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36 VIAJE MAIS CAPA F oi trabalho de equipe. Deus fez sua parte ao desenhar, com capricho, um certo pedaço da costa da Itália com mon- tanhas rochosas de encostas íngremes que se debruçam sobre o Mar Tirreno. O homem contribuiu ao erguer cidadezinhas com casinhas brancas que se equilibram nos penhascos, interligadas por uma singela estrada, estreitíssima e sinuosa, que segue rente às falésias muitos metros acima do mar, exibindo um ver- tiginoso visual a cada curva. O resultado dessa obra-prima é a Costa Amalfitana, uma das faixas de litoral mais belas e charmosas do mundo. São apenas 50 km entre as cidades de Sorrento e POR TALES AZZI, TEXTO E FOTOS AMALFITANA C OSTA AMALFITANA C OSTA Conheça os encantos de uma das estradas mais cênicas da Europa, que contorna penhascos entre cidades milenares e o mar. Sob medida para uma viagem romântica O PEDAÇO MAIS CHARMOSO DA ITÁLIA

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36 VIAJE MAIS

CAPA

Foi trabalho de equipe. Deusfez sua parte ao desenhar, comcapricho, um certo pedaçoda costa da Itália com mon-tanhas rochosas de encostas

íngremes que se debruçam sobre o MarTirreno. O homem contribuiu ao erguercidadezinhas com casinhas brancas que

se equilibram nos penhascos, interligadaspor uma singela estrada, estreitíssima esinuosa, que segue rente às falésias muitosmetros acima do mar, exibindo um ver-tiginoso visual a cada curva. O resultadodessa obra-prima é a Costa Amalfitana,uma das faixas de litoral mais belas echarmosas do mundo.

São apenas 50 km entreas cidades de Sorrento e

P O R TALES AZZI , T E X T O E F O T O S

AMALFITANACOSTAAMALFITANACOSTA

Conheça os encantos de uma das estradasmais cênicas da Europa, que contornapenhascos entre cidades milenares e o mar.Sob medida para uma viagem romântica

O PEDAÇO MAIS CHARMOSO DA ITÁLIA

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VIAJE MAIS 37

Positano, a mais charmosa cidade da Costa Amalfitana, região da Itália

ideal para um roteiro romântico

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CAPA | COSTA AMALFITANA

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Salerno, pouca coisa. Mas a Costa Amal-fitana é de uma beleza sem tamanho. Aregião tem mesmo o dom do encanta-mento. E é assim desde os tempos do Im-pério Romano, quando imperadores earistocratas de Roma fizeram do lugaruma espécie de balneário de luxúria e la-zer. A fama perdura ainda hoje, de certaforma. Pergunte a qualquer italiano o quelhe vem à mente quando o assunto sãoférias em alto estilo e terá a confirmação.

Ao longo de décadas, a Costa Amalfi-tana tem sido o refúgio predileto de cele-bridades em busca de isolamento chique,como o da atriz Greta Garbo, que caiu deamores pelos jardins de Ravello na pri-mavera de 1938, assim como de artistasem busca de inspiração para suas criações,caso do espanhol Pablo Picasso ou do

alemão Richard Wagner, que, deslumbra-do pelo recorte daqueles litorais, teriacomposto ali sua mais famosa ópera, Par-sifal.

Trata-se de um destino essencialmenteromântico e que não se encaixa numavia gem mais longa e tradicional pela Itália.Primeiro, porque fica no sul do país, acerca de 400 km de Roma, não é cami-nho para outras paradas. Requer cercade dez dias para que possa ser exploradocomo convém, ou seja, sem pressa.

É o tempo necessário para apaixonar-se por Positano, perder-se nas vielas deAmalfi, tomar o barco para Capri e pas-sar o dia entre canteiros de flores emRavello. O roteiro inclui ainda Nápoles,a inventora da pizza, e a antiga cidaderomana de Pompeia, soterrada pela erupção

A cada curva da estrada surgeum novo visual deslumbrante,

como esse da cidade de Praiano

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CAPA | COSTA AMALFITANA

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A praia pública de Arienzo (areia),em Positano, escondida entre osparedões rochosos típicos da região

do vulcão Vesúvio no ano 79 antes deCristo – e que veio à tona novamenteapós séculos de escavações, dando origemao mais importante sítio arqueológico daEuropa na atualidade.

NÁPOLESMeu primeiro passo da “dura” missão

de percorrer a Costa Amalfitana foi deixaro aeroporto de Roma e embarcar no tremLeonardo Express rumo à estação central,a Roma Termini, e lá tomar outro trem,para Nápoles, cerca de 290 km ao sul.

Há a opção de dois trens: o normal,que leva cinco horas (€ 25 o bilhete) e ofast train (€ 44), que faz o percurso cincovezes mais rápido. O desembarque na StazioneCentrale de Nápoles me deixou na PiazzaGaribaldi, no coração da cidade. O hotelficava perto, no centro histórico, onde estáo núcleo turístico da terra da pizza.

Não era minha primeira vez na cidade.Já havia passado por Nápoles em umaoutra viagem cerca de um ano antes. Naocasião, estava num grupo do qual faziamparte duas italianas vindo de Milão. “Bem-vindo a Nápoles”, ironizou uma delaspelo atraso da van que nos pegaria. Perce-bi nos comentários que os milaneses nu-trem pelos napolitanos um certo precon-ceito. São reconhecidamente festeiros,

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amigáveis – bem mais do que no norteda Itália, por sinal –, mas um tanto indisci-plinados. O atraso da van gerava a im-paciência na moça de Milão parecida coma de um paulistano à espera da caipirinhaque nunca chega numa praia do Nordeste.

