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Fundado em 1891 por João Arruda - Director: João Paulo Narciso ANO: CXXII NÚMERO: 6407 CORREIODORIBATEJO.COM SEXTA-FEIRA, 04 DE ABRIL DE 2014 Edição de 6ª -feira - Preço: € 0.70 - Semanário Regional T. 243 321 116 / 910 719 513 Redacção: Rua Serpa Pinto Nº 98 2000-046 SANTARÉM PUB Aponte o seu smartphone e instale já a aplicação Correio do Ribatejo para iOS e Android Estudantes do Politécnico criam fundo para combater abandono escolar Estrada Nacional 3 - Km 41,2 Portela das Padeiras - 2000-646 Santarém Tel.: 243 356 000 - Fax: 243 352 113 [email protected] EDUCAÇÃO PÁG. 06 Caro assinante: Está a pagamento a assinatura deste Jornal. Regularize a sua situação e continue a recebe-lo em sua casa. GALERIA DE NOTÁVEIS PÁG 02 E 03 Dez mil pessoas esperadas no Sardoal para a Semana Santa CULTURA PÁG 11 Religião Ludgero Mendes propõe ‘task-force’ para intervir no centro histórico PATRIMÓNIO PÁG. 09 “Bernardo de Figueiredo foi jornalista e cidadão a tempo inteiro” Galeria de Notáveis do Correio do Ribatejo “Canarinhos” mudam-se para Almeirim SOCIEDADE PÁG 08 Protecção Civil Casa dos afectos torna-se realidade 18 anos depois SOCIEDADE PÁG 04 Cartaxo Caixeiros Santarém Andebol Cup 2014 Suplemento Especial PÁG 15 A 18

Cr 4 abril 2014

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Correio do Ribatejo de 4 de Abril de 2014

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Fundado em 1891 por João Arruda - Director: João Paulo Narciso

ANO: CXXII NÚMERO: 6407 CORREIODORIBATEJO.COM SEXTA-FEIRA, 04 DE ABRIL DE 2014

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Ludgero Mendes propõe‘task-force’ para intervirno centro histórico

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“Bernardo de Figueiredo foi jornalista e cidadão a tempo inteiro”

Galeria de Notáveis do Correio do Ribatejo

“Canarinhos”mudam-se para Almeirim

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Protecção Civil

Casa dos afectostorna-se realidade18 anos depois

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CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 04 DE ABRIL DE 20142 GALERIA DE NOTÁVEIS

“Bernardo de Figueiredo foi jornalistae cidadão a tempo inteiro”

Decorreu de forma emotiva a sessão de homenagem que o Jornal Correio do Riba-tejo promoveu este sábado a Bernardo de Figueiredo, ex-director desta publicação, falecido a 24 de Junho de 2001.

Nesta cerimónia, na qual foi descerrado o retrato de José Bernardo de Figueiredo Duarte, que passou a figurar na Galeria de Notáveis do Correio do Ribatejo, João Paulo Narciso, actual director do jornal, lembrou “o amigo” com quem trabalhou “olhos nos olhos”.

“Quando cheguei ao Correio do Riba-tejo, em Abril de 1993, o lugar que me destinaram era mesmo à sua frente. Olhos nos olhos. Neles sempre li uma profunda preocupação com as injustiças desta vida”, afirmou.

“Conheci-o no Correio do Ribatejo e aprendi muito com as histórias que me contava, sobretudo as que tinham como cenário Santarém, cidade que conhecia como a palma da sua mão”, afirmou João Paulo Narciso, perante uma sala repleta de amigos e familiares.

Descrito como “um homem culto, que apreciava uma boa conversa e valorizava as amizades”, o actual director do jornal lembrou o papel de relevo que Bernardo de Figueiredo teve na imprensa regio-nal, em particular os 12 anos (entre 1989 e 2001) “dedicados a servir o Correio do Ribatejo”.

“Digo hoje com orgulho que muito aprendi com o meu amigo José Bernardo, sobretudo, a sua forma de amar a terra e a forma como este a debatia, pedra a pedra, sempre com elevado espírito crítico”, disse, emocionado, João Paulo Narciso.

“Galeria de filhosinsignes da cidade”Teresa Figueiredo, filha de Bernardo de

Figueiredo e que lhe herdou a profissão, falando em nome da família, começou por dizer: “Nada de mais justo que ver a ima-gem de meu Pai, Bernardo de Figueiredo, nesta galeria de notáveis, filhos insignes desta cidade, todos eles devotados colabo-radores do Correio do Ribatejo, jornal que publicou imortais prosas que marcaram a história da nossa terra”.

Ao longo da sua intervenção (ver caixa), Teresa Figueiredo recordou “as horas de conversa apaixonada” que manteve com o pai e partilhou a recordação das histórias que ele “adorava contar sobre momentos que tinha presenciado, sobre figuras com quem se tinha cruzado, sobre a actuali-dade política do país e do mundo, sobre a história de Portugal e sobre a história da sua amada cidade de Santarém”.

Em particular, rememorou que o seu pai foi muitas vezes responsável por submeter ao crivo do “lápis azul” - à censura – as provas do jornal do dia seguinte.

“Longas madrugadas de negociação, a lutar parágrafo a parágrafo pelo direito à Verdade, num combate, a maior parte das vezes perdido, mas sempre renovado com tenacidade, em prol do interesse público”, disse Teresa Figueiredo.

Homem de causas, José Bernardo de Figueiredo Duarte “nunca foi jornalista e cidadão em horários diferentes”, afirmou, acrescentando que esse foi um dos valores principais que lhe legou.

“Não se está como jornalista, é-se jorna-lista. Num momento em que muitos ques-tionam o futuro do jornalismo, não será demais lembrar que o jornalista é aquele que não cala as iniquidades, doa a quem doer”, afirmou Teresa Figueiredo.

“A Santarém real alia-se aoCorreio do Ribatejo paracelebrar o Mestre do Jornalismo”Segundo o historiador Martinho Vicente

Rodrigues, Bernardo de Figueiredo “me-rece esta romagem do coração, pela voz e pela escrita, para prestar culto à sua obra, e ao seu amor à cultura”, referindo-se à iniciativa levada a cabo pela direcção do Correio do Ribatejo.

“A Santarém real, que não perdeu a ca-pacidade de evocação dos valores autên-ticos, alia-se ao Correio do Ribatejo, para celebrar o Mestre do Jornalismo”, disse Martinho Vicente Rodrigues, para quem este jornal é um “espaço de referência da memória de João Arruda, Virgílio Arruda, Bernardo de Figueiredo, marcos de recor-dação que perpetuam memórias e agre-gam comunidades de estudiosos na busca

das fontes do saber”.Fazendo uma resenha histórica da fun-

dação do Correio do Ribatejo a 9 de Abril de 1891, pelas mãos do republicano João Arruda “o escultor do sonho de um jor-nal, feito na mestria do tipógrafo”, Marti-nho Vicente Rodrigues lembrou que esta publicação “não se ficou pelo objectivo de tratar problemas locais”, crescendo “até se tornar um dos jornais regionais de maior dimensão e capacidade de intervenção”.

“Esta foi a obra que Bernardo de Figuei-redo, pela sua dedicação ao ofício, expe-riência acumulada, sucesso já tão enalte-cido na imprensa portuguesa, lhe criou a esperança de renovação do pensamento de abertura a outros horizontes de moderni-dade, de uma melhor forma de vitalidade na imprensa regional”, descreveu.

“Bernardo de Figueiredo é, sobeja e jus-tamente, conhecido, como um dos muito grandes da cultura de Santarém”, afirmou Martinho Vicente Rodrigues, acrescentan-do que o jornalista “era um homem voca-cionado para um entendimento integral da universalidade da vida humana”.

“Conversámos muito, conversas que se arrastaram por anos, e ficava impressiona-do pelas suas vivências culturais e sempre o considerava como um homem para além das circunstâncias”, recordou o historia-dor.

Sem “resistir à tentação” de revelar o as-sunto das longas horas de conversa, Mar-tinho Vicente Rodrigues recordou que a “primavera” e o “outono” marcelistas, do período de 1969 – 1972, os “limites da liberalização do corporativismo” e a 3ª República em Portugal, ocupavam gran-de parte destes diálogos que “quando os ânimos se exaltavam e se desengonçavam, as conversas iam até ao nascer do sol”, re-velou.

“Bernardo de Figueiredo falava e escre-via de forma simplificada, directa, escrita limpa, desataviada e sem artifícios, próxi-ma do real. Grande parte da sua activida-de jornalística, quer se trate de jornalismo de combate político, quer daquelas muitas páginas, em que crepita a sua indignação pelas formas diversas de miséria, que iam revelando ao repórter, faz-me lembrar

Herculano, a definir o homem – “O Ho-mem é o animal que disputa””, disse Mar-tinho Vicente Rodrigues.

O jornalista que, em 13 de Janeiro de 1989, assinou o seu primeiro número do jornal, na qualidade de Director do Cor-reio do Ribatejo, “muito abonou e autenti-cou a construção da memória histórica de Santarém”.

“Bernardo de Figueiredo, ao escrever sobre Santarém, obedeceu a uma peda-gogia capaz de conduzir ao entendimen-to da História de Santarém, do passado mais longínquo ao presente mais imedia-to. Sempre estremeceu, que os tesouros de Santarém se tornassem num museu esquecido e, infelizmente, já com tan-tos desses tesouros desaparecidos”, afir-mou.

Para Martinho Vicente Rodrigues, José Bernardo de Figueiredo Duarte foi “um dos mais dignos e prestantes servidores de Santarém no século XX”.

“A fotografia de Bernardo de Figueire-do aqui fica, na Galeria dos Notáveis do Correio do Ribatejo, com todas as veras da alma e do coração”, concluiu o historiador.

Um homem de causasRosalina Melro recordou o amigo que

lhe incutiu o gosto pela escrita e a des-pertou para as questões do património de Santarém.

“Bernardo de Figueiredo foi um homem que, num tempo em que não havia demo-cracia ou liberdade de expressão, sabia li-dar com toda a gente com democracia e respeito”, afirmou.

Dando um testemunho “de amizade” com um homem “que Santarém não co-nhece perfeitamente”, Rosalina Melro afir-mou que Bernardo de Figueiredo foi per-cursor da defesa do património edificado da cidade.

“Pôs na páginas do seu jornal artigos que são verdadeiros tratados da defesa do pa-trimónio e da defesa da cidade”, recordou a professora, que foi dirigente da Associação de Estudo e Defesa do Património Histó-rico-Cultural de Santarém (AEDPHCS) e do Círculo Cultural Scalabitano.

Ludgero Mendes fez também questão

Viúva, filhos e netos de Bernardo de Figueiredo marcaram presença na homenagem

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CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 04 DE ABRIL DE 2014 3GALERIA DE NOTÁVEIS

Começo por agradecer ao Correio do Riba-tejo, na pessoa do seu diretor, o convite para vos falar de dois dos meus temas prediletos: o meu querido Pai, Bernardo de Figueiredo e a profissão que ambos abraçámos: o jorna-lismo.

Quando o ilustre diretor do Correio do Ri-batejo, o nosso amigo Paulo Narciso, aqui ao meu lado, me convidou para vos dirigir hoje, neste local repleto de história, umas palavras sobre o seu antecessor na função, não hesitei, e, de imediato, respondi que sim.

Nada de mais justo que ver a imagem de meu Pai, Bernardo de Figueiredo, nesta ga-leria de notáveis, filhos insignes desta cidade, todos eles devotados colaboradores do Cor-reio do Ribatejo, jornal que publicou imor-tais prosas que marcaram a história da nossa terra.

O retrato que hoje aqui descerrámos é o reconhecimento do mérito do seu traba-lho de muitas décadas, em prol da cidade de Santarém, na defesa acérrima do seu pa-trimónio, das suas tradições, do seu passado, mas também na luta frontal pelo progresso e modernidade, pelo futuro de Santarém, nos milhares de páginas que assinou no Correio do Ribatejo.

Confidencio-vos, porém, que o meu entu-siasmo inicial foi esmorecendo à medida que me consciencializei da tarefa hercúlea que acabara de aceitar: a tentativa da evocação de 40 anos de jornalismo, 40 anos de testemu-nho direto e intervenção cívica imparáveis, nas décadas porventura mais fascinantes e decisivas da nossa história recente.

Mas animou-me a recordação de muitas horas de conversa apaixonada, a recordação das histórias que o meu Pai adorava contar sobre momentos que tinha presenciado, so-bre figuras com quem se tinha cruzado, sobre a atualidade política do país e do mundo, so-bre a história de Portugal e sobre a história da sua amada cidade de Santarém.

E como tudo era diferente, quando em 1961, Bernardo de Figueiredo assumiu o car-go de correspondente do Diário de Notícias, que lhe conferiu o título que o acompanharia durante toda a sua vida: o de jornalista.

O jornalista é o historiador do presente. É a ele quem cabe testemunhar e registar para memória dos futuros, os acontecimentos re-levantes do presente. Sendo jornalista e por-tanto, testemunha, Bernardo de Figueiredo, aqui de Santarém, relatou, registou e viveu momentos marcantes da nossa história co-mum.

No Diário do Ribatejo, lançado em novem-bro de 1967, aqui na cidade de Santarém, o meu Pai foi muitas vezes responsável por submeter ao “lápis azul” - à censura -, as pro-vas do jornal do dia seguinte. Longas madru-gadas de negociação, a lutar parágrafo a pa-rágrafo pelo direito à Verdade, num combate, a maior parte das vezes perdido, mas sempre renovado com tenacidade, em prol do inte-resse público.

Tarefa ingrata, naquela época, a de ser tes-temunha e de estar tantas vezes -demasiadas vezes - impedido de transmitir aos leitores a

verdade dos acontecimentos. Acontecimentos dramáticos, como o sismo

de 28 de fevereiro de 1969, que afetou toda a zona a sul do Mondego, e do qual grande parte dos presentes se recordará ainda.

Sabemos agora, que causou centenas de de-salojados, que terá mesmo causado uma de-zena de mortos, número impossível de con-tabilizar à época, e muito menos de publicar, para não contrariar a política de “tranquili-dade aparente” que o “lápis azul” impunha às páginas dos jornais.

Ou ainda a explosão do paiol da Escola Prática de Cavalaria em Santarém, a 17 de julho de 1971, que exigiu a evacuação da ci-dade, mas sobre a qual paira ainda a névoa do desconhecimento. Hoje já ninguém duvi-da da possibilidade de ter sido esta, mais uma das ações de protesto que se desenrolaram por todo o país durante o ano de 1971.

Mas, evidentemente, nada disto noticiado à época. Quando chegavam às páginas dos jornais, eram inevitavelmente classificadas como acidentes.

Ou as sempre massacrantes inundações das lezírias, que assolavam de miséria o Ribatejo, destruindo “teres e haveres” dos que já pouco tinham e expondo a falta de capacidade do Estado em protegê-los. Foram muitos os dias que o meu Pai passou a acompanhar equipas de resgate e salvamento. Felizmente, os seus esforços não foram em vão e já nos anos 80, sem receio de censura, pôde fazer uma repor-tagem para a Rádio Renascença, dando conta de uma das maiores inundações de sempre no Ribatejo.

Como testemunha de primeira linha, pre-senciou as sigilosas movimentações, que na madrugada de 25 de abril de 1974, levou uma coluna de viaturas blindadas a sair daqui bem perto, da Escola Prática de Cavalaria e a ru-mar a Lisboa, para o que seria a Revolução dos Cravos.

Tinha ouvido em muitas horas de confi-dência, o descontentamento, a frustração, a vontade de mudança, de tantos militares que por ali passaram. Tinha presenciado e co-laborado em muitas manobras para que os planos não chegassem aos ouvidos atentos da polícia politica, a PIDE.

Por isso, quando os 240 homens liderados pelo Capitão Salgueiro Maia chegaram ao Terreiro do Paço para derrubar o Governo, já Bernardo de Figueiredo sabia que Portugal iria mudar de forma indelével.

Participou no movimento de criação de partidos políticos que se seguiu à revolução de Abril e, fiel aos herdados ideais da monar-quia, contou-se entre os fundadores do Par-tido Popular Monárquico. Pelo PPM chegou a candidatar-se à Assembleia da República pelo círculo eleitoral de Santarém, tarefa que desempenhou com o brio que o carac-terizava, numa época em que as convicções políticas se exprimiam de forma veemente e exigiam, mesmo, coragem física.

Nunca foi jornalista e cidadão em horários diferentes. Foi jornalista e cidadão a tempo inteiro. E foi esta uma das grandes lições que me deixou: não se está como jornalista, é-se

jornalista.Num momento em que muitos questionam

o futuro do jornalismo, não será demais lem-brar que o jornalista é aquele que não cala as iniquidades, doa a quem doer. É a voz daque-les que a não têm. A voz independente, isenta e imparcial. O espaço atribuído pelo jornal é um espaço sagrado, a ser usado exclusiva-mente em prol da comunidade.

Poucos jornais nacionais de referência não contaram com as prosas de Bernardo de Fi-gueiredo, dando novas de Santarém. Diário de Notícias, Diário Popular, 1º de Janeiro, Jornal do Comércio, as agências de notícias NP e Lusa, todos eles publicaram muitas pá-ginas saídas da sua pena.

Se a sua escrita colocou Santarém na “man-cha gráfica” da atualidade nacional, a sua voz levou Santarém a todo o país, através dos emissores da Rádio Renascença, em progra-mas emblemáticos, como o “Jornal das Re-giões”.

No entanto, a sua paixão foi para Comuni-cação Social Regional. Assim, Correio do Ri-batejo, Diário do Ribatejo, Jornal do Ribatejo ou ainda as emissoras Rádio Ribatejo e Rádio Pernes contaram com a permanência da assi-natura de Bernardo de Figueiredo.

Os estudiosos da Comunicação destacam hoje a importância destes olhares sobre e para as comunidades locais, no chamado jor-nalismo de proximidade. (É uma nova desig-nação para aquilo que o Correio do Ribatejo tem feito de forma bem sucedida nos últimos 122 anos…)

Para alguns, este é mesmo um dos cami-nhos do futuro, ao assegurar uma filosofia de interculturalidade, diversidade e pluralismo, capaz de fazer frente a uma crescente mas-sificação.

Bernardo de Figueiredo nasceu para o jor-nalismo durante a ´’era do papel”. Presenciou a informatização das redações, mas já não a revolução mediática digital, já não assistiu ao lançamento e massificação dos sites dos jor-nais tradicionais, dos self media, dos media sociais e da revolução que assolou o panora-ma mediático nos últimos dez anos: a passa-gem da informação do espaço analógico ao digital.

Mas tenho a certeza que a teria acompa-nhado e estaria agora, como os demais pro-fissionais, a discutir o futuro do jornalismo perante a avassaladora vaga da Internet.

Vivemos um momento em que o suporte digital, as redes sociais e o desenvolvimento tecnológico em geral representam riscos e oportunidades para o jornalismo.

Dizem que há um prémio Nobel à espera de quem descobrir um modelo de negócio que salve o jornalismo. É preciso procurar novas fontes de receita, para compensar as quebras na publicidade e sobretudo das ven-das de jornais.

Há experiências a seguir com atenção, como as da venda de assinaturas digitais e li-mitação do número de notícias a ler gratuita-mente, mas também “ideias perturbadoras”. Ideias que põem em causa a sustentabilidade do jornalismo como condição da democra-

cia. Não vou enveredar pelo tom catastrofista

que anuncia a morte do jornalismo, prefiro a esperança. Em vez de profissão em vias de ex-tinção, prefiro vê-la como uma profissão em mutação, em evolução, para a sobrevivência.

Acredito que o jornalismo enfrenta múlti-plos desafios, mas o seu ADN permanecerá igual, seja expresso em berliner, no ecrã de tablets, ou através de qualquer outra tecnolo-gia ainda por inventar.

O seu ADN permanecerá igual e será sem-pre escrito com as letras de independência, cidadania e rigor.

Que o exemplo dos Grandes Homens dos Jornais, como Bernardo de Figueiredo e ou-tros aqui presentes nesta Galeria de Notáveis, que sempre souberam encontrar o caminho perante as adversidades, sirvam de guia a todos os que persistem nesta sã teimosia de publicar jornais.

Teresa Figueiredo

de falar do “amigo”: “comecei a contactar com Bernardo de Figueiredo muito novo, ainda quase menino de calções, quando andava com Celestino Graça na Feira do Ribatejo e Bernardo de Figueiredo era o responsável pela comunicação social do certame”, lembrou.

“Eu sempre gostei de ler e escrever e ti-nha, por isso, um apreço ainda maior por ele, que foi um pouco o meu mestre. En-contrei-o numa das épocas de maior fulgor que caracterizou a sua actividade como jornalista. Já o lia no Diário do Ribatejo, do qual era chefe de redacção, e apreciava a forma como ele intervinha, falando das coisas simples e importantes de Santarém, e da forma como ele, de forma sublime, sabia destacar aquilo que era importante e muitas vezes passava despercebido”, disse Ludgero Mendes.

Relembrando que aquele tempo “obri-gava a tentar fintar o lápis azul”, Ludgero Mendes disse que Bernardo de Figueiredo, apesar de ser um homem “muito directo e frontal”, também tinha essa arte.

“Ele sabia as regras do jogo, sabia como as contornar e fazer passar a sua mensa-gem”, disse, acrescentando: “ele era, acima

de tudo, um homem de desafios, um ho-mem do cara-a-cara, que não atacava pelo flanco”.

“Bernardo de Figueiredo dizia as coisas e assumia-as com frontalidade e não ab-dicava de afirmar o que pensava. Foi um livre-pensador e um homem que viveu o seu tempo inteiramente”, afirmou Ludgero Mendes.

“Eu aprendi com ele uma coisa que ainda hoje pratico: sempre que se escreve uma coisa que é incómoda, põe-se o nome por baixo. É esta assunção de responsabilidade que determina o carácter de um jornalista ou de quem assume publicamente alguma posição crítica”, vincou.

“Bernardo de Figueiredo e sobretudo nesta casa [Correio do Ribatejo] nunca morreu. Ele está sempre dentro destas quatro paredes porque é uma referência. Ele foi o vizinho da frente de Paulo Narci-so [actual director do jornal] e lá continua como referência na defesa dos valores que sempre nortearam a sua vida”, concluiu Ludgero Mendes.

Maria Emília Vaz Pacheco, ex-presiden-te da AEDPHCS, recordou a “honestida-de intelectual” de Bernardo de Figueiredo

que nunca “retirou um ponto final ou uma vírgula” a quaisquer dos textos “por mais incómodos que fossem para o poder polí-tico” da altura, nos quais a associação ma-nifestava as suas posições.

“Transmito aqui a minha emoção e o meu apreço porque Bernardo de Figueire-do nunca rejeitou um texto nem retirou a voz a ninguém”, afirmou.

Nuno Domingos, que foi durante anos responsável pela Divisão de Cultura da Câmara de Santarém, relembrou o papel de grande impulsionador que Bernardo de Figueiredo teve em iniciativas importantes da autarquia, como a Feira do Ribatejo, a Lusoflora ou o Festival Nacional de Gas-tronomia.

“Lembro-me de três pessoas muito im-portantes quando desempenhava as mi-nhas funções na Câmara: Diniz Ferreira, Eduardo Leonardo e Bernardo de Figuei-redo”, afirmou.

