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São considerados crimes ambientais toda e qualquer ação que causar poluição de qualquer natureza que resulte ou possa resultar em danos à saúde ou que provoque a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora. Enquadram-se nesses casos: • Tornar uma área, urbana ou rural, imprópria para ocupação humana • Causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que momentânea, dos habitantes das áreas afetadas, ou que cause danos diretos à saúde da população • Causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento público de água de uma comunidade • Dificultar ou impedir o uso público das praias • Lançar resíduos sólidos, líquidos ou gasosos ou detritos, óleos ou substâncias oleosas em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou regulamentos • Deixar de adotar, quando assim o exigir a autoridade competente, medidas de precaução em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversível. Confira alguns casos especiais: • Executar pesquisa, lavra ou extração de resíduos minerais sem autorização, permissão, concessão ou licença ou em desacordo com a obtida • Produzir, processar, embalar, importar, exportar,

Crimes Ambientais

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Crimes ambientais degragam os habitates naturais culminando deste modo com a extinção de varios animais como também com a poluição do meio ambiente.

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Page 1: Crimes Ambientais

São considerados crimes ambientais toda e qualquer ação que causar poluição de qualquer

natureza que resulte ou possa resultar em danos à saúde ou que provoque a mortandade de

animais ou a destruição significativa da flora.

Enquadram-se nesses casos:

• Tornar uma área, urbana ou rural, imprópria para ocupação humana

• Causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que momentânea, dos habitantes

das áreas afetadas, ou que cause danos diretos à saúde da população

• Causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento público de água de

uma comunidade

• Dificultar ou impedir o uso público das praias

• Lançar resíduos sólidos, líquidos ou gasosos ou detritos, óleos ou substâncias oleosas em

desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou regulamentos

• Deixar de adotar, quando assim o exigir a autoridade competente, medidas de precaução em

caso de risco de dano ambiental grave ou irreversível.

Confira alguns casos especiais:

• Executar pesquisa, lavra ou extração de resíduos minerais sem autorização, permissão,

concessão ou licença ou em desacordo com a obtida

• Produzir, processar, embalar, importar, exportar, comercializar, fornecer, transportar,

armazenar, guardar, ter em depósito ou usar produto ou substância tóxica, em desacordo com a

lei (se o produto ou a substância for nuclear ou radioativa, a multa a ser paga é aumentada ao

quíntuplo)

• Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar estabelecimentos, obras ou serviços

potencialmente poluidores, sem licença ou autorização ou contrariando as normas legais e

regulamentos

• Disseminar doença, praga ou espécies que possam causar dano à agricultura, à pecuária, à

fauna, à flora ou aos ecossistemas

• Conduzir, permitir ou autorizar a condução de veículo automotor em desacordo com os limites

e exigências previstas em lei

Page 2: Crimes Ambientais

• Importar ou comercializar veículo automotor sem licença para uso da configuração de veículos

ou moto expedida pela autoridade competente

• Alterar ou promover a conversão de qualquer item em veículos ou motores, que provoque

alterações nos limites e exigências ambientais previstas em lei. 

Introdução

Um dos principais problemas ambientais da atualidade é a poluição dos rios. Enquanto alguns

países da Europa desenvolveram planos eficientes de despoluição dos rios, o Brasil continua com

uma grande quantidade de rios poluídos.

Causas e Consequências

São vários os elementos que os homens despejam nos rios, causando com isso diversos

problemas ambientais.

Em muitas cidades, o sistema sanitário é precário (falta adequada de planejamento urbano) e o

esgoto doméstico é jogado diretamente nos rios sem receber o devido tratamento. Este esgoto é

um dos principais causadores da morte de peixes nos rios. Este tipo de poluição também causa o

mau cheiro e o desenvolvimento de microrganismos nos rios, facilitando a proliferação de

doenças em casos de enchentes.

Os produtos químicos que muitas indústrias despejam na rede de esgoto e nos rios também

provocam a morte de peixes e de outros tipos de vida que costumam habitar as águas dos rios.

Embora esta prática seja crime ambiental no Brasil, ainda é muito comum, principalmente, em

locais onde a fiscalização do poder público não existe ou é ineficiente.

A poluição dos rios também é provocada pelo lixo sólido, principalmente doméstico, que é

descartado dentro dos rios. Com o tempo este lixo vai se acumulando, provocando o

assoreamento do rio. Quando ocorrem chuvas de grande intensidade, a vasão do rio diminui e

provoca alagamento nas margens, causando enchentes e graves prejuízos para as pessoas que

moram nas proximidades.

Page 3: Crimes Ambientais

Soluções para não provocar a poluição dos rios:

- Pessoas e empresas não devem jogar lixo dentro dos rios;

- Investimentos do setor público no tratamento de esgoto;

- Os governos devem punir rigorosamente pessoas e empresas que poluem os rios.

- Os governos não devem permitir a ocupação irregular próxima às margens dos rios.

Mais de metade da população brasileira não possui acesso ao tratamento de esgoto. Despejo

irregular prejudica a qualidade das águas

Larissa Straci, para o Boletim InfoAmbiental.

