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Título do Trabalho: Prevalência de sintomas de asma em escolares e adolescentes do Colégio Dehon de Tubarão. (PUIC), Ciências Biológicas / Ciências Médicas e da Saúde Cristina Milene Barbosa,Luissaulo Cunha,Marcelo Vasconcelos Siqueira Introdução A asma é a doença crônica mais prevalente entre as crianças e adolescentes, e, apesar do avanço no conhecimento de sua etiopatogênese, a prevalência e a gravidade da asma, como também de outras doenças alérgicas tais como rinite e eczema atópico, continuam aumentando, configurando um problema sério de saúde pública, sendo responsável por até 30% das limitações de atividades diárias1,2,3,4,5,6. A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas, predominantemente eosinofílica, caracterizada por hiperreatividade brônquica a vários estímulos físicos, químicos ou farmacológicos e por uma obstrução recorrente e variável do fluxo aéreo, que pode ser revertida espontaneamente ou através de terapia1,7,8,9,10. A inflamação brônquica representa o principal fator fisiopatogênico da asma, presente em pacientes com asma de início recente, nas formas leves da doença e até mesmo entre os assintomáticos8. A atopia constitui-se no fator predisponente mais freqüentemente identificado, o que explica a presença significativa de rinite alérgica, urticária e eczema nos quadros de asma ou bronquite asmática8,10,11 . O quadro clínico da asma apresenta episódios recorrentes de sibilância, dispnéia, aperto no peito e tosse seca crônica irritativa, principalmente à noite e de manhã ao despertar, podendo manifestar-se também após exercícios físicos 8,9. Objetivos Avaliar a freqüência de sintomas de asma nos alunos do Colégio Dehon. Metodologia 3.1 Tipo de estudo Foi realizado um estudo do tipo transversal. 3.2 População em estudo Foram estudados os alunos do Ensino Fundamental e Médio do Colégio Dehon, de 6 a 14 anos, de ambos os sexos. 5.3 Critérios de Inclusão e Exclusão Foram incluídos os escolares e adolescentes com idade entre 6 e 14 anos. Foram excluídos aqueles que a mãe ou responsável não concordou em responder ao questionário. 5.4 Métodos de Coleta de Dados Os dados foram coletados através de um questionário escrito adaptado do protocolo do International Study of Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC), com base em perguntas aplicadas à mãe ou responsável, após aquiescência ao consentimento informado. A amostra foi coletada no Colégio Dehon, situado na Avenida Acácio Moreira, número 787, em Tubarão-SC. A amostra foi aleatória, a partir de uma população de 511 alunos. Para o cálculo da amostra foi utilizada uma prevalência de asma aproximada de 15% e erro alfa de 5%, sendo necessária uma amostra de 142 alunos. As variáveis analisadas através do instrumento de pesquisa foram: gênero, cor de pele, idade, sibilos alguma vez na vida, sibilos nos últimos doze meses, número de crises de sibilos nos últimos doze meses, sono prejudicado por sibilos nos últimos doze meses, impedimento da fala durante as crises de sibilos, asma referida alguma vez na vida, sibilância após exercícios físicos e tosse seca noturna. 