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CRESESB - Centro de Referência para Energia Solar e Eólica Sérgio de Salvo Brito ANO III Nº 4 Dezembro - 1997 EMPRESA DO SISTEMA ELETROBRÁS CEPEL Casa solar, uma proposta para o Século XXI CRESESB CRESESB A Casa Solar foi construída para ser um centro de demonstração de fontes alternativas de energia e de técnicas de eficiência energética. Desde o início do seu funcionamento já recebeu aproximadamente 600 visitantes, entre alunos e professores de Segundo Grau e das universidades, além de profissionais brasileiros e estrangeiros de diversas áreas. Projeto conjunto do Centro de Aplicação de Tecnologias Eficientes (Cate) do Cepel e do Cresesb, a Casa Solar consolida o objetivo de disseminar tecnologia para todos os segmentos de público. página 5 Informe nforme Informe nforme O Programa de Desenvolvimento Energético de Estados e Municípios - Prodeem atendeu, em sua primeira etapa, a 117 comunidades em 18 estados, beneficiando aproximadamente 50 mil pessoas. Até o momento foram investidos R$ 1,5 milhão e outros R$ 8 milhões estão reservados para as próximas fases. páginas 8 e 9 A Home Page produzida pelo Cresesb vem recebendo, em média, 500 visitantes/mês. O Guia de Fontes inclui instituições nacionais que atuam nas áreas de energia solar e eólica. Além disso podem ser consultados diversos bancos de dados sobre os projetos concluídos ou em andamento. página 3

CRESESB Informe CEPEL · 2 CRESESB INFORME CEPEL Centro de Pesquisas de Energia Elétrica Xisto Vieira Filho Diretor Geral - Cepel Caspar Erich Stemmer Coord. do Fórum Permanente

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CRESESB - Centro de Referência para Energia Solar e Eólica Sérgio de Salvo Brito ANO III Nº 4 Dezembro - 1997

EMPRESA DO SISTEMA ELETROBRÁSCEPEL

Casa solar, uma proposta para o Século XXI

CRESESBCRESESB

A Casa Solar foi construída para ser um centro de demonstração de fontes alternativas de energia e detécnicas de eficiência energética. Desde o início do seu funcionamento já recebeu aproximadamente 600visitantes, entre alunos e professores de Segundo Grau e das universidades, além de profissionais brasileirose estrangeiros de diversas áreas. Projeto conjunto do Centro de Aplicação de Tecnologias Eficientes (Cate)do Cepel e do Cresesb, a Casa Solar consolida o objetivo de disseminar tecnologia para todos os segmentosde público. página 5

IInformenformeIInformenforme

O Programa de Desenvolvimento Energético deEstados e Municípios - Prodeem atendeu, em suaprimeira etapa, a 117 comunidades em 18estados, beneficiando aproximadamente 50 milpessoas. Até o momento foram investidos R$ 1,5milhão e outros R$ 8 milhões estão reservadospara as próximas fases. páginas 8 e 9

A Home Page produzida pelo Cresesb vemrecebendo, em média, 500 visitantes/mês. O Guiade Fontes inclui instituições nacionais que atuamnas áreas de energia solar e eólica. Além dissopodem ser consultados diversos bancos de dadossobre os projetos concluídos ou em andamento.página 3

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2 C R E S E S B I N F O R M E

CEPELCEPELCentro de Pesquisasde Energia Elétrica

Xisto Vieira FilhoDiretor Geral - Cepel

Caspar Erich StemmerCoord. do Fórum Permanente

para Energia Renovável

Pedro BezerraCoordenador do Cresesb

Ricardo Marques DutraEngenheiro Assistente

José A. ArgoloJornalista Responsável

Reg. MTb. 13.585

Gabriel CollaresAssistente Editorial

Ricardo Marques DutraEditoração Eletrônica

Membros do Conselhodo CRESESB

Caspar E. Stemmer - MCTRicardo Perrone - Eletrobrás

Maurício Moszkowicz - CepelCarlos Alvarenga - Cemig

Roberto Gentil Porto Filho - CoelceJosé Carlos Aziz Ary - BNB

Margaret Müller - FinepEveraldo A. Feitosa - UFPEAdnei M. de Andrade - USPAntonio Granadeiro - Abeer

Ismael Ferreira - ApaebEugênio M. Schleder - DNDE/MME

O Cresesb, nos seus dois anosde funcionamento, firmou-se como umcentro de referência no que dizrespeito às fontes alternativas solare eólica no País, tornando-se concei-tuado como um centro de informaçãoe de divulgação dessas tecnologias.Tem estado presente nos principaiseventos do setor no País, difundindoo Evangelho das fontes alternativassolar e eólica. Inúmeras têm sido assolicitações de informações sobreaspectos conceituais, fabricantes eaplicações dessas tecnologias. Paraisto, seguem as diretrizes estabe-lecidas nos termos de referência,dando apoio a projetos a diversosgrupos de trabalho em atuação.

Ainda há muito por fazer, princi-palmente no tocante à difusão dainformação, razão pela qual é neces-sária a formação de multiplicadoresque desmistifiquem essas tecno-logias. Por isso mesmo é essencialque este Centro se consolide numtripé de sustentação com base naidentidade, agilidade e confiabilidadee seja, portanto, reconhecido comodepositário de informações atuali-zadas, podendo responder comrapidez às solicitações com informa-ções precisas e confiáveis. Esta é anossa missão.

Muito ainda será necessário fazerpara que sejam implantadas as basesde difusão das energias solar eeólica. É indispensável criar a ambi-ência adequada para a implantaçãodessas tecnologias, não pela simplesperseguição de números, estatís-ticas ou caprichos tecnológicos; masna busca de compromissos de queesses números representem, efeti-

vamente, algo significativo tanto paraaplicações sociais, nossa grandedívida, como também para a matrizenergética nacional.

