Crimes de Preconceito de Raça, Cor, Etnia, Religião e

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    CRIMES DE PRECONCEITO DE RAÇA, COR, ETNIA, RELIGIÃO EPROCEDÊNCIA NACIONAL - Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989 

    VALDINEI CORDEIRO COIMBRAMestrando em Direito Penal Internacional pela Universidad de Granada-Espanha

    Especialista em Direito Penal e Processual Penal pelo ICAT/UNIDFEspecialista em Gestão Policial Judiciária – APC/Fortium

    Coordenador do www.conteudojuridico.com.brChefe da Assessoria Jurídica do Varjão - DFDelegado de Polícia Civil do Distrito Federal

    Ex-analista judiciário do TJDFEx-agente de polícia civil do DFEx-agente penitenciário do DF

    Ex-policial militar do [email protected]

     Antecedentes histór icos.

    Até 1831 vigorava no Brasil as ordenações de Portugal, as ordenações doReino, as Filipinas. Referidas ordenações não punia a discriminação, muito pelo

    contrário, à época a sociedade fomentava, avalizava, obrigava a discriminação. OEstado impunha que judeus ou mouros usassem um sinal de identificação, ou seja, oEstado impunha um tratamento desigual para determinadas categorias de pessoas,isso sem contar que éramos um país escravocrata, que, em regra, não prega osprincípios de igualdade entre as pessoas, até por que os escravos eram tidos comoobjetos.

    O Código Penal de 1830, que entrou em vigor no ano seguinte, assimcomo a Constituição de 1824, não trazia disposições visando o combate àdiscriminação, muito pelo contrário só havia fomento, só havia estimulo àdiscriminação.

    O Código Penal de 1830 e o de 1890 tratavam os escravos de forma

    diferenciada quando eram autores de crimes ou vítimas de crimes. Enquanto autoresde crimes, eles eram considerados pessoas para fins de punição (pena de morte, degalés ou acoite), enquanto vítimas eles eram considerados objetos (coisas) de furto,de abuso sexual, pois eram usados pelo patrão para o meretrício (as escravas).

    Em 28 de setembro de 1855, foi aprovada a Lei do Sexagenário, dandoliberdade aos escravos que completassem 60 anos, no entanto isso acabou porbeneficiar os senhores de escravos que ficavam livres de sustentar os escravosidosos que não conseguia trabalhar.

    Em 28 de setembro de 1871, surge a  Lei do Ventre Livre concedendoliberdade aos filhos da mulher escrava, no entanto, em regra, o recém nascido,atrelado à mãe, também acabava por ficar sob às ordens dos seus senhores.

    Na sequência, a escravatura foi abolida no Brasil em 13 de maio 1888,com a Lei Áurea, tornando livre todos os escravos no território brasileiro, porém o

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    Estado brasileiro não promoveu políticas públicas para inseri-los no mercado detrabalho, deixando os negros libertos a toda sorte de dificuldade, recebendo todacarga de discriminação e de preconceito por parte da sociedade.

    Após a abolição da escravatura, na vigência dos Códigos Penais de 1890 eo de 1940, ainda não houve a tipificação de dispositivos penais no sentido de

    combater a discriminação racial, muito pelo contrário, pois o Código Penal de 1890tipificava como crime a apresentação da capoeira, que tem suas raízes na culturaafricana, ou seja, a própria lei, o próprio Estado fomentava a discriminação.

    Tivemos uma lacuna em relação à discriminação e o preconceito no Brasil,pois a primeira Lei foi em 1951, chamada Lei Afonso Arinos (Lei n. 1390/51 de 3 de

     julho de 1951) que previa como contravenção penal a discriminação de raça ou cor .A lei não teve sucesso, foi pouco aplicada, no entanto foi modificada acrescentando-se a discriminação de natureza sexual ou de estado civil, pela Lei n. 7.437/85, sendoque para muitos doutrinadores as contravenções relacionadas à sexualidade e aoestado civil da referida Lei ainda está em pleno vigor.

    Em 1969 o Brasil assinou a Convenção Internacional sobre a eliminaçãode todas as formas de discriminação racial , firmada em 1965 em Nova York, noentanto não promoveu nenhuma alteração no ordenamento jurídico para incrementaro combate à discriminação racial.