Nápoles carrega quase todos bonsclichês que conhecemos sobre a Itália.Tem o astral de velha cantina: simples,barulhenta e alegre. É a cidade que in-ventou a pizza, inclusive a clássica margheri-ta, com tomate, queijo e manjericão, ealgumas das músicas mais populares dopaís, como Ó Sole Mio e Funiculi Funiculá.Está longe de exibir uma beleza arquitetôni-ca comparada à de Florença, ou a singu-laridade de Veneza. Talvez sejam os traçosculturais que façam da cidade natal de SophiaLoren um lugar único, ainda que renega-do pelos italianos do norte.

No caos do labirinto de ruas do centrohistórico, entre paredes pichadas, roupaspenduradas nas janelas e trânsito maluco,que mistura no mesmo espaço carros, gentee scooters aos montes, escondem-se algu-

mas preciosidades, como a Catedral doDuomo e a Igreja de Gesú Novo. Nessaúltima, encontrei padres atarefadíssimosem dezenas de confessionários que há den-tro da igreja. Os napolitanos, muito reli-giosos, cultivam o hábito de se confessarfrequentemente. Dizem que a culpa é deSão Genaro, o mártir cristão que sempreprotegeu a cidade contra a ameaça do ho-je adormecido vulcão Vesúvio, cujas lavasengoliram no passado outras três cidadesnas proximidades, mas sempre pouparamNápoles. O que não é pouca coisa paraum burgo fundado por gregos há cerca de2.500 anos.

Foi milagre de São Genaro, juram porlá. Daí o motivo de tanta adoração aosanto. Só Diego Maradona ocupa im-portância parecida no coração dos napoli-tanos, que não esquecem a campanha dotime campeão italiano em 1987.

Para não me perder em tantas vielasdo centro, segui o rastro dos outros turis-tas armados com mapas e guias turísti-cos pelo corredor da Via dei Tribunali e

Paredes pichadas e trânsitointenso dão clima de cidadelatino-americana a Nápoles

Nápoles é aterra da pizzamargherita, daatriz SophiaLoren e das

canções italianas mais

populares

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A Via dei Tribunali, uma das principais do centrohistórico da caótica Nápoles

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de sua paralela, a Via Biagio dei Librai,onde há comércio e praças rodeadas debares e cafés. Já garantem um bom panora-ma do centro antigo. Na Piazza San Gae-tano, ao lado da igreja, há uma agênciade turis mo, a Napoli Subterranea, queorganiza tours pelas galerias e catacum-bas escondidas no subsolo, construídaspor gregos e romanos.

O mais importante, porém, é encon-trar o caminho para o Museu Arqueológi-co Nacional, a grande atração local. Omuseu abriga o maior acervo de estátuasromanas do planeta, peças retiradas nasescavações de Pompeia e até um espaçocom entrada proibida para menores de14 anos, reservado à arte erótica romana.Infelizmente, a sala estará fechada paraobras de restauração nos próximos meses.

A beleza do museu, porém, pode fa zerqualquer outra coisa parecer desinteres-sante ao voltar às ruas. Nesse caso, a suges -tão é sair para jantar, sem dúvida, um dosgrandes prazeres de Nápoles. E não há na-da mais típico do que a pizza, servida empraticamente todas as esquinas da cidade.Se a pizza napolitana é realmente boa ou

não, vai do gosto de cada um. Há quemdiga que não existe melhor, senão pelafalta de queijo, com certeza pela massaou pelo molho feito com certos tomati-nhos que só crescem nas terras férteis doVesúvio. E se, no jantar, os fregueses dorestaurante começarem a cantar e se abraçar,não ligue. Nápoles é assim mesmo.

IDA A POMPEIANenhuma passagem por Nápoles deve

deixar de incluir um passeio a Pompeia,a famosa cidade romana soterrada namais terrível erupção do vulcão Vesúviono ano 79 antes de Cristo. Desde Nápolesé bem fácil chegar até lá no trem queparte da estação Circumvesuviana, a trêsquarteirões da Piazza Garibaldi. Há trensa cada meia hora, durante o dia inteiro,todos os dias. A passagem custa € 2,50 eo desembarque acontece quase na portade entrada principal das ruínas.

Pompeia ficou sepultada durante 17séculos sob a rocha vulcânica. As esca-vações começaram em 1748, após a des-coberta dos primeiros vestígios duranteobras de canalização do Rio Sarno. É in-

Confessionários sempreocupados na igreja del GesúNuovo mostra a fé católicado cidadão napolitano

O Museu ArqueológicoNacional, em

Nápoles, abrigao maior acervodo mundo de estátuas daera romana

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O Museu Arqueológico Nacional,em Nápoles, é a maior atração dacidade e vive cheio de estudantes

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crível caminhar pelas ruas de pedras, en-trar nas casas e percorrer os caminhos daantiga cidade dos romanos. A descobertade Pompeia trouxe as mais importanteselucidações sobre o dia a dia domésticono antigo império. Algumas partes sãoextremamente familiares, como as taber-nas, o anfiteatro e o curioso prostíbulo,

uma casa com dois pavimentos e dez quar-tos com imagens eróticas pintadas nasparedes, para inspirar os fregueses. Erafrequentado principalmente por solda-dos e viajantes, já que os membros da no-breza tinham suas próprias esposas e es-cravas para se divertir.