Recordando o “grande amigo” ‘Zé Ber-nardo’, como o tratava, João Moreira reme-morou as longas conversas mantidas, a de-fesa de causas comuns e o incentivo para a escrita de crónicas.

“Perante esta ‘ordem’ do director, eu lá

ia escrevendo. Daqui nasceu uma grande amizade e eu só posso agradecer o facto de ele ter sido meu amigo”, disse.

Maria Elisa Conceição Vicente de Fi-gueiredo Duarte, esposa de Bernardo de Figueiredo, agradeceu, no final, a presen-ça de mais de uma centena de amigos que encheram por completo as instalações do Correio do Ribatejo e se associaram a esta homenagem.

O retrato do Jornalista é o terceiro a fa-zer parte da Galeria de Notáveis do Cor-reio do Ribatejo, depois dos descerramen-tos dos retratos de Celestino Graça, em Janeiro e do Professor Joaquim Veríssimo Serrão, em Fevereiro.

No ciclo de homenagens que, mensal-mente, o Jornal irá promover, até ao final do ano, seguir-se-ão, a 12 de Abril, no âm-bito das comemorações do 123.º Aniversá-rio do Correio do Ribatejo que se cumpre a 9 de Abril, os descerramentos dos retra-tos de João Arruda, fundador deste Jornal e de sua esposa, Custódia Júlia Cravador e de Virgílio Arruda e esposa, Gertrudes Lino Netto.

in Memoriam

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CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 04 DE ABRIL DE 20144 SOCIEDADE

Esta confusão que anda à volta do de-nominado acordo ortográfico luso-brasi-leiro, que não estando ainda formalmen-te acordado entre os dois países, levou já à adopção dos serviços do estado, tipo “carroça à frente dos bois”, tem realmen-te situações caricatas.

O tema é, sem dúvida, bastante polê-mico. Desde a eleição de Dilma Rousseff para o cargo máximo do Brasil, uma palavra supostamente nova tomou conta de algumas discussões linguísticas e até políticas. Dilma pediu para ser chamada de “presidenta”, enquanto muitos insis-tiram em chamá-la pela designação do cargo, ou seja, “presidente”. Afinal, o que está correcto: presidente ou presidenta?

Por cá, Pilar del Rio, que ocupa na Fundação José Saramago o lugar cimeiro, também quer ser chamada de “presidenta” e também há, portugueses que acham que ela tem razão.

Em Portugal, tal palavra nunca existiu. Mas em nome da verdade, tem de se dizer que o vocábulo “presidenta” não é no Brasil uma novidade do século XXI, criada a partir da eleição de uma mulher para o cargo mais importante do país. A forma “presidenta” já apareceu em 1880, no Brasil, na obra Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis. E apareceu também em 1882, quando o jornalista e teatrólogo França Júnior utilizou o vocábulo “presidenta” na peça teatral denominada Caiu o Ministério!

No entanto, em português, do ponto de vista gramatical, os substantivos e

adjectivos terminados em “ente” não têm variação de género. Por isso, não dizemos “clienta”, “gerenta” ou “pacienta”.

Usamos o artigo para designar genero: “o gerente” e “a gerente”, “o presidente” e “a presidente”. Parece a forma mais coerente e natural.

Mas há algo importante que é preciso que saibamos. Se em terras de Vera Cruz dizem que o português deles é do Brasil, por que é que nós não afirmamos, com convicção, que o nosso português é o de Portugal?

O que determina as regras, historica-mente, é o seu uso. Assim, apenas o tem-po vai dizer qual decisão os usuários vão tomar. Somos nós que vamos “validar” ou não essa palavra. Se não a usarmos, ela será esquecida; se a aplicarmos, será cada vez mais popular e, nas próximas gerações, ninguém vai estranhar o seu uso.

Com tanta coisa que por aqui anda de pernas para o ar, com este gosto que nós temos em nos colocarmos a jeito, no futuro, com um pouco de esforço, se poderá ler qualquer coisa deste género.

“ A gerenta da empresa, que foi assim elevada ao cargo de presidenta, foi coni-venta com o vice-presidente. Com efeito, a senhora presidenta, teve de assinar um documento, onde se declarou cedenta das acções que detinha até agora.”

Que belo pedaço de prosa!Devagar, devagarinho, largamos tudo.

Até mesmo o que nos ensinaram desde o berço.

Bom dia Senhora Presidentaou Presidente?

Miradouro de S. [email protected]

Opinião FranciscoMorgado

O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, procedeu este sábado, dia 29, ao lançamento da primeira pedra da Base Permanente para o Grupo de San-tarém da Força Especial de Bombeiros (FEB) “Canarinhos”, que será construí-da na Zona de Actividades Económicas (ZAE) de Almeirim.

Esta Base da FEB, a primeira infra-es-trutura do seu género a ser construída de raiz, permite acomodar em permanência 60 operacionais e está dotada de todas as condições materiais necessárias ao desem-penho da função de protecção e socorro em todo o distrito de Santarém.

A obra, orçada em 450 mil euros, tem uma comparticipação comunitária de 70 por cento, vai servir de base à força que tem estado estacionada no Sardoal e vai ocupar um dos três lotes de terreno doa-dos pela autarquia à Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), que ocupam uma área total de 8.100 metros quadrados na ZAE de Almeirim.

Nos outros dois lotes serão instalados futuramente o comando distrital de ope-rações de socorro, a funcionar actualmen-te num edifício do Retail da Lezíria, e a

unidade de reserva logística, que albergará todas as viaturas e todo o material neces-sário em caso de catástrofe existente a ní-vel nacional.

O protocolo estipula um período mí-nimo de 20 anos para permanência desta força no edifício que vai ser construído, tendo a autarquia de ser ressarcida do in-vestimento feito caso haja a decisão de re-tirada antes desse período.

“Este foi um projecto que já teve várias vicissitudes e algumas pedras no caminho, mas como dizia pessoa nós fomo-la guar-dando, não serviu para fazer um castelo, mas serviu para fazer a base da protecção civil e espero que num futuro se consiga fazer mais alguns projectos” disse Pedro Ribeiro na cerimónia.

Nos 600m2 a edificar, incluem-se áreas de trabalho, de lazer, de refeições, de uma sala de formação, bem como acomodação para a totalidade do Grupo, aliando fun-cionalidade com requisitos estéticos.

A construir pela Câmara Municipal de Almeirim nos próximos 10 meses, em co-laboração directa com a ANPC, esta Base representa um investimento a rondar os 450 mil euros.

“Canarinhos” mudam-se para Almeirim

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CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 04 DE ABRIL DE 2014 5PUBLICIDADE

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CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 04 DE ABRIL DE 20146 EDUCAÇÃO

Estudantes do Politécnico criamfundo para combater abandono escolar

A Associação de Estudantes da Escola Superior de Gestão e Tecnologia de Santa-rém (ESGTS) quer combater o abandono escolar e aumentar a empregabilidade dos diplomados, propondo-se, para já, a criar um fundo de emergência para combater as desistências.

A ideia de criar o fundo “Não Desistas!” partiu daquela associação e o apoio dispo-nibilizado a cada aluno ainda não está de-finido, mas a estrutura espera apoiar entre 15 a 20 estudantes da instituição.

Assim, os alunos da Escola Superior de Gestão e Tecnologia de Santarém que não conseguiram bolsa poderão ter agora um novo apoio financeiro que lhes permita prosseguir os seus estudos.

“Temos casos de colegas nossos que es-tão em vias de desistir e colegas nossas que já desistiram. Queremos, sobretudo, que eles não desistam e que continuem”, expli-ca Adriana Gonçalves, da AEESGTS.

Além do apoio monetário, os alunos ao abrigo do “Não Desistas!” vão ter acesso a

senhas de alimentação para serem utiliza-das nas cantinas e refeitórios do Politécni-co.

O fundo de apoio da AEESGTS está a ser lançado em parceria com os Serviços de Acção Social da escola e o Instituto Po-litécnico de Santarém.

O processo de candidaturas ao “Não Desistas” deverá abrir já no próximo mês, sendo que os estudantes interessados de-vem dirigir-se à sede da Associação de Es-tudantes da ESGTS.

Mais de 50 mil alunos precisamde bolsas do Estado paraestudar no ensino superior Mais de 50 mil alunos estão a frequentar

o ensino superior com apoio social do Es-tado, de acordo com os dados mais recen-tes da Direcção-Geral do Ensino Superior relativos à atribuição de bolsas de estudo.

No ano lectivo 2012-2013, de acordo com a tutela, foram atribuídas 58.485 bol-sas num universo de 88.568 requerentes, um aumento de 4% face ao ano lectivo de 2011-2012.

Ainda de acordo com dados do Minis-tério da Educação e Ciência (MEC), a do-tação orçamental dos Serviços de Acção Social no Ensino Superior (acção social indirecta) passou de 31,4 milhões de euros em 2012 para 32,3 milhões de euros em 2013, correspondendo a um aumento de 2,8 por cento.

Ainda não existem dados consolidados

do número de alunos a frequentar o ensi-no superior este ano lectivo, pelo que não é possível saber com certeza que percenta-gem do universo de alunos está a prosse-guir estudos com a ajuda do Estado.

Em 2012-2013 a percentagem de alunos do superior apoiados pelo Estado cifrou-se em 15,5%, com base num total de ins-critos de 378.453.

Tendo em conta a quebra de candidatos ao ensino superior no presente ano lectivo, e o total de bolsas atribuídas já próximo do registado no ano lectivo de 2012-2013 é possível que a percentagem de alunos com acção social suba em 2013-2014.

No entanto, os números só ficarão fecha-dos no final do ano, tendo em conta que até Maio os alunos podem continuar a candidatar-se a apoios sociais.

Recentemente, o Governo alterou as re-gras para candidatura e atribuição de bol-sas ao ensino superior, deixando de pena-lizar os alunos cujos agregados familiares têm dívidas ao fisco, ao contrário do que acontecia até aí.

A questão do abandono escolar no ensi-no superior tem sido abordada por diferen-tes responsáveis, sendo que o presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), Joaquim Mourato, apelou ao Governo para que fos-se alargado o sistema de acção social.

Os números apontam para uma taxa a rondar os 23% de abandono no ensino su-perior devido a dificuldades financeiras de alunos e famílias.

Agrária de Santarém aposta emcursos curtos abertos à comunidade

A Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Santarém continua a apos-tar nos cursos de curta duração, iniciativa lançada no âmbito da comemoração do 125.º aniversário para abertura e aproxi-mação à comunidade.

Estes cursos, que decorrem durante pe-ríodos muito curtos (uma a três tardes), procuram divulgar junto da comunidade os projectos da Escola, aproveitando os re-cursos humanos, materiais e patrimoniais da instituição.

Ao longo de 2013, a ESAS promoveu 15 destes cursos, frequentados por um total de 120 pessoas e, este ano, a direcção da Escola decidiu alargar a oferta para 26 cur-sos, procurando responder também às su-

gestões feitas nos inquéritos de avaliação de satisfação.

A iniciativa visa dotar os participantes das ferramentas básicas, teóricas e práti-cas, que lhes permitam a realização dos objectivos específicos de cada curso em contexto individual, contribuindo desta forma para a aprendizagem ao longo da vida, para a colmatação de necessidades sentidas na população em geral, e contri-buindo para o estreitamento das relações da ESAS com a comunidade.

Os cursos abrangem temáticas como agricultura biológica, avaliação do grau de frescura no peixe, como entender a carne na perspectiva do consumidor, cultura de batata e de tomate para a indústria, estatís-

tica aplicada, Excel, fabrico de queijos e de presuntos, iniciação à prova de vinhos e de azeites virgens, tecnologia vinagreira, po-tencialidades e aplicações do GPS na agri-cultura, maneio de equinos, entre outros.

Além das formações ministrados por professores da ESAS, o projecto inclui outros resultantes de parcerias, com orga-nizações ou empresas do sector mas tam-bém como outras escolas do Politécnico de Santarém, como é o caso dos cursos de desenho científico de plantas e de fo-tografia, a realizar com a Escola Superior de Educação e que poderá ser alargado a outras entidades.

Este mês arranca o curso de Iniciação ao desenho científico de plantas (21 e 28

de Abril e 05; 12 e 19 de Maio), ministra-dos por José Manuel Soares – ESES e Luís Filipe Ferreira – ESAS e uma Oficina de Fotografia, a 23 e 30 de Abril, com Valter Gouveia.

A par destas iniciativas, a ESAS abre as suas portas à comunidade para a partici-pação gratuita nos seminários temáticos que realiza e nas aulas com especialistas convidados.

Nesta lógica de abertura, a ESAS presta apoio a uma série de hortas sociais promo-vidas por várias instituições e, no âmbito de uma candidatura à Fundação da Ciên-cia e Tecnologia, tem em curso vários pro-jectos com escolas secundárias.

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CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 04 DE ABRIL DE 2014 7SOCIEDADE

Estamos cada vez mais pró-ximos das eleições europeias e cada vez mais distantes do que elas signi� cam para nós.

De facto quando pensamos na europa não nos vem à cabeça aquilo que a União Europeia signi� ca para todos nós.

Tenho a certeza de que a maioria dos Portugueses se questiona para que serve a União Europeia? Porque foi criada? Qual a sua mais-valia para os cidadãos Europeus? Como é que esta união poderá competir com outras grandes economias mundiais? Qual o papel da Europa no futuro?

Sem que grande parte dos Portugueses estejam conscientes e esclarecidos relativamente a estas dúvidas, e a muitas outras que nos permitirão fazer uma avaliação concreta desta nossa integração neste espaço tão am-plo, não poderemos compreen-der o papel de cada partido, ou mesmo do Estado Português, na Europa.

Importa contudo reter que a União Europeia defende os valores da humanidade e um modelo de sociedade apoiado pelos seus cidadãos.

Os direitos humanos, a solida-riedade social, a livre iniciativa, a justa distribuição dos frutos do crescimento económico, o direito a um ambiente protegi-do, o respeito pela diversidade cultural, linguística e religiosa e a harmonia entre a tradição e o progresso constituem um conjunto de valores preciosos para os Europeus.

Para além disso, existem economias emergentes como o Brasil, Rússia, India ou China que tem abordagens de grande competitividade no mercado global, a par da superpotência Estados Unidos da América, e que sem uma posição concerta-da de todos os Estados Mem-bros em prol de uma política económica comum não é pos-síveis os Países Europeus terem força critica para preservarem a sua in� uência no mercado comercial global.

É em Portugal que reside a nossa identidade primária e o nosso espaço político de eleição. Mas aquilo que de� nimos nesse espaço depende cada vez mais da interação com outros. Temos de reconhecer que no mundo em que vivemos a interdepen-dência é um facto do qual temos que retirar todas as consequên-cias. Só o fazendo seremos verdadeiramente � éis ao projeto democrático e de justiça social que partilhamos enquanto Por-tugueses.

Opinião NunoSerra

Correio do ParlamentoDeputado do PSD eleito por Santarém

A Europa!

TorreShopping assinala9º aniversário

Para comemorar o seu 9º aniversário, o TorreShopping, em Torras Novas, prepa-rou para amanhã, sábado, um “espectácu-lo único” que inclui Trapézio, Roda Circo, Forças Combinadas e “muitas emoções”.

O espectáculo está marcado para as 21h00 e promete assinalar a efeméride de uma forma original e marcante.

Projecto e investimento inicial do gru-po Mateus, em 2006 o TorreShopping foi cedido ao fundo alemão Deka por 30,25 milhões de euros.

Aquele que é o primeiro shopping do Médio Tejo é já uma referência na região e um ponto de encontro para muitas fa-mílias, sobretudo ao � m-de-semana, rece-bendo uma média de 2,5 milhões de visi-tas anuais.

Este centro comercial é um pólo de atracção e o ‘centro’ da vida de uma po-pulação alargada de cerca de 226 mil ha-bitantes distribuídos pelos concelhos de Abrantes, Alcanena, Constância, Entron-camento, Golegã, Ourém, Tomar e Vila Nova da Barquinha.

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CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 04 DE ABRIL DE 20148 SOCIEDADE

José Alves Costa é hoje um homem seco, de traços torguianos. É um vizi-nho minhoto e marca-o, certamente, a geografia nortenha, montanhosa, de urzes baixas, o frio intenso e os hori-zontes alargados, primeiro, logo corta-dos pelos cumes das serras altas, den-tadas na linha do horizonte. São elas que balizam fronteiras e olhares. Nem sempre, o homem pode ver mais além. Porque não quer, ou porque não pode.

Falemos, então, deste homem, que na manhã de há 40 anos não reconhe-cia, na ausência dos horizontes escar-pados, a que lados pertenceriam “uns e outros”. Não lhe teria sido possível, ainda, reconhecer o lado da barricada. O jovem cabo Costa, nessa ida alvora-da de Lisboa-Abril, realizou o inaudi-to: desobedeceu à ordem do Brigadei-ro Junqueira dos Reis, perante ordem de fogo. Assim desobedeceu e assim fez História, em 1974. Foi astuto, em-bora de uma consciência - inconscien-te. Anti-herói decerto, basta percor-rer-lhe o caminho até hoje, na sombra de uma não-identidade. Pelo menos,

mesmo entre os mais próximos, não se lhe desenhava a história do tiro que não foi dado, porque desobedecido. Alfredo Cunha considera-o “um herói cauteloso”; era do lado do regime que recebia ordens e haveria-ou não!- de lhe obedecer.

Talvez a incerteza do desfecho da-quela madrugada e o que daí fosse futuro tivesse feito desaparecer estes protagonistas sem rosto, agora des-vendados a partir do trabalho do jor-nalista Adelino Gomes e do fotógrafo Alfredo Cunha, em “Os Rapazes dos Tanques”. Obra que, segundo os auto-res, representa “fragmentos de uma re-volução”. Mas, não abrindo fogo sobre a coluna de Santarém, a partir do seu M47, o cabo apontador colocava-se na posição de traidor do regime. Não é isto História?

Alfredo Cunha encontra o cabo em 2013, na sua aldeia de Balazar. Ainda mais surpreendente, o facto de em 40 anos nunca ter descido à capital. Nem mesmo em Abril!

“Em tudoextraordinário”

Opinião FátimaVasques

Por coincidência, ou talvez não, en-tra em vigor daqui a poucos dias um aumento do preço nos tradicionais Serviços Postais. Coincidência, ou talvez não, é tratar-se de uma empresa cotada em bolsa desde há cerca de três semanas, após privatização na qual dispersou 70% do seu capital. Coin-cidência, ou talvez não, é estarmos perante uma situação em que o capital fala mais alto do que a responsabili-dade social que tradicionalmente a caracterizou. Coincidência, ou talvez não, é invocar-se o decréscimo da atividade e o aumento dos custos ope-racionais para encarecer os serviços. Coincidência, ou talvez não, é ao invés de se implementarem estratégias e apostar na inovação para se combater a evolução desses indicadores, optar-se por fazer novamente refletir esses aumentos sobre o consumidor final. Coincidência, ou talvez não, é esta lógica puramente mercantilista que vai arruinando as economias e delapi-dando as sociedades. Coincidência, ou talvez não, são lógicas como esta que, ao serviço do capital, vão segregando as sociedades, atirando para a pobreza um cada vez maior número de co-muns cidadãos.

As estratégias de delapidação social tornaram-se, nos últimos anos, no grande empreendimento da classe go-vernativa. Fizeram-nos acreditar que, no mais puro sentido literal da pala-vra, os cortes nos salários e nas pen-sões seriam provisórios, que a nossa dívida soberana brevemente entraria em queda, que a nossa economia iria prosperar de uma forma sustentável e sustentada, que os direitos consti-tucionalmente consagrados seriam garantidos e respeitados, que o espíri-to europeísta do estadista democrata cristão Robert Schuman continuaria a imperar. Ao invés disso, optou-se por continuar a proteger o capital e todos os interesses que o manipulam.

Na antecâmara temporal de mais um ato eleitoral para o parlamento europeu, é notória a descrença e o alheamento social de tal acontecimen-to. Se por um lado temos uma classe social que deixou de poder projetar o futuro, temos por outro a classe dos nossos jovens, indiferente à política e

a todos os mecanismos que a dina-mizam. Oxalá o próximo ato eleitoral não fique marcado pela mais pesada manifestação de indiferença de que há memória na democracia portuguesa. Se assim acontecer, é apenas mais um sinal de que chegámos ao fim de um caminho com as mãos cheias de nada. É esta estranha malha de coincidên-cias que vai transformando as socie-dades europeias, e a portuguesa em particular, fazendo nascer e crescer os mais diversos tipos de extremis-mo. Talvez exacerbadamente, vão-se delineando novas geografias e novos poderes. Talvez esses poderes sejam o custo da liberdade. Talvez estas pala-vras sejam uma simples coincidência!

No Dia Nacional do Estudante, a academia tem o dever de refletir sobre as políticas de ensino que nos tentam impingir, muitas delas castradoras do espírito universal que a “Constituição da República Portuguesa” consagra. Em nome de objetivos europeístas e de controlo das dívidas soberanas, vão-se dizimando os sonhos daqueles que persistem, e resistem, em pros-seguir. E porque não existem estu-dantes sem professores, e sem outros profissionais, talvez fizesse sentido analisar com espírito crítico, neste dia, as políticas de ensino que temos. Uma escola sem estudantes é como um local de culto sem fiéis. Pode conser-var a sua energia própria mas com o tempo, transformar-se-á em simples sombras e em puras memórias. Ser estudante é alcançar o conhecimento. Alcançar o conhecimento é ter per-corrido o caminho da transformação individual e, através da estruturação do pensamento, avistar sempre novas montanhas para escalar.

O dia que se assinalou na passada segunda-feira talvez tenha passado despercebido à maioria dos estudan-tes. Talvez a academia esteja alheada da sua própria conduta. Talvez já tenhamos sido afetados pelo vírus da descrença e do desnorte. Ou talvez, estejamos todos à espera que ressusci-tem todos aqueles que, na primavera de outras décadas, quiseram e con-seguiram, colocar um fim aos longos anos do adormecimento.

Paradoxos

Coincidência, ou talvez não!

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OpiniãoIlídioTomás Lopes

Casa dos afectos torna-se realidade 18 anos depoisNova valência da APPACDM, Casa João Manuel, inaugurada no Cartaxo

No passado dia 27 de Março, foi inau-gurada no Cartaxo a estrutura residencial Casa João Manuel, da Associação Portu-guesa de Pais e Amigos do Cidadão com Deficiência Mental (APPACDM) de San-tarém, com capacidade para acolher 17 pessoas - 12 em lar residencial e cinco em residência autónoma.

A cerimónia inaugural contou com a presença do director do Centro Distrital da Segurança Social de Santarém, Tiago Leite, em representação do Ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança So-cial, do presidente da Câmara Municipal do Cartaxo, Pedro Magalhães Ribeiro, da benemérita Maria Helena Freire e outros elementos da família que doaram o prédio rústico e urbano onde foi erguida a nova valência, autarcas dos concelhos do Carta-xo e Santarém, presidente do Instituto de

Emprego e Formação Profissional, presi-dente da União Distrital das Instituições de Solidariedade Social (IPSS), representantes de entidades das áreas da saúde, educação, acção social e segurança, bem como muitos utentes, familiares e amigos da instituição.

Após o descerramento da placa da inau-guração, teve lugar a bênção da nova valên-cia, pelo vigário da Diocese de Santarém, padre Aníbal Vieira.

