Cosmetologia - Desodorantes e Antitranspirantes

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  • 7/30/2019 Cosmetologia - Desodorantes e Antitranspirantes

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    Cosmetologia_Odores corporais

    Profs. Cristiano R., Fabiana G. e Patrcia C. 1 sem/2009 1/14

    1. Introduo

    O trabalho dirio e a vida em comum na sociedade moderna, exigem cuidados especiais para prevenira transpirao e os odores que a acompanham.

    A transpirao um fenmeno natural e indispensvel para o bom funcionamento do organismo .No entanto, quando excessiva provoca problemas no s pelos motivos ligados ao odor,mas tambm

    porque desconfortvel e pode provocar complicaes como leses cutneas.Por estas razes e possivelmente por outras, sempre houve a preocupao em controlar as secrees

    sudorparas. Em 1919 foi criado o comrcio para desodorantes e antitranspirantes e aes de marketingintroduziram a noo de que odor do corpo era ofensivo.

    Os produtos cosmticos utilizados para conter ou encobrir os odores corporais podem agir de 3maneiras:

    2. Glndulas sudorparas

    As glndulas excretoras de suor ou glndulas sudorparas so cerca de 3 milhes e se espalhampela superfcie corporal sob dois diferentes tipos: Glndulas sudorparas apcrinas e glndulassudorparas crinas.

    Essas glndulas so excrinas, tubulosas simples e enroladas mas no homem as glndulas

    sudorparas crinas e apcrinas so fundamentalmente opostas e o quadro a seguir demonstra essasdiferenas:

    Glndula Localizaoanatmica

    Histologia Secreo

    Apcrina AxilasRegio genital

    Anexa ao folculopilossebceo e se abre noinfundbulo piloso acima daglndula sebcea

    Lquido viscoso, leitoso, esbranquiadoou amarelado que contm lipdios

    crina Toda a pele(predomnio nasregies palmo-

    plantares, zonafrontal e peito)

    Desemboca diretamente nasuperfcie cutnea (poro)

    Suor

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    1- epiderme; 2- derme; 3- hipoderme; 4- glndula sudorpara crina; 5- glndula sudorpara apcrina; 6-glndula sebcea; 7- folculo piloso; 8- matriz do plo; 9- msculo eretor; 10- camada basal germinativa;11- camada crnea; 12- pelcula hidrolipdica; 13- poros da pele.

    2.1. Secreo apcrina

    As glndulas sudorparas apcrinas, em nmero muito inferior ao das crinas, esto localizadasem determinadas regies: axilas, pbis, regies genitais e paragenitais e, acessoriamente, no mamilo e nocanal auricular externo. Essas glndulas s se desenvolvem durante a infncia e so ativadas nomomento da puberdade. A estrutura dessas glndulas similar s glndulas crinas, no entanto, tem umtamanho maior particularmente na mulher. Elas so anexadas ao aparelho pilossebceo e o seu canal

    excretor vai desembocar na poro externa do canal que acompanha o pelo, acima da glndula sebcea.A secreo dessas glndulas acompanhada pela desintegrao de parte das clulas glandulares.O suor apcrino tem aspecto viscoso, branco leitoso e seu pH est situado na zona alcalina. resultantedo acmulo de grnulos que se juntam em longas extenses citoplasmticas formadas pela parte apicaldas clulas, que acabam por se fragmentar liberando seu contedo no canal sudorparo. Contmquantidade elevada de glicosaminoglicanas e protenas.

    A secreo proveniente das glndulas sudorparas apcrinas no de origem trmica, emocionalou provocada pela ao de estmulos. As glndulas no aparecem inervadas e o estmulo seria de ordemhormonal, dependendo de substncias adrenrgicas que, simultaneamente, determinam a contrao dasclulas mioepiteliais.

    O papel fisiolgico dessas glndulas no est bem determinado. Apesar da semelhana com asglndulas apcrinas de outros animais (o que levou hiptese de que o funcionamento e desenvolvimento

    seria dependente do aparecimento dos caracteres secundrios), no parecer que essas glndulas soframalguma modificao durante o ciclo menstrual , durante a gravidez ou aps a evoluo sexual.So elas, no entanto, as responsveis pelos odores caractersticos da transpirao, devido degradaodos produtos de secreo, em particular os de natureza protica, degradados pelas bactrias da superfcieda pele (Micrococcus albus).

    2.2 Suor

    Seu papel vital. O homem de fato homeotermo e regula sua temperatura em 37C, da qual nose afasta a no ser por 0,5C a mais ou a menos. o suor que tem o papel de eliminar o calor produzidopelo metabolismo de base e no curso das urgncias trmicas (temperatura exterior excessiva ou esforomuscular), sendo o nico meio de reduzir o calor.

    O suor constitudo por 99% de gua, outros componentes: NaCl e cido lctico; compostosnitrogenados (uria, cido rico, creatinina, amnia, colina, aminocidos) aminas e amidas; cidos graxos;elementos minerais; cido ascrbico e seu pH fica em torno de 3,8 5,6.

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    Numerosas outras substncias podem ser eliminadas pelo suor : metalides e metais (arsnio.Mercrio, iodo, bromo), sulfetos, lcool, ter, alcalides (ipeca, pio, quinina), essncias, etc.

    A secreo do suor desencadeada por estmulos de origem central ou perifrica, sendocontrolada pelo sistema nervoso simptico, podendo a excitao ser do tipo trmica ou psquica.