Prepare-se apenas para caminhar muito.A visita a Pompeia pode levar um dia in-teiro. No mínimo, tomará cerca de quatroou cinco horas para ver tudo. Para aproveitarmelhor o passeio, vale alugar um audio-guia (€ 6) no quiosque ao lado da bilhete-ria – há opção de idiomas em inglês e es-panhol – para ouvir muitas curiosidadessobre as construções. Em frente de cadauma, há um número que você digita noaparelho para ouvir as explicações.

Pompeia era uma cidade próspera àbeira-mar, de grande porte para os padrõesda época, onde viviam cerca de 20 milromanos. Parte dos moradores demo-raram para fugir e foram surpreendidospelos gases tóxicos que precederam aerupção. Dois mil morreram intoxica-dos. A lava e lama despejadas encobri-ram a cidade completamente e ainda em-

A arena da morte em Pompeia,uma das construções maisintactas da antiga cidade romana

Pintura erótica em uma parede de um prostíbulo de Pompeia, que pode ser visitado

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purraram a praia centenas de metros parafrente. Algumas vítimas tiveram os cor-pos petrificados. Mas as "múmias" expostasnas ruínas são apenas réplicas. As originaisforam levadas para os mais diversos museusmundo afora. Assim como as peças encon-tradas na cidade – utensílios domésticos,esculturas e cerâmicas –, que podem servistas no Museu Arqueo lógico de Nápoles.E depois desse agradável aperitivo napoli-tano, rumei para a Costa Amalfitana.

NA ESTRADA ATÉ POSITANOA melhor forma para explorar a Cos-

ta Amalfitana é alugar um carro, para terliberdade e parar sempre que quiser paraapreciar a vista. Mas é melhor ir de trempara Sorrento, pegar o carro lá e assimevitar de circular por Nápoles, que é umacidade grande e de trânsito bastante com-plicado. Mesmo porque é somente a par-tir de Sorrento que a estrada ganha ospenhascos e se transforma na Costa Amal-fitana. Aí começa o espetáculo.

A estrada, por si só, é um show à parte,cheia de túneis, pontes e mirantes, equi-librando-se nos paredões muitos metros

acima do mar. Mas exige um bocado deatenção, pois além de estreitíssima, sãomuitas as curvas, algumas tão fechadasque os ônibus precisam parar e manobrar.

O primeiro trecho até Positano temapenas 17 quilômetros – creio ter demo-rado quase uma hora para percorrê-lo.Era impossível resistir à tentação de pararo carro em todos os mirantes do cami-nho. A estrada tem algumas áreas de acosta-mento para estacionar e curtir a vista – eque vista. Vendo o Mar Tirreno, que fazparte do Mediterâneo, sempre do alto,tem-se a impressão que água da CostaAmalfitana é mais azul do que em qual-quer outro lugar do planeta.

O único problema é que todo mundotem a mesma ideia. Na alta temporada,em julho, rola um certo engarrafamentona estrada. Os italianos armam o maiorbuzinaço na pista e fica difícil encontrarvaga para estacionar nos mirantes. Nesseperíodo, uma boa alternativa, para quemsabe pilotar, é fazer o roteiro de scooter,com a vantagem extra do aluguel ser maisbarato do que o do carro.

O grande momento da viagem é o en-

As ruínas de Pompeia estãopertinho de Nápoles, com

acesso rápido pelo trem da linha Circumvesuviana

Pompeia foisoterrada pela

lava do Vesúviono ano 79 antes

de Cristo e só ressurgiu

após dois séculosde escavações

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Os turistas, no entanto, ficam quasetodos concentrados no mesmo lugar, naruazinha que leva à praia, a Via dei Mineli,tomada por lojas de roupas e galerias dearte. Nada muito barato, com exceçãodos painéis pintados por artistas locaisvendidos à sombra pelo italiano Pepe.

A via conduz ao largo da igreja deSanta Maria e à beira-mar. Mas praia emPositano é quase um mero detalhe, umluxo da paisagem. Há mais gente comroupa de festa do que de biquíni. Algu-mas mulheres vão à praia como se fos-sem a uma corrida de cavalos, com vesti-do longo, chapéu e maquiagem pesada.

Curtir a praia em Positano significa, so-

contro com Positano, a mais bela e char-mosa cidade do litoral amalfitano. Erguidaquase verticamente em função da geografiaescarpada das montanhas, com as casascoloridas dependuradas nas encostas, Posi-tano tem astral de cidade cinematográfica.

Não por acaso, já que ali foram roda-dos diversos filmes, como a comédia român-tica Only You, com Marisa Tomei e RobertDowney Junior. Uma única rua, com 4 kmde extensão, que segue num só sentido emforma de caracol e não passa rente ao mar,atravessa toda a cidade. O restante sãovielas e escadarias. Não há como ir de umlugar para outro a não ser subindo e des-cendo escadas, muitas escadas.

Positano também dápraia, mas com pedrinhasem vez de areia e a águafria do Mar Tirreno

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bretudo, sentar-se para almoçar nos restau-rantes da orla e depois tomar um sorvetevendo os barcos que partem rumo a Amal-fi ou Capri. A praia de Positano não édas mais belas, especialmente para ospadrões brasileiros. Tem pedras em vezde areia e água gelada.

