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Crítica da razão utópica

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O livro trata da imaginação humana acerca de mundos impossíveis que não envolvem contradições lógicas e que expressam as mais profundas aspirações metafísicas: a plena liberdade, a imortalidade ou um mundo social sem dor e sem miséria. Ademais o fim do século XX e o começo do XXI estão pautados pelo antiutopismo radical. Porém, um mundo humano sem utopias é a utopia daqueles que querem impor um modelo único de vida social.

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Chapecó, 2013

Franz J. Hinkelammert

Crítica da razão utópica

Tradução Silvio Salej HigginsA partir da edição espanhola (2002)

ed. ampl. rev.

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Reitor: Odilon Luiz Poli Vice-Reitora de Ensino, Pesquisa e Extensão: Maria Aparecida Lucca Caovilla

Vice-Reitor de Planejamento e Desenvolvimento: Claudio Alcides JacoskiVice-Reitor de Administração: Antônio Zanin

Diretora de Pesquisa e Pós-Graduação Stricto Sensu: Maria Assunta Busato

Todos os direitos reservados à Argos Editora da Unochapecó

Av. Atílio Fontana, 591-E – Bairro Efapi – Chapecó (SC) – 89809-000 – Caixa Postal 1141(49) 3321 8218 – [email protected] – www.unochapeco.edu.br/argos

Coordenador Dirceu Luiz Hermes

Conselho Editorial Rosana Maria Badalotti (presidente), Carla Rosane Paz Arruda Teo (vice-presidente),

André Onghero, César da Silva Camargo, Dirceu Luiz Hermes, Maria Aparecida Lucca Caovilla, Maria Assunta Busato, Murilo Cesar Costelli, Tania Mara Zancanaro Pieczkowski,

Valéria Marcondes

Catalogação elaborada por Caroline Miotto CRB 14/1178Biblioteca Central da Unochapecó

Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem autorização escrita do Editor.

1ª edição: Crítica a la razón utópica (1984)2ª edição: Crítica de la razón utópica (2002)

320.01 Hinkelammert, Franz J. H663c Crítica da razão utópica / Franz J. Hinkelammert. Tradução de Silvio Salej Higgins. – ed. ampl. e rev. – Chapecó : Argos, 2013. 414 p. ; 23 cm - (Grandes Temas ; 9)

ISBN 978-85-7897-092-5 1. Política – Filosofia. 2. Crítica (filosofia). I. Higgins, Silvio Salej. II. Título. CDD 320.01

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Sumário

Prefácio da edição brasileira

Prefácio

CaPítulo 1a metodologia de Popper e suas análises

teóricas do planejamento, da concorrência e do processo de institucionalização

A teoria popperiana do planejamento, da concorrência e da institucionalização em geral

A teoria do planejamento econômico de PopperA teoria da concorrência de Popper

O processo de institucionalização

A lógica da pesquisa científicaA crítica da indução por parte de Popper

A possibilidade do perpetuum mobileA impossibilidade do perpetuum mobile

A solução ambivalente

O critério da demarcação

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O núcleo metodológico das ciências empíricas

O teológico visto a partir da perspectiva da metodologia de Popper

O controle das ciências em nome da cientificidade: prescrever as perguntas e admitir as provas

CaPítulo 2o marco categorial do pensamento conservador

A realidade precária

A função social de legitimação

Legitimações secundárias

A religião como hipóstase do nómos da sociedade

A mimese cósmica

A plausibilidade perfeita

CaPítulo 3o marco categorial do atual pensamento neoliberal

O mercado como realidade precária de partida: a impossibilidade de uma tendência ao equilíbrio

A concorrência perfeita e os conceitos transcendentais

A alternativa ao mercado: o socialismo como utopia

A inconsistência da teoria geral do equilíbrio: o salário de subsistência

A inconsistência da teoria geral do equilíbrio: o pressuposto do conhecimento perfeito

A ética do mercado: o mercado milagroso, a humildade e o orgulho

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A aproximação ao equilíbrio: anti-intervencionismo

