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CUIDADO ALÉM DA COMPLEMENTARES HOSPITAL UNIV Camila Mahara Dias Damasce 1 Hospital Universitário da Unive 2 Trilhar 3 Universidade Federa Introdução No Brasil, o sistema de sa de críticas (ISCHKANIAN; PEL no país, valoriza a doença, u influenciado pelo paradigma n induzindo os profissionais a visu 2010; ANDRADE; COSTA, 20 2006). É notória a importância tratamento de doenças, mas pe integralidade, quando na conduçã (FLORIAN; MEIRELLES; SOU Dentro desse contexto Complementares na promoção d possibilitar alternativas que visem se centraliza em partes específi desequilíbrio do processo saúde-d Esse trabalho retrata a e Universidade Federal do Vale do objetivo principal de Promover, processo saúde-doença dos pac atividades foram idealizadas apó (HU-UNIVASF) em relação ao a relacionados, entre outros, à su instituição, já veiculado na mídia contat www.c BIOMEDICINA: PRÁTICAS INTE S PARA PACIENTES E ACOMPAN VERSITÁRIO DA UNIVASF (HU-U eno (1); Tereza Roberta Castro Rodrigues (2) Barreto (3) ersidade Federal do Vale do São Francisco, milamaha r Espaço Terapêutico, [email protected] al do Vale do São Francisco, alexandre.barreto@univa aúde com seu modelo de atenção centrado na LICIONI, 2012). O modelo biomédico, sistem utilização de medicamentos, tecnologia, newtoniano-cartesiano, que promoveu a fra ualizarem apenas partes específicas do sujeito 010; BARBOSA et al., 2001; BARROS, 20 da biomedicina e recursos por ela utilizado ercebe-se sua limitação por não visualizar ão de problemas de saúde decorrentes da inter USA, 2011; TESSER; SOUSA, 2012). o, evidencia-se a importância das Prá da saúde, melhor qualidade de vida e tratam m a integralidade do cuidado, distante da abor icas do sujeito, desconsiderando múltiplos doença. experiência de um projeto de extensão real o São Francisco (HU-UNIVASF), na cidade , através de Práticas Integrativas e Comple cientes internados no HU-UNIVASF e seu ós perceber a insatisfação dos usuários do H atendimento oferecido por essa instituição. O uperlotação e a carência de algumas espec a local. (83) 3322.3222 [email protected] congrepics.com.br EGRATIVAS E NHANTES DO UNIVASF) ); Alexandre Franca [email protected] asf.edu.br a doença tem sido alvo ma dominante de saúde especialização e foi agmentação do saber o (ALMEIDA FILHO, 002; LEGUIZAMÓN, os para a prevenção e r o indivíduo na sua ração de vários fatores áticas Integrativas e mento de doenças, por rdagem biomédica que fatores envolvidos no lizado no Hospital da e de Petrolina/PE, com ementares, melhora no us acompanhantes. As Hospital Universitário Os motivos disso estão cialidades médicas na

CUIDADO ALÉM DA BIOMEDICINA: PRÁTICAS …editorarealize.com.br/revistas/congrepics/trabalhos/TRABALHO_EV076... · 1 Hospital Universitário da Universidade Federal do Vale do São

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CUIDADO ALÉM DA BIOMEDICINA: PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES PARA PACIENTES E ACOMPANHANTES DO

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVASF (HU

Camila Mahara Dias Damasceno (1);

1 Hospital Universitário da Universidade Federal do Vale do São Francisco,

2 Trilhar Espaço Terapêutico

3 Universidade Federal do Vale do São Francisco

Introdução

No Brasil, o sistema de saúde com seu modelo de atenção centrado na doença tem sido alvo

de críticas (ISCHKANIAN; PELICIONI, 2012). O modelo biomédico, sistema dominante de saúde

no país, valoriza a doença, utiliza

influenciado pelo paradigma newtoniano

induzindo os profissionais a visualizarem apenas partes específicas do sujeito (ALMEIDA FILHO,

2010; ANDRADE; COSTA, 2010; BARBOSA et al., 2001; BARROS, 2002; LEGUIZAMÓN,

2006).

