25
Aula 00 Criminologia e Legislação Específica p/ DEPEN - Agente Penitenciário Federal (cargo 9) Professor: Alexandre Herculano 00000000000 - DEMO

Criminologia e Legislação Específica p/ Concurso DEPEN

Embed Size (px)

Citation preview

  • Aula 00

    Criminologia e Legislao Especfica p/ DEPEN - Agente Penitencirio Federal (cargo 9)

    Professor: Alexandre Herculano

    00000000000 - DEMO

  • Agente Penitencirio Federal cargo 9 (rea 3) DEPEN Parte Especfica - Teoria e Exerccios

    Prof. Alexandre Herculano Aula 00

    Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 24

    SUMRIO PGINA

    1. Apresentao 1

    2. Cronograma 3

    3. Introduo 5

    4. Lei n 9.455, de 07 de abril de 1997 (Antitortura) 9

    5. Questes propostas 13

    6. Questes comentadas 17

    7. Gabarito 24

    Ol meus amigos (as) do Estratgia Concursos!

    Meu nome Alexandre Herculano e vamos iniciar o curso de

    Conhecimentos Especficos para o DEPEN - Agente Penitencirio

    Federal cargo 9 (rea 3), com base no recente edital publicado. Segue o link abaixo:

    http://www.cespe.unb.br/CONcursos/DEPEN_15/

    Sou Analista e trabalho no Ministrio da Justia que fica em

    Braslia. Alm desse, passei, tambm, para o TRT e TRF do Paran, MPU,

    Polcia Civil do Rio de Janeiro (Inspetor de Polcia, Oficial de Cartrio e

    Papiloscopista), Polcia Rodoviria Federal PRF, e outros. Sou formado

    Aula 00 (aula demonstrativa): Lei n 9.455, de 07 de

    abril de 1997 (Antitortura) parte I.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Agente Penitencirio Federal cargo 9 (rea 3) DEPEN Parte Especfica - Teoria e Exerccios

    Prof. Alexandre Herculano Aula 00

    Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 24

    em Administrao e Ps-Graduado em Gesto da Segurana Pblica e,

    cursando Percia Criminal e Cincias Forenses (MBA). Atuei, na SENASP,

    como Coordenador de Programas e Projetos Especiais na rea de

    Segurana Pblica. Hoje atuo na rea de Planejamento em Segurana.

    Como a maioria deve saber, foi publicado, recentemente, o to

    esperado edital, o Cespe/UnB o organizador da seleo. No vdeo,

    que estar disponvel em breve, vou falar mais sobre o concurso.

    Entretanto, gostaria de ressaltar que o nosso curso ser composto de

    aulas em pdf e videoaulas, ok? Nos vdeos vou focar mais

    jurisprudncias, dicas, questes e outros assuntos relevantes que

    surgirem durante o curso.

    Meus caros, so 120 vagas mais cadastro reserva! Outra coisa,

    vo corrigir 1200 redaes. Cabe lembrar, ainda, que a redao vale 80

    pontos e que a nossa matria (40 questes) ter peso 2. Dessa forma,

    fica notrio onde vocs devem focar mais sem deixar as outras matrias

    de lado. O salrio inicial ser de R$ 5.403,95, ou seja, uma tima

    remunerao!

    E a esto animados? Espero que sim, pois o primado para o

    sucesso nesta batalha. Quero dizer para vocs que estou nesta rea

    (concurso pblico) h 11 anos, e passei por muitas dificuldades no

    estudo, pois tinha que conciliar com o trabalho, o qual tinha hora para

    entrar, contudo, no tinha para sair, rsrs...Era gerente de um grande

    banco, cito isso, j que sei que muitos tm que fazer o mesmo, logo, digo

    para vocs que possvel, acreditem!!!

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Agente Penitencirio Federal cargo 9 (rea 3) DEPEN Parte Especfica - Teoria e Exerccios

    Prof. Alexandre Herculano Aula 00

    Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 24

    No vamos perder tempo! Estudando bem essa parte, vocs

    sairo na frente, j que muitos, ainda, no iniciaram os estudos!

