de carimbo dos CTT) para: “Concurso de Curtas-Metragens – José Cardoso Pires”, Biblioteca Municipal José Cardoso Pires de Vila de Rei, Rua da Biblioteca, 6110-174 Vila de Rei.

As normas do concurso poderão ser consultadas em www.cm-viladerei.pt.

Mais informações na Biblioteca Municipal José Cardoso Pires, 274 890 000 ou [email protected].

Concurso de Curtas-metragens

de regresso em vila de rei

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6 Jornal de oleiros 2015 seteMBro / outuBro

Castelo BranCo

cristina Valente

O centro de Dia de Benqueren-ças recebeu na segunda-feira , duas novas viaturas para melhor cumprir a sua missão.

Numa altura em que a insti-tuição cumpre 15 anos, o presi-dente da coletividade, João Car-los Antunes, afirma que apesar de algumas "mazelas próprias da idade" as maiores carências eram mesmo as relacionadas com os meios de transportes, pois o Centro apenas tinha uma viatura para todo o serviço, que já começava a ser mais que uma ajuda, uma fonte de despesas, "dias e dias em oficinas, repara-ções onerosas, e sem garantias de futuros" foi por isso necessá-rio procurar ajuda.

As viaturas entregues na se-gunda-feira vão servir, uma para apoio domiciliário, compartici-pada em 70% pela Segurança So-cial e outra para transporte de utentes, oferecida pela câmara municipal de Castelo Branco.

Luís Correia, destacou o exce-

lente trabalho que o Centro de Dia tem desenvolvidos ao longo dos seus 15 anos, e que justificam

a entrega destas viaturas, "esta instituição tem feito um traba-lho de qualidade e proximida-

de, tem distribuído carinho e afetos ao longo dos anos, e se não houvesse este trabalho, es-

tas carrinhas não tinham razão de ser".

O autarca quis também desta-car a parceria e entreajuda entre a Câmara Municipal e a Segurança Social no apoio às populações.

Também Melo Bernardo, dire-tor da Segurança Social, desta-cou o trabalho feito pelo Centro de Dia, e o apoio que presta à po-pulação idosa da freguesia. Para além do apoio prestado para aquisição da carrinha, 70%, Melo Bernardo deixou a promessa de tentar aumentar algumas com-participações.

"relativamente a algumas comparticipações que ainda es-tão nos 50%, vamos tentar me-lhorar, aumentar, mas esse é um esforço muito grande, mas cá es-tamos para nos apoiarmos" afir-mou o responsável da Segurança Social no distrito.

Atualmente o Centro de Dia de Benquerenças apoia 34 utentes, 8 em centro de dia e 26 em apoio domiciliário.

Centro de dia de Benquerenças recebe viaturas para cumprir a sua missão

A Associação Portuguesa de Educação em Ciências (APE-duC), criada em Castelo Branco, é a primeira associação de âmbi-to nacional, com sede no interior do país.

A Associação Portuguesa de Educação em Ciências, é uma associação de investigadores e de educadores e professores de ciências (investigação, forma-ção e ensino de Física, Química, Biologia, Geologia, Matemática, Ecologia...), que foi criada com o objetivo de promover o desen-volvimento da investigação e do ensino das ciências em contextos formais e não formais e em todos os níveis.

Fátima Paixão, Presidente da Comissão Instaladora, considera

que esta vai ser uma associação parceira, de muitas outras que existem do mesmo âmbito em todos os países da OCDE.

"faltava uma associação em Portugal, temos agora a honra de dizer que em castelo Bran-co foi possível concretizar esta Associação".

Fátima Paixão, do Politécnico de Castelo Branco, Laurinda Lei-te da Universidade do Minho e Cecília Galvão da Universidade de Lisboa, compõem a Comis-são instaladora por dois anos, "pretendemos que daqui a dois anos, no encontro de Educação e ciências se façam as primei-ras eleições" esclarece Fátima Paixão.

De resto a ideia desta Associa-ção nasceu em Castelo Branco, aquando do XIII Encontro Na-cional de Educação em Ciência, que teve lugar no Cine Teatro Avenida, em 2009, e contou com

cerca de 400 participantes.Tal impulso ampliou-se pela

necessidade e importância e pela pressão nacional e internacio-nal, em particular de países da OCDE, para a existência de uma parceira portuguesa, nesta área científica.

Fátima Paixão considera que a Associação pode ter um "efetivo contributo em muitas frentes". Desde logo um contributo direto ao nível da investigação, ensino e educação.

Luís Correia autarca albicas-trense, considera que é para a ci-dade e concelho uma mais valia a criação desta associação e a sua sede em Castelo Branco.

O autarca relembra que a câ-mara municipal também tem res-ponsabilidades na educação e "a colaboração com esta associação será sempre uma mais valia".

A Comissão Instaladora é com-posta por Fátima Paixão (Presi-

dente); Cecília Galvão, Professo-ra Catedrática da Universidade de Lisboa (vogal-Vice-Presiden-

te) e Laurinda Leite, Professora Catedrática da Universidade do Minho (vogal-Secretária).

educação em Ciências de Castelo Branco para o mundo

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Jornal de oleiros 72015 seteMBro / outuBro

Vila VelHa De róDão

Os desenhos do bordado de castelo Branco foram aproveita-dos pela terra lusa para vestir uma colecção de artigos mais que práticos.

Se já se rendeu aos relógios, le-ques, guarda-chuvas, panos mi-crofibra e eco sacos deste concei-to tão português, vai encantar-se com a palete de cor das temáticas decorativas de Castelo Branco e que a Terra Lusa decidiu marcar numa colecção original.

O bordado de castelo Branco constitui hoje um valor do Patri-mónio cultural do nosso país e está recheado de um valor iden-titário regional. Curiosamente, existem pontos de encontro do bordado de Castelo Branco e do bordado oriental, de panos pin-tados, tapetes ou porcelanas da Índia ou da China.

Com um carimbo tão simbó-lico, este padrão vem dar vida a objectos do quotidiano que cabem na mala de qualquer senhora. Há sempre a possibilidade de se fas-cinar com toda a colecção!

Sobre terra lusa:A marca Terra Lusa apresenta

várias colecções de produtos onde cada referência é um tributo ao Património Cultural de Portugal: relógios, leques, eco sacos, lenços e mini guarda-chuvas, todos di-

vididos em temáticas com raízes em elementos tipicamente portu-gueses.

800 Anos de História, Cultu-ra e Tradição que inspiraram a concepção das várias peças em que a tecnologia de qualidade se alia ao design contemporâneo. As peças deste projeto 100% por-tuguês encontram-se à venda em estações dos CTT a nível nacional, em Museus, Lojas de Artesanato e Aeroportos.

Preços de Venda Recomenda-dos:

Leques 11,50 €Relógios 25,00 €Chapéu Chuva 13 €Panos Microfibra 4 €Eco Sacos 5 €

Bordado de Castelo Branco dá cor a uma coleção terra lusa

As famílias com filhos que re-sidem no concelho de Vila Velha de Ródão vão pagar menos de IMI no próximo ano.

A Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão aprovou, esta sexta-feira, descontos no IMI (Im-posto Municipal sobre Imóveis) para as famílias com filhos.

Numa altura em que os por-tugueses vivem uma situação de contenção económica com brutais aumentos de impostos, diminuindo assim a qualidade de vida das pessoas, a autarquia de Ródão decidiu apoiar os seus munícipes aprovando a taxa mí-nima de IMI de 0,3%.