A cada ano a energia eólica temalcançado níveis surpreendentes decapacidade instalada e de inovaçõesque a configuram como uma tecnolo-gia que desempenhará um papelsignificativo no suprimento de eletri-cidade. Quanto à energia solar, oquadro mundial tem demonstradocrescimento da ordem de 27% ao anono período de 1985/1995 nos paísesintegrantes da Organização paraCooperação e DesenvolvimentoEconômico. O custo desceu a pata-mares de 6 US$/Wp; sua confia-bilidade e aceitabilidade crescerambastante no País, principalmente pelaatuação do Prodeem.

O Prodeem - Programa de Desen-volvimento Energético dos Estados eMunicípios tem levado iluminação ebombeamento d’água por intermédioda energia solar às populações ruraisem distantes centros comunitários.Embora as metas a alcançar aindasejam poucas - diante das nossasreais necessidades - , desde já essePrograma se depara com o desafioda instalação dos inúmeros sistemasem todo o País. É importante ressaltaro intenso trabalho desenvolvido peloCepel para a instalação dessessistemas, juntamente com os agentesregionais. Principalmente pelascaracterísticas de dispersão urbanada área rural, onde se verifica o maisimportante nicho de adequabilidadeda utilização das fontes alternativas;além disso, é necessário que aimplantação desses sistemas se

desenvolva por intermédio de umaação coordenada, possibilitando ainserção social desses segmentosmais carentes de modo a se alteraro destino tramado e desfazendo-sea idéia de que esta tecnologia nãorepresente mais um experimento,mas que, efetivamente, eleve aqualidade de vida dessa populaçãoa patamares compatíveis com odesenvolvimento econômico do País.

É preciso que, para as próximasfases do Programa, sejam bem defi-nidas as estratégias de montagem,operação, manutenção e assistência.

O quadro de desafio do setorconfigurado pela imposição da conti-nuidade da energia nos grandescentros urbanos, ameaçada decolapso; a necessidade do incre-mento anual de 3000 MW na capa-cidade instalada do setor ao custo deUS$ 6 bilhões/ano para manter ocrescimento da demanda nos centrosurbanos; o Estado declaradamenteincapaz de novos empreendimentos;o Estado abdicando de sua respon-sabilidade assumida há pelo menos50 anos, de aplicação de grandesinvestimentos para o desenvolvimentodo setor; a necessidade de inserçãosocial de uma população distante dasredes. São estes os desafios queclamam pela busca de novos pa-radigmas. E para os quais, cer-tamente, as tecnologias solar e eólicaterão muito a contribuir na próximadécada.

Contribuição Permanente

Pedro BezerraCoordenador do Cresesb

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§ 3C R E S E S B I N F O R M E

as principais carac-terísticas de painéis foto-voltaicos e aerogera-dores. Esse banco dedados inclui endereçospara contatos com fabri-cantes dos equipamen-tos, além de links comsites dos demais fabri-cantes.

PotencialEnergéticoUma das necessida-

des dos pesquisadoresligados às fontes alterna-tivas de energia é o ma-peamento dos dados deradiação solar e veloci-dade dos ventos. Foi de-senvolvido um programapara o cálculo da radia-ção solar média diáriamensal em qualquer pontodo território nacional.Esse programa cor-responde a uma ativa doCresesb de oferecer umaferramenta de apoio aodimensionamento desistemas fotovoltaicos.Ele baseia-se no banco dedados Censolar (1993)contendo valores de radiação médiadiária mensal no plano horizontal paraaproximadamente 350 pontos noBrasil e em países limítrofes.

Os dados eólicos tiveram trata-mento diferenciado. Não foi desen-volvido qualquer programa, ao contráriodos dados da radiação solar, foi feitoum banco de dados onde as estaçõesde medição são localizadas nosmapas dos estados. Podem seracessadas as estações disponíveis de

Cresesb atualiza Home Pagee amplia serviços para usuários

Financiamento, licitações, eventos e links

cada estados nordestino onde sãodisponibilizados diversos dadostécnicos da medição do vento. Estebanco de dados é formado por dadosdo Inmet, Cepel, Coelce e Coelba.

A Home Page do Cresesb recebea média de 500 visitas/mês. É possívelconstatar a diversidade de interes-sados em fontes renováveis de energiatomando por base os e-mailsrecebidos, com sugestões, perguntasetc.

Ao longo da sua existência oCresesb vem se preocupando emdivulgar informações sobre as ener-gias solar e eólica por diversosmeios. Desde 1995 a instituiçãotrabalha na disponibilização deinformações através de uma HomePage. Muitas foram as modificaçõesefetuadas nas páginas desde quan-do, de forma discreta, informavamsobre metas e ações para aqueleano.

As páginas experimentaram mu-danças significativas, incluindo,atualmente, os seguintes links:

BibliotecaUm primeiro desafio foi a dispo-

nibilização do acervo da Bibliotecana página. O cadastramento daspublicações que compõem esseacervo foi feito utilizando o sistemaMicro ISIS, o que gerou o banco dedados para a consulta on-line naInternet. Hoje, pesquisadores de todoo Brasil podem consultar o acervo.Além da Biblioteca on-line, foi implan-tada a Biblioteca Virtual que (atravésde links) permite o acesso a sites deoutras bibliotecas, bases de dados elivrarias nacionais e estrangeiras.

Quanto às publ icações doCresesb, estão disponíveis compossibilidade de captura de parte dosarquivos para consulta off line.

Guia de FontesO guia de fontes arrola instituições

nacionais que atuam nas áreas deenergia solar e eólica. Inclui umformulário para atualização e cadas-tramento. É, hoje, integrado por maisde 100 instituições.

Projetos ImplementadosTrata-se de uma descrição de

cada projeto, com as principaiscaracterísticas e fotos dos sistemas.Hoje, este link conta com aproxi-madamente 40 projetos sobre eletri-ficação rural, bombeamento, siste-mas eólicos e aplicações diversas.Também é possível fazer downloaddo documento final com as fotos edescrição dos sistemas.

