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PÁGS. 8 E 9 Governo e Proifes impedem avanços ao burocratizarem reunião e benefício fica restrito CPRSC Ano XVI | Nº 533 | 5 de outubro de 2013 Filiado à: C E A C E A C E A PÁGS. 10 E 11 SINASEFE apoia luta dos professores das redes esta- dual e municipal, e repudia violência de Cabral e Paes Violência no RJ CSP-Conlutas, Andes-SN e SINASEFE resgatam operários em condições análogas à escravidão destaques Leia mais em nos- so editorial e em reportagem especi- al deste boletim Uma situação evidente de desrespeito aos direitos humanos foi flagrada pela CSP-Conlutas no último dia 30, em Brasília/DF, quando uma denúncia anônima levou nossa central sindical e popular até 37 operários da construção civil, os quais viviam em ambiente insalubre, sem material de limpeza e higiene pessoal, recebendo alimentação estragada para consumo e submetidos à jornadas diárias que chegaram a alcançar 17 horas. E o mais grave: numa obra do Governo do Distrito Federal, com financiamento do Governo Federal, sob responsabilidade da empreiteira JC Gontigo, a qual pertence a um dos financiadores do Mensalão do DEM no DF. Migrantes do norte e nordeste e sem ter para onde ir, o SINASEFE acolheu os trabalhadores em seu alojamento até a resolução da questão, que se deu de modo parcial na quinta (3). Agora seguimos cobrando, junto à CSP-Conlutas e ao Andes-SN, que o crime de trabalho análogo à escravidão seja devidamente apurado pelo MPT/DF e que todos os responsáveis sejam punidos. CSP-Conlutas | Divulgação SINDICATO NACIONAL DOS SERVIDORES FEDERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA, PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA BOLETIM SINASEFE Trabalhadores denunciaram em ato forma desumana por qual foram tratados pela empreiteira JC Gontijo Conecte-se! sinasefe.org.br @SINASEFE /sinasefe.nacional

CSP-Conlutas, Andes-SN e SINASEFE resgatam operários em ... · 4 a 6 de outubro 1º Encontro Nacional do Movimento Mulheres em Luta (CSP-Conlutas) em Sarzedo/MG 10 de outubro Reunião

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PÁGS. 8 E 9

Governo e Proifes impedem

avanços ao burocratizarem reunião e benefício fica restrito

CPRSC

Ano XVI | Nº 533 | 5 de outubro de 2013

Filiado à:

C E AC E AC E A

PÁGS. 10 E 11

SINASEFE apoia luta dos professores das redes esta-dual e municipal, e repudia violência de Cabral e Paes

Violência no RJ

CSP-Conlutas, Andes-SN e SINASEFE resgatamoperários em condições análogas à escravidão

destaques

Leia mais em nos-

so editorial e em

reportagem especi-

al deste boletim

Uma situação evidente de desrespeito

aos direitos humanos foi flagrada

pela CSP-Conlutas no último dia 30,

em Brasília/DF, quando uma

denúncia anônima levou nossa

central sindical e popular até 37

operários da construção civil, os

quais viviam em ambiente insalubre,

sem material de limpeza e higiene

pessoal, recebendo alimentação

e s t r a gada pa ra c onsumo e

submetidos à jornadas diárias que

chegaram a alcançar 17 horas. E o

mais grave: numa obra do Governo do

Distrito Federal, com financiamento

d o G o v e r n o F e d e r a l , s o b

responsabilidade da empreiteira JC

Gontigo, a qual pertence a um dos

financiadores do Mensalão do DEM

no DF.

Migrantes do norte e nordeste e sem

ter para onde ir, o SINASEFE acolheu

os trabalhadores em seu alojamento

até a resolução da questão, que se

deu de modo parcial na quinta (3).

Agora seguimos cobrando, junto à

CSP-Conlutas e ao Andes-SN, que o

crime de trabalho análogo à

escravidão seja devidamente apurado

pelo MPT/DF e que todos os

responsáveis sejam punidos.

CS

P-C

on

luta

s |

Div

ulg

ação

SINDICATO NACIONAL DOS SERVIDORES

FEDERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA,

PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

BOLETIMSINASEFE

Trabalhadores denunciaram em ato forma desumanapor qual foram tratados pela empreiteira JC Gontijo

Conecte-se!

sinasefe.org.br

@SINASEFE

/sinasefe.nacional

Nosso sindicato existe para lutar em

defesa dos direitos da nossa categoria

e de toda a classe trabalhadora. A

solidariedade de classe é um

elemento basilar e indissociável ao

SINASEFE, e nesta semana o plantão

da ent idade pôde v i venc iar

intensamente este princípio e

experiência.

Em defesa de operár ios da

construção civil e por solidariedade

classista, nosso Sindicato acolheu,

entre os dias 30 de setembro e 03 de

outubro último, 37 trabalhadores

que estavam sem dinheiro, mal

alimentados, submetidos a jornada

de trabalho que alcançava 17 horas

diárias, vivendo em um ambiente

pequeno, fétido e insalubre, fornecido

e “organizado” pela quinta maior

empreiteira do país no ramo: a JC

Gontijo Engenharia S.A.

A CSP-Conlutas flagrou essa situação

em Brasília, após denúncia anônima,

e resgatou os trabalhadores, que

foram prontamente acolhidos pelo

SINASEFE em nosso alojamento, até

que – depois de muita luta – foram

indenizados pela empresa já estão

retornando às suas famílias no norte

e nordeste do Brasil.

Vale registrar que a JC Gontijo

pertence ao empresário Celso

Gontijo, acusado de ser um dos

abastecedores f inanceiros do

esquema do Mensalão do DEM no DF,

nos levando a crer que esse crime seja

a p e n a s u m a d a s i n ú m e r a s

irregularidades e crimes que esta

empresa possa estar envolvida (leia

mais nas páginas 6 e 7).

Ao lado da CSP-Conlutas cobramos –

de maneira contundente – que o

Ministério Público do Trabalho

(MPT/DF) arbitrasse uma resolução

rápida para o caso favorável aos

operários, com o pagamento dos

salários, das verbas trabalhistas e da

indenização pelo dano moral causado

aos operários, que viviam em

condição análoga ao de trabalho

escravo, numa obra pública do

Governo do Distrito Federal com

financiamento do Governo Federal.

