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Informativo do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina | DEZEMBRO | 2005 | N O 78 | ANO 15 | www.tce.sc.gov.br TCE completa 50 anos com a missão de evitar a corrupção e o desperdício do dinheiro público Tempo Editorial HOMENAGEM: evento foi marcado por entrega de medalhas e por espetáculo cultural com apresentação da Orquestra Sinfônica de Santa Catarina Em meio século de existência, o Tribunal de Contas aperfeiçoa a atuação na busca da eficiência e do aprimoramento do papel de fiscal das contas públicas do Estado e dos 293 municípios catarinenses. A interação com a sociedade marca o presente e aponta a direção para o futuro Caderno Especial Páginas 7 a 10 Gilson dos Santos é o novo presidente. César Fontes, o novo conselheiro Página 3 POSSE: conselheiros assumem as vagas abertas com a aposentadoria de Luiz Suzin Marini Tempo Editorial Pleno rejeita as contas/2004 de 77 municípios Página 11 Promoex vai impulsionar a modernização da Corte catarinense Página 12

corrupção e o desperdício do dinheiro público · o mau uso do dinheiro público é a prioridade O conselheiro Otávio Gilson dos Santos as-sumiu, no dia 12 de setembro, a presidência

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  • Informativo do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina| DEZEMBRO | 2005 | NO 78 | ANO 15 |

    w w w . t c e . s c . g o v . b r

    TCE completa 50 anos com a missão de evitar acorrupção e o desperdício do dinheiro público

    Tempo Editorial

    HOMENAGEM: evento foi marcado por entrega de medalhas e por espetáculo cultural com apresentação da Orquestra Sinfônica de Santa Catarina

    Em meio século deexistência, o Tribunal deContas aperfeiçoa a atuaçãona busca da eficiência e doaprimoramento do papel defiscal das contas públicasdo Estado e dos 293municípios catarinenses. Ainteração com a sociedademarca o presente e apontaa direção para o futuroCaderno Especial Páginas 7 a 10

    Gilson dos Santos é o novo presidente.César Fontes, o novo conselheiro Página 3

    POSSE:conselheirosassumem asvagas abertascom aaposentadoriade Luiz SuzinMarini

    Tempo Editorial

    Pleno rejeita as

    contas/2004 de

    77 municípiosPágina 11

    Promoex vai

    impulsionar a

    modernização da Cortecatarinense Página 12

  • 2 Dezembro | 2005 | Informativo do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarinaex

    pedi

    ente

    TRIBUNAL DE CONTAS DOESTADO DE SANTA CATARINARua Bulcão Vianna, 90 | 88.020-160 | Florianópolis| SC | Fone/fax (048) 3221-3602 |E-mail: [email protected]

    CONSELHEIROSOtávio Gilson dos Santos — PresidenteJosé Carlos Pacheco — Vice-PresidenteWilson Wan-Dall — Corregedor Geral

    Moacir BertoliSalomão Ribas JuniorLuiz Roberto HerbstCésar Filomeno Fontes

    AUDITORClóvis Mattos Balsini

    MINISTÉRIO PÚBLICO JUNTO AO TCEMárcio Rosa — Procurador Geral

    Editorial

    50 anos de Tribunal de Contas

    PUBLICAÇÃO DA ASSESSORIADE COMUNICAÇÃO SOCIAL/TCE

    SUPERVISÃOConselheiro José Carlos Pacheco

    EDIÇÃOAline Bertoli Amin (Reg. SC-01032 JP)Lúcia Helena Prujá (Reg. SC-01080 JP)

    REDAÇÃOLúcia Helena Prujá

    FOTOGRAFIADouglas Santos / DEIN/TCEEquipe DCE/TCEValdelei Rouver / ACOMTempo EditorialAssessorias de Imprensa: Assembléia Legislativae Câmara Municipal de Florianópolis

    REVISÃOValdelei Rouver / ACOM

    COLABORADORESAna Luiza Valverde da SilvaIsabela Ribas C. PortellaOsmar Teixeira (Reg. SC-00050 JP)Roberto M. Teixeira

    PROJETO GRÁFICO E EDITORAÇÃOAyrton Cruz

    IMPRESSÃOGráfica Expoente

    TIRAGEM3 mil exemplares

    DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

    A passagem de aniversário de cinqüentaanos do Tribunal de Contas do Estado de SantaCatarina, no último dia 04 de novembro,encontra a sociedade catarinense, mais do quenunca, ansiando estrito desempenho por esteTribunal de suas competências inscritas naConstituição. De fato, os acontecimentosenvolvendo o mau uso da “máquina pública”,que geraram as CPIs e CPMIs no CongressoNacional, reafirmam o quanto necessário sefazem, para a sociedade, atuações precisas epontuais dos órgãos fiscalizadoresencarregados do exercício do controle externodas unidades administrativas estatais, nessecaso o Tribunal de Contas do Estado.

    Recentemente, o colégio de TCs do Brasilesteve reunido no Rio Grande do Sul, pararealização do XXIII Congresso dos Tribunais deContas. O tema central foi, justamente, as relaçõesdos Tribunais de Contas com a sociedade civil.Importante dizer que durante o encontro foinoticiada a assinatura de um convênio, atravésdo qual o Banco Interamericano deDesenvolvimento aplicará recursos financeiros noPrograma de Modernização dos Sistemas deControle Externo (Promoex). Isso mostra apreocupação de uma instituição financeira com odesempenho das atividades dos órgãos decontrole da administração pública que, no fundo,reflete a mesma preocupação do cidadão comumque paga impostos.

    Todos queremos ver bem aplicados osrecursos que deixamos nos cofres públicos. Odesperdício desses valores é um desrespeito aocidadão contribuinte, que pagou regularmenteseu imposto. Por isso, cada vez mais meconvenço que, entre as tarefas do Tribunal deContas, assume maior importância a de educar

    Evolução: a modernização e a aproximação com a sociedade são as palavras de ordem

    e prevenir. Prevenir pressupõe, também,orientar. À fiscalização deve somar-se aorientação. O gestor público bem orientadocometerá menos transgressões, e osorçamentos e gastos públicos estarão emsintonia com a lei e as demandas da sociedade.

    A conduta dos agentes públicos está emprova e os órgãos fiscalizadores têm a suaresponsabilidade ampliada, porque o povo exigeuma relação transparente tanto daqueles quegerenciam como dos que fiscalizam a aplicaçãodos recursos públicos. Dentro desse espírito,certamente, será possível aperfeiçoar osorçamentos e gastos públicos.

    O Tribunal de Contas de Santa Catarina,criado em 04 de novembro de 1955, através daLei Estadual no 1.366, sancionada pelo entãogovernador Irineu Bornhausen, iniciou suasatividades com 30 funcionários. Hoje, o órgão,encarregado de apreciar as contas de mais de1.800 unidades da administração do Estado edos 293 municípios catarinenses, conta com 423servidores ativos. Dentre suas competênciasconstitucionais estão, ainda, apreciar a legalidadedos atos de pessoal, responder a consultas erealizar auditorias decorrentes de denúncias erepresentações.

    No mês de novembro, iniciamos assolenidades de comemoração do qüinquagésimoaniversário da Corte de Santa Catarina,consciente de sua responsabilidade como órgãoincumbido de controlar os gastos públicos,sobretudo perante a sociedade, da qual espera eprecisa engajamento e apoio para fins de cumprir,eficazmente, a sua missão.

    OTÁVIO GILSON DOS SANTOSPresidente do TCE/SC

  • 3Informativo do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina | Dezembro | 2005

    Agilizar os procedimentosde controle para evitaro mau uso do dinheiropúblico é a prioridade

    O conselheiro Otávio Gilson dos Santos as-sumiu, no dia 12 de setembro, a presidência doTribunal de Contas de Santa Catarina, para darcontinuidade ao biênio 2005-2007, com o desa-fio de aprimorar a atuação do órgão no combatea casos de corrupção.

    “Neste momento em que a política brasileiraestá em xeque e a conduta do agente público estáem prova, os entes fiscalizadores devem ter aresponsabilidade de fiscalizar cada vez melhor,porque o povo quer e exige uma relação dife-renciada daqueles que gerenciam os recursosque lhe pertencem”, enfatizou o novo presidentena sua posse.

    Pela primeira vez no comando da Corte cata-rinense, Santos quer contar com o apoio do vice-presidente e do corregedor geral, José CarlosPacheco e Wilson Rogério Wan-Dall, respectiva-mente — que assumiram os cargos em fevereirodeste ano —, além dos demais conselheiros, au-ditores e servidores, para intensificar o papel defiscalização e de orientação e contribuir para me-lhorar o desempenho da gestão pública.

    Em sua administração, a ênfase será aagilização dos procedimentos de controle paraque o TCE “chegue mais rápido”, evitando o

    Posse

    Iniciativas: a integração entre Poderes e órgãos e arealização de concurso público são compromissosassumidos pelo novo presidente

    Gilson dos Santos queraprimorar a atuação do TCEno combate à corrupção

    desperdício e o mau uso do dinheiro público. “Aorientação é a melhor forma de prevenir falhas”,disse, ao ressaltar que “zelar para que os im-postos recolhidos com tanto sacrifício pela po-pulação possam ter um destino justo”, será prio-ridade no TCE.

    O ato, transmitido ao vivo pela TVAL, emis-sora da Assembléia Legislativa do Estado, foiprestigiado por mais de 300 pessoas. Além deconselheiros ativos e inativos e do procuradorgeral do Ministério Público junto ao Tribunal deContas, Márcio Rosa, estiveram presentes o se-cretário estadual da Fazenda, Max RobertoBornholdt — representando o governador LuizHenrique da Silveira —, os presidentes da As-sembléia Legislativa, Júlio Garcia, e do Tribunalde Justiça, Jorge Mussi, o subprocurador geralde Justiça, Narcísio Geraldino Rodrigues, e o pre-feito de Florianópolis, Dário Berger.

    O ex-procurador do Ministério Públicojunto ao TCE, César Filomeno Fontes, as-sumiu, no dia 20 de outubro, o cargo de con-selheiro. Fontes enfatizou a necessidade doTCE aperfeiçoar o seu papel no combate àcorrupção. “Precisamos adotar posiçõesmais firmes no combate a essa prática tãodanosa à sociedade.”