Equipamentose Fabricantes

Com o cadastramento das publi-cações do acervo da Biblioteca, foipossível reunir os catálogos deequipamentos e fabricantes. Formou-se, assim, um banco de dados com

Ricardo DutraEngenheiro/Cresesb

• Divulga as entidades financi-adoras de projetos nas áreas deenergia eólica e solar descre-vendo suas linhas de crédito.Inclui links com sites de outrosorganismos financiadores.

• Divulga as principais licitaçõesno Brasil na área de fornecimen-to de equipamentos e serviços naárea de energia solar e eólica.

• Lista os principais eventos nacio-nais e internacionais que serãorealizados nos próximos mesesindicando data, local de reali-zação e contatos.

• São exibidos sites de diversasinstituições nacionais e estran-geiras envolvidas com energiasolar e eólica.

http://www.cepel.br/crese/cresesb.htm

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4 C R E S E S B I N F O R M E

3º Missão Start do Programa SolarPACES

m 1996 o Brasil se associouao Programa Cooperativo

SolarPACES (Solar Power andChemical Energy Systems), daAgência Internacional de Energia. Oprojeto objetiva o estudo e desenvol-vimento das tecnologias heliotér-micas para a geração de eletricidadee a sua comercialização. As tecno-logias de geração heliotérmica (GHE)vêm sendo aprimoradas nos paísesdesenvolvidos desde 1976. Somentena Califórnia foram instalados apro-ximadamente 354 MW de potênciaelétrica. Ali existem plantas queoperam ou operaram por mais de dezanos. Dentre as tecnologias usadasem GHE, destacam-se: concentradorcilíndrico parabólico; receptor central(torre central); disco parabólico; echaminé solar.

Diversos países demonstraraminteresse por esta forma de geraçãode eletricidade benigna para o meioambiente. No Brasil, existe grandepotencial de aplicação para a GHEque ainda não foi explorado. Atual-mente, o Cepel desenvolveu umpormenorizado estudo de viabi-lidade sobre o potencial de utilizaçãodessas tecnologias pelo setor elétricobrasileiro; o projeto sub-sidiará as decisões so-bre o desenvolvimentofuturo dessas tecno-logias no País.

O Cepel foi desig-nado pelo Ministério deMinas e Energia (MME)como responsável pelaparticipação brasileira. Daí, comoresultado da sua atuação no Projetodo Solar PACES, foi realizada, emmaio de 1997, a Missão START(Solar Thermal Analysis Review andTraining) no Brasil. Esta é uma dasvárias atividades cooperativas doGrupo de Trabalho I do ProjetoSolarPACES.

A Missão START objetivou identi-ficar a utilização em potencial dastecnologias e as oportunidades de

No Brasil existegrande potencialde aplicação para

a GeraçãoHeliotérmica deEletricidade que

ainda não foiexplorado.

mercado, bem como informar sobreas necessidades de adaptação parafuturos desenvolvimentos das tecno-logias de GHE adequadas ao setorelétrico brasileiro. A comitiva damissão foi integrada pelos espe-cialistas: Greg Kolb (Sandia, EUA,coordenador da missão); PatríciaCordeiro (Sandia, EUA); Michael

Epstein (Inst i tutoWeizmann, Israel);Michae l Geyer eManuel Blanco (Pla-taforma Solar de Al-meria-DLR, Espanha/Alemanha).

Diversas ativida-des foram realizadas

durante a Missão START, que seestendeu de 5 a 9 de maio, a saber:reunião de trabalho com a Cemig evisita aos sítios de Januária e Itaca-rambi no norte de Minas Gerais (dias5 e 6); workshop no Cepel sobreGeração Heliotérmica de Eletricidade(dias 7 e 8); reunião de trabalho comengenheiros da Cemig, Chesf, Cepele professores universitários, para adiscussão e apresentação dos pro-gramas de dimensionamento de

sistemas heliotérmicos, com ênfasenos programas Delsol e Solergy.

O objetivo do workshop foi identificaro uso potencial das tecnologiasheliotérmicas e as oportunidades demercado no Brasil para o desen-volvimento de projetos de geração solarpor parte do setor elétrico. Durante osdois dias de atividades compareceramaproximadamente 50 pessoas, repre-sentando empresas de energia dosetor elétrico brasileiro, fabricantes deequipamentos e bens de capital,projetistas, organizações não gover-namentais.

O seminário foi patrocinado peloMinistério de Minas e Energia,Cresesb e Programa SolarPACES daAgência Internacional de Energia. Aorganização do evento foi coorde-nada pelo pesquisador EvandroCamelo, da Área de Mecânica doCepel, com apoio do pessoal doCresesb. Quanto ao relatório daMissão START, já está disponível emsua versão final.

Apresentação de Patrícia Cordeiro - Sandia EUA

EE

Evandro CameloPesquisador/Cepel

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§ 5C R E S E S B I N F O R M E

Casa Solar: exemplo a sermultiplicado em todo o País

Hamilton MossPesquisador/CEPEL

A programação da Casa Solarpara os próximos meses inclui:

Visitas orientadas; monitoramentopara avaliação do desempenhobioclimático; palestras; cursos detreinamento.

Sala de controle e monitoramento da Casa Solar

Casa Solar é parte do seg-mento residencial do Centro de

Aplicação de Tecnologias Eficientes— Cate, e do Cresesb na suaestratégia de formação de centros dedemonstração. O imóvel foi construídonas instalações do Cepel, na Ilha doFundão, Rio de Janeiro.

O Cresesb financiou aproxima-damente 50% dos custos tendocontribuído com R$ 30 mil. As outrasdespesas foram financiadas peloProdeem, Procel e Cepel (que forne-ceu a mão-de-obra necessária àrealização do empreendimento).