No canto esquerdo, há uma área reser-vada para quem quiser alugar guarda-sole espreguiçadeiras por € 15 a diária. Nocanto direito, fica a área pública, o cais e oinício do caminho que segue beirando ocostão até a praia vizinha, a Sppiagia deiFornillo, bem mais vazia e reservada, prati-camente dominada pelo Hotel Pupeto, quetem um grande restaurante de frente para

o mar, com mesas ao ar livre entre pés delimão. A área próxima de Fornillo é a áreamais barata de Positano. Hotéis e restau-rantes por ali cobram cerca de 20% a menosdo que os concorrentes mais bem localiza-dos no centrinho da cidade.

Positano tem um movimento inces-sante de turistas nos meses mais quentesdo ano, entre maio e setembro. Em julho,a cidade está completamente lotada. Nempense em chegar sem reserva de hotel nesseperíodo. Mas a capacidade de visitação élimitada pelo próprio espaço físico. As en-costas já estão todas ocupadas e não hápara onde a cidade se expandir. Além dis-so, tudo ali já é tombado como Patrimônio

Praia em Positano é quase ummero detalhe: o que quase todo

mundo quer mesmo é curtir oastral romântico da cidade

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da Humanidade pela Unesco, e novas cons-truções passam por complicados trâmitesburocráticos para aprovação. Assim, Posi-tano deve continuar pequena e exclusiva,como sempre foi.

Quem se dispuser a fugir do corredorturístico e perder-se no labirinto de vielasencarando as longas escadarias, encon-trará a porção mais autêntica de um bur-go com cerca de dois mil anos de história.Positano era o reduto favorito para osverões de luxúria dos aristocratas romanos.

É assim até hoje, de certa forma. Espe-cialmente para os privilegiados hóspedesdo Le Sirenuse, um dos mais badaladoshotéis da Europa, com diária a partir de €506. Tem quartos com vista para o mar,ba nheiros em mármore e champagne nogelo à espera dos hóspedes em frente à saca-da. Mesmo que não se hospedar lá, podeser o lugar para a maior extravagância daviagem: um jantar à luz de velas, vendoPositano iluminada ao fundo.

RUMO A AMALFIEntre Positano e Amalfi está o trecho

mais belo da Costa Amalfitana, com di-

versas praias ao longo do trajeto. A maio-ria delas são pequenas enseadas, escondi-das entre os paredões rochosos, com aces-so sempre por uma longa escadaria, muitasvezes com entrada apenas por propriedadesparticulares. Não é possível vê-las da estra-da, tampouco há placas indicando o iní-cio da escadaria que leva ao mar. Muitasvezes, só olhando pelo parapeito da pistapara ver a praia lá embaixo. Logo desco-bri que a indicação era notar qualquerfileira mais longa de carros estacionadosno acostamento.

As praias da Costa Amalfitana, porém,são mais agradáveis ao sentido da visãodo que ao tato, já que são de pedrinhas,e não de areia. O que as torna espe ciais éo entorno das montanhas e a trans parên-cia cristalina da água.

Em Positano, existem lanchas-táxi quefazem o transporte dos turistas para aspraias mais afastadas por cerca de € 5por pessoa. Vale a pena dar uma paradapara conhecer a beira-mar da cidade vizi -nha de Praiano. A praia de Praiano, narealidade, não passa de uma plataformaacimentada onde instalaram um bar e

Restaurante Max, em Positano:massas deliciosas e decoraçãocom peças de antiquário

Positano é amais charmosacidade da CostaAmalfitana, com

casas equilibradasnas encostas emuitas escadas

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Sacada da suíte do Hotel Le Sirenuse, consideradoum dos melhores da Europa

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colocaram espreguiçadeiras para alugar.Dito assim, parece até desinteressante.Mas não é, pois daquele ponto, não ob-struído pelos paredões, a vista que se temda costa, com Positano e Capri ao fundoda paisagem, é, provavelmente, a melhorque se pode ter da região. Além disso, omar bate na tal plataforma já a cerca dedois metros de profundidade, perfeitopara um mergulho.

De Praiano não leva nem 15 minutosaté Amalfi, a segunda cidade mais visita-da do roteiro. Amalfi também ganhou otraçado com vielas estreitas, mas passousem as longas escadarias. Fica num ter-reno relativamente plano, de frente a umporto natural na boca de um vale cerca-do nas laterais pelas escarpas do MonteLattari, um obstáculo natural historica-mente importantíssimo do ponto de vistade proteção contra invasores.

Apesar de minúscula, Amalfi tem umagrande história. No século 11 chegou aser uma das principais cidades do comér-cio marítimo do Mar Tirreno, disputan-do a supremacia com Veneza e Gênova.Era a capital da poderosa e rica Repúbli-ca Amalfitana, autora de um código marí-timo de leis seguido em todo o Mediter-râneo e com moeda própria aceita daGrécia à África.