    O novo integrante do Corpo Deliberati-vo — o sétimo a assumir o cargo depois daConstituição Estadual de 1989 — foi escolhi-do pelo governador Luiz Henrique daSilveira, na vaga destinada ao Ministério Pú-blico junto ao TCE, para preencher a abertacom a aposentadoria voluntária de Luiz SuzinMarini, no dia 26 de setembro. Em 11 de ou-tubro, a Assembléia Legislativa aprovou, pormaioria — 18 votos a sete — o Decreto no

    18.267, de origem governamental, da indi-cação. O ato de nomeação no 2.431, assina-do pelo governador em exercício, JúlioGarcia, foi publicado no Diário Oficial do Es-tado do mesmo dia.

    César Fontes, que integrou por 23 anoso quadro do MP/TCE, foi o primeiro procu-rador a se tornar conselheiro. Assumiu omesmo cargo ocupado por seu pai, Paulode Tarso da Luz Fontes, há quase cinco dé-cadas.

    A posse transmitida pela TVAL reuniu,além de conselheiros ativos e inativos, do au-ditor Clóvis Balsini, do procurador geral doMinistério Público junto ao TCE, Márcio Rosa,o governador em exercício, Júlio Garcia, opresidente do Tribunal de Justiça, JorgeMussi, o prefeito em exercício de Florianó-polis, vereador Marcílio Ávila, os represen-tantes da Assembléia Legislativa, deputadoJoão Henrique Blasi, e do Ministério Públicodo Estado, procurador Eduardo Fontes, au-toridades e familiares.

    César Fontes toma possecomo conselheiro

    Solenidade: ato reuniu cerca de 200 pessoas,entre autoridades e servidores ativos e inativos

    Tempo EditorialCurrículo

    n O conselheiro Otávio Gilson dos Santos nasceu em 05 de junho de 1940, em Paulo Lopes (SC).Formou-se em Economia pela Universidade Federal de Santa Catarina

    n Ingressou no Tribunal de Contas de Santa Catarina no dia 02 de agosto de 1999. Foi eleito diretorsecretário da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), para o biênio 2001/2003. Em 10 de junho de 2002, foi eleito e empossado no cargo de corregedor geral, sendo reconduzidopelo Pleno para o biênio 2003/2005.

    n No serviço público estadual, foi exator da Secretaria da Fazenda em Paulo Lopes, Tijucas, Joaçaba,Joinville e Florianópolis, de 1961 a 1975. Em Florianópolis, foi assessor econômico da mesmaSecretaria, entre 1975 e 1978.

    n Eleito deputado estadual, em 1978, foi reeleito mais quatro vezes, em 1982, 1986, 1990 e 1994. Durantesua trajetória parlamentar, presidiu o Fundo de Previdência Parlamentar; foi vice-presidente (1983/1984)e presidente da Assembléia Legislativa (1991/1993); governador do Estado em exercício (25 de maio a1o de junho de 1992); e presidente da CPI das Finanças Públicas do Estado de Santa Catarina, em 1996.

    Tempo Editorial

  • 4 Dezembro | 2005 | Informativo do Tribunal de Contas do Estado de Santa CatarinaPleno

    Auditoria operacional do Tri-bunal de Contas do Estado noSistema de Esgoto Insular daCompanhia Catarinense deÁguas e Saneamento concluiuque ainda existem irregularidadesna Estação de Tratamento de Es-goto da Baía Sul, em Florianópolis.Mas o principal avanço foi a cons-tatação da equipe técnica de queo lodo — resíduo sólido — daETE não está mais sendo lança-do ao mar.

    Decisão (no 2569/2005),aprovada por unanimidade, em 28de setembro, reitera a determina-ção feita anteriormente para que aCasan apresente um plano deação. Apesar das melhorias, oTCE quer que a estatal “estabele-ça prazos para a adoção de pro-vidências visando à regularização

    Auditoria aponta avanços,mas ainda existemirregularidades no Sistemade Esgoto de Florianópolis

    das restrições apontadas e aindanão sanadas”.

    “Faz-se necessário que a Casanevidencie a intenção para a resolu-ção de todas as irregularidades, quedemonstre o compromisso da em-presa em solucionar e afastar as im-propriedades verificadas”, ressaltouo relator do processo (AOR 04/05801564), conselheiro José CarlosPacheco, em seu voto.

    A estatal protocolou no Tribu-nal de Contas, em 7 de novembro,algumas respostas, mas o plano deações não foi encaminhado. O do-cumento está sendo analisado pelaDiretoria de Controle da Adminis-tração Estadual. Concluída a aná-lise, o processo terá de ser subme-tido ao Ministério Público junto aoTCE e ao relator, para posteriordecisão do Pleno.

    O Tribunal de Contas estáinvestigando o destino de R$7.870.132,56 da Conta Únicado Judiciário disponibilizadosao Poder Executivo, decor-rentes de depósitos judiciais.Decisão (no 2374/2005) apro-vada pelo Pleno, em 14 desetembro, revela que os re-cursos foram utilizados no fimdo ano passado em outras fi-nalidades que não para o pa-gamento de despesas autori-zadas pela Lei Estadual no

    13.186/2004, que trata daGestão dos Depósitos Judiciais.O relator do processo (PPI 05/03961965) foi o auditor substi-tuto de conselheiro, ClóvisMattos Balsini.

    Levantamento feito peloTCE, em resposta ao pedidode informação do deputadoestadual Antônio Carlos Vieira,demonstra que, em dezembrode 2004, o Tribunal de Justiçadisponibilizou cerca de R$ 13milhões ao Governo do Esta-do, valores que deveriam tersido destinados, exclusiva-mente, para o pagamento deprecatórios, da DefensoriaDativa, e de custeio e investi-mento da Segurança Pública.

    Análise da Diretoria deControle da Administração Es-tadual revelou que, em 31 dedezembro, o saldo da ContaÚnica do Executivo era R$57.059,66. Havia, ainda, apli-cação financeira no Open, novalor de R$ 5.298.249,00.Ou seja, o saldo era R$5.355.308,66. Técnicos doTCE constataram, no entanto,que os cerca de R$ 7,8 milhõestinham sido gastos em outras fi-nalidades. Segundo informa-ções da Secretaria da Fazen-da, na época, “não houve pa-gamento de qualquer despesaautorizada pela Lei estadual”.

    Auditoria investigadestino de recursosda Conta Única

    Avanço 1: armazenamento e tratamentoapropriado do material grosseiro e dolodo desidratado (torta)

    Tratamento de esgoto é necessárioEmbora tenha sido afastada a

    ocorrência de crime ambiental, cons-tatada entre agosto e outubro de2004, e os resíduos sólidos não con-tinuem sendo depositados em terre-no no município de Palhoça, aCasan ainda terá de comprovar odestino final do material grosseiro,da areia e da compostagem do lodo.

    A estatal também deverá efe-tuar o tratamento do esgoto, já queos novos estudos da equipe de au-ditoria do TCE, entre 04 de julho e24 de agosto, revelaram que a em-presa continua descumprindo a re-solução do Conama no 20/86, o De-creto Estadual no 14.250/81 e o

    Manual da ETE, segundo destacao coordenador da auditoria, CélioMaciel Machado.

    Análise feita pela Fundação doEnsino Técnico de Santa Catarina(Fetesc), de 11 a 20 de julho, apontaque em cada 100 ml de água daBaía Sul, havia entre 90 mil e 250mil coliformes totais (indicador depoluição por fezes na água forma-dos, presentes no intestino dos ani-mais) e entre 55 mil e 190 milcoliformes fecais (além de seremtotais, podem causar doenças comohepatite, cólera, entre outras). Se-gundo as normas ambientais, o va-lor máximo permitido por 100 ml de

    água é de 5 mil coliformes totais ede 1 mil coliformes fecais.

    O TCE voltou a recomendar aampliação da ETE Insular, confor-me previsto no projeto inicial, “paracomportar as economias que ain-da não estão ligadas ao sistema e,também, o crescimento populacio-nal”, além da intensificação da fis-calização com a Vigilância Sanitá-ria Municipal, nos termos do con-vênio firmado. A realização de es-tudos para buscar alternativas como objetivo de amenizar os odoresque extrapolam os portões da ETEInsular foi outra recomendação rei-terada.

    Casan precisa apresentar plano de ações pararesolver problemas apontados pela área técnica

    Fotos Equipe DCE

    Avanço 2: terreno em Palhoça semdepósito do lodo

  • 5Informativo do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina | Dezembro | 2005

    Recomendações para esta e para futuras licitações

    Licitação

    A ausência de autorizaçãolegislativa para a contratação deoperação de crédito que possibili-tou a aquisição de cinco imóveis,por dispensa de licitação, do Besce da Bescredi, e a sua não-contabilização levaram o Tribunalde Contas de Santa Catarina a co-brar explicações da Secretaria daAdministração. Um deles é o quehoje abriga o Centro Administrati-vo do Governo do Estado, emFlorianópolis.

    Decisões preliminares, de05 de outubro, apontam o des-cumprimento da Lei de Respon-sabilidade Fiscal e da Lei 4.320/64, que estabelecem normas definanças públicas para a respon-sabilidade na gestão fiscal e paraos orçamentos públicos, nosprocedimentos adotados por R$42,9 mil.

    Nos processos (DIL — 04/03556830 e DIL — 04/03551528), relatados pelo conse-lheiro Luiz Roberto Herbst, tam-bém foi constatado o descumpri-mento de resoluções do SenadoFederal sobre o limite de compro-metimento de endividamento deum Ente da Federação. Estima-se que a Dívida Fundada Inter-na por contratos tenha aumen-tado para R$ 9.454.083.547,73e a Dívida Fundada Interna total,acrescida dos Restos a Pagar,para R$ 9.564.162.138,44.

    O prazo para a apresentaçãode justificativas ou de medidascorretivas aos processos de Dis-pensa de Licitação 92/2003 e 93/2003, de 6 de outubro, já expi-rou. Como não houve resposta,os processos foram reinstruídospela Diretoria de Controle da Ad-ministração Estadual. Após a aná-lise dos técnicos, Ministério Públi-co junto ao TCE e relator, as ma-térias voltarão para o Pleno paraemissão de decisão definitiva.