O objetivo principal da Casa Solaré divulgar a tecnologia de utilizaçãoda energia solar fotovoltaica etérmica, bem como das técnicas decombate ao desperdício energéticoentre técnicos, professores e estu-dantes.

São as seguintes as principaistécnicas em demonstração:

• Controles e sistemas alter-nativos para redução do consumode eletricidade (sensores depresença, controladores de car-gas, coletores solares para aque-cimento de água, painéis foto-voltaicos),• Painel fotovoltaico fixo parafornecimento de energia elétrica,• Sistema de painéis fotovoltaicoscom rastreamento automático;• Sistema de telecomando paraexemplificação de técnicas de geren-ciamento do lado da demanda;• Novos equipamentos para fatura-mento de energia elétrica, taiscomo medidores eletrônicos dedupla tarifa e medidores deampère-hora;

AA

• Técnicas de monitoração não-invasiva de consumo residencialpara pesquisa de posse e hábitosquanto ao uso de eletrodomés-ticos,• Sistema heliotérmico para aque-cimento de água;• Medidas comparativas do consumoenergético dos eletrodomésticosdisponíveis no mercado;•Sistemas eficientes de iluminação

O interesse despertado pela CasaSolar pode ser avaliado pelas fre-qüentes visitas de grupos de profes-sores e estudantes.

As visitas dos estudantes sãoregistradas através de um ques-tionário respondido por cada parti-cipante visando avaliar seu interessepelas tecnologias solar e eólica. Asrespostas obtidas nesses questi-onários indicam que a divulgaçãodas aplicações da energia solar vemsendo plenamente atingida.

Características TécnicasSistema Elétrico

Painéis fotovoltaicos fixos: 1450 WpPainéis fotovoltaicos móveis: 543 WpBanco de baterias: 3,2 kAh (32 unid.)Tensão do banco de baterias: 48VccAutonomia: 72 HorasInversor: 48Vcc/120Vca/60Hz - 4kWTensão de distribuição: 120Vca

Carga (equipamentos)

Refrigerador: 85W (293 litros)Microondas: 1,3 kWLiquidificador: 0,35 kWFerro de passar roupa: 1kWVentiladores: 0,18 kWComputadores: 0,75 kWIluminação: 0,5 kW

Sistema Heliotérmico

Painel heliotérmico: 600 WpÁrea do painel: 1m2

Eficiência: 60%Capacidade do reservatório: 150lTemp. média do reservatório: 550 C

Sistema de Bombeamento

Capacidade 500l./horaTensão da Bomba: 12VccAlimentação: 2 módulos fotovoltaicos

1 - Painél fotovoltaico2 - Iluminação pública3 - Painel rastreador4 - Bombeamento5 - Sala de Controle6 - Banco de Baterias7 - Cozinha8 - Auditório9 - Banheiro

10 - Sala de Eficiência energética

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6 C R E S E S B I N F O R M E

Eletrificação rural fotovoltaica: obrigatoriedade do acompanhamento sistemático

FF oi em março de 1995 que o grupo de Pesquisas em FontesAlternativas de Energia da Universidade Federal de

Pernambuco - FAE/UFPE começou a avaliação de projetos deeletrificação rural com energia fotovoltaica (FV), do tipo SolarHome Systems (SHS).

O processo de avaliação envol-veu os projetos apoiados peloNational Renewable Energy Labo-ratory - NREL nos estados dePernambuco e Ceará e foi viabilizadopor intermédio de convênio firmadoentre a Universidade Federal dePernambuco - UFPE e o Centro dePesquisas em Energia Elétrica daEletrobrás - Cepel, com a coope-ração das concessionárias de ener-gia Celpe e Coelce.

Na primeira avaliação foramexaminados 60 sistemas (30 SHS emcada estado), totalizando 733 com-ponentes vistoriados (módulos,baterias, lâmpadas...). Até entãoexistiam em operação 325 sistemasem Pernambuco e 414 no Ceará. Osresultados dessa primeira avaliaçãoencontram-se disponíveis no relatóriointitulado Avaliação Técnico-Socialdos Projetos de Eletrificação Ruralcom Sistemas Fotovoltaicos nosEstados de Pernambuco e Ceará.

Além dos resultados e aspectostécnicos apresentados no relatório,observaram-se alguns pontos rela-cionados com a assistência aosusuários, manutenção dos equi-pamentos e disponibilidade decomponentes e acessórios parareposição.

Entre os comentários e observa-ções assinalados no relatório desta-cam-se:

• A constatação de que a energi-zação rural fotovoltaica traz bene-fícios sociais e econômicos e nãoprejudica o meio-ambiente.

• O acompanhamento dos proje-tos, a assistência técnica e manu-tenção dos equipamentos sãoindispensáveis para a tecnologiafotovoltaica; desses requisitosdepende o êxito dos projetos.• A capacitação dosusuários e de técni-cos é fundamentalpara a utilizaçãodessa nova formade energia nas di-versas etapas doprojeto: instalação,manutenção e as-sistência técnica.Em abril mais uma vistoria foi

realizada em Pernambuco, quandoos sistemas completavam três anosde operação. Foi uma boa oportu-nidade para reavaliar os sistemas, asconsiderações do primeiro relatórioe, ainda, aprender um pouco maissobre o impacto dessa tecnologia nomeio rural.

Seguem-se algumas observaçõesquanto aos aspectos gerais e técni-cos nessa nova inspeção:

Aspectos Gerais

• Com a iluminação, as famílias eos amigos ficam um pouco mais

reunidos. Junto ao rádio ou TVsão realizadas tarefas antespraticamente impossíveis, comoler e costurar à noite. Há um nívelrazoável de satisfação com aeletrificação fotovoltaica.• De maneira geral, não ocorre-ram mudanças econômicas signi-ficativas.

• Em algumas regiões a eletrifi-cação convencional fora insta-lada. Com a chegada da eletrifi-cação convencional, os sistemasFV — que já cumpriram o papelde antecipar a luz — foram rema-nejados para outras localidades,proporcionando iluminação anovos usuários.