    Pessoal qualquer dvida recorram ao FRUM, ser um prazer atend-los,

    ok?

    Este ser o cronograma do nosso curso:

    AULA CONTEDO DATA

    Aula 0 Lei n 9.455, de 07 de abril de 1997

    (Antitortura) parte I. 24/04

    Aula 1

    Lei n 9.455, de 07 de abril de 1997

    (Antitortura) parte II. Lei n 4.898, de 09 de dezembro 1965 (Abuso de autoridade) -

    parte I.

    03/05

    Aula 2 Lei n 4.898, de 09 de dezembro 1965

    (Abuso de autoridade) - parte II. 08/05

    Aula 3 Organizaes Criminosas e Lavagem de

    Dinheiro. Lei no 12.850/2013. 16/05

    Aula 4 Organizaes Criminosas e Lavagem de

    Dinheiro. Lei no 9.613/1998. 23/05

    Aula 5

    Noes de Criminologia e Poltica Criminal.

    Teorias penais e teorias criminolgicas

    contemporneas. Mecanismos institucionais

    de criminalizao: Lei penal, Justia

    28/05

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Agente Penitencirio Federal cargo 9 (rea 3) DEPEN Parte Especfica - Teoria e Exerccios

    Prof. Alexandre Herculano Aula 00

    Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 24

    Criminal e Priso.

    Aula 6

    Noes de Criminologia e Poltica Criminal.

    Processos de criminalizao e

    criminalidade. Cifra oculta da criminalidade.

    Sistema penal e estrutura social. Polticas

    dos servios penais no Estado Democrtico

    de Direito. Polticas de segurana pblica no

    Estado Democrtico de Direito e

    participao social. Mdia e criminalidade.

    04/06

    Aula 7 Lei n 12.846, de 1 de agosto de 2013

    (Anticorrupo). 08/06

    Aula 8

    Sistema Penitencirio Federal. Lei n

    11.671/2008. Decreto n 6.877/2008.

    RegulamentoPenitencirio Federal.

    13/06

    Aula 9 Simulado 18/06

    Observao importante: este curso protegido por direitos

    autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera,

    atualiza e consolida a legislao sobre direitos autorais e d

    outras providncias.

    Grupos de rateio e pirataria so clandestinos, violam a lei e

    prejudicam os professores que elaboram os cursos. Valorize o

    trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Agente Penitencirio Federal cargo 9 (rea 3) DEPEN Parte Especfica - Teoria e Exerccios

    Prof. Alexandre Herculano Aula 00

    Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 24

    atravs do site Estratgia Concursos.

    Ento vamos comear. Mas antes percam seis minutinhos para

    assistir esse vdeo, tenho certeza que muitos iro se animar.

    http://www.youtube.com/watch?v=qZIPGfzhzvM

    Introduo

    Pessoal, antes de entrar na Lei e na parte doutrinria, preciso

    saber que o Brasil foi signatrio de dois tratados internacionais, em que

    se obrigou a reprimir os crimes de tortura. O primeiro tratado foi a

    Conveno contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas Cruis,

    Desumanos e Degradantes, de 1984. O segundo tratado foi a Conveno

    Interamericana para Prevenir e Punir a Tortura, de 1985.

    Assim, a Constituio Federal, em seu art. 5, XLIII, disps que a lei considerar crimes inafianveis e insuscetveis de graa ou anistia a

    prtica de tortura, o trfico ilcito de entorpecentes e drogas afins, o

    terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo

    os mandantes, os executores e os que, podendo evit-los, se omitirem. No se trata de crime imprescritvel, uma vez que somente so

    considerados como tal o racismo e as aes de grupos armados,

    civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado

    Democrtico, no se admitindo nenhuma outra exceo em nosso

    ordenamento jurdico.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Agente Penitencirio Federal cargo 9 (rea 3) DEPEN Parte Especfica - Teoria e Exerccios

    Prof. Alexandre Herculano Aula 00

    Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 24

    Importante saber que tanto a CF/88 quanto a Lei de crimes

    hediondos equiparam o delito de tortura a crimes hediondos, dando-

    lhes o mesmo tratamento penal e processual penal. Observe que a tortura

    no crime hediondo, pois no est no rol da Lei 8.072/90, mas apenas

    equiparada a hediondos.

