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Crítica da história da educação e suas potencialidades
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A história da educação e da psicologia pode ser apresentada de forma
entrelaçada a história do pensamento humano, constituindo assim uma unidade
complexa correlacionada às teorias do conhecimento, remontando às origens gregas
da forma de pensar e elaborar a educação humana. Pensadores clássicos como
Sócrates, Aristóteles e Platão iniciaram um movimento que visou integrar a
constituição do homem dentro de uma cultura, uma cosmovisão abrangendo os
diversos aspectos da integralidade do homem: sua psique, sua física e o papel do
espiritual nessa composição. No decorrer dos séculos a educação e a forma de ver,
perceber e “trabalhar” com o homem foram sendo construídas, elaboradas oscilando
entre as filosofias da época e o que se planejava como bom. Nesse aspecto, tanto a
psicologia como a educação são ciências/processos construídos historicamente,
atendendo às necessidades de cada época. Sabe-se, contudo, que por muitos
séculos a educação era acessada apenas por classes privilegiadas. Com o advento
da Modernidade, a necessidade de compreender o processo educativo possibilitou o
crescimento do conhecimento psicológico. O objetivo era, no entanto, o controle do
comportamento, formação de personalidade compatíveis à moral instituída. O
crescimento da ciência através das pesquisas viabilizou a diferenciação e autonomia
da psicologia face à educação. Os fatores sociais e econômicos – tais como a
industrialização, a urbanização, o pensamento liberal – influenciaram de tal modo
esse processo oportunizando a expansão da psicologia como saber independente.
Pontos negativos como o uso indiscriminados de práticas e técnicas
psicológicas – como os testes –, a culpabilização de pessoas no processo educativo,
redução do processo ao aluno desconsiderando o ambiente e demais agentes desse
processo (professores, funcionários etc), omissão da influência de fatores
econômicos, sociopolíticos dentro do processo, etc prejudicaram o trabalho e até
hoje ainda podem ser observados tais problemas. Atualmente, sob nova faceta,
temos a responsabilização dos problemas do processo educativo sobre as crianças,
diagnosticas e medicalizadas, de forma arbitrária bem como trabalhos insuficientes
de profissionais de psicologia dentro das escolas.
Um dos pontos positivos é o crescimento da própria psicologia da
educação/escolar como ciência necessária nesse processo educativo. O empenho
de profissionais que zelam pelo bem estar das crianças, adolescentes e jovens bem
como dos demais agentes envolvidos na educação.