Este momento tão aguardado pela AP-PACDM de Santarém foi definido pelo presidente da instituição como “o concre-tizar de um sonho”, que começou a tornar-se realidade no dia 11 de Maio de 2012, com o lançamento da primeira pedra. Luís da Silva Amaral recordou a frase que pro-nunciou na altura, “Deus quer, o homem sonha, a obra nasce”, afirmando que “não chega sonhar, é preciso também querer”.

O presidente da APPACDM de Santarém acrescentou que a obra teve um custo final de cerca de um milhão de euros e que “só foi possível com a união de muitos esforços e vontades”, a começar pelo apoio do Mi-nistério da Solidariedade, Emprego e Segu-rança Social, do construtor e técnicos que acompanharam a obra, da Câmara Munici-pal do Cartaxo, dos empresários e colabo-radores da instituição.

Luís da Silva Amaral dirigiu uma palavra especial de agradecimento à família Freire, “porque sem ela não seria possível concre-tizar esta obra”, reforçou, acrescentando que “todos podemos continuar a sonhar e se juntarmos o nosso querer, podemos con-tinuar a nossa missão”.

As primeiras palavras de Pedro Maga-lhães Ribeiro foram para a família Freire. O presidente da Câmara Municipal do Car-taxo considerou que, com a inauguração desta nova valência, “honra-se a memória de João Manuel. Esta foi sempre uma casa de felicidade e vai continuar a proporcio-nar muita felicidade àqueles que a habitam, e isso só é possível graças a este gesto de grande generosidade da família Freire”.

Pedro Magalhães Ribeiro reconheceu também o trabalho de todos os que con-tribuíram para que este sonho se tornasse realidade, nomeadamente à direcção e téc-nicos da instituição, àqueles que o antece-deram no cargo de presidente da Câmara e profissionais da Segurança Social.

Já o Director da Segurança Social fez um agradecimento especial à família Frei-

re, que doou a propriedade onde nasceu a Casa João Manuel.

Tiago Leite considerou a inauguração da Casa João Manuel “um momento muito es-pecial” e, olhando “a sala cheia de pessoas de várias quadrantes e diferentes respon-sabilidades que se uniram por uma causa”, afirmou que “se a vida do dia-a-dia fosse mais assim, estou convicto de que teríamos uma sociedade bem melhor e conseguiría-mos sair do marasmo em que nos encon-tramos”.

Para a directora técnica da instituição, Maria do Céu Dias, a Casa João Manuel contém sonho, memórias, amor, afecto e sensibilidade e nasceu de uma “grande vontade”, concretizada 18 anos depois de ter prometido à família Freire que iria de-senvolver todos os seus esforços para tor-nar este sonho realidade.

“Estas pessoas passaram hoje a ter uma segunda mãe, a D. Maria Helena Freire. Esta casa vai continuar a acolher jovens, a estar de mãos dadas com este coração tão cheio de generosidade, continuar a sonhar, a acreditar e a recordar o João Manuel”, re-feriu Maria do Céu Dias.

Muito emocionada, Maria Helena Freire recordou “os dias de grande felicidade” que a família passou na casa de verão no Carta-xo, hoje Casa João Manuel. “O João gosta-va muito de aqui estar, fomos muito felizes aqui e toda a gente se sentia muito bem aqui. Já no início esta casa foi abençoada e agora é a casa do meu filho, esperamos que seja para a eternidade”, concluiu.

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CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 04 DE ABRIL DE 2014 9PATRIMÓNIO

Ludgero Mendes propõe ‘task-force’ para intervir no centro histórico

Dia Nacional dos Centros Históricos assinalado em Santarém

Ludgero Mendes defendeu, na passada sexta-feira, em Santarém, a constituição de uma empresa que inclua os proprietários dos imóveis do centro histórico, constru-tores, promotores imobiliários e a câmara municipal, uma “task-force” para intervir na reabilitação dos imóveis degradados no casco antigo da cidade de Santarém.

Convidado da iniciativa ‘Memórias da Cidade’ do Centro Cultural Regional de Santarém, Ludgero Mendes acredita que a solução para revitalizar o centro históri-co escalabitano passa, primeiro, por criar condições de habitabilidade que permitam a sua ocupação.

Constatando que a generalidade dos imóveis do centro histórico tem uma área diminuta, propõe que estes se unam num género de “emparcelamento” urbano, tor-nando-os mais espaçosos e convidativos aos interesses actuais das famílias. Propõe ainda que os proprietários dos edifícios se-jam chamados a integrar um fundo imo-biliário, com base no valor dos edifícios a recuperar, deixando no ar o exemplo: “se o proprietário não tem capacidade finan-ceira para intervir no seu espaço, valoriza-se aquele património com recurso a esse fundo”.

“O prédio vale, por exemplo, 70 mil eu-ros, o proprietário participa com esse va-lor no capital social da empresa”, explica.

Um segundo nível de participação está reservado a construtores e promotores imobiliários. “Uns recuperam, os outros vendem e, no fim da venda, o proprietário realiza o dinheiro investido com a aquisi-ção de uma parcela nesse valor, enquanto o resto do montante apurado ficará per-tença do fundo”, propõe.

O terceiro interveniente seria a Câmara de Santarém, enquanto “gestora do territó-rio e entidade licenciadora”.

“Isoladamente ninguém consegue nada e é preferível eu ficar com um bom an-dar do meu prédio do que vê-lo cair, sem ter dinheiro para o arranjar. Deixo de ser dono desde o telhado até ao chão e passo a ser dono apenas de uma parcela, mas em boas condições, a valer tanto como o todo”, admite. Uma solução que considera ade-quada às pessoas que não têm capacidade financeira para recuperar os seus imóveis.

“Enquanto não houver esta mentalidade não vamos a lado nenhum”, notou o pales-trante na mesma sessão que assinalava o Dia Nacional dos Centros Históricos.

Ludgero Mendes percorreu a história de alguns monumentos e espaços da cidade, analisando a sua transformação ao longo dos anos, com recurso a imagens projecta-das, como foi o caso do Convento de São Francisco, “um dos melhores exemplares do gótico mendicante”.

Da instalação, no local, de um quartel de cavalaria, ao incêndio que segundo o antropólogo quase obrigou o Estado à sua recuperação, notou que a extinção das or-dens religiosas teve um impacto péssimo em todo o país.

“Muitos dos conventos que eram ocupa-dos por essas ordens foram leiloados aos amigos e passaram para particulares, afi-nal, aquilo que nós hoje vemos fazer hoje em outras negociatas”, contextualizou.

Sobre as sucessivas intervenções no Convento, Ludgero considera que a obra produzida, em regra, “nunca foi estrutu-ral”, o que, em seu entender, terá contri-buído para que a degradação do edifício continuasse.

“A obra está agradável à vista, mas conti-nua a constituir um problema grave quan-to à sua sustentabilidade. É uma preocu-pação grande porque é um monumento valioso. Caso haja um terramoto, pode

estar em risco”, alerta.Mais recentemente o convento voltou à

discussão pública devido à colocação de uma rosácea que “não tem estado imune a críticas”, a tapar um ‘buraco’ que permitia que a luz entrasse no monumento.

Outro dos locais abordados foi o Largo Fora de Vila, hoje Jardim da Liberdade, dando esse exemplo para referir que “a valorização urbanística tem o mérito ou o demérito que se lhe queira atribuir”.

Ludgero Mendes recordou o Largo ainda no tempo em que era um “espaço funda-mental para a afirmação de Santarém e do Ribatejo”, onde teve lugar a Exposição Fei-ra Distrital de 1936, fundamental, em seu entender, para o surgimento da Província do Ribatejo.

Um outro momento de análise teve a ver com o antigo Passeio da Rainha, actual Jardim da República, que nos últimos 50 anos “vimos mudar também”.

Ludgero considera que a solução encon-trada assentaria melhor no Campo Emílio Infante da Câmara, por ser um espaço de lazer e fruição informal e que a mesma “não seria inconciliável com a preserva-ção do lago” que circundava o coreto do jardim.

“Sinto saudades da Avenida Sá da Ban-deira. Essas Avenidas fazem falta na nossa cidade, eram emblemáticas,” considera.

Ludgero Mendes recordou ainda a Co-missão de Salvaguarda dos Monumentos de Santarém, criada em 1916, num tempo em que era visível a “sensibilização pela valorização dos monumentos da cidade” e os três túmulos, de D. Duarte de Meneses, de D. Pedro de Meneses e de D. Fernando que “deram a Santarém o título de capital do Gótico”, uma classificação que segun-do o conferencista “cai bem ao nosso ego, nós que gostamos de ser capital de tudo, quando, na verdade, não somos capital de nada”, frisou.

Salvar apenas o que é excepcionalLudgero Mendes reconhece que estamos

a viver um tempo em que não temos capa-cidade para salvaguardar tanto patrimó-nio.

“Aquilo que é uma perspectiva mais consensual entre os especialistas é que se deve conservar apenas a excepcionalidade. Bem sei que esta atitude não é bem aceite por quem tem algum património que vê a degradar-se, porque todos nós pugnamos por defender o que está mais próximo, mas esta questão é incontornável: há tanto património que não há condições mate-riais de o salvaguardar todo,” observa.

Contudo, admite, há “alternativas ao ca-martelo” e estas passam pelo mecenato e por as instituições afectarem uma parte do seu lucro à preservação do património, tal qual é feito noutros países, dando como exemplo o Reino Unido.

Outra solução, refere, tem a ver com “o exercício da cidadania” e que possibilitaria a um conjunto de cidadãos angariar fun-dos para a salvaguarda de um monumen-to.

“Esse grupo de cidadãos constituir-se-ia como entidade gestora desse monumento”,

explica, passando a ter direitos e deveres. “Será uma gestão privada com interesse público”, nota.

Segundo Ludgero Mendes, a prática des-ta solução no Reino Unido fez com que se criasse uma rede destas associações, em que cada membro se quotiza e, por isso, beneficia do direito de entrar sem pagar em todos os monumentos dessa rede de associações.

Sobre o ter-se de pagar para visitar mo-numentos, Ludgero considera que tem de haver “responsabilização dos cidadãos.”

“Não posso achar estranho que para vi-sitar o convento de S. Francisco tenha de pagar dois euros, é uma alteração de men-talidade que tem de ser operada, sob pena de condenarmos o futuro dos monumen-tos, já que os orçamentos do Estado e das Câmaras sozinhos não chegam para a sua preservação”, conclui.

Evocação histórica das Cortes À mesma hora, no Salão Nobre da Câ-

mara Municipal de Santarém, o Dia Na-cional dos Centros Históricos, data do nascimento de Alexandre Herculano, seu patrono, ficou ainda marcado pela confe-rência “Honrando os Mestres, cumprem-se as Cidades – Páginas de Santarém e da Numária Medieval na Obra do Professor Doutor Joaquim Veríssimo Serrão”, profe-rida por José Miguel Correia Noras.

O ex-autarca escalabitano e investiga-dor viajou pela história e pelas particu-laridades de alguns dos seus notáveis nas relações com Santarém, como é o caso do professor Joaquim Veríssimo Serrão. Se-gundo José Miguel Noras, Veríssimo Ser-rão “foi um génio e um homem honrado e modesto, Deu a sua alma a Portugal e o seu amor a Santarém. Honrando os Filhos, cumprem-se as Cidades!”

A apresentação do conferencista esteve a cargo de Manuel Eça de Queiroz, bisneto do escritor Eça de Queiroz, residente nesta cidade.

O intenso programa comemorativo do Dia dos Centros Históricos foi preenchido com a evocação histórica das Cortes reali-zadas em Santarém, em Novembro e De-zembro de 1482 e teve início com um des-file histórico a partir das Portas do Sol em direcção ao Convento de São Francisco.

Composto por 31 personagens e 30 figu-rantes, contou com alguns apontamentos teatrais que tiveram lugar nas praças Vis-conde Serra do Pilar e Marquês Sá da Ban-deira, local onde se localizava o Paço Real.

O desfile, ao qual assistiram muitas pes-soas, terminou no Convento de S. Fran-cisco, com uma representação teatral das Cortes.

Os claustros do Convento foram tam-bém palco de uma feira de artesanato e mercado de sabores. Destaque para a de-gustação de um pampilho gigante, prepa-rado pela pastelaria Bijou, e não faltaram, igualmente, vários postos de venda de produtos artesanais.

As “Cortes” prosseguiram durante todo o fim-de-semana, com eventos variados.

JPN

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CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 04 DE ABRIL DE 201410 CULTURA

Pernes, a terra onde nasci e cresci, ti-nha tradições democráticas, e republica-nas. Havia vida cultural, nas colectivida-des, a música e o teatro, faziam parte das nossas melhores vivências. Meu tio era mestre da música, minhas tias entravam nos teatros, e meu pai era presidente da colectividade, além de co-fundador do Cine-Alviela. Desde o após guerra, o Cine-Alviela, onde a família tinha lugar cativo, exibia filmes todos os domingos. Aos seis anos, estreei-me no teatro, pisei o palco da Música Nova, pela primeira vez, a recitar “O Monólogo do Zeca”, e passei a entrar em todos os seus eventos. Os livros proibidos, e a imprensa clan-destina, circulavam. Havia resistência política, discutia-se, debatia-se. Uma noite, a PIDE invadiu a minha casa, e revistou o que quis (não encontrou o que pretendia, que estava escondido, e bem). Alguns amigos foram presos, Teófilo Braga Silva Vieira, seu irmão, Manuel da Silva Vieira, e Policarpo Mar-celino Gonçalves, o que impressionou a minha infância e adolescência. Em 1958, as Eleições Presidenciais provocaram um sismo, no país. O General Humber-to Delgado, que ficou para a História, como “General Sem Medo”, conseguiu congregar toda a oposição, depois da desistência de Arlindo Vicente, mobili-zou o Povo e afrontou o ditador, Salazar, ao declarar, na célebre conferência de imprensa, no Café Chave de Oiro, em Lisboa, “Obviamente, demito-o”. Meu pai, oposicionista local, leitor do “República”, que vinha em seu nome, na última carreira da “Ribatejana” (quantas vezes, era eu que os ia buscar!), vibrava com as notícias. E, no Café Batalha, ponto de encontro da “gente do revira-lho”, onde pontificava um grande amigo, Dr. Manuel Ferreira da Silva, médico dos melhores, de grande cultura, che-gado a Pernes, em 1941, as conversas andavam à volta do General Delgado. Com, Sebastião Fragoso, Filipe Benja-mim dos Santos, Guilherme da Silva Gonçalves, Arnaldo Gonçalves Santos, Joaquim Jorge Duarte, “O Diabo”, entre outros, cujas presenças me marcaram. No Liceu Nacional de Sá da Bandeira, onde frequentava o 6º ano, um grupo de amigos, com destaque, para os mais próximos, João Amaral e João Campos, conversava, e acompanhava a campa-nha. E, no dia da visita do General a Santarém, não resistimos, e fomos até perto do Largo do Seminário, onde Humberto Delgado foi aplaudido, por um mar de gente, que ia aparecendo de todos os lados. Em 1960, em vésperas de exames, fui para Santarém, para casa de Carlos Lizardo (na alínea f, eramos quatro, Rosaró Arala Pinto, João Amaral, Carlos Lizardo e eu). A casa era no Bairro de S. Bento, onde moravam também, João Campos e João Amaral, desde que seu pai fora transferido para Leiria. Por vezes, à noite, íamos à cida-de, a casa do Fernando Schaller Dias, outro amigo comum, e por lá ficávamos à conversa. Uma noite, no regresso a S. Bento, fomos seguidos, quando, junto a Santa Clara, os indivíduos colocam-se à nossa frente, e ordenam que nos identi-fiquemos… e começou o interrogatório policial, a que fomos respondendo, como podíamos... e safámo-nos (o que, ainda, não sabia, à altura, é que o amigo, João Campos, já distribuía propaganda do PCP). Em 1961, fui, para Coimbra, para a Faculdade de Direito, era caloiro. Tinha ido, de Santarém, com João Ama-ral, e, com, a Gabriela e a Finica, com

destino a Letras (infelizmente, partiram cedo estes três amigos). À excepção, do João, que foi para o CADC, mais afastado, nós ficamos por ali, no centro da vida académica, as imediações da Praça da República. Primeiro, na rua Tenente Valadim, depois, na rua Antero do Quental. Apesar de tudo, ainda, me sentia um provinciano, tímido e hesitan-te, cheio de contradições, à procura do caminho. Fui praxado, e mobilizado para as Repúblicas, “Galifões” e “Pagode Chinês”, participei nas Latadas e na To-mada da Bastilha, acabei por ser julgado à revelia, por ter faltado a uma mobili-zação, para os “Galifões”, e condenado a ser rapado, nas Escadinhas de Minerva, por uma trupe, que me esperou à saída de uma aula, nos Gerais, em vésperas de ir para casa passar as férias da Páscoa. Nada que bulisse com a minha dignida-de, ou que me fizesse sentir inferioriza-do, dado o contexto coimbrão. O João Amaral, sim, era anti-praxista, e sofreu bastante com isso. Apesar da praxe, que me obrigava recolher às seis, ainda dava as minhas escapadelas, com a protecção da Finica e da Gabriela, e ia a conferên-cias (inesquecível, a de Urbano Tavares Rodrigues, nas Letras), a festivais de tea-tro, em especial, um, no Teatro Avenida (para nunca mais esquecer, “O Rinoce-ronte” de Yonesco, com João Guedes, pelo TEP, ou “A Casa dos Vivos”, de Graham Greene, com Brunilde Júdice e Lígia Teles, ao lado de tantos grandes actores), e ao cinema (foi, no Tivoli de Coimbra, que vi “Ben-Hur). Este foi o ano da viragem, na Academia. Com os acontecimentos de, 4 de Fevereiro, em Luanda, e, a partir de, 15 de Março, nos distritos, de Uíge, Zaire e Quanza Norte, a revolta popular em Angola, lançava o grito da sua independência. Essa luta, já minava, com a intervenção clandestina de muitos patriotas africanos, em parti-cular, os que estudavam, em Lisboa, reu-nidos em torno da Casa dos Estudantes do Império. Chipenda, estudante ango-lano, foi preso, e das traseiras da minha casa espreitavamos, pois avistava-se o pátio interior da delegação da PIDE. Foi o início da contestação estudantil, a pretexto, da publicação, a 19 de Abril, na “Via Latina”, da “Carta à Jovem Portu-guesa”, escrita por Marinha de Campos. Na Praça da República, sentia-se a agitação, o Café-Restaurante Mandarim, recentemente aberto, era um dos pontos de encontro obrigatório da estudantada, e pelo pendor da sua clientela política e contestatária, passou a ser conhecido por “Embaixada da Rússia”. Foi o tempo das Assembleias Gerais da Associação Académica, na velha sede, dirigidas por Macmahon, que passaram a ser muito concorridas, e agitadas, com filas de meninas, a participar, pela primeira vez. Carlos Candal foi eleito seu Presidente, com Manuel Alegre e José Carlos de Vasconcelos a fazer grandes interven-ções. A polémica alastrava, por um lado, a guerra, por outro, a emancipação da mulher. A partir desse ano, nada seria como dantes. A guerra colonial passou a ser, o cutelo sobre a cabeça, o pavor da juventude portuguesa, quando Salazar proferiu a palavra de ordem, “Para An-gola, rapidamente, e em força”.

(Continua no próximo número)

Testemunhos Geracional (1945-61)Nos 40 anos do 25 de Abril

OpiniãoVicenteBatalha

Vozes e Música de Abrilem Santarém

No âmbito dos 40 anos das Comemo-rações do 25 de Abril, organizadas pela Comissão das Comemorações Populares do 25 de Abril de Santarém, pela Câma-ra Municipal de Santarém e pela empresa Viver Santarém, as iniciativas prosseguem amanhã, sábado, 5 de Abril, às 21h30, com o Teatro Sá da Bandeira a acolher o espec-táculo ‘25 VOZES E MÚSICAS’, que conta no elenco com a Tuna da UTIS – Universi-dade da Terceira Idade de Santarém, Milly Barreiros, Guitarra e Canto com Octávio Freitas e João Nogueira, Coro Infantil do Círculo Cultural Scalabitano, Aqui há Gato, Teatrinho de Santarém, e com o Coro Juvenil do Círculo Cultural Scalabi-tano.

Durante este mês de Abril, os alunos do

1º e 2º Ciclos do Ensino Básico, dos agru-pamentos escolares do concelho de Santa-rém, vão expor as suas criações artísticas e literárias, alusivas ao 25 de Abril, nas montras dos estabelecimentos comerciais do Centro Histórico que aderirem à inicia-tiva, numa iniciativa organizada pela Divi-são de Educação e Juventude da Câmara de Santarém.

Outra iniciativa que vai decorrer duran-te este mês, são conversas sobre o Dia 25 de Abril, feitas por Militares de Abril e ou-tras personalidades, nas Escolas do 3º Ci-clo do Ensino Básico do Concelho (datas marcadas com cada escola), numa inicia-tiva, igualmente organizada pela Divisão de Educação e Juventude da Câmara de Santarém.

Mário Viegas“O Sonho ao Poder”

Exposição itinerante arranca em Salvaterra de Magos

Inserida nas comemorações dos 40 anos do 25 de Abril, a Câmara Municipal de Salvaterra de Magos desenvolveu um vasto programa de iniciativas que decorrem por todo o concelho ao longo do mês.

O destaque principal vai para a exposi-ção em jeito de homenagem ao actor riba-tejano que cedo se notabilizou como um dos maiores actores nacionais da sua gera-ção, Mário Viegas.

“O Sonho ao Poder” é a denominação da exposição que será inaugurada este do-mingo, pelas 16h00, no Centro de Inter-pretação do Cais da Vala, em Salvaterra de Magos, dedicada ao actor, encenador e recitador Mário Viegas, que reunirá um vasto conjunto de elementos, espólio e re-

gistos da vida e obra do actor, muitos de-les apresentados em público pela primeira vez.

A complementar a exposição, serão exi-bidas ao longo do mês alguns filmes com o actor, como “Kilas, o mau da fita” e “Sem sombra de pecado” de José Fonseca e Cos-ta e “O Rei das Berlengas” de Artur Seme-do, aos quais se juntam registos áudio e gravações em vídeo de peças de teatro iné-ditos e propositadamente reunidos para esta exposição.

Envolvidos em parceria nesta exposição estão também o Museu Nacional do Tea-tro e a LPV – Museu do Bem-Estar, que cedem espólio e conteúdos à exposição.

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CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 04 DE ABRIL DE 2014 11CULTURA

Dez mil pessoas esperadas no Sardoalpara as solenidades da Semana Santa

Cerca de dez mil pessoas são esperadas para as solenidades da Semana Santa e Páscoa em Sardoal, nas festividades se-culares assumidas como importante pa-trimónio da personalidade concelhia e que decorrem entre 12 e 20 de Abril.

Com organização da paróquia de San-tiago e São Mateus, Santa Casa da Mise-ricórdia, Irmandades e Câmara Munici-pal de Sardoal, das principais celebrações destaca-se a procissão do Senhor da Mi-sericórdia, da Visitação ou Fogaréus, na quinta-feira, dia 17 de Abril, a Procissão do Enterro, na sexta-feira, dia 18, e a Pro-cissão da Ressurreição, no domingo, dia 20 de Abril.