É notória a importância da biomedicina e recursos por ela utilizados p

tratamento de doenças, mas percebe

integralidade, quando na condução de problemas de saúde decorrentes da interação de vários fatores

(FLORIAN; MEIRELLES; SOUSA, 2011; TESSER; SOUSA,

Dentro desse contexto, evidencia

Complementares na promoção da saúde, melhor qualidade de vida e tratamento de doenças, por

possibilitar alternativas que visem a integralidade do cuidado, distante da

se centraliza em partes específicas do sujeito, desconsiderando múltiplos fatores envolvidos no

desequilíbrio do processo saúde-doença

Esse trabalho retrata a experiência de um projeto de extensão realizado no Hospital da

Universidade Federal do Vale do São Francisco (HU

objetivo principal de Promover, através de Práticas Integrativas e Complementares, melhora no

processo saúde-doença dos pacientes internados no HU

atividades foram idealizadas após perceber

(HU-UNIVASF) em relação ao atendimento oferecido por essa instituição. Os motivos disso estão

relacionados, entre outros, à superlotação e a carência de algumas especialidades médicas na

instituição, já veiculado na mídia local.

[email protected]

www.co

CUIDADO ALÉM DA BIOMEDICINA: PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES PARA PACIENTES E ACOMPANHANTES DO

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVASF (HU-UNIVASF)

Camila Mahara Dias Damasceno (1); Tereza Roberta Castro Rodrigues (2)Barreto (3)

Hospital Universitário da Universidade Federal do Vale do São Francisco, [email protected]

Trilhar Espaço Terapêutico, [email protected] Universidade Federal do Vale do São Francisco, [email protected]

No Brasil, o sistema de saúde com seu modelo de atenção centrado na doença tem sido alvo

críticas (ISCHKANIAN; PELICIONI, 2012). O modelo biomédico, sistema dominante de saúde

no país, valoriza a doença, utilização de medicamentos, tecnologia, especialização

pelo paradigma newtoniano-cartesiano, que promoveu a fragmentação d

induzindo os profissionais a visualizarem apenas partes específicas do sujeito (ALMEIDA FILHO,

2010; ANDRADE; COSTA, 2010; BARBOSA et al., 2001; BARROS, 2002; LEGUIZAMÓN,

É notória a importância da biomedicina e recursos por ela utilizados p

tratamento de doenças, mas percebe-se sua limitação por não visualizar o indivíduo na sua

integralidade, quando na condução de problemas de saúde decorrentes da interação de vários fatores

(FLORIAN; MEIRELLES; SOUSA, 2011; TESSER; SOUSA, 2012).

Dentro desse contexto, evidencia-se a importância das Práticas Integrativas e

Complementares na promoção da saúde, melhor qualidade de vida e tratamento de doenças, por

possibilitar alternativas que visem a integralidade do cuidado, distante da abordagem biomédica que

se centraliza em partes específicas do sujeito, desconsiderando múltiplos fatores envolvidos no

doença.

trabalho retrata a experiência de um projeto de extensão realizado no Hospital da

dade Federal do Vale do São Francisco (HU-UNIVASF), na cidade de Petroli

objetivo principal de Promover, através de Práticas Integrativas e Complementares, melhora no

doença dos pacientes internados no HU-UNIVASF e seus acompanhant

atividades foram idealizadas após perceber a insatisfação dos usuários do Hospital Universitário

UNIVASF) em relação ao atendimento oferecido por essa instituição. Os motivos disso estão

relacionados, entre outros, à superlotação e a carência de algumas especialidades médicas na

á veiculado na mídia local.

(83) 3322.3222

[email protected]

.congrepics.com.br

CUIDADO ALÉM DA BIOMEDICINA: PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES PARA PACIENTES E ACOMPANHANTES DO

UNIVASF)

Tereza Roberta Castro Rodrigues (2); Alexandre Franca

[email protected]

[email protected]

No Brasil, o sistema de saúde com seu modelo de atenção centrado na doença tem sido alvo

críticas (ISCHKANIAN; PELICIONI, 2012). O modelo biomédico, sistema dominante de saúde

ção de medicamentos, tecnologia, especialização e foi

cartesiano, que promoveu a fragmentação do saber

induzindo os profissionais a visualizarem apenas partes específicas do sujeito (ALMEIDA FILHO,