A aproximação ao equilíbrio: os sindicatos e as despesas sociais do governo

A aproximação ao equilíbrio: o anarcocapitalismo

A teologia neoliberal: Deus e o diabo

CaPítulo 4o marco categorial do pensamento anarquista

A realidade perversa

A liberdade econômica: base da vida

A liberdade como livre espontaneidade: humildade e orgulho

Deus e Lúcifer: as imaginações teológicas

A ação direta

A polaridade maniqueísta: sequência antiutópica e a reação anarquista

A anarquia como conceito transcendental

CaPítulo 5o marco categorial do pensamento soviético

O Estado socialista na transição

A teoria do planejamento econômico perfeito e a crítica neoliberal

O planejamento soviético

O critério da maximização das taxas de crescimento econômico

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A mitificação do progresso técnico

A mitificação do progresso social

O caráter transcendental do conceito de comunismo

CaPítulo 6o cativeiro da utopia pelas utopias

conservadoras e o espaço para as alternativas

A sociedade para a qual não há alternativa

Eficiência formal e negação das utopias

Eficiência, calculabilidade e ética

O cativeiro da utopia

A antiutopia secularizada e a apocalíptica

A sacralização das relações de produção: o caráter conservador da utopia

A mística da morte e o heroísmo do suicídio coletivo

O fim da utopia?

O espaço das alternativas potenciais

Resistência como condição de racionalidade

CaPítulo 7leis universais, institucionalidade e liberdade:

o sujeito humano e a reprodução da vida real

A realidade transcende a empiria: sujeito cognoscitivo e sujeito atuante

Sujeito prático e sujeito vivo: preferências e necessidades

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Automatismo de mercado e planejamento econômico

A delimitação entre autonomia empresarial e planejamento central: a práxis

O sujeito como objeto e o sujeito como sujeito: o sujeito livre

Vida livre e institucionalização

O espaço teológico da reflexão metodológica

CaPítulo 8o realismo em política como arte do possível

A polarização entre o possível e o impossível

O utópico no realismo político

A ameaça à realidade pela identificação do impossível com o possível

O utópico nas ciências empíricas

A razão utópica como problema da modernidade

Referências

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Prefácio da edição brasileira

O leitor brasileiro tem em mãos a segunda edição, ampliada e revisa-da, de uma obra imprescindível na filosofia da ciência contemporânea. Esta crítica, de estilo kantiano, à condição utópica do saber no mundo moderno, atinge um valor universal a partir de uma práxis científica situada e parti-cular. Ao longo de quarenta anos, Franz Hinkelammert amadureceu um programa de pesquisa que assumiu a perspectiva específica dos processos sociais e políticos da América Latina. Ao submeter à revisão o antiutopis-mo de Karl Popper, próprio dos anos da Guerra Fria, Hinkelammert deixa em evidência que os apelos à liberdade – na forma de uma sociedade aber-ta – dirigidos aos países do leste europeu não tinham eco, ou não queriam tê-lo, em direção do cone sul e seus regimes totalitários da segunda metade do século XX. Como o racionalismo crítico de Popper pode constituir-se em senso comum acadêmico nas universidades argentinas, chilenas e bra-sileiras dos anos das ditaduras militares? Eis um paradoxo que pode servir de fio condutor na leitura desta obra.

O percurso intelectual de Hinkelammert fornece outra chave de leitura que nos permite situar sua crítica da dimensão utópica da ciência