Em parte, as nossas ações foram

vitoriosas: todos os direitos

trabalhistas foram pagos pela

empresa (incapaz de negar sua

culpa!) e esses trabalhadores

retornaram para seus lares com parte

da sua dignidade reconstituída. No

entanto, somente isso ainda é muito

pouco, já que nada foi decidido ainda

sobre a situação do trabalho análogo

à escravidão: não podemos aceitar o

e s q u e c i m e n t o d e p r á t i c a s

degradantes à dignidade humana,

análogas ao trabalho escravo. Esse

crime precisa ser apurado e o

SINASEFE estará junto com a CSP-

Conlutas buscando pressionar o

MPT/DF e os demais órgãos do

governo a apurarem seriamente tal

caso.

Cabem também aos dois governos

envolvidos na obra e contratação da

empreiteira (ambos do PT) se

pronunciar perante a opinião pública

diante da gravidade deste fato. Que

expliquem o porquê de terem contrato

vigente com o suposto financiador de

um crime do DEM e, também, terceiro

maior contribuidor do PSDB em

2010. Em virtude deste novo crime

praticado, flagrado pela CSP-

Conlutas, nada mais justo que tais

governos imponham a ruptura

imediata do contrato licitatório com a

JC Gontijo. Com o trabalho escravo, a

tolerância do poder público tem que

ser zero!

Nosso Sindicato entrou nessa luta

por compor a base da CSP-Conlutas e

por ter a solidariedade de classe como

um dos seus princípios. Somos

docentes e técnicos-administrativos

em educação, enquanto categoria,

m a s a n t e s d e t u d o s o m o s

trabalhadores, somos da classe-que-

vive-do-trabalho, da mesma maneira

que os operários da construção civil

que estiveram em nosso alojamento.

Muito nos orgulha fazermos parte

desta luta, que representa um

microcosmo diante do que temos

c o m o v e r d a d e i r o o b j e t i v o :

construirmos uma sociedade onde

nenhum ser humano passe pela

h u mi lh ação e s en sação d e

impotência diante da adversidade

que esses 37 homens passaram, onde

a exploração de um indivíduo pelo

outro não configure a lógica das

2

editoralSINDICATO NACIONAL DOS SERVIDORES

FEDERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA,

PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

Só a unidade da classe trabalhadorapode emancipá-la!

SINASEFE

continua...

CS

P-C

on

luta

s |

Div

ulg

ação

Trabalhador denuncia JC Gontijo

EDITORIAL: classe trabalhadora Só a unidade da

pode emancipá-la!EDITORIAL:

continuação...

3SINDICATO NACIONAL DOS SERVIDORES

FEDERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA,

PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

SINASEFE

agenda

4 a 6 de outubro

1º Encontro Nacional do Movimento

Mulheres em Luta (CSP-Conlutas) em

Sarzedo/MG

10 de outubro

Reunião GT Democratização em

Brasília/DF

16 de outubro

Reunião do CPRSC em Brasília/DF

18 a 20 de outubro

Encontro Regional Nordeste em São

Luís/MA

18 a 20 de outubro

Encontro Regional Sudeste em

Campos dos Goytacazes/RJ

23 de outubro

Reunião GT Dimensionamento em

Brasília/DF

agenda

relações de produção de riqueza da

sociedade. Compartilhamos desse

sonho, juntos, para que um dia o

mesmo se torne realidade!

Os problemas estruturais que

existem em nossa sociedade somente

se agudizam quando os educadores,

semeadores de futuro do país, não

são valorizados. O não atendimento

às reivindicações dos Grupos de

Trabalho (GTs) dos técnicos-

administrativos pelo Ministério da

Educação (MEC) e Ministério do

Planejamento e Gestão (MPOG) –

advindos do acordo de greve de 2012

– como no GT Racionalização

( ) e w w w . g o o . g l / 5 J u 6 m 1

Reposicionamento de Aposentados

( ), demonstra www.goo.gl/rnX4K9

que nossa mobilização precisa se

fortalecer ainda

mais.

A tão sonhada

carreira única e

p a r i t á r i a d o s

trabalhadores em

e d u c a ç ã o f o i

i m p e d i d a p o r

regras no RSC,

c o n t i d a n a

implementação

da carreira dos

d o c e n t e s d o

magistério EBTT,

na qual o SINASEFE requisitou sua

participação em GTs para construção

desta, porém sempre tivemos as

portas fechadas. Não assinaríamos

um acordo de greve, já que a base

docente não era contemplada, em

troca dessa participação.

Na contramão dos nossos interesses,

estamos assistindo as trapalhadas de

um embuste sindical! Temos

acompanhado os debates do

C o n s e l h o P e r m a n e n t e p a r a

Reconhecimento de Saberes e

Competências (CPRSC), onde o

governo define uma forma de

conceder um benefício e torná-lo

inalcançável aos docentes do EBTT,

justamente para que o impacto

orçamentário que o mesmo venha

gerar seja mínimo e que, ainda, seu

uso possa ser articulado pelas

gestões como moeda de troca e/ou

favorecimento político.

Definitivamente, não é o RSC que

pretendemos para a carreira docente!

Entretanto estamos lutando por

adequar tal ferramenta para que

possa ser a mais abrangente possível,

para minimizar as distorções

salar ia is geradas na últ ima

reestruturação na carreira (leia mais

nas páginas 8 e 9).

Buscando aplicar a sua lógica, o

governo vem se utilizando do

PROIFES para dar respaldo à sua

política nas mesas de negociação e

agora no Conselho Permanente da

RSC, mesmo que tal entidade não

p o s s u a b a s e , e q u e s e u s

posicionamentos

t e n h a m o

r e s p a l d o d e

c o n s u l t a s

i n e x p r e s s i v a s

pela internet.

Enfim, para que

p o s s a m o s

r e a r r u m a r a

situação que nos

encontramos, é

precisamos que

deixemos a lógica

estabelecida de

negociar perfumarias e que possamos

retomar um processo negocial, sem a

presença dos parceiros sindicais do

governo do PT e voltemos a construir

as nossas bandeiras e propostas

junto ao nosso patrão: Carreira Única

dos Trabalhadores em Educação,

reajuste salarial linear a cada ano,

equiparação dos benefícios junto aos

outros poderes da união, bem outros

pontos da nossa pauta já bem

conhecidos pelo governo federal.

Prec isamos, de f in i t ivamente ,

construir para o ano de 2014 uma

greve geral dos Servidores Federais e

com isso estabelecer um outro

patamar nas negociações com o

nosso patrão, o governo Dilma

Roussef.