    Irregularidadesna aquisiçãode imóveisdo Besc

    Edital para ampliação do CentroAdministrativo do Governopassa pelo crivo do TCE

    A Corte catarinense decidiu, em07 de novembro, conhecer o editalde concorrência no 19/2005, daSecretaria do DesenvolvimentoRegional da Grande Florianópolis,para reforma com ampliação doCentro Administrativo do Governodo Estado, na Capital.

    Em decisão definitiva (no 2946/2005), o Pleno acatou as justificati-

    Pleno faz determinações e recomendações que devemser adotadas nesta e em futuras concorrências

    vas apresentadas pela SDR “emvirtude das características singula-res da obra”, mas determinou aadoção de providências aponta-das no relatório da Diretoria deControle de Obras, tanto na atuallicitação quando nas futuras.

    Orçado em, aproximadamen-te, R$ 3,7 milhões, os serviçoscompreendem a implantação do

    Teatro Pedro Ivo Campos, comárea de 2.341,48 m², e de umheliponto. No processo (ECO —05/03976997), relatado pelo au-ditor substituto de conselheiro,Clóvis Mattos Balsini, o TCE de-termina a definição dos serviçosdescritos nos projetos, nosmemoriais descritivos e nos orça-mentos estimativos.

    Casan anula edital doesgoto de Tubarão

    A Companhia Catarinense deÁguas e Saneamento (Casan) anu-lou o processo licitatório que tinha porobjetivo a implantação do sistema deesgoto sanitário de Tubarão, comvalor máximo previsto de R$ 44,5milhões. A medida foi tomada após adecisão definitiva (no 2.340/2005) doTribunal de Contas, de 26 de setem-bro, que apontou duas irregularida-des no edital de concorrência 010/2005, lançado em 14 junho: ausên-cia de licença ambiental e exigênciade Patrimônio Líquido cumulado comGarantia da Proposta. Clóvis MattosBalsini foi o relator do processo(ECO-05/03954241). Decisão pre-liminar (no 1962/2005), de 1o deagosto, apontou seis irregularidadesque ferem a Lei de Licitações.

    n realização de orçamentos de forma sólida, baseados nosquantitativos de serviços levantados;

    n acompanhamento rigoroso na execução das obras, quanto àqualificação e à medição dos serviços efetivamenteexecutados contemplados no orçamento estimativo;

    n fixação de preços máximos unitários, considerando umavariação de até 5%;

    n pagamento, apenas, daquilo que for executado e medido;

    n realização de sondagens;

    n cadastramento do edital, contrato e obra, bem como seuacompanhamento no e-Sfinge Obras;

    n aprovação dos projetos e a obtenção de alvarás junto aosórgãos competentes antes de iniciar o certame licitatório;

    n utilização, nos orçamentos, de valores percentuais do CUB,somente para serviços de revisão, recuperação, quando nãohouver clareza no projeto próprio.

    O Pleno determinou, no dia 21de novembro, em decisão prelimi-nar (no 3111/2005), a sustação doedital de concorrência no 29/2005,da Secretaria do Desenvolvimen-to Regional de Xanxerê. Comvalor máximo de R$ 4,5 milhões,o processo licitatório previa a rea-lização de obras na SC-465 — umtrecho de 9,180 metros entre aBR-282 e o município de PassosMaia, no Oeste catarinense.

    A licitação previa a execuçãodos trabalhos rodoviários deterraplenagem, pavimentaçãoasfáltica, drenagem, obras dearte correntes e complementa-res. Ao relatar o processo (ECO— 05/04058371), o conselheiroJosé Carlos Pacheco apontou

    Licitação da SC-465 fere isonomia

    como irregularidade a exigênciade Capital Social e de Garantiada Proposta.

    Segundo a Diretoria de Con-trole da Administração Estadual, “aqualificação econômico-financeirados licitantes fere, notadamente, osprincípios da isonomia, da compe-titividade, da busca da propostamais vantajosa e da legalidade”.

    Já as obras na SC-467 —acesso ao município de Ouro Ver-de —, avaliadas em cerca de R$3 milhões, receberam o aval doTCE. Após ter julgado irregular edeterminada a sustação cautelardo edital de concorrência no 24/2005, também da SDR deXanxerê, o Pleno decidiu acataras justificativas apresentadas.

  • 6 Dezembro | 2005 | Informativo do Tribunal de Contas do Estado de Santa CatarinaLicitação

    Processos mais significativos apreciadospelo Pleno entre fevereiro e 05 de dezembro

    TIPO DE PROCESSO _________________________________________________________________ TOTALSolicitação de Atos de Pessoal _________________________________________________ 1868Prestação de Contas de Administrador ___________________________________________ 1336Verificação do Cumprimento da LRF ______________________________________________ 469Recurso ____________________________________________________________________ 398Tomada de Contas Especial ____________________________________________________ 294Auditoria in loco de Prestação de Contas de Recursos Antecipados ______________________ 202Representação _______________________________________________________________ 175Consulta ___________________________________________________________________ 160Edital de Concorrência _________________________________________________________ 142Denúncia ____________________________________________________________________ 79

    FONTE: SECRETARIA GERAL.

    Pleno aprova edital para obrasda “Operação Tapete Preto”Mas a prefeitura deFlorianópolis terá 60 diaspara adotar as providênciasapontadas na decisão

    O edital de concorrência daprefeitura de Florianópolis paradrenagem e pavimentação asfálticae com lajotas de 139 ruas da cha-mada “Operação Tapete Preto”,obra avaliada em R$ 20,3 milhões,foi considerado excepcionalmente,em consonância com a Lei das Li-citações.

    Isto porque, em decisão defini-tiva (no 2827/2005), de 19 de outu-bro, o Pleno condicionou a legitimi-dade do procedimento ao cumpri-mento de providências, no edital efez determinações para as futuraslicitações do Programa.

    Saiba Mais

    A análise prévia do Tribunal de Contas de SantaCatarina de editais de concorrência éfundamental para que as licitações sejam feitasde acordo com a legislação. Vale ressaltar que oTCE não quer inviabilizar qualquer tipo de obrapública. Sua atuação está focada na verificaçãoda correta aplicação dos recursos públicos.

    No processo (ECO — 05/04000616), o relator José CarlosPacheco acatou as sugestões apre-sentadas pelo conselheiro SalomãoRibas Junior, que havia pedido vis-tas da matéria. Entre elas, as duasdeterminações feitas ao Executivo.

    Em 60 dias, a Prefeitura terá deencaminhar ao TCE cópia das Ano-tações de Responsabilidade Técni-ca e de todos os projetos, orçamen-tos e memoriais das ruas a serempavimentadas.

    Também neste prazo, terá de serremetida resposta formal da Fatma edo Ibama sobre a não-necessidadede Licença Ambiental Prévia para oasfaltamento das ruas Bento ManoelFerreira e João Januário da Silva,em Ratones, já que estão situadas emregião de nascentes da Estação Bio-lógica dos Carijós.

    Outras determinações

    Quanto ao presente Edital:n os responsáveis técnicos devem ser

    notificados, caso haja a necessidade dealteração de solução técnica ou dequantidades, em virtude de falhas nosprojetos das obras;

    n se houver a retirada de alguma obra darelação inicial, que sejam reduzidos docontrato original, mediante aditivocontratual, os quantitativos desta obra;

    n a elaboração de relatórios das supervisõesdas obras, com controle de quantidades e dequalidade dos serviços e materiais por obras,documentos que devem ser encaminhadosao TCE para acompanhamento.

    Quanto às futuras licitações dentrodo programa “Tapete Preto”:n realizar estudo ambiental das conseqüências

    da impermeabilização do solo decorrente depavimentação por asfalto em toda a regiãoinsular, para evitar danos aos aqüíferos dosubsolo e ao aumento da velocidade deescoamento das águas superficiais quecomprometem o sistema de drenagem;

    n considerações sobre a alternativa depavimentação por briquetes intertravados,em substituição ao asfalto, para melhorar ainfiltração das águas pluviais no subsolo;

    n utilizar projetos atualizados e completospara evidenciar com precisão “o que fazer,como fazer, onde fazer, quando fazer e aque custo se espera fazer” para cada umadas ruas a serem pavimentadas;

    n adotar a exigência de qualificação técnicasomente para o proponente vencedor dalicitação, antes da assinatura do contrato enão na fase da habilitação;

    n utilizar o critério de aceitabilidade dospreços máximos unitários.

    A Companhia Águas deJoinville terá de anular o pro-cesso licitatório para a contra-tação de serviços de assistên-cia técnica, operacional, comer-cial, administrativa e econômico-financeira, com valor máximoprevisto de R$ 16,7 milhões. Adeterminação está na decisão(no 2620/2005) do Tribunal deContas de Santa Catarina, emi-tida em 03 de outubro, devidoà constatação de seis irregula-ridades.

    As justificativas apresenta-das pelo Executivo de Joinvillenão foram suficientes para sa-nar as ilegalidades apontadaspelo corpo técnico quando daanálise do edital de concorrên-cia no 007/2005, lançado em 02de junho, para a prestação dosserviços públicos de água eesgoto no município do Nortecatarinense.

    Entre as irregularidadeslistadas no processo (ECO 05/03954675) relatado pelo con-selheiro Luiz Roberto Herbstestão a terceirização de servi-ços que cabem à Companhia;a contratação indireta de pes-soal, burlando, assim, a realiza-ção de concurso público; e aexigência excessiva de qualifi-cação técnica para a prestaçãodos serviços, o que pode res-tringir a competitividade.

    Análise apontacontrataçãoindireta na CiaÁguas de Joinville

    Edital de concorrência, daprefeitura de Palhoça, para ela-boração de projeto e para a exe-cução de obras de pavimenta-ção asfáltica e drenagem da SC-433, trecho entre as praias doSonho e da Pinheira, — comvalor previsto de R$ 6,7 milhões— recebeu o aval do TCE, em21 de novembro.

    No processo (ECO-05/04047760), a área técnica con-cluiu que os argumentos dedefesa encaminhados sana-ram parcialmente as irregula-ridades apontadas na licitação,lançada em 26 de agosto, emregime de empreitada por pre-ço unitário.