Sendo, este, um imposto onde a autarquia pode ser flexível, o executivo da Câmara Munici-pal vem desta forma apoiar as famílias com filhos, traduzindo a redução do valor desta coleta em função do número de filhos que fazem parte do agregado familiar. Na prática as famílias com 1 filho passarão a beneficiar de uma redução de 10% no IMI,

com 2 filhos de 15% e as famílias com 3 ou mais filhos dependen-tes vêm a sua redução do impos-to em 20%. Esta medida poderá beneficiar mais de 200 agregados familiares em Ródão.

Ródão torna-se, assim, dos pri-meiros municípios do distrito de Castelo Branco a aplicar reduções de IMI para famílias com filhos, ao abrigo das possibilidades que a Lei do Orçamento de Estado deste ano prevê para a fiscalidade da Administração Local.

A iniciativa insere-se no âm-bito das medidas de estímulo e apoio à fixação de famílias no concelho de Vila Velha de Ró-dão, implementadas no início do mandato de Luís Pereira, em resposta àquele que é um pro-blema estrutural em concelhos do interior: o despovoamento. Recorde-se que neste âmbito, já estão implementados benefícios como a isenção do pagamento de taxas e licenças de obras e das ta-xas de disponibilidade de água e saneamento a quem construa, ad-

quira ou recupere imóveis para habitação permanente; apoio fi-nanceiro à construção, aquisição de casa própria e à recuperação de imóveis degradados; gratui-tidade na frequência das creches do município; oferta de manuais escolares aos alunos do 1º e 2º ci-clo do ensino básico; apoio à fre-quência de instituições de ensino superior, através da atribuição de bolsas de estudo e cooperação com empresas locais, na gestão de recursos humanos, de forma a integrar os residentes em Vila Velha de Ródão.

A Câmara Municipal continua a fomentar em Vila Velha de Ró-dão a qualidade de vida das fa-mílias com filhos e um ambiente favorável ao crescimento demo-gráfico inserindo esta medida de redução de IMI numa lógica social de um regime fiscal mais atrativo para as famílias tendo como prioridade a devolução dos recursos municipais à comunida-de, resultado de uma boa gestão financeira.

autarquia de ródão aprova redução de imi para famílias

com filhos

Foi aprovada, na última reunião de câmara, a possibilidade do mu-nicípio de Vila Velha de Ródão acolher 3 a 5 famílias de refugiados, apoiando-as no seu acolhimento e integração na comunidade.

Numa altura em que se assiste na Europa e por todo o Mundo a um cenário de tragédia em relação à situação dos refugiados, Ródão quer dar exemplo de solidariedade disponibilizando-se para acolher no concelho 3 a 5 famílias de refugiados facultando apoios a vários níveis facilitando a sua integração na comunidade rodense.

Vila Velha de Ródão pretende ser um concelho inclusivo atento aos problemas sociais que esta temática envolve e com esta ação reduzir barreiras culturais, promovendo, assim, uma igualdade de oportuni-dades.

A autarquia irá, brevemente, elaborar um documento e transmitir esta decisão ao governo para assim formalizar o processo de acolhi-mento de refugiados.

ródão abre portas a refugiados

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Castelo BranCo

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8 Jornal de oleiros 2015 seteMBro / outuBro

ProenÇa-a-noVa

Magda ribeiro

Em alguns casos, os edifícios foram construídos de raiz

A nova sede da Associação das Atalaias é apenas uma das obras de maior visibilidade do conjunto que o Município de Proença-a-Nova tem promovido nos edifícios sede das associa-ções do concelho. Inaugurado na última sexta-feira de agosto, coincidindo com as festividades em louvor de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, o atual edi-fício foi totalmente construído

de raiz, num investimento que totalizou, até ao momento, mais de 150 mil euros.

Na cerimónia de inauguração, o presidente da Câmara Munici-pal de Proença-a-Nova destacou a total disponibilidade do muni-cípio para a concretização deste projeto que, numa fase inicial, contemplava apenas a requalifi-cação da antiga sede. João Paulo Catarino salientou ainda o di-namismo da coletividade que, a partir de agora, tem um edifício à altura de todas as iniciativas que desenvolve ao longo do ano. Composto por uma sala de convívio ampla, cozinha, arru-mos e casas de banho, no piso 0, e por uma zona de palco, no piso 1, o complexo ainda não está concluído: numa segunda

fase, será ainda construído um outro edifício destinado a ins-talações sanitárias públicas, bar

e zona exterior com parque de merendas.

“As construções de raiz das se-

des das associações das Atalaias, Sobral Fernando, Galisteu e no Caniçal, esta ainda em curso, entre outras, e as requalificações que temos feito em praticamen-te todas as casas sociais existen-tes no concelho têm sido possí-veis pela enorme entreajuda que tem existido entre a autarquia, as freguesias e as associações mas, acima de tudo, pela união dos moradores e sua diáspora nessas localidades”, refere João Paulo Catarino.

Esta quinta-feira, 3 de setem-bro, também serão inauguradas as obras de beneficiação da sede da associação da Catraia Cimei-ra, coincidentes com o arranque da festa em honra de Santa Lu-zia nesta localidade.

Município investe na requalificação das sedes das associações

A beneficiação do troço entre a Isna e a EN351, justifica-se tal como noutros troços já recuperados, pelas condições degradadas em que se encontrava a via, com curvas acentuadas, piso irregular e muitas de-pressões. Com esta requalificação, numa extensão de 1,7Km, é dado um salto qualitativo fundamental para o bem-estar das populações e utentes desta via.

Em causa estão também, o acesso a áreas de localização empresarial e logística, centros turísticos e outros locais de relevância regional que ficam agora privilegiados.

Em termos empresariais e logísticos, o acesso à EN351 e consequen-temente à A23, com ligação a Castelo Branco e à celulose em Vila Velha de Ródão, para onde são escoados muitos dos produtos das explora-ções florestais deste território.

Do ponto de vista turístico saem beneficiados, o acesso aos rios Ocre-za e Tejo e à parte sul do Geopark Naturtejo, com acesso a importantes geossítios e geomomumentos, ou à histórica Linha Defensiva Mura-dal-Talhadas que une os concelhos de Oleiros e Proença-a-Nova.

oleiros melhora vias de acesso

Arqueólogos acreditam que se podem encontrar vestígios ainda mais antigos.

A presença humana no conce-lho de Proença-a-Nova remonta há pelo menos cinco mil anos, revelam os mais recentes traba-lhos arqueológicos efetuados no âmbito do Campo Arqueológi-co 2015. Terminada a primeira quinzena de trabalho na Mamoa do Cabeço da Anta e Mamoa do Vale de Alvito, João Carlos Caninas, da Associação de Estu-dos do Alto Tejo, faz um balanço positivo: “estamos a investigar sítios que nos dão conhecimen-tos da forma como estas estrutu-ras foram construídas e que são resultados inovadores quanto a processos de construção civil de há cinco mil anos que, neste momento, ainda não podemos revelar. De qualquer modo, estes trabalhos enriquecem o conhe-cimento sobre a antiguidade da presença humana neste território que remonta pelo menos, e para já, há cinco ou seis mil anos atrás, mas estamos em busca de vestí-gios muito mais antigos, nomea-

damente do paleolítico”.O Campo Arqueológico deste

ano tem a particularidade de se desdobrar em várias frentes de trabalho: para além das culturas pré-históricas, os arqueólogos.