Precisamos, definitiva-

mente, construir para

o ano de 2014 uma

greve geral dos

Servidores Federais

S o m e n t e a p ó s d e n ú n c i a

nacionalmente repercutida pelo

SINASEFE, por meio de reportagem

que ratificou a situação caótica vivida

há mais de cinco anos no campus

Altamira (do Instituto Federal do Pará

– IFPA), foi que o poder público se

movimentou e disponibilizou um

terreno para a construção de novo

prédio do Campus Altamira.

As instalações atuais estão sob risco

iminente de desabamento e os

gestores se negavam a providenciar

ações para evitar “complicações”

políticas.

O vídeo ( ) www.goo.gl/cJhmZZ

denunciou diversos elementos

precarizantes daquele campus, que,

por barreiras burocráticas, chegou ao

ponto de ter que ser fechado por

apresentar risco de morte aos

servidores e alunos.

Em nota, o SINASEFE-PA afirmou

que o próximo passo da luta será

conseguir o afastamento do Diretor

Geral, que foi incapaz de resolver as

pendências da unidade de ensino e se

abstinha de tomar providências. Em

sua substituição será reivindicada a

nomeação de um servidor local para

assumir a direção pro tempore até

que seja realizada uma eleição direta

no campus.

Durante reunião com a prefeitura de

A l t am i r a , o s t r aba lhado r e s

destacaram que a manutenção do

campus é essencial para oportunizar

melhor qualidade de vida à população

da região Transamazônica e do

Xingu. Agora, com 5,7 hectares de

terreno para construção do novo

campus, outras perspectivas se

abrem, fruto da luta em defesa da

educação que foi protagonizada pelos

trabalhadores – do contrário, o

campus seria fechado e seus

servidores remanejados.

O SINASEFE NACIONAL e nossa

seção sindical do Pará continuarão

acompanhando esse processo, parte

integrante da expansão irregular da

Rede Federal de Educação, que

nunca planejou localmente os

procedimentos necessários para cada

região. Essa luta pela qualidade da

educação em Altamira está apenas no

início!

Trabalhadores denunciam situação de

abandono do Campus Altamira noInstituto Federal do Pará

4SINDICATO NACIONAL DOS SERVIDORES

FEDERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA,

PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

SINASEFE

Arq

uiv

o p

essoal | D

ivu

lgação

Servidores e alunos protestam contraa precarização do campus Altamira

Base elege nova gestãoApós a reativação da seção sindical do

SINASEFE em Alagoas, o Sintietfal,

deliberada por assembleia da categoria

(leia sobre em nossos Boletins 530 –

www.goo.gl/Y0soMp – e 532 –

www.goo.gl/x5AwmE), foi escolhida –

por eleição direta – a nova diretoria do

sindicato, a qual conduzirá a entidade

no próximo mandato.

A chapa “Novo Sintietfal”, foi eleita com

246 votos, sendo a única inscrita no

processo. Foram anulados 21 votos e 19

ficaram em branco. Apesar de ter uma

única chapa inscrita no processo, esta

foi a maior votação da história da

entidade, contando com a participação

de 34% do colégio eleitoral.

O S INASEFE compareceu na

assembleia realizada no dia 3 de

setembro que deliberou pela destituição

da antiga gestão e também pelas

formações da diretoria pro tempore e da

comissão que realizou este processo

eleitoral. Sem apoiar nenhum grupo,

todo o nosso papel foi – e tem sido –

acompanhar o que a base do Sintietfal,

amparada por todos os dispositivos

l e g a i s , d e l i b e r o u ; e s e m p r e

respeitaremos as decisões desta base!

Apesar da tentativa de um grupo em

m o n o p o l i z a r o s i n d i c a t o , o s

trabalhadores demonstraram que é

possível se reorganizar pela base e

resgataram a entidade à luta.

Assim como o exemplo dessa seção,

nenhum sindicato pode falar em nome

dos trabalhadores sem que haja o

devido respeito à democracia interna e

deliberações das suas intâncias

coletivas. O SINASEFE vem oferecendo

todo auxíl io para acompanhar

s i t u a ç õ e s s e m e l h a n t e s d e

autoritarismos em gestões, ou mesmo

da ausência delas, sempre respeitando

as posições tomadas pela categoria e

não po r d i r i g en t e s s ind i ca i s

comprometidos com seu próprio

“umbigo”.

Parabéns à base do Sintietfal e boas-

vindas à luta para a gestão que se inicia!

Aos dirigentes da gestão anterior, que

teimam em continuar questionando a

democracia interna no Sintietfal,

comunicamos que iremos dar todo

respaldo às deliberações das instâncias

de base e ao que foi deliberado pela

categoria. Essa foi inclusive uma

decisão de nossa PLENA, garantindo

com isso que mexeu com a base do

Sintietfal, mexeu com todo o SINASEFE.

sintietfal

SINASEFE já pleiteou emação junto ao STF a equipa-

ração do auxílio-alimen-

tação dos Servidores da

Rede com o valor pagono TCU

Revogação da Reforma

da Previdência do Men-salão será requisitadaao STF

Mediante a ilegalidade da Emenda

Constitucional nº 43/2003, que

imp lementou a Re fo rma da

Previdência, com uso de dinheiro

público, roubado através do esquema

do Mensalão, a Ação Direta de

Inconstitucionalidade (ADI) nº 4889

foi encaminhada ao Supremo

Tribunal Federal (STF) com objetivo

de revogar essa contrarreforma do

governo Lula. O SINASEFE, por meio

de sua Assessoria Jurídica Nacional

(AJN), estará na próxima semana

p r o t o c o l a n d o r e q u e r i m e n t o

solicitando a admissão como amicus

curiae (terceiro interessado) ao

Supremo.

A ADI, que pleiteia o cancelamento da

EC 43/2003, questionando sua

c o n s t i t u c i o n a l i d a d e , f o i

impulsionada pela comprovação de

c o r r u p ç ã o p o r p a r t e d o s

parlamentares que votaram e

aprovaram a PEC, conforme revelado

durante o julgamento da Ação Penal

nº 470, conhecida como o processo do

Mensalão.

A aprovação deste crime mascarado

como reforma promoveu profundas e

negativas alterações no sistema

previdenciário dos servidores

públicos federais, modificando as

r e g r a s d e c o n c e s s ã o d e

aposentadoria, os critérios de fixação,

a redução no valor dos benefícios e,

a inda , c r i ou a p r ev idênc i a

complementar (Funpresp) que

ins t i tu iu a pr i va t i zação da

contribuição previdenciária para os

Servidores Públicos.