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experimental e do pensamento político contemporâneo1. Economista for-mado na Universidade de Friburgo (1955), Hinkelammert faz sua pesquisa doutoral no Instituto de Europa Oriental (Osteuropa-Institut) da Universida-de Livre de Berlim. A sua tese, terminada em 1960, versou sobre o processo de industrialização soviético, em particular sobre a racionalidade do modelo, entre os anos 30 e 60 do século XX. Este período de formação e estudo foi um observatório privilegiado do acontecer político e econômico do bloco soviético. O foco de seu trabalho econômico teve o influxo atípico de um teólogo, Gollwitzer, cuja cátedra de livre docência era a mais frequentada na Universidade Livre de Berlim. O contato com a reflexão teológica permitiu a Hinkelammert focar sua atenção na relação intrateórica entre ideologia e economia. O teológico está presente no conhecimento humano não como uma afirmação doutrinal que se impõe de fora e sim como um horizonte último de toda ação humana. Justo na busca desta plenitude de sentido, a ra-zão humana, tal e como foi apontado por Kant, sucumbe aos mecanismos da ilusão transcendental. A busca, ou a rejeição, de mundos impossíveis torna--se o mecanismo de legitimação de diferentes formas de ordem social. Neste sentido, o ideológico, entendido como legitimação social, é um denominador comum tanto do positivismo científico, e sua fé no progresso, como das dou-trinas políticas libertárias ou conservadoras.

Cedo em sua busca intelectual, a relação interna entre ideologia e te-oria econômica foi o foco da atenção de Hinkelammert. Estudou em pro-fundidade o modelo do planejamento econômico soviético, em particular a teoria de Kantorovich, quem veio anos depois a ganhar o prêmio Nobel de

1 Os dados biográficos foram obtidos da entrevista que Franz Hinkelammert con-cedeu a Germán Gutiérrez em 17 de maio de 2000 e que foi logo compilada com o título de “Teología en el acontecer de una vida” na obra de Duque, José e Gutiérrez Germán (Editores): Itinerarios de la razón crítica, homenaje a Franz Hinkelammert en sus setenta años. San José de Costa Rica: DEI, 2001.

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economia. Eram os anos 50 do século XX, e a União Soviética estava atra-vessada por uma intensa discussão sobre os mecanismos e o significado da passagem ao comunismo. Porém, para Hinkelammert, a crítica do fetichismo da mercadoria servia para demonstrar também o fetiche do crescimento na economia soviética. Era o que se esperava de um centro de estudos que se destinava a monitorar o que acontecia do outro lado do muro de Berlim. Não obstante, quando as críticas do jovem economista Hinkelammert se dirigiam ao fetiche do equilíbrio econômico neoclássico, a chefia do instituto rejeitava este tipo de discussão, assim, vários manuscritos da época ficaram sem ser publicados. O professor de economia do Instituto de Europa Oriental afir-mava que esse não era um centro para formar comunistas. Continuar num ambiente tão refratário à crítica tornou-se insustentável.

Em 1963, Hinkelammert recebe convite da Fundação Konrad Ade-nauer para trabalhar no Chile. Viver na América Latina era um desejo de juventude cultivado nas leituras sobre os processos da conquista espanhola do México e sobre as guerras de independência lideradas por Simón Bo-lívar. A Konrad Adenauer, vinculada à democracia-cristã, estendeu-lhe o convite para exercer uma cátedra de Sociologia Econômica na Universi-dade Católica de Santiago de Chile. O fato de ter trabalhado, do ponto de vista econômico, a doutrina social da Igreja católica, assim como ter sido formado num centro de estudos anticomunistas, faziam de Hinkelammert um bom prospecto, na óptica de uma fundação conservadora, para irradiar um pensamento de oposição ao movimento social que logo desembocaria na Unidade Popular.

Parte dos trabalhos, encomendados pela Konrad Adenauer, consistiu em dar cursos de formação política para lideranças do partido democrata--cristão e para sindicatos cristãos. A temática destes cursos – utopia, teorias do desenvolvimento, teoria da dependência – levaram a Hinkelammert a ressituar todos seus estudos anteriores sobre a industrialização soviética – própria de um país subdesenvolvido – no contexto do Terceiro Mundo.

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Posso dizer que fui formado ali. Isto é, a minha verdadeira formação foi no Chile e o resto não foi mais que puro antecedente. A refor-mulação de todos os meus conceitos que trazia da academia signi-ficou uma mudança de meu ponto de vista, ainda que conservasse muito do anterior, meu novo ponto de vista não era tão acadêmico. (Hinkelammert, 2001, p. 29).