A maioria dos turistas chega na cidadenos barcos que saem de Positano e Salerno,apenas para passar o dia. É tempo sufi-ciente para conhecer a bela catedral, cami-nhar pelas charmosas ruas com arcos, visi-

Vista panorâmica de Amalfi, que já foi uma das mais poderosas cidades da Europa durante a Idade Média em função do comércio em seu porto

A bela Catedral de Sant’Andrea, em Amalfi, com traços da arquitetura árabe

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tar a Grotta del Smeraldo (decepcionante,mas que toda agência de turismo vendecomo passeio imperdível), e depois almoçar,tomar um sorvete na Piazza Duomo e veras lojas. Há uma quantidade enorme delojas de souvenires, entre os quais os maistradicionais são as cerâmicas coloridas e ospapéis artesanais. Amalfi foi uma dasprimeiras cidades da Europa a fabricar pa-pel, isso por volta do século 11.

O bate e volta turístico, porém, nãopermite uma visita a Atrani, outra cidadeencantadora, mas pouco visitada, separadapor cinco minutos de caminhada de Amal-fi (veja box). Assim como se perde tam-bém um passeio em Ravello, que está numplatô no alto da montanha.

O mais recomendável, portanto, é fa-zer dois pernoites em Amalfi para poderconhecer melhor as duas cidades. Com avantagem de que os preços nos hotéis erestaurantes por lá saem por cerca de30% menos do que os cobrados em Posi-tano. Alguns restaurantes fazem promoçõescobrando valores fixos de menu, comprimeiro e segundo prato, além da so-bremesa, por € 18.

A SEGURA RAVELLOA entrada para Ravello surge logo após

Amalfi. Ao contrário das outras atraçõesda Costa Amalfitana, esta não fica ao ní-vel da estrada, mas cerca de 400 metrosacima dela. Para chegar é preciso encararuma subida íngreme por uma pista tãoapertada que, para evitar acidentes, foram

FOTO PANORÂMICA POR SONY CYBER-SHOT/TALES AZZI

Amalfi divide com Positano o protagonismo da Costa, mas cobra preços mais em conta

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DOIS SEGREDOSAMALFITANOS

A Costa Amalfitana ainda guardaalguns lugares encantadores quepouca gente conhece e permanecemtranquilos mesmo na alta tempora-da. É o caso de Atrani (foto acima),a apenas cinco minutos de cami-nhada de Amalfi e que, curiosamente,vive vazia. A cidade é tão bem dese-nhada quanto a vizinha mais fa-mosa. Preserva o clima de antiga-mente nas vielas, o astral bucólicodas plantações de limões nos arre-dores e uma igrejinha branca pen-durada no alto de uma pedra, numlugar tão inusitado quanto aparente-mente perigoso. Visitá-la não tomamais do que uma ou duas horas.

Outra parada é Scala, no alto doMonte Lattari, onde quase ninguémvai, com exceção dos próprios mo-radores. Mas é dos mirantes de Scalaque se tem a melhor vista de Rave-llo. É possível ver a cidade inteiraencarapitada no alto da falésia,observando de camarote o mar azulcintilando lá embaixo.

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tação. A primeira delas, com acesso na praçaprincipal, a Piazza Vescovado, serviu deresidência para o compositor alemão RichardWagner, que compôs ali sua última ópera,Parsifal. Entre março e novembro, há con-corridos concertos de música clássica quasetodos os dias nos jardins da Villa Rufolo,num palco montado ao ar livre.

Em Villa Cimbrone, por sua vez, umluxuoso hotel foi instalado na antiga man-são, cuja entrada exibe uma placa de már-more trazendo uma mensagem sobre mo-mentos de felicidade que Greta Garbopassou ali na primavera de 1938, na com-panhia do então namorado LeopoldoStokowsky. No final do jardim há um ter-raço decorado com estátuas romanas, oTerrazzo dell’Infinito, um incrível mirantede onde se veem as cidades de Maiori eSalerno. Daquele ponto fica mais fácil en-tender a fama de Ravello como o lugar noqual a natureza se casou com a arte.

Quem quiser esticar o passeio, podevisitar uma das vinícolas nos arredoresda cidade, como a Caruso ou a Sammar-co, ou conhecer duas fábricas artesanaisde limoncello (o famoso licor de limão

instalados até semáforos, de forma que otrânsito possa fluir em apenas um senti-do de cada vez. Antes, porém, fiz umdesvio rápido rumo a Scala, onde tive omelhor ângulo possível para admirar Ra-vello, vendo a cidade por inteiro assenta-da no topo da falésia comprida, comoum balcão natural diante do mar.

O motivo de erguer a cidade num lu-gar tão inusitado deve-se a questões desegurança. Quando o comércio marítimofazia a riqueza de Amalfi a partir do sécu-lo 90, o risco de ataques de piratas erauma constante. Em busca de proteção, asfamílias mais ricas construíram Ravellono alto da montanha.

A cidade é uma paz só. Tem cheiro deflor dos jardins e o único barulho é dospassarinhos. Carros são proibidos de cir-cular, já que não há ruas, apenas cami-nhos para pedestres – os automóveis fi-cam nos estacionamentos na entrada dacidade. Em uma única tarde, é possívelpercorrer todos os cantos do vilarejo.

Os jardins das duas principais mansõescentenárias, a Villa Rufolo e a Villa Cim-brone, são os principais pontos de visi-

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Jardim da Villa Cimbrone, emRavello, o refúgio da atriz GretaGarbo na primavera de 1938

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característico do sul da Itália), a Giardinidi Ravello e a Profumi di Ravello.