Segundo o presidente da Câmara Mu-nicipal de Sardoal, a vila ganha uma “am-biência especial” nesta ocasião, sobretudo quando se realiza a procissão do Senhor da Misericórdia, na noite de quinta-feira, uma cerimónia efectuada à luz de velas, archotes e candeias e que confere à loca-lidade um “cenário de grande misticismo”.

A electricidade da rede pública é desli-gada no percurso do cortejo, e nas janelas das casas, varandas, sacadas e nas escada-rias do Convento de Santa Maria da Cari-dade, são colocadas e acesas centenas de lamparinas de azeite e cera ou lanternas de vidro, descreveu Miguel Borges.

Nesta procissão, acompanhada pela ban-da � larmónica ao som de marchas fúne-bres, podem ser apreciados os painéis re-

presentando Cenas da Paixão, datados do século XVIII, pertença da Misericórdia, sendo agora as suas “réplicas” que saem à rua por esta ocasião, por motivos de segu-rança e preservação.

Anacleto Batista, provedor da Misericór-dia de Sardoal, refere que as cerimónias realizam-se na vila “desde tempos ime-moriais” e acrescentou que a carga mística na noite de quinta-feira “é muito grande” pelo “silêncio e respeito” dos milhares de visitantes que a� uem por esta ocasião ao Sardoal.

“A realização da procissão do Senhor da Misericórdia, vulgo dos Fogaréus, é da responsabilidade da Irmandade da Miseri-córdia pelo menos desde 1816”, disse Ana-cleto Batista, tendo observado que “são centenas as pessoas que participam nesta procissão e cerca de 3 milhares as que as-sistem nas ruas”, apenas iluminadas pelos archotes.

De quinta-feira até domingo de Páscoa, grupos de moradores, entidades institu-cionais e associativas elaboram tapetes à base de pétalas de � ores e verduras, no chão das nove capelas e igrejas existentes na vila, templos visitáveis no percurso de cerca de dois quilómetros englobado na procissão dos Fogaréus.

Miguel Borges, presidente da autarquia, assinalou à Lusa o “grande empenhamento da comunidade cristã, e não só”, nos enfei-tes de igrejas e capelas de Sardoal, com ta-

petes de � ores, verduras naturais e outros acessórios, alfaias e artefactos simbólicos alusivos” à Semana Santa e Páscoa.

“É o momento alto no concelho, pela fé e religiosidade, ocasião em que aguardamos cerca de 10 mil visitantes animados pela vertente turística e também pelo reencon-tro de todos os sardoalenses”, vincou.

A Semana Santa do Sardoal engloba um

programa cultural complementar, leva-do a efeito pelo município e associações, e que vai incluir uma exposição religiosa, um concerto pela Filarmónica União Sar-doalense, um recital de piano, e a recriação da “Paixão de Cristo”, em teatro de rua a realizar na sexta-feira, dia 18 de Abril, às 21:30.

Opinião Massimo [email protected]

‘Arteemtodaaparte’

As facetas da arte são, podemos dizer, in� -nitas. Milhares de anos de experiências, pro-vas, técnicas e ideias foram desenvolvidas por milhares de artistas de todos os povos.

As pinturas rupestres no sul da França, os leões de pedra na entrada de Babilónia, o exército Han de barro, soterrado com pro-pósitos desconhecidos na China, as pinturas com areias de cores diferentes da Austrália, as tatuagens tribais dos Maoris no Pací� co, os cortes dérmicos dos povos do centro de Áfri-ca, os edifícios empacotados de Christo até as infogra� as computorizadas, demonstram quanto, os artistas, são � exíveis às mudanças de gostos, materiais e descobertas técnicas.

Este conceito é basilar para que, primeiro, o artista progrida na sua evolução pessoal e

segundo, para que, num todo, a arte se desen-volva na corrente do tempo. A ignorância e o preconceito são sempre destruidores e ne-gativos.

Uma pessoa atenta ao desenvolver dos gostos e “tendências” pode notar um factor comum. Um aspecto que sempre aparece e “reaparece” é a representação realística da na-tureza. Alguns, pouco informados ou tenden-ciosos, podem querer discordar, mas, os fac-tos são os factos, a forma humana, a paisagem e a natureza morta, reaparecem ciclicamente nos museus e galerias.

Dois exemplos recentes são, primeiro, a edição anual dum catálogo de obras de arte, usadas no cinema, na publicidade que mostra sobretudo pinturas a óleo, aguarelas e, natu-ralmente, muitas infogra� as (desenhos ela-borados no computador) onde a maioria são realistas, hiper-realistas e muito mais. Para consulta podem procurar “Spectrum Fantas-tic Art” editado pela Cathy & Arnie Fenner e irão conviver com dragões e guerreiros niti-damente retratados, paisagens fantasticamen-te reais, caras perfeitas e animais impossíveis. Vale a pena de ver!

O segundo, é a exposição de João Muñoz no Museu Serralves. Este artista espanhol, é famoso pela sua representação de pessoas em posições contemplativas e muito realistas. Antes dedicado a experiências abstractas e “vanguardistas”, passou ao estrelado artístico mundial quando decidiu de fazer e retratar com precisão impressionante, pessoas de vá-rias etnias.

É inútil espernear ou � losofar, a beleza da natureza é incrível e a possibilidade de enten-de-la, retrata-la, recria-la e senti-la, com todo o ser do artista a trabalhar é “Bellissimo”. Só os que se dedicam com amor arte sentem isto. E todos os cubistas, abstractistas, ao longo da sua vida, se aplicaram ao desenho a vista ou ao desenho realista (Picasso, Henry Moore...).

Por estas razões, reconhecendo o valor su-blime da arte conceptual ou abstracta, como motor de busca para outros horizontes, o de-senho realista � cará sempre em todas as gale-rias e enciclopédias da humanidade.

Convido então todos os que realmente se preocupam em desenhar, retractar, observar a realidade, sempre mais com atenção e pro-fundidade e aprender, aprender e aprender…

Spectrum,Fantastic art

e Juan Muñoz

Domingo há teatro paracrianças no CírculoCultural Scalabitano

Um sonho de Pinóquio, do Veto Teatro O� cina, é um espectáculo que nos traz o mundo da fantasia do célebre boneco, des-ta feita representado por atores, retratando um tempo, o nosso em que o homem do saco, os castigos, a bruxa má, já não me-tem medo, já não assuntam, já não fazem os pequenos corações andarem mais de-pressa, relegados para o esquecimento e para o olvido, substituídos por novos ele-

mentos mágicos, característicos dos novos tempos.

Vai estar no palco do Teatro Taborda, no Círculo Cultural Scalabitano, domingo, dia 6, às 16h00.

Um sonho de Pinóquio é a procura do mundo mágico da nossa infância fora do mundo dos jogos eletrónicos para o qual foram relegados.

Maria Antónia Conde noCentro de InvestigaçãoJoaquim Veríssimo Serrão

Maria Antónia Marques Fialho Costa Conde vai proferir uma comunicação sobre “A música e o canto no quoti-diano claustral feminino cisterciense pós-tridentino – O caso de S. Bento de Cástris”, no próximo dia 10 de Abril, às 18h30, no CIJVS/Casa de Portugal e de Camões.

Maria Antónia Fialho Conde é Profes-

sora Auxiliar do Departamento de His-tória da Universidade de Évora, institui-ção em que se doutorou em 2005, com a dissertação “O mosteiro de S. Bento de Cástris e a Congregação Autónoma de Alcobaça” (1567-1776).

Actualmente, Maria Antónia Conde é Directora do Departamento de História da Universidade de Évora.

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CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 04 DE ABRIL DE 201412 MEMÓRIA

Escrever sobre uma Personalida-de que, pelo seu percurso de vida, e um Notável entre os Notáveis, não é nada fácil.

Menos fácil se torna, quando essa Personalidade é José Bernardo de Figueiredo Duarte, Jornalista de grande mérito, Cidadão de Santa-rém, terra que amou e digni� cou durante toda a vida.

Bernardo de Figueiredo era dotado de uma distinção natural inconfundível, que lhe permitia uma aproximação com as pessoas, digna de registo.

No dia 29 de Março foi descerra-do o retrato deste ilustre Ribateja-no na sede do prestigiado Correio do Ribatejo, onde já haviam sido descerrados os retratos do Pro-fessor Joaquim Veríssimo Serrão e de Celestino Graça, aos quais Santarém muito deve.

Confesso a minha admiração pelo Correio do Ribatejo, sema-nário onde apresento os meus modestos artigos desde o dia 15 de Maio de 1992.

Aprendi a respeitar a memória dos seus dedicados Directores, que deram “alma” ao seu Jornal, já centenário.

Devo dizer que, impossibilitada de estar presente no dia 29 de Mar-ço na merecida homenagem a um Amigo de longa data, quero dizer à sua Família e ao actual Director, que muito prezo, estas simples palavras:

Com todos, eu estive em espírito.

Um cumprimento ao Leitor

Um Notável entreos Notáveis

Baú de Recordações

Opinião Mª Fernanda Barata

A nossa carteira

Fazem Anos4 de AbrilJudith Lúcio da SilvaManuel Duarte d’AlmeidaAntónio Leonardo da SilvaFernando Alberto Serra CativoArminda Prazeres da Silva Fernan-

des5 de AbrilManuel Francisco Pereira GodinhoJosé Manuel Quaresma da SilvaJosé Jacinto Falcão GonçalvesArtur Jorge Cândido da Silva Ro-

drigues SerrãoVasco Henrique Bernardes Mon-

teiro da Silva PinheiroCláudio António Duarte Pereira6 de AbrilMaria Eugénia de Sousa Leitão de

MoraisIsabel Maria Lázaro Ferreira Hen-

riquesAntónio José de Sousa FerreiraRenato Paulo Fonseca Duarte Mar-

tins de CarvalhoAntónio Ferreira QuitérioAntónio Viriato F. BernardesAgostinho Jorge Martins Faria7 de Abril

Isabel RodriguesVictor Paulo FerreiraJoão Pedro Carapinha Galante Ri-

beiro de Almeida8 de AbrilMaria Amélia Coimbra de CastroLuís Manuel Santos Pereira RibeiroJosé Augusto Carreira Durão9 de AbrilMaria Helena Duarte CalhamarPaulo Miguel Batista Martins FariaMaria José Afonso Teodoro BentoFrancisco de Jesus SacolaVítor Hugo Coelho CaetanoCaetano Maria do Rosário Apetato

Bernardino

Dulce Maria Paixão RamosMaria José Afonso Teodósio Bento10 de AbrilEmília Baptista VarandasMaria Fernanda Ferreira PenaAmérica Fernandes EpifânioLuís Rafael Ribeiro Calhamar José RodriguesLuís Simões SerraManuel Paulo Máximo Schiappa

PietraMaria João Mateus Nabiça Maria Helena Marecos Pedroso

Pinto de AlbuquerqueAntero Consciência BrancoJosé Vicente

Correio Centenário

in Correio da Extremadura de 04 de Abril de 1914

Ninguém acreditaria, que 40 anos decorridos, fossem os ho-mens fadados para viver em com-partimentos de� nidos, condicio-nados, delimitados, cirúrgica e quimicamente castrados, a viver como ratos tímidos o jogo dos gatos.

Sabendo que os cães os condi-cionam, os gatarrões tomam con-ta de escadarias que os ratos não se atrevem a subir… nem por um pedaço de queijo!

Oh! animalândia dos desprezí-veis caixotes do lixo que gerações criaram!

Oh! bichos-pragas infestantes do desconsolo do nosso Abril!

Oh! Humanidade errática, pe-nhorada, violada escrava submis-sa!

A escravatura, � agelo de tantas épocas, tão indefensável quanto ilógica, traz um negrume asso-ciado que a torna irreconhecí-vel neste tempo de humanóides esbranquiçados. E no entanto, a gente sente-lhe o chicote nas costas e os grilhões nos pés. A gente respeita o domínio e esten-de o corpo ao castigo da Banca Internacional, nas fazendas dos senhores do FMI, defendidos pe-los governos-capatazes às ordens dos anónimos senhores do mun-do, guardados pelos ferozes cães condicionados por um pedaço de carne podre.

O Mundo vai NU! A gente per-cebe-lhe as formas, avista-lhe o traseiro!

Por enquanto, a gente, só passa a palavra.

Tal como antes, os negros escra-vos, criaram uma dança – A CA-POEIRA, quando a palavra já não chegava…

Mas, um dia, a história diz-nos que há sempre um dia…

Ah, meus amigos, UM DIA, os muitos meses de ABRIL vão ex-plodir a revolta dos escravos de todos os tempos.

Um dia, a porta do sol deixará ver-nos livres… abundantemente felizes!

Apanhados

Opinião Manuela Marques

Porta do Sol

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CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 04 DE ABRIL DE 2014 13EMPRESAS & EMPRESÁRIOS

EMPRESAS&EMPRESÁRIOS

Norma ISO mais flexível e menosburocrática a partir de Setembro de 2015

NERSANT promoveu sessão de esclarecimentos sobre gestão da qualidade

A Norma ISO 9001:2008, responsável pela certificação dos sistemas de gestão da qualidade nas organizações, encontra-se neste momento em processo de revisão. Tendo em conta as diversas alterações que resultarão desta revisão, a NERSANT or-ganizou em Torres Novas, uma sessão de esclarecimentos onde estiveram presentes cerca de 90 empresas da região do Riba-tejo.

O auditório da NERSANT, em Torres Novas, recebeu no dia 28 de Março, uma sessão de esclarecimentos sobre as altera-ções que a norma ISO vai sofrer a partir de Setembro de 2015.

Sandra Feliciano, representante portu-guesa nomeada pelo Instituto Português da Qualidade (IPQ), Organismo Nacional de Normalização (ONN) junto da ISO, teve como missão apresentar aos presentes a revisão 2015 da norma ISO 9001.

“A norma é revista para se manter de acordo com as necessidades do mercado”, começou por dizer a representante de Por-tugal nas reuniões de revisão da norma ISO, onde se encontram cerca de 70 pes-soas de diferentes países para trabalhar na revisão desta norma.

Embora a norma ainda esteja em revi-são, Sandra Feliciano afirmou que as alte-rações à norma ISO vão permitir organi-zações menos burocráticas, com uma forte aposta na capacitação e responsabilização dos recursos humanos e com mais respon-sabilização da gestão de topo e da gestão intermédia.

“A qualidade passa a ser responsabi-lidade de todos e não só do director da qualidade”, divulgou Sandra Feliciano,

que acrescentou ainda que para que tal se efective, deixa de ser obrigatório, após publicação da revisão 2015 da norma, o cargo de Director / Responsável da Qua-lidade, bem como a redacção do manual da qualidade. “A norma traz flexibilidade com bom senso, para que cada empresa se possa adaptar à sua realidade, ao seu con-texto”, referiu a profissional.

Foram ainda analisadas na sessão, as alterações ao anexo SL da norma, onde foram já revistas as seções da norma, que de 8 passam a 10 na nova versão da ISO. A nova estrutura macro em acordo com o Anexo SL aumenta o número de requisitos e revê alguns conceitos.

Uma maior importância do contexto da organização, a introdução do conceito de risco, a adequação da linguagem para tornar a norma mais genérica e mais fácil de ser aplicada por organizações de servi-ços (conceito “produtos” é substituído por “bens e serviços” e “compras” por “provi-são de serviços externos”), melhoria no alinhamento com outras normas de ges-tão, como ISO 14001 e OHSAS 18001 e facilidade de integração de sistemas, e ge-neralização do conceito de “documentos” pela introdução do termo “informação documentada”, são algumas das alterações previstas e que terão grande impacte nas empresas.

Sandra Feliciano deu ainda a conhecer algumas das problemáticas actuais das reuniões de revisão da ISO, dando, assim, mote para a realização do debate e sessão de esclarecimentos. Na sessão, esteve tam-bém presente Ricardo Ferro, Director do Bureau Veritas Certification, que apresen-

tou a norma ISO e vantagens de certifica-ção das empresas a todos os presentes.

Fundo perdido paraa certificação de empresasPedro Félix, Vice-Presidente da Comis-

são Executiva da NERSANT, esteve nesta sessão, tendo aproveitado o momento para divulgar às empresas presentes o projecto de apoio à certificação que a NERSANT tem ao dispor dos interessados. Trata-se do RibaCertifica, projecto que permite apoiar 40 PME’s da Região de Santarém, através da concessão de apoio a fundo perdido, em cerca de 50%, para obtenção da certificação do Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9001:2008); Sistema de Gestão Ambiental (ISO 14001:2004); Sis-tema de Gestão de Segurança Alimentar (ISO 22000:2005); e Sistema de Gestão de Energia (ISO 50001:2012). Para além do financiamento a fundo perdido, que atin-ge 50%, a NERSANT faculta ainda apoio adicional às empresas associadas que quei-ram aderir a este projecto.

Ainda no âmbito do RibaCertifica, e na área da eficiência energética, além da implementação e certificação do SGE, o projecto prevê também a realização de auditorias energéticas e a elaboração e implementação do PREn (Plano de Ra-cionalização do Consumo de Energia). O PREn é elaborado com base nos relatórios energéticos, estabelece as metas relativas à intensidade energética e carbónica. Para as empresas que adiram à eficiência ener-gética, está previsto um apoio financeiro a fundo perdido, para a compra de equipa-

mento que permita a redução do consumo de energia.

Os interessados em aderir devem con-tactar o Departamento de Apoio Técni-co, Inovação e Competitividade da NER-SANT através do número 249 839 500 ou do e-mail [email protected].

NERSANT apresentou apoios paraa criação de empresas em Salvaterra de Magos

Sítio do Empreendedor

A NERSANT - Associação Empresarial da Região de Santarém, esteve no Centro Cultural Cais da Vala, em Salvaterra de Magos, para apresentar os seus projectos de apoio à criação de empresas, nomeada-mente o Sítio do Empreendedor e o PAE-CPE. A sessão, onde estiveram 53 parti-cipantes, realizou-se em parceria com o Serviço de Emprego local do IEFP.

Em parceria com os serviços de emprego e municípios locais, a NERSANT tem vin-do a percorrer a região do Ribatejo para dar a conhecer os seus projectos de apoio ao empreendedorismo, bem como os me-canismos de apoio à criação de empresas existentes actualmente.

Na passada semana, foi a vez de Salvater-ra de Magos ficar a conhecer os apoios da NERSANT, através da realização de uma sessão em parceria com o Serviço de Em-

prego local, e que decorreu com uma farta assistência, composta por 53 participantes, no Centro Cultural Cais da Vala.

Na sessão, a NERSANT deu a conhecer o seu programa base de apoio ao empreen-dedorismo, o Sítio do Empreendedor, direccionado a todos aqueles que quei-ram constituir a sua empresa. O Sítio do Empreendedor é um programa de apoio à criação de empresas, onde todos os in-teressados podem ser ajudados a desen-volver a sua ideia de negócio de forma a torná-la num projecto empresarial. Neste programa, os empreendedores usufruem de apoio técnico constante e concreto des-de a maturação da ideia até à fase pós-ini-cio de actividade passando pela elaboração do seu plano de negócios e identificação e preparação de apresentação a potenciais financiadores.

Sendo a plateia composta por desem-pregados, a NERSANT apresentou ainda o PAECPE – Programa de Apoio ao Em-preendedorismo e à Criação do Próprio Emprego, medida direccionada exclusiva-mente para este público, e que consiste no adiantamento das prestações de desempre-go a receber, e/ou acesso a determinadas linhas de crédito (Microinvest e Invest+), para iniciar uma actividade como empre-sário em nome individual ou constituindo uma empresa. Obviamente que o Centro de Emprego ou as Instituições Financeiras envolvidas apenas validam o projecto e facultam este apoio, com a entrega de um plano de negócios bem fundamentado e onde está comprovado o interesse e viabi-lidade do negócio em questão. É aqui que entra em acção a NERSANT, que é entida-de acreditada pelo IEFP para a prestação

de apoio técnico gratuito para a elabora-ção do plano de negócios, bem como para acompanhar a empresa nos primeiros 24 meses de actividade.

A consultoria prestada pela NERSANT no âmbito de qualquer projecto na área do empreendedorismo ligado ao desenvolvi-mento de ideias de negócio, à criação de empresas e ao apoio ao seu desenvolvi-mento, é totalmente gratuito e está aberta à participação de qualquer interessado. Os empreendedores que desejem obter mais esclarecimentos sobre os mesmos de-vem contactar o Departamento de Apoio Técnico, Inovação e Competitividade da NERSANT, através dos contactos [email protected] ou 249 839 500.

O Sítio do Empreendedor pode ser co-nhecido em: http://sitiodoempreendedor.nersant.pt/

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CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 04 DE ABRIL DE 201414 EMPRESAS & EMPRESÁRIOS

Onde comer bem... ...em Santarém

Onde comer bem...

...em Anteporta - Rio Maior

Colégio Infante Santo de Tremês conquista prémio Jovens Empreendedores

O Colégio Infante Santo do concelho de Santarém (3º ciclo do ensino básico) e a Escola Profissional da Marinha Gran-de (ensino secundário) conquistaram, na passada sexta-feira, dia 28 de Março, o melhor prémio Jovens Empreendedores, no âmbito do VI Concurso de Inovação e Empreendedorismo, “Ideias Fora da Cai-xa”, organizado pela Escola Técnico Profis-sional do Ribatejo, em Santarém.

A cerimónia teve lugar no pavilhão da Escola Técnico Profissional do Ribatejo, localizada em Tremês e contou com a pre-sença do presidente da Câmara de Santa-

rém, Ricardo Gonçalves, que salientou que “os projectos apresentados são de grande qualidade e empreendedorismo”. “Todos os jovens hoje aqui presentes anteciparam o futuro. Nos tempos que correm é crucial ter ‘ideias fora da caixa’, disse o autarca.

O Colégio Infante Santo do concelho Santarém foi premiado pela concepção de um aquecedor ecológico: “Wew Eco Warmer”, cuja única fonte de energia ne-cessária são eco velas fabricadas através da reutilização de óleo alimentar. O projecto foi coordenado pela professora Ana Mar-garida Rebelo.

Perfumaria Refanabre portas em Santarém

A Perfumaria Refan, instalada na Ga-leria Comercial do E-Leclerc Santarém assinalou, na última sexta-feira, a sua inauguração organizando uma sessão de autógrafos com os atores Carlos Areia, Patrícia Candoso, Marta Fernandes Rosa Soares e Paulo Patrício, que dão corpo ao elenco da peça de teatro “E porque não emigras?”

Esta foi uma forma de ajudar a promo-ver a loja agora instalada em Santarém e que segue a tradição da perfumaria búlga-ra desde 1991, criando e desenvolvendo o fabrico dos seus próprios perfumes.

Segundo Filomena Assunção, franquia-da da Refan - Alta Perfumaria a Granel e Cosmética Natural, líder mundial com mais de 20 anos de experiência, cada vez mais as pessoas procuram este novo con-ceito de Perfumaria e Cosmética ‘low-cost’ que se afiguram como uma alternativa às outras marcas no mercado.

“A Refan afirma-se pela qualidade”, diz Filomena Assunção, destacando que a loja foi pensada com vista a proporcionar aos clientes uma agradável sensação de har-monia, beleza, história e tradição.

