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JOELMA IRIS SOUZA DA SILVA, CPF:04753413764 CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE PÚBLICA – SUSEP PROFESSOR: DEUSVALDO CARVALHO www.pontodosconcursos.com.br 1 AULA ZERO: CONTABILIDADE PÚBLICA - CONCEITO, OBJETO, REGIME, CAMPO DE APLICAÇÃO, BENS PÚBLICOS Colega concursando! Para quem ainda não me conhece farei essa resumida apresentação: Graduado e Pós-Graduado em Ciências Contábeis; Atualmente ocupo o Cargo de Perito Criminal Federal – Departamento de Polícia Federal – ES; Professor na Academia Nacional da Polícia Federal, FGV/RJ e em diversos cursos preparatórios para concursos em BH, Teresina, Campo Grande – MS, Vitória – ES etc. Chefe de Administração e Logística Policial – SR/ES. Cargos ocupados: Auditor Fiscal da atual Receita Federal do Brasil; Professor Efetivo – UFMS/UFES Controlador de Recursos Públicos – Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo. Entre outros, foi aprovado nos seguintes concursos: 1º. Lugar - Auditor do Estado de Mato Grosso; 1º. Lugar - Prof. efetivo da UFMS; 2º. Lugar – Auditor Fiscal no ES; 2º. Lugar - Analista do TRF 4ª região - Florianópolis; 2º. Lugar - Analista TRE/AC; 4º. Lugar - AFC – CGU; 6º. Lugar – TRF 3ª Região – São Paulo; 6º. Lugar - Auditor Substituto de Conselheiro TCE/PI; 7º. Lugar - Auditor Substituto de Conselheiro TCE/ES; 8º. Lugar - Auditor Substituto de Conselheiro TCM/CE; 51º. Lugar - Perito Criminal Federal – DPF/MJ. Livros editados: Orçamento e Contabilidade Pública – 5ª Edição – Editora Campus – Série provas e concursos/2010; LRF – Doutrina e Jurisprudência – 1ª Edição – Editora Campus – Série provas e concursos/2009; Meus amigos! Satisfação por estarmos juntos mais uma vez nessa empolgante jornada de estudos, em especial, no concurso para a SUSEP, objetivo de muitos candidatos por se tratar de um excelente cargo e com remuneração extremamente atrativa.

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AULA ZERO: CONTABILIDADE PÚBLICA - CONCEITO, OBJETO, REGIME, CAMPO DE APLICAÇÃO, BENS PÚBLICOS Colega concursando! Para quem ainda não me conhece farei essa resumida apresentação: Graduado e Pós-Graduado em Ciências Contábeis; Atualmente ocupo o Cargo de Perito Criminal Federal – Departamento de Polícia Federal – ES; Professor na Academia Nacional da Polícia Federal, FGV/RJ e em diversos cursos preparatórios para concursos em BH, Teresina, Campo Grande – MS, Vitória – ES etc. Chefe de Administração e Logística Policial – SR/ES. Cargos ocupados: Auditor Fiscal da atual Receita Federal do Brasil; Professor Efetivo – UFMS/UFES Controlador de Recursos Públicos – Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo. Entre outros, foi aprovado nos seguintes concursos: 1º. Lugar - Auditor do Estado de Mato Grosso; 1º. Lugar - Prof. efetivo da UFMS; 2º. Lugar – Auditor Fiscal no ES; 2º. Lugar - Analista do TRF 4ª região - Florianópolis; 2º. Lugar - Analista TRE/AC; 4º. Lugar - AFC – CGU; 6º. Lugar – TRF 3ª Região – São Paulo; 6º. Lugar - Auditor Substituto de Conselheiro TCE/PI; 7º. Lugar - Auditor Substituto de Conselheiro TCE/ES; 8º. Lugar - Auditor Substituto de Conselheiro TCM/CE; 51º. Lugar - Perito Criminal Federal – DPF/MJ. Livros editados: Orçamento e Contabilidade Pública – 5ª Edição – Editora Campus – Série provas e concursos/2010; LRF – Doutrina e Jurisprudência – 1ª Edição – Editora Campus – Série provas e concursos/2009; Meus amigos! Satisfação por estarmos juntos mais uma vez nessa empolgante jornada de estudos, em especial, no concurso para a SUSEP, objetivo de muitos candidatos por se tratar de um excelente cargo e com remuneração extremamente atrativa.

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A conquista de uma das vagas depende praticamente de você: seu esforço, dedicação, planejamento, persistência, vontade de vencer e jamais desistir nos momentos difíceis. Você se decidiu pela conquista de uma vaga de Analista da SUSEP, portanto, por favor, evite contato com os pessimistas ou derrotados, vá em frente à busca de seus objetivos. Não se esqueça! Quem estuda para o concurso da SUSEP, indiretamente está se preparando, entre outros, para os Cargos de Auditor de Controle Externo/TCU, Perito Criminal Federal do DPF, em especial, para a Área de Perícia Contábil, posto que muitas disciplinas são coincidentes. O meu objetivo é procurar “facilitar sua jornada de estudos”, ou seja, mostrar-lhes o caminho mais curto para o aprendizado e, em conseqüência, ajudá-lo a concretizar seus ‘SONHOS’, ou seja, os objetivos almejados. A nossa experiência nessa área, em especial, nos concursos realizados pela ESAF é bastante “madura”. Tenho realizado, sempre que possível, alguns cursos e concursos objetivando me manter atualizado e “antenado” nessa empolgante “brincadeira”! Nesta aula demonstrativa abordaremos questões que contemplam diversos assuntos da Contabilidade Pública, porém, nas aulas subseqüentes iremos dividir as questões por tópicos específicos. Por favor! Procure estudar concentrado, se possível, descansado, isso porque o estudo da Contabilidade Pública exige atenção e concentração, haja vista a riqueza de detalhes e peculiaridades dessa disciplina. Estudar para concursos nos dias atuais exige bastante atenção do candidato. Quem “se destaca” na prova de Contabilidade Pública geralmente faz a diferença no resultado do concurso, posto que são questões diferenciadas e que poucos acertam. Portanto, procure começar bem! Não comece seus estudos “achando” ou “pensando” que essa matéria é chata ou difícil. Isso é mito! Aprender Contabilidade Pública para fazer prova de concurso é simples e sem muita complicação. O conteúdo e a forma com que temos abordado nossas aulas têm sido mais do que suficiente para o candidato realizar excelentes provas.

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Portanto, por favor! Não fique tentando entender os “N” lançamentos/registros contábeis, as “N” contas, os infinitos anexos etc. Procure focar basicamente nos conteúdos abordados. Repito! O conteúdo abordado em nossas aulas é suficiente para que você realize uma excelente prova, basta estudar razoavelmente a matéria e fazer bastantes exercícios. Ao estudar essa nota de aula, você estará garantindo acerto de algumas questões para sua classificação. Assim, comece a fazer a diferença desde já. É importante esclarecer: essa é só uma aula demonstrativa. É a oportunidade para o aluno conhecer a didática, metodologia e até mesmo o “humor” do professor. Esse tipo de curso proporciona ao aluno bom método de estudo, em especial, através de questionamentos no fórum de dúvidas e respectivas respostas, tanto dos seus quanto de colegas. Dessa forma você poderá tirar proveito dessa metodologia. Isso é importante e muitos candidatos obtiveram aprovação através dessa forma de ensino (interação com outros alunos). Sei que muitos alunos têm pouca familiaridade com o conteúdo da disciplina Contabilidade Pública. Assim, utilizarei, sempre que possível, uma linguagem mais informal. Logo, desculpo-me com os que já conhecem e dominam o assunto com mais vagar. Qualquer termo ou frase que não tenha ficado claro, por favor, sem nenhum receio, tire suas dúvidas no fórum. Enfatizo: Estude concentrado no foco do respectivo concurso. Aproveite a oportunidade, para estudar com o pensamento “terei de aprender o conteúdo, pois passarei nesse concurso e aplicarei, na prática, o conhecimento teórico adquirido, ou seja, executar, trabalhar – desempenhar a função”. Vamos adiante e aproveite a oportunidade, para sair na frente dos concorrentes. Esse é o concurso de seus sonhos? Imagine você ocupando esse cargo e percebendo remuneração superior a R$ 10.000,00. Então estude! Só assim poderá ocupá-lo e desfrutar de seus benefícios.

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Procure estímulo para estudar! Está satisfeito com o cargo ou emprego atual? Se a resposta for não, “chute o balde”! Só seu esforço tirará você dessa situação e verá que valeu a pena. Como é de costume, não medirei esforços para trabalhar com muita dedicação e boa vontade, objetivando contribuir da melhor forma possível para que você realize sua merecida conquista e alcance seus objetivos. Análise do conteúdo programático: Antes, porém, um ALERTA! A disciplina Contabilidade Pública sofreu recentes alterações com a edição dos seguintes instrumentos normativos: Manual da Receita e da Despesa Pública Nacional e o Manual de Contabilidade Pública, além de outras normas provenientes da Secretaria do Tesouro Nacional – STN. A disciplina Contabilidade Pública é rica em detalhes e peculiaridades, portanto, ao estudar essa matéria seja bastante atencioso, pois as bancas de concursos “pegam” nos detalhes (notas de rodapé), principalmente a ESAF e o CESPE. Procure nunca se descuidar das normas (Lei nº 4.320/64, Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF, Decreto nº 93.872/86, Portarias nº 42/99 e nº 163/01- MPOG/STN). Ao estudar essa disciplina é muito importante que o concursando(a) tenha esses instrumentos normativos nas “mãos”, para consulta constante. Por fim, preste bastante atenção às dicas e principalmente ao que vem sendo “cobrado” em concurso. Vou trabalhar, preferencialmente, com questões da ESAF, haja vista que essa instituição será responsável pelo concurso da SUSEP/2010. Geralmente o candidato que domina ou que possui bons conhecimentos das disciplinas Administração Financeira e Orçamentária - AFO e Contabilidade Pública faz a diferença nos concursos da SUSEP, MPOG, CGU, TCU, STN etc. Reflexão! Um momento de reflexão para os desanimados! Sabe-se que a grande maioria das pessoas desiste dos seus sonhos quando já estão a um passo da conquista. Desistem muitas vezes por muito pouco, pois é mais fácil desistir do que prosseguir. Desistem dos estudos, do objetivo perseguido por muito tempo ou de um grande sonho, do trabalho, dos projetos, etc. Pense um pouco, neste momento, quantas

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coisas você deixou de fazer, no ano que passou? Tenho certeza de que devem ser várias. Eu pergunto, por que você não fez? O que lhe impediu para conseguir realizar? Pense! O sol nasce para todos, porém, a sobra é só para quem procura! Atenção! Para os tópicos que não encontramos questões da ESAF inserimos as de outras instituições. O mais importante é contemplarmos todos os tópicos com questões de concursos atualizados. Vamos ao nosso estudo! 1. CONTABILIDADE PÚBLICA 1.1. Conceito A Norma Brasileira de Contabilidade - NBC T 16.1/2008 – Resolução CFC nº. 1.128/08, conceitua a Contabilidade Aplicada ao Setor Público como o ramo da ciência contábil que aplica, no processo gerador de informações, os Princípios Fundamentais e as normas contábeis direcionados ao controle patrimonial das entidades do setor público. Estabelece ainda que a Contabilidade Aplicada ao Setor Público tem como objetivo fornecer aos usuários informações sobre os resultados alcançados e os aspectos de natureza orçamentária, econômica, financeira e física do patrimônio da entidade do setor público, em apoio ao processo de tomada de decisão, à adequada prestação de contas e ao necessário suporte para a instrumentalização do controle social. Conclui-se que a Contabilidade Pública é um ramo da ciência contábil que estuda, orienta, controla e registra os atos e fatos da administração pública, demonstrando o seu patrimônio e as suas variações, bem como acompanha e evidencia a execução do orçamento. Assim como em outras ciências, a contabilidade possui diversos ramos, entre eles situa-se o da Contabilidade Pública. Alguns conceitos previstos em norma legal: “A contabilidade Pública estuda, registra, controla e demonstra o orçamento aprovado e acompanha a sua execução” (art. 78, do Decreto-Lei nº 200/67). “A contabilidade deverá apurar os custos dos serviços de forma a evidenciar os resultados da gestão” (art. 79, do Decreto-Lei nº 200/67).

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“Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a permitirem o acompanhamento da execução orçamentária, o conhecimento da composição patrimonial, a determinação dos custos dos serviços industriais, o levantamento dos balanços gerais a análise e interpretação dos resultados econômicos e financeiros” (art. 85, da Lei nº 4.320/64). “A contabilidade evidenciará perante a Fazenda Pública a situação de todos quantos, de qualquer modo, arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou guardem bens a ela pertencentes ou confiados” (art. 83, da Lei nº 4.320/64). Compilando os conceitos e regras acima pode-se afirmar que a contabilidade pública registra os atos e fatos contábeis, a exemplo da previsão da receita e a fixação da despesa estabelecida no orçamento, escritura a execução orçamentária, faz a comparação entre a previsão e a realização das receitas e despesas, controla as operações de crédito, a dívida ativa, os valores, os créditos, as obrigações, etc. e ainda revela as variações patrimoniais e demonstra a situação do patrimônio público. Foi cobrado em concurso! (ESAF – AFC/CGU – 2006) Segundo o que dispõe o art. 85 da Lei n. 4.320/64, os serviços de contabilidade serão organizados de forma a permitirem, exceto, a) o conhecimento da composição do patrimônio. b) acompanhar a execução orçamentária. c) análise e interpretação dos resultados econômicos. d) determinar os custos dos serviços industriais. e) evidenciar a arrecadação tributária líquida. Resolução Atenção! O comando da questão pede uma opção que contraria a determinação do art. 85 da Lei nº. 4.320/64. O art. 85 da Lei nº. 4.320/64 determina que os serviços de contabilidade sejam organizados de forma a permitirem o acompanhamento da execução orçamentária, o conhecimento da composição patrimonial, a determinação dos custos dos serviços industriais, o levantamento dos balanços gerais, a análise e a interpretação dos resultados econômicos e financeiros. Portanto, a organização dos serviços de contabilidade deve permitir: O acompanhamento da execução orçamentária; O conhecimento da composição patrimonial; A determinação dos custos dos serviços industriais;

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O levantamento dos balanços gerais; A análise e a interpretação dos resultados econômicos e financeiros. Portanto, os serviços de contabilidade não são organizados de forma a evidenciar a arrecadação tributária líquida. Opção E. 1.2. OBJETIVO DA CONTABILIDADE PÚBLICA Conforme a NBC T/CFC 16.1/2008, o objetivo da Contabilidade Aplicada ao Setor Público é fornecer aos usuários informações sobre os resultados alcançados e os aspectos de natureza orçamentária, econômica, financeira e física do patrimônio da entidade do setor público e suas mutações, em apoio ao processo de tomada de decisão; a adequada prestação de contas; e o necessário suporte para a instrumentalização do controle social. 1.3. FUNÇÃO SOCIAL DA CONTABILIDADE PÚBLICA Segundo a NBC T/CFC 16.1/2008, a função social da Contabilidade Aplicada ao Setor Público deve refletir, sistematicamente, o ciclo da administração pública para evidenciar informações necessárias à tomada de decisões, à prestação de contas e à instrumentalização do controle social. 1.4. CAMPO DE APLICAÇÃO Segundo a NBC T/CFC 16.1/2008, o campo de aplicação da Contabilidade Aplicada ao Setor Público abrange todas as entidades do setor público. As entidades abrangidas pelo campo de aplicação devem observar as normas e as técnicas próprias da Contabilidade Aplicada ao Setor Público, considerando-se o seguinte escopo: 1. Integralmente, as entidades governamentais, os serviços sociais e os conselhos profissionais; 2. Parcialmente, as demais entidades do setor público, para garantir procedimentos suficientes de prestação de contas e instrumentalização do controle social. Síntese:

Conceito de Contabilidade Pública

É o ramo da ciência contábil que aplica, no processo gerador de informações, os Princípios Fundamentais e as normas contábeis direcionados ao controle patrimonial das entidades do setor público.

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Objeto da Contabilidade Pública

Apenas o Patrimônio Público.

Objetivo da Contabilidade Pública

Fornecer aos usuários informações sobre os resultados alcançados e os aspectos de natureza orçamentária, econômica, financeira e física do patrimônio; Adequada prestação de contas; Necessário suporte para a instrumentalização do controle social.

Função social da Contabilidade Pública

Refletir, sistematicamente, o ciclo da administração pública para evidenciar informações necessárias à tomada de decisões, à prestação de contas e à instrumentalização do controle social.

Campo de aplicação

1. Integralmente, as entidades governamentais, os serviços sociais e os conselhos profissionais; 2. Parcialmente, as demais entidades do setor público, para garantir procedimentos suficientes de prestação de contas e instrumentalização do controle social

Informações evidenciadas Estudo, registro, controle do orçamento aprovado e de sua execução.

Obrigatoriedade na Contabilidade Pública

Apurar os resultados da gestão e os custos dos serviços para evidenciar o resultado da gestão.