Como se não bastasse, toda a

listagem de lesões aos nossos direitos

ficou evidenciada no processo no STF

que deputados envolvidos na

aprovação da emenda – entre eles

líderes partidários – compravam

votos e apoio político de acordo com

os interesses nefastos do governo

petista.

Sendo uma questão que afeta todos

os trabalhadores da educação

pública há tanto tempo, que nos

trouxe tantos prejuízos, o SINASEFE

ingressará na r e f e r ida ADI

representando e demandando os

interesses da categoria.

O SINASEFE ingressou no STF a

solicitação de admissão como terceiro

interessado no processo que busca a

equiparação do valor do auxílio-

alimentação pago a servidores

públicos federais de categorias

diferentes.

Trata-se de recurso extraordinário

que teve reconhecida a sua

repercussão geral pelo STF e,

portanto, cuja decisão servirá como

“decisão vinculante” para as demais

que vierem a ser proferidas sobre o

t e m a . S a i b a m a i s a q u i :

www.goo.gl/rggSgL.

No primeiro despacho, o Ministro

Relator Luiz Fux, indeferiu o pedido

de todas as entidades sindicais que

solicitaram ingresso e atuação no

processo. O SINASEFE já apresentou

recurso reiterando a necessidade e

relevância de sua atuação na referida

ação, pois representa nossos

interesses.

A AJN recomenda aos juristas das

seções evitarem dar entrada em

novas ações enquanto a decisão do

STF não se consolidar, visto que o

SINASEFE, como representante

nacional, já repete a solicitação. O

processo ainda aguarda data de

julgamento pelo Plenário do

Supremo.

5SINDICATO NACIONAL DOS SERVIDORES

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PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

SINASEFE

jurídicojurídico

Licença para tratamento

de saúde e falta de perito

oficial no local

O Decreto nº 7003/200 regulamenta

a licença para tratamento de saúde,

estabelecendo a impossibilidade de

locomoção do servidor, indicando –

desta forma – que a avaliação pericial

será realizada no estabelecimento

hospitalar onde ele se encontrar

internado ou em domicílio.

Além disso, o Decreto preconiza que

inexistindo perito oficial, unidade de

saúde do órgão ou entidade no local

onde está em exercício o servidor, a

unidade empregadora celebrará

acordo de cooperação com outro

órgão ou entidade da administração

federal, ou firmará convênio com

unidade de atendimento do sistema

público de saúde ou com entidade da

área de saúde, sem fins lucrativos,

declarada de utilidade pública.

Na impossibilidade disso, que deverá

ser devidamente justificada, o

órgão/ent idade promoverá a

contratação da prestação de serviços

por pessoa jurídica, nas condições

previstas em lei.

Alguns servidores estão tendo que se

deslocar até outra cidade onde há

perito oficial da Instituição para que

possam ingressar na licença para

tratamento de saúde às suas

expensas. Esta conduta é ilegal por

parte da administração pública. Se a

i n s t i t u i ç ã o n ã o a d o t o u a s

providências contidas na lei, não é

dever do servidor realizar seu

deslocamento, ainda mais estando

enfermo e/ou com sua saúde

fragilizada.

No VI Encontro Jurídico do

S I N A S E F E ( v e j a r e l a t ó r i o :

www.goo.gl/AkS8eI) foi debatido que

a legislação prevê, na exigência de o

servidor passar por junta médica, que

esta junta se desloque até a cidade do

servidor. Nos casos em que não

houver, o servidor poderá apresentar

laudo elaborado por médico,

preferencialmente, de hospital

público. Dessa forma, nada poderá a

Instituição questionar, visto que a

inexistência de perito no local que

levou o servidor a tal procedimento.

Informes da Assessoria

Jurídica do SINASEFE

A condição do trabalho escravo é

desumana e só pode nos gerar

indignação. Todo ser humano nasce

livre e não é passível de aceitação o

fato de que um possa ser objeto de

trabalho pertencente a outro.

Infelizmente, mesmo com todo o

combate a esta prática por parte da

Organização Internacional do

Trabalho (OIT), da nossa legislação

trabalhista e de todo o movimento

sindical, o trabalho escravo e/ou

análogo ao mesmo está longe de

figurar somente nos livros de história.

A CSP-Conlutas, nossa central

sindical e popular, flagrou 37

o p e r á r i o s e m s i t u a ç ã o

constrangedora, trabalhando em

obra pública do “Programa Morar

Bem” (na cidade satélite de Riacho

Fundo 2), de responsabilidade do

Governo do Distrito Federal e com

financiamento do “Programa Minha

Casa, Minha Vida”, pertencente ao

Governo Federal. A empreiteira

contratada para a obra e responsável

pela condição dos trabalhadores é a

JC Gontijo Engenharia S.A.

Após receber denúncia anônima, o

representante da executiva nacional

da Central, Atnágoras Lopes, viajou

até Brasília/DF na segunda-feira

(30), com objetivo de visitar os

operários e ter conhecimento real do

fato. Para surpresa do mesmo, o que

fora visto superou a própria denuncia

e não restou alternativa à CSP que

não o resgate destes trabalhadores.

Em assembleia realizada no local que

f o r a m e n c o n t r a d o s p e l o

representante da CSP-Conlutas,

todos os 37 votaram por se retirar do

alojamento, rescindir o contrato de

trabalho com a JC Gontijo, processar

a empresa por dano moral individual

e coletivo e retornar aos seus lares –

nenhum deles residia no DF, todos

eram do norte e nordeste do país e

foram aliciados com promessas de

reembolso e propostas salariais que

jamais se concretizaram.

O SINASEFE prontamente amparou e

disponibilizou o alojamento para

abrigar os trabalhadores, a partir

daquele momento , mediante

exposição daquele drama pela CSP-

Conlutas.

Os relatos iniciais que nos chegaram

foram constrangedores: os primeiros

trabalhadores chegaram no dia 2 de

setembro, os últimos no dia 14. A

alimentação demorou cerca de 10

dias para começar a ser fornecida e

quando passou a ser fornecida não

chegava em número insuficiente (15

marmitas para 37 pessoas) e até

mesmo estragada. O reembolso das

passagens não tinha sido paga, assim

como prometiam os aliciadores e os

salários prometidos foram rebaixados

quando chegaram a Brasília: um

d e s r e s p e i t o a b s o l u t o a o s

trabalhadores! Além de todos estes

absurdos, as carteiras de trabalho

desses operários se encontrava retida

junto a JC Gontijo.