    Embora os termos do editaltenham sido considerados emconsonância com a Lei das Lici-

    Edital para pavimentação detrecho da SC-433 é liberado

    tações, o relator da matéria, JoséCarlos Pacheco fez, ainda, algu-mas recomendações à Prefeitu-ra. A decisão (no 3110/2005) su-gere a adoção de procedimen-tos apontados pelo corpo técni-co, não apenas nesta licitaçãomas nas futuras.

    O Tribunal recomenda a fi-xação, em edital, do critério deaceitabilidade de preços unitáriosmáximos limitados; em casos dereformulação do edital, que sejareaberto o prazo para o surgi-mento de novos interessados; eque, nas próximas licitações,conste, nos editais, a demonstra-ção dos motivos que justificaramas exigências de garantias si-multâneas, ou seja, capital socialmínimo, garantias de execuçãoe da proposta.

  • 7Informativo do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina| Dezembro | 2005 |

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    HISTÓRIA:primeira reuniãodo Pleno, em 1956,e a atualcomposição

    Neste meio século,o TCE está focado natransparência e noslaços com a comunidade

    O Tribunal de Contas de San-ta Catarina completou, no dia 04 denovembro, 50 anos de criação.Para o presidente do Órgão, Otá-vio Gilson dos Santos, continuarevitando a corrupção e o desper-dício do dinheiro público são mis-sões tão importantes quanto incen-tivar o espírito da cidadania, paraque, no futuro, Tribunal de Contase sociedade possam trabalhar jun-tos no controle do uso dos recur-sos públicos.

    Santos aposta no desenvolvi-mento das ações previstas no

    Programa de Modernização doControle Externo de Estados, Dis-trito Federal e Municípios Brasilei-ros (Promoex) e no Planejamen-to Estratégico para aperfeiçoarainda mais a atuação da Corte ca-tarinense.

    Ações neste sentido já vêm sen-do implantadas ao longo das últimasdécadas. Mas foi com a Lei de Res-ponsabilidade Fiscal que o Tribunalde Contas deu novo impulso à tra-jetória em busca da eficiência e dainovação tecnológica. Além de ini-ciar a operação do e-Sfinge, o ór-gão reforçou o seu papel de orien-tação aos gestores públicos. Entreas últimas iniciativas, está a reali-zação de oito edições do Ciclo deEstudos de Controle Público daAdministração Municipal.

    O TCE mantém espaço paratratar de questões ligadas à relaçãoda Instituição com o cidadão, emgeral, e com os administradores pú-blicos, em particular.

    Há a possibilidade do TCE re-ceber, de qualquer cidadão, de-núncias sobre ilegalidades na ad-ministração pública estadual, de

    Um pouco da história do TCE

    A criação do Tribunal de Contas de Santa Catarina foi materializada com aConstituição de 1947. Sua criação foi concretizada em 04 de novembro de 1955, coma Lei Estadual no 1.366, sancionada pelo governador Irineu Bornhausen. A matéria,de iniciativa do governador Aderbal Ramos da Silva, ficou tramitando durante cincoanos na Assembléia Legislativa do Estado antes de ser aprovada.

    No final da sua gestão, por Decreto de 26 de janeiro de 1956, foi Bornhausen quemnomeou os sete primeiros integrantes do Tribunal, os então denominados “juízes”:João Bayer Filho, João José de Souza Cabral, Leopoldo Olavo Erig, Nelson HeitorStoeterau, Nereu Corrêa de Souza, Monsenhor Pascoal Gomes Librelotto e VicenteJoão Schneider.

    A instalação do órgão foi no dia 06 de fevereiro do ano seguinte. João Bayer Filho foieleito primeiro presidente e o Monsenhor Paschoal Gomes Librelotto o vice. No iníciodas atividades, o sistema de controle era prévio. Incidia, basicamente, sobre ascontas do Executivo, alcançando de 30 a 35% do Orçamento do Estado. Além dossete juízes, o novo órgão contava com dois procuradores, um auditor e 30funcionários.

    Um cenário bem distante do atual. Foram várias as transformações de ordem materiale de recursos humanos, com o objetivo de acompanhar o crescimento da máquinapública e das atribuições constitucionais, em sintonia com a evolução tecnológica, emespecial, da Informática.

    Saiba mais sobre o TCE

    O QUE É: é uma instituição pública de controle externo.

    A TAREFA: fiscalizar o uso dos recursos públicos pelo Estado (art. 59 da CE) e pelos 293 municípioscatarinenses (art.113 da CE). Cerca de 2 mil órgãos públicos estaduais e municipais estão sujeitos aocontrole.

    COMO ATUA: verifica se os atos dos administradores estão de acordo com princípios constitucionaiscomo os da legalidade, economicidade e moralidade.

    O OBJETIVO DA FISCALIZAÇÃO: comprovar a correta aplicação dos recursos públicos e coibirfraudes, desvios, desperdício e atos de corrupção.

    QUEM DEVE PRESTAR CONTAS: qualquer pessoa ou entidade, pública ou privada, que utilizedinheiros, bens ou valores públicos pelos quais o Estado ou qualquer um dos municípios responda.

    Sociedade pode cooperar com a fiscalizaçãopessoas físicas e jurídicas apre-sentarem representações queapontem supostas irregularidadesna aplicação da Lei de Licitaçõese dos administradores encaminha-rem consultas sobre a aplicaçãodas leis que devem ser observa-das por quem administra odinheiro público.

    Arquivo ACOM

    50 anos com o compromisso dezelar pelo dinheiro público

    Valdelei Rouver/ACOM

  • Dezembro | 2005 | 8Aniversário

    Eventos: solenidade no TAC abre as comemorações do cinqüentenário

    Cultura: a Orquestra Sinfônica de Santa Catarina e o Coral Hélio Teixeira da Rosa,integrado por servidores do TCE, abrilhantaram a solenidade. Sob a regência do maestroJosé Nilo do Valle, o repertório contemplou cerca de 20 obras líricas, clássicas e dopopular brasileiro. Houve a participação do tenor Luiz Fernando Vieira, do barítonoSchaeffer Júnior e das sopranos Viviane Priccela e Beatriz Sanson

    Mais de 350 pessoas prestigia-ram, na noite de 4 de novembro, aabertura da programação de sole-nidades alusivas aos 50 anos doTribunal de Contas de SantaCatarina, no Teatro Álvaro de Car-valho, em Florianópolis. Na platéia,conselheiros do TCE, servidoresativos e inativos, representantes dospoderes Executivo e Legislativo do

    Solenidade no TAC abre a programaçãoEstado e de Florianópolis, do Judi-ciário, do Ministério Público, parla-mentares e familiares daqueles quefizeram parte da história da Corte ca-tarinense.

    E para marcar o aniversário dainstituição, foi projetado um vídeo comos principais fatos históricos e avan-ços ocorridos nas cinco décadas. Naocasião, o presidente Otávio Gilson

    dos Santos fez um breve retrospectodo papel do TCE, que tem comoobjetivo zelar pelo dinheiro público.“Fazemos a nossa parte, sabendo,antes de mais nada, nas palavras deDiogo de Figueiredo Moreira Neto,que é preciso ‘educar o cidadãopara a democracia’. Talvez isso seja,antes ainda do controle, nosso maiore mais constante desafio.”

    Homenagem: autoridades, servidores epersonalidades que tiveram participaçãodireta e decisiva na criação da Corte emSanta Catarina

    Homenageados

    1. Eduardo Pinho Moreira — vice-governador

    2. Júlio Garcia — presidente da AssembléiaLegislativa

    3. Jorge Mussi — presidente do Tribunal deJustiça

    4. Dário Berger — prefeito de Florianópolis

    5. Marcílio Ávila — presidente da CâmaraMunicipal de Florianópolis

    6. Pedro Sérgio Steil — procurador geral deJustiça

    7. João Tranquillo Beraldo — comandanteda 14a Brigada de Infantaria Motorizada

    8. Aderbal Ramos da Silva (familiares) —ex-governador

    9. Irineu Bornhausen (familiares) — ex-governador

    10. Laerte Ramos Vieira — ex-deputadoestadual

    11. Volney Collaço de Oliveira — ex-deputado estadual

    12. Evângelo Spyros Diamantaras — auditoraposentado

    13. Dalva Cordeiro Coelho — servidoraaposentada

    14. Luiz Cândido Silveira de Souza —servidor aposentado

    15. Vilma Maria Lunardelli — servidoraaposentada

    16. Sylvio Adolfo Kuerten — servidoraposentado

    17. Orlando Pessi — servidor aposentado

    18. Edy Ernestina de Souza Diamantaras —servidora aposentada

    OBS.: O GOVERNADOR LUIZ HENRIQUE DASILVEIRA E O ARCEBISPO METROPOLITANO, D.MURILO SEBASTIÃO KRIEGER, TAMBÉMESTAVAM NA LISTA DOS AGRACIADOS. COMONÃO PUDERAM COMPARECER À CERIMÔNIA,RECEBERÃO A HOMENAGEM EM OUTRAOPORTUNIDADE.

    Dezoito personalidades quecontribuíram com a atuação daCorte catarinense foram agracia-das, durante a solenidade, coma “Medalha Cinqüentenário doTribunal de Contas de SantaCatarina”.

    Entre os homenageados es-tavam os representantes dos po-deres Executivo e Legislativo es-tadual e da Capital, do Judiciá-rio e do Ministério Público. Fa-miliares dos ex-governadoresAderbal Ramos da Silva e IrineuBornhausen também receberama condecoração, já que forameles os responsáveis pelo envioda mensagem da Lei de criaçãodo TCE à Assembléia Legislativae pela sua aprovação, assimcomo os ex-deputados estaduais

    Personalidades recebemmedalha do cinqüentenário

    Laerte Ramos Vieira, responsá-vel pela convocação extraordi-nária e inclusão do projeto decriação na ordem do dia da As-sembléia, e Volney Collaço deOliveira, então presidente doLegislativo estadual, que tiveramparticipação direta e decisiva nacriação da Corte em SantaCatarina.