Organização da Contabilidade Pública

Para permitir: Acompanhamento da execução orçamentária; Conhecimento da composição patrimonial; Determinação dos custos; Levantamento dos balanços gerais (orçamentário, financeiro, patrimonial, demonstração das variações patrimoniais, balanço consolidado da união, demonstração do fluxo de caixa, demonstração do resultado econômico e notas explicativas).

Evidenciação (demonstração)

De todos os que arrecadem receitas, efetuem despesas, administre ou guarde bens (próprios ou de terceiros).

Registro na Contabilidade Pública

Fatos econômicos e atos administrativos.

Questionamento! A contabilidade pública é o ramo da ciência contábil que: a) é aplicada a toda a estrutura da administração pública direta e indireta, sem exceção. b) Evidencia e administra toda a estrutura da administração pública. c) é aplicada apenas à administração direta. d) é aplicada apenas à administração indireta.

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e) aplica, no processo gerador de informações, os Princípios Fundamentais e as normas contábeis direcionados ao controle patrimonial das entidades do setor público. Essa questão facílima dispensa “esforço de memória”. A intenção é fixar o aprendizado. A contabilidade pública aplica-se a toda a administração direta e indireta (Autarquias, Fundações Públicas e Empresa Estatal Dependente). Algumas entidades da administração indireta (Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista que exercem atividade econômica), só utilizam as regras da contabilidade pública quando recebem recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social para custeio de pessoal e custeio em geral. Exemplo de empresa pública e sociedade de economia mista que não utiliza a contabilidade pública: ECT e BB. Exemplo de empresa pública que aplica integralmente a contabilidade pública: EMBRAPA. Opção “e”. A Contabilidade Pública registra atos? Sim, o registro de atos administrativos é uma das peculiaridades dessa matéria. Exemplo: o ajuste de um convênio ou um contrato (ato administrativo), deve ser controlado através de registros contábeis. Esse controle é realizado no sistema de compensação, através das contas de compensação (art. 105, § 5º, da Lei nº 4.320/64). Existem diferenças entre a Contabilidade Pública e a Contabilidade Empresarial? Sim, ao longo deste curso iremos apontar as principais diferenças. Vimos acima que a contabilidade pública registra atos através das contas de compensação e ainda acompanha e controla a execução do orçamento. Essas diferenças em relação à contabilidade geral são relevantes, haja vista que esta (contabilidade geral), não registra o controle do orçamento e nem contabiliza atos administrativos. Mais uma diferença! Na Contabilidade Pública o registro nas contas de compensação é obrigatório (art. 105, § 5º, da Lei nº 4.320/64). Na contabilidade empresarial esse registro é facultativo. Natureza do registro dos atos e fatos na Contabilidade Pública: A Contabilidade Pública registra os atos e fatos de natureza orçamentária, financeira, patrimonial, industrial, de compensação, bem como os custos dos serviços da administração pública (arts, 89 e 105, § 5º, da Lei nº 4.320/64).

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Portanto, a Contabilidade Pública deverá evidenciar, perante a fazenda pública, a situação de todo gestor público que arrecada receita, efetue despesa, administra ou guarda bens a ela pertencentes ou confiados (art. 83 da Lei 4.320/64). Foi cobrado em concurso! (ESAF – CONTADOR – PREFEITURA/RECIFE - 2003) A Contabilidade Pública: I. deve evidenciar, em seus registros, o montante dos créditos orçamentários vigentes, a despesa empenhada e a despesa realizada, à conta dos mesmos créditos, e as dotações disponíveis. II. é disciplina que aplica na administração pública as técnicas de registros e apurações contábeis em harmonia com as normas gerais do direito financeiro. III. é um conjunto de agentes econômicos que estabelece metas específicas para um determinado período, comanda recursos e traça planos e decisões com relação às ações econômicas. IV. aplica normas de escrituração contábil, registra a previsão da receita, a fixação das despesas e as alterações introduzidas no orçamento. Está correto apenas o contido em: a) II b) II e III c) I e IV d) I, II e IV e) I, II e III Resolução I O art. 90 da Lei 4.320/64 estabelece que a contabilidade deverá evidenciar, em seus registros, o montante dos créditos orçamentários vigentes, a despesa empenhada e a despesa realizada, à conta dos mesmos créditos, e as dotações disponíveis. Certo. II A contabilidade Pública é disciplina que aplica na administração pública as técnicas de registros e apurações contábeis em harmonia com as normas gerais do direito financeiro (Lei nº. 4.320/64). Certo. III Um conjunto de agentes econômicos que estabelece metas específicas para um determinado período, comanda recursos e traça planos e decisões com relação às ações econômicas é o conceito de administração pública. Errado. IV A Contabilidade Pública aplica normas de escrituração contábil, registra a previsão da receita, a fixação das despesas e as alterações introduzidas no orçamento. Portanto, pode-se observar pelo conceito que é função da Contabilidade Pública o controle do orçamento. Certo. Opção D.

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Foi cobrado em concurso! (CESPE – MJ/Perito Criminal Federal/2004) Cabe à contabilidade evidenciar, perante a fazenda pública, a situação de todos quantos, de qualquer modo, arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou guardem bens a ela pertencentes ou confiados. Resolução Nessa disciplina devemos sempre ficar atento aos conceitos legais. Às vezes os questionamentos são “cobrados” literalmente como está na norma. Essa questão foi praticamente “Ctrl C e Ctrl V” do art. 83 da Lei nº 4.320/64. Pior é que muita gente erra! Faz parte! Veja o teor desse artigo: “Art. 83. A contabilidade evidenciará perante a Fazenda Pública a situação de todos quantos, de qualquer modo, arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou guardem bens a ela pertencentes ou confiados”. Algumas diferenças entre a contabilidade pública e a contabilidade empresarial ou geral: A contabilidade pública possui normas e conceitos próprios que a regem, portanto, apresenta algumas peculiaridades que a diferencia dos outros ramos dessa ciência. Eis as principais diferenças: CONTABILIDADE PÚBLICA CONTABILIDADE EMPRESARIAL (GERAL) Possui caráter conservador – registro dos atos e fatos baseados em normas legais.

Possui maior liberdade – além das normas que a regem, baseia-se em consenso da classe contábil.

Atualmente, regime contábil da competência para as receitas e despesas) – porém, admite exceções.

Regime contábil de competência para as receitas e despesas.

Não apura lucro, mas déficit ou superávit.

Objetiva apurar lucro – exceção para as entidades sem fins lucrativos.

Demonstra no resultado geral do exercício, na Demonstração das Variações Patrimoniais – DVP e Demonstração do Resultado Econômico, toda e qualquer alteração no patrimônio, inclusive fatos meramente permutativos.

Em princípio, na Demonstração do Resultado do Exercício – DRE, o resultado é apurado através da comparação entre receitas e despesas, não envolvendo contas patrimoniais.

Acompanha e registra a execução orçamentária (art. 85, da Lei nº 4.320/64).

Não registra e execução dos orçamentos, pois são atos administrativos.

Os bens móveis de almoxarifado são avaliados pelo preço médio

Os bens móveis de almoxarifado podem ser avaliados pelo PEPS, UEPS, Preço Médio

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ponderado das compras e são classificados no ativo permanente ou não financeiro (art. 106, inciso III, da Lei nº 4.320/64).

Ponderado Móvel ou Fixo e são classificados no ativo circulante do balanço patrimonial.

A reavaliação passou a ser obrigatória a partir de 2010. As reavaliações devem ser feitas utilizando-se o valor justo ou o valor de mercado na data de encerramento do Balanço Patrimonial, pelo menos: 1. Anualmente, para as contas ou grupo de contas cujos valores de mercado variarem significativamente em relação aos valores anteriormente registrados; ou 2. A cada quatro anos, para as demais contas ou grupos de contas. Na impossibilidade de se estabelecer o valor de mercado, o valor do ativo pode ser definido com base em parâmetros de referência que considerem características, circunstâncias e localizações assemelhadas. Em caso de bens imóveis específicos, o valor justo pode ser estimado utilizando-se o valor de reposição do ativo devidamente depreciado. O valor de reposição de um ativo depreciado pode ser estabelecido por referência ao preço de compra ou construção de um ativo semelhante com similar potencial de serviço.

A reavaliação é facultativa – geralmente é realizada, em especial pelas S/A.

A depreciação é obrigatória a partir de 2010. A entidade pública necessita apropriar ao resultado de um período, o desgaste do seu ativo imobilizado ou intangível, por meio do registro da variação patrimonial diminutiva de

A depreciação é facultativa – geralmente as empresas realizam, pois é vantajoso em função dos tributos.

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depreciação, amortização ou exaustão, obedecendo ao princípio da competência Na União possui sistema único, integrado, informatizado e padronizado para fins de registro dos atos e fatos contábeis – SAIFI.

Os sistemas de controle e registros contábeis não são padronizados, geralmente são adquiridos no mercado ou elaborados pela própria empresa.

As receitas e as despesas, para serem consideradas arrecadadas e executadas, respectivamente, passam por diversas fases ou estágios. Receitas (Planejamento – previsão de arrecadação, Execução: lançamento, arrecadação e recolhimento, Controle e Avaliação - fiscalização) despesas (Planejamento - fixação da despesa, Execução - empenho, liquidação e pagamento, Controle e Avaliação - fiscalização).

As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento (art. 9º da Res. Nº 750, do Conselho Federal de Contabilidade – CFC).

Exercício financeiro – coincide com o ano civil e vai de 1º de janeiro a 31 de dezembro (art. 34 da Lei nº 4.320/64).

O exercício social terá duração de 1 (um) ano e a data do término será fixada no estatuto (art. 175 da Lei nº 6.404/76). Na constituição da companhia e nos casos de alteração estatutária o exercício social poderá ter duração diversa (Parágrafo único do art. 175 da Lei nº 6.404/76).

Possui CINCO sistemas contábeis independentes (orçamentário, financeiro, patrimonial de compensação e Custos), os débitos e créditos são escriturados dentro de cada sistema. Exemplo, quando houver débito em uma conta do sistema patrimonial, haverá um ou mais créditos correspondentes dentro do mesmo sistema.

As contas são registradas em um só sistema, envolvendo contas patrimoniais e de resultado. As contas patrimoniais não se misturam com as de resultado na apuração e demonstração do resultado do exercício - DRE. Nos lançamentos contábeis existem registros simultâneos de contas de resultado e patrimonial.

Registra a formalização de convênios, contratos, avais, garantias, etc. no sistema de compensação. São as contas de controle (art. 87 da Lei nº 4.320/64).

Em princípio não registra contratos, garantias, avais, etc. apenas evidencia em notas explicativas.

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Classifica-se como material permanente somente aquele com vida útil estimada superior a dois anos (art. 15, § 2º, da Lei nº 4.320/64).

Classifica como material permanente os bens destinados à manutenção das atividades da empresa, ou exercidos com essa finalidade.

Seu objeto é o patrimônio e o orçamento, exceto os bens de uso comum (praças, estradas, rios, mares etc.).

O objeto é apenas o patrimônio das entidades (pessoas físicas e jurídicas).

Basicamente essas são diferenças mais relevantes entre a Contabilidade Pública e a Contabilidade Empresarial. Ao longo desse estudo chamaremos a atenção para outras diferenças. Foi cobrado em concurso! (NCE – UFRJ – Contador – Ministério das Cidades – 2005) A Lei 4.320/64, ao estatuir Normas Gerais de Direito Financeiro, VEDOU à União, Estados, Municípios e Distrito Federal: (A) realizar reavaliações de seus bens móveis e imóveis; (B) classificar como material permanente aquele que tenha vida útil estimada inferior a dois anos; (C) a realização de conversão dos débitos e créditos, bem como os títulos de renda pelo seu valor nominal, devendo ser feita a conversão, quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na data do balanço; (D) a avaliação dos bens móveis e imóveis pelo valor de aquisição ou pelo custo de produção ou de construção; (E) a avaliação dos bens do almoxarifado, pelo preço médio ponderado das compras. Resolução (A). Incorreta. A Lei 4.320/64 não veda a administração pública a realizar reavaliação de seus bens móveis e imóveis. A reavaliação é facultativa (art. 106, § 3º, da Lei nº 4.320/64). (B). Correta. Como a contabilidade pública possui caráter conservador – registro dos atos e fatos baseados em normas legais, a Lei 4.320/64 realmente veda a classificação como material permanente, aquele que tenha durabilidade inferior a dois anos (art. 15, § 2º da Lei nº 4.320/64). (C). Incorreta. A Lei 4.320/64 determina que a realização da conversão dos débitos e créditos, bem como os títulos de renda, deverá ser realizada pelo seu valor nominal, e feita a conversão, quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na data do balanço (art. 106, inciso I, da Lei nº 4.320/64). Portanto, não há vedação, e sim, determinação.

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(D). Incorreta. Também não há vedação, mas sim, determinação (art. 106, inciso II, da Lei nº 4.320/64). (E). Incorreta. Idem ao comentário da letra D (art. 106, inciso III, da Lei nº 4.320/64). Mais uma questão de concurso! (FCC – Técnico de Orçamento/MPU – 2007) Para efeito de classificação da despesa, considera-se material permanente o de duração superior a (A) dois meses. (B) três meses. (C) seis meses. (D) um ano. (E) dois anos. Resolução Conforme demonstrado no quadro acima, na contabilidade pública classifica-se como material permanente somente aquele com vida útil estimada superior a dois anos. Observe a regra da Lei nº 4.320/64: “Para efeito de classificação da despesa, considera-se material permanente o de duração superior a dois anos” (art. 15, § 2º.). 2. OBJETO DA CONTABILIDADE PÚBLICA O objeto da contabilidade, em seu sentido amplo, é o patrimônio. O patrimônio público pode ser definido como sendo o conjunto de bens e direitos, tangíveis ou intangíveis, onerados ou não, adquiridos, formados ou mantidos com recursos públicos, integrantes do patrimônio de qualquer entidade pública ou de uso comum, que seja portador ou represente um fluxo de benefícios futuros inerentes à prestação de serviços públicos Entretanto, pelas suas especificidades, a contabilidade pública não está interessada somente no patrimônio e suas variações, mas, também, no orçamento e sua execução (previsão e arrecadação da receita e a fixação e a execução da despesa). A contabilidade pública, além de registrar todos os fatos contábeis (modificativos, permutativos e mistos), registra também os atos potenciais praticados pelo gestor, que poderão alterar qualitativa e quantitativamente o patrimônio. O que são atos potenciais? São os contratos, convênios, previsão de receita, fixação da despesa, etc. São atos administrativos que no

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momento de seu registro não alteram o patrimônio, entretanto, futuramente poderão vir a afetá-lo. Dizer que o objeto da contabilidade pública é todo e qualquer patrimônio público não é totalmente verdadeira essa afirmação. Por quê? Como para quase toda regra existe exceção, aqui não poderia ser diferente. Exceção existe quanto aos bens de uso comum do povo, haja vista que conforme a NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO - NBC T 16, os bens de uso comum que absorveram ou absorvem recursos públicos, ou aqueles eventualmente recebidos em doação, devem ser incluídos no ativo não circulante da entidade responsável pela sua administração ou controle, estejam, ou não, afetos a sua atividade operacional. Estabelece ainda que a valorização dos bens de uso comum deve ser efetuada, sempre que possível, ao valor de aquisição, de produção ou de construção. Portanto, quanto aos bens de uso comum só haverá registro daqueles que absorveram ou absorvem recursos públicos, ou aqueles eventualmente recebidos em doação. Contrário “sensu”, os bens de uso comum que NÃO absorveram ou NÃO absorvem recursos públicos, ou aqueles NÃO eventualmente recebidos em doação não serão objeto de registro contábil, ou seja, não poderão ser registrados no patrimônio da entidade pública. Exemplo: mares, rios, etc. Bens de uso comum do povo é um conceito do Código Civil - CC Brasileiro. Para melhor entendimento mencionaremos as regras do CC, conforme segue: Os arts. 98 e 99 do novo Código Civil ao estabelecer regras acerca dos bens públicos prevê que: Art. 98. “São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertença”. Art. 99. “São bens públicos”: “I- Os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças”; II- Os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou

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estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias”. III- Os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades”. Os bens de uso comum do povo enumerados no inciso I do art. 99 são apenas exemplificativos. Esses bens não são objeto da contabilidade pública, ou seja, não são registrados contabilmente nos entes que possuem o seu domínio. Exemplificando: As praias do litoral brasileiro não estão registradas na contabilidade da União; Uma ponte construída por um estado não será registrada em sua contabilidade; O Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, não está registrado na contabilidade daquele Município. 3. BENS PÚBLICOS (PATRIMÔNIO PÚBLICO) Como são avaliados os elementos patrimoniais de acordo com a Lei nº. 4.320/64? Geralmente esse tipo de questionamento é exigido em concurso! A avaliação dos elementos patrimoniais obedecerá as seguintes normas: ◊ Os débitos e créditos, bem como os títulos de renda, pelo seu valor nominal, feita a conversão, quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na data do balanço; ◊ Os bens móveis e imóveis, pelo valor de aquisição ou pelo custo de produção ou de construção; ◊ Os bens de almoxarifado, pelo preço médio ponderado das compras. ◊ Os valores em espécie, assim como os débitos e créditos, quando em moeda estrangeira, deverão figurar ao lado das correspondentes importâncias em moeda nacional. Esse comando informa que quando houver valores em moeda estrangeira, geralmente dívidas, deverão figurar, logo abaixo desse valor, o correspondente em moeda nacional. 3.1. AVALIAÇÃO E MENSURAÇÃO Conforme a NBC T 16/2008, a avaliação e a mensuração dos elementos patrimoniais nas entidades do setor público obedecem aos seguintes critérios: DISPONIBILIDADES 1. As disponibilidades em moeda estrangeira são expressas no Balanço Patrimonial ao câmbio vigente na data de sua elaboração.