Além de todos estes desrespeitos,

prepostos da empresa diziam que os

37 trabalhadores migrantes teriam

que trabalhar mais do que os

residentes em Brasília, pois a

empresa teria um gasto extra com os

mesmos que prec i sar ia se r

justificado, tornando as horas extras

obrigatórias. A jornada de trabalho

deles, extenuante por natureza, que

em contrato deveria ser das 7 às 17

horas, nunca foi respeitada: o tempo

de refeição era de apenas meia hora e

as obras seguiam até às 2 horas da

madrugada, segundo relatos.

No alojamento em que estavam

abrigados, o qual foi fotografado (veja

aqui: ) em visita www.goo.gl/nzQqvm

da CSP-Conlutas, as condições eram

precárias e insalubres. O ambiente

era fétido e nenhum material de

limpeza e higiene pessoal foi cedido

pela empresa aos operários; o espaço

era pequeno e inadequado para 37

moradores, deixando improvisações

visíveis, como colchões na sala e

roupeiros na cozinha; e apenas um

banheiro, dos três existentes,

funcionava.

A m a i o r i a d o s o p e r á r i o s ,

desempregados em suas cidades,

conseguiram dinheiro emprestado

para viajar após o aliciamento da JC

Gontijo. Chegando à capital federal,

ao ver as promessas desfeitas e a

proposta salarial reduzida, não

restou alternativa que não fosse

aceitar aquele pouco, já que não

teriam como retornar.

Após o resgate, e abrigo fornecido pelo

capa

6SINDICATO NACIONAL DOS SERVIDORES

FEDERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA,

PROFISSIONAL E TECNOLÓGICAcapaSINASEFE

continua...

CSP-Conlutas resgata trabalhadores

em condições análogas à escravidão

SIN

AS

EFE

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ún

ior

Após resgate, operários foram abrigadosno alojamento do SINASEFE

7SINDICATO NACIONAL DOS SERVIDORES

FEDERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA,

PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

SINASEFE

CSP-Conlutas resgata trabalhadoresem condições análogas à escravidão

continuação...

SINASEFE, os trabalhadores e a CSP-

Conlutas iniciaram as denúncias ao

Ministério Público do Trabalho do

Distrito Federal (MPT/DF), já na terça

(01), levando ao conhecimento do

órgão toda a situação degradante a

que os trabalhadores estavam sendo

submetidos.

Sempre cobrando agilidade na

apuração do crime e resolução do

problema, houve retorno da CSP ao

MPT/DF na quarta (2) e, ainda sem

perspectiva de resolução, um ato foi

realizado pelas ruas de Brasília na

manhã de ontem, por deliberação dos

próprios trabalhadores, que,

portando cartazes, percorreram o

caminho do alojamento do SINASEFE

(703 sul) até a sede do MPT/DF

(quadra 513 norte) para

denunciar à população o

que estava acontecendo e

pressionar as autoridades

por um desfecho rápido do

problema, para retornarem

aos seus lares.

A pressão deu resultado e a

JC Gontijo se viu obrigada

pela nossa ação articulada

pela nossa central sindical e

popular a assinar um

acordo, garantindo todos os

d i r e i t o s t r aba lh i s t a s

previstos em Lei aos

trabalhadores: devolução

das carteiras de trabalho que

estavam retidas com assinatura das

mesmas a partir da data que saíram

de seus lares; av iso prévio

indenizado; reembolso de todas as

despesas com t ranspor t e e

alimentação que os trabalhadores

tiveram que arcar de quando

partiram até a data de regresso;

pagamento das passagens de retorno

de todos aos seus lares.

O processo por dano moral individual

e coletivo seguirá sendo investigado

pelo Ministério Público – pelo menos é

o que se espera –, e a CSP-Conlutas

mobilizará sua assessoria jurídica

para definir como cobrará a punição

pelo crime a todos os envolvidos:

empresa, empresário e governos

federal e distrital.

Vivemos um momento de vitória

parcial com o resgate desses 37

operários, mas essa luta está longe de

encerrar. Lamentamos a postura do

Ministério Público do Trabalho

(MPT/DF), que tomou conhecimento

do fato já na segunda-feira (30) e não

obrigou a empresa a pagar

alimentação e hospedagem (em

condições dignas!) dos trabalhadores

até que ela mesma resolvesse o

problema que criou (ou melhor

dizendo: o crime que cometeu). Por

mais que o SINASEFE e as demais

entidades que também apoiaram os

operários (Andes-SN e CSP-

Conlutas), abrigar os operários e

promover a sua alimentação eram

uma responsabilidade do estado e por

isso a surpresa e o lamento pela

postura do MPT/PF sempre estivesse

pronto a abrigar os operários, esta

não é uma obrigação das entidades

envolvidas no processo (CSP-

Conlutas, SINASEFE e Andes-SN).

As denúncias de trabalho análogo à

escravidão, que precisam ser

investigadas, sequer iniciaram por

parte do órgão. Resolver somente as

questões trabalhistas não nos é

suficiente, pois em nada isso garante

que essa empresa não irá repetir (se é

que já não repete) tal brutalidade com

outros trabalhadores.

E este crime cometido contra 37

operários parece estar longe de ser a

única ilegalidade cometida pela JC

G o n t i j o : o p r o p r i e t á r i o d a

empreiteira, José Celso Gontijo, foi

um dos investigados pela Polícia

F e d e r a l p o r a b a s t e c e r

monetariamente o Mensalão do DEM

no DF – o esquema de pagamento de

propina a deputados distritais

aliados, caso que levou o ex-

governador José Roberto Arruda à

prisão –, além de constar como o

terceiro maior doador do PSDB nas

eleições de 2010. Veja notícia aqui:

www.goo.gl/8Bhr3V.

Parece ilógico pensar que um possível

apoiador de uma política corrupta do

DEM e financiador de campanhas do

PSDB possa ter prestígio com o PT.

Mas o governo de Agnelo Queiroz

(usando financiamento do governo

Dilma) mantém contrato

com a empreiteira de

Gontijo, o que, se por um

lado não nos permite fazer

acusações de ilegalidade

contra esta “parceria”,

todavia não nos inibe de

p e n s a r e m q u a i s

formatações ela possa estar

se dando. Até porque não

estamos falando de uma

empresa idônea, mas de

empreiteira que, mesmo

sendo a quinta maior do

ramo no país, foi flagrada

d e s r e s p e i t a n d o

trabalhadores e a legislação

trabalhista vigente.