    A condecoração ainda foientregue a sete servidores apo-sentados, que ingressaram noTribunal de Contas no ano dasua instalação. Entre eles, o ex-auditor substituto de conselheiro,Evângelo Spyros Diamantaras,que dedicou, nestes 50 anos deexistência da Corte catarinense,49 anos de trabalho ininterruptosà Instituição.

    “A atuação do Tribunal de Contas deSanta Catarina resultou em avançosformidáveis, assegurando atransparência da gestão pública epromovendo a cidadania.” Vice-governador Eduardo Pinho Moreira

    Tempo Editorial

    Tempo Editorial

    Tempo Editorial Tempo Editorial

  • 9 Informativo do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina

    “O zelo e a eficiência com queo Tribunal de Contas temdispensado nas análises, nasconsultas e nas orientaçõesà Câmara de Florianópolis, sótem contribuído para que anossa Casa também seaperfeiçoe.” Vereador daCapital, Alceu Nieckarz

    “Num Estado em que aadministração pública estáfundamentada em princípiosque a concretizam por meioda legalidade, moralidade,impessoalidade, publicidade eeficiência, é natural que anossa pretensão seja aconsolidação da parceriaindispensável com o TCE.”Prefeito de Florianópolis, DárioElias Berger

    “A tarefa do Tribunal deContas é espinhosa, masfundamental na vida públicade qualquer País.” Presidentedo Legislativo estadual,deputado Júlio Garcia

    “Em pouco tempo o órgãomedirá os resultados sociaisdos programas de governo,utilizando indicadores dedesempenho, para verificarse as aplicações dosrecursos públicos estãomelhorando as condições devida da população.” Deputadoestadual Celestino Secco,representando a alaoposicionista

    “Parabenizo a todas aspessoas que participaram dahistória do Tribunal deContas do Estado de SantaCatarina, construindo umórgão público que há 50 anoscombate a corrupção e atuaa favor dos catarinenses,promovendo orientação epunição a quem não cumprecom rigor o controle dosgastos públicos.” Deputadoestadual Jorginho Mello,representando a ala governista

    Tempo Editorial

    Tempo Editorial

    Câmara Municipal

    Assembléia Legislativa

    Assembléia Legislativa

    A programação das comemorações alu-sivas ao cinqüentenário contempla açõesaté o ano que vem. É que, em 06 de feve-reiro de 2006, a Corte catarinense comple-tará 50 anos de instalação.

    A comemoração vai contar, ainda, coma inauguração da Galeria dos Presidentesdo TCE, com retratos pintados a óleo, e coma abertura de exposição alusiva aos 50anos, no Espaço Cultural da Corte catari-nense. Uma mostra de artes plásticas jáhavia sido realizada entre os dias 24 deagosto e 14 de setembro.

    Uma publicação também será editadapara contar os principais fatos ocorridos noperíodo, em especial, a partir de depoimen-tos de conselheiros e servidores aposen-tados, dos atuais membros do corpodeliberativo e de servidores que atuam naInstituição. A idéia é resgatar fatos importan-tes da trajetória da Corte de Contas catari-nense e propor uma espécie de reflexão

    Eventos ocorrem até o próximo ano

    sobre o Tribunal de Contas do futurofocado nas necessidades para atender àsdemandas da sociedade.

    O encerramento das atividades vaiocorrer no dia 29 de março de 2006, du-rante o Seminário Internacional —Corrupção e Sociedade, que será reali-zado no Centrosul, em Florianópolis,numa promoção conjunta com o InstitutoRuy Barbosa.

    Arte: mostra realizada no Tribunal entreos dias 24 de agosto e 14 de setembro

    Valdelei Rouver/ACOM

    AL e Câmara de Vereadores prestam homenagensA passagem dos 50 anos de criação do

    Tribunal de Contas de Santa Catarina ren-deu homenagens da Câmara de Vereado-res de Florianópolis e da AssembléiaLegislativa, nos dias 07 e 09 de novembro,respectivamente.

    Durante as solenidades, representan-tes dos Legislativos municipal e estadual sa-lientaram a importância da atuação e dainteração com o TCE para coibir o desper-dício do dinheiro público e para atender aos

    anseios da sociedade.O compromisso da Corte catarinense em

    continuar priorizando a orientação aos ad-ministradores públicos, com o enfoque dezelar pela boa aplicação dos recursos pú-blicos, foi reiterado pelo presidente OtávioGilson dos Santos.

    “O Tribunal de Contas não deve ser umórgão temido, mas respeitado”, enfatizou, sa-lientando que “o TCE tem emitido suas deci-sões com justiça e responsabilidade”.

    Reconhecimento: presidente Gilsondos Santos recebe placa das mãosdo chefe do Legislativo municipal,Marcílio Ávila, pelos relevantesserviços prestados à Capital

    Reconhecimento: conselheiros Moacir Bertoli, Luiz RobertoHerbst, César Filomeno Fontes, auditor Clóvis Mattos Balsini,e o diretor de Controle da Administração Estadual, EdsonStieven, em homenagem a todos os funcionários do TCE/SC,também são agraciados com lembranças

    Câmara Municipal Câmara Municipal

  • 10 Dezembro | 2005 | Informativo do Tribunal de Contas do Estado de Santa CatarinaAniversário

    Ainda na solenidade quepremiou os vencedores do Con-curso de Monografia, o Tribunalde Contas prestou homenagensa cerca de 200 aposentados —entre servidores, conselheiros eauditores — com a Medalha doMérito Funcional, categoria espe-cial. Um vídeo institucional tam-bém mostrou a trajetória da Cor-te de Contas nos últimos 50 anos,a partir de depoimentos de per-sonagens que fizeram e fazemparte da história do Órgão.

    O presidente Gilson dos San-tos disse que a homenagem aosaposentados, no momento emque TCE comemora seu cin-qüentenário, traduz o reconheci-mento ao trabalho de todos osservidores que fizeram a históriada Instituição. “Foi a participaçãode cada um de vocês que permi-tiu ao Tribunal de Contas chegaraté aqui prestando um serviço dequalidade à sociedade catarinen-se. Nada substitui o ser humano.”

    As comemorações docinqüentenário estão sendo orga-nizadas pela Comissão dos 50anos. Os trabalhos estão sendo co-ordenados pelos conselheirosJosé Carlos Pacheco e Wilson Ro-gério Wan-Dall, presidente e vice-presidente da Comissão, respecti-vamente. Também integram a Co-missão o diretor geral de ControleExterno, Zenio Rosa Andrade, odiretor geral de Planejamento e Ad-ministração Wilson Dotta, a chefe daAssessoria de Comunicação Social,Aline Bertoli Amin e o AssessorMilitar, major Joares A. de Lima.

    Homenagemaos aposentadosmarca a data

    Homenagem: cerca de 200 servidores,conselheiros e auditores aposentadosforam condecorados com a Medalha doMérito Funcional, categoria Especial

    Tempo Editorial

    “Hoje somos aposentados. Mas nossotrabalho e dedicação nos longos anosvividos nesta Instituição contribuírampara o crescimento e fortalecimentodesta frondosa árvore que é o TCE.Somos folhas que já caíram ou ramosque já foram podados, dando lugar anovos e verdejantes brotos, maspermanecemos vivos na seiva históricadesta Casa.” Servidora aposentadaArlete Terezinha Porto

    “A participação depessoas de pequenosmunicípios revela apreocupação em refletir ecompartilhar seusconhecimentos sobrequestões tão relevantespara a sociedade como aparticipação do cidadãona fiscalização dos gastospúblicos.”Presidente do TCE/SC,Otávio Gilson dos Santos

    Prêmios: funcionárias públicasdo pequeno município de SãoBernardino/SC, que ficaram emprimeiro lugar, e o presidenteda Comissão Julgadora,ex-conselheiro Nilton Cherem

    “Hoje o TCE catarinense é um Tribunalreferência para quem trabalha nocontrole externo.” Autor da monografiaclassificada em 2o lugar, analista definanças e controle externo do TCU,Marcelo Quintiere, que falou em nomedos classificados

    Comissão Julgadora: ex-conselheiro doTCE/SC, Nilton José Cherem erepresentantes do Instituto HistóricoGeográfico de Santa Catarina, HoyedoGouveia Lins, da Academia Catarinensede Letras, Napoleão Xavier do Amarante,da Associação Catarinense de Imprensa,Cyro Barreto

    Tempo EditorialTempo EditorialTempo Editorial

    Tempo Editorial

    Vencedores do Concurso de Monografia são premiadosMarli Krindges e Rozilei dos

    Santos, de São Bernardino, rece-beram, no dia 24 de novembro, R$6 mil pela classificação em primeirolugar no I Concurso de Monografiado TCE. “Conhecendo e participan-do das atividades do Tribunal deContas do Estado de SantaCatarina” é o título da monografiamelhor classificada. As autoras sãofuncionárias públicas do municípiodo Noroeste do Estado, com poucomais de 3 mil habitantes.

    Em solenidade no auditório, tam-bém foram entregues os prêmios deR$ 3,5 mil a Marcelo Quintiere, deBrasília, que ficou em segundo lugarcom a abordagem sobre “A impor-tância da dimensão ambiental nascontas públicas: alguns temas paraanálise no Tribunal de Contas deSanta Catarina”, e outros R$ 2 mil,para a terceira colocada, MarileneFerreira, de Serra/ES, que inscre-veu a monografia “O TCE de SantaCatarina e a cidadania: no caminhodo futuro”.

    Com o tema “Tribunal de Con-tas de Santa Catarina: Contas Pú-blicas — Transparência, ControleSocial e Cidadania”, a iniciativa bus-cou incentivar o debate sobre afunção dos órgãos de controle pú-blico e a importância da atuação docontrole social na fiscalização dascontas públicas.

    Vale destacar que os três me-lhores trabalhos serão publicados.O lançamento da obra deverá ocor-rer em março do ano que vem, du-rante o Seminário Internacional, queserá realizado em Florianópolis, de27 a 29 de março.