    A sudao trmica essencial para a termo-regulao. A sudao psquica desencadeada porvrios fatores: emoes, reflexos, etc. Contrariamente secreo trmica, aparece de forma rpida e totalabrangendo a totalidade dos glomrulos da regio. Esta sudao est na dependncia dos centros

    corticais que no tm papel algum na termo-regulao.As vrias regies do corpo no so igualmente sensveis aos 2 estmulos da sudao, sendo

    possvel esquematizar a classificao das glndulas sudorparas segundo o seu estmulo eletivo. Asglndulas palmo-plantares so sensveis ao estmulo psquico. As glndulas do tronco e dos membros sosensveis aos estmulos trmicos. Aas glndulas da fronte e das axilas so sensveis a ambos os tipos deexcitao.

    As substncias anticolinrgicas so os inibidores mais eficazes da secreo sudoral (atropina,isopropamida). Essas substncias aplicadas na superfcie da pele, tem ao na transpirao,inibindo aformao de suor. No entanto a sua ao tem por isso carter sistmico e seu emprego como anidrticotpico no aceito como vivel.

    A transpirao crina mais diluda e no fornece alta concentrao de nutrientes, mas espalha oscomponentes pelo EC e d umidade apropriada.

    Dessa maneira, pode-se resumir as vrias funes das glndulas crinas:- termo-regulao- excreo: o suor participa na eliminao de uma pequena poro de metablitos orgnicos, tais como auria e uratos.- evidenciar situaes de emotividade provocados por stress ou emoo.

    2.3. Suor e a higiene corporal

    O suor crino ou apcrino, no momento de sua produo, no apresenta nenhum odor significativo.Esse s de evidencia com o tempo e da, advm a necessidade de higiene.

    A higiene cuidadosa apresenta-se como a melhor forma e a mais inofensiva de evitar o odor

    corporal. Para os casos patolgicos em que ocorre a produo excessiva a soluo que se evidencia areduo da produo de suor e as solues mais comuns ou de ao interna so obtidas mediante certasdrogas parassimpaticolticas.

    O processo mais antigo para combater os odores desagradveis oriundos do suor e muito emmoda no tempo de Luis XIV, era o de mascarar esses odores com outros mais agradveis, que permitiamainda substituir, muito frequentemente, a higiene corporal.

    Embora o odor agradvel seja o objetivo desejado, necessrio tambm evitar, ou procurareliminar, as causas dos odores desagradveis.

    Entre as solues esto: antitranspirantes, desodorantes, inibidores enzimticos e absorventes deodores.

    3. Perfumes

    A arte da perfumaria parece ter conhecido antigas civilizaes. Encontra-se na Bblia aluses asubstncias perfumantes e mesmo frmulas de perfumes.

    O primeiro emprego que o homem fez dos perfumes foi religioso: na China, no Egito, na Prsia, a mirrae o incenso eram queimados nos altares e foi da que nasceu a palavra perfume ( a expresso latina perfumum significa pela fumaa).

    Os perfumes so solues mais ou menos concentradas de substncias volteis odorantes do lcool.Perfume de fato um termo genrico para designar uma mistura (ou composio) de leos

    essenciais, de absolutos e de substncias sintticas, diluda, em concentraes variveis, em lcool adiferentes graus. Obtm-se assim muitos tipos de perfumes:

    Parfum (extrato ou perfume): a forma mais concentrada, entre 20%-35% de compostos aromticos(essncia). Fixao de 12 horas.

    Eau de parfum (deo perfume): varia de 12-18% de compostos aromticos (essncia). Fixao de at8 horas.

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    Eau de toilette (gua de toalete) : 08-10% de compostos aromticos. (essncia). Fixao de 5 horas. Eau de cologne (deo colnia ou gua de colnia): 3-5%, baixa concentrao de essncias.

    Fixao de 2 a 4 horas

    3.1 Mecanismo de ao fisiolgica

    As substncias volteis (isto , capazes de fornecer facilmente vapores a temperaturas usuais)excitam os neurorreceptores representados por milhes de clulas agrupadas na parte mais alta damucosa do nariz,em uma superfcie de 2 cm no homem (30-100 cm no co).

    Os receptores olfativos humanos podem detectar muitos milhares de odores diferentes: um expertem perfumes capaz de reconhecer perto de 4.000 odores.

    Como toda informao sensorial, as informaes olfativas captadas pelas clulas olfativas soencaminhadas por diferentes conectores aos centros nervosos superiores. A, eles passam ao mesmotempo por um tratamento lgico que assegura a discriminao e a identificao e um tratamentoafetivo, responsvel pela tonalidade hednica.

    3.2 Apresentao

    Os perfumes de luxo so apresentados em frascos muito refinados de vidro ou em cristal quefreqentemente so verdadeiras obras de arte.As guas de toalete esto freqentemente sob a forma de aerossol, s vezes recarregveis,

    sempre em frascos de vidro.

    3.3 Composio

    Alm do lcool, um perfume composto de outras matrias-primas (cada perfumista tem a suadisposio aproximadamente 2000 tipos diferentes).

    H 3 tipos:

    Matrias primas aromticas de origem animal:

    secrees: civete (do gato selvagem da abissnia); glndulas: almscar (cabra do Tibete, castrio (castor); excrees: mbar (cachalote).