    Com a Constituição Federal de 1988 é que a discriminação no Brasilpassou a ter outro foco, considerando que no seu artigo 4º, previu que o Brasil nassuas relações internacionais rege-se pelo princípio do repúdio ao racismo,estabelecendo ainda que a prática de racismo constitui crime inafiançável  eimprescritível, sujeito à pena de reclusão (art. 5º, XLII). Assim, temos umfundamento constitucional e outro Internacional.

    Em 05 de janeiro de 1989, surge a Lei A Lei nº 7.716, definindo os crimesresultantes de discriminação  e preconceito  de raça, cor , etnia, religião  eprocedência nacional, que sofreu duas alterações substanciais pelas Leis nº 9.459,de 15/05/97 que também criou a injúria racial, acrescentando o §3º no art. 140 do CPe a Lei nº 12.288, de 20 de julho de 2010, que trata do Estatuto da Igualdade Racial.

    Fundamento Constituc ional:

    •  Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relaçõesinternacionais pelos seguintes princípios: [...] VIII - repúdio ao terrorismo e aoracismo.

    •  Art. 5º [...] - XLII - a prática do racismo  constitui crime inafiançável  e

    imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei.

    Convenção Internacional:•  Convenção Internacional sobre a eliminação de todas as formas de

    discriminação racial (Nova York, 1965), ratificada pelo Brasil pelo Decreto n.65.810, de 08/12/1969, que foi promulgada pelo Decreto n. 4.738, de12/06/2003.

    •  International Convention on the Suppression and Punishment of the Crime ofApartheid – New York – 1973.

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     A Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989

    Art. 1º Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação oupreconceito de raça, cor , etnia, religião ou procedência nacional. (Redação dadapela Lei nº 9.459, de 15/05/97)

    •  Discriminação racial  – segundo Andreucci, “expressa a quebra doprincípio da igualdade, como distinção, exclusão, restrição oupreferência, motivado por raça, cor, sexo, idade, trabalho, credo religiosoou convicções políticas”.

    •  Racismo: crenças que estabelecem uma hierarquia entre as raças,entre as etnias. Atitude de hostilidade em determinada categorias depessoas. Fenômeno cultural.

    •  Preconceito racial: opinião ou sentimento favorável ou desfavorável emrelação à raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Pode surgirde uma experiência ocorrida no dia-a-dia ou imposta pelo meio deconvivência.

    •  Raça:  definida como grupos em que se subdivide a espécie humana(raça branca, amarela, negra).

    •  Cor : coloração da pele em geral (branca, preta, amarela, vermelha,parda)

    •  Etnia: conjunto de características de uma coletividade de indivíduos, quese diferenciam, normalmente pela religião, idioma, maneiras de agir(índios, árabes, judeus, etc).

    •  Religião: crença ou culto praticado por um grupo de pessoas (social),manifesta-se através de doutrina ou ritos próprios (católica, protestante,

    espírita, mulçumana, islamita etc)•  Procedência nacional: lugar de origem da pessoa, nação (italiano,

     japonês, português, árabe, etc). Pode-se incluir a discriminação emrelação à procedência interna (nordestino, mineiro, goiano, carioca, etc.).

    •  Racismo x injúria racial (injúria qualificada): O § 3º do art. 140, doCP, acrescido pela Lei nº 9.459/97, estabelece como crime de injuriaracial ou injúria qualificada, para aquele injuriar alguém: “Se a injúriaconsiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião,origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência”. Apena para injúria qualifica é de reclusão de um a três anos e multa.

    TJRJ - “Crime contra a honra. Injúria. Expressões dirigidas à querelantecom nítido propósito ofensivo. Acurado exame de prova realizado emprimeiro grau. Sentença mantida. Consiste o crime da queixa em ‘injuriaralguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro’, assumindo essaofensa conotação mais grave quando encerra uso de elementos raciaise feita em público, na presença de outras pessoas. Se o quereladonecessitava atender a outro compromisso, impossibilitado pelo colocardo carro da querelante atrás do seu, isto não lhe dava o direito a tratar aquerelante do modo como o fez, ao dizer-lhe por mais de uma vez‘desce neguinha, desce neguinha, que quero tirar meu carro ’. Foinítido o seu desejo de ferir, de ofender a honra da querelante, ainda queno seu perfil, consoante atestaram várias testemunhas, essa situação

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    causasse surpresa. Recurso desprovido” (TJRJ – AP 1.850/2003 – Rel.Cláudio Tavares de Oliveira – j. 09.12.2003 – RDTJRJ 63/320).