João Lobo, vice-presidente da autarquia, revela que a aposta nesta iniciativa, que já vai na sua quarta edição, é para manter no sentido de potenciar os seus principais objectivos: “o primei-ro na esfera do conhecimento, permitindo saber mais sobre a ocupação do território e assim perceber quais as evoluções que se manifestaram ao longo do tempo e, em segundo lugar,

potenciar turisticamente um ni-cho de mercado que está ligado a antropologia e a arqueologia possibilitando a sua difusão”.

João Carlos Caninas salien-tou, por sua vez, os métodos inovadores que estão a ser em-pregues no Campo Arqueoló-gico de Proença-a-Nova, por exemplo o registo digital de todos os registos de campo: “é um trabalho inovador que se deve a um engenheiro informá-tico que é mestre em arqueolo-gia que nos fez o desafio de fa-zer a experiência e desenvolver esta ferramenta e nós aceitámos imediatamente”.

presença humana no concelho remonta há mais de cinco mil anos

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Jornal de oleiros 92015 seteMBro / outuBro

região Centro

. CoMProMisso Pelo CentroUm compromisso assumido pelos candidatos do Par-

tido Socialista dos círculos eleitorais de Aveiro, castelo Branco, coimbra, guarda, leiria e Viseu

a região CentroEmbora as eleições legislativas sejam organizadas numa

base distrital, os candidatos à Assembleia da República não podem ignorar as regiões em que os distritos se inse-rem, sobretudo sob o ponto de vista do ordenamento e do desenvolvimento regional do País.

Isto é particularmente válido nas presentes eleições, uma vez que a próxima legislatura coincide praticamente com a implementação efetiva do novo programa financei-ro dos fundos estruturais e de coesão da UE (2014-2020) e a negociação do seguinte.

Por isso, os candidatos do Partido Socialista dos distri-tos que integram, no todo ou em parte, a região Centro entendem adotar uma visão e um compromisso comum em prol da Região.

Agregando uma centena de municípios (quase 1/3 do total nacional), agrupados em oito CIMs (quase um terço das atuais NUTs III), a região Centro abrange 2,3 milhões de habitantes (sendo a terceira região mais populosa, com 22% da população portuguesa). Todavia, o índice do po-der de compra per capita (IpC) na região Centro é cerca de 85% da média nacional, sendo na realidade a região mais pobre do País (incluindo as duas regiões autónomas).

Tal como outras regiões, a região Centro tem perdido peso em relação a Lisboa, agravando-se assim a assimetria económica e social do País.

Entre os ativos da Região são de assinalar especial-mente uma boa rede policêntrica de cidades de média di-mensão; a localização privilegiada no conjunto do País e ligação principal ao centro da Península Ibérica e ao resto da Europa; um tecido económico resiliente, com uma re-levante componente industrializada e exportadora (saldo comercial positivo); nichos dinâmicos na agricultura, na floresta e na pesca; uma estrutura industrial diversificada (cerâmica, floresta, papel, moldes, plástico metalomecâni-ca, tecnologia de informação, biotecnologia, bioeconomia, energias renováveis, saúde); património e recursos natu-rais para diferentes formas de turismo; e um conjunto im-portante de instituições do ensino superior, de centros de investigação e de centros tecnológicos.

São estas potencialidades que é preciso explorar, redu-zindo as assimetrias intrarregionais, explorando o pro-grama de apoio regional da UE em curso de execução, no quadro da Estratégia 2020 (“crescimento sustentável, inte-ligente e inclusivo”) e pondo em prática as seguintes:

Orientações da “Agenda para a década”, apresentada pelo Partido Socialista, especialmente em relação à valo-rização do território e das pessoas.

MeDiDas Para PotenCiar o DesenVolViMento Da região Centro

Medida 1 – Centro com voz própriareforçar a capacidade institucional das regiões através

da atribuição de legitimidade representativa às CCDRs, es-tabelecendo-se a eleição do respetivo órgão executivo por um colégio eleitoral formado pelos membros das câmaras e das assembleias municipais (incluindo os presidentes de junta de freguesia), respondendo o órgão executivo da CCDR, com 3 a 5 membros, perante o Conselho Regional.

Medida 2 – Centro inclusivo, onde seja bom viver e sim-ples investir

Apostar na qualidade vida da Região e na sua capacida-de de atrair pessoas através de:

- Investimento em centros de excelência na saúde e na educação que são condição fundamental para captar in-vestimento e para a fixação de residência

- Alargamento e modernização dos serviços públicos de

proximidade, incluindo os serviços judiciais, e criação de lojas do cidadãos em todos os concelhos;

- Simplificação administrativa de todos os procedimen-tos que condicionam o emprego e a produção de riqueza, tornando o Centro uma “região Simplex” de acordo com as melhores práticas internacionais.

- Cobertura de apoio social em toda a região, através de uma forte colaboração entre instituições públicas sociais e privadas, com discriminação positiva dos territórios mais vulneráveis;

- Apoio a medidas de eficiência energética nos trans-portes, no uso da biomassa, como forma de aproveitamen-to de recursos e prevenção de incêndios, e em programas de regeneração urbana.

Medida 3 – Centro em redeCompletar e qualificar as infraestruturas de transportes

da Região Centro, comosuporte à sua internacionalização, nomeadamente atra-

vés da:- Melhoria das travessias ferroviárias, nomeadamente

as linhas da Beira Alta (sendo essencial assegurar uma boa ligação ferroviária entre os portos de Aveiro, Figueira da Foz e a Espanha e o resto da Europa), do Oeste e da Beira Baixa, com apoio financeiro da União Europeia;

- Beneficiação do IP3, bem como melhoria das acessibili-dades rodoviárias na rede fundamental da Região.

Medida 4 – Centro mais competitivoIncentivar a dinamização económica da região através

da:- Aceleração da execução de fundos comunitários de

apoio ao investimento;- Reformulação do regime fiscal de apoio ao investimen-

to empresarial regional;- Valorização das denominações de origem (vinhos,

queijos, frutos, etc.) e investimento em produção de co-nhecimento e formação especializada para o sector agroa-limentar, como instrumento privilegiado de promoção das regiões rurais;

- Maior atenção à atração de investimento externo, va-lorizando e apoiando as empresas já instaladas e poten-ciando as vantagens de localização, nomeadamente as que decorrem do atravessamento pelo corredor Aveiro – Viseu – Guarda – Salamanca – Valladolid – Irun e Figueira da Foz – Pombal – Sertã – Castelo Branco – Navalmoral de la Mata – Madrid;

- Reforço da sustentabilidade energética, reequacionan-do infraestruturas já programadas (como a do Aproveita-

mento Hidroelétrico do Alvito) que contribuam, em espe-cial, para otimizar a produtividade agrícola da Região;

- Criação da Unidade de Missão para a Valorização do Interior, na dependência direta do Primeiro-Ministro;

- Cooperação institucional da Região com as regiões limítrofes espanholas (“EURO-ACE”) e com as redes de regiões da UE (“Arco Atlântico”).