Assim, podemos encontrar na Refan-Santarém uma vasta variedade de fra-grâncias de venda a granel (em frascos de 30ml, 50ml e 100ml) com mais de 250

perfumes para mulher, homem e criança e ambientadores de casa, assim como uma vasta gama de cosmética natural capaz de satisfazer integralmente as necessidades de cosmética dos clientes, tais como cos-mética facial, corporal, cuidado do cabelo e um amplo sortido de géis de banho e hi-dratação com aromas diversos como o de Maracujá.

Com mais de sete anos de experiência no sector da perfumaria, Filomena Assunção decidiu agora lançar-se por conta própria no negócio e, para já, não se arrepende da opção.

“Tenho muitos clientes que já me conhe-cem e que passam agora a vir a esta loja onde têm a garantia de serem atendidos com simpatia e profissionalismo”, assegura Filomena Assunção.

Sempre com uma variedade muito gran-de de produtos e “promoções apelativas”, a Refan – Santarém tem as portas abertas diariamente das 09h00 às 22h00.

Os produtos da Refan são actualmen-te vendidos em mais de 2 mil estabeleci-mentos, em mais de 35 países de todo o mundo.

A empresa de origem búlgara fechou o ano 2013 com mais de 200 estabelecimen-tos em Espanha, um crescimento de mais de 150% em relação ano anterior.

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CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 04 DE ABRIL DE 2014 15DIVULGAÇÃO

Numa cidade com tantas e tão variadas modalidades os Caixeiros vão mais uma vez organizar um grande Tor-neio de Andebol, para es-calões de formação. É mais uma prova da vitalidade deste quase centenário clu-be, que assim proporciona a quem nos visita e aos nossos atletas, momentos inolvidá-veis que pretendemos todos os anos renovar e, assim, engrandecer a imagem de Santarém como uma cidade que promove a prática des-portiva. Uma boa estadia para todas as equipas que nos visitam e todos os agen-tes desportivos envolvidos. Agradecimento também a todas as entidades públicas e privadas assim como a to-dos os voluntários que aju-dam a montar este evento.

*Presidente do Grupo de Futebol dos Empregados

no Comércio

Fernando Graça*

Caixeiros Santarém Andebol Cup 2014

APOIOSORGANIZAÇÃO MEDIA PARTNER

Page 16: Cr 4 abril 2014

CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 04 DE ABRIL DE 201416 DIVULGAÇÃO

É com genuína satisfação que endereço uma mensa-gem de saudação a todos os atletas, técnicos, dirigentes e público que participam no Caixeiros/Santarém Andebol Cup 2014.

Quero salientar o meu apre-ço pela iniciativa que é tam-bém sinonimo da vivência dos mais nobres valores des-portivos, o que torna presti-giante o Desporto na Região de Santarém e em Portugal.

Este torneio, ao agregar di-versos escalões de formação, cria oportunidades de par-tilhar de conhecimento des-portivo e de relacionamento entre desportistas de diferen-tes idades e regiões, que cum-pre revelar.

Esperando que, para além do elevado desempenho des-portivo, o evento possa aco-lher um alargado número de visitantes, desejamos uma competição saudável e os me-lhores sucessos à organização e aos atletas.

*Secretário de Estadodo Desporto e Juventude

EmídioGuerreiro*

Ulisses Pereira*

É com profunda satisfação que a Federação de Andebol de Portugal saúda a realiza-ção do Torneio “Caixeiros / Andebol Santarém Cup”.

Os objetivos assumidos pelo mesmo no âmbito do Projeto de Desenvolvimento Despor-tivo “Geração C”, é algo que deve orgulhar os seus orga-nizadores, bem como a nossa modalidade.

Os escalões de formação necessitam destes momentos que servem para melhorar a qualidade dos jovens como atletas, mas que constituem também saudáveis espaços de convívio e partilha de expe-riências.

Uma palavra de reconheci-mento ao G. F. Empregados do Comércio de Santarém, e a todas as outras entidades que de alguma forma contri-buíram para que este evento seja uma realidade.

Bem hajam a todos e votos de êxito para o Torneio “Cai-xeiros / Andebol Santarém Cup”!

*Presidente da Federaçãode Andebol de Portugal

DIA HORA LOCAL EQUIPA A EQUIPA B Escalão

10 17h Nave GFEC NASC Minis

10 17h Pavilhão CDFEIRENSE SLB Infantis

10 18h30 Nave GFEC CDFEIRENSE Iniciados

10 18h30 Pavilhão CBENTRONCAMENTO SLB Minis

10 19h Nave ALMADA SLB Iniciados

10 19h Pavilhão AGUAS QUEIJAS Infantis

10 21h Nave SLB ACS Iniciados

10 21h Pavilhão 3AAA S.BER Juvenis

10 22h30 Nave ACS GFEC Juvenis

11 9h Nave GFEC SLB Minis

11 9h Pavilhão ACS QUEIJAS Infantis

11 10h30 Nave CDFEIRENSE AGUAS Infantis

11 10h30 Pavilhão ABC CDFEIRENSE Iniciados

11 10h30 EPC CDFEIRENSE S.BER Juvenis

11 12h Nave GFEC SLB Iniciados

11 12h Pavilhão 3AAA ACS Juvenis

11 12h EPC SLB ACS Infantis

11 13h30 Nave ALMADA ABC Iniciados

11 13h30 Pavilhão QUEIJAS GFEC Infantis

11 15h Nave GFEC CBENTRONCAMENTO Minis

11 16h30 Nave SCP AGUAS Infantis

11 16h30 Pavilhão SLB QUEIJAS Infantis

11 18h Nave GFEC SCP Juvenis

11 18h Pavilhão GFEC ACS Infantis

11 19h30 Nave SCP NASC Minis

11 19h30 Pavilhão CDFEIRENSE ACS Iniciados

11 21h Nave 3AAA CDFEIRENSE Juvenis

11 21h Pavilhão S.BER SCP Juvenis

11 22h30 Nave SCP ACS Infantis

12 9h Nave GFEC SCP Minis

12 9h Pavilhão NASC CBENTRONCAMENTO Minis

12 10h30 Nave GFEC CDFEIRENSE Infantis

12 10h30 Pavilhão ABC ACS Iniciados

12 10h30 EPC GFEC CDFEIRENSE Juvenis

12 12h Nave SCP ACS Juvenis

12 12h Pavilhão SLB SCP Minis

12 12h EPC GFEC ALMADA Iniciados

12 13h30 Nave GFEC SLB Infantis

12 15h Nave SCP CDFEIRENSE Infantis

12 16h30 Nave MEIA FINAL INICIADOS Iniciados

12 18h Nave MEIA FINAL INFANTIS Infantis

12 19h30 Nave MEIA FINAL INFANTIS Infantis

12 21h Nave MEIA FINAL JUVENIS Juvenis

12 22H30 Pavilhão MEIA FINAL INICIADOS Iniciados

12 22h30 Nave MEIA FINAL JUVENIS Juvenis

13 9h Pavilhão SCP CBENTRONCAMENTO Minis

13 9h Nave 5º6 INICIADOS INICIADOS Iniciados

13 10h30 EPC 5º6º INFANTIS INFANTIS Infantis

13 10H30 Pavilhão 3º4º INFANTIS INFANTIS Infantis

13 10H30 Nave 3º4º INICIADOS INICIADOS Iniciados

13 12H00 Pavilhão 5º6ºJUVENIS JUVENIS Juvenis

13 12H00 NAVE 3º4º JUVENIS JUVENIS Juvenis

13 13H30 Nave NASC SLB Minis

13 15H Nave FINAL INFANTIS INFANTIS Infantis

13 16H30 Nave FINAL INICIADOS INICIADOS Iniciados

13 18H Nave FINAL JUVENIS JUVENIS Juvenis

EQUIPAS MINISQuadro de Jogos

EQUIPAS INFANTIS

EQUIPAS INICIADOS

EQUIPAS JUVENIS

GFEC - Caixeiros NA Samora Correia

CD Feirense GFEC Caixeiros

ABC Braga Almada AC

3A Almeirim CD Feirense

Vem praticarAndebol!

Page 17: Cr 4 abril 2014

CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 04 DE ABRIL DE 2014 17DIVULGAÇÃO

Parabéns pela organização do Torneio Caixeiros SantarémAndebol Cup

É uma grande honra saber que Santarém volta a acolher o Torneio Caixeiros Santa-rém Andebol Cup.

Esta prova que conta com os escalões de Minis, Infan-tis, Iniciados e Juvenis Mas-culino, oriundos dos quatro cantos do País, volta a encher a cidade de Santarém com a alegria do desporto e do An-debol.

Pelo trabalho desenvolvi-do e empenho colocado em todas as iniciativas que rea-lizam, os Caixeiros têm de-monstrado, que estão dispos-tos a continuar a trabalhar em prol do desporto, levando e elevando o nome de Santa-rém a todo o País.

É um privilégio integrar a Comissão de Honra deste Torneio, acrescido a ter co-nhecimento que participam nesta competição, algumas das melhores equipas nacio-nais dos diversos escalões desta modalidade, que é já uma referência em termos re-gionais e nacionais.

A aposta nos escalões de formação permite-nos criar raízes que certamente, dão frutos num futuro próximo e que permitem afirmar que os Caixeiros investem nas ca-madas mais jovens, de modo a que esta modalidade tenha futuro.

Os meus votos das maiores felicidades ao Grupo de Fute-bol dos Empregados no Co-mércio – Caixeiros e a todos os participantes deste mag-nífico Torneio, que durante quatro dias, aliada à prática desportiva, têm a oportuni-dade de confraternizar e usu-fruir do que Santarém tem para lhes oferecer.

Tendo como lema que o futuro se constrói hoje, reno-vo os votos de Parabéns aos Caixeiros por prosseguirem a aposta no Desporto, através do excelente trabalho desen-volvido, e que nos permite di-zer que são o arauto, da larga experiência e conhecimento desta prática desportiva, que muito nos orgulha e promove o Andebol!

*Presidente da Câmara Municipal de Santarém

Ricardo Gonçalves*

EQUIPAS InfAntIS

EQUIPAS InIcIAdoS

EQUIPAS jUvEnIS

NA Samora Correia SL Benfica CB Entroncamento SC Portugal

GFEC Caixeiros GM 1º de Dezembro AC Sismarias SL Benfica AA Águas Santas SC Portugal

Almada AC CD Feirense AC Sismarias GFEC Caixeiros SL Benfica

CD Feirense GFEC - Caixeiros AC Sismarias CD São Bernardo SC Portugal

vem praticarAndebol!

Grupo Futebol Empregados no Comércio “CAIXEIROS”Andebol Geração C – Masculinos e Femininos

HORÁRIOS DE TREINOSSEGUNDAS E QUARTAS-FEIRAS (PAVILHÃO NAVE MUNICIPAL – SANTARÉM)

Bambis (6, 7 e 8 anos) - Minis (9 e 10) - Infantis (11 e 12 anos)

Blog: www.caixeirosgfec.blogspot.pt - Email: [email protected]

Page 18: Cr 4 abril 2014

CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 04 DE ABRIL DE 201418 DIVULGAÇÃO

O Plano Nacional de Ética no Desporto congratula-se pela reali-zação de mais uma edição do Tor-neio Caixeiros/Santarém Andebol Cup 2014, dedicado aos escalões mais jovens.

Perfilhamos da convicção que o desporto é uma poderosa e eficaz ferramenta de combate aos graves desequilíbrios, crises e contra-dições subjacentes às sociedades contemporâneas, sejam elas tidas por economicamente desenvolvi-das, emergentes ou subdesenvol-vidas. Isto porque o desporto atra-vessa toda a sociedade, ao ponto de muitos autores o considerarem como um reflexo da mesma, com o seu tipo de funcionamento, as suas crises e contradições e também os seus sonhos e as suas esperanças.

É tido como uma ferramenta de progresso social, um género de “Escola Paralela” com alta voca-ção para a promoção da saúde, o bem-estar físico e psicológico e a

assimilação e vivência de valores e princípios éticos.

Por estas razões, estamos con-victos que o desporto é um exce-lente veículo para a transmissão e vivência dos valores éticos e que, transportados para o quotidia-no, podem produzir significativas alterações no modo como atual-mente a sociedade se rege.

Estamos certos que o Torneio Caixeiros/Santarém Andebol Cup 2014, imbuído naquele espírito, se revelará como mais uma opor-tunidade para transmitir aos jo-vens que no desporto, tal como na vida, é preciso caminhar com valores porque só com eles pode-remos construir uma sociedade mais justa, mais equilibrada, mais profícua, que tanto procuramos e necessitamos.

*Coordenador doPlano Nacional deÉtica no Desporto

José Carlos Lima*

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CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 04 DE ABRIL DE 2014 19VINHOS

Conde de Vimioso Reserva 2011

Vinho de aspecto cristalino e cor granada profunda. No na-riz revela aromas de ameixas, amoras pretas aliadas a uma fresca mineralidade, notas bal-sâmicas e especiarias. Na boca apresenta-se macio, com tani-nos robustos e complexos, que lhe conferem grande potencial de envelhecimento. Os frutos vermelhos fundem-se com a estrutura e a frescura, numa combinação de grande elegân-cia. Termina com persistentes notas de fruta preta..

Antonina BarbosaEnóloga

Qualidade a preçoscompetitivos

A Falua - Sociedade de Vinhos, S.A. foi fundada, em 1994, por João Portugal Ramos, com o in-tuito de criar uma empresa es-sencialmente vocacionada para exportação.

Com o rápido aumento das suas vendas foi necessário am-pliar a área de vinhas próprias e, simultaneamente, projectar uma nova Adega, em Almeirim, a qual veio a ser inaugurada em 2004.

Trata-se de um edifício de li-nhas modernas, inicialmente com 5,000 m2 de área coberta, que foi apetrechado com o equi-pamento e tecnologia mais mo-derna e so� sticada.

“De facto, o investimento foi muito elevado mas necessário para que também a produção de vinhos na Região Tejo se pudes-se enquadrar no mesmo patamar de exigência e qualidade que os consumidores já estavam habi-tuados, nos restantes vinhos já produzidos por João Portugal Ramos”, explicou ao Correio do Ribatejo, Luís de Castro, Admi-nistrador Delegado da Falua SA, empresa certi� cada em HACCP, BRC e ISSO 22000.

Tagus Creek é marcareferência no Reino Unido“A grande maioria dos vinhos

produzidos são os chamados vinhos tranquilos (brancos, tin-tos e também rosés). Também produzimos um espumante de óptima qualidade,” assegura Luís de Castro. A marca Tagus Creek (branco, tinto e rosé) é, desde há alguns anos, a segun-da marca portuguesa de vinhos mais exportada para o Reino Unido (após o Mateus Rosé) e tem vindo a adquirir crescen-te importância e presença nos mais diversos mercados de todo o mundo, estando a impor-se como marca de referência nesses mesmos mercados. Actualmente as marcas mais conhecidas da Falua são: no mercado interno, o Conde de Vimioso e, para a ex-

portação, o Tagus Creek, Tagus Ridge, Red Leg, Tercius, Falua Duas Castas, Tâmara, Monte da Serra e Foz.

As melhores castas para vinhos de alta qualidadeA partir das excelentes carac-

terísticas especí� cas do clima e solos da Região Tejo e tirando o melhor partido da associação de castas portuguesas de gran-de qualidade, como a Touriga Nacional ou o Arinto, algumas castas estrangeiras de maior aceitação nos mercados inter-nacionais, como é o caso do Ca-bernet Sauvignon, do Syrah ou do Chardonnay, a Falua concen-trou-se na produção de vinhos tintos e brancos de alta qualida-de a preços muito competitivos, quer no mercado interno quer no mercado externo.

Estão bem presentes nos seus vinhos Castas Brancas como Fer-não Pires, Arinto, Chardonnay, Viosinho e Verdelho, e Castas Tintas como, Trincadeira, Caste-lão, Alicante Bouschet, Touriga Nacional, Aragonez, Cabernet Sauvignon, Touriga Franca, Petit Verdot e Syrah.

O seu principal mercado é a Comunidade Europeia, nomea-damente, Reino Unido, Polónia, Bélgica, Suécia e Irlanda. No continente Americano os prin-cipais mercados são o Brasil, os EUA e o Canadá. Angola é o principal destino nos Países de Língua O� cial Portuguesa (PA-LOP). Na Ásia saliente-se a pre-sença da Falua na China, Japão, Austrália e Singapura.

“O nosso Vinho Conde de Vimioso Reserva é produzido apenas em anos de reconhecida qualidade. Começou a ser pro-duzido em 2000 e também em 2001, 2003, 2005, 2007, 2008 e 2011”, garantiu ao Correio do Ribatejo Luís de Castro, Admi-nistrador Delegado da Falua SA.

“É um lote de algumas das cas-tas existentes na nossa vinha do Convento – Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon e Arago-

nês”, acrescenta.

Best Wines Under US$25Para além dos diversos prémios

obtidos em certames nacionais e internacionais de relevo, o reco-nhecido crítico de vinhos Robert Parker publicou um livro há dois anos – Best Wines Under US$25 - que reúne toda a informação por ele recolhida em provas que fez ao longo dos últimos dez anos, relativas a todos os seus anos de produção classi� cando, não ano a ano, mas pela média de classi� cação obtida nos di-versos anos de produção desse vinho e para essa faixa de preço nos USA, abaixo dos 25 dólares.

“É um livro volumoso que tem também um espaço destinado aos vinhos Portugueses desta faixa de preço, provados por ele em todas as Regiões Portugue-sas. No � nal do livro existe uma pequena lista dos que ele chama “Best of the best” e de Portugal constam apenas três vinhos tran-quilos, dois tintos e um branco. Desses dois vinhos tintos, um deles é o Conde de Vimioso Re-serva,” � naliza Luís Castro.

Falua - Sociedade de Vinhos, S.A.Nota de Prova

Page 20: Cr 4 abril 2014

CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 04 DE ABRIL DE 201420 NECROLOGIA

Sede: Santarém – Praceta Cidade Badajoz, n.º 15 c/v

ALEIXO, LDA.Agência

FuneráriaTelef.

243 328 115Fax

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Telemóvel 917 273 370Telef. 243 441 246Fax 243 441 038Escritório: Rua S. Vicente – Sobral2000-700 S. Vicente do Paúl

Sede:Rua Oriol Pena, 103 – 2000-493 PernesTelef. 243 449 444 – Telem. 917 273 370

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(Frente à Rotunda Luminosa, ao lado da Farmácia Confi ança) S. DOMINGOS – 2005-242 SANTARÉMFilial: FAZENDAS DE ALMEIRIM – Rua Dr. Guilherme Nunes Godinho, 280 – Telefone 243 593 800

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ALCANHÕES

CARLOS ALBERTOROSA MELRO

5302 Sua esposa, fi lhas, gen-ros e netas , recordam com profunda dor e saudade a pas-sagem do 2º Aniversário do seu falecimento.

2 ANOS DE ETERNA SAUDADE

3/04/2012 - 3/04/2014

ALTO DO BEXIGA – SANTARÉM

JOÃO MARIA DA SILVA

5305 Sua esposa, fi lhos, nora, genro e netos, agradecem muito reconhecidamente a todas as pessoas quese dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada, ou que de qualquer outra forma lhes manifestaram o seu pesar.Participam que será celebrada missa de 7º. dia pelo seu eterno descanso no próximo domingo dia 6, às 9:45 horas na igreja dos Combonianos – Jardim de Cima, agradecendo desde já a quem se dignar assistir a este piedoso acto.

AGRADECIMENTO E MISSA DO 7º. DIA

N. 23/04/1935 - F. 28/03/2014

PÓVOA DE SANTARÉM

MAGDA FILIPA VASSALO DIAS

5297 Querida Filha

Foste a luz da nossa vidafoste a luz que se apagousofremos com a tua partidaé sofrimento de quem te amou

A vida é fel que amargoué uma vida triste e vaziaé amarga para quem te amoupois em nós não há mais alegria

O sofrimento é para uma vidauma vida sem rumo nem alegriafoste para nós tão queridaagora és a estrela que nos guia

Seus pais participam que será celebrada missa pelo seu eter-no descanso na próxima quinta-feira dia 10, pelas 19:30 horas, na igreja de Póvoa de Santarém, agradecendo a todos quantos participem neste acto.

18 ANOS DE DOR E SAUDADE

9/04/1996 – 9/04/2014

SANTARÉM

MIGUEL MARQUES DA COSTA

5307 Seu fi lho, noras, netos, bisnetos, cunhada e restan-te família agradecem muito reconhecidamente a todas as pessoas que se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada, ou que de qualquer outra forma lhes manifestaram o seu pesar.

N. 08/11/1921 - F. 01/04/2014AGRADECIMENTO

AGÊNCIA FUNERÁRIALOPES & BENAVENTE, LDA.

TELEF. 243 323 888 – SANTARÉM

SANTARÉM

PEDRO MIGUEL BEJA DE JESUS COSTA

5299 Seus pais e irmã partici-pam que será celebrada missa pelo seu eterno descanso, na próxima terça-feira dia 8, às 19 horas, na igreja de S. Nicolau, agradecendo desde já a quem se dignar assistir a este piedoso acto.

31º ANIVERSÁRIO NATALÍCIO

08-04-1983 – 08-04-2014

SANTARÉM

RÚBEN DOS SANTOS FREITAS

5304 Seu filho, netos e res-tante família agradecem muito reconhecidamente a todas as pessoas que se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada, ou que de qualquer outra forma lhes manifestaram o seu pesar.

N. 11/09/1933 - F. 30/03/2014AGRADECIMENTO

AGÊNCIA FUNERÁRIALOPES & BENAVENTE, LDA.

TELEF. 243 323 888 – SANTARÉM

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Page 21: Cr 4 abril 2014

CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 04 DE ABRIL DE 2014 21SOCIEDADE

---Certi� co para efeitos de publicação que, por escritura de JUSTIFICAÇÃO lavrada no dia vinte e seis de Março do ano de dois mil e catorze, exarada de folhas sessenta e cinco a folhas sessenta e nove verso, do Livro de Notas para Escrituras Diversas TRINTA E UM-E. deste Cartório, os Senhores:

---a) LUDOVINA DO ROSÁRIO TEIXEIRA, que também usa LUDOVINA DA CON-CEIÇÃO TEIXEIRA viúva, natural da freguesia de Casével, do concelho de Santarém, residente no lugar de Charneca de Casével, Casével, Santarém;

---b) MARIA MARGARIDA TEIXEIRA DA SILVA DE OLIVEIRA e marido MANUEL JACINTO MOITA D’OLIVEIRA, que também usa MANUEL JACINTO MOITA DE OLI-VEIRA, casados sob o regime de comunhão de adquiridos, ambos naturais da freguesia de Casével, do conselho de Santarém, residentes em Carrasqueira Branca, número 3, no lugar de Charneca de Alcorochel, Alcorochel, Torres Novas, intervindo ele para autorizar, e ;

---c) JOAQUIM TEIXEIRA DA SILVA e mulher ISABEL MARIA ALEIXO JANELA DA SILVA, casados sob o regime de comunhão de adquiridos, naturais, ele da freguesia de Casével, do Conselho de Santarém e ela da freguesia de Rio de Mouro, do conselho de Sintra, residentes na Rua das Sargaceiras, número 58, em Piedade da Serra, Almargem do Bispo, intervindo ela para autorizar.