    •  Racismo x Redução a condição análoga à de escravo: O Art. 149 do CP,prevê no crime de redução à condição análoga a de escravo um causa de

    aumento de pena de até metade, se o crime for praticado por motivos de raça,cor, etnia ou origem. Aqui, se trata de um crime contra a liberdade individualque possui a seguinte redação:

    Art. 149 - Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quersubmetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quersujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, porqualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com oempregador ou preposto: Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa,além da pena correspondente à violência.§ 2o A pena é aumentada de metade, se o crime é cometido:[...]II – por motivo de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou origem.

    •  Racismos x Tortura  9.455/97 – Art. 1º Constitui crime de tortura: I -constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhesofrimento físico ou mental: [...] c) em razão de discriminação racial  oureligiosa: Pena - reclusão, de dois a oito anos.

    •  Discriminação em razão da deficiência: Se a discriminação for em razão dedeficiência, o fato constitui crime previsto no art. 8º, da Lei 7.853/89, conformesegue:

    Art. 8º Constitui crime punível com reclusão de 1 (um) a 4

    (quatro) anos, e multa:I - recusar, suspender, procrastinar, cancelar ou fazer cessar,sem justa causa, a inscrição de aluno em estabelecimento deensino de qualquer curso ou grau, público ou privado, por motivosderivados da deficiência que porta;

    II - obstar, sem justa causa, o acesso de alguém a qualquercargo público, por motivos derivados de sua deficiência;

    III - negar, sem justa causa, a alguém, por motivos derivadosde sua deficiência, emprego ou trabalho;

    IV - recusar, retardar ou dificultar internação ou deixar deprestar assistência médico-hospitalar e ambulatorial, quando

    possível, à pessoa portadora de deficiência;V - deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo motivo,a execução de ordem judicial expedida na ação civil a que aludeesta Lei;

    VI - recusar, retardar ou omitir dados técnicos indispensáveisà propositura da ação civil objeto desta Lei, quando requisitadospelo Ministério Público.

    Art. 2º (Vetado).

    Art. 3º Impedir  ou obstar  o acesso de alguém, devidamente habilitado, a qualquer

    cargo da  Administ ração Direta ou Indireta, bem como das concessionárias  deserviços públicos.

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    Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, por motivo de discriminação deraça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, obstar a promoção funcional.(Incluído pela Lei nº 12.288, de 2010)

    Pena: reclusão de dois a cinco anos.

    •  Conduta: “impedir” (impossibilitar, interromper) e “obstar” (obstruir,obstaculizar) o acesso ou a promoção funcional.

    •  Consumação: com o efetivo impedimento ou obstrução do acessoao cargo, independentemente do posterior acesso pelo sujeitopassivo.

    •  Tentativa: É possível quando for possível fracionar o iter crimines.•  Sujeito ativo: qualquer pessoa que esteja ligada à Administração

    Direta ou Indireta.•

      Sujeito passivo: O Estado e, secundariamente, a pessoadevidamente habilitada ao cargo.•  Elemento subjetivo: dolo de discriminação ou preconceito de raça,

    cor, etnia, religião ou procedência nacional.•  Objeto jurídico tutelado: direito a igualdade, respeito à personalidade

    e à dignidade da pessoa.•  Sexo e Estado Civil: Se a discriminação ou preconceito for

    decorrente do sexo ou estado civil, o fato caracteriza contravençãopenal prevista no art. 8º, da Lei n. 7.437/85

    •  Deficiência: Se o impedimento se der em razão de deficiência, o fatoconstitui crime previsto no art. 8º, inc. II, da 7.853/89, punido com

    reclusão de 1 a 4 anos e multa.