Medida 5 – Centro inovadorApostar na cultura, no conhecimento e na inovação

para um crescimento inteligente da região através de:- Reforço da articulação entre as Instituições de Ensino

Superior e centros de produção de conhecimento com ou-tras instituições económicas, sociais e culturais, núcleos de incubação de empresas, parques industriais, outras empre-sas e respetivas associações empresariais, apostando num programa de inovação, investigação e desenvolvimento;

- Instituição dos Contratos de Inovação Empresarial de apoio seletivo à inovação;

- Criação do programa “Internacionalizar o Centro”, articulando as políticas de inovação com as de exportação e internacionalização.

CoMProMisso PolÍtiCoPor conseguinte, os candidatos de PS à Assembleia da

república dos círculos eleitorais compreendidos na re-gião centro comprometem-se a:

- trabalhar em conjunto por estes 5 objetivos na As-sembleia da república, junto do governo e com todas as instituições públicas e privadas da região;

- a reunir regularmente entre si na região para apre-ciar a concretização destes objetivos e proceder à sua eventual atualização;

- a prestar aos eleitores da região contas regulares de toda a atividade desenvolvida no âmbito deste compro-misso.

Aprovado em Viseu no dia 1 de Setembro de 2015Os cabeças de lista do Partido Socialista nos círculos

eleitorais da região centroAveiro – Pedro Nuno SantosCastelo Branco – Hortense MartinsCoimbra – Helena FreitasGuarda – Santinho PachecoLeiria – Margarida MarquesViseu – Maria Manuel Leitão Marques

os Cabeças de lista do partido socialista assumiram em viseu um importante compromisso com os

eleitores e pela região Centro

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10 Jornal de oleiros 2015 seteMBro / outuBro

iDanHa-a-noVa

Os profissionais da aviação rumaram mais um ano até Alca-fozes, no concelho de Idanha-a-Nova, onde durante quatro dias decorreram as festas em honra de Nossa Senhora do Loreto, padro-eira universal da aviação.

Entre sexta e segunda-feira, 31 de agosto, o Santuário de Nossa Senhora do Loreto foi o destino de milhares de devotos e repre-sentantes da aviação militar e ci-vil, que se encontram anualmente naquela ermida.

É uma tradição que envolve a Força Aérea, a Marinha (através da esquadrilha de helicópteros), companhias aéreas, aeroclubes, escuteiros do ar, associações e sindicatos de pilotos, pessoal de voo e tripulantes de cabine.

Os festejos são organizados pela Comissão de Festas de Nossa Senhora do Loreto, com o apoio da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova e da União de Freguesias de Idanha-a-Nova e Alcafozes, representadas pelos respetivos autarcas nestas celebrações.

Na manhã de segunda-feira, o Santuário encheu-se de devotos para a tradicional missa campal,

celebrada pelo padre Adelino Lourenço, coadjuvado pelo ca-pelão da Força Aérea Portuguesa (FAP), com guarda de honra e ter-no de clarins da FAP, sendo ainda acompanhada pelo grupo coral da TAP.

Seguiu-se uma imensa procis-são abrilhantada pela Filarmóni-ca Idanhense e sobrevoada por uma esquadrilha de F-16 da FAP, seguida por formação de aviões do Aeroclube de Castelo Branco,

com largada de flores sobre o an-dor.

Os restantes dias foram igual-mente de alegria e animação, com muita música, passeios, para-que-distas, espectáculos de pirotecnia e garraiadas.

Refira-se que, nestas festivida-des, foi ainda disponibilizado o livro “Nossa Senhora do Loreto”, obra produzida pela Associação Portuguesa de Tripulantes de Ca-bine.

senhora do loreto levou mundo da aviação até

alcafozes

O Município de Idanha-a-Nova promoveu os produtos e tradi-ções do concelho nos Dias Templários de Castro Marim, Algarve, feira medieval por onde passaram mais de cem mil pessoas.

A representar Idanha-a-Nova neste certame esteve também a Co-menda Templária das Idanhas que, no seu acampamento, divulgou os mais diversos produtos regionais, rotas e programas turísticos e tradições medievais e populares do concelho.

Através de provas gastronómicas e de momentos musicais, ao ritmo do emblemático adufe, milhares de visitantes tiveram a oportunidade de descobrir o melhor de Idanha-a-Nova.

A participação nesta feira medieval teve um balanço muito po-sitivo, pois foi uma excelente ocasião para divulgar os produtos e o território de Idanha-a-Nova num evento considerado um grande sucesso a todos os níveis.

idanha-a-nova faz sucesso na feira

medieval de Castro marim

Estudioso há muito anos do fenómeno e perante as dúvidas que persistem sobre os resultados do próximo acto eleitoral, decidi proceder a um exercício baseado na sondagem da Eurosondagem (uma das entidades que maior confinça me suscita) publicada no “Expresso” do passado dia 5 de Setembro. De acordo com os intenções de voto divulgadas, ve-rificm-se as seguintes oscilações estimadas face aos resultados ob-tidos nas últimas eleições, realiza-das em 2011:

− perda de 15,4 pontos percen-tuais (pp) para PSD+CDS, pelo que a coligação PàF obteria agora 35%;

− subida de 8 pp para o PS, ficn-do em primeiro lugar com 36%, apenas mais 1 pp do que aquela coligação;

− subida de 2,5 pp para o PCP, obtendo agora 10,4%;

− perda de 0,4 pp do BE, ficndo nos 4,6%;

− obtenção de 2,3% para o PDR, que se apresenta pela primeira vez.

Dos restantes Partidos que se

candidatam, nenhum outro atin-ge 2%, limiar estimado para a ob-tenção de um mandato e apenas no círculo de Lisboa.

Desta sondagem importa ainda relevar a posição privilegiada de António Costa em termos de po-pularidade (em primeiro lugar entre os líderes partidários, com um saldo positivo de 22 pp). Pas-sos Coelho surge atrás de Paulo Portas, Jerónimo de Sousa e Cata-rina Martins, com um saldo posi-tivo de apenas 1 pp. Importante também para os desígnios do PS é o facto de António Costa, com 39%, suplantar Passos Coelho, com 32%, na opinião dos inquiri-dos sobre quem vai ser o próximo Primeiro-Ministro.

Claro que as oscilações referi-das variam de círculo para cír-culo, mas vale a pena procurar o resultado da conversão dos votos estimados em mandatos, mantendo aquelas sem qualquer ajustamento em todos os círculos eleitorais, já que não estão dispo-níveis elementos sobre o desdo-bramento das intenções de voto em cada círculo. Isto é, admite-se que a oscilação prevista a nível

nacional para cada candidatura repete-se em cada círculo.

Este exercício conduz aos se-guintes resultados globais: O PS ganha 26 mandatos e chega aos 100; o PàF perde 26 mandatos mas fic com 98, apenas a 2 man-datos do PS; o PCP ganha 5 man-datos e obtém 21; o BE passa de 8 para 9 mandatos; o PDR obtém 2 mandatos.

Tendo em conta a posição dos candidatos do PSD e do CDS nos lugares previsivelmente elegíveis das listas do PàF temos que, dos 34 mandatos perdidos pelos dois Partidos, 27 são subtraídos ao PSD (fic com um total de 81 mandatos) e 7 ao CDS (fic com um total de 17 mandatos).

O primeiro lugar obtido pelo PS fic ainda a 16 mandatos da maioria absoluta. Se excluirmos, enquanto parceiros para uma maioria absoluta quer o PCP quer o BE, dadas as posições insaná-veis nomeadamente quanto aos compromissos com a União Eu-ropeia, o PS só conseguiria os 116 Deputados para o efeito mediante acordos com o PSD, o CDS (tan-gencialmente) ou ambos.