Em 1968, Hinkelammert se afasta da democracia-cristã, a qual já ti-nha sofrido uma divisão interna que levou à separação do partido demo-crata-cristão e do MAPU (Movimiento de Acción Popular Unitario) mais próximo da Unidade Popular. Até o golpe militar de 1973, trabalha como professor da Universidade Católica e como pesquisador do Ilades (Insti-tuto Latinoamericano de Desarrollo) – fundado pelos jesuítas. Junto com Jacques Chonchol, que mais tarde foi Ministro de Agricultura da Unidade Popular, funda o Ceren (Centro de Estudios de la Realidad Nacional).

A experiência do golpe militar traz de volta ao foco da análise eco-nômica de Hinkelammert a dimensão do ideológico em sua forma teo-lógico-religiosa. No 11 de setembro de 1973, dia do ataque ao Palácio De La Moneda, seguiu a rádio e a TV, em especial o canal 13 da Universidade Católica. Ao ar, o padre Hasbun, um golpista extremo, justificava com pro-clamas religiosas a intervenção violenta das forças militares chilenas. Com gravador em mãos, Hinkelammert registrou toda a intervenção de Hasbun para logo submetê-la a uma análise mais rigorosa. A interrupção violenta do governo Allende e a justificativa ideológica de Hasbun permitiram-lhe analisar o que denominou como Ideologia da submissão, obra publicada alguns anos depois na América Central.

Após o golpe, regressa à Alemanha por um período de três anos, para logo retornar à América Latina de forma definitiva. Desta vez, o Consejo Su-perior Universitario Centroamericano (Csuca), sediado em San José de Costa Rica, oferece-lhe trabalho na criação de um programa de mestrado em Eco-nomia. Em 1976, concebe, junto com o teólogo brasileiro Hugo Assmann, o

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Departamento Ecuménico de Investigaciones (DEI), centro de pesquisa ins-pirado no Ilades chileno.

Por trinta anos, o DEI foi a plataforma de uma longa busca de como se interpenetram os utopismos da teoria econômica e política com os dis-cursos teológicos. É a partir desta preocupação constante que toma forma a Crítica da razão utópica. A utopia atravessa como um eixo transversal o pensamento econômico neoliberal, implementado pelos Chicago Boys no Chile, o comunismo soviético, a economia neoclássica e, em particular, a pretensão de uma crítica extrema da utopia para que não exista mais uto-pia, tal e como é feita por Karl Popper. Segundo Hinkelammert, a denún-cia popperiana àqueles que, buscando construir o céu na terra, terminam transformando a terra em um inferno, não leva em conta que já houve ou-tros que transitaram o caminho rumo ao inferno sem estar buscando céu algum, tal e como aconteceu com os movimentos fascistas.

Na perspectiva de uma crítica da razão utópica, o antiutopismo ne-oliberal de Friedrich Von Hayek e as análises ditas pós-modernistas, as do fim dos metarrelatos, não são nada diferentes de utopismos invertidos. A proclamação de que o colapso do muro de Berlim é, por uma parte, o fim do irrealismo político, e, por outra, a afirmação da supremacia da demo-cracia liberal ocidental, em termos do fim da história, constitui a aceitação ingênua de que os novos muros que se levantam na fronteira do México com os Estados Unidos, ou na Cisjordânia, desta vez para não se deixar en-trar, são parte do melhor dos mundos possíveis. A nova ordem econômica e política, a do mundo global, exige uma crítica da utopia e da antiutopia, de modo que possamos restituir-lhe à ação política o horizonte do possível.