A luz elétrica, na área rural, tem oefeito de reunir as pessoas, domesmo modo, a de origem fotovol-

taica, proporcionando,portanto, a satisfaçãoda aproximação nascomunidades. Em al-gumas regiões, noentanto, a carência debens de todos os gê-neros, bem como afalta de perspectivasexistenciais são consi-deráveis. Com isso,

somente a chegada da luz elétricacom sistemas fotovoltaicos (ilumi-nação) não é um vetor significativode mudança das condições sociaisdas famílias e comunidades. Énecessário mais: basicamente,oportunidades e recursos paradesenvolver atividades produtivas(de subsistência), acompanhadas deprogramas de educação e assistên-cia em matéria de saúde.

Aspectos Técnicos

• Desempenho dos módulos -após três anos de operação, osgeradores fotovoltaicos apresen-

Manutenção dos painéisfotovoltaicos

A luz elétrica,na área rural,tem o efeitode reunir as

pessoas

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§ 7C R E S E S B I N F O R M E

Eletrificação rural fotovoltaica: obrigatoriedade do acompanhamento sistemáticooi em março de 1995 que o grupo de Pesquisas em FontesAlternativas de Energia da Universidade Federal de

Pernambuco - FAE/UFPE começou a avaliação de projetos deeletrificação rural com energia fotovoltaica (FV), do tipo Solar

taram, sistematicamente, ummenor desempenho: uma redu-ção de aproximadamente 9% emseus parâmetros operacionais. Atabela abaixo mostra um resumocomparativo entre os resultadosobtidos, para os mesmos siste-mas, em 1995 e 1997.

• Falhas e defeitos - Os resultadosobtidos ratificam que o geradorfotovoltaico é o componente queapresenta o menor percentual dedefeito. Em 1997, à semelhança davistoria de 1995, apenas um únicomódulo foi encontrado danificado.O número de baterias descar-regadas aumentou de 2 para 16,de um total de 81 e 66 examinadasem 1995 e 1997, respectivamente.As luminárias (suportes, lâmpadas,inversores e interruptores) con-tinuam não operando em condi-ções adequadas. Quanto ao núme-ro de lâmpadas queimadas, au-mentou de 9 em 1995 para 25 em1997 (totais de 162 e 112, respec-tivamente).

O aumento de baterias descarre-gadas pode ser justificado por seutempo de vida útil ( de três anos atrês anos e meio). Lamentavelmente,embora envolvam menores custos, asluminárias continuam operando emcondições não adequadas e, quandodanificadas (queimadas ou quebra-das), não estão sendo logo substi-tuídas — em alguns casos essasubstituição leva de um a seis meses.Um longo tempo sem energia, podeacarretar uma atitude de indiferençado usuário pelo sistema FV e, emconseqüência, uma volta ao antigouso do querosene. Sistemas de R$ 1mil a R$ 2 mil podem tornar-seinoperantes devido à falta de compo-nentes que custam de R$ 1 a R$ 80.

Ressalte-se que a falta de envol-vimento dos usuários na gestão desse

novo sistema energético contribui paraa continuação dessa situação. Paraesses mesmos usuários, continuasendo lógico pensar que, se alguémlhes trouxe o sistema, outra pessoadeverá recolocar ou reparar as lâm-padas ou baterias. Essa forma decomportamento faz parte tradicio-nalmente de sua realidade.

Portanto, é fundamental a realiza-ção de inspeções e campanhas deinformação sistemáticas que abor-dem o uso racional da energiaproporcionada pelo sistema FV, bemcomo os cuidados básicos quedevem ser adotados; os usuáriosprecisam saber o que devem e o quenão devem fazer com o sistema. Issoleva um certo tempo e requer aten-ção especial.

Um exemplo a ser seguido seriaa capacitação técnica de algunsdentre os usuários das própriasregiões — tornando-os agentestécnicos e capazes de solucionarpequenos problemas.

Os resultados obtidos não devemser desestimulantes. Iniciativas

Valores médios após um (1995) e três anos de operação (1997)

Resumo dos resultados experimentais

Elielza BarbosaGrupo de Pesquisas em

Fontes Alternativas/UFPE

pioneiras como as que vêm sendoimplementadas pelas companhias deenergia, muito particularmente aCelpe, permitem experimentar nocampo, em condições reais deoperação, o desempenho de novossistemas energéticos e avaliar aspossibilidades técnicas e sócio-econômicas dessas tecnologias.

Residências dotadas de painéis nointerior de Pernambuco

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8 C R E S E S B I N F O R M E

Na sua primeira fase, o Prodeemlevou energia elétrica a 117 comuni-dades em 18 estados do Brasil,beneficiando aproximadamente 50mil pessoas. As aplicações consi-deradas nesta fase foram de carátercomunitário, incluindo escolas,igrejas, centros comunitários, siste-mas de bombeamento de água,iluminação pública e clínicas desaúde.

Os investimentos na primeira fasedo Prodeem, da ordem de R$ 1,5milhão, englobam todo o processo decompra e instalação dos equipa-mentos. Para as próximas duas fasesforam destinados cerca de R$ 8milhões. Os processos de licitaçãointernacional para a compra dosequipamentos para estas fases jáforam concluídos.

O processo de instalação dosequipamentos durante a Fase 1(coordenado pelo Cepel) integrou aatuação dos coordenadores esta-duais, empresas concessionárias deenergia elétrica, secretarias esta-duais, entidades municipais, escolastécnicas e empresas privadas. Estaexperiência permitiu que fossepreservada a filosofia básica de açãodescentralizada sem prejuízo dosprazos, qualidade e custos de insta-lação dos equipamentos.

Face à grandequantidade deequipamentos aser instalada em1998, as estraté-gias deverão serrevistas em reu-niões programa-das pela coorde-nação com os a-gentes regionais.Esta reunião pro-piciará a elabo-ração de cartilhasaos agentes regio-nais e usuários bem como a apre-sentação de manuais de instalaçõesàs empresas instaladoras.