Independentemente da falibili-dade destas projecções e das son-dagens (que apenas nos dão um retrato da intenção dos eleitores num determinado momento, sen-do que 21% não sabem em que não votam ou não respondem e 10% tencionam dispersar o seu voto em candidaturas que pre-sumivelmente não conseguem um só mandato), o interessante á prevermos como é que vamos ser governados a partir de Outubro.

Desde logo podemos estar cer-tos que uma maioria absoluta está fora de qualquer previsão, por muitos apelos que António Costa e Passos Coelho possam fa-zer nesse sentido. Se o PS vencer, para formar um Governo com apoio maioritário coerente (com expressão numa coligação gover-namental ou num mero acordo de incidência parlamentar) não tem parceiros para o efeito nas banca-das à sua esquerda, restando-lhe um dos dois partidos da coliga-ção ou ambos. Se o PàF vencer tem apenas a alternativa de se associar ao PS num dos moldes referidos.

Claro que os acordos decorren-

tes das difíceis negociações que possam desembocar em qualquer acordo serão sempre muito sensí-veis e delicadas face às diferenças ideológicas e programáticas dos Partidos em presença e à própria dinâmica da nossa vida político-partidária. Mas um entendimento não pode deixar de ser obtido em homenagem aos interesses nacio-nais que, especialmente no perío-do conturbado que atravessamos e tendo em conta os difíceis desa-fis que enfrentamos, seja a nível nacional, seja a nível internacio-nal, exigem que os superiores in-teresses de Portugal se sobrepo-nham aos interesses meramente partidários.

Enfim tudo está em aberto e, entretanto, esperemos que os Par-tidos possam esclarecer os eleito-res sobre as propostas que apre-sentam e consigam assim que um número significtivo de recensea-dos acorra às urnas. É um direito mas é essencialmente um dever que lhes assiste.

No próximo dia 4 de Outubro os eleitores decidirão em cons-ciência o que entendem melhor para Portugal!

“empate técnico” - quem vai governar e como vai governar?

António d’Orey capucho

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Jornal de oleiros 112015 seteMBro / outuBro

R A D A R

AF Imprensa MP 205x135 CA Empreendorismo.indd 1 5/20/15 5:15 PM

Presidenciais - urge colocar na 1ª linha das preocupações

Independentemente daquilo que os Partidos nos dizem - As Presidenciais não são para discutir agora - trata-se apenas do que lhes interessa compreensivel-mente.

Estão preocupados e muito com as Legislativas.Mas, na verdade, aos Portugueses interessa e muito estudar os candidatos para

não repetir erros graves e com influência no futuro.Importa que o próximo Presidente seja na verdade alguém capaz de ser inde-

pendente e não se deixe instrumentalizar pelo Partido de origem.Interessa um Presidente que se orgulhe de servir o seu povo e não troque o

salário de função por uma reforma dourada, algo inaceitável e vergonhoso.Não importa que esteja dentro da Lei, sabemos que essas leis feitas à medida

servem apenas para justificar o injustificável.Interessa aos portugueses um Presidente exemplo na redução de custos e não

um presidente que mantenha uma presidência faustosa, bem mais cara que vá-rias importantes Monarquias.

Interessa ainda um presidente que, se tiver já sido político, o assuma por intei-ro, ao invés de se "mascarar de não político".

Por tudo isto e o que fica por dizer, coloquemos as presidenciais na ordem do dia.

Pf

joaquim Vitorino

Portugal foi o primeiro país globalizador do Planeta, mas nunca teve convicções euro-peístas; vivemos num país, que também foi por nós conquistado ao continente europeu; e muito cedo, a nossa visão e ambições foi muito para além da velha Europa. Camões o mais famoso dos portugueses, nunca pisou um único país europeu que não fosse o dele; portanto os portugueses são um povo com vocação Universalista.

A dar consistência a este facto, está o primeiro salto que demos há precisamente 600 anos com a conquista de Ceuta, a porta de entrada para o maior Continente do Mundo que é a África.

O Mar foi desde sempre a nossa paixão; não só porque representava para nós o des-conhecido mas também, porque este seria a única saída, porque do outro lado estava Castela; uma necessidade de afirmação perante os vizinhos com quem estávamos per-manentemente em litígio; mas também, uma demostração de coragem e força. Ceuta tinha dois objetivos, o caminho da emancipação como Nação; e o tributo a Roma, por ter reconhecido a nossa independência e Soberania; em que pela primeira vez, Portugal assume-se como um negociador com grande habilidade diplomática.

Outros povos andaram antes de nós por mares; mas nenhum outro povo, tinha cruza-do os Oceanos como os portugueses da época o fizeram.

Portugal, que hoje pertence à Europa por favor, tem sido maltratado e vilipendiado por alguns parceiros, o que nunca seria admissível nos tempos em que conquistámos Ceuta, e ficou cativo da “generosidade” de quem nos chama de perniciosos;.

Portugal tem vindo a perder todo o crédito e prestígio acumulado em Séculos, e nun-ca o recuperará enquanto estiver mergulhado na estratégia dos países credores; uma armadilha para o manterem prisioneiro por longos anos retirando-lhe toda a perspetiva de desenvolvimento. Vem aí novas eleições; a oferta política credível, é toda ela fraca e inconsistente, porque já tiveram tempo suficiente para delinear a recuperação do país e não conseguiram.

A futura legislação será talvez a última, para se poder inverter e governar o que já é quase ingovernável; muitos que se apresentam ao eleitorado, já deram provas suficien-tes de que não vão conseguir salvar o nosso país.

Não podemos esquecer, de que nunca foram os responsáveis por um afundamento que depois conseguiram salvar o barco. Portugal está a definhar a olhos vistos; as anun-ciadas performances da economia não chegam para pagar mais que 12% de juros anuais da divida pública; e estes números devem-se ao abaixamento do preço do petróleo que caiu em 60% desde o início do ano, e à taxa de juros do BCE que está nos níveis mais baixos de sempre.

Quanto à redução do desemprego, são uma consequência da emigração e daqueles que já não fazem parte dos números que foram apagados das listas, porque já perderam direitos a subsídios.

Andamos a enganar-nos uns aos outros, ninguém admite responsabilidade no caos em que o país se encontra; e enquanto não houver uma “mea-culpa” de quem é culpado e são muitos, Portugal não dispara para o desenvolvimento. Esta legislatura chegou ao fim, é o lado positivo a ter em linha de conta; mas ao contrário do que o governo se vangloria, Portugal não está livre da Troika; do discurso político dos partidos que con-correm a São Bento, é previsível que a crispação dê lugar a entendimentos; porque go-vernar Portugal neste momento, é um “bolo envenenado” que poucos querem comer.

A “crise” portuguesa, tem que ser exposta detalhadamente aos portugueses antes do ato eleitoral que se avizinha; para dar consistência aos resultados, e legitimidade a quem vai gerir a pior das situações europeias nos próximos anos; só assim, se pode julgar e decidir a quem devemos entregar o destino deste que já foi um grande país; mas que foi quase destruído em 10 anos de governação.

Os que se apresentam a votos até podem garantir que não foram eles, o que em alguns casos concordo; mas são eles que continuam a representar os partidos que destruíram Portugal e o futuro dos portugueses, e os nomes dos culpados ainda não foram expul-sos das suas fileiras por uma simples razão; são eles que na sombra vão controlando muitas das decisões governativas, de acordo com as suas conveniências.