2010; ANDRADE; COSTA, 2010; BARBOSA et al., 2001; BARROS, 2002; LEGUIZAMÓN,

É notória a importância da biomedicina e recursos por ela utilizados para a prevenção e

se sua limitação por não visualizar o indivíduo na sua

integralidade, quando na condução de problemas de saúde decorrentes da interação de vários fatores

se a importância das Práticas Integrativas e

Complementares na promoção da saúde, melhor qualidade de vida e tratamento de doenças, por

abordagem biomédica que

se centraliza em partes específicas do sujeito, desconsiderando múltiplos fatores envolvidos no

trabalho retrata a experiência de um projeto de extensão realizado no Hospital da

a cidade de Petrolina/PE, com

objetivo principal de Promover, através de Práticas Integrativas e Complementares, melhora no

UNIVASF e seus acompanhantes. As

a insatisfação dos usuários do Hospital Universitário

UNIVASF) em relação ao atendimento oferecido por essa instituição. Os motivos disso estão

relacionados, entre outros, à superlotação e a carência de algumas especialidades médicas na

O HU-UNIVASF é considerado um hospital de alta complexidade e referência para 53

Municípios dos estados de Pernambuco e Bahia, atendendo aproximadamente 74.566 pessoas

ano. De acordo com dados obtidos junto ao setor adminis

permanecem internadas. Assim, considerando o HU

pesquisa e extensão, com possibilidades à execução e avaliação de diferentes práticas,

realizado desenvolveu um conjunto de açõ

atenção tanto de pacientes como acompanhantes, buscando assim qualificar a estadia de ambos

nesta instituição pública.

Metodologia

1. Identificação de voluntários

profissionais da área de Práticas Integrativas e Complementares para viabilizar as atividades

propostas.

2. Divulgação do projeto – Todos os pacientes e seus acompanhantes, hemodinamicamente

estáveis e com possibilidade de desenvolver

incentivados a participar do projeto. Foram fixados cartazes informando sobre as

as atividades que iam ser fornecidas mensalmente. Visando maior repercussão dos eventos que

foram realizados no hospital e contribuir com a divulgação

duas matérias foram publicadas pela

o projeto, foram realizadas reuniões visando explicar sobre o trabalho que

3. Planejamento das atividades

HU para identificar os melhores horários para o desenvolvimento das atividades. Reuniões com os

voluntários, instituições parceiras e colabora

atividades realizadas;

4. Formação – Foram oferecidos cursos de formação em PIC’s para profissionais do HU e alunos

da UNIVASF. A intenção dessa proposta foi multiplicar os atores com capacidade de pres

cuidado em PIC’s. Os cursos tinham parte teórica e

pré-requisito para obtenção do certificado e foi realizada com os pacientes e acompanhantes do HU

UNIVASF.

5. Atividades oferecidas – Foram oferecidos para os pacientes do HU

acompanhantes auriculoterapia, yoga, biblioterapia e reiki.

7. Coleta de dados – foi aplicado um questionário pré e pós curso para

motivação para realização do curso e

[email protected]

www.co

UNIVASF é considerado um hospital de alta complexidade e referência para 53

Municípios dos estados de Pernambuco e Bahia, atendendo aproximadamente 74.566 pessoas

. De acordo com dados obtidos junto ao setor administrativo do HU-UNIVASF, dessas, 6.152

permanecem internadas. Assim, considerando o HU-UNIVASF como um espaço de ensino,

pesquisa e extensão, com possibilidades à execução e avaliação de diferentes práticas,

onjunto de ações que contribuíram para a ampliação do cuidado e

atenção tanto de pacientes como acompanhantes, buscando assim qualificar a estadia de ambos

Identificação de voluntários - Durante a escrita do projeto, foram fir

profissionais da área de Práticas Integrativas e Complementares para viabilizar as atividades

Todos os pacientes e seus acompanhantes, hemodinamicamente

estáveis e com possibilidade de desenvolver Práticas Integrativas e Complementares, foram

incentivados a participar do projeto. Foram fixados cartazes informando sobre as

as atividades que iam ser fornecidas mensalmente. Visando maior repercussão dos eventos que

hospital e contribuir com a divulgação das atividades que foram oferecidas

duas matérias foram publicadas pela equipe de TV local. Para a equipe do hospital ficar ciente sobre

realizadas reuniões visando explicar sobre o trabalho que ia ser

3. Planejamento das atividades – Foi realizada uma reunião com os coordenadores dos setores do

HU para identificar os melhores horários para o desenvolvimento das atividades. Reuniões com os

voluntários, instituições parceiras e colaboradores foram realizadas mensalmente para organizar as