A coordenação trabalha no sentidode divulgar o Programa nos maisdiferentes fóruns nacionais e inter-nacionais, motivando novos parcei-ros a se agregarem. Neste sentidodeve ser destacada a participação daEletrobrás, Petrobrás, Incra, Sebrae,SAE, Fundação Banco do Brasil,Fundação Teotonio Vilela. O senti-mento de eficácia do processo podeser percebido pelo interesse departicipar despertado em entidades decooperação multilateral ou bilateral,como o Banco Mundial, GlobalEnvironment Facility, Programa dasNações Unidas para o Desenvolvi-

Prodeem : realizações e progressos

* instalados ** em aquisição

Número de sistemas e potência total

Resultados observados nas comunidadesatendidas pelo Prodeem:

• aumento do número de alunos com a escola noturna;

• incremento da produção de alimentos com a irrigação comunitária egeração de emprego e renda;

• maior acesso à informação e conscientização com a TV-comunitáriae a TV-escola.

OO

Luciano QuintansDNDE-MMEJorge Lima

Pesquisador/Cepel

mento, Banco Interamericano deDesenvolvimento e outras.

Ainda existem desafios a seremenfrentados pelo Programa; o prin-cipal refere-se a englobar os usuáriosprivados criando linhas de créditoespeciais que levem em conta acapacidade de pagamento e a possi-bilidade de agregar valor da energiaà produção rural. Outro aspectoimportante é o treinamento daspessoas dessas comunidades paraa operação, manutenção e coleta derecursos destinados à posição deelementos do sistema.

Na página seguinte, fotografiasdas comunidades atendidas peloProdeem mostram exemplos daimportância desse Programa para ascomunidades desprovidas de energiaelétrica, que, pela primeira vez, podemexperimentar a utilização comunitáriadeste insumo para o desenvolvimento.

Programa de Desenvolvimento Energético de Estados e Municípiosconcebido e coordenado pelo Ministério de Minas e Energia, é uma

iniciativa que visa levar energia elétrica às comunidades ruraisdesassistidas, utilizando recursos naturais, renováveis não poluentesdisponíveis nas próprias localidades. Dentre as vantagens dessa iniciativadevem ser destacados o desenvolvimento social e econômico de áreasrurais, com impactos diretos no nível de emprego e a conseqüente reduçãodos ciclos migratórios em direção aos centros urbanos.

** ***

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Dr. Severiano, Rio Grande do Norte. Naslocalidades de Junco, Lagoa do Arroz eSanta Luzia, foram instalados oitosistemas eletrificando cinco escolas, umposto de saúde e uma igreja.

Torrão do Matapi, município deMacapá. Uma das nove comunidadesdo Estado do Amapá a ser atendidacom dois sistemas para eletrificaçãoda escola e do posto de saúde.

Prodeem : realizações e progressos

Para implementar um projeto emseu Estado ou Município, entre emcontato com o Coordenador Esta-dual ou :Ministério de Minas e Energia - MMESecretaria de Energia - SENDepto. Nacional de Desenvol-vimento Energético - DNDEEsplanada dos Ministérios - Bloco“U”- 5º. andar - BrasíliaTelefone (061) 319-5012,Fax (061) 224-1973

O primeiro Projeto-Pólo do Prodeem foiinstalado em outubro de 1995 na comuni-dade de Boa Sorte (Mato Grosso do Sul) epermitiu o atendimento à escola local(iluminação, equipamento de vídeo e antenaparabólica), bem como o suprimento de água,a instalação de horta comunitária e ofuncionamento de um Centro Comunitário.

O Município de Dianópolis foi o primeirodo Estado de Tocantins a ser beneficiadocom a instalação de cinco sistemas paraeletrificação da escola, do posto de saúdee do centro comunitário além de umsistema de bombeamento d'água.

Moça Santa, no Municí-pio de Chapada do Nor-te, foi uma das 14 comu-nidades de Minas Ge-rais beneficiadas naFase 1 do Prodeem coma eletrificação da esco-la,do centro comunitário,da clínica e da igrejaalém de um sistema debombeamento d'água.

Distribuição estadual das 117 comunidades

atendidas na Fase 1

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empresa alemã Enercon,fabricante de aerogeradores

de grande porte, GmbH, instalou noBrasil uma subsidiária cuja razãosocial é Wobben Windpower Indús-tria e Comércio Ltda.

A Enercon é líder em tecnologiae vendas. Além de deter 40% domercado da Alemanha atende oexterior, comercializando seu produtopara dez países. A sua fábrica emAurich produz aproximadamente 10MW/semana. Este sucesso se veri-fica, principalmente, pelo aspectoinovativo da sua tecnologia. Amáquina líder de vendas: E-40 / 500kW, não possui engrenagens multi-plicadoras; o eixo da turbina é,portanto, acoplado diretamente aoeixo do gerador, multipolo, permitindooperação em rotação variável; as pásapresentam controle de passo ebaixo nível de emissão de ruídos.

No final do primeiro semestre de1997 foram lançados no mercadomáquinas de nova geração: em escalade MW - o aerogerador do tipoE-66/ 1.500 kW. Essas máquinasapresentam conceito semelhante àE-40, embora com pás de 33 m e altu-ra da torre de 70 m. Desde seulançamento, venderam-se 40 máqui-nas E-66.

A Wobben Windpower está sedia-da em Sorocaba, São Paulo, numterreno de 72.000 m2 dos quais9.000 m2 de área construída. Asubsidiária brasileira já está fabri-cando pás de 20 m de diâmetro e

exportando para a Alemanha. Espe-ra-se para muito breve o início daprodução dos aerogeradores E-40em um ritmo de 50 máquinas/ano. AWobben começa a marcar presençano cenário nacional ao vencer aconcorrência pública da Coelce parainstalação de dois parques eólicos de15 MW e 5 MW que serão implan-tados, respectivamente, na Prainha,município de Aquiraz, e em Taíba,município de São Gonçalo do Ama-rante, ambos no litoral cearense.Serão utilizados 30 aerogeradores E-40 fabricados pela Enercon.