    O crime de tortura, salvo excees legais, crime comum,

    podendo ser praticado por qualquer pessoa, no se exigindo a condio

    especial de funcionrio pblico. Fiquem atentos que isso j foi abordado

    em prova, vejamos:

    "(Cespe - TJ - Juiz substituto) Julgue os itens.

    Sendo crime prprio, o crime de tortura caracterizado por seu sujeito

    atito, que deve ser funcionrio pblico."

    Gabarito: E.

    Quanto competncia pode ser tanto a Justia Federal, bem como

    a Estadual, mas chamo a ateno de vocs para a competncia no caso

    do resultado qualificador (parte final 3, art. 1), por exemplo, uma

    pessoa foi torturada em Minas Gerais, entretanto, devido aos ferimentos,

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Agente Penitencirio Federal cargo 9 (rea 3) DEPEN Parte Especfica - Teoria e Exerccios

    Prof. Alexandre Herculano Aula 00

    Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 24

    essa pessoa vem para o Distrito Federal e vem a falecer ali. Aqui aplica-se

    a regra geral da competncia nos crimes qualificados pelo resultado.

    Logo, caber a justia criminal do Distrito Federal julgar o processo, pois

    foi no DF o local do resultado qualificador. E no caso de tortura praticada

    por militar? Continua sendo a competncia da justia comum, seja

    Federal ou Estadual.

    Visto isso, vamos aos tipos na Lei e as devidas doutrinas e

    jurisprudncias.

    Falando em jurisprudncia, recentemente o Cespe cobrou uma

    questo que exigia do candidato o conhecimento de informativos

    recentes. Vejamos:

    (2014 CESPE - MPE-AC - Promotor de Justia) A respeito dos crimes de tortura e de abuso de autoridade, julgue os itens.

    A condenao de agente pblico por delito previsto na Lei de Tortura

    acarreta, como efeito extrapenal automtico da sentena condenatria, a

    perda do cargo, funo ou emprego pblico e a interdio para seu

    exerccio pelo dobro do prazo da pena aplicada, segundo entendimento

    do STJ.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Agente Penitencirio Federal cargo 9 (rea 3) DEPEN Parte Especfica - Teoria e Exerccios

    Prof. Alexandre Herculano Aula 00

    Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 24

    Comentrios:

    Pessoal, vamos abordar vrias jurisprudncias. O Cespe no vai "brincar"

    na prova de vocs! Ok? Seguindo, vejamos um julgado de onde saiu essa

    questo!

    HABEAS CORPUS. CRIMES DE TORTURA (OMISSO CRIMINOSA). 1. O

    pedido absolutrio, calcado no fundamento de que o paciente no teria

    cincia da violncia praticada no estabelecimento em que trabalhava,

    demanda inevitvel revolvimento do conjunto ftico-probatrio,

    providncia de todo incompatvel com a via eleita. 2. Alm disso, a

    condenao foi lastreada em farto conjunto probatrio, incluindo o

    depoimento de testemunhas, que relataram ter ouvido, de suas casas,

    vrios pedidos de socorro, partidos de dentro do batalho de polcia. 3.

    "O Tribunal de Justia local tem competncia para decretar, como

    conseqncia da condenao, a perda da patente e do posto de oficial da

    Polcia Militar, tal como previsto no art. 1, 5, da Lei de Tortura (Lei n

    9.455/97). No se trata de hiptese de crime militar." (HC 92181/MG,

    Relator Ministro Joaquim Barbosa, DJ de 1.8.2008). 4. A condenao

    por delito previsto na Lei de Tortura acarreta, como efeito

    extrapenal automtico da sentena condenatria, a perda do

    cargo, funo ou emprego pblico e a interdio para seu

    exerccio pelo dobro do prazo da pena aplicada. Precedentes do

    STJ e do STF. 5. No caso, a perda da funo pblica foi decretada na

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Agente Penitencirio Federal cargo 9 (rea 3) DEPEN Parte Especfica - Teoria e Exerccios