---São os únicos herdeiros de ANTÓNIO DA SILVA, falecido no dia vinte e quatro de Dezembro do ano de mil, novecentos noventa e sete, na freguesia de Campo Grande, do concelho de Lisboa, no estado de casado sob o regime da comunhão geral de bens com a ora primeira outorgante da alínea a), Ludovina do Rosário Teixeira, que também usa Lu-dovina da Conceição Teixeira, com última residência habitual na Rua do Bom Jesus, nú-mero 32, no lugar de Charneca de Casével, Casével, Santarém, sem ter deixado testamento ou qualquer outra disposição de última vontade, conforme consta do Processo de Inven-tário número 2663/09.2TBSTR, do 3º. Juizo Cìvel, do Tribunal Judicial de Santarém, tran-sitado em julgado em dois de Maio do ano de dois mil e doze, cuja certidão me exibiram.

---Que a herança do referido ANTÓNIO DA SILVA é dona e legítima possuidora do seguinte:

---Prédio misto, sito no lugar de Charneca, na freguesia de Casével, do concelho de San-tarém, composto na parte rústica por olival, cultura arvense de sequeiro, � gueiral e pomar de � gueiras e na parte urbana por casa de habitação de rés-do-chão com a área de quarenta e quatro metros quadrados e anexo com a área de dez metros quadrados, perfazendo a área total da parte urbana de cinquenta e quatro metros quadrados e a área total do prédio de três mil, duzentos e quarenta metros quadrados, a confrontar de Norte com Herdeiros de António da Silva, os ora primeiros outorgantes, de Sul com Manuel Oliveira Duarte, de Nascente com Estrada e de Poente com Herdeiros de José Pereira Alves, omisso na Con-servatória do Registo Predial de Santarém, actualmente inscrito na matriz cadastral sob o artigo 37 da secção Q da União de Freguesias de Casével e Vaqueiros, (anteriormente ins-crito sob o artigo 37 da secção Q, da freguesia de Casével-extinta), do qual foi apresentada reclamação cadastral no Serviço de Finanças de Santarém em 13 de Fevereiro de 2014, que ainda não produziu efeitos e na matriz urbana actualmente inscrito sob o artigo 663 da União das Freguesias de Casével e Vaqueiros (anteriormente inscrito sob o artigo 690 freguesia de Casével-extinta).

---Que o prédio integra a herança de ANTÓNIO DA SILVA em virtude de o mesmo ter sido adquirido na constância do matrimónio com LUDOVINA DO ROSÁRIO TEIXEI-RA, ora primeira outorgante da alínea a), casados que foram sob o regime de comunhão geral de bens, por doação verbal efectuada ao casal por António Duarte Violante e mulher Maria do Rosário, casados na comunhão geral, residentes que foram em Charneca de Ca-sével, Casével, Santarém, por volta do ano de mil novecentos sessenta e um, não tendo, no entanto, chegado a ser celebrada a respectiva escritura pública.

---Que, desde essa data, a ora primeira outorgante da alínea a) e o seu falecido marido e, depois da morte deste, a primeira outorgante da alínea a) e seus dois � lhos, a ora pri-meira outorgante mulher da alínea b) e o ora primeiro outorgante marido da alínea c), vêm exercendo continuamente a posse sobre o referido prédio, à vista de toda a gente, usufruindo de todas as utilidades do mesmo, habitando o urbano e fazendo a sua conser-vação, limpando os matos, semeando, tratando as árvores e colhendo os frutos do rústico, pagando os respectivos impostos, na convicção de exercerem direito próprio, ignorando lesar direito alheio, sendo reconhecidos como seus donos por toda a gente, paci� camente, porque sem violência, continua e publicamente, de forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, sem a menor oposição de quem quer que seja, razão pela qual se pode declarar que a herança ilíquida e indivisa de António da Silva, adquiriu o identi� ca-do prédio por usucapião.

---Está conforme o original e certi� co que na parte omitida nada há em contrário ou além do que nesta se narra ou transcreve.

---Alcanena, 26 de Março de 2014.

O Notário Carlos Manuel Godinho Gonçalves Arês

Conta registada sob o nº. 90

NOTARIADO PORTUGUÊSCARTÓRIO NOTARIAL DE CARLOS ARÊS

A CARGO DO NOTÁRIO CARLOS MANUEL GODINHO GONÇALVES ARÊSFaleceu Ruben dos Santos Freitas

Ruben dos Santos Freitas, antigo colaborador deste Jornal, onde assi-nou textos brilhantes sobre memórias, factos e personalidades desta cidade, faleceu no passado domingo, em San-tarém, aos 80 anos de idade.

Ruben Freitas deixa um � lho, João Freitas, netos e era � lho do igualmente saudoso António Freitas, que se nota-bilizou por ser o construtor dos pavi-lhões da antiga Feira do Ribatejo.

Ruben Freitas nasceu em Santarém, a 11 de Setembro de 1933. Tendo ape-nas estudado até ao 2º ano do Liceu de Santarém, trabalhou com o pai na construção civil até aos 18 anos, altura em que optou por se voluntariar para a Força Aérea Portuguesa, para a base/escola da OTA.

A sua admissão não foi pací� ca, de-rivado das suas fortes convicções po-líticas, só tendo conseguido entrar à terceira tentativa, com a ajuda de um amigo da família subchefe da PSP. Como Militar, foi duas vezes em co-missões ao “Ultramar” – 1960 a 1962 e 1970 a 1972 – sempre em Moçambi-que. Em ambas esteve ligado à constru-ção e melhoramento de bases militares (aeródromos) em várias províncias, com grau elevado de combates. Esteve ligado à construção da base de “Moe-da”, no norte de Moçambique, zona com altos níveis de confronto. Na al-tura havia à entrada da unidade uma lápide, mandada fazer por ele, onde se lia “Nesta terra luta-se, trabalha-se e morre-se”.

Depois da 1ª comissão, fez um cur-so de aviões “Dornier” na Alemanha. Acumulou milhares de horas de voo e depois de vir da última comissão, es-teve dois anos nos transportes para o Ultramar em aviões de carga e passa-geiros, os “DC-6” aparelhos de quatro motores de hélice.

Com o 25 de Abril, foi um sargento dedicado às causas democráticas tendo estado sempre presente nas conquistas

pelas quais a classe lutou, à época. Reformou-se aos 58 anos, por ter

anos em zona de guerra que dobravam os anos que contavam para a reforma.

Depois do 25 de Abril de 1974 foi convidado para ser o responsável pela manutenção do então “Forte Militar de Alcoentre”, hoje cadeia de Vale dos Judeus. Esta era uma base de alta se-gurança, na altura, mandada construir pela “PIDE”, nos anos 70.

Homem apaixonado também por � lmes - na altura o “Super 8” - tinha imenso material que o próprio captou em cenários de guerra.

Em Santarém, ajudou sempre o pai, Mestre António Freitas, na construção das feiras do Ribatejo. Tirava férias sempre antes da feira para o ajudar. Depois do pai sair da construção da feira, � caram responsáveis pela cons-trução do pavilhão da Grã-Bretanha e da sua respectiva manutenção.

Como pai montou uma o� cina de electricidade-auto para o seu � lho, que funcionou durante 21 anos.

Como avô era um homem dedicado à família, participou na educação da sua neta, agora com 29 anos e de um neto, de 32 anos, militar da Força Aé-rea que, como ele, entrou aos 18 anos para a base escola “OTA” e fez parte dos quadros como 1º Sargento. Era o seu orgulho por ver nele a sua própria carreira.

Vem a falecer com cancro, três anos depois da sua esposa, Leocádia da Sil-va Vaz Freitas, uma perda que Ruben Freitas sentiu profundamente.

O funeral de Ruben Freitas decorreu na passada segunda-feira para o ce-mitério dos Capuchos, em Santarém, onde se encontra sepultado.

O Correio do Ribatejo associa-se à família enlutada, nesta hora de pesar, prestando-lhe os mais sentidos pêsa-mes pelo falecimento de um dos seus mais dedicados colaboradores.

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Page 24: Cr 4 abril 2014

24 SAÚDE

A psoriase é uma das doen-ças de pele mais frequentes. Pode afetar todos as idades e num terço dos casos existe he-rança familiar.

O envolvimento é sobretudo cutâneo, podendo no entanto afetar também unhas e articu-lações.

Existem sub-tipos múltiplos, desde lesões localizadas (Fig 1) até ao envolvimento cutâneo global (Fig 2). O quadro típico é de uma lesão redonda aver-melhada com escama aderente localizada aos joelhos ou coto-velos, embora a multiplicidade de apresentações seja frequen-te, por vezes com aparecimen-to de pústulas (Fig 3) que po-

dem confundir a psoriase com quadros infecciosos.

No que diz respeito ao tra-tamento têm existido grandes progressos. Para além de apli-cações locais de cremes ou po-madas com múltiplos agentes ativos o doente psoriasico tem à sua disponibilidade trata-mento sistémicos. Estes com-preendem os agentes clássicos (orais ou injetáveis) e os inova-dores biológicos. Conjugando as necessidades do doente e a repercussão da doença na sua qualidade de vida o dermato-logista pode assim indicar a melhor terapêutica que se pre-tende cada vez mais persona-lizada.

César MartinsDermatologista -Clínica WMed

Psoriase

CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 04 DE ABRIL DE 2014

Fig. 1 - Psoriase Vulgar

Fig. 2 - Psoriase generalizada

Fig. 3 - Psoriase pustulosa

Page 25: Cr 4 abril 2014

CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 04 DE ABRIL DE 2014 25SAÚDE

Mais de 13 mil pessoas sofrem de doença de Parkinson em Portugal

A doença de Parkinson (DPk) é a segun-da doença neurodegenerativa com maior prevalência, estimando-se que atinja cerca de 13 mil pessoas em Portugal.

Estes são alguns dos resultados do pri-meiro Estudo Epidemiológico de Avalia-ção da Prevalência da Doença de Parkin-son em Portugal (PrevPark), promovido pela Associação Portuguesa de Doentes de Parkinson (APDPk), com o apoio da Di-recção Geral da Saúde (DGS).

De acordo com o estudo PrevPark, dos casos de doentes identificados, a maioria eram homens com mais de 65 anos, apre-sentavam sintomas moderados e estavam fisicamente independentes (estádio 2 e 3 de Hoehn & Yahr modificado).

Para Joaquim Ferreira, neurologista e coordenador científico do estudo, “os re-sultados obtidos são semelhantes aos re-portados por outros estudos europeus, mas abaixo das expectativas iniciais em relação à população portuguesa. Contudo, o facto do estudo apenas incluir uma abor-dagem domiciliária e não a visita a lares e outras instituições residenciais ou hospita-lares pode ter sido um condicionante para a determinação desta estimativa.”

E conclui: “Portugal é um dos países com maior prevalência da mutação do gene LRRK2-G2019S, a causa genética mais fre-quente de doença de Parkinson. Contudo este estudo não sugere que esta alteração genética condicione um aumento global da prevalência da doença em Portugal,

comparativamente com outros países oci-dentais”.

O Estudo Epidemiológico de Avaliação da Prevalência da Doença de Parkinson em Portugal foi apresentado no passado dia 29 de Março, durante o Congresso Na-cional da Sociedade Portuguesa das Doen-ças do Movimento (SPMOV), que decor-reu no Vimeiro.

A doença de Parkinson é uma doença neurológica degenerativa do sistema ner-voso central, para a qual ainda não existe cura. É a segunda doença neurodegenera-tiva mais comum, atingindo 1% da popu-lação mundial com idade igual ou supe-rior a 65 anos.

O estudo epidemiológico transversal foi desenhado para a população Portuguesa com 50 ou mais anos, realizado em duas fases: na primeira foi aplicado um questio-nário a uma amostra de 5.042 indivíduos pelo método random route, que permitiu identificar potenciais casos de doença de Parkinson; na segunda fase, estes casos foram avaliados por um neurologista para confirmação do diagnóstico. A análise es-tatística incluiu a estimativa de intervalos de confiança a 95% para a prevalência de doença de Parkinson. A prevalência esti-mada de DP para a população com 50 ou mais anos foi de 0,24% (IC95% [0,043%; 0,492%]), mais elevada no sexo masculino (0,45% versus 0,12%), e acima dos 65 anos (0,56% versus 0,12%).

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CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 04 DE ABRIL DE 201426 DESPORTO

Seniores na corrida ao títuloUnião Desportiva de Santarém

A União Desportiva de Santa-rém (UDS) empatou a uma bola no reduto da União Desportiva Atalaiense, dividindo os pontos em disputa com o seu forte oposi-tor.

Nesta fase, caracterizada pelo equilíbrio entre as equipas, é de-terminante a conquista de pontos fora de casa e neste particular a formação unionista, sempre muito humilde e realista, encarou o jogo confiante no seu valor e não se subjugou ao poderio da formação da Atalaia. Como seria de esperar o Atalaiense entrou forte no jogo, criando algumas oportunidades para finalizar, mas UDS, muito bem organizada defensivamente, conseguiu suportar este período de maior fulgor da equipa visitada e levou o resultado inalterado para o intervalo.

No reatamento, o Atalaiense viria a obter o golo que lhe daria vantagem no marcador, mas que em simultâneo acordou a turma scalabitana. Após a substituição forçada de Costinha por lesão, Nelson Lopes restabelece a igual-dade, seguindo-se o melhor perío-do da UDS em busca do segundo golo.

Com as lesões de Costinha e Carrilho, a UDS teve que baixar as suas linhas e Tony teve necessi-dade de ajustar o sistema de jogo da sua equipa, entrando Gonçalo Santos e Pedro Melo.

A resposta unionista viria a sur-gir no último terço da partida, materializando-se num golo mal anulado a Tiago, que respondeu ao passe atrasado de André Rocha que substituiu o central Samuel. Um lance muito contestado pela

formação da UDS, que viu assim sonegado o golo que lhe daria a vitória e mais dois pontos, numa luta que se configura tremenda-mente difícil.

Na terceira jornada, a UDS rece-be, no Campo Chã das Padeiras, a equipa de Ferreira do Zêzere, um jogo em que é fundamental ganhar pontos.

O clube pede a presença, em for-ça, do ‘12º jogador’ nas bancadas (leia-se massa associativa).

Benjamins na fasede apuramento de campeãoA equipa de Benjamins Sub-10

“A” da União Desportiva de Santa-rém, terminou a sua participação na segunda fase do campeonato distrital nível II com mais uma vitória, desta vez sobre a forma-ção da ACR Vale da Pedra por esclarecedores 5-0, numa partida bem jogada num clima de grande desportivismo. Segue-se a fase de apuramento de campeão de nível II, perante as equipas do Benfica de Abrantes, CADE e CD Salva-terrense, Clubes com créditos fir-mados no futebol de formação no âmbito da Associação de futebol de Santarém.

Por sua vez, os Infantis que se apresentaram muito desfalcados na recepção ao NS Rio Maior, per-deram por uma margem dilatada: 2-7. Na próxima jornada a UDS re-cebe o Pontével.

Na tarde de sábado, os Traquinas Sub-8 da UDS, deslocaram-se ao Campo Municipal da Chamusca para participar na 2ª concentra-ção, jornadas 4, 5 e 6 do Encon-tro Distrital de Traquinas da AF

Santarém. Os resultados de 4-0 e 7-0 perante a União da Chamus-ca e Soccer Scalabis, demonstram o melhor acerto da formação da UDS que apresenta uma “roda-gem” superior aos seus adversá-rios.

Os juniores, ao vencerem o 2º classificado do campeonato, re-dimiram-se do último desaire e demonstraram capacidade para fazer melhor, independentemen-te do objetivo da manutenção na 1ª divisão distrital estar pratica-mente alcançado. A vitória por 1-0 perante o Alcanenense resultou de uma exibição à “União” plena de garra e determinação.

Os Iniciados defrontaram a for-mação da AREPA, adversário que na primeira volta tinha imposto uma derrota por 3-0 à jovem equi-pa unionista. Foi um jogo dispu-tado com enorme vontade pela formação da UDS, que entrando muito forte no jogo obteve uma preciosa vantagem de dois golos, através de Vítor aos 2 minutos e André Costa a passagem do 10º minuto, ambos resultantes de transições rápidas que surpreen-deram a formação do Porto Alto. O terceiro golo só viria a aconte-cer na segunda parte, novamente por Vítor e também na sequência de um contra-ataque. Já na parte final da partida a AREPA obteve o golo de honra, num lance em que a defesa local foi algo lenta no repo-sicionamento defensivo, fixando o placar em 3-1 favorável á UDS.

No próximo fim-de-semana os Iniciados jogam no Campo Chã das Padeiras a fase de qualificação perante a equipa B da União de Al-meirim.

Nelson Lopes, autor do golo da formação unionista

Iniciados e Escolares voltam a vencer na Taça AP LisboaHóquei Clube de Santarém

Os iniciados do Hóquei Clube de San-tarém (HCS) deslocaram-se a Almeirim e venceram os Tigres, repetindo a vitória da 1ª volta, desta vez por 5-2.

No campeonato, falta cumprir o jogo com o Coruche para se definir o 2º lugar dado que o Entroncamento já conquistou o 1º lugar do grupo.

Os escolares ganharam a um dos candi-datos à final a 4, aquilatando esperanças para atingir aquele objectivo que passará ainda por três equipas: Santa Cita, Turquel e o HCS.

Os benjamins, apesar de não realizarem uma grande exibição, levaram de vencida a equipa de Turquel. Por enquanto têm por vitórias os jogos realizados.

Os bambis, frente também ao Turquel foram goleados num jogo em que a dife-rença de aprendizagem foi determinante para a diferença do resultado.

Os seniores foram goleados pelo 3º clas-sificado da prova, no entanto, realizaram um jogo muito positivo. Durante 15 mi-

nutos o HCS esteve a ganhar por 1-0 mas o facto de praticamente não ter suplentes foi preponderante para que a diferença fosse crescendo. Enquanto houve pulmão os jovens seniores do HCS conseguiram contrariar a equipa mais experiente da Lourinhã.

No final o resultado acabou por ser um bocado exagerado.

Os resultados do fim-de-semana foram os seguintes: Bambis: HCS, 2 - HC Tur-quel, 17; Escolares: HCS, 9 - HC Turquel “A”, 4; Seniores: HC Lourinhã, 12 – HCS, 4; Iniciados: HC Tigres, 2 – HCS, 5; e Benja-mins: HCS, 4 - HC Turquel, 1. Hoje, sexta-feira, dia 4, às 21h00, Iniciados, HCS - GC Os Corujas e às 20h00, Benjamins, Juven-tude Ouriense – HCS. Amanhã, sábado, dia 5, às 16h00, Escolares, GC “Os Co-rujas” – HCS. Domingo, dia 6, às 10h15, Bambis, AJ Salesiana- HCS, às 16h00, Es-colares, HCS-ACR Santa Cita; e às 18h30, Seniores, FC Alverca – HCS.

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CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 04 DE ABRIL DE 2014 27DESPORTO

Juniores já são campeõesAssociação Académica de Santarém

Os Juniores da Associação Académica de Santarém sagraram-se campeões distritais ao vencerem, no passado fim-de-semana o C. D. Amiense, por 3-2.

No passado sábado, a equipa de Juniores descolou-se a Amiais de Baixo para dispu-tar a 20ª jornada do Campeonato Distrital do escalão. A AAS movimentou algumas centenas de adeptos num apoio massivo à equipa que procurava uma vitória para se sagrar de imediato Campeão Distrital.

A “Briosa” entrou em campo com a lição bem estudada, controlando o jogo desde o início e criando várias ocasiões de golo que esbarravam sucessivamente no factor “ansiedade” que os ‘estudantes’ iam de-monstrando.

Finalmente, aos 31 minutos, na sequên-cia de um livre lateral da esquerda aponta-do por João Pereira, é Neves quem finaliza perto da linha de golo. Porém, o Amiense chegava ao empate oito minutos depois, num excelente remate cruzado, sem hipó-tese de defesa para Filipe.

Ao intervalo, a briosa mexeu no ataque, trocando “Quinzinho” por Beny, o que deu à AAS maior posse de bola.

As situações de golo iam sendo desper-diçadas, umas atrás das outras e, sem que nada o fizesse prever, numa perca de bola da defesa escalabitana, o Amiense colo-cou-se em vantagem (2-1).

A entrada imediata de Diogo Gonçalves, seguida de Amaral, viraram de novo o ca-riz do jogo a favor da Académica, através de uma forte pressão ofensiva. Fruto dessa pressão, o golo da igualdade, apontado aos 76 minutos por João Rodrigues.

Motivada pelo golo, a briosa colocou-se de novo em vantagem quatro minutos de-pois, por intermédio de Luís Carlos.

O apito final do árbitro trouxe ao campo do Amiense uma enorme explosão de ale-gria, com os muitos adeptos da briosa eu-fóricos a festejaram a conquista do título, beneficiando da derrota do Alcanenense, em Santarém, no reduto da União.

Juvenis escorregam em FátimaJá os Juvenis perderam frente ao C. D.

Fátima, pela margem mínima. O golo ad-versário foi obtido aos 56 minutos de jogo através da marcação de uma grande pena-lidade.

Os Iniciados ”A” perderam frente ao S. Abrantes e Benfica, por 2-0, num jogo em que a equipa da Académica fez segu-ramente uma das piores exibições da épo-ca. Os ”B” também perderam, desta feita frente ao líder da Série B, o S.L. Cartaxo, por 8-0. Vitória incontestável da melhor equipa em campo na última jornada do Campeonato Distrital da 2ª Divisão. Ao fim de 16 jogos, a equipa de Nuno Alves terminou em 10º lugar.

Os Infantis ”A” venceram o Footkart E.F.K.A.”A” por 7-2. Mais uma vitória dos pupilos de Nuno Teixeira, que têm tido um comportamento exemplar na aborda-gem aos jogos: humildes, trabalhadores, sofrem quando têm que sofrer e sobretu-do têm tido um grande espírito de equipa. Marcaram pela Briosa, Rodrigo Pascoal (4), Salvador Coutinho, Bruno Jesus e um autogolo.

Os Infantis ”B” venceram o G.D. Bena-vente “A” por 5-0, num jogo sem grande história, em que a AAS conseguiu uma impressionante posse de bola, com esta a ser jogada de pé para pé com constantes mudanças de flanco. Marcaram os golos: André, Martinha, Filipe, Mata e Afonso.

A equipa já está apurada para a fase de Apuramento de Campeão - Nível 2.

Os Infantis ”C” deslocaram-se ao Carta-xo e perante a equipa “C” local venceram por 5-2. A vitória da briosa não sofre qual-quer contestação, tal foi o domínio exer-cido.

No próximo sábado, pelas 9h30, a equipa receberá o N. S. Rio Maior, num jogo que poderá garantir o primeiro lugar da série e, consequentemente, a possibilidade de disputar o título de campeão distrital de nível III, o que para o escalão de Infantis da briosa seria um feito, dado que as equi-pas “A” e “B” já garantiram a qualificação para disputar, respectivamente, o título do nível I e do nível II.

Marcaram pelos ‘estudantes’: David Sil-vestre, Miguel Henriques, Filipe Rodri-gues, José Dias e António Esteves.

Os Sub-11 ”A” golearam o G.D. Coru-chense por 12-0 num jogo em que a equi-pa demonstrou porque está em 1º lugar. Segurança na defesa, boa construção de jogadas de ataque e capacidade de concre-tização. Marcaram pela briosa: Vasco (3), Lucas (3), Zé Miguel (2), Geada, Rafa e Tiago.