A Wobben, segundo seu diretor,Pedro Ângelo Vial, investiu nesteprojeto visando não obter lucro, mas

na expectativa de contribuir para acriação de um mercado nacional, jáque a tarifa paga pela Coelce de48,12 R$/MWh está aquém dospreços internacionais. Ele acreditaque poderá haver alguma compen-sação porque a característica datecnologia permitirá um possível fatorde capacidade de 40% e um fator dedisponibilidade superior a 96%.

Quanto à formação e expansãode um mercado interno no País,segundo Pedro Vial, é essencial umalegislação, para o produtor inde-pendente, que crie mecanismoscapazes de favorecer os recursosenergéticos de baixo impacto ambi-ental.

Aerogeradores Enercon E-40 (500kW cada)

AA

Ventos brasileiros atraemfabricante de geradores

A partir de um convite da Agên-cia Internacional de Energia, noâmbito do Programa Sistemas dePotência Fotovoltaicos - PVPS, oBrasil participou da 9a Reunião doComitê Executivo, na cidade deVejle na Dinamarca.

Na ocasião foi apresentado oprograma nacional, na área desistemas fotovoltaicos com desta-que para a ação institucional daaplicação da tecnologia fotovol-taica no setor rural dentro doPrograma de DesenvolvimentoEnergético para Estados e Municí-pios - Prodeem.

Essa participação resultou naformalização do convite para inte-

Maurício MoszkowiczCoord. ACEL/Cepel

Brasil integrará Agência Internacional de Energiagração oficial do País no PVPS.

Esse programa conta atualmentecom a participação de 17 paísesinteressados em desenvolver tecno-logias e compartilhar experiências naárea de aplicação de sistemasfotovoltaicos.

O PVPS é organizado a partir desete grupos temáticos de aplicaçãofotovoltaica: 1. Intercâmbio e disse-minação de informações; 2. Desem-penho operacional e projetos desistemas FV; 3. Uso de sistemas FVisolados; 4. Modelagem de sistemasde geração FV; 5. Aplicações dis-persas de sistemas FV integrados àrede; 6. Projeto e operação desistemas FV para geração em larga

escala; 7. Aplicações de sistemasFV em fachadas. As atividades sãodivididas em tarefas, pelos paisesmembros, abordadas por sub-grupos e consolidadas em duasreuniões anuais.

Neste encontro foi constatadaa importância da participação doBrasil, pela possibilidade de aces-so ao material produzido e princi-palmente pela consonância com asatividades ora desenvolvidas noPaís, notadamente as contidas nosgrupos 1, 2, 3 e 4.

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Bem, foi uma grande alegria desco-brir a Home-Page de vocês, pois nósestamos contruindo o que deverá sero protótipo de um carro movido aenergia solar.Para isso gostaria que, na medida dopossível, nos mandassem suges-tões sobre onde conseguir painéissolares e/ou onde encontrar maioresreferências sobre alguma empresaque já tenha desenvolvido projetosnesta área, em território brasileiro.A nossa equipe é formada por umengenheiro eletrônico, um enge-nheiro elétrico, um engenheiromecânico, e mais quatro apaixo-nados por carros que, nas horaslivres dedicam para manter estesonho de ter o nosso “clube de finalde semana” com atividades relacio-nadas a energias alternativas visan-do a sua utilização em veículosautomotores.Desde já agradecendo a atenção.Claus Kich.Cresesb - Gostamos da sua idéia demontar um carro solar. Estamosseparando alguns artigos e folhetosna nossa biblioteca para poder envia-los para você. Torcendo para que oseu projeto dê certo e no que depen-der de informações, pode contarconosco.Você pode encontrar em nossa HomePage uma lista de instituições (na-cionais com descrições e contatos)que facilitará a tarefa de encontraros fornecedores das placas. Na lista(quem-é-quem) você deve procurarem fabricantes e representantesnacionais.Mantenha contato via e-mail emande o seu endereço para quepossamos enviar nossos informes e

informes sobre o que está aconte-cendo no Brasil e no mundo emrelação às fontes alternativas deenergia. Para recebê-las, basta enviarseu endereço. Quanto a um esquemade turbina eólica, podemos enviar umacópia de um dos nossos catálogos deturbinas com maiores detalhes.

as demais publicações .O Cresesbpatrocinou um projeto de carro solarnacional que foi feito em São Paulo.Estamos procurando o relatório doprojeto e também o enviaremos. Naexposição de tecnologia solar eeólica que ocorreu no ano passadono Parque do Ibirapuera, foi apresen-tado um protótipo de carro solar.

Eu sou estudante da PUC-SP, ondecurso Ciências Biológicas. Precisofazer um seminário de Física sobreEnergia Eólica. Acho que vocês jácomeçaram a entender.Fiquei impressionado quando procu-rei esse tema na Internet, e acheivocês aqui no Brasil; gostei muito dapágina, é bem legal.Eu gostaria desaber se vocês podem me ajudar. Eupreciso de material para o seminário,pode ser qualquer coisa, fotos,animações, informativos, vídeos,esquemas de turbinas etc.Gostaria de receber uma respostabreve, dizendo se vão me ajudar ounão.Desde já agradeço a atenção, esperoque possa contar com vocês !!!Renato Taraborelli.Cresesb - Recebemos seu e-mail egostariamos de poder ajudá-lo no seutrabalho sobre energia eólica. Aprincípio sugerimos que você dê umaolhada na nossa Home Page no linkde projetos implantados no Brasil. Alívocê encontrará informações sobretrês projetos: Uma fazenda eólica emMinas Gerais, uma turbina em Fer-nando de Noronha e um super-projeto na Praia de Mucuripe, Forta-leza. Lá você vai encontrar deta-lhamento e fotos dos projetos.Aqui no Cresesb temos publicado