    Matrias primas aromticas de origem vegetal: flores: rosa, jasmim, flor de laranjeira, etc...; frutas (inteiras: cravo da ndia, pimenta do reino; ramos: petigrain, eucalipto, cabreva, cedro, etc... talos: sndalo; arbustos: cisto; razes: pinho, costus, vetiver, ris;

    folhas: alfazema, lavanda, alecrim, gerncia, etc...; ervas: citronela, lemongrass (capim limo), etc...; resinas: peru, tolu, elemi, benjoin; lquens: musgo de pinho, musgo de carvalho, algas do mar; sementes: aipo, ambreta, cenoura; subprodutos vegetais: lis de vinho.

    Matrias primas aromticas de origem sinttica

    Os perfumes so caracterizados por sua nuance (ou notas) que faz intervir um outro critrio nacriao de um perfume: a rapidez da evaporao (volatilidade) de seus componentes que evaporam emfases sucessivas. Sempre h no perfume 3 nuances: superior , mdia e de fundo.

    As nuances superiores (notas de cabea) so dadas pelos produtos superiores, matrias-primasque se evaporam muito rapidamente, pouco tenazes. a fase fugidia, dada na boca do frasco. Duramcerca de 15 minutos. Exemplos: Ctricas, Alavandadas, Aldedicas, Verdes.

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    As nuances mdias (notas de corao) so dadas pelos modificadores, matrias-primasmedianamente volteis e tenazes. Servem para atenuar a sada muitas vezes forte dos produtos de base.Duram de 15 minutos at 4 horas. Exemplos: Herbais, Especiarias, Frutais, Florais.

    As nuances de fundo (ou de base) (notas de fundo) so dadas pelos produtos de base. a faseque caracteriza o perfume, aparece aps 4 horas e dura muitos dias. Formam o carter do perfume, sofrequentemente de odor desagradvel no incio mas se tornam agradveis com o passar do tempo. Asmatrias-primas, muito pouco volteis e muito capazes que a constituem , determinam o carter

    fundamental do perfume. Exemplos: Almiscaradas, Amadeiradas, Doces, Animais,Musgos, Couros

    3.4 Fabricao

    O perfumista ou nariz (ocriador chamado familiarmente de Nariz, em francs nez. Um bomnez dotado de uma excepcional imaginao criativa e de uma grande memria olfativa e que exercitacontinuamente essas habilidades) estabelece uma montagem de odores com auxlio de essnciasnaturais ou sintticas, contidas em determinados frascos, que ele aspira o contedo com o nariz auxiliadopor tiras de papel absorvente.

    Uma vez dosada a mistura, podendo esse trabalho durar meses, resta executar e terminar osumo, ou seja, a base que caracteriza o perfume.

    Aps inmeras filtraes, purificaes e aps repouso (fase mais longa), incorpora-se a base, maisou menos concentrada no lcool 96.

    Alm da essncia e do solvente, os fabricantes adicionam mistura substncias denominadas defixadores que tm a funo de retardar a evaporao da essncia e conseqentemente prolongar osefeitos do perfume (exemplos: blsamos, mbar cinzento. comum tambm adicionar um outro lcool, opropilenoglicol, para aumentar a solubilidade da essncia no solvente.

    4. Desodorantes

    So constitudos por veculos (lquidos, slidos, pastosos ou fluidos) contendo bactericidas oubacteriostticos.

    Ao limitar o desenvolvimento das bactrias superfcie da pele. Estas no podem degradar osderivados proticos do suor em aminas e amidas e, portanto, pode-se evitar o desenvolvimento do odorcorporal.

    Os microorganismos que existem na superfcie da epiderme so de vrios tipos e localizam-seprincipalmente nas axilas e nos locais mais midos de nosso corpo. Podem ser citados, Micrococcuspyoyenes, variedades albus,Aerobacter aerogenes, Sarcinia ltea e gnero Neisseria.

    O banho dirio, utilizando sabo , faz momentaneamente as bactrias, mas a ao pouco duradourae, de 2 a 3 horas depois, as bactrias voltam a aparecer e passam a atuar. Para evitar a proliferao dosgermes, so empregados princpios ativos com propriedades bactericidas ou bacteriostticas.

    Os mais conhecidos so o diclorofeno ou Irgasan DP 300, sais de amnio quaternrio, steressaliclicos halogenados, carbanilidas, bicarbonato de sdio,etc.

    O lcool,que tambm possui algumas caractersticas antisspticas, utilizado principalmente como

    solvente dos princpios ativos. Com efeito, rapidamente se evapora e a sua ao efmera. No entanto ,permite sensao de frescor que transfere ao consumidor a idia de higiene e bem-estar.

    Tambm foram empregados outros princpios ativos, hoje no mais usados como o formol, o cidobrico e certos derivados clorados (clorotimol, 4-6-diclorofenol, etc).

    Convm mencionar o hexaclorofeno, antissptico de atuao externa, extremamente ativo, de coresbranquiada que se dissolve facilmente no lcool ou no leo. Dissolvido nesses solventes ,possivelmente , absorvido pela pele e , segundo o teor contido, poder tornar-se perigoso. Foi muitoutilizado em numerosos produtos desde o creme de barbear s fraldas de bebes, dentifrcios, talcos emedicamentos. A sua utilizao regulamentada tem cado em desuso, principalmente na formulao dedesodorantes, aps o caso do talco Morhange (quando ocorreram acidentes datais com crianas) sendosubstitudo pelo Irgasan DP 300, cujas consequncias na utilizao continuam ainda no totalmenteconhecidas. Atualmente est banido da legislao atual.