5.5 Métodos de Processamento e Análise dos Dados Para a descrição do perfil foram utilizadas as medidas de tendência central e dispersão para as variáveis quantitativas e razões, proporções e taxas para as variáveis categóricas. Os dados coletados foram registrados a partir do software EpiData 3.1 e analisados com o auxílio do software EpiInfo 6.0.4. A significância estatística das diferenças na prevalência de desfechos foi testada utilizando o teste do qui-quadrado ou teste exato de Fisher quando correspondente. Para as variáveis numéricas Resultados Vinte e nove alunos não apresentaram sintomas de asma e também não tinham história referida de asma ou sibilos. Destes, 4 eram da primeira série, 11 da segunda série, 4 da terceira série, 2 da quarta série, 3 da quinta série e 5 alunos da sexta série, sendo estes resultados sem significância estatística. Dos questionários respondidos, 9 alunos apresentaram apenas a tosse seca noturna, sem demais sintomas de asma. Entre eles, 2 alunos estavam na primeira série, 2 na segunda série, 4 na terceira série e 1 na quinta série. Entre aqueles que apresentaram outros sintomas de asma, os alunos da terceira série, entre 8 e 9 anos, foram os mais prevalentes. Onze alunos já tinham diagnóstico médico prévio de asma, sendo que todos já haviam apresentado sibilos (chiado no peito) alguma vez na vida, entre os quais 12 tiveram no último ano. Entre estes, houve predomínio da freqüência de 1 a 3 crises de sibilos por ano. Em relação a freqüência de sono prejudicado por chiado no peito, houve um predomínio daqueles que nunca tinham acordado com chiado no peito. Seis alunos já haviam apresentado chiado no peito após exercícios físicos. Apenas 1 aluno apresentou dificuldades para dizer mais de duas palavras entre cada respiração devido ao chiado no peito nos últimos doze meses. Utilizar o mínimo de texto e o máximo de figuras, fotos, tabelas e gráficos possíveis Conclusões Em função da dificuldade de retorno dos questionários respondidos não foi possível atingir o número amostral necessário para que o trabalho conseguisse resultados estatisticamente significativos. No entanto, observou-se que há necessidade de verificação e análise dos casos de asma entre escolares e adolescentes para que possa haver bons programas de prevenção primária e secundária desta doença que afeta significativamente a vida do estudante e de sua família, contribuindo principalmente para o absenteísmo escolar. Por isso, apesar de possuir amostra pequena, foi possível a visualização da gravidade e freqüência com que a asma e também outras doenças alérgicas afetam o cotidiano dos pacientes. Bibliografia 1. Soares FJP, Santos MLM, Costa ADPV, Andrade SMS, M AMS. . Prevalência de asma brônquica em escolares e adolescentes do município de Maceió. Pediatria (São Paulo) 2005; 27(2): 95-102. 2. Cassol VE, Solé D, Barreto SSM, Teche SP, Rizzato TM, Maldonado M, et al. Prevalência de asma em adolescentes urbanos de Santa Maria (RS). Projeto ISAAC – International Study of Asthma and Allergies in Childhood. J Bras Pneumol 2005; 31(3): 191-6. 3. Chatkin MN, Menezes AM. Prevalência e fatores de risco para asma em escolares de uma coorte no Sul do Brasil. J Pediatr (Rio J) 2005; 81: 411-6. 4. Moraes LSL, Barros MD, Takano OA, Assami NMC. Fatores de risco, aspectos clínicos e laboratoriais da asma em crianças. J Pediatr (Rio J) 2001; 77(6): 447-54. 5. Amorim AJ, Daneluzzi JC. Prevalência de asma em escolares. J Pediatr (Rio J) 2001; 77(3): 197-202. 6. Felizola MLBM, Viegas CAA, Almeida M, Ferreira F, Santos MCA. Prevalência de asma brônquica e de sintomas a ela relacionados em escolares do Distrito Federal e sua relação com o nível socioeconômico. J Brás Pneumol. 2005; 31(6): 486-91. 7. Guirau LMB, Solé D, Naspitz CK. Avaliação da hiperreatividade brônquica inespecífica em crianças com idade inferior a 24 meses [tese]. São Paulo: Universidade Federal de São Paulo. Disponível em www.brazilpednews.org.br . Acesso em 05 Abril de 2007. 8. Consenso Brasileiro no Manejo da Asma. J Pneumol 2002; 28 (Supl 1): 1-28. 9. Teldeschi ALG, Sant`Anna CC, Aires VLT. Prevalência de sintomas