    Além da premiação, conselhei-ros do TCE entregaram certificadosaos autores dos outros 21 traba-lhos classificados. Ao todo, foraminscritas 35 monografias, mas 11foram desclassificadas por descum-primento do regulamento. Os mem-bros da Comissão Julgadora rece-beram a “Medalha Cinqüentenáriodo Tribunal de Contas de SantaCatarina”

    Classificados

    1o Marli Krindges e Rozilei dos Santos— São Bernardino/SC

    2o Marcelo Quintiere — Brasília/DF3o Marilene Ferreira — Serra/ES4o Carlos Griesbach — Blumenau/SC5o Charles Barbosa e Kátia Uchoa —

    Salvador/BA6o Maria do Carmo do Amaral —

    Salvador/BA7o Roberto Carlos do Lago — Salvador/

    BA8o Solange Vicari — Concórdia/SC9o Ellen Barcelos e Levy Cruvinel Neto

    — Goiânia/GO10o Guilherme da Silva e Ana Luiza da

    Silva — Florianópolis/SC11o Marcio Thomaz — Florianópolis/SC12o Ivo Possamai — Florianópolis/SC13o Fabianu Ventorini — Lages/SC14o Geraldo José Gomes — Florianópolis/

    SC15o Dirso Anderle — São José/SC16o Francisco Pacheco — Florianópolis/

    SC17o Celso Galante — Chapecó/SC18o Thiago Kobayashi e José dos Santos

    Júnior — Florianópolis e Caçador/SC19o Paulo Renato Farias — Florianópolis/

    SC20o João da Rocha — Rio de Janeiro/SC21o Patrícia dos Santos — Florianópolis/SC22o Rosana Benedet — Lauro Muller/SC23o Hamilton Hoenke — São José/SC24o Emerson Bof — Iraceminha/SC

  • 11Informativo do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina | Dezembro | 2005Municípios

    Pleno recomenda a aprovaçãodas contas/2004 de 216municípios e a rejeição de 77Restos a pagar e déficit de execução orçamentária efinanceira foram as irregularidades mais freqüentes

    O Tribunal de Contas de San-ta Catarina concluiu, no dia 21 dedezembro, a emissão dos parece-res prévios sobre as contas doexercício de 2004 dos municípioscatarinenses. Os resultados, jádisponíveis no site do Órgão(www.tce.sc.gov.br), revelam que216 Executivos municipais (73,7%)tiveram seus balanços de 2004aprovados e 77 rejeitados (26,3%).

    Comparado com o exercício an-terior, subiu 17,8% o índice de rejei-ção. Em 2003, apenas 25 cidades ti-

    veram as suas contas rejeitadas, en-quanto que 268 — 91,5% — rece-beram o parecer pela aprovação.

    O descumprimento do artigo 42da Lei de Responsabilidade Fiscalfoi a irregularidade mais freqüente.Este dispositivo veda ao titular deÓrgão ou Poder contrair obrigaçãode despesa que não possa ser cum-prida integralmente dentro dos doisúltimos quadrimestres do seu man-dato ou que tenham parcelas a se-rem pagas no exercício seguintesem recursos suficientes em caixa.

    Prefeitos podem solicitar areapreciação das contas anuaisdepois da manifestação do CorpoDeliberativo. Conforme a Lei Orgâ-nica do TCE, eles têm 15 dias, apósa publicação da decisão do Plenono Diário Oficial do Estado, parafazer o pedido. Mas o julgamentofinal da matéria é de responsabili-dade das câmaras de vereadores,que poderão acatar a decisão doTribunal ou derrubar, caso dois ter-ços dos parlamentares sejam con-trários. Os mais de 2 mil gestores

    dos 293 municípios catarinensese da administração estadual te-rão de observar os prazos insti-tuídos pela Instrução Normativano TC-01/2005 do Tribunal deContas de Santa Catarina paraencaminhar ao órgão informa-ções sobre contas, atos e ges-tão fiscal referentes ao primeirobimestre de 2005.

    É que o TCE está aperfei-çoando o seu papel de fiscali-zação. Em outubro, foi iniciadaa operação do novo Sistemade Fiscalização Integrada deGestão (e-Sfinge), ferramentaque vai ampliar a transparên-cia da gestão pública e facilitara análise das contas pelo Tri-bunal. Os prazos valem parao cadastramento, via Internet,das informações sobre plane-jamento e execução orçamen-tária, gestão fiscal, registroscontábeis, convênios, concur-sos e atos de pessoal.

    A Instrução Normativa aindainstitui a periodicidade —bimestral — da remessa de in-formações a partir do exercíciode 2006.

    Definidos prazospara a remessade dados atravésdo e-Sfinge

    Prazo para remessa de informações relativas ao exercício de 2005

    BIMESTRE EXERCÍCIO DE 2005 A PARTIR DO EXERCÍCIO DE 2006

    1o bimestre (janeiro e fevereiro) Até o dia 31 de outubro de 2005 Até o dia 31 de março

    2o bimestre (março e abril) Até o dia 15 de novembro de 2005 Até o dia 31 de maio

    3o bimestre (maio e junho) Até o dia 30 de novembro de 2005 Até o dia 31 de julho

    4o bimestre (julho e agosto) Até o dia 15 de dezembro de 2005 Até o dia 30 de setembro

    5o bimestre (setembro e outubro) Até o dia 31 de dezembro de 2005 Até o dia 30 de novembro

    6o bimestre (novembro e dezembro) Até o dia 31 de janeiro de 2006 Até o dia 31 de janeiro do ano seguinte

    FONTE: INSTRUÇÃO NORMATIVA NO TC-01/2005, DE 03 DE OUTUBRO.

    Fatores que podem levarà rejeição das Contas

    n ocorrência de déficit orçamentário;

    n não-aplicação do percentual mínimo emsaúde;

    n não-aplicação de, pelo menos, 25% dasreceitas de impostos na manutenção edesenvolvimento do ensino;

    n não-aplicação de, no mínimo, 60% dos25% no ensino fundamental;

    n contratação de pessoal por tempodeterminado sem lei aprovada pela CâmaraMunicipal;

    n descumprimento da estrita ordemcronológica das exigibilidades nopagamento das obrigações relativas aofornecimento de bens, locações,realização de obras e prestação deserviços;

    n descumprimento do artigo 42 da Lei deResponsabilidade Fiscal.

    Primeiros municípios a prestar contas pelo e-Sfinge

    n A prefeitura de Galvão, município de cerca 4.200 habitantes do Oeste doEstado, foi a primeira a prestar contas sobre os atos da gestão/2005 aoTribunal de Contas do Estado, pelo novo Sistema de FiscalizaçãoIntegrada de Gestão.

    n São José, município com 173.293 habitantes situado na GrandeFlorianópolis, foi o segundo a remeter os dados do primeiro bimestre/05pelo novo aplicativo.

    O cadastramento de obras e deserviços de engenharia não sofreualteração: deve ser feito até o 5o diado mês subseqüente. Mas desde acompetência de outubro de 2005, osgestores terão de utilizar o aplicativoe-Sfinge Obras — uma evolução doSCO (Sistema de Cadastramento eAcompanhamento de Obras) — dis-

    ponível no site do Tribunal(www.tce.sc.gov.br).

    Também permanece a mesmaregra para o envio de dados deeditais de concorrência e de dis-pensa de licitação. Conforme a Ins-trução Normativa no TC-01/2002,de 4 de novembro de 2002, os ti-tulares dos órgãos e das entidades

    da administração pública do Esta-do e dos municípios têm até o diaseguinte a primeira publicação doaviso de realização da licitaçãopara informar no website do Tribu-nal de Contas. A única modificação,é que o aplicativo passará a serchamado de e-Sfinge Eco e nãomais ECOnet.

    Regra para registro de obras e editais continua a mesma

  • 12 Dezembro | 2005 | Informativo do Tribunal de Contas do Estado de Santa CatarinaModernização

    Promoex melhora atuação do Tribunalde Contas do Estado de Santa CatarinaTransferênciade recursos dependeda assinaturade convênio

    O Tribunal de Contas de SantaCatarina deverá impulsionar o seuprocesso de modernização funda-mental para a melhoria da fiscaliza-ção e da transparência das contaspúblicas do Governo do Estado edos 293 municípios catarinenses.Isto será possível graças à assina-tura de contrato de financiamentopara a implantação do Programa deModernização do Controle Externode Estados, Distrito Federal e Mu-nicípios Brasileiros (Promoex), en-tre o Banco Interamericano de De-senvolvimento (BID) e o GovernoFederal, realizada em 14 de setem-bro, em Brasília.

    O ato foi celebrado na aberturada Conferência Internacional deDesestatização — Privatização,

    Regulação e Parceria Público-Pri-vada (PPP), promovida pelo Tribu-nal de Contas da União. Na opor-tunidade, o presidente do InstitutoRuy Barbosa, Salomão RibasJunior (TCE/SC), assinou convêniocom a União, formalizando a parti-cipação da entidade no Promoex.Acordo semelhante foi firmado peloentão presidente da Associação dosMembros dos Tribunais de Contasdo Brasil (Atricon), Carlos Pinna deAssis (TCE/SE).

    A transferência dos recursosaos tribunais de contas ainda de-pende da celebração de convênios.“Será o fortalecimento do sistema decontrole externo como instrumentode cidadania e de efetiva transpa-rência, além de possibilitar o incre-mento da eficácia, eficiência e efeti-vidade das ações de controle dagestão de recursos públicos e dosmecanismos de articulação social”,enfatizou o presidente do TCE/SC,Otávio Gilson dos Santos.

    Empréstimo: conselheiros Salomão Ribas Jr. (4o E), presidente do IRB, e José Carlos Pacheco (2o D), vice-presidente do TCE/SC, acompanham a assinatura do contrato entre BID eUnião

    Arquivo ACOM

    Recursos

    n Com um orçamento global de cerca de US$ 128 milhões, algo em torno de R$ 370 milhões(dólar convertido a R$ 2,90, conforme cotação à época da elaboração do projeto de cadaTribunal de Contas) distribuídos entre todos as Cortes de Contas brasileiras, o Promoexdeverá ser desenvolvido no prazo de seis anos, em duas etapas com duração de três anos.Na primeira fase, serão destinados US$ 64,4 milhões (cerca de R$ 186 milhões). Destevalor, 60% serão financiados pelo BID, ou seja, aproximadamente US$ 38,6 milhões (ou R$112 milhões) que serão repassados para a União.

    n No Orçamento do TCE/SC para 2005 estão disponibilizados créditos no valor de R$ 640 milcomo contrapartida oferecida pelo órgão para a execução do Promoex. Já o GovernoFederal projeta repassar o montante de R$ 248 mil, através de convênio a ser celebrado coma Corte catarinense. Os recursos estão no Projeto de Lei do Congresso Nacional no 12 (PLN),aprovado em 25 de agosto de 205, que altera a Lei Orçamentária Anual da União.