    As substncias umectantes, como o propilenoglicol, a glicerina e o sorbitol, so utilizadas nosdesodorantes para diminuir a evaporao do lcool.

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    5. Antitranspirantes

    Antitranspirantes (tambm conhecidos como antiperspirantes) so produtos que possuem substnciasadstringentes que diminuem o fluxo de suor. Ocorre a obstruo do duto secretrio das glndulassudorparas por precipitao protica e reabsoro do suor pela derme.

    Os derivados anti-sudorferos de alumnio so substncias adstringentes que coagulam protenas em

    soluo, em pH bastante baixo. O alumen, derivado de alumnio que foi bastante utilizado no passado,deixou de ser usado porque sua forte acidez em soluo o torna agressivo para tegumentos e ,igualmente,para os tecidos e corantes utilizados nos tecidos (roupas coloridas).

    Os sais de alumnio e de cidos fortes so muito ativos , sendo utilizados em misturas com osanteriores, podem ser citados o sulfato, o cloreto , o cloridrato, e o fenilsulfonato de alumnio.

    A acidez pode ser referida atravs da reao:

    3 Al +++ + 3H2O -> Al(OH)3 + 3 H+

    Essa reao cida, com pH entre 1,5-5,0 provocando deteriorao nos tecidos e nas roupas,razo pela qual costuma-se adicionar substncias tampes: saias de alumnio alcalino (estearato ehidrxido de alumnio). Igualmente com essa funo, so acrescentados 5-10% de uria, ou cerca de 1%de brax.

    Numerosos tampes foram estudados e aplicados: molculas orgnicas contendo funes amidaou amina (cido aminoactico, aminopropionico, aminocidos), entre outros, ou ainda a adio de psinertes como o xido de zinco.

    Tambm so utilizados sais de zircnio, de lantnio e crio, como substncias adaptadas acombater a transpirao excessiva.

    Principais ingredientes utilizados em atitranspirantes

    Componentes Frmula pH da soluo

    Almen forte acidezAgressivo - desuso

    KAl(SO4).12H

    2O 3

    Sulfato de alumnioadstringentes

    Al2(SO4)3.18H2O 1,5

    Cloreto de alumnio(+ irritante)adstringente

    AlCl3.6H2O 3,2

    Hidrocloretos(- irritante)

    Al2(OH)5Cl.2H2OAl(OH)2Cl com propilenoglicolAl6(OH)15Cl3Na2Al7(OH)5Cl(CH3CHOH-COO)

    3,5 4,04,04,0 - 4,43,0 4,0

    Beta-naftol dissulfonato de alumnioAl2C10H5.OH(SO3)2 4,0

    Fenol sulfonato de alumnio Al2C4H5.OH(SO3)2 4,0

    Substncias antitranspirantes-Anticolinrgicos: + eficazes. No penetram bem e tm ao no especfica.-Aldedos: formaldedo (sensibilizante) e glutaraldedo (cor marrom).Compostos adstringentes sais de alumnio, taninos, sulfato de zinco, etc. Precipitam protenas e

    reduzem a eliminao da secreo.Em desodorantes:- Bacteriostticos: limitam o desenvolvimento das bactrias superfcie da pele. Diminuem o pH para 4,5ou menos.

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    6. Outras substncias usadas

    6.1 Inibidores enzimticos

    Dentro ainda do domnio dos inibidores da proliferao microbiana existem os inibidoresenzimticos. Uma vez que o suor decomposto tem como origem a formao de cidos graxos livres,

    surgiu a idia de utilizar como agente desodorante um fator enzimtico inibidor de estearase.Verificou-se que o desdobramento enzimticos dos triglicrides em cido graxos livres impedido

    pela utilizao tpica de lactato de etilo. No entanto, para o efeito desejado , chegou-se concluso deque o ter trietlico do cido citrnico, apresentava um dos requisitos mais importantes que era o de serinodoro. O emprego do ster hidroxicarboxlico, como princpio ativo desodorante, foi patenteado emdiversos pases sob onome de Hydagen Deo (Henkel), cujo modo de ao est representado noesquema abaixo:

    Uma vez sobre a pele, o ster trietlico do cido citrnico atacado pelas estearases da superfcieda pele, sendo lentamente hidrolisado em dister ou mesmo em cido ctrico, que diminuir o pH da pele.As estearases da superfcie da pele perdem sua atividade devido reduo do pH, inibindo a atividade de

    outras enzimas da superfcie da pele e , tanto o suor , quanto outros produtos (por exemplo, o sebocutneo e outros metablitos) j no se decompem. Como resultado, a formao do mau odor inibida.Em conseqncia da capacidade reguladora da pele, o pH aumenta por

    neutralizao dos cidos livres. As estearases voltam a ativar-se e vo reagir novamente com o ster doacido ctrico que funciona como depsito de princpios ativos.

    Para reforar a ao do ster do cido ctrico, foram adicionados antioxidantes, oque permitiu incrementar a ao do ster j mencionado.

    Hidrlise enzimtica do ster

    do cido ctrico

    Diminuio do pH

    Desativao de enzimas

    Diminuio da composio do suor,clulas crneas, sebo cutneo

    Reativao das enzimas

    Aumento do valor de pH

    Efeito tampo da pele

    Diminuio do odor

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    6.2. Absorventes de odores

    Um novo tipo de molcula foi recentemente introduzida no mercado. A sua atuao completamente diferente: fugindo aos mtodos clssicos, procura inibir o aparecimento do odor ou evitara sua presena, sem recorrer a bactericidas ou a substncias antitranspirantes.A substncia utilizada est registrada sob o nome de Grillocin e constituda essencialmente porricinoleato de zinco (C18H33O3)2Zn.

