Cosmeticos Trab. Escrito

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    INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIAS E TECNOLOGIADO TRINGULO MINEIRO

    Campus Uberaba Unidade I

    COSMTICOS

    Integrantes:Bianca Borges FerreiraDiego Sousa RodriguesJessica Oliveira SilvaThiago Lcio Ribeiro

    Professora: Patrcia Gontijo

    Uberaba-MG/2013

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    Histria

    Os primeiros registros tratam dos egpcios, que pintavam os olhos com sais deantimnio para evitar a contemplao direta dos Deus R, representado pelo sol.

    A histria dos cosmticos comea com os homens pr-histricos, que h 30 mil anos pintavam o corpo e se tatuavam.Usavam para isso terra, cascas de rvores, seiva de folhasesmagadas e orvalho. Na Antiguidade, placas de argilaencontradas em escavaes arqueolgicas na Mesopotmiatrazem instrues sobre asseio corporal, j mostrando aimportncia dada higiene. Mas tudo indica que foram osegpcios os primeiros a usar os cosmticos e produtos detoucador em larga escala. H milhares de anos eles j

    empregavam leo de castor como blsamo protetor e tinham ohbito de tomar banho usando como sabo uma mistura

    perfumada base de cinzas ou argila. Tambm usavam o khol (pigmento preto), umminrio de antimnio ou mangans; o verde de malaquita, um minrio de cobre, e ocinabre, um minrio de sulfeto de mercrio, para pintar os olhos e a face.Os antigos egpcios tambm usavam extratos vegetais, como a henna. Eles tinham

    caixas de toalete para guardar seus cosmticos, e enterravam os faras junto com seuscremes e poes de beleza. No sarcfago de Tutankhamon (1400 a.C.) foramencontrados cremes, incenso e potes de azeite usados na decorao e no tratamento.

    Na Grcia antiga os banhos eram uma prtica comum, e a higiene e o asseio eram

    valorizados. Nos manuscritos de Hipcrates j se encontram orientaes sobre higiene,banhos de sol e de gua e a importncia do exerccio fsico. As palavras cosmtico ecosmtica originam-se do grego kosmtikos hbil em adornar e do latimcosmetorium, ou de Cosmus, perfumista romano famoso do sculo I, que fabricava ocosmianum, ungento antirrugas de grande fama, alm de vrios preparados. Durante oImprio Romano, um mdico grego chamado Galeno de Prgamo (129 a 199 d.C.)desenvolveu um precursor dos modernos cremes para a pele a partir da mistura de cerade abelha, leo de oliva e gua de rosas. Galeno deu o nome de Unguentum Refrigeransa seu produto, na verdade um cold cream. O creme se funde em contato com a pele,

    liberando a fase interna aquosa, o que produz uma sensao refrescante. A mesmafrmula ainda utilizada atualmente nas emulses de gua em leo. Existem evidencias

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    arqueolgicas do uso de cosmticos para embelezamento e higiene pessoal desde 4000anos antes de Cristo.

    Idade Mdia

    Com a decadncia do imprio romano veio a Idade Mdia, um perodo em que o rigorreligioso do cristianismo reprimiu o culto higiene e a exaltao da beleza. Os hbitosde higiene foram abandonados porque o cristianismo ensinava que os males do corpo s

    poderiam ser curados com a interveno divina. A chamada Idade das Trevas foi muitorepressiva na Europa, e o uso de cosmticos desapareceu completamente. As Cruzadasdevolveram a este perodo alguns costumes do culto beleza, j que os cruzadostraziam do oriente cosmticos e perfumes. Alm disso, no incio do perodo medieval aocupao rabe na Pennsula Ibrica fez com que certos hbitos de higiene fossemmantidos em cidades como Crdoba, Sevilha e Granada por questes religiosas: casas

    de banho, redes de esgoto e a limpeza pblica continuaram a existir em alguns lugarespor conta da religio dos muulmanos.