    Prof. Alexandre Herculano Aula 00

    Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 24

    sentena como efeito da condenao e mantida pelo Tribunal de origem,

    quando do julgamento da apelao. 6. De mais a mais, embora no se

    fizesse necessrio (por ser efeito automtico da condenao), o

    Magistrado apontou as razes pelas quais deveria ser aplicada tambm a

    pena de perda do cargo. 7. Ordem denegada.

    (STJ - HC: 47846 MG 2005/0152337-2, Relator: Ministro OG

    FERNANDES, Data de Julgamento: 11/12/2009, T6 - SEXTA TURMA, Data

    de Publicao: DJe 22/02/2010)

    Logo, meus amigos, a perda do cargo vem do efeito extrapenal

    automtico, assim entendem o STJ e o STF.

    Gabarito: C.

    Lei n 9.455, de 07 de abril de 1997 (Antitortura)

    Entrando na Lei, temos a seguinte redao no art. 1, I, constitui crime de tortura constranger algum com emprego de violncia ou

    grave ameaa, causando-lhe sofrimento fsico ou mental. Esse inciso possui trs alneas, as quais funcionam como elemento subjetivo do

    tipo, vejamos:

    9 com o fim de obter informao, declarao ou confisso da

    vtima ou de terceira pessoa;

    9 para provocar ao ou omisso de natureza criminosa;

    9 em razo de discriminao racial ou religiosa.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Agente Penitencirio Federal cargo 9 (rea 3) DEPEN Parte Especfica - Teoria e Exerccios

    Prof. Alexandre Herculano Aula 00

    Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 24

    O primeiro tipo objetivo, a doutrina classifica como tortura-

    persecutria ou tortura-prova - "constranger algum com emprego de

    violncia ou grave ameaa, causando-lhe sofrimento fsico ou mental,

    com o fim de obter informao, declarao ou confisso da vtima ou de

    terceira pessoa". J no segundo, temos a tortura-crime - constranger

    algum com emprego de violncia ou grave ameaa, causando-lhe

    sofrimento fsico ou mental, para provocar ao ou omisso de natureza

    criminosa, e no terceiro crime a tortura-racismo - constranger algum

    com emprego de violncia ou grave ameaa, causando-lhe sofrimento

    fsico ou mental, em razo de discriminao racial ou religiosa.

    O bem jurdico protegido por este crime a integridade corporal

    e a sade fsica e psicolgica das pessoas. No caso de o crime ser

    praticado por agente pblico, tutela-se tambm, secundariamente, a

    Administrao Pblica.

    Quanto consumao, o crime se consuma no momento em que

    so empregados os meios que implicam violncia (choques, afogamentos,

    etc.) ou a grave ameaa, isto , com a produo do resultado

    naturalstico, pois o tipo penal exige, como elemento normativo

    extrajurdico, que do constrangimento resulte sofrimento fsico ou mental,

    independentemente de lograr obter a informao, declarao ou confisso

    da vtima ou terceira pessoa; ou de provocar ao ou omisso de

    natureza criminosa.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Agente Penitencirio Federal cargo 9 (rea 3) DEPEN Parte Especfica - Teoria e Exerccios

    Prof. Alexandre Herculano Aula 00

    Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 24

    J no art. 1, II, da Lei da chamada tortura-castigo. Assim, dispe

    que constitui tortura submeter algum, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violncia ou grave ameaa, a intenso

    sofrimento fsico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou

    medida de carter preventivo. Pena recluso de 2 a 8 anos. A integridade corporal ou a sade mental da pessoa sujeita a