    Art. 4º Negar  ou obstar  emprego em empresa privada.

    § 1o  Incorre na mesma pena quem, por motivo de discriminação de raça ou decor ou práticas resultantes do preconceito de descendência ou origem nacional ouétnica: (Incluído pela Lei nº 12.288, de 2010)

    I - deixar   de conceder os equipamentos necessários ao empregado emigualdade de condições com os demais trabalhadores; (Incluído pela Lei nº 12.288, de2010)

    II - impedir   a ascensão funcional do empregado ou obstar   outra forma de

    benefício profissional; (Incluído pela Lei nº 12.288, de 2010)III - proporcionar   ao empregado  tratamento diferenciado  no ambiente de

    trabalho, especialmente quanto ao salário. (Incluído pela Lei nº 12.288, de 2010)§ 2o Ficará sujeito às penas de multa e de prestação de serviços à

    comunidade, incluindo atividades de promoção da igualdade racial, quem, emanúncios ou qualquer outra forma de recrutamento de trabalhadores, exigir aspectosde aparência próprios de raça ou etnia para emprego cujas atividades não just if iquem essas exigências.

    Pena: reclusão de dois a cinco anos.

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    •  Sexo e Estado Civil: Se a discriminação ou preconceito fordecorrente do sexo ou estado civil, o fato caracteriza contravençãopenal prevista no art. 9º, da Lei n. 7.437/85

    •  Deficiência: Se o impedimento se der em razão de deficiência, o fatoconstitui crime previsto no art. 8º, inc. III, da 7.853/89, punido com

    reclusão de 1 a 4 anos e multa.

    Art. 5º Recusar   ou impedir   acesso a estabelecimento comercial, negando-se  aservir, atender ou receber cliente ou comprador.Pena: reclusão de um a três anos.

    •  Se a discriminação ou preconceito for decorrente do sexo ou estadocivil, o fato caracteriza contravenção penal prevista no art. 4º ou 6º,da Lei n. 7.437/85

    Art. 6º Recusar , negar   ou impedir a inscrição  ou ingresso de aluno emestabelecimento de ensino público ou privado de qualquer grau.Pena: reclusão de três a cinco anos.

    Parágrafo único. Se o crime for praticado contra menor de dezoito anos a pena éagravada de 1/3 (um terço).

    •  Expressão “agravada” foi utilizada de forma equivocada, pois deveriaser causa de aumento de pena (3ª fase da dosimetria da pena, art.68 do CP).

    •  Sexo ou Estado Civil: Se a discriminação ou preconceito fordecorrente do sexo ou estado civil, o fato caracteriza contravenção

    penal prevista no art.7º da Lei n. 7.437/85•  Deficiência: Se o impedimento se der em razão de deficiência, o fato

    constitui crime previsto no art. 8º, inc. I, da 7.853/89, punido comreclusão de 1 a 4 anos e multa.

    Art. 7º Impedir  o acesso ou recusar  hospedagem em hotel, pensão, estalagem, ouqualquer estabelecimento similar.Pena: reclusão de três a cinco anos.

    •  Se a discriminação ou preconceito for decorrente do sexo ou estadocivil, o fato caracteriza contravenção penal prevista no art. 3º, da Lein. 7.437/85

    Art. 8º Impedir   o acesso ou recusar   atendimento em restaurantes, bares,

    confeitarias, ou locais semelhantes abertos ao público.Pena: reclusão de um a três anos.

    Art. 9º Impedir   o acesso ou recusar  atendimento em estabelecimentos esportivos,casas de diversões, ou clubes sociais abertos ao público.Pena: reclusão de um a três anos.

    •  Se a discriminação ou preconceito for decorrente do sexo ou estadocivil, o fato caracteriza contravenção penal prevista no art.5º, da Lein. 7.437/85.

    Art. 10. Impedir   o acesso ou recusar   atendimento em salões de cabeleireiros,barbearias, termas ou casas de massagem ou estabelecimento com as mesmasfinalidades.

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    Pena: reclusão de um a três anos.

    Art. 11. Impedir  o acesso às entradas sociais em edifícios públicos ou residenciais eelevadores ou escada de acesso aos mesmos:Pena: reclusão de um a três anos.