    No restante da Europa, no entanto, cidades e casas eramfocos de sujeira, e as pessoas tomavam um banho a cadaano. A higiene pessoal resumia-se a lavar as mos e orosto antes das refeies e limpar os dentes com um pano.Acreditava-se nessa poca que a gua deixaria a pelesuscetvel a doenas, j que abriria os poros, permitindo aentrada de doenas. O padro de beleza da poca

    privilegiava a palidez, e as mulheres espalhavamcompostos de arsnico e chumbo sobre a face para clare-la. Sem dispor de cosmticos,elas usavam apenas leite, vinho, lama e ps sobre a pele. Em torno do ano 1300, naInglaterra, cabelos tingidos de vermelho entram na moda.

    Idade Moderna

    O Renascimento, a inveno da tipografia e o descobrimento da Amrica, no sculoXV, do incio a uma nova era, a Idade Moderna. O Humanismo, que coloca o homem

    como centro do universo, e o retorno aos valores da antiguidade clssica preconizadopelo Renascimento, trazem de volta a busca pela beleza e o florescimento das artes e doconhecimento. A religiosidade perdia fora, e os pintoresmostravam as mulheres saudveis e belas. A Mona Lisa, deLeonardo da Vinci, aparece sem sobrancelhas, face ampla e alva,com tez suave e delicada. Michelangelo retrata na Capela Sistinaos anjos, apstolos, Maria e outros personagens bblicos comaparncia clara, jovial, e a beleza em sua plenitude.Itlia e Frana despontam como grandes centros produtores de

    cosmticos, que so usados apenas pela aristocracia europeia porconta do alto preo. O arsnico passa a ser empregado como p

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    facial em substituio ao chumbo. No sculo XVI as mulheres europeias tentam clareara pele usando uma grande variedade de produtos, incluindo tinta branca base dechumbo. A Rainha Elizabeth I, da Inglaterra, que usava tinta branca com chumbo norosto, popularizou o estilo chamado Mscara da Juventude.Cabelos louros ganham popularidade porque so considerados angelicais. Os cabelos

    eram clareados com uma mistura de enxofre negro, alume e mel e deixados ao sol.Porm, a falta de higiene persiste, e os perfumes so criados para mascarar o forte odorcorporal. A perfumaria ganha fora na Frana e adquire grande importncia para aeconomia francesa desde o reinado de Luiz XIV (1638-1715) utilizando ingredientesnaturais. O perfume ganha fora porque os europeus so aconselhados pelos mdicos atomar apenas um ou dois banhos por ano. A higiene, diziam os mdicos, estariagarantida se fossem usadas apenas roupaslimpas, j que lavar o corpo todo eradesaconselhado para evitar as doenas.

    As inovaes tcnicas do setor qumicoimpulsionam a indstria de cosmticos.Em Paris, na Rua Saint Honor, lojasvendiam cosmticos, depilatrios,

    pomadas, azeites, guas aromticas,sabonetes e outros artigos de beleza. Mas ogrande salto dos perfumes s aconteceuquando o italiano Giovanni MariaFarina, em 1725, estabeleceu-se em

    Colnia, na Alemanha, e criou a maisantiga perfumaria do mundo. Ldesenvolveu o perfume que chamou deEau de Cologne em homenagem cidadeque o acolhera. O perfume de Farina setornou o preferido das casas reaiseuropeias do sculo XVIII, foi copiadomundo afora, e a denominao gua decolnia virou sinnimo de perfume a partirda.Mesmo passada a Idade Mdia, uma nova onda de restries ao embelezamento iria

    acontecer na Europa. Na Inglaterra do sculo XVI, o Puritanismo, liderado por OliverCromwell (1599-1658), provocou um perodo de obscurantismo, durante o qual o usode cosmticos e perfumes foi banido. Mais tarde, em 1770, o parlamento ingls editariaum ato que restringiria o uso de cosmticos. Ele estabelecia: qualquer mulher que... seimponha, seduza e atraia ao matrimnio qualquer um dos sditos de Sua Majestade porutilizar pinturas, perfumes, cosmticos, produtos de limpeza, dentes artificiais, cabelosfalsos, espartilho de ferro, sapatos de saltos altos, enchimento nos quadris, ir incorrernas penalidades previstas pela Lei contra a bruxaria e o casamento ser considerado

    nulo e sem validade.