    guarda, poder ou autoridade de outrem so a objetividade jurdica,

    quanto ao tipo objetivo, a ao nuclear tpica consubstancia-se no verbo

    submeter, isto , reduzir obedincia, sujeitar, subjugar algum que se

    encontre sob sua guarda, poder ou autoridade. O crime praticado

    mediante o emprego de violncia ou grave ameaa. No entanto, no

    qualquer violncia ou grave ameaa que configura a tortura, mas, sim,

    aquela que provoque intenso sofrimento fsico ou mental, isto , uma

    dor profunda na vtima. Convm notar que a tortura, no caso,

    empregada como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de carter

    preventivo. Este crime se consuma no momento em que a vtima

    submetida a intenso sofrimento fsico ou mental. Tentativa, em tese,

    admissvel, quando, empregada a violncia ou grave ameaa, a vtima

    no vem a padecer de sofrimento, por circunstncias alheias vontade do

    agente.

    (...)

    Meus caros, essa foi s nossa aula demonstrativa para vocs

    verem como ser o curso. As videoaulas sero gravadas durante o curso,

    todas atualizadas. Em breve ser postada a videoaula demonstrativa.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Agente Penitencirio Federal cargo 9 (rea 3) DEPEN Parte Especfica - Teoria e Exerccios

    Prof. Alexandre Herculano Aula 00

    Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 24

    Na prxima aula vou continuar de onde eu parei, e vamos fazer

    mais questes sobre a Lei n 9.455/90 (Antitortura), alm disso,

    iniciaremos os estudos sobre Lei n 4.898/65 (Abuso de autoridade).

    Vamos, agora, fazer algumas questes. Grande abrao e bons

    estudos!

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Agente Penitencirio Federal cargo 9 (rea 3) DEPEN Parte Especfica - Teoria e Exerccios

    Prof. Alexandre Herculano Aula 00

    Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 24

    Questes propostas

    1) (2015 CESPE - Defensor Pblico Federal de Segunda Categoria) Em relao aos crimes contra a f pblica, aos crimes

    contra a administrao pblica, aos crimes de tortura e aos crimes

    contra o meio ambiente, julgue o item a seguir.

    Caracteriza uma das espcies do crime de tortura a conduta

    consistente em, com emprego de grave ameaa, constranger

    outrem em razo de discriminao racial, causando-lhe sofrimento

    mental.

    2) (2014 CESPE - Juiz de Direito Substituto TJ) Considerando as leis que tratam da tortura, julgue os itens.

    O crime de tortura que resulta em leso corporal de natureza

    grave ou gravssima punvel conforme as penas previstas para

    esse delito, acrescidas das referentes ao delito de leso corporal

    grave ou gravssima.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Agente Penitencirio Federal cargo 9 (rea 3) DEPEN Parte Especfica - Teoria e Exerccios

    Prof. Alexandre Herculano Aula 00

    Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 24

    3) (2014 CESPE TJ CE - Execuo de Mandados) Julgue os itens, luz do disposto nas leis que definem os crimes resultantes

    de preconceitos de raa ou de cor e os crimes de tortura.

    Considere que um policial civil, aps infligir sofrimento mental

    mediante privao do sono, exija que o acusado de roubo

    reconhea determinado homem como sendo seu comparsa. Nessa

    situao, o referido policial no cometeu o delito de tortura, mas

    de constrangimento ilegal em concurso material com crcere

    privado.

    4) (2014 CESPE TJ CE - Execuo de Mandados) Julgue os itens, luz do disposto nas leis que definem os crimes resultantes

    de preconceitos de raa ou de cor e os crimes de tortura.

    Por se tratar de crime prprio, o crime de tortura caracterizado

    pelo fato de o agente que o pratica ser funcionrio pblico.

    5) (2014 CESPE TJ CE - Execuo de Mandados) Julgue os itens, luz do disposto nas leis que definem os crimes resultantes

    de preconceitos de raa ou de cor e os crimes de tortura.

    Aquele que se omite em face de conduta tipificada como crime de

    tortura, quando tinha o dever de evit-la ou apur-la, ser punido

    com as mesmas penas do autor do crime de tortura.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Agente Penitencirio Federal cargo 9 (rea 3) DEPEN Parte Especfica - Teoria e Exerccios

    Prof. Alexandre Herculano Aula 00

    Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 24

    6) (CESPE - 2013 - TJ-DF - Analista Judicirio - Oficial de Justia

    Avaliador) A respeito dos crimes contra a f pblica, contra a

    administrao pblica, de tortura e de abuso de autoridade, julgue

    os itens subsecutivos.

