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Prevenção Criminal no Estado Constitucional Criminologia Prof.: Cleopas Isaías Santos Monitora: Vitoria Colvara

Criminologia - prevenção criminal

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Prevenção Criminal no Estado Constitucional

CriminologiaProf.: Cleopas Isaías SantosMonitora: Vitoria Colvara

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O QUE É PREVENÇÃO CRIMINAL?

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A evolução da perspectiva da prevenção

A perspectiva da prevenção ao crime ganhou destaque a partir de uma nova concepção de criminologia, a criminologia sociológica.

Há quem defenda, portanto, uma superação da criminologia positivista que ao tratar da criminalidade utilizando preceitos biólogicos pouco explorava a ideia de prevenção criminal.

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Embora se afirme a existência de uma superação da criminologia clássica, é possível observar que a ambição de definir todos os fatores relevantes que resultam nos fenômenos sociais capazes de levar o homem a prática de crimes já existe desde os primeiros estudos criminologicos.

A ambição preventiva justifica-se doutrinariamente pela expectativa de fazer desse campo, o estudo das penas e de sua aplicação, um instrumento capaz de prover a sociedade de recursos de autoproteção.

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“o fim [da pena] é impedir que o réu cause novos danos aos seus concidadãos e dissuadir os outros a fazer o mesmo” – Beccaria

O que se oberva na criminologia clássica é a aplicação do modelo dissuasório, isto é, repressão por meio da punição ao agente criminoso, mostrando a todos que o crime não compensa.

Esse modelo prevalece enquanto uma das reações sociais ao crime.

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Lombroso dedicou parte de seus estudos às orientações voltadas para a prevenção da violência defendendo inclusive que o encarceramento era absolutamente ineficaz como mecanismo preventivo

Ferri avança nos seus estudos afirmando que a criminologia estaria apta a cumprir seu papel social capaz de proteger a sociedade de comportamentos desviantes através de medidas preventivas.

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A prevenção criminal de que tratam Lombroso e Ferri destacam o individuo enquanto fonte privilegiada de informações sobre a etiologia do comportamente criminal.

Para esse estudo existe uma composição de três campos disciplinares: antropologia, psiquiatria e sociologia.

A criminologia clássica, portanto, vislumbra o crime como um enfrentamento da sociedade pelo criminoso, luta do bem contra o mal.

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Colocar o passado em diálogo com o presente, em lugar de tratá-lo como algo sepultado elo avanço científico e superado pelo amadurecimento de um campo disciplinar, pode informar melhor sobre o que é feito nos tempos atuais.

Não existe ainda um modelo ideal de prevenção criminal de modo que se faz extremamente relevante considerar todos os estudos realizados até os dias de hoje.

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Conceito atual de prevenção

Conjunto de ações que visam evitar a ocorrência do delito;

Trata-se de um conceito amplo que compreende desde o convencimento do deliquente a não cometer o ato até a realização de mudanças no espaço físico que objetivem dificultar a prática do crime ou ainda, simplesmente o impedimento da reincidência.

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Prevenção Criminal no Estado Democrático de Direito

Diferentemente das ideias difundidas pela criminologia clássica, a criminologia sociológica entende que o o crime não é uma doença, mas sim um grave problema da sociedade, que deve ser resolvido por ela.

O crime é visto como um ato complexo que no estado democrático em que vivemos a prevenção criminal é integrante da “agenda federativa, passando por todos os setores do Poder público que devem agir conjuntamente.

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A prevenção dos atos nocivos pode ser exercida no Estado de Direito de duas formas:

1. Atingindo o delito de forma indireta - busca-se cessar as causas do crime e com isso cessar seus efeitos; trata-se, portanto, de uma ação profilática que conta principalmente com a medicina por meio do planejamento familiar, recuperação dos usuários de drogas, etc.

2. Atingindo o delito de forma direta – direciona-se para a infração penal; nas medidas diretas possuem destaque os mecanismos jurídicos de punição e repressão adotando, na maioria das vezes, uma política ostensiva

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Prevenção Criminal

Primária - toda a sociedade

Secundária – grupos sociais

específicos

Terciária – detentos e ex-detentos

Estado Constitucional

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Prevenção Primária

Abordagem abrangente; trata-se da prevenção genuína que se dirige a toda a população;

Ataca a raiz do conflito buscando implantar os direitos sociais através de políticas públicas voltadas a educação, emprego, moradia, segurança, etc.

É a prevenção mais eficiente, no entanto, é demorada e demanda altos custos do poder público para um resultado a longo prazo

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A execução de medidas capazes de garantir a prevenção primária do crimes encontra obstáculos no próprio contexto político que devido a mudança de gestão não dá continuidade a medidas cujos resultados são a longo prazo – desinteresse político.

O governo prefere, na maioria das vezes, adotar politicas imediatistas, “gente gosta é de polícia nas ruas”; a teoria penal dominante possui uma falsa noção de segurança e esse discurso é legitimado pelo Poder Público.

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Prevenção Secundária

Consiste numa atuação mais concentrada com foco em áreas de maior violência;

Diz respeito a populações e regiões identificadas como portadoras de características passíveis de serem identificadas como zonas de risco.

Opera a curto e médio prazo, e se orienta de forma seletiva a concretos e particulares setores da sociedade

É sem dúvida a prevenção mais utilizada na sociedade.

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Se plasma em uma política legislativa penal e em ação policial fortemente polarizadas pelos interesses de uma prevenção geral

Através de uma anáise de dados que demonstram práticas criminosas em locais determinados, buscam-se medidas capaz de coibi-las

Como forma de prevenção secundária destaca-se a alteração do espaços físicos e urbanos; a maior concentração policial em áreas determinadas, etc.

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Prevenção Terciária

O destinatário desses programas é tão somente a população carcerária;

Visa a recuperação do preso para que ele não volte a cometer crimes, objetivando, portanto, evitar a reincindência

Realiza-se por meio de medidas socioeducativas como laborterapia, prestação de serviços comunitários, etc.

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Destaca-se aqui o modelo ressocializador, isto é, aquele que intervém na vida e na pessoa do infrator, não apenas lhe aplicando uma punição mas também lhe possibilitando a reinserção social.

A prevenção terciária deve romper com a estigmatização do preso; para isso se faz fundamental o papel da sociedade em fornecer ao ex-detento oportunidades iguais, uma vez cumprida sua pena.

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Teoria da Reação Social

Modelo Ressocializador – Previne a ocorrência de estigmas

Modelo Restaurador – reeducação do

infrator + assistência a vítima

Modelo Dissuasório – Direito Penal

Clássico

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Referências Bibliográficas

SÉ-SENTO, João Trajano. Prevenção ao crime e teoria social. Revista Lua Nova

CALHAU, Lélio Braga. Prevenção da infração penal no Estado Democrático de Direito. In: Resumo de Criminologia. 6. ed. rev., ampl. e atual. Niterói RJ: Impetus, 2011.

FILHO, Nestor Sampaio Penteado. Prevenção Criminal. In: Manual esquemático de criminologia. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2012.

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