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    Idade Contempornea

    Com o incio da Idade Contempornea, nosculo XIX, os cosmticos retomaram a

    popularidade. Eles ainda eram feitos emcasa, e cada famlia tinha suas receitasfavoritas para preparar sabonetes, gua derosas e creme de pepino. Com a evoluodos costumes as mulheres passaram a exporum pouco mais o corpo, mas mesmo assim

    ainda tomavam banho utilizando roupas longas. Indstrias comearam a fabricar asmatrias-primas para a produo de cosmticos e produtos de higiene nos EstadosUnidos, como a Colgate, na Frana, Japo, Inglaterra e Alemanha.Os principais marcos da preparao de bases para cremes no sculo XIX incluem a

    introduo da lanolina purificada por Liebreich e da vaselina por Cheseborough em1870. Os sales de beleza ganham popularidade, mas muitas mulheres preferem entrar

    pela porta dos fundos para no sugerir que precisem de ajuda para parecer mais jovens.No comeo do sculo XX os cosmticos passaram da produo caseira para fabricao

    em quantidades maiores. A liberao da mulher foi o fator fundamental para o sucessodos cosmticos prontos, j que elas no tinham mais tempo para produzi-los em casa.Assim, uma nova indstria surgiria para suprir esta demanda. Paralelamente a esse

    progresso tecnolgico, os conhecimentos cientficos contriburam decisivamente para odesenvolvimento de numerosas frmulas de preparaes mais eficientes e seguras

    O surgimento dos grandes nomes

    David McConnell vendia livros de porta em porta, edava uma pequena amostra de perfume a cada venda. Elelogo viu que seus clientes estavam mais interessados nos

    perfumes do que nos livros, e abriu a CaliforniaPerfumes, em Nova York, em 1886. A empresa mais

    tarde seria rebatizada de Avon.

    Uma jovem polonesa chegada em Melbourne em 1902 levavapotes de creme de fabricao familiar que auxiliava no cuidado dapele castigada pelo clima quente e seco da Austrlia. Esta jovem, chamada HelenaRubinstein, abriu sua primeira loja na rua Collins, em Melbourne e mais tarde mudou-se para os Estados Unidos. Sua contribuio foi grandiosa para a emergente indstriacosmtica.A principal concorrente de Helena Rubinstein foi Florence Nightingale Graham, mais

    conhecida como Elizabeth Arden, uma canadense que em 1910 abriu seu primeirosalo Red Door em Nova York e criou um imprio com filiais em todo o mundo. Ambasforam desafiadas por Charles Revlon, que estabeleceu sua empresa, a Revlon,inicialmente com apenas um produto, conhecido ento como verniz de unha.

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    O primeiro creme para pele que utilizava gua em leo foi produzido em 1911; era ocreme Nvea. O nome faz referncia cor branca do creme e relaciona-o neve. Na

    primeira dcada do sculo XX, o imigrante polons Max Factor comeou produzindomaquiagem para teatro, na costa oeste dos Estados Unidos, mas logo percebeu o

    potencial de consumo entre as mulheres, e passou a fabricar seus produtos em 1920 paraeste mercado.A palavra cosmetologia foi criada pelo Dr. Aurel Voine, durante o Congresso

    Internacional de Dermatologia de 1935 em Budapeste. Segundo ele, cosmetologia oconjunto das cincias do embelezamento e suas implicaes dermatolgicas, biolgicas,qumicas, farmacuticas, mdicas e mdico-sociais.

    Sculo XX

    Nas ltimas dcadas do sculo XX a maquiagem passa a acompanhar de perto as coresda alta costura, e o filtro solar ganha importncia para prevenir os danos provocados

    pelo excesso de sol. Os consumidores tornam-se cada vez mais exigentes: queremressaltar sua beleza natural com frmulas mais leves e obter resultados mais rpidos; seantes esperava-se um ms para ver os resultados de cremes e loes, agora os benefciosaparecem em at 24 horas. Os cosmticos no apenas cobrem as imperfeies, mascontrolam rugas e escondem as marcas do tempo. A partir de 1990 comea a batalhacontra a celulite com o uso de cremes especficos, e bastante caros. Tambm o tempodos auto-bronzeadores. Celebridades, esportistas, atrizes e modelos lanam suas

    prprias linhas de cosmticos para ousar em relao a cores e tons de maquiagens.Isabella Rossellini, demitida como modelo oficial da Lancme por estar ?muito velha?aos 43 anos, lana um manifesto garantindo que mulheres de todas as idades podem ser

    belas. Surgem os cosmticos multifuncionais, como o batom e o condicionador comprotetor solar e o hidratante que previne o envelhecimento.Uma das maiores revolues do sculo XX data de 1995, quando a nanotecnologia entra

    pela primeira vez na frmula dos cosmticos. A Lancme, diviso de produtos de luxoda L?Oreal, lana um creme facial com nanocpsulas de vitamina E para combater oenvelhecimento usando uma frmula desenvolvida e patenteada pela Universidade de