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2. As aplicações financeiras de liquidez imediata são mensuradas ou avaliadas pelo valor original, atualizadas até a data do Balanço Patrimonial. 3. As atualizações apuradas são contabilizadas em contas de variação. CRÉDITOS E DÍVIDAS 1. Os direitos, os títulos de créditos e as obrigações são mensurados ou avaliados pelo valor original, feita a conversão, quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na data do Balanço Patrimonial. 2. Os riscos de recebimento de dívidas são reconhecidos em conta de ajuste, a qual será reduzida ou anulada quando deixarem de existir os motivos que a originaram. 3. Os direitos, os títulos de crédito e as obrigações prefixados são ajustados a valor presente. 4. As provisões são constituídas com base em estimativas pelos prováveis valores de realização para os ativos e de reconhecimento para os passivos. 5. As atualizações e os ajustes apurados são contabilizados em contas de variação. ESTOQUES 1. Os estoques são mensurados ou avaliados com base no valor de aquisição ou no valor de produção ou de construção. 2. Os gastos de distribuição, de administração geral e financeiros são considerados como despesas do período em que ocorrerem. 3. Se o valor de aquisição, de produção ou de construção dos estoques for superior ao valor de mercado, deve ser ajustado ao valor de mercado. 4. O método para mensuração e avaliação das saídas dos estoques é o custo médio ponderado. 5. Quando houver deterioração física parcial, obsolescência, bem como outros fatores análogos, deve ser utilizado o valor de mercado. 6. Os resíduos e os refugos devem ser valorizados, na falta de critério mais adequado, pelo valor realizável líquido. 7. Relativamente às situações previstas dos itens 15 a 18 desta Norma, as diferenças de valor de estoques devem ser refletidas em contas de variação. 8. Os estoques de animais e de produtos agrícolas e extrativos são mensurados ou avaliados pelo valor de mercado, quando atendidas às seguintes condições: a) que a atividade seja primária;

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b) que o custo de produção seja de difícil determinação ou que acarrete gastos excessivos. INVESTIMENTOS PERMANENTES 1. As participações em empresas e em consórcios públicos sobre cuja administração se tenha influência significativa devem ser mensuradas ou avaliadas pelo método da equivalência patrimonial. 2. As demais participações podem ser mensuradas ou avaliadas de acordo com o custo de aquisição. 3. Os ajustes apurados são contabilizados em contas de variação. IMOBILIZADO 1. O ativo imobilizado, incluindo os gastos adicionais ou complementares, é mensurado ou avaliado com base no valor de aquisição, produção ou construção. 2. Quando os respectivos elementos tiverem vida útil econômica limitada, ficam sujeitos a depreciação, amortização ou exaustão sistemática durante esse período, sem prejuízo das exceções expressamente consignadas. 3. Em regra, o reconhecimento inicial do ativo imobilizado deve ser contabilizado com base em seu valor de aquisição ou construção, deduzido da depreciação, da amortização ou da exaustão acumulada e do montante acumulado de quaisquer perdas do valor que hajam sofrido ao longo de sua vida útil por redução ao valor recuperável (impairment). 4. Quando se tratar de ativos do imobilizado obtidos a título gratuito deve ser considerado o valor resultante da avaliação obtida com base em procedimento técnico ou valor patrimonial definido nos termos legais. 5. Devem ser evidenciados em notas explicativas o critério de mensuração ou avaliação dos ativos do imobilizado obtidos a título gratuito, bem como a eventual impossibilidade de sua valoração, devidamente justificada. 6. Os gastos posteriores à aquisição ou ao registro de elemento do ativo imobilizado devem ser incorporados ao valor desse ativo quando houver possibilidade de geração de benefícios econômicos futuros ou potenciais de serviços, adicionados aos originalmente avaliados. Qualquer outro gasto deve ser reconhecido como despesa do período em que seja incorrido. 7. No caso de transferências de ativos, o valor a atribuir deve ser o valor contábil líquido constante nos registros da entidade de origem, salvo se existir valor diferente fixado no instrumento que autorizou a transferência. 8. Os bens de uso comum que absorveram ou absorvem recursos públicos, ou

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aqueles eventualmente recebidos em doação, devem ser incluídos no ativo não circulante da entidade responsável pela sua administração ou controle, estejam, ou não, afetos a sua atividade operacional. 9. A valorização dos bens de uso comum deve ser efetuada, sempre que possível, ao valor de aquisição, de produção ou de construção. INTANGÍVEL 1. Os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da atividade pública ou exercidos com essa finalidade são mensurados ou avaliados com base no valor de aquisição ou de produção, deduzido do saldo da respectiva conta de amortização acumulada e do montante acumulado de quaisquer perdas do valor que hajam sofrido ao longo de sua vida útil por redução ao valor recuperável (impairment). 2. Devem ser evidenciados em notas explicativas o critério de mensuração ou avaliação dos ativos intangíveis obtidos a título gratuito, bem como a eventual impossibilidade de sua valoração, devidamente justificada. 3. Os gastos posteriores à aquisição ou ao registro de elemento do ativo intangível devem ser incorporados ao valor desse ativo quando houver possibilidade de geração de benefícios econômicos futuros ou potenciais de serviços, adicionados ao originalmente avaliados. Qualquer outro gasto deve ser reconhecido como variação patrimonial diminutiva do período em que seja incorrido. DIFERIDO 1. As despesas pré-operacionais e os gastos de reestruturação que contribuirão, efetivamente, para a prestação de serviços públicos de mais de um exercício e que não configurem tão-somente uma redução de custos ou acréscimo na eficiência operacional, classificados como ativo diferido, são mensurados ou avaliados pelo custo incorrido, deduzido do saldo da respectiva conta de amortização acumulada e do montante acumulado de quaisquer perdas do valor que hajam sofrido ao longo de sua vida útil por redução ao valor recuperável (impairment). 3.2. REAVALIAÇÃO E REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL A reavaliação passou a ser obrigatória a partir de 2010, conforme as regras da STN. Observe: 1. As reavaliações devem ser feitas utilizando-se o valor justo ou o valor de mercado na data de encerramento do Balanço Patrimonial, pelo menos: a) anualmente, para as contas ou grupo de contas cujos valores de mercado variarem significativamente em relação aos valores anteriormente registrados; b) a cada quatro anos, para as demais contas ou grupos de contas.

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2. Na impossibilidade de se estabelecer o valor de mercado, o valor do ativo pode ser definido com base em parâmetros de referência que considerem características, circunstâncias e localizações assemelhadas. 3. Em caso de bens imóveis específicos, o valor justo pode ser estimado utilizando-se o valor de reposição do ativo devidamente depreciado. 4. O valor de reposição de um ativo depreciado pode ser estabelecido por referência ao preço de compra ou construção de um ativo semelhante com similar potencial de serviço. 5. Os acréscimos ou os decréscimos do valor do ativo em decorrência, respectivamente, de reavaliação ou redução ao valor recuperável (impairment) devem ser registrados em contas de resultado. Importante! Valor nominal é aquele escrito no próprio documento, por extenso ou em valor numérico. Na data do encerramento do balanço, em 31/12, os valores em moeda estrangeira serão convertidos para moeda nacional à taxa de câmbio vigente na data do balanço. Os bens móveis e imóveis serão mensurados pelo valor histórico, ou seja, pelo valor de aquisição ou de construção. Exemplo: um bem construído pela própria administração pública (um posto de saúde), será registrado contabilmente pelo seu custo de produção. Os bens de almoxarifado serão mensurados pelo preço médio ponderado das compras. Significa que a cada compra realizada por preço diferente extrai-se nova média do valor dos bens em estoque. Foi cobrado em concurso! (CESPE – Auditor do Estado- AGE/ES - 2004) A tabela abaixo mostra a composição, em 31/12/2003, relativa à compra, em datas distintas, de determinado item de estoque, em uma entidade pública.

Se não houve nenhuma saída desse material de estoque do almoxarifado, então, na avaliação para inventário, o valor unitário desse item estocado é igual a R$ 38,00. Resolução

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Na contabilidade pública os bens de almoxarifado são avaliados pelo preço médio ponderado das compras. Portanto, para resolver essa questão basta somar os valores das compras e dividi-los pelo valor da soma das quantidades e assim obter o preço médio ponderado das compras. Cálculo: Valor total das compras R$ 2.280 Quantidade comprada 60 Valor unitário (2.280/60 = 38,00) R$ 38,00 Essa questão está de acordo com o que determina o art. 106, inciso III da Lei 4320/64, abaixo transcrito: Art. 106. A avaliação dos elementos patrimoniais obedecerá as normas seguintes: I - os débitos e créditos, bem como os títulos de renda, pelo seu valor nominal, feita a conversão, quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na data do balanço; II - os bens móveis e imóveis, pelo valor de aquisição ou pelo custo de produção ou de construção; III - os bens de almoxarifado, pelo preço médio ponderado das compras. Item CERTO. 4. REGIME CONTÁBIL APLICADO À CONTABILIDADE PÚBLICA Atenção! Conteúdo com nova interpretação aprovada pela Secretaria do Tesouro Nacional – STN. Consagração do regime de competência aplicado à Contabilidade Pública O art. 7º, da Portaria Conjunta nº. 2, STN/SOF/2009 estabelece que as variações patrimoniais serão reconhecidas pelo regime de competência patrimonial, visando garantir o reconhecimento de todos os ativos e passivos das entidades que integram o setor público, conduzir a contabilidade do setor público brasileiro aos padrões internacionais bem como ampliar a transparência sobre as contas públicas. Princípio da competência para a receita pública Conforme as regras contidas na Resolução CFC nº. 1.111/07, sob a perspectiva do setor público, o Princípio da Competência é aquele que reconhece as transações e os eventos na ocorrência dos respectivos fatos geradores, independentemente do seu pagamento ou recebimento. Assim sendo, os atos e os fatos que afetam o patrimônio público devem ser contabilizados por competência, e os seus efeitos devem ser evidenciados nas Demonstrações Contábeis do exercício financeiro com

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o qual se relacionam, complementarmente ao registro orçamentário das receitas e das despesas públicas. Relacionamento do regime orçamentário com o regime de competência É comum encontrar na doutrina contábil a interpretação do artigo 35 da Lei nº 4.320/1964, na qual entende que na área pública o regime contábil é um regime misto, ou seja, regime de competência para a despesa e de caixa para a receita: Vejamos o que estabelece a referida norma: Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro: I – as receitas nele arrecadadas; II – as despesas nele legalmente empenhadas. Porém, a STN e o CFC entendem que a Contabilidade Aplicada ao Setor Público, assim como qualquer outro ramo da ciência contábil, obedece aos princípios fundamentais de contabilidade. Portanto, aplica-se o princípio da competência em sua integralidade, ou seja, tanto para a receita quanto para a despesa. Para os referidos órgãos, em realidade, o artigo 35 refere-se ao regime orçamentário e não ao regime contábil, pois a contabilidade é tratada em título específico, no qual determina-se que as variações patrimoniais devem ser evidenciadas, sejam elas independentes ou resultantes da execução orçamentária. Observe o que prevê a Lei nº. 4.320/64: Título IX – Da Contabilidade (...) Art. 85. Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a permitirem o acompanhamento da execução orçamentária, o conhecimento da composição patrimonial, a determinação dos custos dos serviços industriais, o levantamento dos balanços gerais, a análise e a interpretação dos resultados econômicos e financeiros. (...) Art. 89. A contabilidade evidenciará os fatos ligados à administração orçamentária, financeira, patrimonial e industrial. (...) Art. 100. As alterações da situação líquida patrimonial, que abrangem os resultados da execução orçamentária, bem como as variações independentes dessa execução e as superveniências e insubsistências ativas e passivas, constituirão elementos da conta patrimonial.

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(...) Art. 104. A Demonstração das Variações Patrimoniais evidenciará as alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da execução orçamentária, e indicará o resultado patrimonial do exercício. Interpretando as regras acima pode-se observa-se que, além do registro dos fatos ligados à execução orçamentária, exige-se a evidenciação dos fatos ligados à administração financeira e patrimonial, exigindo que os fatos modificativos (aumentativos ou diminutivos) sejam levados à conta de resultado e que as informações contábeis permitam o conhecimento da composição patrimonial e dos resultados econômicos e financeiros de determinado exercício. A contabilidade deve evidenciar, de forma tempestiva e oportuna, os fatos ligados à administração orçamentária, financeira e patrimonial, gerando informações que permitam o conhecimento da composição patrimonial e dos resultados econômicos e financeiros. Portanto, com o objetivo de evidenciar o impacto no Patrimônio, deve haver o registro da receita em função do fato gerador, observando-se os Princípios da Competência e da Oportunidade. O reconhecimento da receita, sob o enfoque patrimonial, nem sempre é fácil distinguir, apresenta como principal dificuldade a determinação do momento de ocorrência do fato gerador. Para a receita tributária pode-se utilizar como referência para o reconhecimento da receita o momento do lançamento. É nesse estágio de execução da receita orçamentária que: 1. Verifica-se a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente; 2. Determina-se a matéria tributável; 3. Calcula-se o montante do tributo devido; 4. Identifica-se o sujeito passivo responsável pelo tributo. Sempre que ocorrido o fato gerador, pode-se proceder ao registro contábil do direito em contrapartida a uma variação ativa, em contas do sistema patrimonial, o que representa o registro da receita pelo regime de competência. Importante! O reconhecimento da receita orçamentária ocorre no momento da arrecadação, conforme artigo 35 da Lei nº 4.320/64 e decorre do enfoque orçamentário dessa lei, tendo por objetivo evitar

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que a execução das despesas orçamentárias ultrapasse a arrecadação efetiva. Atenção! É importante saber que já era entendimento da doutrina de que a despesa pública deve ser reconhecida pelo regime de competência, porém, com algumas exceções, devido às especificidades dessa disciplina. Exceções a aplicação do regime de competência O Parágrafo único do art. 7º ressalta que na aplicação do regime de competência são mantidos os procedimentos usuais de reconhecimento e registro da receita e da despesa orçamentárias, de tal forma que a apropriação patrimonial: 1. Não modifique os procedimentos legais estabelecidos para o registro das receitas e das despesas orçamentárias; 2. Não implique necessariamente modificação dos critérios estabelecidos no âmbito de cada ente da Federação para elaboração das estatísticas fiscais e apuração dos resultados fiscais de que trata a LRF; 3. Não constitua mecanismo de viabilização de execução de despesa pública para a qual não tenha havido a devida fixação orçamentária. Interpretando os conceitos acima pode-se dizer que: 1. Tanto na realização de despesa quanto na arrecadação de receitas, caso haja norma legal que estabeleça procedimento divergente, ou seja, registro da receita e da despesa pelo regime de caixa, deve-se aplicar o que estabelece a norma legal. Exemplo: o Inciso II, do art. 50 da LRF, estabelece: “Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a escrituração das contas públicas observará as seguintes:” -------------------------------- “II - a despesa e a assunção de compromisso serão registradas segundo o regime de competência, apurando-se, em caráter complementar, o resultado dos fluxos financeiros pelo regime de caixa;” 2. Cada Ente da Federação pode continuar aplicando os seus respectivos critérios contábeis para elaboração das estatísticas fiscais e apuração dos resultados fiscais desde que não inviabilize a consolidação das contas públicas pela União; 3. Que não haja execução de despesa pública sem a devida inclusão/previsão orçamentária. Portanto, em determinadas situações, pode haver registro de receita pelo regime de caixa, a exemplo da retenção de imposto de renda da pessoa física quando do recebimento de valores (verbas salariais)

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atrasados por determinação judicial ou reconhecimento da administração. Nesse caso, haverá retenção de imposto de renda de uma só vez, sem considerar o ganho por exercício financeiro. Foi cobrado em concurso! Julgue o seguinte item, que versa sobre a contabilidade aplicada ao setor público. (CESPE – Analista Administrativo 2009) A contabilidade aplicada ao setor público, assim como qualquer outro ramo da ciência contábil, obedece aos princípios fundamentais de contabilidade. Dessa forma, aplica-se, em sua integralidade, o princípio da competência, tanto para o reconhecimento da receita quanto para a despesa. Resolução Conforme o Manual da Receita Nacional, aprovado pela Portaria Conjunta STN/SOF nº 3, de 2008, aplicado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, a partir da execução orçamentária de 2009 deve-se aplicar, na integralidade, o princípio da competência, tanto para o reconhecimento da receita quanto para a despesa. É importante observar que mesmo após diversos recursos contestando o gabarito preliminar dessa questão, o CESPE manteve o entendimento da STN. CERTO. Importante! A doutrina entende que o art. 35 da Lei nº. 4.320/64 estabelece o regime misto aplicado à contabilidade pública. Ou seja, caixa para as receitas e competência para as despesas, havendo exceção para ambos. Observe: Pertencem ao exercício financeiro: ◊ As receitas nele arrecadadas; ◊ As despesas nele legalmente empenhadas. Portanto, legalmente (Resolução do CFC/STN) o regime contábil aplicado à Contabilidade Pública é o da competência e para parte da doutrina, o regime seria o misto (caixa para as receitas e de competência para as despesas). Atenção! Em questão de concurso, fique atento! Caso seja solicitado o entendimento segundo a doutrina, o regime contábil aplicado ao setor público é o misto e para a STN/CFC, regime de competência. Previsão do regime contábil misto na LRF: A LRF estabelece em seu art. 50 que além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a escrituração das contas públicas observará as seguintes:(art. 50).