O despejo de esgoto sem tratamento nos rios, lagos e mares está afetando a qualidade das águas

brasileiras e têm se tornado um problema ambiental, social e de saúde pública. Dados do

Instituto Trata Brasil, divulgados no último mês de outubro apontam que de todo o esgoto

produzido no país, apenas 38% passa por algum tipo de tratamento. Isso significa que mais de

100 milhões de brasileiros, mais da metade da população do país, não possui acesso aos serviços

de saneamento básico e todo esgoto produzido por essa população é despejado in natura em

nossos mananciais. O levantamento, intitulado Ranking do Saneamento mostra que a coleta de

esgotos chegou a 61,40% da população nas 100 maiores cidades do Brasil e à somente 48,1% no

restante do país, no ano de 2011.

“Desde os anos de 1970, a prioridade dos governos foi levar água de qualidade para as pessoas,

mas houve um descaso generalizado com o esgoto. Algumas regiões, como o Sudeste se

desenvolveram mais rapidamente e estão mais avançadas, mas regiões como o Norte e Nordeste

são as que mais sofrem com este descaso histórico”, enfatiza Édison Carlos, presidente do

Instituto Trata Brasil.

Page 4: Crimes Ambientais

Álvaro José Menezes da Costa, presidente da Companhia de Saneamento de Alagoas (CASAL) e

vice-presidente da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES), comenta

que as água superficiais estão sendo agredidas de forma muito acentuada. “Ao longo de muitos

anos as cidades vêm crescendo sem planejamento e sem controle, levando a uma expansão

habitacional muito superior ao crescimento de sistemas de coleta/tratamento de esgotos e

drenagem urbana. Assim, rios, lagoas e mares sofrem com o lançamento de esgotos in natura e

de águas servidas que não são coletadas por sistemas públicos de esgotamento sanitário ou,

muitas vezes, são lançadas em redes de drenagem de forma clandestina ou até intencional”,

aponta. Segundo Menezes da Costa, problemas na gestão dos serviços provocam o transbordo de

esgoto em áreas públicas, o que acaba chegando aos corpos d’água e se infiltrando no solo.

Mauro Banderali, especialista em instrumentação hidrometeorologica da Ag Solve, explica que

embora a disponibilidade de água no Brasil seja imensa, é preciso garantir sua qualidade para as

gerações futuras. “Por isso, ao detectar contaminantes nas reservas de água subterrânea e

superficial, é necessário tomar medidas para evitar o agravamento do problema causado pelo

esgoto. É necessário que se invista em tecnologia para que as gerações futuras possam desfrutar a

imensa quantidade de água disponível no território brasileiro com qualidade”, aponta.

Problema de saúde pública

A falta de sistemas de esgotos nas cidades é sem dúvidas um problema de saúde pública, pois

pode provocar doenças que são transmitidas por meio hídrico ou pelo contato direto com o

esgoto. “O estudo “Esgotamento Sanitário Inadequado e Impactos na Saúde da População”,

realizado pelo Trata Brasil, mostrou que em 2011, quase 400 mil pessoas foram internadas por

diarreia no Brasil. São números expressivos que representam uma grande parcela de um

montante gasto em saúde pública no país. O estudo mostrou também que cidades que investiram

em saneamento básico ao longo dos anos hoje chegam a gastar 40 vezes menos em saúde do que

as cidades que nada investiram e convivem com as doenças da água poluída”, confirma Édison

Carlos, do Trata Brasil.

Para Álvaro José Menezes da Costa os esgotos a céu aberto ou decorrentes de sistemas fossa-

sumidouro também podem trazer danos à saúde pública.

Page 5: Crimes Ambientais

“Nos últimos anos, é visível a relação entre gastos no Sistema Único de Saúde (SUS) e ausência

de redes de esgoto. Mais de 88% das mortes por diarreia no mundo decorrem de falta de redes de

esgoto e no Brasil este número é superior a 80%. Em 2011, mais de R$ 140 milhões foram gastos

com internação pelo SUS para tratamento de diarreias no Brasil”, salienta o presidente da

CASAL.

Mauro Banderali defende que o tratamento do esgoto deve ser realizado para garantir a saúde da

população e o acesso à água de qualidade. “Mesmo que a água for utilizada para fins não

potáveis, deve-se atingir um padrão mínimo de qualidade e monitorar a quantidade de compostos

químicos que estão presentes na água. Iniciativas para recuperar a qualidade das águas dos rios,

mares e lagos são essenciais para a saúde das próximas gerações”.

1. Como o lançamento de esgotos nos rios provoca a morte dos seres aeróbios? 

- O esgoto aumenta a matéria orgânica nos rios e, por conseguinte o surgimento de bactérias

aeróbias, as quais consumem o oxigênio disponível no rio prejudicando e causando mortes do

demais seres aeróbios. 

2. No que consiste o processo de eutrofização? 

Consiste no acúmulo de nutrientes e matéria orgânicas em ambientes aquáticos. 

3. Quais são os danos provocados pela poluição do petróleo no mar? 

Ao entrar em contato com o mar, o petróleo contamina as águas provocando a morte dos seres

vivos existentes, como peixes e corais. Também contamina o solo fazendo com que a área

localizada se torne improdutiva e tóxica. E dificulta a passagem do oxigênio.