    A sua atuao baseia-se no fenmeno de captao fsico-qumica. Retm no interiorde suas molculas as fraes que provocam o mau odor, provenientes da degradao das matriasorgnicas do suor. Assim retidos, esses odores no so percebidos.

    A ao da molcula ser tanto sobre os maus odores que se formaro, comonaqueles j formados. Neste fenmeno de captao intervm vrios mecanismos, como a inclusomolecular e a quelao.

    So as menores molculas que tm odor mais penetrante e desagradvel e soigualmente essas molculas , de odores mais desagradveis , as que so captadas; entre elas, destacam-se os mercaptanos, os tioters, as aminas e os aldedos, estando a facilidade de captao relacionadajustamente com o tamanho desses molculas.

    6.3. Local e modo de ao dos produtos anti sudorais

    O esquema a seguir resume o local e modo de ao dos produtos anti sudorais:

    Outros componentes

    lcool: antissptico. Frescor. Agente solubilizante: evita formao de cristais nos estearatos.Adicionado a quente.

    PPG, glicerina e sorbitol: umectantes, retardam a evaporao do lcool. Fornecem viscosidade. Tamponantes. Espessantes: MC, HMC 0,4 a 0,7%. Resinas: absorvem aminocidos sem decomposio. Inibidores da estearase: ster trietlico do cido citrnico. Agentes de consistncia: cido esterico + neutralizador (sabo in situ) ou estearatos.

    Para atenuar irritao: alantona, -bisabol, extratos (slvia, hamamlis, camomila).7. Apresentaes

    Os antitranspirantes e desodorantes so destinados a aplicao a uma axila limpa e seca. Todos osprodutos contm avisos afirmando que seu uso deve ser interrompido, se houver irritao

    8. Aplicao x reaes causadas

    Pacientes que desenvolvem irritao na axila a antitranspirantes/desodorantes em aerossol podem tolerar

    o tipo roll-on ou, possivelmente, necessitam de um produto em um creme ou em forma de basto.Causa comum de dermatite irritante de contato em pele depilada.Tem sido relatados casos de dermatite com : vitamina E, propantelina, compostos de amnio quaternrio.

    antitranspirante bactericidas modificador

    secreo suorinodoro

    bactrias decomposiodo suor

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    O principal problema relacionado ao uso de sal de alumnio e zircnio seu pH cido (pH 1,8 a 4,2), quepode irritar a pele, causando descolorao da roupa.Cloridratos de alumnio e zircnio possuem menos irritabilidade pele. As formas de sulfato sointermedirias e formas de cloreto so as mais irritantes.O xido de zinco, xido de magnsio e hidrxido de alumnio e trietanolamina podem ser adicionados parareduzir a irritao em alguns produtos.

    9. Legislao

    ANTITRANSPIRANTES: " so produtos destinados a inibir ou diminuir a transpirao, podendo sercoloridos e/ou perfumados, apresentados em formas e veculos apropriados, bem como, associados aosdesodorantes (ANVISA) GRAU 2

    Enquanto, DESODORANTE destinado a remover odor das axilas GRAU 1a maior parte dos antitranspirantes tambm funciona como desodorante, mas a maioria dos desodorantes,no age como antitranspirantes.

    10. Distrbios da sudorese

    10.1. Sudorese excessiva

    A sudorese excessiva (hiperhidrose) pode afetar toda a superfciecutnea, mas ela freqentemente limitada s palmas das mos, plantasdos ps, axilas ou virilhas. Geralmente, a rea afetada torna-se rosada oubranco-azulada e, nos casos graves, a pele pode apresentar fissuras,descamao e pode tornar-se mole, especialmente a dos ps. Algumasvezes, a rea afetada libera um mau odor (bromidrose), o qual causadopor bactrias e fungos que degradam o suor e a pele mida. As mos e osps midos so uma resposta normal ansiedade e a hiperhidrose normal quando um indivduo apresenta febre. No entanto, a sudorese

    generalizada, intensa e freqente justifica um exame mdico, pois elapode ser um sinal de hiperatividade tireodea, de uma concentrao sricabaixa de acar ou de uma alterao da rea do sistema nervoso quecontrola a sudorese. Os exames de sangue podem determinar se existealguma alterao da funo da tireide ou da concentrao de acar nosangue.

    10.1.1. Tratamento

    A sudorese abundante nas palmas das mos, nas plantas dos ps ou nasaxilas pode ser controlada at certo ponto com aplicao noturna de umasoluo de cloreto de alumnio. Em primeiro lugar, o indivduo seca a reaafetada, em seguida, aplica a soluo e, finalmente, cobre toda a reacom um filme plstico fino. Pela manh, ele remove o filme plastico e lavaa rea. Alguns indivduos necessitam de 2 aplicaes dirias.Comumente, esse esquema produz alvio em uma semana. Quando asoluo provoca irritao da pele, o filme plstico no deve ser utilizado.