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A despesa e a assunção de compromisso serão registradas segundo o regime de competência, apurando-se, em caráter complementar, o resultado dos fluxos financeiros pelo regime de caixa (art. 50, inciso II, da LRF). Verifica-se que a adoção do regime contábil misto para registro das receitas e despesas é previsto em norma legal, ou seja, está consagrado em norma cogente. Podemos afirmar que o regime legal de competência, adotado pela contabilidade pública, segundo a STN/CFC é 100% aplicável? Não, aí está o “X” da questão! As bancas de concursos “pegam” exatamente nesse ponto, ou seja, nas exceções. Quanto à despesa, funciona exatamente como na contabilidade empresarial, regime de competência, entretanto, mesmo assim, existem exceções. Exemplo: a despesa empenhada no exercício de 2003, que não foi paga naquele ano deverá ser inscrita em restos a pagar em 31/12/03 para ser paga em 2004. Se até 31/12/04 essa despesa ainda não tiver sido paga, será cancelada (isso no Sistema Integrado de Administração Financeira – SIAFI), entretanto, ainda permanece o direito do credor. A partir de 01/01/2005, se essa despesa for reclamada pelo credor, a administração pública irá pagá-lo com a rubrica “despesas de exercícios anteriores”. Esse pagamento será considerado uma despesa normal do orçamento vigente (2005), afetando esse exercício, porém, foi gerada em 2003. Essa é uma das exceções ao princípio da competência. A sistemática funciona assim: Exercício financeiro Situação gerada 2003: A despesa foi empenhada (primeiro estágio da despesa), liquidada (segundo estágio da despesa) e não paga.

Foi considerada despesa nas demonstrações contábeis de 2003, porém, não paga e inscrita em “restos a pagar”.

2004: A rubrica “restos a pagar” permaneceu todo o exercício financeiro, até 30/12/04 sem ser paga.

Em 31/12/04 foi cancelada no SIAFI. Essa situação gerou uma receita orçamentária deste exercício.

2005: A despesa foi reclamada pelo credor e paga na rubrica “despesas de exercícios anteriores”.

Foi considerada despesa a custa do orçamento de 2005, entretanto, foi gerada em 2003.

Outra exceção seria uma despesa paga antecipadamente.

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Exemplo: uma despesa referente ao exercício de 2006, porém, empenhada, liquidada (no siafi) e paga em 2005 (antecipadamente). Ela será incluída como despesa do exercício financeiro de 2005. A expressão “liquidada”, acima mencionado não significa que o fornecedor ou prestador de serviço liquidou a despesa, ou seja, entregou os bens ou prestou o serviço. A liquidação de fato da despesa ocorreu somente em 2006. Em 2005 ocorreu a liquidação de direito. Mas o leitor pode estar questionando! Isso é possível? Pagamento antecipado de despesas na área pública. Sim, seria o caso de pagamento antecipado como forma de garantia de um contrato ou fornecimento de produto exclusivo. Na situação apresentada, o fornecedor liquidou a despesa (entregou os bens) somente em 2006, porém, a despesa onerou o exercício de 2005. Mais uma exceção! Na contabilidade pública admite-se, em algumas situações, a inscrição de restos a pagar não-processados, ou seja, despesa sem liquidação. A despesa será liquidada somente no ano seguinte, portanto, deveria ser despesa deste exercício, mas foi incluída no rol das despesas do exercício anterior, em 31/12. Essa observação é importante para fins de entendimento das exceções ao regime de competência e outras situações da despesa! A Secretaria do Tesouro Nacional – STN, durante o exercício financeiro, para fins de diversos cálculos, entre eles, os dos resultados nominal e primário, considera a despesa pela sua liquidação (segundo estágio de execução da despesa). Entretanto, no final do exercício financeiro, na elaboração das demonstrações contábeis, a despesa é considerada pelo seu empenho (primeiro estágio de execução da despesa). Assim sendo, para fins de encerramento do exercício financeiro e elaboração dos balanços públicos, a despesa é considerada pelo empenho (primeiro estágio de execução da despesa). “Estrito sensu”, a despesa é gerada pela sua liquidação, e não pelo empenho (princípio da competência). A liquidação da despesa ocorre quando o fornecedor entrega os bens ou o contratado conclui os serviços prestados. A partir daí, a administração pública poderá emitir um documento de liquidação da despesa denominado nota de liquidação – NL. Na União esse documento é

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emitido no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal - SIAFI. Foi cobrado em concurso! (CESPE – TCE/AC – Analista de Controle Externo – 2006) O regime de competência exige que as despesas sejam contabilizadas conforme o exercício a que pertençam, ou seja, em que foram geradas. Se uma despesa foi empenhada em um exercício e somente foi paga no seguinte, ela deverá ser contabilizada como pertencente ao exercício em que foi empenhada. Por ter sido realizada no ano anterior, o eventual pagamento da despesa no exercício seguinte deverá ser considerado como extra-orçamentário. Tal situação é que gera, na execução financeira e orçamentária da despesa, a figura dos restos a pagar. Resolução O regime de competência exige que as despesas sejam contabilizadas no exercício em que foram geradas, independentemente do momento do pagamento. Assim, a despesa deverá ser considerada pelo seu empenho. Na União, o pagamento de uma despesa empenhada em um exercício anterior se desenvolve da seguinte forma: 1º. A Secretaria do Tesouro Nacional – STN transfere os recursos necessários ao órgão setorial de programação financeira – OSPF. Essa transferência denomina-se COTA; 2º. Para a STN esse fato gera uma interferência passiva extra-orçamentária e para o OSPF, interferência ativa extra-orçamentária; 3º. O OSPF do órgão ou entidade sub-repassa os recursos, valor a pagar, à Unidade Gestora – UG responsável pelo pagamento (devedor). Essa transferência denomina-se SUB-REPASSE. 4º. A UG devedora recebe os recursos do OSPF e realiza o pagamento ao credor mediante a emissão de Ordem Bancária – OB. 5º. Essa despesa estava inscrita em restos a pagar. O pagamento foi realizado na rubrica “restos a pagar - pagos” e classificado no lado das despesas extra-orçamentárias no Balanço Financeiro. Opção correta. Procedimento para inscrição de crédito da união na dívida ativa: 1º. O crédito a ser inscrito será todo aquele não recebido na data prevista (receita tributária ou não tributária); 2º. Existe a interveniência de dois órgãos: o responsável pelo crédito (entidade credora) e o responsável pelo recebimento (Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional - PGFN);

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3º. O órgão ou entidade credora verifica o seu direito, apura sua liquidez e certeza e registra o crédito a seu favor (direito a receber) e o encaminha para a PGFN. No momento em que a entidade credora registra o crédito a seu favor – direito a receber – haverá um registro contábil de variação ativa (aumento da situação líquida patrimonial), ou seja, do patrimônio líquido; É exatamente nesse momento que existe a exceção ao regime de caixa para a receita, haja vista que esse aumento do patrimônio ocorre em função do registro da variação ativa (considerada como se fosse uma receita). Porém, pode-se observar que não houve o efetivo recebimento do numerário, portanto, a receita é meramente econômica, exceção ao regime de caixa. 4º. O registro (formalização) do direito a receber pela entidade detentora do crédito é um fato contábil modificativo aumentativo; 5º. No momento em que ocorre o efetivo recebimento do recurso este será classificado como receita orçamentária corrente – “outras receitas correntes”; 6º. O ato administrativo de inscrição do devedor na dívida ativa pela PGFN é extra-orçamentário. Fato permutativo. Atenção! O mais importante de tudo o que foi inscrito acima para fins de concursos é que: O regime contábil da despesa consagrado pela Lei nº 4.320/64 para contabilidade pública é o da competência; Constitui exceção ao regime financeiro de caixa da receita orçamentária a inscrição de crédito tributário ou não na dívida ativa; O reconhecimento da receita na inscrição da dívida ativa indica exceção ao regime de caixa para a receita, ou seja, atualmente, inscrição de despesa na dívida obedece ao regime de competência; O valor proveniente de crédito inscrito na dívida ativa é receita corrente orçamentária e pertence ao exercício que foi arrecadada. Foi cobrado em concurso! (FCC – TRF 4ª/2001 – CONTADORIA) constitui exceção ao regime financeiro de caixa da receita orçamentária em interpretação literal das disposições atinentes contidas na Lei no 4 320/64: (A) inscrição da dívida ativa. (B) recebimento de dívida ativa de exercícios anteriores. (C) baixa de restos a pagar como receita orçamentária por cancelamento do empenho assim inscrito. (D) apropriação como receita orçamentária pela conversão de depósito recebido no exercício.

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(E) estorno da receita orçamentária e inscrição de restituição de tributos a pagar relativa a imposto arrecadado no exercício. Resolução Conforme mencionado, a inscrição do crédito tributário ou não tributário na dívida ativa constitui exceção ao regime financeiro de caixa da receita orçamentária. Cabe ressaltar que essa receita ainda não foi arrecadada, ocorreu apenas inscrição na dívida ativa, a arrecadação (recebimento) ocorrerá em momento posterior. Opção “a”. Foi cobrado em concurso! (Analista de Finanças e Controle - AFC - STN – 2005) O regime contábil consagrado pela Lei nº 4.320/64 para contabilidade pública é o de caixa para a Receita e de competência para a Despesa. Assinale a opção que indica exceção ao regime de caixa para a receita. a) O reconhecimento da receita na inscrição da Dívida Ativa. b) O recebimento de receitas oriundas de operações de crédito. c) O recebimento de doações em dinheiro. d) O recebimento de tributos. e) O recebimento de transferências financeiras. Resolução Ficou fácil essa questão! Pelo exposto acima, a opção correta é a letra “a”. Como mencionado acima, as questões de concursos “pegam” nas exceções. Em todas as opções apresentadas, as receitas entram para os cofres públicos pelo regime de caixa, exceto o reconhecimento da receita na inscrição da Dívida Ativa. Observe que o termo é “reconhecimento” da receita. Isso porque não há entrada de recursos, mas sim o registro contábil de um fato modificativo aumentativo (variação ativa). Foi cobrado em concurso! (FCC – TRE/MS – Contador 2007) A entidade Iporanga apura seu resultado pelo regime contábil de caixa. Considerando as receitas e despesas abaixo, o resultado em 20X5 é:

Em R$ Receita de 20X4 recebida em 20X5 25.000 Receita de 20X5 recebida em 20X5 20.000 Despesa de 20X5 paga em 20X5 15.000 Despesa de 20X4 paga em 20X5 5.000 a) R$ 40.000 b) R$ 30.000 c) R$ 25.000 d) R$ 15.000

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d) R$ 5.000 Resolução O comando da questão informa que a entidade apura seu resultado pelo regime de caixa. Assim sendo, deve-se considerar, para as receitas só as recebidas em 20X5 e para as despesas, somente aquela que foram efetivamente pagas no mesmo período. Cálculo – regime de caixa em 20X5: Receita recebida em 20X5 45.000 (-) Despesa paga em 20X5 (20.000) = Resultado apurado pelo regime de caixa em 20X5 25.000 Cálculo: regime de caixa para as receitas e de competência para as despesas (regime legal aplicado à Contabilidade Pública): Receita recebida em 20X5 45.000 (-) Despesa paga em 20X5 (15.000) = Resultado apurado pelo regime de competência em 20X5

30.000

Opção C. 5. CAMPO DE APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE PÚBLICA A contabilidade pública é regulamentada especialmente pela Lei nº 4.320/64. Esta lei estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. Portanto, é uma norma de âmbito nacional. Dessa forma, O campo de aplicação da contabilidade pública é essencialmente o das pessoas jurídicas de direito público – União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Portanto, todos os entes federados devem seguir as normas gerais de direito financeiro estabelecidas na Lei nº 4.320/64. Estados, Distrito Federal e Municípios podem ter suas próprias normas de direito financeiro? Sim, a Constituição Federal – CF/88 prevê que compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico (art. 24, inciso I). Os Municípios não podem legislar concorrentemente, entretanto, a CF prevê que compete aos Municípios legislar sobre assuntos de interesse

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local e suplementar a legislação federal e a estadual no que couber (art. 30, incisos I e II). Portanto, cabe à União estabelecer as normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços. Aos Estados, Municípios e Distrito Federal competem aprovar as suas normas específicas acerca dessa matéria. Nunca é demais Lembrar que cada Ente da Federação elabora e aprova suas leis orçamentárias (PPA, LOA e LDO). Não há dúvida de que o campo de aplicação da contabilidade pública abrange todos os entes da federação (União, Estados, Municípios e Distrito Federal) e seus órgãos da administração direta. E quanto aos órgãos da administração indireta (Autarquias, Fundações de direito público e de direito privado, Empresas públicas, Sociedades de Economia Mista e Empresa Estatal Dependente)? Essas entidades utilizam a contabilidade pública? Antes, porém, só para recordar, veremos os conceitos sucintos das entidades supracitadas e, em seguida, se estão ou não abrangidas no campo de aplicação da contabilidade pública. Autarquia: é entidade prestadora de serviço autônomo, com personalidade jurídica de direito público, patrimônio e receita próprios, criada por lei para executar atividades típicas da administração pública, que requeriam, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada. Fundação Pública: é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito público, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, com autonomia administrativa, patrimônio próprio e funcionamento custeado por recursos públicos. Não há dúvida de que as Autarquias e Fundações públicas estão abrangidas no campo de aplicação da contabilidade pública, portanto, seguem as normas de direito financeiro. Empresa Pública: é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital públicos, criada por lei para a exploração de atividade econômica ou não, que o governo seja levado a exercer por força de contingência ou de conveniência

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administrativa, podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito (Decreto-lei nº 900/69). As Empresas Públicas que participam dos orçamentos fiscal e da seguridade social, ou seja, recebe recursos para fins de custeio de pessoal e material, seguem as normas da contabilidade pública. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA seria um bom exemplo de empresa pública que recebe recursos do orçamento fiscal, portanto, segue as normas da contabilidade pública. A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT é um exemplo de empresa pública que não participa dos orçamentos fiscal e da seguridade social para custeio de pessoal, material de consumo, previdência social etc., portanto, não segue as normas da contabilidade pública, mas sim, da contabilidade empresarial. A caixa Econômica Federal – CEF é uma empresa pública e não participa dos orçamentos fiscal e da seguridade social para custeio da máquina administrativa, portanto, não está abrangida no campo de aplicação da contabilidade pública. Para não deixar dúvida! A empresa pública só está abrangida no campo de aplicação da contabilidade pública quando recebe recursos do orçamento fiscal e da seguridade social para custeio de suas despesas com pessoal, material de consumo, previdência etc. Sociedade de Economia Mista: é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para a exploração de atividades econômicas, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam, em sua maioria, direta ou indiretamente, ao poder público ou à entidade da administração indireta (Decreto-lei nº 900/69). A Sociedade de Economia Mista não está abrangida no campo de aplicação da contabilidade pública, entretanto, quando receber recursos públicos para aplicação em determinados projetos, ela aplica e presta contas conforme as normas da contabilidade pública. Explicando melhor a frase: “cujas ações com direito a voto pertençam, em sua maioria, direta ou indiretamente, ao poder público ou à entidade da administração indireta”. O controle de uma entidade pode ser exercido de forma direto ou indiretamente:

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Controle direto: Quando o investidor (poder público), possui em seu próprio nome mais de 50% do capital com direito a voto (ações ordinárias) da sociedade de economia mista. Controle indireto: Quando o investidor (poder público) exerce o controle da sociedade de economia mista através de outra, que também é controlada por ela. Exemplo:

ON = Ações Ordinárias. O gráfico acima demonstra que: 1. o poder público possui 70% das ações com direito a voto da Sociedade de Economia Mista “A”. Controle direto. 2. A Sociedade de Economia Mista “A” possui 60% das ações com direito a voto da Sociedade de Economia Mista “B”. Controle direto. 3. O Poder Público controla indiretamente a Sociedade de Economia Mista “B”, através de “A”. Ou seja, o Poder Público possui 52% do total das ações com direito a voto: 70% X 60% = 42% indiretamente, através de “A” e + 10% em seu próprio nome. A empresa estatal dependente pode ser qualquer tipo de estatal constituída (criada) pelo governo e que não seja independente financeiramente, ou seja, é uma entidade criada pelo governo com total dependência, podendo ser: Empresa pública, autarquia, sociedade de economia mista dependente, fundação de direito público ou privado etc. A LRF estabeleceu o conceito legal de estatal dependente, observe: Empresa estatal dependente: empresa controlada que receba do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária (art. 2º, inciso III, da LRF).