De volta pela estrada costeira, o tra-jeto vai ficando mais deserto a cada mi-nuto. As encostas vão sendo tomadas porplantações de limão e não há mais dispu-ta para estacionar os carros nos mirantes.As próximas cidades, Minori e Maiorinão têm o mesmo charme das outras.Adiante, Vietri Sul Mare é uma vila depescadores com mais barcos ancoradosdo que turistas. É sinal de que a CostaAmalfitana está chegando ao fim.

Até que surge Salerno, uma cidade comritmo intenso, trânsito pesado na avenidaà beira-mar e muitos contêineres empilha-dos no porto, onde, aliás, ancoram enormestransatlânticos que fazem a parada na Cos-ta Amalfitana. Salerno tem bons restau-rantes, calçadão arborizado e um centrohistórico bem legal. Vale uma esticada atélá. Mas nem se compara ao astral das pe-quenas cidades da costa.

O maior consolo era saber que a via-gem, porém, ainda não tinha acabado.Pois nenhuma viagem pela Costa Amalfi-tana seria completa sem uma visita à ilhamais famosa da Itália, Capri.

DE BARCO ATÉ CAPRIÀ medida que o barco avança, os paredões

rochosos que se erguem em pleno alto-mar exercem um efeito magnético aos olhos dos recém-chegados. É o primeirosinal de que você está próximo de Capri,uma ilha pequena, com 6 km de extensão

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MANJA CHE TE FA BENNE!Comer bem faz (ou deveria fazer) parte de

qualquer viagem pela Itália. E o tour gastronômi-co começa logo em Nápoles, com a mais tradi-cional pizza do planeta, já que foi lá que inven-taram a famosa margherita (homenagem à rai-nha Margherita di Savoia), que leva molho detomate (delicioso), queijo (bem pouco) e man-jericão. No centro histórico, vá à Pizzeria Sor-billo (Via dei Tribunali, 32), e para comer umamassa à Trattoria da Carmine (Tribunali, 330).

A muzzarella de búfala é outra especialidadeda região da baía de Nápoles: fresca e macia.Assim como os tomates e o molho sugo, bemmais saborosos do que os do Brasil. São todosingredientes principais nas saladas locais. Muz-zarela de búfala, tomate, manjeri-cão e azeitevão na conhecida salada caprese, servida emqualquer lugar. Mas nenhuma será tão originale divinamente inesquecível quanto a servidano restaurante do Hotel Capri Palace, o maisluxuoso da ilha de Capri. Uma variação à alturaé a salada com muzzarella de búfula, rúcula,pimentão, tomate seco e pão.

Por se tratar de litoral, não haveria de faltarfrutos do mar. Assim, são festejados as en-tradas e os primeiros pratos (massa ou risoto)com receitas marinhas. É o caso do antepastoriccio, que traz camarões, polvo e vôngole, e oclássico talharine com frutos do mar (quasetodo restaurante tem e é ótimo). Para acom-panhá-los, o vinho da região da Campânia, quegoza de certo prestígio, é branco de uva fiano.Mas nem se preocupe se pedir o vinho da casamesmo. Raramente desagradam, com a van-tagem de custar menos que refrigerante. Umajarrinha com duas taças cheias de vinho dacasa varia entre € 3 e € 5.

Em Positano, o Saraceno d’Oro (Via Pasitea,254) é para comer bem sem gastar demais. Jápara uma extravagância, um jantar à luz de ve-las, diante da melhor vista noturna da cidade, omais indicado é o restaurante do Hotel Le Sirenuse.

Em Capri, os cardápios trazem uma sobreme-sa de nome simpático, a Ana Caprese (foto aci-ma), que é uma torta de chocolate com amên-doas moídas. Já o sorvete, nem precisa espe-rar a sobremesa: é para todo momento. É omais delicioso pretexto para livrar-se das moe-dinhas de euro. E para quem acha que choco-late bom é o suíço, deve provar o chocolateitaliano, mais especificamente o fabricado emTorino, que tem a fama de ser o melhor da Itália.Os da marca Caffarel são divinos.

Para finalizar, o café expreso. Mas esse é umassunto à parte. Café é levado a sério na Itália,que preza seus baristas como se fossem ver-dadeiros mestres da alta gastronomia. O ex-presso vem em dose mínima, bem forte e con-centrado, não é todo mundo que admira. Parapedir um café com leite a palavra é: “ameri-cano”. Boa pedida para acompanhar o expres-so é experimentar a pastizzeria napolitana, ondenunca falta um bolinho chamado zeppoline,feito com batata e coberto de açúcar, que lem-bra o clássico bolinho de chuva.

No caso de um aperitivo, vá de limoncellogelado, licor feito com o grande limão plan-tado aos montes nas encostas amalfitanas.Aproveite para trazer algumas garrafas paracasa, uma das poucas coisas com preço maisem conta por lá. Em Ravello, compre diretodas fábricas artesanais, como a Giardini diRavello e a Profumi di Ravello.

O limoncello, souvenir típicoO limoncello, souvenir típico “Ana Caprese” servida no Capri Palace Hotel“Ana Caprese” servida no Capri Palace Hotel Pizza de aliche, em NápolesPizza de aliche, em Nápoles

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Escultura romana vigia olitoral de Capri do alto doMonte Solaro, com acesso peloteleférico que sai de Anacapri

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CAPA | COSTA AMALFITANA

58 VIAJE MAIS

Os Faraglioni, imponentes ilhasrochosas que são o símbolo de Caprie podem ser vistas de vários ângulos

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VIAJE MAIS 59

por apenas 2 km de largura – pouco maisda metade de Fernando de Noronha (PE).