Foram oferecidos cursos de formação em PIC’s para profissionais do HU e alunos

A intenção dessa proposta foi multiplicar os atores com capacidade de pres

Os cursos tinham parte teórica e 20 horas de prática. A parte prática do curso era

requisito para obtenção do certificado e foi realizada com os pacientes e acompanhantes do HU

Foram oferecidos para os pacientes do HU

acompanhantes auriculoterapia, yoga, biblioterapia e reiki.

foi aplicado um questionário pré e pós curso para

motivação para realização do curso e avaliar o nível de conhecimento dos profissionais do HU. Para

(83) 3322.3222

[email protected]

.congrepics.com.br

UNIVASF é considerado um hospital de alta complexidade e referência para 53

Municípios dos estados de Pernambuco e Bahia, atendendo aproximadamente 74.566 pessoas por

UNIVASF, dessas, 6.152

UNIVASF como um espaço de ensino,

pesquisa e extensão, com possibilidades à execução e avaliação de diferentes práticas, o projeto

ampliação do cuidado e

atenção tanto de pacientes como acompanhantes, buscando assim qualificar a estadia de ambos

Durante a escrita do projeto, foram firmadas parcerias com

profissionais da área de Práticas Integrativas e Complementares para viabilizar as atividades

Todos os pacientes e seus acompanhantes, hemodinamicamente

Práticas Integrativas e Complementares, foram

incentivados a participar do projeto. Foram fixados cartazes informando sobre as PIC’s, assim como

as atividades que iam ser fornecidas mensalmente. Visando maior repercussão dos eventos que

das atividades que foram oferecidas,

equipe de TV local. Para a equipe do hospital ficar ciente sobre

ser desenvolvido.

uma reunião com os coordenadores dos setores do

HU para identificar os melhores horários para o desenvolvimento das atividades. Reuniões com os

realizadas mensalmente para organizar as

Foram oferecidos cursos de formação em PIC’s para profissionais do HU e alunos

A intenção dessa proposta foi multiplicar os atores com capacidade de prestar

. A parte prática do curso era

requisito para obtenção do certificado e foi realizada com os pacientes e acompanhantes do HU-

Foram oferecidos para os pacientes do HU-UNIVASF e seus

foi aplicado um questionário pré e pós curso para identificar o perfil,

ento dos profissionais do HU. Para

não deixar burocrático e afastar os usuários das atividade

pacientes e acompanhantes.

Resultados e Discussão

O projeto teve 1 ano de duração e conseguiu firmar parcerias com

na área de PIC’s, trabalhando com auriculoterapia, yoga, biblioterapia e reiki. Vale acrescentar os

estudantes, selecionados para atuar no projeto, e professores da Un

conduzir os trabalhos. No total, operaram efetivamente nesse projeto 1

Participaram dos cursos de formação

enfermagem. A maioria das pessoas, 74%, que part

informação sobre os assuntos abordados e mencionaram ser uma oportunidade para ampliar

conhecimentos sobre PIC’s, já que a maioria não teve oportunidade de aprender durante o curso

profissional. Ao final dos cursos ofertado

iniciativa.

Uma grande dificuldade para efetivação

valorização do modelo biomédico, durante o processo de formação dos profissionais. Os currículos

dificilmente adotam disciplinas obrigatórias voltadas para área de PIC’s (TESSER, 2009 apud

AZEVEDO; PELICIONI, 2011).

O hospital foi vislumbrado como centro para a prática de assistência do modelo biomédico,

espaço para investigação, tratamento e

profissionais centrada na observação do paciente no leito, com a explicação do adoecimento através

de disciplinas no campo da biologia, repercutindo em um cuidado superficial, sem a preocupação de

compreender e interferir na integralidade do sujeito

Durante a parte prática foram

Mesmo sem aplicar questionário para avaliar o nível de satisfação dos pacientes e acompanhantes

após as atividades, o grande número de pessoas que se interessaram em participar das atividades

oferecidas, já estima a efetividade do projeto.

As fotos a seguir também demonstram o grau de adesão e

fato que pode está relacionado a insatisfação dos usuários em relação ao modelo biomédico,

mecanizado e que não valoriza o sujeito na sua individualidade,

sistema procurarem outras alternativas terapêuticas (OTANI; BARROS, 2011).