    Uma soluo de metenamina tambm pode ajudar no controle do sudorese abundante. Algumas vezes, utilizada a iontoforese com gua corrente, um procedimento no qual aplicada uma corrente eltrica fracasobre a rea afetada. Quando os medicamentos no so eficazes, uma medida mais drstica para asudorese grave a remoo cirrgica das glndulas sudorparas das axilas. O aconselhamentopsicolgico ou uma medicao ansioltica podem reduzir a sudorese causada pela ansiedade. Para

    controlar o odor, o indivduo deve manter a rea afetada meticulosamente limpa. Isto elimina os micrbiosque causam o mau odor. Um banho dirio com sabo lquido contendo clorexidina ou outro antissptico euma aplicao de preparao de clorhidrxido de alumnio (substncia presente na maioria dosantiperspirantes comerciais) so medidas eficazes para eliminar o odor. A depilao das axilas til para

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    alguns indivduos. Alguns necessitam de cremes ou loes antibacterianas que contm antibiticos (p.ex.,clindamicina ou eritromicina) para eliminar o odor.

    10.2. Brotoeja

    A brotoeja uma erupo cutnea causada pela reteno do suor. Quando os estreitos ductos quetransportam o suor at a superfcie cutnea so obstrudos, o suorretido causa inflamao, a qual produz irritao e prurido. A brotoejahabitualmente consiste em uma erupo de vesculas muitopequenas, mas tambm pode manifestar-se como grandes reas depele hiperemiadas (avermelhadas). A brotoeja mais comum emclimas midos e quentes, mas os indivduos que usam um excesso deroupas no tempo frio tambm podem apresent-la. As reas onde abrotoeja ocorre mais comumente so o tronco e as coxas. A reduoda sudorese geralmente controla o problema. importante manter apele fresca e seca e evitar as condies que aumentam a sudorese. Ocondicionamento do ar o ideal. Freqentemente, so utilizadasloes que contm corticosterides, s vezes com a adio de um

    pouco de mentol. Contudo, esses tratamentos tpicos no so toeficazes quanto a modificao do ambiente e o uso de roupasapropriadas.

    11. Formulaes

    Desodorante

    Componentes Funo %

    (A) cido brico Antissptico (bacteriosttico e

    fungisttico)

    1,0

    (A) Glicerina Umectante 6,0

    (B) Triclosan Antissptico (bactericida) 0,15

    (B) lcool de cereais Antissptico, veculo 40,0

    (C) Extrato vegetal deslvia

    Antissptico 2,0

    (C) gua destilada Veculo qsp 100,0

    (C) Essncia Perfume qs

    Tcnica de preparo: Proceder a mistura de A, proceder a mistura de B e verter sobre A. Adicionar oscomponentes da fase C e agitar at completa homogeneizao.

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    Creme desodorante e antitranspirante

    Componentes Funo %

    (A) Cera auto-emulsionanteno inica

    Agente de consistncia,emulsionante

    10,0

    (A) Base de absoro delanolina

    Emoliente 2,0

    (A) Propilparabeno Conservante 0,05

    (A) Triclosan Antissptico(bacteriosttico)

    0,15

    (B) gua destilada Veculo qsp 100,0

    (B) Metilparabeno Conservante 0,18

    (B) Propilenoglicol Umectante 5,0

    (C) Cloridrxido de alumnio

    (50%)

    Adstringente (agente

    antitranspirante)

    40,0

    (D) Essncia Perfume qs

    Tcnica de preparo: Aquecer A e B at 70 75oC. Verter B em A e agitar at resfriar. Acrescentar C ehomogeneizar bem. Adicionar D.

    Stick (basto) antitranspirante

    Componentes Funo %

    (A) Cloridroxilato de sdioe potssio a 10%

    Adstringente 70,0

    (B) lcool Antissptico 17,0

    (B) Propilenoglicol Umectante 5,0

    (C) Estearato de sdio Cera 8,5

    (D) Essncia Perfume qs

    Tcnica de preparo: Aquecer A at 60-65C e adicionar lentamente B com ligeira agitao, mantendo atemperatura. Em seguida, adicionar C com agitao mais forte at disperso completa. Adicionar D,homogeneizar e acondicionar em moldes.

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    12. Texto Complementar:

    Uso de antitranspirantes e sua relao com cncer de mama (parecer tcnico emitido pela CATEC-Cmara tcnica de cosmticos)

    I) Introduo

    Recentemente, informaes tem sido divulgadas atravs da Internet, na maioria das vezes annimas, asquais veiculam informaes relacionando-se os sais de alumnio e seus derivados, usados emantitranspirantes e possveis casos de ocorrncia de cncer de mama.

    Com o objetivo de trazer informaes populao, pautadas em dados, luz dos conheci-mentoscientficos atuais a Anvisa - AGNCIA NACIONAL DE VIGILNCIA SANITRIA - atravs da GERNCIA-GERAL DE COSMTICOS constituiu subcomisso de trabalho, com-posta por Membros da CATEC -Cmara Tcnica de Cosmticos, para avaliao das informaes acima referidas, e posterior emisso deparecer tcnico cientifico.

    II) Definio e Legislao Brasileira

    Segundo o Decreto 79094/77(1), antiperspirantes so produtos "destinados a inibir ou dimi-nuir atranspirao, podendo ser coloridos e/ou perfumados, apresentados em formas e veculos apropriados,bem como, associados aos desodorantes". Os diferentes ativos preconizados para uso comoantiperspirantes e suas recomendaes de uso so regulamentados atravs da Resoluo 79/00(2) -Anvisa - item V. Todos os produtos referidos como antitranspirantes / antiperspirantes so classificadoscomo produtos de grau de risco 2, passveis de registro, obedecidas as formali-dades legais. Mas,segundo Draelos(3) desodorantes so tidos como formulaes destinadas a re-mover o odor das axilas,enquanto que os antitranspirantes so usados para promoverem a redu-o da quantidade de suorproduzido atravs de mecanismos fisiolgicos. A maioria dos antitrans-pirantes tambm funciona comodesodorante, mas a maioria dos desodorantes no age como anti-transpirante.