À CSP-Conlutas, ao SINASEFE e ao

Andes-SN, que vieram a somar nesta

luta, não importa se Celso Gontijo

tem rendimentos suficientemente

volumosos para doar de uma só

tacada R$ 8,2 milhões à campanha de

José Serra ou se pode pagar ao ex-

Ministro do STF, Sepúlveda Pertence,

para defendê-lo. O que importa é que

a situação de crime contra esses 37

operários foi f lagrante e os

responsáveis (Gontijo, sua empresa e

os governos federal e do DF) têm que

ser punidos.

Confira matéria da data do resgate

publicada em nosso site no início

desta semana: .www.goo.gl/nzQqvm

capacapa

SIN

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ior

Trabalhadores agradeceram ao SINA-SEFE pelo acolhimento e solidariedade

A quarta reunião do CPRSC

(Conselho Permanente do RSC), após

certo acúmulo de debates, teria tudo

para avançar alguns degraus em

nosso favor e minimizar graves

distorções na carreira dos docentes

do EBTT, mas, apesar dos nossos

esforços, consolidou-se o que já

prevíamos quando decidimos

participar deste fórum: os objetos em

d i s p u t a s ã o m e r a m e n t e

conf igurações acessór ias do

“benefício”; nada que não ao encontro

dos interesses do governo e possa

ampliar a abrangência na concessão

do RSC é aprovado neste Conselho.

O último encontro deste Conselho

aconteceu nos dias 30/09 e 01/10,

na sede do Ministério da Educação

(MEC). Na abertura da reunião, antes

mesmo da leitura da ata, o SINASEFE

cobrou resposta sobre a proposta que

fez nas últimas reuniões quanto ao

direito dos professores aposentados

em pleitear o RSC. Sem qualquer

constrangimento, o representante do

governo, Sr. Aléssio Trindade de

Barros, deixou claro que não existe

nenhum interesse ou disposição em

p e r m i t i r e s s e d i r e i t o a o s

aposentados, e que as entidades

sindicais presentes fizessem essa

requisição por outras vias, já que

naquele espaço não haveria

possibilidade alguma de propor esse

tipo de deliberação.

O SINASEFE, diferente do Proifes,

que apenas corroborou mais uma vez

com a política do nosso patrão,

afirmou que buscará de todas as

formas, indo inclusive à justiça, caso

necessár io , garant ir que os

aposentados possam requerer o RSC.

Diante dos ataques que os últimos

governos do PT já lançaram contra os

aposentados, sobretudo na Reforma

da Previdência e com a criação do

Funpresp, não nos surpreende que

t ratem este segmento como

trabalhadores que “já faleceram” ou

que sejam um estorvo para o estado

brasileiro, sem que nenhum novo

direito possa lhes ser estendido. A

paridade é um dos nossos princípios e

não permitiremos esse tipo de

exclusão: vamos à luta!

Sobre a retroatividade da RSC, que já

deveria estar estabelecida desde

março desse ano, o governo também

afirmou que esta não será paga

retroativamente. Mais um ponto que

nosso sindicato garantiu que

judicializará, pois entende que a

lentidão do governo em aprovar o RSC

não pode mais um vez trazer prejuízo

para os docentes.

Assim como na reunião anterior, a

grande polêmica do evento se deu

quanto ao reconhecimento de saberes

para os docentes com mais de 15

anos de serviços prestados, que

nunca tiveram incentivos na carreira

para registrar suas atividades,

diferentemente dos novos (inseridos

no produtivismo imposto pela

Plataforma Lattes). Como permitir

um mesmo julgamento para

profissionais com perfis diferentes? O

SINASEFE constrangeu todos no

Conselho, demonstrando onde

estavam inseridos os docentes que

entraram 15 anos atrás nas (ainda)

escolas técnicas federais, ao final do

primeiro mandato de Fernando

Henrique, onde planos de carreira e

c o n c u r s o s p ú b l i c o s e r a m

p r a t i c a m e n t e i n e x i s t e n t e s .

De f endemos , c om t odos o s

argumentos, que estes docentes

deveriam ser integrados ao RSC

prontamente, como premiação pelos

serviços prestados à população, já

que mesmo sem incentivo e com

direitos postos como objetos de

precarização, garantiram durante

muitos anos os níveis de excelência

vistos no ensino das escolas federais.

Proifes e Ministério da Defesa

ignoraram isso e achincalharam

nossa proposta, chamando-a de

“trem da alegria”.

Quanto ao Proifes, nossa base já

conhece bem e sabe a quem servem.

Já ao Ministério que representa dos

mi l i ta res , os qua is adoram

promoções – sobretudo automáticas

–, nos cabe ressaltar apenas o

corporativismo do mesmo ao querer

tornar a ferramenta o mais limitada

possível, já que os beneficiados com a

mesma serão civis. O SINASEFE

defende sua base e entende que o

quão mais amplo for a extensão de

um benefício aos trabalhadores

(ainda que este seja um benefício

limitado, que não contempla nossos

continua...

SIN

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4ª reunião do CPRSC transformou o benefícioem algo quase inalcançável aos docentes

8SINDICATO NACIONAL DOS SERVIDORES

FEDERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA,

PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

SINASEFE

Governo e Proifes burocratizamreunião e impedem avanços

CPRSC

Governo e Proifes burocratizamreunião e impedem avanços

continuação...

9SINDICATO NACIONAL DOS SERVIDORES

FEDERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA,

PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

SINASEFE

anseios), melhor: quanto mais

docentes forem “premiados” com o

RSC, mais posit ivo para os

servidores! Se o Proifes enxerga

problema na larga extensão do

reconhecimento por descaracterizar o

instrumento de barganha que as

gestões podem transformá-lo para

usufruir politicamente do mesmo,

azar o deles.

Após sermos derrotados em votações

anteriores, mas demonstrando a

validade da nossa reivindicação, a

mesa se convenceu de que não

haveria como permitir a mesma

a v a l i a ç ã o p a r a o s

docentes com maior

t e m p o d e s e r v i ç o ,

inser idos antes da

habituação do Lattes. A

inclusão por tempo de

serviço não foi aprovada,

mas seguimos pautando

a necessidade de uma

avaliação diferenciada, a

qual seria feita a partir de

um memorial com as

atividades desenvolvidas

pelo docente, assinado

por duas testemunhas.