Os Sub-11 ”B” venceram a A.C.R. Vale da Pedra por 5-0. Vitória justa, numa exi-bição bem conseguida da equipa de João Rodrigues, com golos de João Silva (2), João Roberto, Tomás Batista e Afonso Henriques.

Os Sub-10 ”A” perderam na última jor-nada da 2ª Fase do Campeonato frente ao G.D. Samora Correia por 2-1.

Para a história fica o registo da primeira derrota desta equipa, que vem oscilando as suas exibições com o decorrer da prova, denotando alguma falta de regularidade

nas suas exibições.A Académica terminou em 1º lugar na

Série B do Nível 1, registando em 14 jogos disputados, 13 vitórias e uma derrota, 65 golos marcados e 16 sofridos. A equipa irá disputar a Fase Final de Apuramento de Campeão juntamente com as equipas do C.D. Fátima, CADE e Footkart E.F.K.A.

Os Sub-10 ”B” venceram no terreno do C. D. “Os Águias”, por 7-4 e com esta vi-tória terminaram a sua participação no Campeonato Distrital - Nível 2, em 3º lu-gar, com 14 jogos disputados, 8 vitórias, 1 empate e 5 derrotas, 41golos marcados e 26 sofridos.

Por sua vez, os Sub-10 ”C” venceram no campo do C. D. Amiense (0-2), termi-nando da melhor forma a participação no Campeonato Distrital – Nível 2.

Num Campeonato em que a equipa de-frontou quase sempre atletas um ano mais velhos, o balanço final nos 14 jogos dispu-tados foi de 3 vitórias, 5 empates e 6 derro-tas, com 37 golos marcados e 48 sofridos.

Os Sub-8 estiveram divididos em duas equipas e participaram nos Encontros Distritais da AF Santarém, em Sub-9 e Sub-8. Nos três jogos disputados em Sub-9, registaram dois empates e uma derrota. Nos Sub-8, três vitórias em jogos realiza-dos na Escola Superior Agrária.

Os Sub-7 deslocaram-se a Almeirim para participar no encontro Distrital de Sub-7 da AF Santarém. No final dos qua-tro jogos disputados, 2 vitórias, 1 empate e uma derrota.

Finalmente, os Sub-6 estiveram envol-vidos no Encontro Distrital de Sub-6 da mesma Associação de Futebol, e nos dois jogos disputados, venceram um e perde-ram o outro.

Sporting e Benfica no caminho do Santarém Basket O Santarém Basket recebeu, no passado,

dia 29, a equipa júnior feminina do Spor-ting CP, em jogo do Torneio da Associação de Basquetebol de Lisboa, prova em que o Santarém Basket se inscreveu e na qual ocupa um brilhante 3º lugar. O Sporting venceu a partida por 55-33.

Já no domingo, 30 de Março, as inicia-das do Santarém Basket deslocaram-se ao Pavilhão Fidelidade, em Lisboa, para um jogo do Campeonato Nacional, defrontan-do o SL Benfica, com o resultado final de 80-35 favorável às lisboetas.

Próximo jogo do SBC, amanhã, sábado, dia 5 de Abril, com os Sub 18 masculinos do Santarém Basket a receberem a Biblio-teca IR, pelas 18h30, na Nave de Santarém.

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CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 04 DE ABRIL DE 201428 DESPORTO

Pedro Nuno é o novo técnico dos juniores do VitóriaVitória Clube de Santarém inicia novo projecto para um escalão campeão

Está encontrado o novo treinador da formação de juniores masculinos do Vi-tória Clube de Santarém: Pedro Nuno Carvalhal, de 28 anos, é o nome escolhi-do pela Direcção do clube para ocupar a vaga deixada em aberto por Ricardo Mesquita, que doravante se concentrará em exclusivo nos trabalhos da equipa sé-nior.

Chegado ao fim o ciclo de dois anos projectado por Mesquita no comando deste escalão, que se sagrou campeão distrital em 2012/13 e vice-campeão na presente temporada, impunha-se uma célere decisão na definição da sucessão, tendo em conta a preparação atempada da próxima época, e, nesse sentido, o clu-be movimentou-se na busca por um téc-nico jovem, ambicioso e com experiência na formação (no caso, exclusivamente na variante de 11 do futsal).

O nome de Pedro Nuno encaixa na perfeição no perfil traçado, ostentando no seu currículo desportivo passagens pelas camadas jovens da Associação Aca-démica de Santarém (entre 2006 e 2009) e do Ribatejano Futebol Clube Valadense (2009/10), chegando mesmo a integrar o gabinete de prospecção do Sport Lisboa e Benfica (2008-2010), como observador.

Na calha para frequentar o curso de ní-vel I de futsal (projectado para breve pela

Associação de Futebol de Santarém), o antigo jogador de Académica e União de Santarém conta apenas, para já, com o equivalente a esse nível de formação em futebol de 11, mas é um apaixonado pelo futsal desde há longa data, e a sua con-tratação mereceu mesmo o peremptório aval do seu antecessor, Ricardo Mesquita.

Visando a preparação sustentada da próxima época, na qual quase todos os atletas juniores de 2013/14 enfrentarão já a subida de escalão para a equipa sénior (situação que já vem acontecendo nesta recta final de temporada), o Vitória ini-ciou já as tradicionais sessões de captação de novos talentos, que têm decorrido, sob o olhar atento e vigilante de Pedro Nuno, às sextas-feiras, pelas 20h00, no Pavilhão da Escola Prática de Cavalaria.

O clube anunciará até ao final da sema-na o agendamento de um segundo treino semanal para o efeito, aguardando que os jovens de Santarém acorram ao ape-lo do futsal e abracem o projecto de uma equipa campeã que pretende continuar na senda do sucesso. Para mais informa-ções, os interessados deverão contactar os responsáveis do clube através da pági-na oficial de Facebook do clube, do nú-mero 919134378 ou do e-mail [email protected].

Juniores femininos aindasurpreenderam o grande Benfica…Quando, à passagem dos 10 minutos de

jogo, a equipa de juniores femininos do Vi-tória Clube de Santarém silenciou o Pavilhão de Sacavém, casa emprestada do colosso Sport Lisboa e Benfica, ainda houve quem acreditasse numa gracinha… Mas quem não achou graça foram as encarnadas, que, de-pois desse assomo de ousadia, puxaram dos galões que lhe valem a liderança isolada do ultracompetitivo Campeonato Distrital de Lisboa: 12-1 foi o resultado final.

O exagero dos números (que, no quotidia-no benfiquista são… normais) não apaga a boa réplica dada, a espaços, pelas vitorianos, que, no final do primeiro tempo, perdiam “apenas” por 4-1. A menor capacidade física e uma maior rotatividade de atletas na parte final valeram um célere avolumar do score.

Para a história fica o golo azul, por inter-médio de Vanessa Pereira, que já tinha bisa-do em Alvalade e inscreve assim o seu nome na lista de marcadoras aos dois maiores em-blemas do futsal nacional.

Outros resultados ‒ Infantis: VCS “B”, 3 - VCS “A”, 7; Benjamins: Ribeira Fárrio, 3 – Vitória CS, 1; Iniciados: Moreiras Grandes, 3- Vitória CS, 1; Seniores masculinos: CAS Vicentense, 6 – Vitória CS, 0.

Francisca Carolino venceem singulares e pares

Clube de Ténis de Santarém

O Campeonato Regional de Sub 14, disputado em Alco-baça, teve como vencedora singular feminina a tenista do Clube de Ténis de Santarém (CTS) Francisca Carolino que venceu Lúcia Quitério por ex-pressivos 6-1 e 6-3, sagrando-se também vice-campeã em pares femininos.

Martinho Cruz (CTS) e

Miguel Gomes (CTA) Vice Campeões Regionais de Sub 12 perderam por 6/0 e 6/1 nas meias-finais.

O Par Misto formado por Carmo Ribeiro e Martinho Cruz, ambos do CTS e actuais Campeões Regionais de Sub 12, perderam por 6/1 e 6/0, também nas meias-finais.

Torneio ‘O Ribatejo’O Clube Ténis de Santarém

organiza o Torneio ‘O Ribate-jo’, nos dias 5 e 6 de Abril, nas categorias de Sub12 e Sub16, singulares e pares.

O Torneio decorre no Clube de Ténis de Santarém e o sor-teio das partidas realizou-se ontem, já depois do fecho desta edição.

1º Encontro Inter-Regional de Escolas de BTT Realizou-se no passado domingo, dia 29

de Março, o 1º Encontro Inter-Regional de Escolas de BTT (Zona B) e a 1ª prova da Taça de Portugal em XCO 2014 na locali-dade de Marrazes (Leiria), tendo a equipa da Escola de BTT SFA 1º de Dezembro participado com 11 atletas dos escalões de escolas (Benjamins, Iniciados, Infantis e Juvenis) e 4 atletas dos escalões de compe-tição (Cadetes).

Muita chuva, uma pista exigente e um terreno muito pesado, tal a quantidade de lama existente marcaram esta prova.

A participação da equipa da Escola de BTT SFA 1º de Dezembro esteve em exce-lente nível, com os nossos atletas a empe-nharem-se e a demonstrarem muita garra e vontade de obter bons resultados.

Destaque para os 4 pódios conquistados individualmente.

Laura Cardoso conseguiu um fantásti-co 1º lugar em Iniciadas Femininas, com o 3º lugar neste escalão a ser conseguido por Ana Fernandes e o 5º lugar por Marta Carvalho, tendo as três atletas subido ao pódio.

Em Infantis Femininas Andreia Silva su-biu ao 3º lugar do pódio.

Destaque ainda para o 3º lugar conquis-tado colectivamente por equipas (escolas), entre as 25 equipas em competição.

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CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 04 DE ABRIL DE 2014 29TAUROMAQUIA

Ecos do BurladeroLudgero Mendes Domingo, há Toiros!

Apesar da persistência das empresas “Emoção” e “Tauroleve”, que mantiveram de pé a corrida prevista para o passado do-mingo, na praça de Salvaterra de Magos, até ao limite possível, a chuva impediu a sua realização.

Entretanto, o espectáculo ficou adiado para o próximo domingo, dia 6 de Abril, coincidindo, neste caso com o festival tau-rino já anteriormente anunciado para a Monumental do Montijo, a favor do Fun-do de Assistência dos Forcados da Tertúlia

Tauromáquica do Montijo. É pena que não tenha sido evitada esta coincidência, que, como se compreenderá não irá beneficiar ninguém.

Tome nota dos respectivos cartéis, e faça a sua opção:

Montijo – 6 de Abril, às 16.30 horas; Festival Taurino; Cavaleiros – Ana Batis-ta, Pedro Salvador, Marcelo Mendes, An-tónio d’Almeida, Filipe Ferreira, Verónica Cabaço e Mara Pimenta; Grupos de For-cados Amadores do Ribatejo, da Moita,

da Tertúlia Tauromáquica do Montijo, da Azambuja, de Arronches, de Monsaraz e de Arruda dos Vinhos; 7 toiros de João Ramalho, Passanha, Eng.º Luís Rocha, Jor-ge Mendes, Fernando Palha e Santos Silva;

Salvaterra de Magos – 6 de Abril, às 17 horas; Corrida à Portuguesa; Estreia da ga-nadaria de Alves Inácio; Cavaleiros – João Salgueiro, Paulo Jorge Santos e João Telles; Forcados Amadores de Évora e de Vila Franca de Xira.

Triunfos lusos além-fronteirasO ganadeiro alentejano José Luís Co-

chicho obteve um importante triunfo na praça de Huelva, tendo sido cortadas seis orelhas aos seis novilhos que ali apresen-tou no primeiro espectáculo do Ciclo de Classes Práticas, a favor do Banco Alimen-tar desta cidade espanhola. Os novilhos, apesar de justos de apresentação, deram excelente jogo na generalidade.

Outra presença portuguesa no cartel foi

a do jovem Diogo Peseiro, aluno da Acade-mia de Toureiro do Campo Pequeno, que evidenciou garra, arte e ganas de triunfar, luzindo-se com as bandarilhas e na faena de muleta, sendo premiado no final com uma orelha.

Pablo Aguado, da Escola de Sevilha, sa-grou-se triunfador da tarde ao cortar as duas orelhas ao seu novilho. Fernando Flores (Badajoz) cortou uma orelha, An-tónio Muñoz Ruiz (Amate) foi ovaciona-

do, Fernando Plaza (Madrid) cortou uma orelha e o francês “El Chispa” (Escola de Beziers) cortou igualmente uma orelha.

Diogo Peseiro, entretanto, foi apurado para a final do Bolsín Taurino de Zamora.

Peseiro participou no domingo, em Villalpando, na semi-final deste Bolsín, sendo apurado para a final que se realiza, na castiça praça de Toro (Zamora), ama-nhã, sábado, dia 5 de Abril.

Paco Velásquez já é Matador de ToirosPaco Velásquez é o 39º matador de toi-

ros português ao tomar a alternativa numa corrida mista de máximas figuras realiza-da em Tequisquiapan, no México, e que registou meia entrada. Pablo Hermoso de Mendoza, que actuava como único rejo-neador foi o grande triunfador, cortando duas orelhas ao seu primeiro toiro e uma ao segundo, ambos do ganadeiro Fernan-

do de la Mora.Paco Velásquez teve como padrinho Fer-

mín Spínola, com o testigo de Alejandro Amaya e de Pablo Hermoso. O toiro da al-ternativa do nóvel matador de toiros per-tencia à ganadaria de Javier Garfias, cha-mava-se “Gitanillo”, tinha o nº 17 e pesou 540 quilos. O diestro riachense recebeu-o com bonitas “verónicas” e após a cerimó-

nia de alternativa, Paco Velásquez brindou a faena ao matador Alejandro Amaya, em reconhecimento pelo apoio que lhe tem prestado no México, porém, o hastado in-vestiu com violência contra um burladero partindo o piton, pelo que o jovem diestro teve de abreviar a lide, sendo ovacionado no final. O segundo toiro do seu lote saiu a pedir muitas contas, Paco Velásquez lo-

grou facturar alguns muletazos valorosos, no entanto, esteve pesado com o estoque e perdeu os troféus, tendo sido uma vez mais ovacionado.

Fermín Spínola foi silenciado no seu pri-meiro toiro e cortou uma orelha ao segun-do e Alejandro Amaya foi silenciado em ambos.

Tomás Pintoinicia temporada, em Elvas

O jovem cavaleiro Tomás Pinto, apo-derado pelo taurino escalabitano Carlos Empis, inicia a sua temporada de 2014 no próximo domingo, dia 6 de Abril, no fes-tival que se realiza no Coliseu “Rondão de Almeida”, em Elvas, a favor dos Bombei-ros Voluntários locais, e integra, também, o cartel da tradicional corrida de segun-da-feira de Páscoa na praça alentejana de Sousel, a 21 de Abril. Estes serão os dois primeiros compromissos do cavaleiro de Paço D’Arcos, que a par da sua actividade profissional como médico dentista, é um dos grandes valores da nova geração de cavaleiros, tendo recebido a alternativa em Santarém, a 10 de Junho de 2011, apadri-nhado por seu tio, que participou especial-mente nas cortesias para esta cerimónia.

O Abono do Campo Pequeno-2014O Abono da temporada de 2014 no Cam-

po Pequeno terá 11 corridas de toiros e uma novilhada e será ”um dos mais fortes dos úl-timos anos”, segundo anúncio de Rui Bento, Gestor Taurino da Monumental de Lisboa.

As datas das corridas serão: 15 de Maio, 5 e 19 de Junho (novilhada), 3, 10, 17 e 24 de Julho, 7, 21 e 28 de Agosto, 4 de Setem-bro e 2 de Outubro. Para já foi divulgado a primeira parte do Abono, que aqui lhe apre-sentamos:

15 de Maio – Data em que se assinala o oitavo aniversário da reabertura do Campo Pequeno. Será a corrida “Vidas/Correio da Manhã”, na qual o cavaleiro Rui Salvador comemorará 30 anos de alternativa. No cartel figuram, para além do aniversariante, Pablo Hermoso de Mendoza e João Moura Júnior, bem como os Grupos de Forcados Amadores de Évora e do Aposento da Moi-ta, sendo lidados seis toiros da ganadaria Santa Maria.

5 de Junho – Tomará a alternativa o co-lombiano Jacobo Botero, que terá por pa-drinho Rui Fernandes e por testemunha Diego Ventura. Lidam-se seis toiros de An-tónio Charrua e pegam os Grupos de Forca-dos Amadores do Aposento da Chamusca e de Alcochete.

19 de Junho – Espectáculo misto de pro-moção de novos valores: enfrentando seis novilhos de Murteira Grave, apresentam-se os jovens cavaleiros Manuel Vacas de Carvalho e Luís Rouxinol Júnior, que faz a prova para cavaleiro-praticante. A pé apre-senta-se a principal figura dos novilheiros espanhóis da actualidade, José Garrido, que alternará com Diogo Peseiro, da Academia de Toureio do Campo Pequeno. As pegas estão cargo dos Forcados Amadores de Ar-ruda dos Vinhos.

3 de Julho – Corrida surpresa para a qual

ainda só está contratado o matador de toi-ros espanhol António Ferrera, vencedor por mais de uma vez do “Galardão Campo Pequeno” para o melhor matador de toi-ros. Lida-se um curro da ganadaria de Falé Flipe. Especula-se que nesta corrida possa reaparecer o matador Pedrito de Portugal…

10 de Julho – Comemoração do cinquen-tenário das Corridas TV, com a particula-ridade de figurar no cartel a mesma gana-daria e os mesmos Grupos de Forcados de há cinquenta anos. Para lidar um curro da ganadaria Murteira Grave, que será pegado pelos Amadores de Montemor e de Lisboa, estarão em praça os cavaleiros António Ribeiro Telles, Vítor Ribeiro e João Maria Branco.

17 de Julho – Corrida do jornal Correio da Manhã, na qual tomará a alternativa Miguel Moura, filho de João Moura. Será um cartel de dinastias, formado por João Moura, Joa-

quim Bastinhas, Marcos Bastinhas e Miguel Moura. Pegam os Forcados Amadores de Portalegre, de Monforte e os Académicos de Elvas e os toiros pertencem à ganadaria de D. Maria Guiomar Cortes Moura.

24 de Julho – Em cartel de alta competi-ção, repete Diego Ventura, alternando com os cavaleiros Luís Rouxinol e João Salguei-ro, lidando toiros de Cunhal Patrício. Pe-gam os Grupos de Forcados Amadores de Santarém e de Vila Franca.

Os cartéis da segunda metade do Abo-no serão divulgados oportunamente pela Empresa. Em termos de preços, o Abono representa um desconto de 15 por cento re-lativamente à compra dos bilhetes espectá-culo a espectáculo. O valor refere-se apenas às corridas, já que o bilhete da novilhada é oferecido.

Diogo Peseiro, em Huelva

Diego Ventura repete no Campo Pequeno

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CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 04 DE ABRIL DE 201430 CORREIO POLICIAL

A sala não era muito grande, formava um quadrado com quatro metros. O tec-to estava pintado de branco e possuía um enorme candeeiro a meio, sensivelmente na direcção da secretária que se situava no centro do compartimento. A cor da tinta das paredes não se via porque todas elas estavam cobertas de estantes, cheias de variados livros, desde o rodapé até ao tecto. O inspector Rodriguinho vasculhou as estantes duma ponta à outra e apenas encontrou livros policiais, de ficção cien-tífica, dicionários, diversas obras literárias (todas de autores portugueses), obras de consulta, etc.. A secretária onde se encon-trava o corpo sem vida possuía seis gave-tas, três de cada lado, ficando entre estas um vácuo onde o ocupante podia colocar as pernas e estendê-las. Lumafero, cum-prindo uma indicação do inspector e de-pois de atirar a sua moedinha da sorte ao ar, para fazê-la cair no bolso do seu casaco, observou a meia dúzia de gavetas. As três do lado esquerdo estavam completamente vazias! Nem pó! A terceira do trio, das do lado direito, a contar de cima, estava cheia com folhas brancas de formato A/4. A se-gunda guardava um carimbo com o nome do morto e a respectiva almofada de tinta azul. E a primeira gaveta servia para arru-mações, contendo quatro esferográficas de cores preta, duas, verde e vermelha; três

lápis, um ainda sem bico, algumas bor-rachas, um agrafador e alguns pauzinhos de fósforos que, por casualidade, ali foram parar!

Antes de Lumafero tirar as devidas fotos ao cadáver que se encontrava sentada na cadeira pertencente à secretária e tomba-do sobre esta. O inspector Rodriguinho, através de uma breve vista de olhos, fixou tudo o que se encontrava na sala. Pouca coisa, além das estantes referidas, do can-deeiro da sala, da cadeira e da secretária, apenas se via ao lado desta um cesto para papéis e, num dos cantos da sala, encosta-da a uma das estantes e em cima do soalho alcatifado, permanecia uma viola apresen-tando, como curiosidade, uma das suas seis cordas partida! Em cima da secretária, além da carta deixada pelo morto, estava um bloco de apontamentos com folhas li-sas, um livro policial, uma agenda e dois copos de vidro. Um destes estava vazio, o outro tinha dois lápis de cera azuis e duas canetas de feltro igualmente azuis.

O morto, depois de exame minucioso à sua indumentária, possuía um lenço no bolso direito das calças e uma carteira com documentos seus num dos bolsos do casa-co que vestia. Num dos bolsos interiores do mesmo casaco também se encontra-vam cartões-de-visita que pertenciam a si próprio. O corpo caído em cima da secre-

tária apresentava duas perfurações de bala à queima-roupa, na têmpora direita, como se concluía de imediato devido às tatua-gens das feridas. O braço esquerdo estava caído entre as pernas e o direito permane-cia em cima da secretária tendo na mão dextra uma pistola automática. Entre a cabeça do morto e a mão direita estava a carta deixada pelo indivíduo! Uma folha com dimensões inferior ao formato A/4, com linhas a preto impressas e um texto dactilografado onde o sujeito dizia que se iria suicidar com a pistola, logo que termi-nasse a carta! No fim do texto a assinatura do morto, bem legível, graças à esferográ-fica de linha fina azul que utilizou.

Mais um suicídio, relataram os jornais. No entanto, o inspector Rodriguinho e o seu ajudante Lumafero puseram em causa tal opinião.

Pergunta-se: Pela apresentação dos factos acham que foi crime ou suicídio? Fundamentem a vossa opinião.

As respostas deverão ser enviadas, no prazo de 10 dias, para um dos endereços supra. Entre as recebidas será sorteado um livro. A solução e o nome do contem-plado serão publicados no próximo dia 18.

Domingos Cabral

Rua Serpa Pinto 982000-046 Santaré[email protected]@sapo.pt

O inspector Rodriguinho investigaProblema Policial, por “O Gráfico”

A história de hoje é-lhe dedicada a si, simpática porteira de um prédio anónimo numa cidade algures. É uma história talvez divertida, de um doa cada vez mais vulga-res casos de burla.

Já lhe aconteceu, por certo, receber na portaria encomendas para um locatário ausente em férias. Um armário, por exem-plo. O que faz, normalmente?