PODER PÚBLICO

Sociedade de Economia Mista A

Sociedade de Economia Mista B

70% ON

Controle direto

60% ON

Controle indireto

10% ON

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Atenção! Empresa estatal dependente é um novo conceito estabelecido pela LRF e compreende-se abrangida no campo de aplicação da contabilidade pública. Algumas características da empresa estatal dependente: Empresa Estatal Dependente Conceito: empresa controlada pela União, pelo Estado, pelo Distrito Federal ou pelo Município, que tenha, no exercício anterior, recebido recursos financeiros de seu controlador, destinados ao pagamento de despesas com pessoal, de custeio em geral ou de capital, excluídos, neste último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária, e tenha, no exercício corrente, autorização orçamentária para recebimento de recursos financeiros com idêntica finalidade (art. 2º, inciso II, da Portaria STN nº. 589/01). São incluídas nos orçamentos fiscal e da seguridade social. Aplicam os recursos recebidos conforme as normas da contabilidade pública nacional É controlada e dependente. Pode ter o capital 100% público ou misto, no caso de capital misto, desde que dependa integralmente do poder público. O Controle é sempre direto. São incluídas na consolidação nacional das contas públicas. Exemplo de estatal não dependente: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, PETROBRÁS, IMPRENSA NACIONAL etc. Todas essas entidades foram criadas e pertencem ao Poder Público, porém, não dependem financeiramente da União. Assim, a PETROBRÁS, CEF e BB não recebem recursos da União para custeio de suas atividades (pessoal e encargos sociais, sistema de previdência, material de consumo etc.). Essas entidades possuem recursos próprios (receitas das suas atividades operacionais) para a manutenção de suas ações. Exemplo de Empresas Estatais Dependentes: RADIOBRÁS, EMBRATUR, Fundações Públicas de Direito Privado etc. Essas entidades geralmente recebem recursos do Governo Federal destinados ao custeio de suas atividades (pagamento de pessoal, previdência social, material de consumo, investimentos em geral etc.). Portanto, essas entidades não possuem independência financeira, ou seja, arrecadação de receitas próprias suficientes para a manutenção de suas ações e assim dependem dos recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social da União para o custeio de suas atividades. Resumindo:

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CAMPO DE APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE PÚBLICA

ADMINISTRAÇÃO DIRETA: PODER EXECUTIVO: Presidência da República e suas secretarias. Ministérios Civis e Militares. Fundos especiais. PODER JUDICIÁRIO: Todos os seus tribunais. Fundos especiais PODER LEGISLATIVO: Câmara dos Deputados. Senado Federal. Fundos especiais. ADMINISTRAÇÃO INDIRETA: Autarquias. Fundações Públicas Empresa Estatal Dependente. Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista*.

*somente aquelas sujeitas ao orçamento fiscal e da seguridade social e que recebam recursos para fins de custeio. Foi cobrado em concurso! (Analista de Finanças e Controle - AFC - STN – 2005) O campo de aplicação da Contabilidade Pública vem-se expandindo nos últimos anos, sobretudo por determinação da legislação federal. Assinale a opção que indica os entes incluídos no seu campo de aplicação, em razão da Lei Complementar nº 101/2000 – LRF. a) Autarquias federais. b) Empresas estatais dependentes. c) Fundações públicas pertencentes aos municípios. d) Empresas controladas pelas instituições financeiras públicas. e) Empresas públicas financeiras. Resolução a) Incorreta. O campo de aplicação da contabilidade pública já abrangia as Autarquias federais, portanto, não foram incluídas em razão da Lei Complementar nº 101/2000 – LRF. b) Correta. As empresas estatais dependentes foram incluídas no campo de aplicação da contabilidade pública pela LRF. c) Incorreta. Idem à opção “a”. d) Incorreta. Empresas controladas pelas instituições financeiras públicas seguem as regras da contabilidade empresarial.

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e) Incorreta. Empresas públicas financeiras, a exemplo da Caixa Econômica Federal – CEF seguem as regras da contabilidade empresarial. Foi cobrado em concurso! (ESAF - Analista Contábil-Financeiro - SEFAZ - CE – 2006) O campo de atuação da contabilidade pública define-se tanto nos atos e fatos objeto de seu registro quanto nas entidades alcançadas pelas suas regras. Assinale a opção em que a entidade não está obrigada, por força de lei, a seguir as regras de contabilidade pública. a) Autarquias municipais. b) Empresas públicas dependentes. c) Empresas de economia mista não dependentes. d) Fundações instituídas e mantidas pelo poder público. e) Autarquias federais que arrecadem recursos próprios. Resolução A questão pede a opção em que a entidade não está obrigada, por força de lei, a seguir as regras de contabilidade pública. a) Incorreta. Todas as autarquias são obrigadas, por lei, a seguir as regras da contabilidade pública, haja vista que as Autarquias são entidades da Administração Indireta com personalidade jurídica de direito público. b) Incorreta. Conforme as regras da LRF e da Portaria STN nº 589/01, empresa estatal dependente estão compreendidas no campo de aplicação da contabilidade pública: Observe o conceito de empresa estatal dependente: empresa controlada pelo Estado, pelo Distrito Federal ou pelo Município que tenha, no exercício anterior, recebido recursos financeiros de seu controlador, destinados ao pagamento de despesas com pessoal, de custeio em geral ou de capital, excluídos, neste último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária, e tenha, no exercício corrente, autorização orçamentária para recebimento de recursos financeiros com idêntica finalidade. c) Correta. As Sociedades de Economia Mista (estatal não dependente), a exemplo do Banco do Brasil e PETROBRÁS, não estão incluídas no campo de aplicação da contabilidade pública, haja vista que essas entidades exercem atividade econômica. d) Incorreta. Todas as Fundações de direito público são obrigadas, por lei, a seguir as regras da contabilidade pública, haja vista que essas entidades da Administração Indireta possuem personalidade jurídica de direito público. Atenção! Essa regra é extensiva às Fundações de Direito Público. e) Incorreta. Idem à opção “A”.

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Para finalizar, e depois de um bom cafezinho, faremos mais algumas questões de concursos! 6. EXERCÍCIOS DE CONCURSOS 1. (ESAF – Analista de Planejamento e Orçamento – MPOG –2005) A respeito dos conceitos, objeto, regime e práticas contábeis adotadas no âmbito federal é correto afirmar, exceto: a) as autarquias federais integrantes do Orçamento Geral da União - OGU estão submetidas às regras de contabilidade pública. b) os regimes contábeis adotados são o de competência para a despesa e de caixa para a receita, ocorrendo exceções para os dois casos. c) os avais concedidos pelo Tesouro Nacional constituem objeto de registro pela contabilidade. d) os fatos contábeis permutativos não são reconhecidos como tais pela contabilidade aplicada às entidades públicas. e) os três estágios de realização da despesa (empenho, liquidação e pagamento) são objeto de registro contábil. Resolução a) Não é exceção afirmar que as autarquias federais estão abrangidas no campo de aplicação da contabilidade pública. Não existe dúvida de que as autarquias e as fundações públicas devem utilizar a contabilidade pública, posto que são entidades dotadas de personalidade jurídica de direito público. Incorreta. b) Não é uma exceção afirmar os regimes contábeis adotados são o de competência para a despesa e de caixa para a receita, ocorrendo exceções para os dois casos. Exemplo: no registro da dívida ativa é considerado receita no momento de sua inscrição. “Despesa de exercícios anteriores” onera o orçamento que está sendo paga a despesa. Incorreta. c) Não é uma exceção afirmar que os avais concedidos pelo Tesouro Nacional constituem objeto de registro pela contabilidade. Os avais são registrados (contabilizados) nas contas de controle, classificadas no ativo e passivo compensados. Incorreta. d) Os fatos contábeis permutativos, a exemplo da aquisição de material de consumo para estoque em almoxarifado, são reconhecidos normalmente como permutativos pela contabilidade aplicada às entidades públicas. Correta. e) Existem registros contábeis no empenho e liquidação da despesa (sistema orçamentário) e no pagamento (sistema financeiro). Porém, na fixação da despesa na LOA não existe nenhum registro contábil. Incorreta.

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2. (CESPE – TRE/PA – Analista Judiciário – Contabilidade 2005) A contabilidade aplicada à administração pública, como um segmento da ciência contábil, apresenta características especiais. Acerca desse assunto, assinale a opção correta. (A) No setor público, a contabilidade prioriza o orçamento e as finanças em relação ao balanço patrimonial. (B) Entre os objetos da contabilidade na área pública, estão os bens públicos de uso geral e indiscriminado. (C) A contabilidade pública utiliza regime de competência para o registro da receita orçamentária. (D) A contabilidade pública não tem entre suas finalidades a determinação dos custos dos serviços para evidenciar os resultados da gestão. (E) O campo de aplicação da contabilidade pública está restrito aos órgãos da administração direta nos três níveis de governo. Resolução (A) Levantar o balanço patrimonial é conseqüência do registro dos atos e fatos contábeis. Primeiramente são registrados os atos e fatos orçamentários (execução do orçamento), posteriormente, ao final do exercício financeiro apuram-se os demonstrativos contábeis (BO, BF, BP e DVP). Correta. (B) Os bens públicos de uso geral e indiscriminado não são registrados pela contabilidade, portanto, não estão abrangidos no campo de aplicação da contabilidade pública. Incorreta. (C) A contabilidade pública utiliza o regime de caixa para o registro da receita orçamentária e extra-orçamentária. Incorreta. (D) É finalidade da contabilidade pública a determinação dos custos dos produtos e serviços para melhor evidenciar os resultados da gestão. Inclusive essa determinação consta na LRF, onde prevê que a LDO conste as normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados e programas financiados com recursos orçamentários. Incorreta. (E) O campo de aplicação da contabilidade pública não está restrito aos órgãos da administração direta nos três níveis de governo, mas sim, aos órgãos integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social (administração direta e indireta). Incorreta. 3. (CESGRANRIO– Contador/DETRAN/AC – 2009) Uma das características dos bens de uso comum é que eles (A) estão incluídos no patrimônio da instituição. (B) são inventariados e avaliados. (C) são contabilizados. (D) são impenhoráveis e imprescritíveis.

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(E) podem ser alienados na forma que a lei estabelecer.

Resolução Código Civil (Lei 10.406/02):

Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.

Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.

Ser inalienável implica dizer que os bens são, inclusive, impenhoráveis. Bem imprescritível é aquele não sujeito a usucapião. Novidade! Até o exercício de 2009 os bens de uso comum não são objeto de contabilização obrigatória. Todavia, a partir de 2010 serão, em virtude da Resolução CFC 1.137/08, que aprova a NBC T 16.10 – Avaliação e Mensuração de Ativos e Passivos em Entidades do Setor Público:

30. Os bens de uso comum que absorveram ou absorvem recursos públicos, ou aqueles eventualmente recebidos em doação, devem ser incluídos no ativo não circulante da entidade responsável pela sua administração ou controle, estejam, ou não, afetos a sua atividade operacional.

31. A mensuração dos bens de uso comum será efetuada, sempre que possível, ao valor de aquisição ou ao valor de produção e construção.

As disposições contidas nessa resolução somente serão obrigatórias a partir do exercício de 2010, podendo ser adotadas antecipadamente de forma facultativa. Portanto, atenção! A contabilização dos bens de uso comum ainda não é obrigatória, mas será a partir de 2010. Sendo cobrada questão desse conteúdo, considere a regra atual (não contabilização dos bens de uso comum do povo). Ou seja, atualmente os bens de uso comum não são objeto da contabilidade pública. Letra D. 4. (CESPE – TRT/16.ª Região - Contabilidade - 2005) O reconhecimento contábil, no resultado patrimonial, da receita não arrecadada, por inadimplência do contribuinte, só é efetuado quando o poder público inscreve o devedor em dívida ativa. Resolução

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O comando da questão refere-se à dívida ativa, ou seja, de receita não arrecadada por inadimplência do contribuinte. Conceito de dívida ativa: a dívida ativa compreende os créditos a favor da Fazenda Pública, cuja certeza e liquidez foram apuradas, por não terem sido efetivamente recebidos nas datas estabelecidas. É, portanto, uma fonte potencial de fluxos de caixa, com impacto positivo pela recuperação de valores, espelhando créditos a receber, sendo contabilmente registrados no ativo permanente do balanço patrimonial como um direito a receber. Os créditos da Fazenda Nacional em moeda estrangeira serão convertidos aos correspondentes valores na moeda nacional à taxa cambial oficial, para compra, na data da notificação ou intimação do devedor

, pela autoridade administrativa, ou, à sua falta, na data da inscrição da dívida ativa, incidindo, a partir da conversão, a atualização monetária e os juros de mora, de acordo com preceitos legais pertinentes aos débitos tributários (art. 39, § 3º do Decreto-Lei nº. 1.735/79). A receita proveniente de crédito inscrito na dívida ativa abrange os créditos tributários ou não, bem como os valores correspondentes à respectiva atualização monetária, multas, juros de mora e outros encargos (art. 39, § 4º do Decreto-Lei nº. 1.735/79). A dívida ativa da União é apurada e inscrita na Procuradoria da Fazenda Nacional (art. 39, § 5º do Decreto-Lei nº. 1.735/79). A inscrição em Dívida Ativa é ato jurídico que visa legitimar a origem do crédito em favor da Fazenda Pública, revestindo o procedimento dos necessários requisitos jurídicos para as ações de cobrança. No caso da União, a Constituição Federal, em seu artigo 131, § 3º, atribui expressamente a representação da dívida ativa de natureza tributária da União à Procuradoria Geral da Fazenda Nacional – PGFN. A Lei Complementar nº. 73 estabeleceu uma nova situação ao atribuir competência à Procuradoria Geral da Fazenda Nacional - PGFN para apuração da liquidez e certeza da dívida ativa tributária e representação da União em sua execução. Essa função se estende também às autarquias e fundações públicas. A dívida ativa inscrita goza da presunção de certeza e liquidez e tem equivalência de prova pré-constituída contra o devedor. O ato da inscrição confere legalidade ao crédito como dívida passível de cobrança, facultando ao Ente público, representado pelos respectivos órgãos competentes, a iniciativa do processo judicial de execução. A Lei 6.830/80 regulamenta a inscrição na dívida ativa, conforme art. 2º, § 3º. Importante! A inscrição na dívida ativa se constitui em ato de controle administrativo da legalidade e será feita pelo órgão competente para

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apurar a liquidez e certeza do crédito e suspenderá a prescrição, para todos os efeitos de direito, por 180 dias, ou até a distribuição da execução fiscal, se esta ocorrer antes do prazo supramencionado. Atenção! A presunção de certeza e liquidez é relativa, posto que pode ser derrogada por prova inequívoca, cuja contestação cabe ao sujeito passivo. Portanto, a receita lançada e não arrecadada depois de apurada a sua certeza e liquidez e inscrita como dívida ativa na Procuradoria da Fazenda Nacional é reconhecida contabilmente como tal. Item CERTO. 5. (CESPE – TRE/PA - 2007) Os tipos de entes a que se aplica a contabilidade pública incluem A) organizações da sociedade civil de interesse público. B) empresas públicas dependentes. C) sociedades de economia mista. D) associações beneficentes que tenham contratos com o poder público. E) fundações privadas de utilidade pública. QUESTÃO 29 Resolução Essa questão é facílima e dispensa delonga de comentários! Porém, importante para a fixação do conceito. A contabilidade pública aplica-se a toda a administração direta e indireta (Autarquias, Fundações Públicas e Empresa Estatal Dependente). Quanto às entidades da administração indireta: Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista somente utilizam a contabilidade pública quando receberem recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social para custeio de pessoal e de toda a “máquina administrativa”. (Exceto para despesa de capital) Item CERTO B. 6. (CESPE – TCE/AC - Ciências Contábeis – 2006) Os bens móveis e imóveis serão contabilizados pelo valor de aquisição ou pelo custo de produção ou construção; já os bens de almoxarifado serão contabilizados pelo preço médio ponderado das compras. Resolução Questão simples, cópia fiel do art. 106 da Lei 4320/64. Art. 106. A avaliação dos elementos patrimoniais obedecerá as normas seguintes: I - os débitos e créditos, bem como os títulos de renda, pelo seu valor nominal, feita a conversão, quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na data do balanço;

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II - os bens móveis e imóveis, pelo valor de aquisição ou pelo custo de produção ou de construção; III - os bens de almoxarifado, pelo preço médio ponderado das compras. Item CERTO. A contabilidade pública no Brasil 7. (CESPE – TCEES - 2004) evidencia para a fazenda pública a situação de todos que efetuam despesas, arrecadam receitas ou guardam bens públicos de uso restrito, específico e não-generalizado. Resolução Esse é o conceito estabelecido pela Lei nº. 4.320/64. A contabilidade evidenciará perante a Fazenda Pública a situação de todos quantos, de qualquer modo, arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou guardem bens a ela pertencentes ou confiados” (art. 83, da Lei nº. 4.320/64). No comando da questão existe a seguinte frase: ”guardam bens públicos de uso restrito, específico e não-generalizado”. Essa frase informa, com outras palavras, o objeto da contabilidade pública, no qual exclui os bens de uso comum do povo tais como os mares, rios estradas, parques etc. Item CERTO. 8. (CESPE – TCEES - 2004) tem como um de seus objetos o orçamento público, considerado como a peça autorizativa para a arrecadação de receitas e a realização de despesas. Resolução Como já estudamos, a contabilidade pública opera com quatro sistemas: orçamentário, financeiro, patrimonial e compensado. O objeto da contabilidade em geral é o patrimônio. O objeto da contabilidade na administração pública é o patrimônio e também o orçamento. Assim sendo, um dos objetos da Contabilidade Pública é o orçamento público. Atualmente o nosso sistema orçamentário é autorizativo, ou seja, o Poder Legislativo autoriza mediante lei (LOA) que o Poder Executivo realize a execução orçamentária aprovada. Nesse tipo de processo orçamentário o Executivo possui bastante margem de “manobra” sobre a LOA, em especial, a abertura de créditos suplementares e a liberação da maior parte dos recursos de forma discricionária, ou seja, no momento considerado oportuno pelo Executivo.