De realçar um dado positivo, que os portugueses terão que ter em linha de conta; ambos os Líderes dos dois maiores partidos, têm feito um esforço para não se introme-ter na atuação da Justiça; prestariam um enorme serviço ao país, que se entendessem quanto ao melhor futuro que lhe possam dar.

OBS: O autor escreveu ao abrigo do acordo ortográfico.

portugal, encostou-se à

europa

A manter-se a fecundidade actual e não havendo migrações, apenas as regiões do Cávado, Lisboa, Setúbal e Algarve não perdem população até 2040 e o interior irá perder um terço da população, segundo investigadores da Universidade de Aveiro (UA).

As projeções constam das conclusões do projeto DEMOSPIN, agora divulgado em livro, com o título “A Demografia e o País: Previsões Cristalinas sem Bola de Cristal”, da autoria dos investigadores da UA Eduardo Anselmo Castro, José Manuel Martins e Carlos Silva.

De acordo com a metodologia seguida no livro e considerando o mais favorável de três cenários apresentados, no litoral português apenas as regiões do Cávado, Lisboa, Setúbal e Algarve podem não perder população.

Na faixa do interior do país que vai desde Trás-os-Montes ao Alentejo, a manter-se a atual tendência da evolução do índice de fecundidade em Portugal e não havendo migrações, as previsões apontam para a perda de aproximadamente um terço da po-pulação atual, em 2040.

O livro, editado pela Gradiva, propõe uma nova abordagem para as previsões de-mográficas, relacionando os indicadores da população com a evolução da economia.

“Os estudos de prospectiva são escassos em Portugal, navega-se demasiado à vis-ta”, comenta em nota de imprensa Eduardo Anselmo Castro.

interior vai perder um terço da população em

25 anos

PoVoaMento Do interior

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12 Jornal de oleiros 2015 seteMBro / outuBro

sertã

A Sertã vai ter um Polo do Conservatório de Música de Coimbra que funcionará já a partir do ano letivo 2015-2016. A criação deste polo de ensino público, gratuito, surge após despachos favoráveis emana-dos dos Secretários de Estado do Ensino Básico e Secundário e da Administração Escolar, pu-blicados a 14 e 16 de julho, res-petivamente.

Posteriormente, teve lugar a 20 de agosto uma reunião de trabalho do Diretor do Conser-vatório de Coimbra com José Farinha Nunes, Presidente da Câmara Municipal da Sertã, na qual estiveram também presen-tes a Vereadora da Cultura e os presidentes das Filarmónicas União Sertaginense e Auro-ra Pedroguense. A reunião foi proveitosa na medida em que foram expressas algumas neces-sidades musicais e delineadas estratégias. Ainda na mesma reunião foram apontados al-guns instrumentos que poderão ser lecionados, nomeadamente flauta transversal, trompa, vio-loncelo, violino e percussão.

A criação deste polo do Con-servatório de Música de Coim-bra tem como objetivo funda-mental conferir habilitações e

reconhecimento ao ensino da música que já se faz de forma bastante profissional no Con-celho da Sertã, através das fi-larmónicas. Para José Farinha Nunes, Presidente da Câmara Municipal da Sertã, a vinda do Conservatório de Música de Coimbra reveste-se de ele-vada importância, na medida em que, “sendo este Concelho reconhecido como viveiro de músicos e artistas, aquela estru-tura vai impulsionar ainda mais a Sertã nas diversas vertentes musicais”.

Prevê-se que as pré-inscrições se realizem no início de setem-bro, sendo seguidas por provas de seleção para apurar os can-didatos. Poderão inscrever-se alunos do 2.º e 3.º ciclos do en-sino básico, estando prevista a criação de duas turmas de 20 alunos cada. Brevemente serão divulgadas mais informações.

polo do Conservatório de música de Coimbra

De 1 a 30 de setembro, a Casa da Cultura da Sertã vai ter patente “As Formas do Ferro”, uma exposição de peças moldadas a ferro da autoria de Laureano Esteves.

Incentivado pelos netos, que o apelidam de “Avô do Bigode”, o au-tor expõe pela primeira vez alguns dos seus trabalhos. Tem vindo a desenvolver aquele passatempo há cerca de oito anos, mas só agora é revelado ao mundo, através das redes sociais e desta exposição na Casa da Cultura da Sertã.

Partindo de uma abordagem clássica, Laureano Esteves cria peças em ferro com aplicabilidades várias de apoio a jardins, arrumos e afins. Patente na Casa da Cultura da Sertã durante o mês de setembro, a ex-posição pode ser apreciada de segunda a sexta-feira das 9h às 17h30m e aos sábados, domingos e feriados das 10h às 17h30m.

Na casa da cultura

“arte em família”

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Jornal de oleiros 132015 seteMBro / outuBro

Maria dos reis loução Martins fernandes

tecnologiaNos tempos em que a palavra tecnologia no

seu sentido mais avançado ainda não se aplica-va na vida do homem desse tempo, por ironia construiram-se os mais belos e deslumbrantes monumentos em todo o mundo.

Para não ir mais longe, olhemos para o Mos-teiro de Alcobaça, o Mosteiro dos Jerónimos, a Torre de Belém e muitos outros espalhados pelo nosso país que são a maior riqueza e cha-

mariz dos nossos visitantes, turistas que procuram cultura e conheci-mento.

Todos os países guardam ciosamente com orgulho os seus monu-mentos mais antigos - lembremos a Torre Eiffel - que, com o passar do tempo, passaram a ser mundiais, pelo seu valor e beleza incontes-tados.

E afinal, todos estes monumentos já com tantos anos, que são a admi-ração dos turistas, de uma beleza única, foram construídos com a força da mão do homem, com muito trabalho físico, sofrimento e suor.

Nesse tempo ainda não havia as máquinas de hoje, havia sim braços, centenas de braços para levantar uma parede. Tal como foram necessá-rias milhares para erguer as Pirâmides do Egipto... mas levantaram.

Nada parava! Com esforço, com muito trabalho, construiram-se as obras de arte e monumentos para os homens do futuro, que iriam che-gar mais tarde carregados da ciência e tecnologia avançada!

internaCional

O "Estado Islâmico" fuzilou 112 dos seus membros, entre os quais 18 líderes do grupo ter-rorista, que estariam a planear uma rebelião com o objectivo de derrubar o chefe máximo da organização, Abu Bakr al Ba-ghdadi.

A informação foi avançada pelo porta-voz do Partido De-mocrático do Curdistão, Saeed Mamouzini, em declarações di-vulgadas pelo canal de televisão iraquiano PressTV e dissemina-das por vários órgãos de infor-mação internacionais.

Os 112 membros do "Estado Islâmico" terão sido fuzilados na cidade de Mosul, a capital da província iraquiana de Nínive no norte do Iraque.

De acordo com Saeed Mamou-zini, estes terroristas executados

estariam a planear derrubar o lí-der do "Estado Islâmico", Ibrahim al Samarrai, mais conhecido por Abu Bakr al Baghdadi.

O objectivo dos militantes seria tomar o poder em Nínive, assas-sinando o auto-proclamado go-vernador de Mosul, Abu Abdul

Majid Afar, para declarar guerra ao "Estado Islâmico".