    O crime de tortura considerado crime comum, uma vez que no

    se exige qualidade ou condio especial do agente que o pratica,

    ou seja, qualquer pessoa pode ser considerada sujeito ativo desse

    crime.

    7) (CESPE - 2004 - Polcia Federal - Escrivo da Polcia Federal -

    Regional) Em cada um dos itens a seguir apresentada uma

    situao hipottica, seguida de uma assertiva a ser julgada.

    Um agente de polcia civil foi condenado a 6 anos de recluso pela

    prtica de tortura contra preso que estava sob sua autoridade.

    Nessa situao, o policial condenado deve perder seu cargo

    pblico e, durante 12 anos, se-lhe- vedado exercer cargos,

    funes ou empregos pblicos.

    8) (CESPE - 2013 - PC-BA - Delegado de Polcia) Determinado

    policial militar efetuou a priso em flagrante de Luciano e o

    conduziu delegacia de polcia. L, com o objetivo de fazer

    Luciano confessar a prtica dos atos que ensejaram sua priso, o

    policial responsvel por seu interrogatrio cobriu sua cabea com

    um saco plstico e amarrou-o no seu pescoo, asfixiando-o. Como

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Agente Penitencirio Federal cargo 9 (rea 3) DEPEN Parte Especfica - Teoria e Exerccios

    Prof. Alexandre Herculano Aula 00

    Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 24

    Luciano no confessou, o policial deixou-o trancado na sala de

    interrogatrio durante vrias horas, pendurado de cabea para

    baixo, no escuro, perodo em que lhe dizia que, se ele no

    confessasse, seria morto. O delegado de polcia, ciente do que

    ocorria na sala de interrogatrio, manteve-se inerte. Em

    depoimento posterior, Luciano afirmou que a conduta do policial

    lhe provocara intenso sofrimento fsico e mental.

    Considerando a situao hipottica acima e o disposto na Lei

    Federal n. 9.455/1997, julgue os itens subsequentes.

    O delegado no pode ser considerado coautor ou partcipe da

    conduta do policial, pois o crime de tortura somente pode ser

    praticado de forma comissiva.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Agente Penitencirio Federal cargo 9 (rea 3) DEPEN Parte Especfica - Teoria e Exerccios

    Prof. Alexandre Herculano Aula 00

    Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 24

    Questes comentadas

    1) (2015 CESPE - Defensor Pblico Federal de Segunda Categoria)

    Em relao aos crimes contra a f pblica, aos crimes contra a

    administrao pblica, aos crimes de tortura e aos crimes contra o

    meio ambiente, julgue o item a seguir.

    Caracteriza uma das espcies do crime de tortura a conduta consistente

    em, com emprego de grave ameaa, constranger outrem em razo de

    discriminao racial, causando-lhe sofrimento mental.

    Comentrios:

    Isso mesmo, trata-se do terceiro crime do art. 1, I - a tortura-racismo -

    constranger algum com emprego de violncia ou grave ameaa,

    causando-lhe sofrimento fsico ou mental, em razo de discriminao

    racial ou religiosa.

    Gabarito: C.

    2) (2014 CESPE - Juiz de Direito Substituto TJ) Considerando as leis que tratam da tortura, julgue os itens.

    O crime de tortura que resulta em leso corporal de natureza grave ou

    gravssima punvel conforme as penas previstas para esse delito,

    acrescidas das referentes ao delito de leso corporal grave ou gravssima.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Agente Penitencirio Federal cargo 9 (rea 3) DEPEN Parte Especfica - Teoria e Exerccios

    Prof. Alexandre Herculano Aula 00

    Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 24

    Comentrios:

    Vamos estudar mais sobre isso na prxima aula. Aqui temos a tortura

    qualificada, a qual ter uma pena diferenciada. Vejamos:

    "Art. 1(...) 3 Se resulta leso corporal de natureza grave

    ou gravssima, a pena de recluso de quatro a dez anos; se

    resulta morte, a recluso de oito a dezesseis anos."