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Item CERTO. 9. (CESPE – TJDFT/Analista - Contabilidade – 2008) Os bens de almoxarifado serão avaliados pelo método UEPS (último que entra primeiro que sai), a fim de se subsidiar a elaboração do orçamento com valores mais próximos da realidade. Resolução A contabilidade utiliza-se de várias técnicas para avaliação dos bens patrimoniais. Os estoque são comumente avaliados por quatro técnicas: PEPS (Primeiro que Entra Primeiro que Sai); UEPS (Último que Entra Primeiro que Sai); Média Ponderada (média aritmética) e Custo Específico. Todavia, a lei 4.320/64 impôs que os bens em almoxarifado devem ser avaliados e registrados, na contabilidade pública, pela média ponderada. Lei 4.320/64:

Art. 106. A avaliação dos elementos patrimoniais obedecerá as normas seguintes:

I - os débitos e créditos, bem como os títulos de renda, pelo seu valor nominal, feita a conversão, quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na data do balanço;

II - os bens móveis e imóveis, pelo valor de aquisição ou pelo custo de produção ou de construção;

III - os bens de almoxarifado, pelo preço médio ponderado das compras.

ERRADO. 10. (ESAF – AFC/CGU – 2006) Em relação aos registros contábeis, a transferência de um bem móvel entre unidades gestoras do mesmo órgão provoca a) interferência ativa extra-orçamentária na unidade destinatária do bem. b) mutação ativa na unidade destinatária e mutação passiva na unidade transferidora. c) acréscimo patrimonial na unidade destinatária e decréscimo patrimonial na unidade transferidora. d) despesa orçamentária na unidade transferidora e receita orçamentária na receptora. e) não é necessário realizar lançamentos contábeis uma vez que as unidades gestoras pertencem ao mesmo órgão. Resolução

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A transferência de bens móveis entre unidades gestoras do mesmo órgão, ou seja, mesmo Ministério, ou entre Unidades Gestoras, evidencia-se esse fato na DVP como uma variação passiva extra-orçamentária para a Unidade Gestora responsável pela transferência e uma variação ativa extra-orçamentária para a UG beneficiária. A conta respectiva denomina-se “transferência de bens e valores”. Ao mesmo tempo em que se transfere o bem, também deve ser transferido o valor contábil do mesmo. Assim sendo, a transferência de um bem móvel entre unidades gestoras do mesmo órgão provoca uma interferência ativa extra-orçamentária na unidade destinatária do bem. Opção A. 11. (ESAF – Administrador/ENAP – 2007) Indique a opção em que a operação não é objeto da contabilidade pública, segundo as práticas adotadas no âmbito federal. a) O lançamento de tributos. b) A consignação de créditos por intermédio da Lei Orçamentária Anual – LOA. c) A emissão de Nota de Empenho. d) A baixa de bem patrimonial por ter se tornado obsoleto. e) A transferência de créditos orçamentários entre órgãos. Resolução Observe que o comando da questão pede a opção em que a operação não é objeto da contabilidade pública no âmbito federal. a) Certo. No âmbito federal o lançamento de tributos fica a cargo da Receita Federal do Brasil. Atualmente são pouquíssimos os tributos lançados no nível federal e geralmente ocorre em casos de retificação, de ofício, de declarações e também para as multas, sendo que estas não se enquadram no conceito de tributos. Portanto, lançamento de tributos no âmbito federal não é objeto de registro contábil. b) Errado. A consignação de créditos por intermédio da Lei Orçamentária Anual – LOA, é realizada por intermédio do documento denominado Nota de Dotação, através do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal – SIAFI. O registro contábil ocorre da seguinte forma: Dotação inicial gerada pela SOF depois de aprovada a LOA: D – Crédito inicial – originário do Orçamento Geral da União XXX C – Créditos disponível XXX c) Errado. No empenho de despesa ocorre registro contábil somente no sistema orçamentário da seguinte forma: D – Créditos disponíveis XXX C – Despesa de capital empenhada XXX

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d) Errado. Toda e qualquer baixa de bem patrimonial requer registro no sistema patrimonial pela baixa do bem. Exemplo: D – Variação passiva XXX C – Bens XXX e) Errado. A transferência de créditos requer registro contábil imediato no sistema orçamentário através de documento denominado Nota de Crédito através do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal – SIAFI. O documento é lançado através de um EVENTO (lógica do sistema SIAFI) da classe 30 – movimentação de crédito. A movimentação de crédito ocorre de duas formas: mediante DESTAQUE e PROVISÃO. O registro contábil ocorre no sistema orçamentário conforme segue: Destaque – descentralização externa de créditos (entre ministérios diferentes). Lançamento na UG concedente: D – Créditos disponíveis XXX C – Créditos concedidos XXX Lançamento na UG beneficiária: D – Créditos recebidos XXX C – Créditos disponíveis XXX Provisão – descentralização interna de créditos (dentro do mesmo ministério). Lançamento na UG concedente: D – Créditos disponíveis XXX C – Provisão concedida XXX Lançamento na UG beneficiária: D – Provisão recebida XXX C – Créditos disponíveis XXX Conclusão: a operação que não é objeto da contabilidade pública, segundo as práticas adotadas no âmbito federal é o referente ao lançamento de tributos. Atenção! Nos Entes Federados (Estados e Municípios) existem lançamentos de tributos que requerem registro contábil, a exemplo do IPTU, ISS etc. Opção A. 12. (ESAF – Auditor TCE – GO 2007) Considerando o regime contábil, o campo de aplicação, o objeto e outros aspectos gerais da Contabilidade Pública no Brasil, identifique a opção incorreta. a) Os balanços orçamentário, financeiro e patrimonial e a demonstração das variações patrimoniais são demonstrativos previstos na Lei n. 4.320/1964 que sofrem impacto das operações decorrentes da execução

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orçamentária, independentemente da natureza econômica da receita e da despesa. b) Considerando que o empenho da despesa cria para o Estado obrigação de pagamento, pendente ou não de implemento de condição, o registro contábil da emissão de empenho afetará o sistema orçamentário e o financeiro, pois a despesa pública deve ser reconhecida sob a ótica de competência. c) A contabilidade será organizada de modo a permitir o acompanhamento da execução orçamentária, o conhecimento da composição patrimonial, a determinação dos custos dos serviços industriais, o levantamento dos balanços gerais, a análise e a interpretação dos resultados econômicos e financeiros. d) Segundo a Lei n. 4.320/1964, as previsões para depreciação serão computadas para efeito de apuração do saldo líquido das empresas com autonomia financeira e administrativa cujo capital pertença integralmente ao poder público. e) No que se refere à avaliação dos elementos patrimoniais, a Lei n. 4.320/64 estabelece que os débitos e créditos, bem como os títulos de renda, serão avaliados pelo seu valor nominal, e convertidos, quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na data do balanço. Resolução O comando da questão pede a opção incorreta em relação ao regime contábil, o campo de aplicação, o objeto e outros aspectos gerais da Contabilidade Pública no Brasil. a) Certo. Os balanços orçamentário, financeiro e patrimonial e a demonstração das variações patrimoniais são demonstrativos contábeis previstos na Lei nº. 4.320/1964 que sofrem impacto das operações decorrentes da execução orçamentária. Independentemente da natureza econômica da receita e da despesa esses demonstrativos contábeis evidenciam os eventos econômicos ou não, relativas às operações orçamentárias e extra-orçamentárias, independentemente da categoria econômica (correte ou de capital) todos os eventos são objeto de evidenciação nos balanços públicos. b) Incorreta. O empenho da despesa é objeto de registro contábil só no sistema orçamentário. O empenho da despesa é um ato emanado de uma autoridade competente para tal que cria para o Estado obrigação de pagamento, pendente ou não de implemento de condição. c) Certo. Essa opção é cópia do art. 85 da Lei nº. 4.320/64. Observe: Art. 85. Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a permitirem o acompanhamento da execução orçamentária, o conhecimento da composição patrimonial, a determinação dos custos dos serviços industriais, o levantamento dos balanços gerais, a análise e a interpretação dos resultados

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econômicos e financeiros. d) Certo. A Lei nº. 4.320/64 estabelece no TÍTULO X, Das Autarquias e Outras Entidades, art. 107, § 2º, essa determinação. Observe: § 2o As previsões para depreciação serão computadas para efeito de apuração do saldo líquido das mencionadas entidades. Cabe observar que essa determinação legal tem sido “letra morta” na Lei nº. 4.320/1964, ou seja, essa previsão legal não pegou. Por enquanto a sua aplicabilidade tem sido apenas para exigência em concursos. e) Certo. Perfeito, essa opção apresenta a determinação legal acerca da avaliação dos elementos patrimoniais prevista na Lei nº. 4.320/1964. Observe as regras da norma citada: A avaliação dos elementos patrimoniais obedecerá as seguintes normas: ◊ Os débitos e créditos, bem como os títulos de renda, pelo seu valor nominal, feita a conversão, quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na data do balanço; ◊ Os bens móveis e imóveis, pelo valor de aquisição ou pelo custo de produção ou de construção; ◊ Os bens de almoxarifado, pelo preço médio ponderado das compras. ◊ Os valores em espécie, assim como os débitos e créditos, quando em moeda estrangeira, deverão figurar ao lado das correspondentes importâncias em moeda nacional. Esse comando informa que quando houver valores em moeda estrangeira, geralmente dívidas, deverão figurar, logo abaixo desse valor, o correspondente em moeda nacional. Opção B. 13. (ESAF – Contador Ministério do Planejamento/ENAP – 2006) O Sistema de Contabilidade Federal não tem como objetivo evidenciar a) os créditos adicionais aos orçamentos vigentes da União. b) os custos dos programas e das unidades da Administração Pública Federal. c) a aplicação dos recursos da União pelas unidades da Federação beneficiadas. d) a renúncia de receitas de órgãos e entidades federais. e) as receitas obtidas pelas unidades da Federação e os recursos aplicados. Resolução A Lei Federal nº. 10.180/2001 que organiza e disciplina os Sistemas de Planejamento e de Orçamento Federal, de Administração Financeira Federal, de Contabilidade Federal e de Controle Interno do Poder

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Executivo Federal, e dá outras providências assim estabelece acerca do assunto: Art. 14. O Sistema de Contabilidade Federal visa a evidenciar a situação orçamentária, financeira e patrimonial da União. Art. 15. O Sistema de Contabilidade Federal tem por finalidade registrar os atos e fatos relacionados com a administração orçamentária, financeira e patrimonial da União e evidenciar: I - as operações realizadas pelos órgãos ou entidades governamentais e os seus efeitos sobre a estrutura do patrimônio da União; II - os recursos dos orçamentos vigentes, as alterações decorrentes de créditos adicionais, as receitas prevista e arrecadada, a despesa empenhada, liquidada e paga à conta desses recursos e as respectivas disponibilidades; III - perante a Fazenda Pública, a situação de todos quantos, de qualquer modo, arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou guardem bens a ela pertencentes ou confiados; IV - a situação patrimonial do ente público e suas variações; V - os custos dos programas e das unidades da Administração Pública Federal; VI - a aplicação dos recursos da União, por unidade da Federação beneficiada; VII - a renúncia de receitas de órgãos e entidades federais. Parágrafo único. As operações de que resultem débitos e créditos de natureza financeira não compreendidas na execução orçamentária serão, também, objeto de registro, individualização e controle contábil. Conforme se observa, não é objetivo do Sistema de Contabilidade Federal evidenciar as receitas obtidas pelas unidades da Federação e os recursos aplicados. Caso essa situação fosse objetivo do Sistema de Contabilidade Federal, certamente estaria havendo “quebra” do princípio federativo, haja vista que todas as unidades da federação possuem competência constitucional para organizar suas próprias finanças. Opção E. 14. (CESPE – DOCAS/PA – Contador – 2006) Considere a existência dos seguintes saldos contábeis, em reais, de um ente, ao final do exercício: receita arrecadada: R$ 170.000,00 despesa autorizada: R$ 150.000,00 despesa empenhada: R$ 125.000,00 despesa paga: R$ 110.000,00 despesa liquidada: R$ 115.000,00 Com base nesses dados, conclui-se que, segundo os critérios adotados pela Lei n.º 4.320/1964 e pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), o resultado da execução orçamentária foi igual a R$ 20.000,00 e R$ 60.000,00, respectivamente. Resolução Cálculo do resultado da execução orçamentária segundo a Lei 4.320/64: Receita arrecadada 170.000,00

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(-) Despesa empenhada (125.000,00) = Superávit orçamentário 45.000,00 Cálculo do resultado da execução orçamentária segundo a STN: Receita arrecadada 170.000,00 (-) Despesa liquidada (115.000,00) = Superávit orçamentário 55.000,00 Comentários: 1º. A Lei 4.320/64 estabelece em seu art. 35 que pertence ao exercício financeiro as despesas legalmente empenhadas, ou seja, para a norma supracitada a despesa é considerada em 31/12 pelo seu empenho; 2º. Para a STN a despesa é considerada pela sua liquidação. Assim sendo, mesmo que a despesa não tenha sido liquidada em 31/12, CONSIDERA-SE como se liquidada fosse; 3º. Pode-se observar que o cálculo do resultado orçamentário conforme o entendimento da STN é bem mais realista, posto que a despesa é considerada de fato pela sua liquidação. Esse também é o entendimento do Conselho Federal de Contabilidade – CFC. Item ERRADO. 15. (ESAF – AFC/CGU – 2006) Um dos resultados da aplicação do princípio contábil da entidade no setor público é a possibilidade de se delimitar com precisão o patrimônio de um determinado ente público. Assinale a opção em que o ente não é uma entidade contábil segundo as regras praticadas na contabilidade federal. a) Programa de governo. b) Unidade gestora/Gestão. c) Órgão. d) Gestão, embora o seu uso esteja em extinção. e) União. Resolução A Resolução nº. 750/93 do Conselho Federal de Contabilidade – CFC, estabelece em seu art. 4º. que o princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, ou seja, a necessidade da diferenciação de um patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Nessa linha de raciocínio temos que os bens, direitos e obrigações pertencentes aos Entes Federados não se confundem com o dos