    Art. 12. Impedir   o acesso ou uso de transportes públicos, como aviões, naviosbarcas, barcos, ônibus, trens, metrô ou qualquer outro meio de transporte concedido.Pena: reclusão de um a três anos.

    Art. 13. Impedir   ou obstar   o acesso de alguém ao serviço em qualquer ramo dasForças Armadas.Pena: reclusão de dois a quatro anos.

    Art. 14. Impedir  ou obstar , por qualquer meio ou forma, o casamento ou convivênciafamiliar e social.Pena: reclusão de dois a quatro anos.

    •  Os crimes previstos nos artigos desta lei, somente restarãoconfigurados se a recusa, o impedimento ou a obstrução ocorrer porpreconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.

    Art. 15. (Vetado).

    Art. 16. Constitui efeito da condenação a perda do cargo ou função pública, para oservidor público, e a suspensão do funcionamento do estabelecimento particular

    por prazo não superior a três meses.Art. 17. (Vetado).

    Art. 18. Os efeitos de que tratam os arts. 16 e 17 desta Lei não são automáticos,devendo ser  motivadamente declarados na sentença.

    Art. 19. (Vetado).

    Art. 20. Praticar , induzir   ou incitar   a discriminação ou preconceito de raça, cor,etnia, religião  ou procedência nacional. (Redação dada pela Lei nº 9.459, de

    15/05/97)Pena: reclusão de um a três anos e multa. 

    •  TJRJ – Se um compositor de música popular, ao elaborar a letra deuma de suas músicas, utilizou-se de expressão considerada de teorracista, mas sem ter a intenção de ofender quem quer que seja, poisagiu com o único propósito de realçar predicado de determinadapessoa de sua relação, não há que se falar em preconceito deraça, para cuja configuração não é bastante a mera referencia acor e aos cabelos da pessoa que teria inspirado , sendonecessário para aperfeiçoar o tipo delituoso o especial fim de agir,

    traduzindo na vontade livre e consciente de defender a um númeroindeterminado de pessoas da mesma raça (TJRJ – RDTJRJ, 39/415)

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    § 1º Fabricar , comercializar , distribuir   ou veicular   símbolos, emblemas,ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, parafins de divulgação do nazismo. (Redação dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)Pena: reclusão de dois a cinco anos e multa.

    Forma qualificada

    § 2º Se qualquer dos crimes previstos no caput é cometido por intermédio dos meiosde comunicação social ou publicação de qualquer natureza: (Redação dada pelaLei nº 9.459, de 15/05/97)Pena: reclusão de dois a cinco anos e multa.

    § 3º No caso do parágrafo anterior, o juiz poderá  determinar, ouvido o MinistérioPúblico ou a pedido deste, ainda antes do inquérito policial, sob pena dedesobediência: (Redação dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)I - o recolhimento imediato ou a busca e apreensão dos exemplares do materialrespectivo;II - a cessação das respectivas transmissões radiofônicas ou televisivas.III - a interdição das respectivas mensagens ou páginas de informação na redemundial de computadores. (Incluído pela Lei nº 12.288, de 2010)

    § 4º Na hipótese do § 2º, constitui efeito da condenação, após o trânsito em julgadoda decisão, a destruição do material apreendido. (Parágrafo incluído pela Lei nº9.459, de 15/05/97)

    Art. 21. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. (Renumerado pela Lei nº8.081, de 21.9.1990)

    Art. 22. Revogam-se as disposições em contrário. (Renumerado pela Lei nº 8.081, de21.9.1990)

    Brasília, 5 de janeiro de 1989; 168º da Independência e 101º da República.