    Paris. A partir da as maiores empresas mundiais de cosmticos comeam a investir empesquisa e desenvolvimento de diversas linhas de produtos que utilizam ananotecnologia.Outra caracterstica dos anos 90 foi o fortalecimento de linhas de produtos feitos com

    ingredientes naturais. Ingredientes amaznicos, como a castanha do par, guaran eandiroba, ganham espao na preferncia dos consumidores em produtos como cremes,xampus e perfumaria. Mais uma vez o trabalho dos qumicos importante paraobteno dos extratos puros das plantas, de protenas a baixo custo e criao de novossistemas de transferncia de ativos.

    Sculo XXI

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    Os nanocosmticos entram no sculo XXI j como um setor especfico da indstriaqumica juntamente com os produtos de higiene pessoal e perfumaria. A produo denanocosmticos est mundialmente inserida na indstria de cosmticos convencionais,constituindo, de maneira geral, uma linha de produtos diferenciados. Um nanocosmtico

    pode ser definido como sendo uma formulao cosmtica que veicula ativos ou outrosingredientes nanoestruturados com propriedades superiores em sua performance emcomparao com produtos convencionais. A escala nanomtrica corresponde

    bilionsima parte do metro. Os nanocosmticos tm vrias vantagens sobre oscosmticos convencionais, como melhor penetrao nas camadas mais internas da peleonde os ativos so mais necessrios, e uma distribuio mais homognea dassubstncias. Por exemplo, formulaes de protetores solares com TiO2 nanoparticulado

    prometem tornar esses produtos mais eficientes.Alm da nanotecnologia, o que marca o sculo XXI o envelhecimento da populao,

    que junto traz a tendncia de as pessoas quererem parecer mais jovens. Com isso, oscremes anti-idade ganham importncia. Os alfa-hidroxicidos, utilizados em cremes

    para renovar a pele, tendem a ser substitudos por enzimas, que so mais eficazes. Ascirurgias cosmticas e tratamentos como implantes de colgeno e injees de botox parareduzir rugas e marcas de expresso so outro fenmeno da atualidade.Na maquiagem, o uso de matria-prima mineral para a pintura de pele ganha fora com

    o aprofundamento das pesquisas e a explorao das propriedades presentes nas argilas,nos xidos, dixidos, micas, malaquitas, no magnsio e at em pedras semipreciosas,como a ametista, a safira e a turmalina. O dixido de titnio pigmento branco

    usado em praticamente todas as maquiagens e tambm na fabricao de protetoressolares, j que cria uma barreira sobre a pele, bloqueando de forma fsica a radiaosolar.

    O que um Cosmtico?

    Cosmticos so substncias, misturas ou formulaes usadas para melhorar ou praproteger a aparncia ou o odor do corpo humano. No Brasil, eles so normalmentetratados dentro de uma classe ampla, denominada produtos para a higiene e cuidado

    pessoal. No passado, cosmticos tinham o principal objetivo de disfarar defeitosfsicos, sujeira e mau-cheiro.

    Principais Produtos

    Os cosmticos no Brasil so controlados pela Cmara Tcnica de Cosmticos da

    ANVISA (CATEC/ANVISA) e pela Resoluo RDC n 211, de 14 de julho de 2005.

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    A definio oficial de cosmticos adotada por essa Cmara compreende todos osprodutos de uso pessoal e perfumes que sejam constitudos por substncias naturais ousintticas para uso externo nas diversas partes do corpo humano com o objetivoexclusivo ou principal de limp-los, perfum-los, alterar usa aparncia, corrigir odorescorporais, proteg-los, e/ou mant-los em bom estado.Os produtos do setor so divididos em 4 categorias e 2 grupos de risco, de acordo comas Resolues 79/2000 e 355/1999.