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particulares, ou seja, o patrimônio público não pertence a nenhum gestor, político ou detentor de mandato, mas sim à sociedade. Portanto, o patrimônio público não deve ser confundido com o patrimônio dos particulares. Assim sendo, quando, por exemplo, um Prefeito empresta ou utiliza um bem público em proveito próprio ou para satisfazer amizades, incorre em improbidade administrativa, sujeito à perda do cargo conforme prevê a Lei nº. 8.429/92 (lei de improbidade administrativa). Ainda segundo a Resolução nº 750/93 do CFC, os Princípios Fundamentais de Contabilidade – PFC representam o núcleo central da própria contabilidade, na sua condição de ciência social, sendo a ela inerentes. Os princípios constituem sempre as vigas-mestras de uma ciência, revestindo-se dos atributos de universalidade e veracidade, conservando validade em qualquer circunstância. No caso da contabilidade, presente seu objeto, seus PFC valem para todos os patrimônios, independentemente das entidades a que pertencem, seja com ou sem fins lucrativos. Portanto, à contabilidade pública, sempre que possível aplicam-se os princípios fundamentais de contabilidade, ressalvando-se as peculiaridades dessa disciplina. Aplicando o princípio da competência, a Resolução nº 750/93 do CFC, no § 3º do art. 9º menciona que: “As receitas consideram-se realizadas”: “Quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento concomitante de um ativo de igual valor”. O perdão de uma dívida seria um exemplo de geração de receita, tanto para a contabilidade pública quanto para a contabilidade empresarial. Nessa situação, desaparece a dívida do passivo e não há registro correspondente no ativo. O registro seria uma receita econômica ou escritural, aumentando o patrimônio líquido. Exemplo de registro contábil: D – Obrigações a pagar XXX C – Receita ou Variação ativa XXX

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Receita escritural ou econômica é aquela que efetivamente não ocorre o ingresso do recurso, mas sim, apenas sua contabilização, resultando aumento no patrimônio. Um exemplo da aplicação do princípio da competência para as despesas seria a previsão no § 4º do art. 9º, da resolução supracitada, onde estabelece que: § 3º do art. 9º menciona que: “Consideram-se incorridas as despesas”: “Pela diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo”. Para a contabilidade empresarial e a pública seria o exemplo da perda de estoque ou a morte de um semovente. A perda de parte do estoque diminui o valor econômico de um ativo e a morte de um semovente (animal) há extinção do valor do ativo. Feitas essas considerações podemos afirmar que os princípios fundamentais de contabilidade são aplicáveis a todos os ramos da contabilidade, inclusive o da contabilidade pública, haja vista que esses princípios representam o verdadeiro núcleo central da doutrina contábil. Corroborando com esse entendimento, observe o que estabelece a Portaria Conjunta nº 2, de 08 de agosto de 2007 que aprova a 4ª edição do Manual de Procedimentos da Receita Pública: RECONHECIMENTO DA RECEITA É a aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade para reconhecimento da variação ocorrida no patrimônio, por meio do registro do direito a receber no momento da ocorrência do fato gerador, antes da efetivação do correspondente ingresso de disponibilidades. Nesse momento, deverá ser efetuado o seguinte registro contábil... Feitas essas “sucintas” considerações iniciais, passaremos aos comentários específicos das opções da questão: a) Programa de governo não pode ser uma entidade contábil segundo as regras praticadas na contabilidade federal porque não possui existência real, mas sim uma intenção técnico-política de realização de ações. Errado. b) Unidade Gestora/Gestão pública se encaixa perfeitamente no conceito de entidade contábil porque existe contabilidade própria. Certo. c) Órgão também se encaixa perfeitamente no conceito de entidade contábil porque possui contabilidade própria e pessoas responsáveis pela gestão. Certo. d) A Gestão atualmente tem sido denominada orçamentariamente de Órgão Orçamentário, a exemplo dos Fundos Especiais, Transferências etc. Certo.

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e) A União, sem nenhuma dúvida, é uma entidade contábil. Orçamentariamente se encaixa no mesmo conceito de órgão. Certo. 16. (ESAF – APO/MPOG – 2008) Assinale a afirmação correta referente à contabilização da fixação da despesa orçamentária no âmbito federal. a) O registro contábil ocorre somente no início e fim do exercício. b) No Passivo Compensado, são demonstrados os créditos iniciais consignados em lei. c) Créditos extraordinários, em razão da sua excepcionalidade, não são registrados na abertura. d) Os saldos de créditos disponíveis são demonstrados em contas do passivo. e) No ativo, a despesa fixada é registrada pelo seu valor líquido (deduzidos os créditos contidos e contigenciados). Resolução Atenção! O comando da questão refere-se a registro contábil da fixação da despesa orçamentária. Assim sendo, veremos um exemplo de fixação e liquidação da despesa no sistema orçamentário: Fixação da despesa na LOA

Empenho da despesa

Liquidação de despesa

Pagamento de despesa

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a) O registro contábil ocorre tanto na fixação quanto na liquidação. Errado. b) No Passivo Compensado, haverá controle da execução orçamentária da despesa. Observe abaixo: 2.9 – PASSIVO COMPENSADO 2.9.1 EXECUÇÃO ORCAMENTÁRIA DA RECEITA 2.9.2 EXECUÇÃOO ORCAMENTÁRIA DA DESPESA Errado. c) Para toda e qualquer abertura de crédito adicional deve haver registro contábil. Exemplo de abertura de créditos extraordinários: D – Créditos extraordinários XXX C – Créditos disponíveis XXX Errado. d) Perfeito! Os saldos de créditos disponíveis são demonstrados em contas do passivo. Observando o lançamento acima (opção C), pode-se verificar que a conta créditos disponíveis é credora. Certo. e) A despesa fixada é registrada no sistema orçamentário pelo seu valor bruto. Errado. 17. (ESAF – Auditor TCE – GO 2007) Considerando o regime contábil, o campo de aplicação, o objeto e outros aspectos gerais da Contabilidade Pública no Brasil, identifique a opção incorreta. a) Os balanços orçamentário, financeiro e patrimonial e a demonstração das variações patrimoniais são demonstrativos previstos na Lei n. 4.320/1964 que sofrem impacto das operações decorrentes da execução orçamentária, independentemente da natureza econômica da receita e da despesa. b) Considerando que o empenho da despesa cria para o Estado obrigação de pagamento, pendente ou não de implemento de condição, o registro contábil da emissão de empenho afetará o sistema orçamentário e o financeiro, pois a despesa pública deve ser reconhecida sob a ótica de competência. c) A contabilidade será organizada de modo a permitir o acompanhamento da execução orçamentária, o conhecimento da composição patrimonial, a determinação dos custos dos serviços industriais, o levantamento dos balanços gerais, a análise e a interpretação dos resultados econômicos e financeiros. d) Segundo a Lei n. 4.320/1964, as previsões para depreciação serão computadas para efeito de apuração do saldo líquido das empresas com autonomia financeira e administrativa cujo capital pertença integralmente ao poder público. e) No que se refere à avaliação dos elementos patrimoniais, a Lei n. 4.320/64 estabelece que os débitos e créditos, bem como os títulos de

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renda, serão avaliados pelo seu valor nominal, e convertidos, quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na data do balanço. Resolução O comando da questão pede a opção incorreta em relação ao regime contábil, o campo de aplicação, o objeto e outros aspectos gerais da Contabilidade Pública no Brasil. a) Os balanços orçamentário, financeiro e patrimonial e a demonstração das variações patrimoniais são demonstrativos contábeis previstos na Lei nº. 4.320/1964 que sofrem impacto das operações decorrentes da execução orçamentária. Independentemente da natureza econômica da receita e da despesa esses demonstrativos contábeis evidenciam os eventos econômicos ou não, relativas às operações orçamentárias e extra-orçamentárias, independentemente da categoria econômica (correte ou de capital) todos os eventos são objeto de evidenciação nos balanços públicos. Certo. b) O empenho da despesa é objeto de registro contábil só no sistema orçamentário. O empenho da despesa é um ato emanado de uma autoridade competente para tal que cria para o Estado obrigação de pagamento, pendente ou não de implemento de condição. Incorreta. c) Essa opção é cópia do art. 85 da Lei nº. 4.320/64. Observe: Art. 85. Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a permitirem o acompanhamento da execução orçamentária, o conhecimento da composição patrimonial, a determinação dos custos dos serviços industriais, o levantamento dos balanços gerais, a análise e a interpretação dos resultados econômicos e financeiros. Certo. d) A Lei nº. 4.320/64 estabelece no TÍTULO X, Das Autarquias e Outras Entidades, art. 107, § 2º, essa determinação. Observe: § 2o As previsões para depreciação serão computadas para efeito de apuração do saldo líquido das mencionadas entidades. Cabe observar que essa determinação legal tem sido “letra morta” na Lei nº. 4.320/1964, ou seja, essa previsão legal não pegou. Por enquanto a sua aplicabilidade tem sido apenas para exigência em concursos. Certo. e) Perfeito, essa opção apresenta a determinação legal acerca da avaliação dos elementos patrimoniais prevista na Lei nº. 4.320/1964. Observe as regras da norma citada: A avaliação dos elementos patrimoniais obedecerá as seguintes normas: ◊ Os débitos e créditos, bem como os títulos de renda, pelo seu valor nominal, feita a conversão, quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na data do balanço;

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◊ Os bens móveis e imóveis, pelo valor de aquisição ou pelo custo de produção ou de construção; ◊ Os bens de almoxarifado, pelo preço médio ponderado das compras. ◊ Os valores em espécie, assim como os débitos e créditos, quando em moeda estrangeira, deverão figurar ao lado das correspondentes importâncias em moeda nacional. Esse comando informa que quando houver valores em moeda estrangeira, geralmente dívidas, deverão figurar, logo abaixo desse valor, o correspondente em moeda nacional. Certo. 18. (ESAF ACE – TCU/2006) De acordo com o que dispõe o art. 35 da Lei n. 4.320/64, conclui-se que o regime contábil adotado pela Contabilidade Pública em nosso País é a) misto, sendo de caixa para as receitas e de competência para as despesas. b) de competência, para receitas e despesas. c) misto, sendo de competência para as receitas e de caixa para as receitas. d) de caixa, para receitas e despesas. e) misto, sendo de caixa para as receitas e despesas correntes, e de competência para as receitas e despesas de capital. Resolução Essa questão não apresenta dificuldades. É tipo daquelas que pouquíssimos candidatos erram. O regime contábil da contabilidade pública “cai” em quase todos os concursos, porém, geralmente apresentando as exceções. Exemplo: Regime de caixa: Inscrição da dívida ativa. Não existe entrada de dinheiro em caixa, mas considera-se receita no momento de sua inscrição. Regime de competência: Despesa de exercícios anteriores: a despesa de exercícios anteriores onera o exercício de seu pagamento, porém, foi gerada em exercícios anteriores. Exemplo: Uma despesa de serviço empenhada e não paga em novembro de 2004. O prestador de serviço realizou o trabalho (liquidou a despesa) no mês de dezembro e não recebeu pelos serviços prestados. Essa despesa foi inscrita em restos a pagar processados (despesa liquidada) em 31/12/2004. Permaneceu todo o exercício de 2005 inscrita em restos a pagar e foi cancelada em 31/12/2005.

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Em 2006 o credor reclamou seu direito que foi reconhecido pela administração pública e pago à conta de despesas de exercícios anteriores. Você concorda que essa despesa deveria onerar o exercício de 2004 e não o de 2006? Pois bem, na CP é assim que funciona! Outro exemplo são as “despesas pagas antecipadamente”. Opção A. 19. (CESPE – ACE/TCU – 2008) No caso de bens móveis produzidos ou de imóveis construídos diretamente pelo ente público, os valores que devem ser incorporados ao patrimônio e que devem figurar no balanço patrimonial são aqueles pelos quais esses mesmos bens poderiam ser adquiridos no mercado. Resolução Bens produzidos ou construídos devem ser contabilizados pelo seu custo de produção ou construção. Lei 4.320/64:

Art. 106. A avaliação dos elementos patrimoniais obedecerá as normas seguintes:

I - os débitos e créditos, bem como os títulos de renda, pelo seu valor nominal, feita a conversão, quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na data do balanço;

II - os bens móveis e imóveis, pelo valor de aquisição ou pelo custo de produção ou de construção;

III - os bens de almoxarifado, pelo preço médio ponderado das compras.

§ 1° Os valores em espécie, assim como os débitos e créditos, quando em moeda estrangeira, deverão figurar ao lado das correspondentes importâncias em moeda nacional.

§ 2º As variações resultantes da conversão dos débitos, créditos e valores em espécie serão levadas à conta patrimonial.

§ 3º Poderão ser feitas reavaliações dos bens móveis e imóveis.

ERRADO. 20. (ESAF - Analista Contábil-Financeiro - SEFAZ - CE – 2006) Assinale a opção correta em relação à dívida ativa da Fazenda Pública constituída na forma prevista no art. 39 da Lei n. 4.320/64 e Portaria STN n. 564/2004. a) É contabilizada como receita orçamentária no ato da inscrição. b) A inscrição deve ser realizada na unidade detentora do crédito. c) A inscrição atinge somente o principal do crédito, ficando os encargos e demais acréscimos dispensados de registro.

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d) No recolhimento, é uma receita não-efetiva e não afeta a situação patrimonial líquida do ente público. e) A contabilização do cancelamento é fato contábil permutativo. Resolução a) A dívida ativa no ato de sua inscrição é um ato administrativo extra-orçamentário. Errado. b) A inscrição da dívida ativa deve ser realizada pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional – PFN. Errada. c) A inscrição atinge tanto o principal do crédito quanto os encargos e demais acréscimos. Errado. d) Perfeito! No recolhimento de receita inscrita na dívida ativa classifica-se uma receita não-efetiva e não afeta a situação patrimonial líquida do ente público. Não afeta porque o fato contábil é permutativo, troca-se um crédito a receber pela entrada de recursos em caixa. Certo. e) A contabilização do cancelamento é fato contábil modificativo. Errado. 21. (ESAF – ACE/TCU – 2006) De acordo com o que dispõe o art. 35 da Lei n. 4.320/64, conclui-se que o regime contábil adotado pela Contabilidade Pública em nosso País é a) misto, sendo de caixa para as receitas e de competência para as despesas. b) de competência, para receitas e despesas. c) misto, sendo de competência para as receitas e de caixa para as receitas. d) de caixa, para receitas e despesas. e) misto, sendo de caixa para as receitas e despesas correntes, e de competência para as receitas e despesas de capital. Resolução Conforme dissertamos em nosso estudo, até 2008 havia entendimento da Esaf de que o regime contábil adotado pela Contabilidade Pública em nosso País era o misto, caixa para as receitas e de competência para as despesas. Opção A. 22. (CESPE – ACE/TCU – 2008) No caso de bens móveis produzidos ou de imóveis construídos diretamente pelo ente público, os valores que devem ser incorporados ao patrimônio e que devem figurar no balanço patrimonial são aqueles pelos quais esses mesmos bens poderiam ser adquiridos no mercado. Resolução

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Bens produzidos ou construídos devem ser contabilizados pelo seu custo de produção ou construção. Lei 4.320/64:

Art. 106. A avaliação dos elementos patrimoniais obedecerá as normas seguintes:

I - os débitos e créditos, bem como os títulos de renda, pelo seu valor nominal, feita a conversão, quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na data do balanço;

II - os bens móveis e imóveis, pelo valor de aquisição ou pelo custo de produção ou de construção;

III - os bens de almoxarifado, pelo preço médio ponderado das compras.

§ 1° Os valores em espécie, assim como os débitos e créditos, quando em moeda estrangeira, deverão figurar ao lado das correspondentes importâncias em moeda nacional.

§ 2º As variações resultantes da conversão dos débitos, créditos e valores em espécie serão levadas à conta patrimonial.

§ 3º Poderão ser feitas reavaliações dos bens móveis e imóveis.

ERRADO. 23. (ESAF – Analista – Ciências Contábeis/ANA – 2009) Tendo como base a regulamentação da Lei n. 4.320/64 sobre a contabilidade orçamentária, financeira, patrimonial e industrial, é correto afirmar: a) os serviços públicos industriais manterão contabilidade especial para determinação dos custos, mesmo que não sejam organizados na forma de empresa ou autarquia. b) o levantamento geral dos bens móveis e imóveis terá por base o inventário sintético de cada unidade administrativa e os elementos da escrituração analítica na contabilidade. c) os débitos e créditos de natureza financeira não relacionados com a execução orçamentária não serão objeto de registro contábil. d) a contabilidade orçamentária manterá registros necessários à evidenciação das disponibilidades orçamentárias, dispensando-se desse registro os créditos destinados às transferências. e) os bens móveis e imóveis serão registrados pela contabilidade de forma analítica de modo a evidenciar as características de cada um e seus respectivos responsáveis. Resolução a) Lei 4.320/64:

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Art. 99. Os serviços públicos industriais, ainda que não organizados como empresa pública ou autárquica, manterão contabilidade especial para determinação dos custos, ingressos e resultados, sem prejuízo da escrituração patrimonial e financeiro comum.

CERTO. b) Exatamente o inverso: inventário analítico; escrituração sintética. Lei 4.320/64:

Art. 96. O levantamento geral dos bens móveis e imóveis terá por base o inventário analítico de cada unidade administrativa e os elementos da escrituração sintética na contabilidade.

ERRADO. c) Todos os débitos e créditos de natureza financeira serão objeto de registro contábil, mesmo que não relacionados com a execução orçamentária. Lei 4.320/64:

Art. 93. Todas as operações de que resultem débitos e créditos de natureza financeira, não compreendidas na execução orçamentária, serão também objeto de registro, individuação e controle contábil.