    Felizmente foram poucos os casos que a Justiça brasileira se deparou comsituações de racismo, sendo que recentemente recebeu destaque nos meiosmidiáticos a decisão proferida no HC 82424, referente à publicação de escritos comataques contra a comunidade judaica, de relatoria do Ministro Moreira Alves,conforme segue ementa:

    STF - HC 82424. PUBLICAÇÃO DE LIVROS: ANTI-SEMITISMO.RACISMO. CRIME IMPRESCRITÍVEL. CONCEITUAÇÃO.ABRANGÊNCIA CONSTITUCIONAL. LIBERDADE DE EXPRESSÃO.LIMITES. ORDEM DENEGADA. 1. Escrever, editar, divulgar e comerciarlivros "fazendo apologia de idéias preconceituosas e discriminatórias"contra a comunidade judaica (Lei 7716/89, artigo 20, na redação dadapela Lei 8081/90) constitui crime de racismo sujeito às cláusulas deinafiançabilidade e imprescritibilidade (CF, artigo 5º, XLII). 2.Aplicação do princípio da prescritibilidade geral dos crimes: se os judeus

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    não são uma raça, segue-se que contra eles não pode haverdiscriminação capaz de ensejar a exceção constitucional deimprescritibilidade. Inconsistência da premissa. 3. Raça humana.Subdivisão. Inexistência. Com a definição e o mapeamento dogenoma humano, cientificamente não existem distinções entre os

    homens, seja pela segmentação da pele, formato dos olhos, altura,pêlos ou por quaisquer outras características físicas, visto quetodos se qualificam como espécie humana.  Não há diferençasbiológicas entre os seres humanos. Na essência são todos iguais. 4.Raça e racismo.  A divisão dos seres humanos em raças resul ta deum processo de conteúdo meramente político-social.  Dessepressuposto origina-se o racismo que, por sua vez, gera adiscriminação e o preconceito segregacionista.  5. Fundamento donúcleo do pensamento do nacional-socialismo de que os judeus e osarianos formam raças distintas. Os primeiros seriam raça inferior,nefasta e infecta, características suficientes para justificar a segregaçãoe o extermínio: inconciabilidade com os padrões éticos e moraisdefinidos na Carta Política do Brasil e do mundo contemporâneo, sob osquais se ergue e se harmoniza o estado democrático. Estigmas que porsi só evidenciam crime de racismo. Concepção atentatória dosprincípios nos quais se erige e se organiza a sociedade humana,baseada na respeitabilidade e dignidade do ser humano e de suapacífica convivência no meio social. Condutas e evocações aéticas eimorais que implicam repulsiva ação estatal por se revestirem de densaintolerabilidade, de sorte a afrontar o ordenamento infraconstitucional econstitucional do País. 6.  Adesão do Brasi l a tratados e acordosmultilaterais, que energicamente repudiam quaisquer discriminaçõesraciais, aí compreendidas as distinções entre os homens por restriçõesou preferências oriundas de raça, cor, credo, descendência ou or igemnacional ou étnica, inspiradas na pretensa superioridade de um povosobre outro, de que são exemplos a xenofobia, "negrofobia","islamafobia" e o anti-semitismo. 7. A Constituição Federal de 1988impôs aos agentes de delitos dessa natureza, pela gravidade erepulsividade da ofensa, a cláusula de imprescritibilidade, para quefique, ad perpetuam rei memoriam, verberado o repúdio e a abjeção dasociedade nacional à sua prática. 8. Racismo. Abrangência.Compatibilização dos conceitos etimológicos, etnológicos, sociológicos,

    antropológicos ou biológicos, de modo a construir a definição jurídico-constitucional do termo. Interpretação teleológica e sistêmica daConstituição Federal, conjugando fatores e circunstâncias históricas,políticas e sociais que regeram sua formação e aplicação, a fim deobter-se o real sentido e alcance da norma. 9. Direito comparado. Aexemplo do Brasil as legislações de países organizados sob a égide doestado moderno de direito democrático igualmente adotam em seuordenamento legal punições para delitos que estimulem e propaguemsegregação racial. Manifestações da Suprema Corte Norte-Americana,da Câmara dos Lordes da Inglaterra e da Corte de Apelação daCalifórnia nos Estados Unidos que consagraram entendimento que

    aplicam sanções àqueles que transgridem as regras de boa convivênciasocial com grupos humanos que simbolizem a prática de racismo. 10. A