Entre os elementos fuzilados estarão, pelo menos, 18 guerri-lheiros que tinham lugares de liderança no Estado Islâmico.

* Com a devida vénia ao ZAP

auto designado "estado islâmico" vai apresentando

fissúras na estrutura ditatorial

As acções de sensibilização ambiental, desenvolvidas pela VALNOR pretendem ser uma forma de intervir mais activa na promoção do trabalho realizado pela empresa, enquanto polo ge-rador de crescimento sustentável baseado em valores de inovação e modernidade a nível do trata-mento e valorização dos resíduos sólidos, mas também a nível da responsabilidade social, reali-zando ao longo dos anos acções de incentivo a uma conscienciali-zação ambiental.

Um dos estímulos que motiva a realização deste tipo de acções é o interesse na divulgação das actividades da empresa mas, acima de tudo, são as questões ambientais e a preocupação, cada vez mais consciente, com a sustentabilidade e a conserva-ção dos lugares onde vivemos, alertando, deste modo, a consci-ência dos cidadãos para hábitos sustentáveis, que passem por caminhar paulatinamente para chegar a um equilíbrio ecológico. À medida que aumenta a cons-

ciência ambiental, aumenta em igual medida, a responsabilida-de social.

A VALNOR coloca-se inteira-mente (e de forma gratuita) ao serviço de toda a sociedade civil, em estreita colaboração com as autarquias, escolas e associa-ções, com os seus instrumentos de sensibilização que passam por palestras, seminários, vi-sitas acompanhadas às nossas

instalações ou outras que enten-damos como válidas, por forma a promovermos a preservação e a valorização do nosso patri-mónio natural, tendo em vista a promoção de hábitos de recicla-gem.

"Estamos disponíveis para ir-mos ao encontro de todos os in-teressados para quaisquer escla-recimentos adicionais", avança a VALNOR.

acções de sensibilização ambiental da valnor

aMBiente

Faleceu o Amigo José Tomaz Roque, pai de outro Amigo, o Ramiro Roque.Nasceu em 29/11/35 e deixou-nos em 12/09/15. À família Amiga, ao Filho, o Jornal de Oleiros, o Director e Família apresentam condolências.

José Tomaz Roque

N: 29/11/35 - F: 12/09/2015

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14 Jornal de oleiros 2015 seteMBro / outuBro

António justo [email protected] www.antonio-justo.eu

A Força Aérea turca aproveita para bombardear durante dias consecutivas aldeias curdas da Região Autónoma do Curdistão (norte do Iraque) sob o pretexto de atacar posições do PKK. A Turquia faz guerra de forma pre-ventiva a evitar a formação do Curdistão numa fase pós-guerra em que é pretendida a divisão do território hoje pertencente ao Ira-que e à Síria.

A Turquia do presidente Er-dogan comporta-se agressiva e autoritária para o interior e para o exterior, aproveitando-se da debilidade da Síria e do Iraque. Também a NATO perde a credi-bilidade ao falar contra a agressi-vidade da Rússia contra a Ucrâ-nia e ao fechar os olhos perante a

agressividade da Turquia contra os curdos nas zonas fronteiriças.

A Alemanha tem “Mísseis Pa-triot” com 400 soldados alemães na Turquia desde 2013 suposta-mente para defenderem a Tur-quia de possíveis ataques do Regime de Assad da Síria. Por outro lado o governo de Ancara quer aniquilar Assad e suposta-mente defender os seus irmãos de confissão religiosa sunita que querem instalar na Síria e no Ira-que o movimento terrorista “Es-tado Islâmico” (EI).

Há duas semanas aviões de guerra turcos mataram 9 civilis-tas em Zargala (zona curda no Norte do Iraque onde a PKK tem influência). O partido curdo da Turquia PKK vingou-se logo no dia seguinte com um atentado suicida a um quartel turco em Dogubayazit onde morreram dois militares, ficando 31 feri-dos.

O presidente turco Erdogan espera com a sua mão de ferro contra PKK poder voltar a recu-perar os votos perdidos pelo seu partido AKP nas últimas eleições (Erdogan quer provocar novas eleições para alcançar a maioria absoluta perdida e impor as suas intenções autocráticas através de referendo para mudar a Cons-tituição no sentido de puxar a Turquia para o radicalismo reli-gioso).

O Governo turco tem bombar-deado alvos curdos da PKK na Síria sob o pretexto de guerrear o terrorismo do EI. Interfere assim na guerra civil da Síria para de-fender interesses próprios. Com as costas e o flanco de avançada protegidos pela NATO e pelos Mísseis Patriotik da Alemanha, a Turquia não se vê na necessi-dade de negociar e de assumir compromissos com os curdos da Turquia aproveitando, pelo con-

trário, para enfraquecer os cur-dos do Iraque e da Síria que têm sido os únicos parceiros fiáveis na luta contra o terrorismo do EI. O aliado da coligação contra o EI, a Autoridade Nacional Curda no Iraque, vê-se prejudicado devido às intervenções turcas. A Turquia só se revela interessada nos seus interesses nacionalistas arriscan-do uma guerra civil. Torna-se escandalosa a maneira como a Europa se torna conivente com a política americana que tem de-sestabilizado a África do Norte e se deixa instrumentalizar pela Turquia não tendo em considera-ção os interesses europeus.

conclusãoDesde 1984 o conflito entre o

Governo turco e a zona da Tur-quia curda que aspira a uma cer-ta autonomia já provocou 40.000 mortos, a destruição de 3.000 al-deias curdas e vários milhões de

refugiados curdos para outras zo-nas da Turquia e para a Europa.

Só as conversações políticas a nível nacional e internacional poderiam possibilitar uma so-lução justa. A Turquia colabora com o Ocidente naquilo que a beneficia ou no sentido de im-pedir a formação de um Estado Curdistão. A sua formação nas suas fronteiras instaria os curdos da zona da Turquia a não se dei-xarem discriminar pelo governo de Ancara. A NATO não parece estar interessada dado ter apos-tado na Turquia como sua zona avançada no meio islâmico. Uma longa guerra civil avizinha-se como probabilidade mais pen-sável atendendo ao facto de os mais fortes (Turquia e aliados) não terem consideração por pro-blemas de legitimidade existen-cial de povos que se encontram em situação de vítima da sua po-lítica imperialista.

armadilha da turquia para a nato ser envolvida numa guerra civil

Alemanha cúmplice com a turquia na luta contra os curdos

António graça

O autor ignora o Novo Acordo (?) Ortográfico

o Farol

“ O voto é a arma do povo”, foi uma das frases mais populares, nos tempos que se seguiram ao 25 de Abril, isto porque, após cerca de quatro décadas em que os actos eleitorais não passaram de farsas orquestradas por uma política de partido único, os cidadãos portu-gueses podiam, finalmente, atra-vés do seu voto, escolher, entre várias opções, aquela que, em seu entender, melhor corresponderia ao futuro que pretendiam para o país. Foi por esse motivo que a enorme afluência aos actos eleito-rais realizados após o 25 de Abril representou a consciência dos elei-tores relativamente à importância desses actos para a vida do país.

No próximo dia 4 de Outubro, os portugueses estão, uma vez mais, convocados para utilizarem as suas armas. Convém contudo, recordar alguns procedimentos de segurança para a utilização da mesma:

-Não dispare contra si próprio

-Escolha o alvo (o partido) que a sua consciência lhe indica como aquele que melhor corresponde aos seus desejos, pessoais e na-cionais

- Esqueça os conselhos dos tele-videntes de fim- de –semana, os quais estão, sobretudo, interessa-dos em se ouvirem a si próprios.