    Gabarito: E.

    3) (2014 CESPE TJ CE - Execuo de Mandados) Julgue os itens, luz do disposto nas leis que definem os crimes resultantes

    de preconceitos de raa ou de cor e os crimes de tortura.

    Considere que um policial civil, aps infligir sofrimento mental mediante

    privao do sono, exija que o acusado de roubo reconhea determinado

    homem como sendo seu comparsa. Nessa situao, o referido policial no

    cometeu o delito de tortura, mas de constrangimento ilegal em concurso

    material com crcere privado.

    Comentrios:

    Fica notrio que a atitude do policial vai ao encontro do Art. 1, I, a.

    Vejamos:

    "Art. 1 Constitui crime de tortura:

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Agente Penitencirio Federal cargo 9 (rea 3) DEPEN Parte Especfica - Teoria e Exerccios

    Prof. Alexandre Herculano Aula 00

    Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 24

    I - constranger algum com emprego de violncia ou grave ameaa,

    causando-lhe sofrimento fsico ou mental:

    a) com o fim de obter informao, declarao ou confisso da

    vtima ou de terceira pessoa; (...)"

    Vamos ver, tambm, que por se tratar de uma agente pblico caber uma

    aumento da pena de um sexto at um tero.

    Gabarito: E.

    4) (2014 CESPE TJ CE - Execuo de Mandados) Julgue os itens, luz do disposto nas leis que definem os crimes resultantes

    de preconceitos de raa ou de cor e os crimes de tortura.

    Por se tratar de crime prprio, o crime de tortura caracterizado pelo fato

    de o agente que o pratica ser funcionrio pblico.

    Comentrios:

    O Cespe gosta de cobrar essa parte na prova. Vimos durante a aula que a

    banca j cobrou a mesma questo em outro concurso. O crime de tortura

    crime comum, logo, no exige uma condio especial do agente, ok?

    Gabarito: E.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Agente Penitencirio Federal cargo 9 (rea 3) DEPEN Parte Especfica - Teoria e Exerccios

    Prof. Alexandre Herculano Aula 00

    Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 24

    5) (2014 CESPE TJ CE - Execuo de Mandados) Julgue os itens, luz do disposto nas leis que definem os crimes resultantes

    de preconceitos de raa ou de cor e os crimes de tortura.

    Aquele que se omite em face de conduta tipificada como crime de tortura,

    quando tinha o dever de evit-la ou apur-la, ser punido com as

    mesmas penas do autor do crime de tortura.

    Comentrios:

    No so punidos com as mesmas penas. Para alguns autores trata-se da

    tortura privilegiada pois a pena de deteno e poder ser de um a

    quatro anos. Vejamos:

    "Art. 1 (...) 2 Aquele que se omite em face dessas condutas,

    quando tinha o dever de evit-las ou apur-las, incorre na pena de

    deteno de um a quatro anos."

    Gabarito: E.

    6) (CESPE - 2013 - TJ-DF - Analista Judicirio - Oficial de Justia

    Avaliador) A respeito dos crimes contra a f pblica, contra a

    administrao pblica, de tortura e de abuso de autoridade, julgue

    os itens subsecutivos.

    O crime de tortura considerado crime comum, uma vez que no se

    exige qualidade ou condio especial do agente que o pratica, ou seja,

    qualquer pessoa pode ser considerada sujeito ativo desse crime.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Agente Penitencirio Federal cargo 9 (rea 3) DEPEN Parte Especfica - Teoria e Exerccios

    Prof. Alexandre Herculano Aula 00

    Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 24

    Comentrios:

    Isso mesmo, no Brasil o crime de tortura, tipificado na Lei 9.455/97, em

    regra, delito comum, isto , pode ser praticado por qualquer pessoa

    (no exigindo qualidade ou condio especial do torturador).