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    edição e publicação de obras escritas veiculando idéias anti-semitas,que buscam resgatar e dar credibilidade à concepção racial definida peloregime nazista, negadoras e subversoras de fatos históricosincontroversos como o holocausto, consubstanciadas na pretensainferioridade e desqualificação do povo judeu, equivalem à incitação ao

    discrímen com acentuado conteúdo racista, reforçadas pelasconseqüências históricas dos atos em que se baseiam. 11. Explícitaconduta do agente responsável pelo agravo revelador de manifesto dolo,baseada na equivocada premissa de que os judeus não só são umaraça, mas, mais do que isso, um segmento racial atávica egeneticamente menor e pernicioso. 12. Discriminação que, no caso, seevidencia como deliberada e dirigida especificamente aos judeus, queconfigura ato ilícito de prática de racismo, com as conseqüênciasgravosas que o acompanham. 13. Liberdade de expressão. Garantiaconstitucional que não se tem como absoluta. Limites morais e jurídicos.O direito à livre expressão não pode abrigar, em sua abrangência,manifestações de conteúdo imoral que implicam ilicitude penal. 14. Asliberdades públicas não são incondicionais, por isso devem serexercidas de maneira harmônica, observados os limites definidos naprópria Constituição Federal (CF, artigo 5º, § 2º, primeira parte). Opreceito fundamental de liberdade de expressão não consagra o "direitoà incitação ao racismo", dado que um direito individual não podeconstituir-se em salvaguarda de condutas ilícitas, como sucede com osdelitos contra a honra. Prevalência dos princípios da dignidade dapessoa humana e da igualdade jurídica. 15. "Existe um nexo estreitoentre a imprescritibilidade, este tempo jurídico que se escoa semencontrar termo, e a memória, apelo do passado à disposição dos vivos,triunfo da lembrança sobre o esquecimento". No estado de direitodemocrático devem ser intransigentemente respeitados os princípios quegarantem a prevalência dos direitos humanos. Jamais podem se apagarda memória dos povos que se pretendam justos os atos repulsivos dopassado que permitiram e incentivaram o ódio entre iguais por motivosraciais de torpeza inominável. 16. A ausência de prescrição nos crimesde racismo justifica-se como alerta grave para as gerações de hoje e deamanhã, para que se impeça a reinstauração de velhos e ultrapassadosconceitos que a consciência jurídica e histórica não mais admitem.Ordem denegada. (HC 82424, Relator(a): Min. MOREIRA ALVES,

    Relator(a) p/ Acórdão: Min. MAURÍCIO CORRÊA, Tribunal Pleno, julgado em 17/09/2003, DJ 19-03-2004 PP-00017 EMENT VOL-02144-03 PP-00524)

    EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

    1) DEFENSOR PUBLICO/MS - 2009 - VUNESP - questão 30. É crime de preconceito,definido na Lei n.º 7.716/89, (cód. Q32986)

    a) impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso.

    b) ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico,de causar-lhe mal injusto e grave.

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    c) reduzir alguém à condição análoga à de escravo, submetendo- lhe a trabalhosforçados.d) impedir o acesso às entradas sociais em edifícios públicos ou residenciais eelevadores ou escada de acesso aos mesmos.

    2) TÉCNICO JUDICIÁRIO - TJRR - 2006 - CESPE (Penal, questão 94). Acerca da leique define os crimes resultantes de raça ou de cor, assinale a opção incorreta. (cód.Q05115)a) O crime de racismo, concebido pela Constituição da República, é inafiançável eimprescritível, ou seja, o Estado poderá, a qualquer tempo, punir o autor do delito.b) Os crimes oriundos de discriminação ou preconceito de raça, cor, religião, etnia ouprocedência nacional são sempre dolosos.c) Se o crime de injúria, previsto no Código Penal, consistir na utilização de elementosque digam respeito a cor, raça, etnia, religião, origem ou orientação sexual, o autor dodelito terá a sua pena acrescida, mesmo que a injúria tenha sido proferida naausência do ofendido.d) Na prática da chamada tortura-discriminatória, é possível que o agente, além deresponder pela tortura como crime autônomo, seja também responsabilizado pelocrime de racismo.