A sequência temática da presente edição introduz algumas modifi-cações importantes em relação à primeira edição de 1984. O primeiro ca-pítulo, no qual se assume como ponto de partida a reflexão epistemológica de Popper e seu critério de demarcação entre teorias científicas e discursos não científicos, apresenta o marco categorial para as análises posteriores das

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grandes utopias políticas do século XIX e XX: o anarquismo, o comunis-mo, o conservadorismo, o liberalismo e o neoliberalismo. A questão-chave, na qual Hinkelammert segue a objeção que o lógico inglês William Kneale levantara a Popper, consiste em identificar o lugar da indução na formula-ção dos princípios de impossibilidade do conhecimento científico. Os juí-zos hipotéticos, abertos à refutação dos fatos, estão construídos sobre juí-zos apodícticos – Popper afirma que na terminologia de Kneale são tidos como juízos de necessidade – que expressam princípios de impossibilidade da ação humana. Só após a descoberta das impossibilidades práticas do co-nhecimento humano podemos identificar o âmbito das possibilidades de nossa ação tecnocientífica sobre o mundo. Eis o marco kantiano da crítica de Hinkelammert: os limites do que podemos conhecer e fazer na história humana correspondem às restrições da finitude prática do próprio ser hu-mano. O utopismo está presente na metodologia das ciências de Popper na forma de uma ilusão transcendental que torna o impossível em algo possível em princípio.

Tal inversão, segundo Hinkelammert, conduz determinados domí-nios das ciências sociais, como é o caso da teoria econômica, a conclusões inconsistentes. Von Hayek e os economistas neoliberais, seguidores da me-todologia da ciência popperiana, rejeitam o planejamento econômico por-que agiria, segundo eles, com a fatal arrogância daquele que pretende sabê--lo tudo, violando, assim, um princípio de impossibilidade: não há seres humanos oniscientes; porém, aceitam a tendência espontânea dos merca-dos ao equilíbrio econômico, quando em realidade não há tal automatismo, expresso na célebre metáfora teológica de Adam Smith da “mão invisível” da providência estoica. Por que a fé no conhecimento total é inválida no primeiro caso e aceita no segundo? Eis o tipo de dificuldades que estão no ponto de vista epistemológico de Popper e dos economistas que são seus seguidores.

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Finalmente, há outras duas inovações importantes na presente edi-ção. Uma consiste na inclusão de um novo capítulo, o 6: “O cativeiro da utopia pelas utopias conservadoras e o espaço para as alternativas”. Neste, é examinada a dimensão utópica do período da globalização. A outra é a transformação da anterior introdução, retrabalhada e ampliada, no ca-pítulo final do livro: “O realismo em política como arte do possível”. Ali são apontadas algumas consequências práticas que resultam da crítica da razão utópica. Por exemplo, as impossibilidades da ação política não estão determinadas a priori. Ninguém pode afirmar que erradicar a fome ou a desnutrição infantil de nosso planeta sejam hoje prioridades impossíveis de uma agenda pública global, é uma questão de se conjugar, com sabedoria, a vontade política e o saber técnico, o planejamento e a alocação eficiente de recursos.

Silvio Salej HigginsDepartamento de Sociologia e Antropologia

Universidade Federal de Minas Gerais (Brasil).

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Impressão e acabamento

Crítica da razão utópica

Franz J. Hinkelammert

Silvio Salej Higgins

Grandes Temas - n. 9

Dirceu Luiz Hermes

Alexsandro Stumpf

Neli Ferrari

Leonardo Favero

Neli FerrariFelipe Alison ZuanazziGissele Pedroso

Alexsandro Stumpf

Alexsandro Stumpf

Caroline Kirschner

Laisa VeronaFelipe Kupske

Carlos Pace DoriFelipe KupskeLaisa VeronaRodrigo Junior Ludwig

16 X 23 cm

Minion Pro entre 10 e 14 pontos

Capa: Supremo 250 g/m2

Miolo: Pólen Soft 80 g/m2

414

300

2013

Gráfica e Editora Pallotti – Santa Maria (RS)

Argos Editora da UnochapecóSite: www.unochapeco.edu.br/argos

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Este livro está à venda:

www.travessa.com.br www.livrariacultura.com.br

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