    Gabarito: C.

    7) (CESPE - 2004 - Polcia Federal - Escrivo da Polcia Federal -

    Regional) Em cada um dos itens a seguir apresentada uma

    situao hipottica, seguida de uma assertiva a ser julgada.

    Um agente de polcia civil foi condenado a 6 anos de recluso pela prtica

    de tortura contra preso que estava sob sua autoridade. Nessa situao, o

    policial condenado deve perder seu cargo pblico e, durante 12 anos, se-

    lhe- vedado exercer cargos, funes ou empregos pblicos.

    Comentrios:

    Para resolver essa questo, necessrio o conhecimento do artigo 1,

    5 da Lei 9.455/97, vejamos:

    "Art. 1 - (..) 5 A condenao acarretar a perda do cargo,

    funo ou emprego pblico e a interdio para seu exerccio

    pelo dobro do prazo da pena aplicada"

    Gabarito: C.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Agente Penitencirio Federal cargo 9 (rea 3) DEPEN Parte Especfica - Teoria e Exerccios

    Prof. Alexandre Herculano Aula 00

    Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 24

    8) (CESPE - 2013 - PC-BA - Delegado de Polcia) Determinado

    policial militar efetuou a priso em flagrante de Luciano e o

    conduziu delegacia de polcia. L, com o objetivo de fazer

    Luciano confessar a prtica dos atos que ensejaram sua priso, o

    policial responsvel por seu interrogatrio cobriu sua cabea com

    um saco plstico e amarrou-o no seu pescoo, asfixiando-o. Como

    Luciano no confessou, o policial deixou-o trancado na sala de

    interrogatrio durante vrias horas, pendurado de cabea para

    baixo, no escuro, perodo em que lhe dizia que, se ele no

    confessasse, seria morto. O delegado de polcia, ciente do que

    ocorria na sala de interrogatrio, manteve-se inerte. Em

    depoimento posterior, Luciano afirmou que a conduta do policial

    lhe provocara intenso sofrimento fsico e mental.

    Considerando a situao hipottica acima e o disposto na Lei

    Federal n. 9.455/1997, julgue os itens subsequentes.

    O delegado no pode ser considerado coautor ou partcipe da conduta do

    policial, pois o crime de tortura somente pode ser praticado de forma

    comissiva.

    Comentrios:

    Negativo pessoal, o Delegado omitiu-se e tinha o dever de evitar,

    vejamos trechos da lei:

    "Art. 1 Constitui crime de tortura:

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Agente Penitencirio Federal cargo 9 (rea 3) DEPEN Parte Especfica - Teoria e Exerccios

    Prof. Alexandre Herculano Aula 00

    Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 24

    I - constranger algum com emprego de violncia ou

    grave ameaa, causando-lhe sofrimento fsico ou mental:

    a) com o fim de obter informao, declarao ou

    confisso da vtima ou de terceira pessoa;

    b) para provocar ao ou omisso de natureza

    criminosa;

    c) em razo de discriminao racial ou religiosa;

    II - submeter algum, sob sua guarda, poder ou

    autoridade, com emprego de violncia ou grave ameaa, a

    intenso sofrimento fsico ou mental, como forma de aplicar

    castigo pessoal ou medida de carter preventivo.

    Pena - recluso, de dois a oito anos.

    1 Na mesma pena incorre quem submete pessoa

    presa ou sujeita a medida de segurana a sofrimento fsico ou

    mental, por intermdio da prtica de ato no previsto em lei

    ou no resultante de medida legal.

    2 Aquele que se omite em face dessas condutas,

    quando tinha o dever de evit-las ou apur-las, incorre

    na pena de deteno de um a quatro anos."

    Gabarito: E.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Agente Penitencirio Federal cargo 9 (rea 3) DEPEN Parte Especfica - Teoria e Exerccios

    Prof. Alexandre Herculano Aula 00

    Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 24

    Gabarito

    1-C 2-E 3-E

    4-E 5-E 6-C

    7-C 8-E

    00000000000

    00000000000 - DEMO