    3) Exame OAB/SP 2008 - CESPE - edição 135 (Proc. Penal, questão 67). Patrícia,vendedora em uma butique, recusou o acesso de Latifa, mulher muçulmana, à loja, enegou-se a atendê-la, por acreditar que, pelo modo como estava trajada, Latifa nãotinha o perfil de compradora daquele estabelecimento. Na ocasião, Patrícia deixoutransparecer que se considerava superior a Latifa. Considerando a situação hipotéticadescrita, assinale a opção correta. (cód. Q19844)a) Os elementos subjetivos do delito são o dolo e a culpa.b) No delito em questão, pune-se o preconceito, que resultou em atitudesegregacionista, pouco interessando a eventual alegação da comerciante de queLatifa, pessoa discriminada, não teria o perfil de cliente daquela loja.c) O sujeito ativo do delito limita-se ao gerente.d) O delito em questão é prescritível.

    4) ESCRIVÃO DE POLÍCIA SUBSTITUTO - 2008 - PC/RN - CESPE (questão 88). Emrelação aos crimes hediondos (Lei n.º 8.072/1990) e aos crimes resultantes de

    preconceitos de raça ou de cor (Lei n.º 7.716/1989), assinale a opção correta. (cód.Q25852)a) Os crimes hediondos e a prática de terrorismo são imprescritíveis e insuscetíveisde anistia, graça, indulto ou fiança.b) A pena pela prática de crime hediondo deve ser cumprida em regime integralmentefechado.c) O participante que denunciar à autoridade a quadrilha formada para prática decrime hediondo, possibilitando seu desmantelamento, ficará isento de pena.d) Não constitui crime de racismo a simples recusa de atendimento a uma pessoa, namesa de um bar, em razão da cor de sua pele.e) A Lei n.º 7.716/1989 não considera crime de racismo o ato preconceituoso contra

    homossexual praticado em razão da opção sexual da vítima.

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    5) DELEGADO DE POLÍCIA - PCSC - 2008 - PRÓPRIA (Legislação Especial, questão42). Analise as alternativas a seguir e assinale a correta. (cód. Q09437)a) O crime de injúria qualificada pelo preconceito de raça, cor, etnia, religião, origemou condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência, por se assemelhar aoscrimes resultantes de preconceito de raça ou de cor, é de ação penal pública

    incondicionada e imprescritível.b) Constitui crime de racismo a conduta de constranger alguém com emprego deviolência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental em razão dediscriminação racial.c) A Lei n. 7.716/89, que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou decor, não prevê figuras típicas que incriminem o preconceito em razão de sexo, estadocivil e opção sexual.d) Se o indivíduo é impedido ou obstado de exercer algum direito seu em função desua religião, o crime será de constrangimento ilegal e não de racismo, pois não hápreceito na Lei n. 7.716/89 incriminando este tipo de discriminação.

    6) JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO TRF 5.ª Região - 2005 - CESPE – Caderno FREVO.133. Consoante entendimento do STF, constitui crime de racismo escrever livrofazendo apologia de idéias preconceituosas e discriminatórias contra a comunidade

     judaica, no sentido de que os judeus seriam raça inferior, nefasta e infecta,características suficientes para justificar a segregação e o extermínio. (cód. Q29299)a) Verdadeirob) Falso

    Gabarito: 1 – D, 2 – C, 3 – B, 4 – E, 5 – C, 6 – V

    REFERÊNCIAS

    ANDREUCCI, Ricardo Antonio. Legislação penal especial. 8 ed. São Paulo: Saraiva,2011.

    BANCO DE QUESTÕES do WWW.CONTEUDOJURIDICO.COM.BR . Disponívelem: . Acesso em: 13

     jan. 2012.

    CAPEZ, Fernando. Curso de direito penal - Legislação penal especial v. 4. 7 ed. SãoPaulo: Saraiva, 2012.

    GOMES, Luiz Flavio; CUNHA, Rogério Sanches. Legislação criminal especial. 2ª ed.São Paulo: Revista dos Tribunais, 2010.

    NUCCI, Guilherme de Souza, Leis penais e processuais penais comentadas. 5 ed.São Paulo: Revista dos Tribunais, 2010.

    SILVA, José Geraldo da. BONINI, Paulo Rogério. Leis Penais Especiais anotadas.Coordenador: Wilson Lavorenti. 12 ed. Campinas, SP: Millennium Editora, 2011.

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