-Não se esqueça dos tiros que falhou em actos anteriores.

- Não vote como se estivesse a eleger o clube do seu coração.

-Não se deixe enganar pelos lo-bos com pele de cordeiro

Em termos de escolha do alvo (partido no qual votar), a coisa não está fácil. E, neste capítulo. Apenas me resta transmitir uma visão subjectiva das hipóteses em confronto.

À partida, nenhuma das listas apresenta candidatos que se pos-sam desde logo considerar como os estadistas de que o país tanto necessita. Senão vejamos:

1- Actual Coligação governa-mental (PàF)

Esta lista não apresentou qual-quer tipo de programa eleitoral, nem precisa, já se sabe que o seu programa é a continuação da po-lítica seguida nos últimos quatro anos, conforme plano que o go-verno escondeu dos Portugueses e já submeteu à aprovação dos seus patrões de Bruxelas. Este plano contém o já muito falado corte de 600 milhões de euros nas pensões e reformas. A palavra de ordem deste grupo é “ou nós ou inferno”.

2-PSO Partido Socialista apresentou

um programa elaborado por pes-soas de reconhecida competência. Esse programa contém algumas fragilidades, nomeadamente e em meu entender a redução da TSU para empresas e trabalha-dores, algo que, penso, apenas poderá ser equacionado quando tiverem sido consolidadas novas

fontes de financiamento da Segu-rança Social.

O PS tem como ameaça a de-sastrada governação do último governo Sócrates, contudo, esse facto não poderá ser invocado, uma vez que estamos perante uma alteração de pessoas e de objectivos. A sua utilização far-nos-á cair na velha fábula do lobo e do cordeiro.

Apenas um reparo para o dis-curso de António Costa, utiliza um excesso de promessas quan-do deveria concentrar-se na pro-moção e esclarecimento do seu programa.

3-PCP- o Partido Comunista, não necessita de apresentar um programa. Ao longo dos vários actos eleitorais, o seu discurso pouco tem mudado e apenas ne-cessita de ser relembrado aos seus fiéis votantes. Tem a seu favor o facto de nunca ter pertencido ao chamado Arco da Corrupção.

4- BE- o Bloco também não

apresenta novidades significa-tivas. Pessoalmente, faço votos para que a deputada Mariana Mortágua, uma das pessoas com melhor desempenho no hemici-clo de S. Bento, seja reeleita.

5-PDR- o PDR, parece-me, con-forme já o afirmei em intervenção anterior, um partido unipessoal, destinado à promoção pública do seu fundador que, caso não seja eleito, terá o seu lugar de pousio garantido no Parlamento Euro-peu.

Outros- Existem depois mais cerca de 12 formações que apre-sentam candidaturas, como o Partido Livre ou a coligação Tem-po de Agir. Algumas delas de-fendem ideias interessantes, mas que por serem, neste momento, demasiado radicais necessitam de marinar mais algum tempo, antes de poderem ser absorvidas pelo público eleitor.

Até breve

o voto É a arma do povo

"Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão” (Eça de queiroz)

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Jornal de oleiros 152015 seteMBro / outuBro

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* João Ramos, Magistrado, infelizmente falecido, foi o primeiro Presidente do Conselho Editorial do Jornal de Oleiros.www.jornaldeoleiros.com

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influente na região do pinhal interior sul, Beira interior sul e Cova da Beira

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António costa revelou pre-paração, organização, traba-lho. Venceu em todas as fren-tes, deixando exibir um Pedro Passos coelho sem argumen-tos (usou os que não devia usar...) e perdeu de forma es-magadora.

Percebe-se o esgotamento pessoal, a falta de projecto e antecipa-se um fim sem re-missão.

Já no debate Portas / catari-na se havia percebido o esgo-tamento de argumentos.

Dia 4 de Outubro surgirá inevitávelmente a ascensão de António Costa.

o Debate dos debates, decidiu

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16 Jornal de oleiros 2015 seteMBro / outuBro

Durante a última Reunião da Comissão de Coordenação da Rede Europeia de Geoparques, decorrida no Geopark Rokua, na Finlândia, a 2 de Setembro, o geopark Naturtejo viu renovado o seu selo de Geoparque Global, reconhecido pela UNESCO, uma certificação internacional de exce-lência, até Setembro de 2019.

Esta decisão foi debatida e vo-tada pelos representantes dos 65 geoparques europeus e da UNESCO, com base no relatório da rigorosa missão de avaliação decorrida em Julho.

A avaliação considerou o tra-balho desenvolvido entre 2011-2015 e também os projectos em curso. Foi concluído que o plano de desenvolvimento do Geopark Naturtejo está a ser aplicado em conformidade, de acordo com os princípios e compromissos assi-nados ao integrar as Redes Eu-ropeias e Global de Geoparques, contribuindo para o desenvolvi-mento sustentável do território.

Nesta reunião foi também vota-da, por unanimidade, a extensão do geopark Naturtejo, com a integração de Penamacor, ten-do sido reconhecido o trabalho desenvolvido pelo município

em colaboração com o Geopark, ao longo de mais de um ano na preparação de uma estratégia de desenvolvimento sustentável conjunta que pretende valorizar e desenvolver sustentávelmente o território.

Segundo Armindo jacinto e carlos Neto de carvalho, repre-sentantes do geopark Naturtejo na Comissão de Coordenação da Rede Europeia de Geoparques, estes resultados apenas confir-mam o trabalho desenvolvido no

território desde a sua integração em 2006, com o contributo da equipa técnica, associados, par-ceiros, agentes locais e comuni-dades.

Recorde-se que este é um ano muito importante para os geo-parques, aguardando-se a apro-vação do Programa «geoparques globais da uNEScO» pela Con-ferência Geral da UNESCO, em Novembro, após este já ter sido validado pelo seu Conselho Exe-cutivo, em Abril passado.

revalidado o selo unesCo para o geopark naturtejo

por mais 4 anos

geoParK naturteJo

Pelo segundo ano consecutivo, o Município de Oleiros volta a ofe-recer os manuais escolares a todos os alunos do concelho, desde o 1ºciclo ao ensino secundário. Neste ano letivo são abrangidos cerca 260 alunos, com uma oferta de 2122 manuais, sendo excluídos deste apoio apenas os alunos que assim o entenderem.

No dia 21 de setembro, primeiro dia de aulas, os manuais serão entregues em simultâneo nas escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico do Estreito, Orvalho e Oleiros.

A presente medida ronda um investimento estimado de 55.000€ e está inserida no Projeto "Oleiros Educa", uma parceira entre a Câma-ra Municipal de Oleiros, o Agrupamento de Escolas Padre António de Andrade (AEPAA), a Residência de Estudantes de Oleiros, a Diocese de Portalegre-Castelo Branco e a Segurança Social.

O "Oleiros Educa" pretende atrair estudantes de fora e apoiar os naturais do concelho, com regalias como a residência de estudantes, o cartão jovem municipal com descontos, transporte escolar gratuito para todos os alunos,

refeições gratuitas para crianças do ensino pré-escolar e do 1ºciclo do ensino básico com carências financeiras, estímulo ao ensino atra-vés de bolsas de mérito entre outros privilégios.

município oferece manuais escolares a

todos os alunos