Mesmo assim, Proifes e

g o v e r n o n ã o s e

c o n v e n c e r a m e

apresentaram propostas

confusas, que buscavam

confluir com a nossa

(numa tentativa clara de

c o o p t a ç ã o ) , m a s

limitando o alcance do

memorial para concessão

do RSC. O Proifes, no segundo dia da

reunião (quando a questão foi

votada), chegou a validar uma

proposta praticamente idêntica a

nossa, a qual – para garantir nossa

vitória – aceitamos consensuar. Mas

o governo percebeu que ali poderia

ser derrotado e propôs meramente

uma comprovação diferenciada

ap en as p a ra a s a t i v i d ad es

desenvolvidas antes de 2003.

Os pelegos sindicais entenderam a

bronca de seu patrão e, como

“autores da proposta” (que antes

apresentaram apenas para propor a

nossa com outras palavras),

retiraram sua sustentação para

defender a posição do governo contra

a dos trabalhadores. Tal postura, já

adotada em reuniões anteriores, não

nos surpreende mais.

Restou para o SINASEFE sustentar a

proposta e ir à votação, onde nossos

três conselheiros votaram sozinhos

contra a bancada governista, Proifes

e Conselhos de Dirigentes, onde

acabamos derrotados.

Por fim, enquanto o SINASEFE

defendeu que 50% das diretrizes do

RSC pretendido fossem suficientes

para o ingresso no benefício, o

governo propôs irreais 80%, o que

tornará o mesmo praticamente

inalcançável. Então cai a máscara do

governo Dilma: o benefício existe,

mas só poucos privilegiados podem

alcançar seus índices abusivos de

ex igênc ias para receber ta l

concessão.

Com uma composição da mesa onde a

correlação de forças sempre foi

desfavorável ao extremo, com

entidades do governo que sequer

parecem existir marcando presença

dentro do conselho, os interesses dos

trabalhadores (antagônicos aos do

governo) sempre seriam diluídos em

“propostas consensua is ” ou

derrotados em votações. Nada que

não soubéssemos ao ingressar nesta

negociação, mas que ainda assim

avaliamos como importante a nossa

participação até este momento por

estarmos fiscalizando como decidem

questões da carreira dos docentes do

EBTT, como se comporta docilmente

o Proifes diante de negociações com o

governo, do qual seus dirigentes

parece quererem fazer parte, e por

ainda ser possível – mesmo que

derrotados em votações – jogar o

constrangimento ao MEC pela forma

precar i zada as qua is es tão

estruturadas as relações de trabalho

dos servidores da educação federal.

A próxima reunião do CPRSC será no

dia 16, tendo como pauta o

fechamento da Resolução que vai

definir os passos para os docentes

pleitearem o benefício. Confira aqui o

relatório da quarta reunião do

conselho: .www.goo.gl/v4tCUg

SIN

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ário

nio

r

SINASEFE buscou, de todas, as formas ampliare facilitar o acesso dos docentes ao RSC

CPRSC

Desde oito de agosto os trabalhadores

da educação das redes municipal e

estadual do Rio de Janeiro entraram

em greve e foram às ruas cobrar

melhorias para a

e d u c a ç ã o

púb l i ca , com

u m a p a u t a

c o m p o s t a d e

d i v e r s a s

reiv indicações

em comum da

categor ia . As

paralisações no

centro do Rio e

e m f r e n t e à

A s s e m b l e i a

L e g i s l a t i v a

(ALERJ) tem atraído a atenção de

todo o país, entretanto da forma mais

triste: com muita truculência, balas

de borracha, gás lacrimogêneo e até

armas de choque por parte dos

policiais contra os trabalhadores. O

que estamos assistindo, neste

momento, trata-se de um desrespeito

à democracia e aos direitos humanos!

Diante da v io lência pol ic ia l

desproporcional e abusiva que vitima

os servidores da educação das duas

redes, o SINASEFE manifesta seu

tota l e i rrestr i to apoio aos

trabalhadores, que tudo que fazem é

utilizar de seu direito de greve e livre

manifestação de pensamento, sendo,

em contrapartida, massacrados por

uma pol íc ia mal treinada e

comandada por covardes.

Sem nenhuma credibilidade junto à

opinião pública, Eduardo Paes e

Sérgio Cabral intensificam o uso da

violência dia após dia, ao invés de

negociarem com os trabalhadores,

apelando à aplicação de multas ao

Sindicato Estadual dos Profissionais

da Educação do RJ (Sepe) por dissídio

coletivo. Com essas ações, ambos

escancaram a todos os olhares o

ideário fascista ao qual submetem a

população.

Na rede municipal

A mídia, por outro lado, não evidencia

os motivos pelos quais os professores

municipais se posicionam contra o

plano de carreira

d e P a e s ,

estabelecido pelo

PL 442, que fora

aprovado pelos

ve readores na

últ ima quarta-

feira (02), mesmo

c o m t o d a a

o c u p a ç ã o n a

frente da sede

legislat iva, em

repúdio ao PL.

P o r é m , a

unificação da classe demonstra que

todas as represálias não retirarão

esses trabalhadores das mobilizações

e que a resistência vai continuar!

É preciso lembrar que, ao contrário

do discurso do prefeito, esse Plano de

Carreira nunca foi debatido com os

trabalhadores e possibilita, por

e x e m p l o , a

polivalência de

e d u c a d o r e s ,

demonstrando a

f a l t a d e

compromisso de

P a e s c o m a

qua l i dade da

e d u c a ç ã o

p ú b l i c a , s e m

especialistas de

cada área do

conhec imen to

( c o m o

m a t e m á t i c a ,

história etc).

Um retrocesso que só poderia vir de

um político que já afirmou ter

dinheiro para não ter que matricular

seus filhos em escolas públicas.

Esses profissionais da educação

tomam as ruas, também por conta de

mais de 90% ficarem de fora desse

plano, que não apresenta paridade

para os aposentados e nem atende a

antiga solicitação de 30 horas para os

funcionários administrativos, além

de promover uma retaliação ao

docente que não migrar ao regime de

40 horas.

Na rede estadual

Com vários benefícios reduzidos, os

servidores da rede estadual

de l iberaram em assemble ia ,

realizada no dia dois de outubro, pela

continuidade da paralisação, já que o

governo do estado não acenou com

qualquer proposta visando o

atendimento às reivindicações da

categoria, segundo nota do Sepe.