    Categorias:

    Produtos para higiene;Cosmticos;Perfumes; eProdutos para Bebs.

    Grupos de Risco:

    Risco Nvel 1: Risco MnimoRisco Nvel 2: Risco Potencial

    Matrias-Primas mais comuns na indstria dos cosmticos:

    A Qumica dos Cabelos

    A melanina uma protena presente no crtex dos fios que forma cadeias que originamfibras ao longo do cabelo. A cor dos cabelos depende da combinao destes tipos de

    melanina: Eumelanina: cabelo castanho e preto

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    Feomelanina : cabelo castanho avermelhado e louroAs tinturas empregadas para mudar a cor dos cabelos podem ser de origem natural ousinttica e so classificadas em temporrias, progressivas, semipermanentes ou

    permanentes. Veja cada uma:

    Temporrias: Como o prprio nome diz, mudam a cor do cabelo por um perodocurto, pois saem com o uso dos xampus. Isso acontece porque so compostos de cidode alta massa molar que no penetram na fibra do cabelo, ficam apenas na superfcie;

    Progressivas: Sua composio se baseia em solues aquosas de saismetablicos. Um exemplo desse tipo de tintura so as que contm o elemento chumbo(Pb). Essa tcnica uma das mais antigas, sendo que no perodo greco-romanoutilizava-se bastante o xido de chumbo (PbO) misturado ao hidrxido de clcio[Ca(OH)2] e um pouco de gua. O chumbo reage com o enxofre das protenas docabelo, formando o sulfeto de chumbo, que tem a cor preta.

    uma tintura que permanece mais tempo que as outras, porm tem um aspectonegativo: o chumbo um metal pesado, que pode acumular no organismo levando a

    problemas de sade, como leses neurolgicas, estomacais e atosteoporose. Entretanto, no existem evidncias que comprovem a relao entre astinturas de cabelo e o cncer.

    Quanto utilizao de acetato de chumbo em tinturas capilares progressivas, o parecerTcnico da ANVISA (Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria) diz que os estudoscientficos indicam que h uma baixa absoro desta substncia pelo couro cabeludo,mas o seu uso deve ser limitado pelas seguintes restries:1. O contedo de chumbo no produto final no deve exceder 0,6%;

    2. O produto no pode ser usado para colorao de bigodes, sobrancelhas e cliosou nos pelos de outras partes do corpo, ou seja, o produto deve ser aplicadoexclusivamente nos cabelos do couro cabeludo. Semipermanentes: Penetram parcialmente nas fibras dos cabelos, permanecendoum tempo um pouco maior que as tinturas temporrias, porque o pigmento se oxida nointerior da fibra promovendo a cor e, dessa forma oxidada, mais difcil de atravessar afibra. Geralmente empregada junto com a gua oxigenada, que promove a oxidao.Um exemplo a henna, tambm empregada h muito tempo. Ela extrada da espcievegetal Lawsonia inermis, sendo que seu princpio ativo a lawsona (2- hidrxido-1,4-naftoquinon), que confere a cor que vai do castanho ao avermelhado. Permanentes: Assim como as anteriores, penetram na fibra do cabelo, sofrendooxidao com a gua oxigenada, mas por serem molculas pequenas, que se unem e doorigem a grandes estruturas, o resultado que elas permanecem mais tempo no interior

    da fibra. Alm do chumbo mencionado logo mais acima, as tinturas contm outrassubstncias que podem ser txicas para pessoas sensveis e alrgicas, tais como a

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    amnia. Para evitar isso melhor fazer sempre um teste antes, aplicando um pouquinhodo produto na pele e esperando para ver se ocorre ardncia ou vermelhido. Se issoocorrer, no use o produto.

    Sabes e detergentes, sintticosSendo constitudos por steres, as gorduras animais e os leos vegetais so insolveisem gua, reagindo com solues alcalinas, de hidrxido de potssio ou sdio formandoo sabo. Essa reao um dos processos orgnicos mais antigos usado pelo homem.Conhecida tambm como reao de saponificao.A frmula geral do sabo R-CO-ONa, sendo R uma cadeia carbnica de 12 a 18tomos de carbono, sendo essa cadeia longa cadeia de carbono a caracterstica maisimportante do sabo, Possui uma extremidade carregada (que atrada pela gua) eoutra que no se solubiliza na gua.