    III) Fisiologia da transpirao e mecanismo de ao dos antitranspirantes

    Antecedendo a discusso a respeito da fisiologia da transpirao e mecanismos de ao dosantitranspirantes, a ttulo de melhor entendimento do presente parecer, deve ser abordado as-pectospertinentes absoro de sais de alumnio atravs da pele, conforme enfocado por Anane e cols(4).Segundo Cavington(5), os sais de chumbo so solveis em gua, a mesma propriedade fsico-qumicaatribuda aos sais de zircnio. O mecanismo de absoro atravs da pele est sujeito distintos fatorestais como: solubilidade do ativo, formulao, concentrao, tempo de ex-posio, condiesfisiopatolgicas da pele, etc. Com o objetivo de tentar esclarecer a absoro dos sais de alumniopresentes nas formulaes de antiperspirantes, Flarend e cols(6) desenvolveram trabalho experimental

    onde indivduos do sexo masculino e feminino foram expostos solues de cloridrxido de alumnio(Al2(OH)5.Cl.2 H2O) a 21%, contendo alumnio radioativo. Para tanto, 0,4 mL da soluo acima referida, foramtransferidas para seringas e, aplicada nas axilas dos voluntrios e, em seguida, espalhadas comalgodo(swab). Os autores observaram todos os cuidados necessrios para a realizao do experimento.A avaliao da absoro do alumnio, utilizando-se da molcula radioativa foi determinada nas amostrasde sangue e urina. As aplicaes desta soluo e as coletas de amostras de sangue e urina foramrealizadas segundo o delineamento do protocolo previamente elaborado. A absoro, quer atravs dasanlises realizadas nas amostras de sangue e/ou de urina, ficou plenamente caracterizada. Entretanto,segundo os autores, as concentraes de alumnio radioativo eram to baixas que tornavam os resultadosno confiveis. Finalizando, os autores sugeriram que uma simples aplicao nas axilas da soluo decloridrxido de alumnio, na concentrao referida, no aumentou significativamente a carga de alumniocorpreo. Entretanto, os autores salientaram que estudos mais detalhados tornar-se-o necessrios para

    esclarecer a absoro do alumnio atravs da pele. A transpirao assume importante ao no mecanismofisiolgico relativo aos processos de regulao da temperatura corprea (homeostase) ou seja,procurando manter o estado de equilbrio entre as variaes de temperatura corprea e a do meioambiente. No suor, como principais constituintes, foram determinadas elevadas concentraes das

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    seguintes substncias qumicas: cido lctico, uria, aminocidos e cloreto de sdio, s quais tem sidoatribudas propriedades no processo de hidratao natural (NMF), conseqentemente, participando naelaborao de um filme hidrolipdico de superfcie, que mantm a umidade da camada crnea da pele(7).Ainda, como fator natural de hidratao das axilas cerca de 25.000 glndulas crinas so capazes deproduzirem grandes quantidades de agentes perspiratrios, em resposta ao calor e aos estmulosemocionais. Papa e col(8), propuseram que, dentre os compostos qumicos mais utilizados para reduzir aperspirao os sais de alumnio e seus complexos (cloridroxido) tm sido referidos como os mais

    freqentes, opinio da qual participa Exley(9). Papa e col. propuseram ainda que alguns sais inorgnicosatuavam nos ductos das glndulas sudorparas promovendo danos na difuso do suor secretado para oespao intersticial. Eles se retrataram em sua teoria(8). Shelley e col(10) propuseram que alguns saismetlicos se combinam s fibrilas de queratinas intraductais causando fecha-mentos dos ductos crinos ea formao de uma "rolha" crnea e assim, obstruindo o fluxo de suor para a superfcie da pele. Papa ecol.(8) apresentaram evidncias de que os antiperspirantes contendo sais de alumnio podem alterar oestado fisiolgico do ducto sudorparo, atravs da formao de um molde de alumnio no seu interior, ouseja, devido a formao de um bloqueio fsico prevenindo, dessa forma, o fluxo do suor existente.Presumiu-se, ainda, que a secreo pudesse ser reabsorvida pelo ducto. Segundo os referidos autores, aalterao acima referida no causa danos sade em razo da grande quantidade de outras glndulascrinas s quais asseguram os processos envolvidos na termorregulao.

    IV) Concluso.

    Segundo Pasqualete(11), membro do corpo clnico do CEPEM - Centro de Estudos e Pesquisa daMulher), a notcia divulgada na Internet "quase todos os casos de cncer de mama acontecem noquadrante superior da rea do peito, justamente onde os ndulos linfticos esto localizados e que,mulheres que passam antiperspirantes, logo depois de raspar as axilas , aumentam o risco de incidnciade cncer" pode ser esclarecida. Continuou o Dr. Pasqualete: "De fato, a incidncia de cncer observadaneste quadrante um pouco maior, mas a explicao simples. justamente ali que encontramos amaior quantidade de tecido mamrio e, portanto, uma rea com maior possibilidade paradesenvolvimento da doena. importante lembrar que, a drenagem linftica da mama no ocorre apenasna axila, mas em outros locais, como mediastino e peritnio (reas no trax)".