O governador Sérgio Cabral não tem

respeitado o direito de greve e

manifestação desses trabalhadores,

enviando tropas de choque para

reprimir os educadores. Este

governador, inclusive, está em débito

com a educação: fechou mais de 50

escolas da rede estadual e, desde

então, tem explorado os professores,

obrigando-os a peregrinarem com

cargas horárias excessivas para

suprir as falhas que seu governo

criou/intensificou.

Há quase dois meses os professores

pedem jornada de trabalho em uma

só escola e que tenham um terço de

carga horária para planejar suas

10SINDICATO NACIONAL DOS SERVIDORES

FEDERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA,

PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

SINASEFE

violência no RJ

continua...

Professores do RJ tem nosso apoio;

Cabral e Paes, o nosso repúdio!

Estamos assistindo,

neste momento, um

desrespeito à

democracia e aos

direitos humanos

Sepe/R

J |

Div

ulg

ação

Assembleia de professores da redeestadual decide manter a greve

11SINDICATO NACIONAL DOS SERVIDORES

FEDERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA,

PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

SINASEFE

violência no RJ

aulas, como determina a Lei. A

imprensa está, como sempre,

criminalizando o movimento, como se

a democracia não concedesse aos

educadores o direito de lutar por um

Plano de Carreira digno e unificado, e

reajuste salarial para cobrir perdas e

demandas profissionais.

Violência não intimidará o

movimento

Como se não bastasse o que

diariamente esses professores estão

passando diante dos ataques das

forças policiais, houve a aplicação de

duas ações judiciais de dissídio

co le t ivo contra o Sepe, em

r e p r e e n s ã o / i n t i m i d a ç ã o à s

paralisações dos dias 8 e 9 de agosto,

com valores de R$ 300 mil e R$30 mil,

respectivamente. Isso mesmo,

punição pecuniária abusiva ao

sindicato por reivindicar os direitos

da categoria.

Um vídeo ( ) www.goo.gl/8PByvu

demonstra a realidade que a

imprensa esconde : nenhum

trabalhador atacou a polícia ou

iniciou atos de vandalismo, o

movimento foi pacífico e, mesmo

diante a tanto gás despejado em cima

dos manifestantes, tudo que fizeram

foi se sentar em demonstração de paz.

Bombas de efeito moral e até

morteiros foram utilizados pela

polícia contra os profissionais da

educação que apenas se contrapõem

às políticas desiguais e precárias dos

governos – um movimento mais do

que necessário para o futuro do país!

Diante deste cenário inaceitável, o

SINASEFE se solidariza à luta pela

dignidade de todos os professores do

Rio, bem como – mais uma vez –

agrega esforços contra esse

terrorismo por todo o país, certos de

que providências precisam ser

tomadas, sobretudo por entidades

ligadas à defesa dos direitos

humanos. Não admitiremos, NUNCA,

v e r q u a l q u e r c a t e g o r i a d e

t raba lhadores ag red ida po r

simplesmente lutar por seus direitos!

Professores do RJ tem nos-

so apoio; Cabral e Paes,o nosso repúdio!

continuação...

A Direção Nacional do SINASEFE, em

defesa do seu direito de representação

da categoria há mais de 25 anos desde

a fundação do SINASEFE, ingressou

com ação, e teve o pedido deferido (leia

mais aqui: ), www.goo.gl/u1nrYV

contra a pseudorepresentação

sindical junto ao governo, falando em

nome dos docentes da Rede Federal

de Ensino.

Tal “entidade”, ausente de razão e

representatividade, fez uma defesa

alucinada de um direito que,

comprovadamente, não possui, e até

tentou nos acusar de fazer aquilo que

ele próprio faz: política sindical sem

autonomia e de conciliação de

classes. Acusações tão infundadas

que não podem ser levadas a sério.

Não colou.

Em resposta ao Peleguifes, o

SINASEFE lançou uma nota

esclarecendo o porquê e de como

vimos representando os docentes do

EBTT e os técnicos-administrativos

do PCCTAE há 25 anos, enquanto

ferramenta de luta criada pelos

segmentos representados, diferente

daquela pelegada, com a sua entidade

que já nasceu a partir das mãos da

articulação governamental, devido à

época ter sido derrotada nas eleições

junto aos docentes universitários.

Qual autonomia pode ter uma

entidade cujo seu Presidente,

Eduardo Rolim de Oliveira, é membro

do Conselho de Desenvolvimento

Econômico e Social (CDES) do

governo de Tarso Genro (PT), no Rio

Grande do Sul? Não são suposições

nossas: as informações estão no

próprio site do Peleguifes e do

CDES/RS!

Durante os debates no CPRSC,

chegamos ao limite do ridículo ao ver

os representantes deste embuste

sindical reformar propostas do

governo e deixá-las ainda mais

rebaixadas; ou ao ver colocarem

propostas sensivelmente melhores e

retirarem as mesmas de pauta

quando o governo lhes dá uma

“bronca”. Os representantes de Dilma

disseram claramente que não irão

conceder o direito do RSC aos

aposentados, o que é juridicamente

questionável. E o SINASEFE teve a

tarefa de defender sozinho esse direito

diante de um silêncio constrangedor

do Peleguifes.

Foi por isso que o SINASEFE

ingressou com ação contra o

Peleguifes: para respaldar nosso

direito legal e legítimo, consolidado a

quase três décadas, de representação

da categoria. Não podemos deixar que

nossos inimigos falem em nosso nome

e vendam nossos direitos: é isso que

está em jogo!

Não fomos nós e nem a decisão da

justiça em nosso favor que rejeitou

esse antissindicato, foi a base que deu

como resposta ao Peleguifes que eles

nunca falarão em seu nome.

Estamos, definitivamente, muito

tranquilos quanto a isso, pois dos 40

mil trabalhadores docentes e ténicos-

administrativos em educação que

compõem a Rede Federal Básica,

Profissional e Tecnológica, o

SINASEFE possui a filiação individual

e espontânea de mais de 25 mil

trabalhadores.

Leia a nota em resposta ao Peleguifes

aqui: .www.goo.gl/eQzWx3

SINASEFE lança nota aoPeleguifes

expedienteEste boletim é uma publicação do

SINASEFE NACIONAL

Responsáveis por este boletim

William Carvalho

Eulálio Costa

Jornalistas

Jéssica Fernandes MTb/DF 65335

Mário Júnior MTb/AL 1374

Sede e redação

SCS, Qd 02, Bl C, Sls 109/110,

Edifício Serra Dourada.

CEP: 70300-902 | Brasília/DF

Fone/Fax

(61) 2192-4050/2192-4095

e-mail

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