    Prioridades do Tribunal de Contas de Santa Catarina dentro do Promoex

    1. Participação do TCE/SC na pactuação de conceitos da Lei de Responsabilidade Fiscal e deoutros instrumentos de fiscalização de gastos públicos;

    2. Desenvolvimento de instrumentos para maior integração com a sociedade;

    3. Continuidade da publicação das versões simplificadas das contas do governo;

    4. Desenvolvimento de soluções compartilhadas de tecnologia de informação (cessão ouobtenção de softwares voltados à fiscalização);

    5. Aquisição de equipamentos (notebooks) de tecnologia da informação voltados àfiscalização;

    6. Elaboração de um plano de capacitação para subsidiar a atuação do Instituto de Contas;

    7. Revisão do planejamento estratégico elaborado em 2003;

    9. Desenvolvimento de um planejamento estratégico de tecnologia da informação.

    FONTE: DIRETORIA DE PLANEJAMENTO E PROJETOS ESPECIAIS DO TRIBUNAL DE CONTAS DESANTA CATARINA.

  • 13Informativo do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina | Dezembro | 2005

    A implantação do Promoex vaifortalecer os sistemas de controleexterno como instrumento da cida-dania, incluindo a intensificaçãodas relações entre os governo eas instituições, com vista ao cum-primento da Lei de Responsabili-dade Fiscal, além de criar umarede nacional de informações,que vai permitir a uniformizaçãodos procedimentos no exame dascontas governamentais e dos atospraticados pelos gestores públi-cos.

    Para o Tribunal catarinense,o novo programa vai propiciar,também, uma mudança cultural.Trará uma perspectiva maisgerencial, já que será possível tra-balhar com metas, indicadores eavaliação de desempenho, ouseja, objetivos concretos a seremalcançados, o que, certamente,vai se refletir em todos os proce-dimentos da instituição.

    Mas os benefícios não parampor aí. A sociedade catarinensetambém será contemplada com amodernização. Para os cidadãos,será a possibilidade de podercontar com um órgão mais ágil emais aberto às demandas, dandoresposta em um menor espaço detempo, e voltado para os proble-mas concretos da administraçãopública, principalmente os relacio-nados aos montantes de recursose aos efeitos da gestão para a co-munidade.

    Relação entre os TCs

    Estão previstas ainda:

    n a realização de intercâmbio de informação entre os Tribunais de Contas, para identificar soluçõese definir modelos de compartilhamento, e a intensificação da relação com as instituições quecontribuem para o controle da administração pública;

    n a criação de uma rede nacional de informações que vai permitir a uniformização dosprocedimentos no exame das contas governamentais e dos atos praticados pelos gestorespúblicos. O sistema será gerido pela Associação dos Membros dos Tribunais de Contas doBrasil;

    n a integração entre os Tribunais de Contas e, estes, com o Governo Federal;

    n a criação de um portal das Cortes de Contas, que deverá ser mantido pelo Instituto Ruy Barbosa.

    O TCE/SC quer agilizar atramitação dos processos,priorizar a modernização deprocedimentos, em especialatravés do uso da tecnologiade informação —, e intensificaro aprimoramento do corpo téc-nico, do relacionamento com asociedade e com os jurisdicio-nados, a partir da simplificaçãoda linguagem, da disponibiliza-ção de mais informações.

    A participação na pactua-ção de conceitos da Lei deResponsabilidade Fiscal e deoutras fiscalizações de gastospúblicos (saúde, educação,Cide); desenvolvimento deinstrumentos para maiorintegração com a sociedade —como a continuidade das ver-sões simplificadas das contasdo governo —, também estãoentre as prioridades.

    A implantação do Progra-ma vai representar uma pos-sibilidade de reorientação dofoco de sua atuação. O órgãopretende ampliar as práticasde fiscalização, principalmen-te com a realização de audi-torias operacionais, realizarintercâmbio de informação,celebrar convênios com po-deres e órgãos para umaatuação conjunta no combateà corrupção.

    Intensificar afiscalização é umadas metas

    Programa vai unificarprocedimentos efortalecer a cidadania

    Ações para combater a corrupção

    n A idéia da Corte catarinense é celebrar acordos com o Ministério Público e com os poderesLegislativo e Judiciário para uma atuação conjunta no combate à corrupção.

    Órgão já está apto para receber os recursos

    No dia 20 de junho, o Tri-bunal de Contas de SantaCatarina criou a sua unidade deexecução local na estrutura or-ganizacional do órgão, o últimorequisito necessário para a im-plementação das ações doPromoex e seu gerenciamento.Vinculada à presidência daCorte catarinense, a UEL teráduração limitada ao período deexecução do Programa. A es-trutura desse órgão específicoserá formada por um coordena-dor geral, um coordenador téc-nico e um coordenador admi-nistrativo-financeiro.

    Entre as atividades, está apreparação de documentos paraserem encaminhados à direção

    nacional do Promoex, como oPlano Operativo Anual, a progra-mação semestral orçamentária efinanceira e solicitações de de-sembolso dos recursos do finan-ciamento. A gestão da alocaçãodos recursos correspondentes àstransferências do Banco Intera-mericano de Desenvolvimento(BID) e da contrapartida nas pro-postas orçamentárias anuais doTribunal de Contas, a identifica-ção e participação na formulaçãode soluções compartilhadas decooperação e de aquisições con-juntas de bens e serviços, o aten-dimento às demandas dos órgãosde controle e de auditoria inter-nos e externos, também estãoentre as atribuições.

    Capacitação

    n Os membros das UELs participaram entre os dias 13 e 15 de julho de mais uma etapa dotreinamento. Desta vez, foi realizada no Tribunal de Contas da Bahia, uma continuação doFórum do Sistema Tribunais de Contas do Brasil — Comunicação Social, Controle Externoe Estado Democrático, promovido nos dias 11 e 12 de julho.

    Comunicação Social está entre as prioridades

    A área da comunicação socialé umas das prioridades para a As-sociação dos Membros dos Tribu-nais de Contas do Brasil (Atricon)e para o Instituto Ruy Barbosa(IRB), na execução do Promoex.Tanto que, nos dias 11 e 12 dejulho, foi realizado, em Salvador,o Fórum do Sistema Tribunais deContas do Brasil — ComunicaçãoSocial, Controle Externo e Esta-do Democrático.

    A Corte de Contas catarinen-se participou do evento. O con-selheiro Salomão Ribas Junior,presidente do Instituto Ruy Bar-bosa, abordou o tema “Aspec-tos fundamentais para a comu-nicação no sistema de controle

    brasileiro”. Já a jornalista AlineBertoli Amin, chefe da Assesso-ria de Comunicação Social, eIsabela Ribas Portella, tambémda ACOM/TCE, apresentaram aexperiência do Tribunal deContas de Santa Catarina naárea da comunicação integrada.

    Como resultado das ativida-des, foram formuladas diretrizes eestratégias para o desenvolvi-mento de uma política de comuni-cação que atenda às necessida-des e expectativas dos Tribunaisde Contas do País em sua rela-ção com a sociedade, além daproposição de temas de interessepara a área que necessitam demaior aprofundamento e debate.

  • 14 Dezembro | 2005 | Informativo do Tribunal de Contas do Estado de Santa CatarinaTransparência

    TCE se aproxima da sociedadee dos gestores públicosPublicações eprograma de televisãoem canal aberto sãoalgumas das iniciativas

    O Tribunal de Contas do Es-tado busca, diariamente, a intera-ção com os administradores pú-blicos e com a sociedade. As mais

    recentes ações nesse sentido sãoas publicações Para onde vai oseu dinheiro 3, Prejulgados eRevista do TCE de SantaCatarina, além do TCE Cidadão,programa em canal aberto de te-levisão.

    O órgão também tem umapolítica de “portas-abertas” paraestimular o conhecimento da ta-

    Como ter acesso às publicações

    n As publicações estão disponíveis no site do Tribunal de Contas. Basta acessar o endereço eletrônico www.tce.sc.gov.br, clicar na seção“Publicações”, localizada no canto esquerdo da página principal, e escolher a obra desejada.

    Prejulgados:essencial paracoibir a má aplicaçãodos recursos

    Administradores públicos esta-duais e municipais têm mais um ins-trumento para proporcionar segu-rança na prática dos atos de ges-tão de recursos públicos. Trata-seda obra Prejulgados, livro que re-úne 1.570 decisões em consultasproferidas pelo Tribunal Pleno, até09 de agosto de 2004. São pro-nunciamentos prévios do TCE denatureza interpretativa de direitoem tese, em matéria de competên-cia do órgão.

    A consolidação dos prejulgadostambém subsidia os auditores fiscaisde controle externo do TCE na pre-paração dos relatórios técnicos e osrelatores, na elaboração de seuspareceres e votos. O objetivo éuniformizar a interpretação sobre aaplicação de normas legais quedevem ser observadas por quemadministra recursos públicos, maté-ria sujeita à fiscalização do Tribunalde Contas.

    Saiba Mais

    Vale lembrar que o leitor deve ficar atento aosprejulgados revogados e reformados após a datade 9 de agosto de 2004. Para verificar eventuaisalterações, basta acessar ao link Decisões emConsultas, na página principal do site TCE(www.tce.sc.gov.br). O sistema informatizado,disponibiliza os novos pronunciamentos doTribunal Pleno na resposta às consultasencaminhadas por gestores públicos.

    refa de fiscalização através davisita de estudantes. Além de di-vulgar o trabalho da Corte cata-rinense e de possibilitar a per-manente troca de experiênciasno âmbito de todo o controle ex-terno, as iniciativas têm por ob-jetivo garantir a transparência dagestão pública e promover a ci-dadania.

    Para onde vai o seu dinheiro 2: versão simplificada das contas do Governo

    O segundo número da sé-rie Para onde vai o seu dinhei-ro, versão simplificada do pa-recer prévio do Tribunal deContas de Santa Catarina so-bre as contas do governo doEstado, já foi disponibilizadaaos gestores públicos e à po-pulação.