    Segundo dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Cncer dos Estados Unidos tambm no forammencionadas pesquisas que pudessem evidenciar, at a presente data, tal correlao. Ainda, segundo oFood and Drug Administration (FDA), orgo que regulamenta, entre outros, o setor de produtoscosmticos, tambm no foram relatados, at o momento, dados que pudessem evidenciar qualquersuporte teoria de que os ativos presentes em formulaes de antitranspi-rantes ou desodorantespudessem causar cncer, conseqentemente, segundo o FDA, parece no haver embasamento cientficopara esta preocupao.

    Ainda, em relao ao assunto objeto deste parecer, constantes informaes so veiculadas atravs daliteratura cientfica bem como atravs de rgos governamentais de alta credibilidade a exemplo dos quese seguem:

    http://cis.nci.nih.gov/resources/[email protected]

    Aps avaliao dos dados apresentados na literatura cientifica, de divulgao e orgos deregulamentao, podemos inferir que at o presente momento no foram apresentados dados capazes deinferir a relao sais de alumnio / incidncia de cncer de mama, embora a abordagem absoro de saisde alumnio deva continuar na mira dos pesquisadores da rea. Este , s.m.j. o nosso parecer.

    V) Referncias Bibliogrficas

    1- Decreto 79094, de 05 de janeiro de 1977, regulamentando a Lei n. 6360, de 23 de setembro de 1976.2- Resoluo n. 79, de 28 de agosto de 2000, publicada em DOU de 31/08/003- Draelos, Z. D. Cosmticos em Dermatologia. 2.a ed., 1999. Editora Revinter, Rio de Janeiro.

    http://cis.nci.nih.gov/resources/intlist.htmmailto:[email protected]:[email protected]://www.inca.gov.br/http://www.inca.gov.br/http://www.inca.gov.br/mailto:[email protected]://cis.nci.nih.gov/resources/intlist.htm
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    4- Anane, R., M. Bonini, J. M. Bergstein and D. J. Sherrard.. New Engl. J. Med. 1984, 310:1079.5- Covington, T. R.. Handbook of Nonprescription Drugs, 11 ed., 1996, American Pharmaceuti-calAssociation, Washington DC.6- Flarend, R., Bin, T., Elmore, D. Hem, S. L. Food Chem. Toxicol., 2001, 39, 163-168.7- Draelos, Zoe Diana. Aspectos da Transpirao. Cosmetics & Toiletries, 2001, Vol. 13,jan/fev, pg 36-42.8- Papa, C. M. and Kligman A. M. Mechanisms of eccrine anhidrosis: II. The antiperspirant effect of

    aluminun salts. J. Invest. Dermatol, 1967, 49:139.9- Exley, C. Does antiperspirant use increase the risk of aluminium-relates disease including Al-zheimer'sdisease? Molec. Med. Today, 1998, 4, 107-109.10- Shelley, W. B., Hurley, H. J., Jr. Studies on topical antiperspirant control of axillary hyperhi-drosis. ActaDermatol. Venereol., 1975, 55, 241.11- Pasqualete, H. A. Afastado elo entre desodorante e tumor. Entrevista ao Jornal O Globo de 05 dejaneiro de 2000.

    III) Subcomisso

    Dermeval de Carvalho - Prof. Titular aposentado de Toxicologia da Universidade de So Paulo e

    Coordenador do Curso de Cincias Farmacuticas da Universidade de Ribeiro PretoElisabete Pereira dos Santos - Prof. Adjunto/Faculdade de Farmcia - Universidade Federal do Rio deJaneiro Octavio Augusto Frana Presgrave - Tecnologista - Instituto Nacional de Controle de Qualidadeem Sade/FIOCRUZ - RJ. Lcia Helena Fvaro de Arruda - Dermatologista (Sociedade Brasileira deDermatologia) e Prof. da Faculdade de Medicina de Jundia. Ana Lcia Pereira - Farmacutica/MsC.Bioqumica - Gerncia Geral de Cosmticos/ Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria

    Bibliografia

    Livros

    Barata, E.A. F A Cosmetologia Tecno Press ,So Paulo, Brasil, 2003

    Leonardi, G.R. , Cosmetologia Aplicada, 2 Ed, Santa Isabel, So Paulo, Brasil, 2008Peyrefitte, G.; Martini, M.-C.; Chivot, M., Cosmetologia Biologia Geral Biologia da Pele, Andrei, So Paulo,Brasil , 1998

    Prunieras, M, Manual de cosmetologia dermatolgica, 2 Ed, Andrei, So Paulo, Brasil , 1994

    Wilkinson, J.B., Moore, R.B,, Cosmetologia de Harry, Ediciones Diaz de Santos, S.A., Madri, Espanha,1990

    Sites

    www. ANVISA.gov.br

    www.msd-brazil.com/msd43/m_manual/mm_sec18_198.htm

    www.redesino.com.br/Manual-PARTE-III.ppt

    http://www.msd-brazil.com/msd43/m_manual/mm_sec18_198.htmhttp://www.msd-brazil.com/msd43/m_manual/mm_sec18_198.htmhttp://www.redesino.com.br/Manual-PARTE-III.ppthttp://www.redesino.com.br/Manual-PARTE-III.ppthttp://www.redesino.com.br/Manual-PARTE-III.ppthttp://www.msd-brazil.com/msd43/m_manual/mm_sec18_198.htm