Gostaria de instalar uma unidade degeração de energia elétrica a partirde células fotovoltaicas em umapropriedade rural.Assim, muitoapreciaria se os senhores pudessemme ajudar no sentido de iniciar esseprojeto.Obrigado pela atenção, Jaime

Cresesb - Nós aqui do Cresesb, temosuma puplicação que irá ajuda-lo. Trata-se do Manual de Engenharia paraSistemas Fotovoltaicos . Este manualabrange toda a área da tecnologiafotovoltaica desde a concepção deenerg ia so lar a té pro je tos emanutenção dos sistemas. Éperfeitamente possível iniciar umprojeto através deste manual. Eleencontra-se à venda aqui no Cresesb.Caso queira adquirí-lo, basta efetuarum depósito de R$ 30 na seguinteconta:CEPEL - Banco do BrasilAgência: 3652-8UFRJ - Conta: 9014-X

Feito isso, envie um fax com a cópiado comprovante de depósito com seunome completo e endereço para quepossamos enviar o manual.Tenho certeza de que será de ex-trema utilidade para seu projeto, poisengloba todas as fases de um projetosolar fotovoltaico.

Correio Eletrô[email protected]@fund.cepel.br

Instalação do sistema híbrido de Joanes - PA

Reunião GTEE/GTESForam realizadas em Belém-

PA no período de 3 a 6 de Junhode 1997 a 3 a Reunião do GTEE(Grupo de Trabalho de EnegiaEólica) e a 10a Reunião do GTES(Grupo de Trabalho de EnergiaSolar). Esse Encontro contoucom a presença de mais dequarenta especialistas de todo oBrasil, representando diversosdos principais grupos atuantesnas áreas de energia solar eeólica.

Dentre as atividades desen-volvidas durante o evento,destacaram-se: palestras abor-dando os recursos solar eeólico; informes institucionaisdas principais instituições pre-sentes na reunião; relatório dasatividades dos grupos; curso desistemas híbridos e a visita aoSistema Híbrido de Joanes bemcomo à planta de geraçãotérmica (Diesel) de Salvaterrana ilha de Marajó.

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IMPRESSO

CENTRO DE PESQUISAS DE ENERGIA ELÉTRICA(Empresa do Sistema ELETROBRÁS)SEDE:Av. Um s/nCidade UniversitáriaRio de Janeiro - RJ - BRASILTel.: (021) 598-2112 Fax.: (021) 260-1340

CEPELCentro de Pesquisasde Energia Elétrica

Eventos27abril - 1 maio 1998Windpower' 98Inf. Adicionais:American WindEnergy Association (AWEA)Sarah AlexanderTel: 202-383-2500E-mail: [email protected]:// www.ases.org/solar

22-26 junho 19989th SolarPACES InternationalSymposium on Solar ThermalConcentrating Technologies -Odeillo - FranceInf. Adicionais: G. FlamantTel: 04-68-307758 Fax: 68-302940 E-mail: [email protected] [email protected]

6-10 julho 19982nd World Conference andExhibition on Photovoltaic SolarEnergy Conversion. Viena - ÁustriaEnglobando:15th European Photovoltaic SolarEnergy Conference27th US-IEEE Photovoltaic SpecialistsConference e10th Asia/Pacific Photovoltaic Scienceand Engineering Conferencehttp://www.wip.tnet.de

20-25 setembro 19985th Renewable Energy Congress.Florence - ItáliaInformações Adicionais: A. Sayigh -Congress ChairmanTel: 44(0) 1189611365Fax: 44(0) 1189611365 E-mail: [email protected]

Programa Xingó é uma inicia-tiva pioneira de reutilização

das instalações do canteiro de obrasda Usina Hidrelétrica de Xingó,transformando-as num centro depesquisas científicas e regionaissocio-econômicas e de tecnologiaaplicada com o objetivo de darsuporte à indução do desenvol-vimento integrado e auto-sustentadono Semi-Árido nordestino.

O Programa beneficiará 29 muni-cípios próximos à Usina localizada nabacia hidrográfica do Rio São Fran-cisco, entre Canindé(SE) e Piranhas(AL).

Ele consiste na implantação deum centro de integração científicacom nove áreas temáticas: Educa-ção; Fontes Alternativas de Energia;Recursos Hídricos e Qualidade daÁgua; Aqüicultura; Atividades Agro-pastoris; Solo, Clima e Meio Am-biente; Turismo e Hotelaria; Arque-

ologia e Patrimônio Histórico eEcologia e Biodiversidade da Caa-tinga.

Iniciativa multidisciplinar, o Pro-grama tem como instituição fun-dadoras/patrocinadoras a Chesf e oCNPq e, como fundadoras/colabo-radoras, o INPE, o Cepel, a Embrapae as Universidades Federais dePernambuco, Bahia, Alagoas eSergipe, contando com o apoio doPrograma Comunidade Solidária.

Em outubro último foi instalado emXingó um centro de demonstração detecnologias de fontes alternativasdenominado Casa Laboratório Eóli-co-Solar. Esse laboratório dispõe deequipamentos doados pelo CEPEL :gerador eólico de 1.500 W, geradorfotovoltaico de 720 W e banco debaterias de 1480 Ah e tornoueletricamente autosuficiente umalojamento da vila.

CRESESBCRESESBIInformenformeIInformenforme

END. POSTALCEPELCaixa Postal 2754Rio de Janeiro - RJ - BRASILCEP 20001-970

END. TELEGRÁFICO: CEPELETROTelex: (21) 21035 CEPE BR

http://www.cepel.br/crese/cresesb.htme-mail : [email protected]

Montagem daCasa LaboratórioEólico-Solar

OO

Programa Xingóajudará 29 municípios