    Um exemplo o, estearato de sdio visto abaixo:

    Ao agitarmos um sabo em gua, formamos um sistema coloidal, com agregados quedenominamos micelas. Em uma micela, as cadeias decarbono (lipoflicas) volta-se para o centro e as partes comcarga (hidroflicas) ficam em contato com a gua. Os ons(Na+) ficam na gua.Geralmente, o sabo so sais de sdio solveis em gua(formando micela). J os sais de Ca2+, Mg2+ ou Fe3+ soinsolveis em gua, no podendo ser usado com eficcianum meio que contenha esses ons (gua dura); uma vez

    nesse caso os sais insolveis precipitam a equao qumicaque nos mostra isso :

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    2C17H35-CO-ONa+(aq) + Ca2+(aq) (C17H35-CO-O)2Ca(s) + 2Na+(aq)

    Por causa dos problemas relacionados ao uso de sabes comuns em gua dura levaram acriao de detergentes sintticos. Assim como os sabes tem uma parte orgnica e umgrupo com carga na extremidade da cadeia. Quando os detergentes tm cadeias comcarga positiva, so denominados catinicos; quando a carga negativa, so aninicos;quando no tm carga so no-inicos, e quando possuem uma carga negativa e outra

    positiva so chamados detergentes anfteros.

    Qualquer composto que pode ser utilizado como agente de limpeza pode ser chamadode detergente. O sabo tambm e um detergente mais so os sintticos que recebem essenome. Agente tensoativo qualquer composto que reduz a tenso superficial da gua,

    permitindo que leos e gorduras possam ser emulsionados.Os detergentes sintticos no Brasil contem alquil-benzeno-sulfato de sdio, de

    cadeia linear:

    Alguns tipos de detergentes sintticos aninicos utilizam os sulfatos de alquila edodecilbenzenossulfonato de sdio, sendo superiores na ao de limpeza porque noformam sais insolveis com Ca2+, Mg2+ ou Fe3+, como por exemplo, o sulfato sdicode laurila:

    CH3-CH2-CH2-CH2-CH2-CH2-CH2-CH2-CH2-CH2-CH2-CH2-O-SO2 Na+

    Os detergentes sintticos catinicos so usados como condicionadores capilares (cremerinse) e tambm como amaciantes de roupas.

    Xampus

    Os xampus so materiais utilizados na limpeza dos cabelos e contm em suas

    formulaes um ou mais tipos de detergentes sintticos (alm de outras substncias, tais

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    como perfumes, conservantes, espessantes etc) que tm como funo, como veremosaseguir, remover a gordura do cabelo.A gordura aparece no cabelo na forma de sebo, um material que contm em suacomposio, basicamente, 50% de glicerdeos, 20% de cera, 10% de esqualeno, umhidrocarboneto de frmula C30H50 e 5% de cidos graxos. O sebo exerce algumasfunes importantes, como revestir a cutcula (a camada mais externa do cabelo),

    prevenindo aperda de gua do interior do fio capilar gua que mantm o cabelomacio e brilhante. O revestimento tambm faz o cabelo parecer liso, alm de prevenir odesenvolvimento de bactrias.O sebo secretado pelas glndulas sebceas localizadas no couro cabeludo e age nascutculas por capilaridade no fio capilar. O excesso e o acmulo de sebo podem dar aocabelo uma aparncia gordurosa e, por ser um material pegajoso, acumula poeira emateriais estranhos ao cabelo.Cada fio de cabelo constitudo basicamente de protenas formadas por cadeias longas

    e paralelas de aminocidos ligados entre si. H trs modos pelos quais elas podemconectar-se umas s outras: por ligaes de hidrognio, por ligaes inicas entregrupos cidos e bsicos e por ligaes dissulfeto. Esses trs tipos so chamados deligaes laterais de cadeia e so responsveis pelas interaes inter e intracapilar.