A ilha é adorada pelos italianos desdeque o imperador romano Tibérius, des-confiado de que tramavam sua morte emRoma, resolveu mudar-se para lá no ano27 depois de Cristo. Tibérius mandouerguer um castelo no alto da montanhamais alta da ilha e ainda espalhou outras12 mansões ao redor das praias.

Capri era a joia maior do Império Ro-mano. Subir até as ruínas de Tibérius,chamadas de Villa Jovis, exige um boca-do das pernas além de um mapa para an-dar pelas vielas. A ilha também herdou oestilo clássico de urbanismo de caminhosestreitos típicos da Costa Amalfitana.

Cerca de quatro milhões de turistasvisitam a ilha a cada ano vindos nos bar-cos que saem todos os dias de Sorrento,Positano, Amalfi e Salerno. Os mais pri-vilegiados chegam de helicóptero ou iatesparticulares. Muitos passam o dia e logovão embora, depois de andar por algu-mas trilhas e pegar uma praia na MarinaPiccola. Mesmo porque falta hotel paratanta gente e a grande demanda mantémos preços tão altos quanto o velho caste-lo de Tibérius. Carros não entram e a

única forma de circular pela ilha é tomaros ônibus ou os táxis que circulam pelaúnica rua-estrada entre suas duas cidades:Capri, que fica à beira-mar, e Anacapri,na montanha.

A ilha é tão bela que fica até difícil di-zer qual é a sua principal paisagem. Algunspreferem o Arco Natural, um portal depedra esculpido pela natureza, outros ado-ram o visual de Punta Tragara, que dá decara com os Faraglioni, três rochedos altosque brotam no meio do mar (e fazem atélembrar o Morro Dois Irmãos de Noro-nha). Há ainda as ruínas romanas do MonteSolaro, acessadas por um teleférico emAnacapri e os jardins da Villa San Michelle,em Anacapri. Para ver tudo isso, o jeito écaminhar entre as multidões de turistas. Oburburinho é intenso. Não somente emterra firme como também no mar, disputa-do por lanchas, iates e transatlânticos quecongestionam a Marina Grande.

O principal passeio é fazer a navegaçãoque contorna a ilha, com parada na GrottaAzzurra, ou Gruta Azul. É onde você trocao barco por uma canoa para entrar numafenda na rocha. Lá dentro, aquele túnelapertado abre-se num salão de rocha cal-cária cuja água do mar, iluminada por baixo

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pela luz exterior que penetra na parte sub-mersa da abertura da caverna, ganha umamágica tonalidade azul. Seria bem mais le-gal se não fosse o excesso de canoas queentram na gruta ao mesmo tempo. Os ca-noeiros ainda promovem uma cantoriacom músicas italianas para testar o eco dacaverna e a transformam numa espécie defeira-livre marinho-espeleológica.

Agradecimentos: Hotel Le Sirenuse e Capri Palace Hotel

Também é possível chegar à Grotta Az-zurra caminhando por cerca de uma horaa contar do cais de Marina Grande. Já parao banho de mar, os pontos de mergulhomais recomendados são o Bagno di Tiberio,à direita de Marina Grande, e a praia ro-chosa de Marina Piccola.

À noite, depois que os visitantes dodia partem de volta ao continente, Caprirespira bem mais calma. Olhar as vitrinese caminhar pelas ruas do núcleo históri-co de Anacapri faz parte do programa. Ailha é cheia de lojas de grife: Versacce,Dolce&Gabanna, Tiffany’s...

Comprar é uma tentação, mas os preçosassustam. Barato mesmo só as garrafi nhasde limoncello. O ponto de encontro é aPiazzetta, com diversos bares com mesasao ar livre, ao lado do mirante e da igrejade Santo Stefano. Não há melhor lugarpara ver Capri passar, ou melhor, desfilar,na última moda, e finalizar um roteirofantástico. Principalmente se for a dois.

A Piazzeta, em Anacapri, ponto de encontro noturno

em Capri, para ver e ser visto

Conhecer a Grotta Azzurrafaz parte do roteiro dospasseios de barco na ilha

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A água cristalina é um conviteao mergulho no mar de azul da charmosa ilha de Capri

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CAPA | COSTA AMALFITANA

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da congestionada e os preços nas al-turas. Prefira maio e começo de ju-nho, ou então espere pela segundaquinzena de agosto e vá tranquilo atéo final de outubro.

COMO CHEGARNão há voos diretos do Brasil para

Nápoles. A Lufthansa – lufthansa.com.br – tem os melhores preços, apartir de R$ 1.850, mas com longasconexões, de no míni mo cinco horas,em Munique. Com a Alitalia –

alitalia.com –, os bilhetes para Nápolessaem a partir de € 1.432, cerca deR$ 3.500, com conexão em Roma.

ONDE FICAR EM GRANDE ESTILO

Le Sirenuse – É o mais luxuosohotel da Costa Amalfitana. Tem loca-lização central, quartos impecáveisdecorados com móveis finos, ba nheiroscom piso e paredes de mármore, pisci-na e restaurante sobre um terraço de-bruçado para a melhor vista da cidadee champagne no gelo à espera doshóspedes. Tudo isso, claro, tem umpreço, mas em patamares mais real-istas na baixa temporada: a partir de€ 385. Na alta sobem a partir de € 550. sirenuse.it.