    A obra explica, de forma cla-ra e objetiva, como foram aplica-dos os recursos públicos pelaadministração estadual no exer-cício de 2003. O objetivo é atin-gir o público leigo, através dasimplificação da linguagem, pro-mover a transparência e contri-buir para a cidadania.

    Com 130 páginas, o Paraonde vai o seu dinheiro 2 aliatexto jornalístico com as chargesdo cartunista catarinense FrankMaia para mostrar como o go-verno gasta os recursos arreca-dados através do pagamento deimpostos.

    Em oito capítulos são abor-dadas questões como o atendi-mento às funções primordiais doEstado (saúde, segurança eeducação), a criação de secre-

    tarias regionais e o cumprimen-to da Lei de ResponsabilidadeFiscal, além das ressalvas e re-comendações apontadas peloTCE no parecer prévio.

    O próximo número da série

    — Para onde vai o seu dinheiro3 — já está em fase final de ela-boração e deverá ser distribuí-do e disponibilizado no site(www.tce.sc.gov.br) do Tribunalde Contas, no início de 2006.

    Reprodução ACOM

    Reprodução ACOM

  • 15Informativo do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina | Dezembro | 2005

    Saiba Mais

    A exemplo dos números anteriores, esta edição traz na capa a obra de mais um artista consagrado no cenário das artes plásticas catarinenses. Destavez, está sendo estampado o quadro Escola de Samba (1963), do pintor Hiedy de Assis (1926-2001), obra que pertence ao acervo do Museu de Arte deSanta Catarina (MASC).

    Ampliar a transparência dasatividades de controle externo re-alizadas pelo Tribunal de Contase promover o intercâmbio de co-nhecimentos entre órgãos públicose instituições de ensino superior doEstado. Essas são as principaismetas da Corte catarinense, aoeditar o quarto número da Revis-ta do TCE de Santa Catarina.

    Em 191 páginas, a edição es-pecial abre espaço para conteú-

    Revista 4: fonte de informações e de troca de experiências sobre o controle externo

    dos das palestras proferidas du-rante o “Fórum de Controle Ex-terno da Administração Pública”.Realizada no ano passado, nasede do Órgão, a iniciativa é frutoda parceria do TCE e da Univer-sidade do Vale do Itajaí.

    Destaque para os princípiosconstitucionais relacionados aocontrole externo, inovações naárea de auditoria, em especial naavaliação de desempenho e de

    gestão dos programas governa-mentais, a aplicação da Lei deResponsabilidade Fiscal, o papelda Lei de Improbidade Administra-tiva como fator de aproximaçãoentre o Ministério Público e o Tri-bunal de Contas e as repercus-sões da Emenda Constitucional no

    41/03 sobre a situação dos servi-dores ativo e inativos e o devidoprocesso legal na apuração daresponsabilidade por dano ao

    A Corte de Contas catari-nense foi pioneira no Brasil aveicular um programa paratodo o Estado em canal abertode televisão. Com linguagemde fácil compreensão, o TCECidadão mostrou, de setembrode 2004 a setembro de 2005,período em que esteve no ar,para que serve o Tribunal deContas de Santa Catarina ecomo o cidadão pode interagircom o órgão, na tarefa de fis-calizar a aplicação dos recur-sos públicos.

    TCE Cidadão: interação coma sociedade

    A partir da utilização da te-levisão, o TCE buscou darmaior transparência à gestãopública, já que o órgão é oresponsável pela análise dascontas do Estado e dos 293municípios catarinenses, pelafiscalização das obras e pelaorientação aos administrado-res públicos. A idéia era incen-tivar a população a exercerseus direitos e deveres, esti-mular a cidadania e operacio-nalizar o chamado controlesocial.

    Transparência: programa era transmitido todos os sábados

    Tempo Editorial

    Portas Abertas: um estímulo à interatividadena tarefa de fiscalização

    Estimular o conhecimento datarefa de controle das contas públi-cas de estudantes também tem sidouma das iniciativas do Tribunal deContas dentro da política de PortasAbertas. Através de visitas, em es-pecial, de estudantes universitáriosà sede do Órgão, em Florianópolis,são repassadas informações sobrea estrutura, competências e o funci-onamento do TCE na fiscalizaçãodos recursos públicos.

    Mas a visita de alunos da 7a

    série do Conjunto Educacional Dr.Blumenau, de Pomerode, no últimodia 22 de setembro, abriu uma

    nova “porta” de interação entre oTribunal e sociedade e mais umaforma de mostrar como a populaçãopode ajudar na denúncia de irregu-laridades com o dinheiro público.

    Os adolescentes participam doprograma de estímulo ao conheci-mento de controle de contas públi-cas, abordado pela professora deHistória, Suzana A. Gattringer.“Existe o interesse dos alunos emsaber quem fiscaliza as contas doprefeito. Ao responder essas per-guntas, tive a idéia de trazê-los aoTCE para o conhecimento e apro-ximação dos alunos com o órgão.”

    Visita: 33 alunos da 7a série do Conjunto Educacional Dr. Blumenau, de Pomerode,assistem à palestra do diretor de controle dos municípios, João Luiz Gattringer

    Valdelei Rouver/ACOM

    Reprodução ACOM

  • 16 Dezembro | 2005 | Informativo do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina

    i n for meCongresso 1Delegação de conselheiros e técnicos do TCEde Santa Catarina, liderada pelo presidenteOtávio Gilson dos Santos, marcou presença no23o Congresso dos Tribunais de Contas doBrasil e do 1o Congresso Internacional dosSistemas de Controle Externo Público,realizado em Gramado (RS), entre os dias 09 e14 de outubro.

    Congresso 2Em discussão, o papel do controle externo dascontas públicas, em especial, o dos TCs dentrodo contexto atual, em que atos de corrupçãoestão vindo à tona, e a necessidade deaprimoramento da atuação para dar umaresposta mais rápida à sociedade. Na ocasião,o conselheiro Salomão Ribas Junior falou sobre“Auditoria social: o papel do controle externo naavaliação da responsabilidade social do Estadona aplicação dos recursos públicos”.

    Congresso 3Durante o Congresso, os conselheiros-corregedores aprovaram a criação do Colégiode Corregedores e o Estatuto da nova entidade.Na oportunidade, também foi eleita a primeiradiretoria do Colégio de Corregedores. Entre osmembros estão: Fernando Correia (TCE/PE),presidente; Helio Saul Mileski (TCE/RS), vice-presidente, e Flávio Sátiro (TCE/PB), comosecretário-executivo.

    AposentadoriaA sessão do Pleno, de 26 de setembro, marcou a despedida do conselheiro Luiz Suzin Marini do CorpoDeliberativo do Tribunal de Contas de Santa Catarina, com a assinatura do ato de aposentadoria pelopresidente Otávio Gilson dos Santos. Na oportunidade, conselheiros e servidores prestaram as últimashomenagens, prestigiadas por funcionários inativos, ex-parlamentes — entre eles os ex-governadoresIvo Silveira e Colombo Salles — e familiares.

    13o salário 1Os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, oTribunal de Contas e o Ministério Público podemempenhar, mensalmente, a despesa com opagamento do 13o salário de seus servidores. Oentendimento é do Tribunal de Contas de SantaCatarina, em resposta à consulta formulada pelopresidente da Câmara de Canoinhas, Beto Faria.Decisão do Pleno (no 1908/2005), aprovada em 27de julho, aponta a necessidade do valor estarregistrado nos relatórios de controle de despesacom pessoal dos Poderes e órgãos. No processo(CON — 05/01005307) relatado pelo conselheiroOtávio Gilson dos Santos, a consultoria geraldestaca que a adoção do entendimento é da“alçada única e exclusiva do agente público”.

    13o salário 2Para o TCE, cabe ao chefe do Poder ou órgão, oua quem for delegado por ele, a decisão de manterconta corrente bancária específica para o saquedos valores correspondentes aos pagamentos. Acontabilização do empenhamento e do pagamentodeverá seguir as normas da Lei no 4.320/64, daPortaria Interministerial no 163/01 e de legislaçãopertinente, conforme o método que melhor atendaàs necessidades de registro das operaçõescontábeis aplicadas pela unidade gestora.

    Remuneração 1Servidor público pertencente ao quadropermanente de pessoal de umamunicipalidade, quando nomeado paraexercer a função de secretário municipal,poderá optar pela remuneração do cargoefetivo ou pelo subsídio previsto parao titular da Pasta. O entendimento é doTribunal de Contas de Santa Catarina, emresposta à consulta formulada pelo prefeitomunicipal de Jaborá, Violar Pretto. Emdecisão (no 1758/2005) aprovada no dia 18de julho, o Pleno ressaltou que se o agentepolítico escolher o subsídio de secretário, aremuneração deve ser efetuada sem asvantagens inerentes ao cargo de provimentoefetivo.

    Remuneração 2Ao relatar o processo (CON — 05/00795495), a então auditora substituta deconselheiro, Thereza Marques, ressaltouque, apesar da Constituição Federalprever indenização compensatória aservidor público estatutário, esse dispositivonão encontra amparo constitucional noEstatuto dos Servidores Públicos damunicipalidade.

    Valdelei Rouver/ACOM

    HOMENAGEM: Marini recebe a Medalha do Mérito Funcional, categoria Especial, e umaplaca pelos serviços prestados nos 10 anos em que ocupou o cargo de conselheiro

    CondecoraçãoA Corte catarinense homenageou, em 07 deoutubro, o conselheiro da Câmara de Contas deMadri (Espanha), Ramón Muñoz Alvarez, coma “Medalha do Mérito do Tribunal de Contas doEstado”. Aprovada por unanimidade pelo Pleno,a concessão da comenda foi uma iniciativa doex-presidente do TCE, Salomão Ribas Junior,como reconhecimento aos relevantes serviçosprestados pelo homenageado aodesenvolvimento e aperfeiçoamento dasinstituições de controle público.

    CONTRIBUIÇÃO: conselheiros enaltecem o trabalhode Alvarez, essencial para o fortalecimento dasatividades de controle externo em Santa Catarina,no Brasil e no mundo

    Douglas Santos/DEIN