Se calhar… vai buscar a chave do aparta-mento do tal senhor, guia os homens en-carregados da colocação do armário, abre-lhes a porta, assiste à descarga do material e, por fim, fecha cuidadosa e profissional-mente a porta, quando saem os funcioná-rios da casa que vendeu a peça de mobília.

Atenção… pois! Se faz só isto – não che-ga. E para lhe provarmos que, efectiva-mente, deve fazer algo mais, vamos con-tar-lhe a tal história que aconteceu a uma colega sua.

Certa manhã, a sua colega recebeu a vi-sita de 4 homens que transportavam um armário. Diziam eles que se destinava a casa do Senhor X, do 1º esquerdo, ausente em férias que, antes de partir para a praia, tinha encomendado na loja “tal” o armário que hoje vinham entregar. A porteira fez, exactamente, o que acima descrevemos e regressou a sua casa.

Por volta do meio da tarde, os mesmos homens e a mesma camioneta voltaram e, com as suas desculpas, comunicaram-lhe que tinha havido um engano. O armário que tinham trazido para o 1º esquerdo es-tava trocado. Aliás, via-se logo que tinha havido um erro, pois ele até contrastava com o estilo de decoração daquela casa. Se fazia o favor, voltava a acompanhá-los, pois precisavam de levar de novo o tal ar-mário que teriam de entregar no mesmo número mas na rua paralela. O do Senhor “X” viria dentro de dois dias.

A senhora porteira nem hesitou. Acom-panhou as “visitas”, assistiu à recuperação do armário mais no caso. Nem sequer des-confiou de os empregados não voltarem, já que os dois dias para o entregar de uma encomenda duram, muitas vezes, dois me-ses.

O pior é que, quando o tal senhor “X”, do 1º esquerdo, voltou, o prédio andou em bolandas. A sua casa tinha sido assaltada e tinham levado os objectos mais valiosos.

Por certo já descobriu como foi, não é verdade?

Foi assim mesmo. Dentro do armário ia um 5º ladrão que, durante as poucas horas que permaneceu, calmamente, na habitação deserta, teve tempo de seleccio-nar e embalar (para não fazerem barulho) os haveres mais caros que, pelas suas di-mensões, podia transportar. No regresso, armário, ladrão e valores passaram ao pé da porteira sem que ela desconfiasse do clandestino e do contrabando.

E esta? Vá lá a gente confiar nos outros!Por isso, em situação semelhante, não

hesite. Peça identificação, confirme junto da casa ou do inquilino, veja notas de en-comenda. Em resumo – faça o que puder – mas faça mesmo…

Olhe que “eles” estão cada vez mais es-pertos!

É hoje. Tem de ser, mais cedo ou mais tarde. Não posso suportar o fumo do cha-ruto. E as ordens secas, com estrias de látego. Eu sou estrangeiro, sempre o fui, embora reconheça os esforços deles para me abrigarem numa nesga do seu mundo.

- Alfredo, às três. Alfredo, à saída da Ópera. Alfredo, a senhora está à espera. Alfredo, a porta da esquerda range.

O diabo. O raio de um emprego para um indivíduo como eu. É duro sair de casa aos dezanove anos, para se cair num palácio reluzente e compararmos por dez anoa, a todo o momento, a curvatura da espinha, a confissão do fracasso. A incompreensão de todos. O desejo de acabar. O ódio. Os fatos usados do patrão. A generosidade viscosa, humilhante.

Aquelas visitas ao bairro miserável são terríveis. A ostentação de um automóvel caro e as moedas atiradas por snobismo. E os rostos esquálidos, sujíssimos, dos garo-tos semi-nus. Que abrem os olhos e tocam, receosos, os cromados do carro. E correm a disputar a ponta de cigarro que atiro, en-joado, pelo vidro aberto.

Não, não aguento a recordação esmaga-dora, que me assalta e me crava em gri-lhões nos becos infectos dos bairros iguais ao meu. E os olhos das mulheres, carbun-culosos, a seguirem o carro e a perfura-rem-no de invejas ruminadas.

Mas eles, os senhores, não percebem. Eles, os donos de tudo, do mundo e de mim. Por um sobrescrito mal cheio, no dia um de todos os meses.

Eu, o miserável garoto, cresci e farda-ram-me. Deram-me um volante e ordena-ram-me:

- “Guia”.

Eu levo-os. Onde querem, e aos amigos. Essa corja de hipócritas, libertinos endi-nheirados e odiosos. Que se incriminam em sujeiras sobre a vida conjugal, mutua-mente venenosos.

Eu sou motorista. Um autómato extác-tico. Que ouve e cumpre e vive como uma máquina infalível. Que come à mesa dos criados e suja as mãos no carburador en-tupido. Que descobre a cabeça e segura a porta brilhante.

Mas hoje, será diferente. O passeio ao lago, será o último serviço que prestarei e o último que receberão.

Depois, só o cangalheiro poderá ser-lhes útil. É mesmo assim, há diferenças inex-plicáveis: eles terão enterros imponentes, rosas, muitas pessoas carpindo, e eu a paz de um funeral quase deserto.

Inexplicáveis, não. Eles têm a melhore explicação para tudo o que sucede na vida, para todas as desigualdades entre os ho-mens: o dinheiro.

Ligo a ignição e o carro move-se. Estão

todos, até os dois pequenos. Preferia que não fossem, mas não tenho remorsos – eles são pequenas víboras, alimentadas do mesmo sangue metálico-venenoso.

Saímos da estrada movimentada e co-meçamos a subir por uma outra, lateral e sinuosa, que terminará no miradouro so-bre o lago. Onde não chegaremos.

Eles conversam. Riem das futilidades que lhes enchem a existência. Os garotos façam dos peixinhos que vão pescar, os adultos da pequena avaria do leme do mo-to-barco. Como se qualquer dessas coisas fosse importante, quando eu rodar o vo-lante com brutal determinação, na curva a

oitocentos metros de altitude.Faltam poucas centenas de metros. As

curvas sucedem-se, em cotovelos súbitos, que os pneus contornam guinchando pro-testos.

Vou acelerar mais, para que não sobrem possibilidades para ninguém. Será o assas-sínio-suicídio perfeito.

Amanhã, as paragonas dos jornais refe-rirão apenas um infeliz acidente…

- Que foi? Porque parou, Alfredo?Não respondo. Há uma tremura interior,

apenas. - Sente-se mal? – é ela quem pergunta,

com um vago pânico na voz. Receia que esteja doente – incapaz, portanto, de ter-minar o resto do percurso. Temor de que se vejam privados do passeio.

Reajo agora, silenciosamente. Enclavi-nho a mão no puxador da porta, abro-a de repelão. Eles estão mudos, talvez admira-dos com esta falha surpreendente na má-quina serviçal.

Vacilo na berma da estrada, apoio-me nos 50 centímetros de muro que me prote-gem do abismo.

Sou um cobarde. Desejo alegar uma in-disposição passageira, para voltar a sentar-me ao volante e terminar tudo.

Mas não posso, os passos não querem retroceder. Sei que não realizarei a última vontade da minha vida.

E talvez seja melhor. Ele cuspirá o cha-ruto e ela tapará os olhos das crianças. Surpreender-se-ão, escutarão o baque lá em baixo, e pronto. Ele terá que fazer um sacrifício por mim: continuar a guiar o au-tomóvel brilhante.

O carro brilhanteConto curto, por Vítor Dimas

Burlas, Burlões e outros Aldrabões

por Gustavo Barosa

Perguntas enigmáticas por Ernesto Nunes1 – Uma sala tem quatro cantos,

cada canto tem o seu gato, cada gato vê três gatos. Quantos gatos são?

2 – O que é pequeno em Lisboa e grande no Brasil?

3 – No cofre de um banco o nú-

mero de moedas duplica de mi-nuto a minuto. Em dez minutos o cofre fica cheio. Quando é que está por metade?

4 – Num salão sem luz eléctrica há uma vela, um candeeiro a pe-tróleo e um fogão de sala, a lenha.

Numa noite de Inverno, o que é que acendiam em primeiro lugar?

5 - Por que motivo é que em cer-tas regiões de Tomar uns homens usam suspensórios cinzentos e ou-tros vermelhos?

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CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 04 DE ABRIL DE 2014 31PASSATEMPO

CARNEIROCarta Dominante: 8 de Paus, que signi-� ca Rapidez. Amor: Arranje mais tem-po para si mesmo. Vai ver que valerá a pena. Permita-se a si próprio viver com alegria e cultive-a diariamente. Saúde: Tome vitaminas para fortalecer o cérebro. Dinheiro: Período favorável a investimentos de maior amplitude. Números da Sorte: 8, 22, 39, 41, 48, 49. Pensamento positivo: Vivo com alegria os desa� os da vida.

TOUROCarta Dominante: os Enamorados, que signi� ca Escolha. Amor: Poderá sur-gir um mal-entendido na sua relação, mas com calma tudo se resolverá. Viva alegre e optimista, não se irrite! Saúde: Este será um período favorável a este nível, aproveite para descansar. Di-nheiro: Momento pouco propício para grandes investimentos. Números da Sorte: 2, 14, 19, 23, 25, 29. Pensamento positivo: Escolho com a voz da minha intuição!

GÉMEOSCarta Dominante: Rainha de Ouros, que signi� ca Ambição, Poder. Amor: Poderá viver uma aventura de grande importância para si. Que o Amor seja uma constante na sua vida! Saúde: Dê mais atenção às dores de cabeça. Di-nheiro: Não seja tão materialista, pois só tem a perder com isso. Números da Sorte: 7, 11, 23, 25, 29, 45. Pensamento positivo: A minha maior ambição é ser

feliz.

CARANGUEJOCarta Dominante: a Papisa, que sig-ni� ca Estabilidade, Estudo e Mistério. Amor: Tenha cuidado pois pode per-der aquilo que tanto trabalho lhe deu a conquistar. Se quer ser verdadeiramen-te vitorioso, vença-se a si próprio! Saú-de: Não sobrecarregue o seu corpo. Di-nheiro: Trabalhe mais e con� e no seu sucesso. Números da Sorte: 1, 3, 20, 39, 44, 45. Pensamento positivo: Cultivo a estabilidade e a paz no meu coração.

LEÃOCarta Dominante: Rei de Copas, que signi� ca Poder de Concretização, Res-peito. Amor: Seja mais generoso com a sua cara-metade. Não prejudique a sua relação devido à sua teimosia. A sua fe-licidade depende de si! Saúde: Modere o consumo de doces. Dinheiro: Resista à tentação, não gaste mais do que tem projectado. Números da Sorte: 11, 22, 29, 35, 36, 42. Pensamento positivo: Tenho o poder de concretizar os meus sonhos.

VIRGEM Carta Dominante: Valete de Paus, que signi� ca Amigo, Notícias Inesperadas. Amor: Os seus amigos poderão fazer-lhe um convite irrecusável. Que a ale-gria de viver esteja sempre na sua vida! Saúde: Cuidado com a alimentação, não coma gorduras. Dinheiro: Mo-mento muito favorável sob o aspecto

� nanceiro, aproveite-o. Números da Sorte: 14, 20, 36, 38, 42, 43. Pensamen-to positivo: Valorizo os meus amigos como um tesouro precioso.

BALANÇA Carta Dominante: 4 de Ouros, que signi� ca Projectos. Amor: Poderá dar um passo mais sério na sua relação amorosa. Que o amor esteja sempre no seu coração! Saúde: Relaxe um pou-co mais, anda muito tenso. Dinheiro: Estabilidade � nanceira. Números da Sorte: 2, 13, 20, 24, 39, 42. Pensamento positivo: Acredito nos meus projectos!

ESCORPIÃOCarta Dominante: O Mágico, que sig-ni� ca Habilidade. Amor: Poderá zan-gar-se com um familiar, mas se colocar de lado o orgulho sairá vitorioso. Uma personalidade forte sabe ser suave e leve como uma pena! Saúde: Pode vir a ter uma dor ligeira de dentes. Dinhei-ro: Tenha cuidado, avizinham-se gas-tos extra. Números da Sorte: 1, 5, 9, 11, 18, 23. Pensamento positivo: Sou capaz de lidar com todos os desa� os!

SAGITÁRIOCarta Dominante: 10 de Paus, que signi� ca Sucessos Temporários, Ilu-são. Amor: Estará tão feliz com a sua relação que todos irão notar tamanha satisfação. Que a sua Estrela-Guia bri-lhe eternamente! Saúde: Faça um Che-ck-up. Dinheiro: Tenha mais atenção ao seu mealheiro, pois ele está a � car

vazio. Números da Sorte: 8, 19, 22, 39, 45, 49. Pensamento positivo: Construo o meu sucesso passo a passo! CAPRICÓRNIOCarta Dominante: 10 de Copas, que signi� ca Felicidade. Amor: Seja justo consigo mesmo e pense na sua felicida-de. Que tudo o que é belo seja atraído para junto de si! Saúde: Tome atenção à higiene dos seus pés; pode ocorrer o aparecimento de fungos. Dinheiro: Com muito trabalho conseguirá alcan-çar o sucesso. Números da Sorte: 14, 25, 26, 38, 40, 44. Pensamento positivo: A felicidade espera por mim, porque eu mereço ser feliz!

AQUÁRIOCarta Dominante: 9 de Espadas, que signi� ca Mau Pressentimento, Angús-tia. Amor: Não sobrevalorize o aspecto físico, procure ver primeiro o que real-mente as pessoas são por dentro. Não perca o contacto com as coisas mais simples da vida. Saúde: Poderá sofrer de alguma retenção de líquidos. Di-nheiro: Não seja irresponsável e pense bem no seu futuro. Números da Sorte: 2, 6, 9, 10, 15, 19. Pensamento positivo: Afasto a tristeza com con� ança e pen-samentos positivos.

PEIXESCarta Dominante: O Diabo, que signi-� ca Energias Negativas. Amor: Poderá sentir-se um pouco desanimado se está só. Quando nos sentirmos mais perdidos, temos que nos lembrar que nunca estamos sozinhos. Saúde: An-dará um pouco em baixo de forma, faça ginástica. Dinheiro: Se pretende adquirir algo de que gosta muito, este é o momento ideal. Números da Sorte: 25, 29, 30, 39, 45, 49. Pensamento po-sitivo: O poder do Bem afasta as ener-gias menos positivas.

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Horário de Verão

Pergunta um maluco a outro:- Porque é que estás a martelar na haste do

relógio de sol?Responde o outro:- Então, tenho de incliná-la mais um boca-

dinho para acertar o relógio com a hora de verão…

Sudoku As anedotas do Barbosa

Horóscopo

Palavras Cruzadas

1 – Parai. Andei pelo ar. 2 – Planta da ordem das mirti� oras. Partido Social Democrata (sigla). 3 – O m.q. lamacenta. Cobalto (s.q.). 4 – Eiró. Pequeno peso indiano. 5 – Não modi� cado. 6 – Género de pássaros bra-sileiros, da fam. dos cucúlidas. Declamo. Raso, rente. 7 – Opressiva. 8 – Dromedário africano, adestrado para jornadas rápidas. Que está no lugar mais fundo. 9 – Érbio (s.q.). Semelhante ao modelo. 10 – Ribeira (abrev.). Não mencionado. 11 – Um dos estados da América do Norte. Abandonámos.

1 – Cubículo. Diz-se dos santos que não são celebrados em dia especial. 2 – Pronome pessoal. Intercalava. 3 – Figura musical que vale metade de uma mínima. Bismuto (s.q.). 4 – Grande deserto de África. Nome de homem. 5 – Relativo à agrologia. 6 – Pre� xo, o m.q. in. Além de (Pref.). Organização Mundial de Saúde (abrev.). 7 – O m.q. ostealgia. 8 – Maciço montanhoso do Níger. Esqueci. 9 – Opus (abrev. mus.). Carroça ou co-che pequeno. 10 – O m.q. gaipelo. Acrescento. 11 – Objetos de excessiva dedicação (Fig.). Hábitos.

HORIZONTAIS

VERTICAIS

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Page 32: Cr 4 abril 2014

CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 04 DE ABRIL DE 201432 ÚLTIMA

Foram ver as Cortes de Santarémno último fim-de-semana? É caso para dizer que o Rei vai nu…

Eu fui! Foi bonito ver desfilar a realeza e estava tudo tão bem encenado e aperaltado que até parecia que o Município não está endividado!

PONTO [email protected]“Nunca aprendi a tocar nenhum instrumento

mas ainda espero conseguir fazê-lo”

Nuno Serra, presidente da Comissão Política Distrital do PSD

O Jornal Correio do Ribatejo faz 123 anos na próxima quarta-feira, 9 de Abril.

Os tempos não estão fáceis para editar jornais. Não o estão para quase nada. Mas é na adversidade que sem-pre encontrámos a força necessária para nos superarmos a nós próprios.

Na edição comemorativa de 11 de Abril – data do nosso próximo número – somos nós a notícia, pela singularidade da nossa idade, pelo serviço público e jornalismo autên-tico que praticamos, a pensar em si caro leitor; em si caro empresário; em si que ama a cultura; em si que gosta de recordar as memórias da sua cidade.

Felizmente, não estamos sozinhos e contaremos com o apoio de empresas e instituições que acreditam no nosso trabalho e no nosso esforço. Entida-des que aceitam a crítica e não fazem depender o tamanho do anúncio que aqui publicam, do tamanho da foto em que os administradores das mes-mas aparecem nas nossas páginas, centenárias, sim, mas que respiram modernidade.

Vivemos num tempo em que a notícia deu lugar ao press-release.

Vivemos tempos bem difíceis para quem não cobra, não agride, não entra no jogo mesquinho do poder do dinheiro e apenas procura fazer jornalismo pelo jornalismo, apoiar causas, defender os interesses dos cidadãos.

Se este Jornal fosse um ser humano com 123 Anos de idade, pela vontade de alguns já o tinham posto num lar e no dia de aniversário, sentavam-no num cadeirão, punham-lhe um bolo no colo e gritavam-lhe ao ouvido para que sorrisse e soprasse as velas com força.

Meus amigos, não arrumámos as botas. Temos força para soprar, de pé, todas as 123 velas e estamos cá para continuarmos a ser um Jornal de cau-sas, num mundo em que acreditamos e onde, para nós, ainda não vale tudo.

Deixo aqui o convite que muito nos honraria que aceitasse: dia 12 de Abril, sábado, às 16h00, venha fazer a festa connosco. Descerraremos mais quatro retratos na nossa Galeria de Notáveis, numa homenagem à família fundadora do Jornal, ouvire-mos as intervenções da investigadora Teresa Lopes Moreira, do jornalista Alexandre Manuel e o canto lírico da jovem soprano Ana Atalaya, natural de Santarém.

Esperamos por si, pois a sua pre-sença é o nosso melhor estímulo.

João Paulo Narciso

O deputado Nuno Serra venceu, recentemente, as eleições para a presidência da distrital de Santa-rém do PSD. Para o presidente elei-to a vitória foi “demonstrativa de que os militantes querem mudan-ça”, mas não assume rupturas com o passado, antes pelo contrário, a pri-meira medida que tomou foi juntar os cinco presidentes de câmara so-cial-democratas do distrito.

“Será uma distrital mais activa, mais dinâmica e com espírito de missão para reconquistar a con-fiança das pessoas na política e no PSD”, admite em entrevista ao Cor-reio do Ribatejo.

No seu discurso de vitória disse que foi a sua vitória nas eleições para a Distrital do PSD é a demonstração de que os militantes querem mudança. O que vai ser diferente, daqui para a frente, dentro da distrital do PSD?

Uma nova forma de diálogo. Uma forma que permita às 21 Concelhias do partido sentirem que fazem parte de um todo, de uma estratégia Distrital e que ao mesmo tempo permita ao partido ser a voz das pes-soas, instituições e empresas junto do poder central. Será uma distrital mais activa, mais dinâmica e com espirito de missão para re-conquistar a confiança das pessoas na polí-tica e no PSD.

Um dos compromissos que assume é a vontade de abrir a distrital à sociedade ci-vil. De que forma se manifestará essa aber-tura?

Ouvindo as pessoas, instituições e empre-sas. Andando na rua com todos, participan-do nos eventos de cada Concelho. Conhe-cendo no terreno as realidades mais locais e, ao mesmo tempo, permitir ao Distrito conhecer melhor o PSD. O PSD tem que es-tar mais presente onde estão as pessoas e os problemas para poder encontrar soluções.

Outra das medidas que preconiza é a de juntar os cinco presidentes de câmara social-democratas do distrito (Santarém, Rio Maior, Ferreira do Zêzere, Mação e Sardoal). Vai convidar Ricardo Gonçalves e Isaura Morais para integrar a sua equipa?

Os cinco presidentes de câmara social-de-mocratas integraram sempre a nossa equipa. Independentemente do caminho que defen-deram nas eleições internas existe algo mais acima que nos faz todos remar para o mes-mo lado e, terminado o processo eleitoral, sermos todos PSD, que é respeitar os nossos valores e princípios, trabalhando sempre para um Portugal melhor. A primeira inicia-tiva deste mandato foi precisamente reunir os cinco Presidentes de Câmara, na semana passada, numa reunião de trabalho que de-correu em Torres Novas e que no nosso en-tender foi um sucesso para todos.

É defensor de mais intermunicipalismo

entre os 21 concelhos do distrito. Essa in-teracção será concretizada de que forma? Passará, no futuro, pela defesa da fusão de municípios?

Cada vez mais a ligação entre municípios, que permita aliar estratégias, obter sinergias que se traduzam em economias de escala e que permitam encontrar melhores condi-ções de vida para as populações são uma realidade. O Distrito está divido entre 2 CIM o que dificulta uma estratégia concertada a alguns níveis mas, dentro destas assimetrias, existem oportunidades que têm de ser po-tenciadas e terão de servir de catalisador a uma maior concertação entre municípios, podendo, ou não, levar à fusão de alguns deles.

Se pudesse alterar algum facto da Histó-ria de Portugal qual alteraria?

Não alterava nada. Todos os momentos da História de Portugal, uns mais felizes ou-tros menos, fizeram-nos chegar aquilo que somos. Apesar de todos os problemas pelos quais temos passado tenho um grande orgu-lho no Portugal que fomos, somos e muito boa expectativa daquilo que os nossos filhos farão no futuro.

Lema de Vida? Não abdico de ser íntegro e honrado nas

minhas atitudes para que eu possa dormir todos os dias tranquilo e os meus filhos se possam orgulhar disso.

Prato favorito? Tenho vários mas nenhum sabe tão bem

como aquele que é degustado em boa com-panhia.

Música? Depende do momento mas vai do fado ao

rock. A música é parte integrante da minha vida. Nunca aprendi a tocar nenhum instru-mento mas ainda espero conseguir fazê-lo.

Viagem de sonho, já feita ou por fazer?Todas aquelas que fiz com a minha família

foram de sonho. Faltam-me ainda algumas, até porque a minha filha mais nova ainda não teve oportunidade de viajar connosco.

O que mais aprecia nas pessoas? A seriedade. Muitas vezes custa ouvir e di-

zer a verdade mas é algo que não tem valor.

O que mais detesta nelas? Dissimulação. Aprendi a não ter vergonha

de ser eu e a mostrar sempre aquilo que sou por isso não aceito bem quem fala com se-gundo sentido, quem esconde o que é e o que pretende.

Acordo ortográfico. Sim ou não? Não vejo grande vantagem neste novo

acordo.

Se os sete pecados mortais fossem oito, qual seria o oitavo?

A desonestidade.