    Ao dos xampus sobre os cabelos

    Como o xampu consegue remover a sujeira dos cabelos?Em condies ideais, a pele humana tem uma camada naturalmente cida, com pH entre

    3 e 5, enquanto o pH do cabelo est entre 4 e 5. A acidez deve-se produo de cidosgraxos pelas glndulas sebceas. Assim, o uso de determinados tipos de xampus pode

    produzir no pH do cabelo mudanas que promovero alteraes na estrutura capilar. Emsolues fortemente cidas, em que o pH est entre 1 e 2, ambas as ligaes dehidrognio e inica so quebradas, devido protonao dos grupos carboxila ecarbonila nas cadeias de protenas (ver Fig. 2). As ligaes dissulfeto, entretanto,conseguem manter as cadeias de protenas juntas no fio de cabelo. Em solueslevemente alcalinas (pH 8,5), algumas ligaes dissulfeto so quebradas.Consequentemente, a cutcula apresenta um aspecto spero. Essa aspereza deixa o

    cabelo sem nivelamento, tornando-o opaco. Repetidas lavagens com xampus levementealcalinos prejudicaro o cabelo, pois quebraro cada vez mais ligaes dissulfeto,resultando em fios com mais de uma ponta. Em pH 12, uma soluo fortementealcalina, todos os trs tipos de ligaes so quebrados, ocasionando eventuais quedas decabelos.A maior parte dos xampus modernos, denominados xampus cido balanceados, contmem suas formulaes ingredientes cidos cuja funo manter o pH do cabelo lavado

    prximo de seu pH natural. Este efeito obtido, por exemplo, adicionando-se formulao do xampu o cido ctrico, cuja funo neutralizar os efeito

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    http://www.crq4.org.br/historiadoscosmeticosquimicaviva

    Os gregos e romanos foram os primeiros povos a produzir sabes, que eram preparadosa partir de extratos vegetais muito comuns do mediterrneo, como o azeite de oliva eleo de pinho, e tambm a partir de minerais alcalinos obtidos a partir de moagem de

    rochas.Aps diversas invases brbaras o Imprio Romano sofreu uma queda,consequentemente a produo e utilizao de sabo declinaram acentuadamente.

    No Sculo 13, com a epidemia de peste negra, os banhos foram proibidos, pois amedicina da poca e o radicalismo religioso pregavam que a gua quente, ao abrir os

    poros, permitia a entrada da peste no corpo.Durante os 400 anos seguintes, os europeus evitaram os banhos e a gua era somenteusada para matar a sede. Lavar o corpo por completo era considerado um sacrilgio e o

    banho era associado a prticas lascivas. Mos, rosto e partes ntimas eram limpas com

    pastas ou com perfumes, e as prticas de higiene eram mnimas, o que muito contribuiupara o crescimento do uso da maquiagem e dos perfumes.O reconhecimento do benefcio da higiene pessoal cresceu ao longo do Sculo 19.Donas de casa dessa poca fabricavam cosmticos em suas prprias residnciasutilizando limonadas, leite, gua de rosas, creme de pepino etc.

    No Sculo 20, a indstria de cosmticos cresceu muito. Em 1910, Helena Rubisteinabriu em Londres o primeiro salo de beleza do mundo. Em 1921, pela primeira vez o

    batom embalado em um tubo e vendido em cartucho para as consumidoras. Entre asinovaes da indstria de cosmticos, destacam-se: os desodorantes em tubos, os

    produtos qumicos para ondulao dos cabelos, os xampus sem sabo, os laqus em

    aerossol, as tinturas de cabelo pouco txicas e as pastas de dentes com flor.

    http://www.crq4.org.br/historiadoscosmeticosquimicavivahttp://www.crq4.org.br/historiadoscosmeticosquimicaviva
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    Nos anos 50, polticas de incentivo trouxeram para o Brasil empresas, multinacionaisgigantescas, como a americana Avon e a francesa LOral. Essas empresas lanaramnovidades como a venda direta e produtos para o pblico masculino. A maquiagem

    bsica, que se compunha de p-de-arroz e batom, foi se diversificando e se sofisticando.Nos anos 90, surgem os cosmticos multifuncionais, como batons, protetores solares ehidratantes antienvelhecimento. Neste incio do sculo 21, os alfa-hidroxicidos,utilizados em cremes para renovar a pele, comeam a ser substitudos por enzimas, maiseficazes. Outra tendncia a descoberta de novas matrias-primas contendo vriasfunes. No momento atual, as pesquisas avanam na direo da manipulao gentica.