Cristina Milene Barbosa,Luissaulo Cunha,Marcelo Vasconcelos Siqueira

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Título do Trabalho : Prevalência de sintomas de asma em escolares e adolescentes do Colégio Dehon de Tubarão. (PUIC), Ciências Biológicas / Ciências Médicas e da Saúde. Cristina Milene Barbosa,Luissaulo Cunha,Marcelo Vasconcelos Siqueira. Resultados - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Cristina Milene Barbosa,Luissaulo Cunha,Marcelo Vasconcelos Siqueira

Título do Trabalho: Prevalência de sintomas de asma em escolares e adolescentes do Colégio Dehon de Tubarão. (PUIC), Ciências Biológicas / Ciências Médicas e da Saúde

Cristina Milene Barbosa,Luissaulo Cunha,Marcelo Vasconcelos Siqueira

Introdução

A asma é a doença crônica mais prevalente entre as crianças e adolescentes, e, apesar do avanço no conhecimento de sua etiopatogênese, a prevalência e a gravidade da asma, como também de outras doenças alérgicas tais como rinite e eczema atópico, continuam aumentando, configurando um problema sério de saúde pública, sendo responsável por até 30% das limitações de atividades diárias1,2,3,4,5,6. A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas, predominantemente eosinofílica, caracterizada por hiperreatividade brônquica a vários estímulos físicos, químicos ou farmacológicos e por uma obstrução recorrente e variável do fluxo aéreo, que pode ser revertida espontaneamente ou através de terapia1,7,8,9,10. A inflamação brônquica representa o principal fator fisiopatogênico da asma, presente em pacientes com asma de início recente, nas formas leves da doença e até mesmo entre os assintomáticos8.A atopia constitui-se no fator predisponente mais freqüentemente identificado, o que explica a presença significativa de rinite alérgica, urticária e eczema nos quadros de asma ou bronquite asmática8,10,11 . O quadro clínico da asma apresenta episódios recorrentes de sibilância, dispnéia, aperto no peito e tosse seca crônica irritativa, principalmente à noite e de manhã ao despertar, podendo manifestar-se também após exercícios físicos 8,9.

Objetivos

Avaliar a freqüência de sintomas de asma nos alunos do Colégio Dehon.

Metodologia

3.1 Tipo de estudo Foi realizado um estudo do tipo transversal.3.2 População em estudo Foram estudados os alunos do Ensino Fundamental e Médio do Colégio Dehon, de 6 a 14 anos, de ambos os sexos.5.3 Critérios de Inclusão e Exclusão Foram incluídos os escolares e adolescentes com idade entre 6 e 14 anos. Foram excluídos aqueles que a mãe ou responsável não concordou em responder ao questionário. 5.4 Métodos de Coleta de Dados Os dados foram coletados através de um questionário escrito adaptado do protocolo do International Study of Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC), com base em perguntas aplicadas à mãe ou responsável, após aquiescência ao consentimento informado. A amostra foi coletada no Colégio Dehon, situado na Avenida Acácio Moreira, número 787, em Tubarão-SC. A amostra foi aleatória, a partir de uma população de 511 alunos. Para o cálculo da amostra foi utilizada uma prevalência de asma aproximada de 15% e erro alfa de 5%, sendo necessária uma amostra de 142 alunos. As variáveis analisadas através do instrumento de pesquisa foram: gênero, cor de pele, idade, sibilos alguma vez na vida, sibilos nos últimos doze meses, número de crises de sibilos nos últimos doze meses, sono prejudicado por sibilos nos últimos doze meses, impedimento da fala durante as crises de sibilos, asma referida alguma vez na vida, sibilância após exercícios físicos e tosse seca noturna.5.5 Métodos de Processamento e Análise dos Dados Para a descrição do perfil foram utilizadas as medidas de tendência central e dispersão para as variáveis quantitativas e razões, proporções e taxas para as variáveis categóricas. Os dados coletados foram registrados a partir do software EpiData 3.1 e analisados com o auxílio do software EpiInfo 6.0.4. A significância estatística das diferenças na prevalência de desfechos foi testada utilizando o teste do qui-quadrado ou teste exato de Fisher quando correspondente. Para as variáveis numéricas foi utilizada a diferença entre médias utilizando o teste t de Student e a Análise de Variância, no nível de significância de 95% (p < 0,05).