Capri Palace – O hotel mais bada -lado de Capri é uma passarela de cele-bridades internacionais. A suíte maiscara, com terraço de cobertura, jardime piscina privativa, custa € 5.600 adiária na alta temporada. O grandedestaque é o spa, moderníssimo e

em relação a Brasília Embaixada brasileira em Roma:Piazza Navona, 14, ) (00xx39-06)683-981

QUANDO IREvite o período entre o final de ju-

nho e o começo de agosto, pois aCosta Amalfitana está lotada, a estra-

PROGRAME SUA VIAGEMPROGRAME SUA VIAGEM

INFORMAÇÕES GERAISDocumentos: pas saporte com vali-dade mínima de seis mesesIdioma: italiano Moeda: euroCotação: € 1 vale R$ 2,49Para ligar a cobrar para o Brasil:) 800-17-2211Fuso horário: cinco horas a mais

Eslovênia

TunísiaArgélia

Croácia

BósniaHerzagovina

ÁustriaSuíça Hungria

Itália

MarMediterrâneo

ROMA

Itália

Costa Amalfitana

Mar Tirreno

Nápoles

Pompéia

Sorrento PositanoAmalfi

Salerno

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VIAJE MAIS 63

tos equipados com minicozinha, sala,quarto e banheiro: € 100 (baixa) e €120 (alta). privativorifugiodeglidei.it.

Hotel Antica Republica Amalfi– Quartos básicos que não desapon-tam num casarão de uma viela deAmalfi. A partir de € 60 (baixa) e €150 (alta). starnet.it/anticarepublica.

Villa Lara – Uma pousada no fi-nal da rua principal de Amalfi, ofe-rece bons quartos, é bem clean esossegada. A partir de € 90 (baixa) e€ 175 (alta). villalara.it.

Hotel Belsito – Em Capri, émodesto, mas bem localizado, a cur-tas caminhadas da Piazzeta e do ArcoNaturale. Peça quarto com vista paraa Marina Piccola. A partir de € 80(baixa) e € 180 (alta). hotelbelsito.com.

PACOTESOs pacotes para a Costa Amalfi-

tana são bem variados, pois incluemo destino em meio a uma viagem maislonga pela Itália, geralmente com Ro-ma ou Sicília. É uma boa ideia, mas

lembre-se que para poder entrar noclima de Positano, Amalfi e Capri ébom fazer, no mínimo, um pernoiteem cada. O ideal mesmo seria ficarduas noites em Positano, duas emCapri e uma em Amalfi, ou seja, cin-co noites ao todo. Alguns pacoteschegam ao cúmulo de vender o des-tino como mero passeio de um diapela costa inteira, só para o turista vera paisagem pela janelinha do ônibuse ficar morrendo de vontade. Fuja de-les. A Claudia Lopez Turismo – )(11) 3812 1256, claudialopezturis-mo. com – tem uma opção interes-sante: 12 noites, com Nápoles, Amal-fi, Sorrento, Anacapri e Roma (não in-clui hospedagem em Positano), comcarro incluído por uma semana parapercorrer o litoral amalfitano e pas-sagens aéreas para Nápoles (retornovia Roma) a partir de US$ 2.675 porpessoa. Consulte também: New Age– ) (11) 3138-4888, newage.tur.br–; e New Line Operadora – )0800-600-2524, newline.tur.br.

especializado em tratamentos para aspernas. Esportistas famosos, comoTiger Woods e Roger Federer já tes-taram os serviços. A partir de € 340(baixa) e € 460 (alta). capripalace.com.

Villa Cimbrone Hotel – Um doshotéis de charme mais prestigiadosda Europa, instalado na mansão cen-tenária, em meio ao mais belo jardimde Ravello, a Villa Cimbrone. A partirde € 330 (baixa) e € 410 (alta). vil-lacimbrone.com.PARA FICAR MUITO BEM

Hotel Buca di Baco – Estiloso,com localização central em Posi-tano e quartos com vista para o mar.A partir de € 200 (baixa) e € 240(alta), mas sem vista para o mar nessevalor. bucadibacco.it.

Hotel Vittoria – Um três estrelasna área de Fornillo, em Positano. Quar-tos com grande varanda e bonita vista.€ 120 (baixa) e € 150 (alta). hotevit-toriapositano.it.

Bella Vista – Hotel instalado numcasarão histórico interessante em

Anacapri. Os quartos são amplos,mas sem luxo. A partir de € 90 (baixa)e € 170 (alta). bellavistacapri.comPARA FICAR BEM SEM GASTAR DEMAIS

Villa Mary – Excelente custo-benefício em Positano. Um Bed&Break-fast novo e bonito, numa casa bran-ca, muito clean. São três quartos ape-nas, com varanda privativa, onde éservido o café da manhã. Fica a cin-co minutos de cami nhada do cen-trinho. A partir de € 90 (baixa) e€ 150 (alta). villamary.it.

Pensione Maria Luisa – Umadas poucas opções econômicas emPositano. Está a cinco minutos decaminhada da praia de Il Fornillo e adez mi nutos do centrinho. Prefira osquartos com terraço, pois a diferençade preço é pequena: € 80, sem caféda manhã (para mais de duas noitesdá desconto). pensionemarialuisa.com.

Rifugio Degli Dei – Bed&Break-fast instalado num sítio, a dois minu-tos de carro de Positano. É cercadode verde e conta com três apartamen-