ERRADO. d) Não há exceção de registro para os créditos destinados às transferências. ERRADO. e) Os bens móveis e imóveis serão escriturados pela contabilidade de forma sintética, sendo o controle analítico efetuado em registros paralelos. Lei 4.320/64:

Art. 94. Haverá registros analíticos de todos os bens de caráter permanente, com indicação dos elementos necessários para a perfeita caracterização de cada um deles e dos agentes responsáveis pela sua guarda e administração.

Art. 95 A contabilidade manterá registros sintéticos dos bens móveis e imóveis.

ERRADO. Portanto, letra A. 24. (ESAF – AFC/CGU – 2008) Ao longo do exercício financeiro, pode ocorrer a necessidade de abertura de créditos adicionais para cobrir despesas não-computadas ou insuficientemente dotadas. Com base na legislação vigente, relativa a esse assunto, identifique a opção incorreta.

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a) A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos disponíveis para atender à despesa e será precedida de exposição justificada. b) Terão vigência até o final do exercício financeiro os créditos extraordinários cujo ato de autorização tenha sido promulgado nos primeiros 4 (quatro) meses do exercício financeiro. c) Somente será admitida a abertura de crédito extraordinário para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto na Constituição Federal. d) A vigência dos créditos especiais não pode ultrapassar o exercício financeiro em que foram autorizados, em respeito ao princípio orçamentário da anualidade. e) Para fins de abertura de créditos suplementares e especiais, consideram-se recursos disponíveis os provenientes do excesso de arrecadação, ou seja, do saldo positivo das diferenças, acumuladas mês a mês, entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a tendência do exercício. Resolução Observe que a questão pede a resposta ERRADA. Lei 4.320/64:

Art. 40. São créditos adicionais, as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento.

Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:

I - suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária;

II - especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica;

III - extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública.

Art. 42. Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e abertos por decreto executivo.

Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa.

§ 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos:

I - o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior;

II - os provenientes de excesso de arrecadação;

III - os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou

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de créditos adicionais, autorizados em Lei;

IV - o produto de operações de credito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao poder executivo realizá-las.

§ 2º Entende-se por superávit financeiro a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações de credito a eles vinculadas.

§ 3º Entende-se por excesso de arrecadação, para os fins deste artigo, o saldo positivo das diferenças acumuladas mês a mês entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a tendência do exercício.

§ 4° Para o fim de apurar os recursos utilizáveis, provenientes de excesso de arrecadação, deduzir-se-á a importância dos créditos extraordinários abertos no exercício.

CF:

Art. 167. São vedados:

(...)

V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes;

(...)

§ 2º - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subseqüente.

§ 3º - A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto no art. 62.

a) Perfeito! Art.43 da lei 4.320/64. CERTO. b) Caso os créditos extraordinários sejam abertos nos quatro primeiros meses do exercício, eles seguem a regra, ou seja, possuem validade apenas até o final ano. CERTO. c) Art. 167, § 3º da CF. O que a questão afirma sobre “observado o disposto na Constituição Federal” são as regras do art.62 da CF, que tratam sobre medida provisória. CERTO. d) Existe exceção prevista no §2º, art. 167 da CF, caso os créditos especiais sejam autorizados nos últimos quatro meses do exercício financeiro. ERRADO. e) Art. 43 da lei 4.320/64, inciso II e § 3º. CERTO. Portanto, a afirmativa ERRADA é a letra D.

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LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA 1. (ESAF – Analista de Planejamento e Orçamento – MPOG –2005) A respeito dos conceitos, objeto, regime e práticas contábeis adotadas no âmbito federal é correto afirmar, exceto: a) as autarquias federais integrantes do Orçamento Geral da União - OGU estão submetidas às regras de contabilidade pública. b) os regimes contábeis adotados são o de competência para a despesa e de caixa para a receita, ocorrendo exceções para os dois casos. c) os avais concedidos pelo Tesouro Nacional constituem objeto de registro pela contabilidade. d) os fatos contábeis permutativos não são reconhecidos como tais pela contabilidade aplicada às entidades públicas. e) os três estágios de realização da despesa (empenho, liquidação e pagamento) são objeto de registro contábil. 2. (CESPE – TRE/PA – Analista Judiciário – Contabilidade 2005) A contabilidade aplicada à administração pública, como um segmento da ciência contábil, apresenta características especiais. Acerca desse assunto, assinale a opção correta. (A) No setor público, a contabilidade prioriza o orçamento e as finanças em relação ao balanço patrimonial. (B) Entre os objetos da contabilidade na área pública, estão os bens públicos de uso geral e indiscriminado. (C) A contabilidade pública utiliza regime de competência para o registro da receita orçamentária. (D) A contabilidade pública não tem entre suas finalidades a determinação dos custos dos serviços para evidenciar os resultados da gestão. (E) O campo de aplicação da contabilidade pública está restrito aos órgãos da administração direta nos três níveis de governo. 3. (CESGRANRIO– Contador/DETRAN/AC – 2009) Uma das características dos bens de uso comum é que eles (A) estão incluídos no patrimônio da instituição. (B) são inventariados e avaliados. (C) são contabilizados. (D) são impenhoráveis e imprescritíveis. (E) podem ser alienados na forma que a lei estabelecer. 4. (CESPE – TRT/16.ª Região - Contabilidade - 2005) O reconhecimento contábil, no resultado patrimonial, da receita não arrecadada, por inadimplência do contribuinte, só é efetuado quando o poder público inscreve o devedor em dívida ativa.

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5. (CESPE – TRE/PA - 2007) Os tipos de entes a que se aplica a contabilidade pública incluem A) organizações da sociedade civil de interesse público. B) empresas públicas dependentes. C) sociedades de economia mista. D) associações beneficentes que tenham contratos com o poder público. E) fundações privadas de utilidade pública. 6. (CESPE – TCE/AC - Ciências Contábeis – 2006) Os bens móveis e imóveis serão contabilizados pelo valor de aquisição ou pelo custo de produção ou construção; já os bens de almoxarifado serão contabilizados pelo preço médio ponderado das compras. A contabilidade pública no Brasil 7. (CESPE – TCEES - 2004) evidencia para a fazenda pública a situação de todos que efetuam despesas, arrecadam receitas ou guardam bens públicos de uso restrito, específico e não-generalizado. 8. (CESPE – TCEES - 2004) tem como um de seus objetos o orçamento público, considerado como a peça autorizativa para a arrecadação de receitas e a realização de despesas. 9. (CESPE – TJDFT/Analista - Contabilidade – 2008) Os bens de almoxarifado serão avaliados pelo método UEPS (último que entra primeiro que sai), a fim de se subsidiar a elaboração do orçamento com valores mais próximos da realidade. 10. (ESAF – AFC/CGU – 2006) Em relação aos registros contábeis, a transferência de um bem móvel entre unidades gestoras do mesmo órgão provoca a) interferência ativa extra-orçamentária na unidade destinatária do bem. b) mutação ativa na unidade destinatária e mutação passiva na unidade transferidora. c) acréscimo patrimonial na unidade destinatária e decréscimo patrimonial na unidade transferidora. d) despesa orçamentária na unidade transferidora e receita orçamentária na receptora. e) não é necessário realizar lançamentos contábeis uma vez que as unidades gestoras pertencem ao mesmo órgão.

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11. (ESAF – Administrador/ENAP – 2007) Indique a opção em que a operação não é objeto da contabilidade pública, segundo as práticas adotadas no âmbito federal. a) O lançamento de tributos. b) A consignação de créditos por intermédio da Lei Orçamentária Anual – LOA. c) A emissão de Nota de Empenho. d) A baixa de bem patrimonial por ter se tornado obsoleto. e) A transferência de créditos orçamentários entre órgãos. 12. (ESAF – Auditor TCE – GO 2007) Considerando o regime contábil, o campo de aplicação, o objeto e outros aspectos gerais da Contabilidade Pública no Brasil, identifique a opção incorreta. a) Os balanços orçamentário, financeiro e patrimonial e a demonstração das variações patrimoniais são demonstrativos previstos na Lei n. 4.320/1964 que sofrem impacto das operações decorrentes da execução orçamentária, independentemente da natureza econômica da receita e da despesa. b) Considerando que o empenho da despesa cria para o Estado obrigação de pagamento, pendente ou não de implemento de condição, o registro contábil da emissão de empenho afetará o sistema orçamentário e o financeiro, pois a despesa pública deve ser reconhecida sob a ótica de competência. c) A contabilidade será organizada de modo a permitir o acompanhamento da execução orçamentária, o conhecimento da composição patrimonial, a determinação dos custos dos serviços industriais, o levantamento dos balanços gerais, a análise e a interpretação dos resultados econômicos e financeiros. d) Segundo a Lei n. 4.320/1964, as previsões para depreciação serão computadas para efeito de apuração do saldo líquido das empresas com autonomia financeira e administrativa cujo capital pertença integralmente ao poder público. e) No que se refere à avaliação dos elementos patrimoniais, a Lei n. 4.320/64 estabelece que os débitos e créditos, bem como os títulos de renda, serão avaliados pelo seu valor nominal, e convertidos, quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na data do balanço. 13. (ESAF – Contador Ministério do Planejamento/ENAP – 2006) O Sistema de Contabilidade Federal não tem como objetivo evidenciar a) os créditos adicionais aos orçamentos vigentes da União. b) os custos dos programas e das unidades da Administração Pública Federal. c) a aplicação dos recursos da União pelas unidades da Federação beneficiadas.

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d) a renúncia de receitas de órgãos e entidades federais. e) as receitas obtidas pelas unidades da Federação e os recursos aplicados. 14. (CESPE – DOCAS/PA – Contador – 2006) Considere a existência dos seguintes saldos contábeis, em reais, de um ente, ao final do exercício: receita arrecadada: R$ 170.000,00 despesa autorizada: R$ 150.000,00 despesa empenhada: R$ 125.000,00 despesa paga: R$ 110.000,00 despesa liquidada: R$ 115.000,00 Com base nesses dados, conclui-se que, segundo os critérios adotados pela Lei n.º 4.320/1964 e pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), o resultado da execução orçamentária foi igual a R$ 20.000,00 e R$ 60.000,00, respectivamente. 15. (ESAF – AFC/CGU – 2006) Um dos resultados da aplicação do princípio contábil da entidade no setor público é a possibilidade de se delimitar com precisão o patrimônio de um determinado ente público. Assinale a opção em que o ente não é uma entidade contábil segundo as regras praticadas na contabilidade federal. a) Programa de governo. b) Unidade gestora/Gestão. c) Órgão. d) Gestão, embora o seu uso esteja em extinção. e) União. 16. (ESAF – APO/MPOG – 2008) Assinale a afirmação correta referente à contabilização da fixação da despesa orçamentária no âmbito federal. a) O registro contábil ocorre somente no início e fim do exercício. b) No Passivo Compensado, são demonstrados os créditos iniciais consignados em lei. c) Créditos extraordinários, em razão da sua excepcionalidade, não são registrados na abertura. d) Os saldos de créditos disponíveis são demonstrados em contas do passivo. e) No ativo, a despesa fixada é registrada pelo seu valor líquido (deduzidos os créditos contidos e contingenciados). 17. (ESAF – Auditor TCE – GO 2007) Considerando o regime contábil, o campo de aplicação, o objeto e outros aspectos gerais da Contabilidade Pública no Brasil, identifique a opção incorreta. a) Os balanços orçamentário, financeiro e patrimonial e a demonstração das variações patrimoniais são demonstrativos previstos na Lei n.

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4.320/1964 que sofrem impacto das operações decorrentes da execução orçamentária, independentemente da natureza econômica da receita e da despesa. b) Considerando que o empenho da despesa cria para o Estado obrigação de pagamento, pendente ou não de implemento de condição, o registro contábil da emissão de empenho afetará o sistema orçamentário e o financeiro, pois a despesa pública deve ser reconhecida sob a ótica de competência. c) A contabilidade será organizada de modo a permitir o acompanhamento da execução orçamentária, o conhecimento da composição patrimonial, a determinação dos custos dos serviços industriais, o levantamento dos balanços gerais, a análise e a interpretação dos resultados econômicos e financeiros. d) Segundo a Lei n. 4.320/1964, as previsões para depreciação serão computadas para efeito de apuração do saldo líquido das empresas com autonomia financeira e administrativa cujo capital pertença integralmente ao poder público. e) No que se refere à avaliação dos elementos patrimoniais, a Lei n. 4.320/64 estabelece que os débitos e créditos, bem como os títulos de renda, serão avaliados pelo seu valor nominal, e convertidos, quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na data do balanço. 18. (ESAF ACE – TCU/2006) De acordo com o que dispõe o art. 35 da Lei n. 4.320/64, conclui-se que o regime contábil adotado pela Contabilidade Pública em nosso País é a) misto, sendo de caixa para as receitas e de competência para as despesas. b) de competência, para receitas e despesas. c) misto, sendo de competência para as receitas e de caixa para as receitas. d) de caixa, para receitas e despesas. e) misto, sendo de caixa para as receitas e despesas correntes, e de competência para as receitas e despesas de capital. 19. (CESPE – ACE/TCU – 2008) No caso de bens móveis produzidos ou de imóveis construídos diretamente pelo ente público, os valores que devem ser incorporados ao patrimônio e que devem figurar no balanço patrimonial são aqueles pelos quais esses mesmos bens poderiam ser adquiridos no mercado. 20. (ESAF - Analista Contábil-Financeiro - SEFAZ - CE – 2006) Assinale a opção correta em relação à dívida ativa da Fazenda Pública constituída na forma prevista no art. 39 da Lei n. 4.320/64 e Portaria STN n. 564/2004.

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a) É contabilizada como receita orçamentária no ato da inscrição. b) A inscrição deve ser realizada na unidade detentora do crédito. c) A inscrição atinge somente o principal do crédito, ficando os encargos e demais acréscimos dispensados de registro. d) No recolhimento, é uma receita não-efetiva e não afeta a situação patrimonial líquida do ente público. e) A contabilização do cancelamento é fato contábil permutativo. 21. (ESAF – ACE/TCU – 2006) De acordo com o que dispõe o art. 35 da Lei n. 4.320/64, conclui-se que o regime contábil adotado pela Contabilidade Pública em nosso País é a) misto, sendo de caixa para as receitas e de competência para as despesas. b) de competência, para receitas e despesas. c) misto, sendo de competência para as receitas e de caixa para as receitas. d) de caixa, para receitas e despesas. e) misto, sendo de caixa para as receitas e despesas correntes, e de competência para as receitas e despesas de capital. 22. (CESPE – ACE/TCU – 2008) No caso de bens móveis produzidos ou de imóveis construídos diretamente pelo ente público, os valores que devem ser incorporados ao patrimônio e que devem figurar no balanço patrimonial são aqueles pelos quais esses mesmos bens poderiam ser adquiridos no mercado. 23. (ESAF – Analista – Ciências Contábeis/ANA – 2009) Tendo como base a regulamentação da Lei n. 4.320/64 sobre a contabilidade orçamentária, financeira, patrimonial e industrial, é correto afirmar: a) os serviços públicos industriais manterão contabilidade especial para determinação dos custos, mesmo que não sejam organizados na forma de empresa ou autarquia. b) o levantamento geral dos bens móveis e imóveis terá por base o inventário sintético de cada unidade administrativa e os elementos da escrituração analítica na contabilidade. c) os débitos e créditos de natureza financeira não relacionados com a execução orçamentária não serão objeto de registro contábil. d) a contabilidade orçamentária manterá registros necessários à evidenciação das disponibilidades orçamentárias, dispensando-se desse registro os créditos destinados às transferências. e) os bens móveis e imóveis serão registrados pela contabilidade de forma analítica de modo a evidenciar as características de cada um e seus respectivos responsáveis.

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24. (ESAF – AFC/CGU – 2008) Ao longo do exercício financeiro, pode ocorrer a necessidade de abertura de créditos adicionais para cobrir despesas não-computadas ou insuficientemente dotadas. Com base na legislação vigente, relativa a esse assunto, identifique a opção incorreta. a) A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos disponíveis para atender à despesa e será precedida de exposição justificada. b) Terão vigência até o final do exercício financeiro os créditos extraordinários cujo ato de autorização tenha sido promulgado nos primeiros 4 (quatro) meses do exercício financeiro. c) Somente será admitida a abertura de crédito extraordinário para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto na Constituição Federal. d) A vigência dos créditos especiais não pode ultrapassar o exercício financeiro em que foram autorizados, em respeito ao princípio orçamentário da anualidade. e) Para fins de abertura de créditos suplementares e especiais, consideram-se recursos disponíveis os provenientes do excesso de arrecadação, ou seja, do saldo positivo das diferenças, acumuladas mês a mês, entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a tendência do exercício. GABARITO 1D 2A 3D 4C 5B 6C 7C 8C 9E 10A 11A 12B 13E 14E 15A 16D 17B 18A 19E 20D 21A 22E 23A 24D Obrigado pela atenção! Fique em paz. Prof. Deusvaldo Carvalho