Resultados

Vinte e nove alunos não apresentaram sintomas de asma e também não tinham história referida de asma ou sibilos. Destes, 4 eram da primeira série, 11 da segunda série, 4 da terceira série, 2 da quarta série, 3 da quinta série e 5 alunos da sexta série, sendo estes resultados sem significância estatística.Dos questionários respondidos, 9 alunos apresentaram apenas a tosse seca noturna, sem demais sintomas de asma. Entre eles, 2 alunos estavam na primeira série, 2 na segunda série, 4 na terceira série e 1 na quinta série.Entre aqueles que apresentaram outros sintomas de asma, os alunos da terceira série, entre 8 e 9 anos, foram os mais prevalentes. Onze alunos já tinham diagnóstico médico prévio de asma, sendo que todos já haviam apresentado sibilos (chiado no peito) alguma vez na vida, entre os quais 12 tiveram no último ano. Entre estes, houve predomínio da freqüência de 1 a 3 crises de sibilos por ano.Em relação a freqüência de sono prejudicado por chiado no peito, houve um predomínio daqueles que nunca tinham acordado com chiado no peito.Seis alunos já haviam apresentado chiado no peito após exercícios físicos. Apenas 1 aluno apresentou dificuldades para dizer mais de duas palavras entre cada respiração devido ao chiado no peito nos últimos doze meses.Utilizar o mínimo de texto e o máximo de figuras, fotos, tabelas e gráficos possíveis

Conclusões

Em função da dificuldade de retorno dos questionários respondidos não foi possível atingir o número amostral necessário para que o trabalho conseguisse resultados estatisticamente significativos. No entanto, observou-se que há necessidade de verificação e análise dos casos de asma entre escolares e adolescentes para que possa haver bons programas de prevenção primária e secundária desta doença que afeta significativamente a vida do estudante e de sua família, contribuindo principalmente para o absenteísmo escolar.Por isso, apesar de possuir amostra pequena, foi possível a visualização da gravidade e freqüência com que a asma e também outras doenças alérgicas afetam o cotidiano dos pacientes.

Bibliografia

1. Soares FJP, Santos MLM, Costa ADPV, Andrade SMS, M AMS. . Prevalência de asma brônquica em escolares e adolescentes do município de Maceió. Pediatria (São Paulo) 2005; 27(2): 95-102.2. Cassol VE, Solé D, Barreto SSM, Teche SP, Rizzato TM, Maldonado M, et al. Prevalência de asma em adolescentes urbanos de Santa Maria (RS). Projeto ISAAC – International Study of Asthma and Allergies in Childhood. J Bras Pneumol 2005; 31(3): 191-6.3. Chatkin MN, Menezes AM. Prevalência e fatores de risco para asma em escolares de uma coorte no Sul do Brasil. J Pediatr (Rio J) 2005; 81: 411-6. 4. Moraes LSL, Barros MD, Takano OA, Assami NMC. Fatores de risco, aspectos clínicos e laboratoriais da asma em crianças. J Pediatr (Rio J) 2001; 77(6): 447-54. 5. Amorim AJ, Daneluzzi JC. Prevalência de asma em escolares. J Pediatr (Rio J) 2001; 77(3): 197-202.6. Felizola MLBM, Viegas CAA, Almeida M, Ferreira F, Santos MCA. Prevalência de asma brônquica e de sintomas a ela relacionados em escolares do Distrito Federal e sua relação com o nível socioeconômico. J Brás Pneumol. 2005; 31(6): 486-91. 7. Guirau LMB, Solé D, Naspitz CK. Avaliação da hiperreatividade brônquica inespecífica em crianças com idade inferior a 24 meses [tese]. São Paulo: Universidade Federal de São Paulo. Disponível em www.brazilpednews.org.br. Acesso em 05 Abril de 2007.8. Consenso Brasileiro no Manejo da Asma. J Pneumol 2002; 28 (Supl 1): 1-28.9. Teldeschi ALG, Sant`Anna CC, Aires VLT. Prevalência de sintomas respiratórios e condições clínicas associadas a asma em escolares de 6 a 14 anos no Rio de Janeiro. Rev Assoc Med Brás 2002; 48(1): 54-9.10. Britto MCA, Bezerra PGM, Brito RCCM, Rego JC, Burity EF, Alves JGB. Asma em escolares do Recife – comparação de prevalências: 1994-95 e 2002. J Pediatr (Rio J). 2004; 80:391-400.11. Behrman RE, Kliegman RM, Jenson HB. Tratado de Pediatria. 16ª ed. Rio de Janeiro (RJ): Editora Guanabara Koogan S.A.; 2002.

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