[email protected]

www.co

não deixar burocrático e afastar os usuários das atividades, não aplicamos questionários com os

O projeto teve 1 ano de duração e conseguiu firmar parcerias com 5 voluntários que atuam

na área de PIC’s, trabalhando com auriculoterapia, yoga, biblioterapia e reiki. Vale acrescentar os

estudantes, selecionados para atuar no projeto, e professores da Universidade que também ajudaram

operaram efetivamente nesse projeto 11 pessoas.

dos cursos de formação 106 pessoas, a maioria, 51%, técnicos de

A maioria das pessoas, 74%, que participaram dos cursos tinham pouca

sobre os assuntos abordados e mencionaram ser uma oportunidade para ampliar

conhecimentos sobre PIC’s, já que a maioria não teve oportunidade de aprender durante o curso

Ao final dos cursos ofertados, todos referiram ter aprendido algo e a maioria elogiou a

Uma grande dificuldade para efetivação das Práticas Integrativas e Complementares

valorização do modelo biomédico, durante o processo de formação dos profissionais. Os currículos

dificilmente adotam disciplinas obrigatórias voltadas para área de PIC’s (TESSER, 2009 apud

AZEVEDO; PELICIONI, 2011).

O hospital foi vislumbrado como centro para a prática de assistência do modelo biomédico,

espaço para investigação, tratamento e experimentação de novas técnicas, tendo a atuação dos

profissionais centrada na observação do paciente no leito, com a explicação do adoecimento através

de disciplinas no campo da biologia, repercutindo em um cuidado superficial, sem a preocupação de

ir na integralidade do sujeito (BONET, 1999; RIBEIRO, 2012).

foram atendidas 350 pessoas, dentre pacientes e acompanhantes

Mesmo sem aplicar questionário para avaliar o nível de satisfação dos pacientes e acompanhantes

após as atividades, o grande número de pessoas que se interessaram em participar das atividades

oferecidas, já estima a efetividade do projeto.

ir também demonstram o grau de adesão e contentamento do

ato que pode está relacionado a insatisfação dos usuários em relação ao modelo biomédico,

mecanizado e que não valoriza o sujeito na sua individualidade, fazendo com que

outras alternativas terapêuticas (OTANI; BARROS, 2011).

(83) 3322.3222

[email protected]

.congrepics.com.br

s, não aplicamos questionários com os

voluntários que atuam

na área de PIC’s, trabalhando com auriculoterapia, yoga, biblioterapia e reiki. Vale acrescentar os

iversidade que também ajudaram

pessoas.

a maioria, 51%, técnicos de

sos tinham pouca ou nenhuma

sobre os assuntos abordados e mencionaram ser uma oportunidade para ampliar seus

conhecimentos sobre PIC’s, já que a maioria não teve oportunidade de aprender durante o curso

s, todos referiram ter aprendido algo e a maioria elogiou a

das Práticas Integrativas e Complementares é a

valorização do modelo biomédico, durante o processo de formação dos profissionais. Os currículos

dificilmente adotam disciplinas obrigatórias voltadas para área de PIC’s (TESSER, 2009 apud

O hospital foi vislumbrado como centro para a prática de assistência do modelo biomédico,

experimentação de novas técnicas, tendo a atuação dos

profissionais centrada na observação do paciente no leito, com a explicação do adoecimento através

de disciplinas no campo da biologia, repercutindo em um cuidado superficial, sem a preocupação de

(BONET, 1999; RIBEIRO, 2012).

entre pacientes e acompanhantes.

Mesmo sem aplicar questionário para avaliar o nível de satisfação dos pacientes e acompanhantes

após as atividades, o grande número de pessoas que se interessaram em participar das atividades

contentamento dos participantes,

ato que pode está relacionado a insatisfação dos usuários em relação ao modelo biomédico,

fazendo com que os usuários do

outras alternativas terapêuticas (OTANI; BARROS, 2011).

Figura 1 – Prática de yoga no corredor do hospital

Figura 2 – Sessão de Biblioterapia no corredor do hospital

Figura 3 – Sessão de reiki no hospital

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Prática de yoga no corredor do hospital

Sessão de Biblioterapia no corredor do hospital

Sessão de reiki no hospital

(83) 3322.3222

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Figura 4 – Formação em auriculoterapia

Conclusões

A dinâmica de trabalho diário, com muitas atribuições e cobranças para os profissionais de

saúde, prejudica a relação entre

Mas as PIC’s propõe um cuidado diferenciado, longe da mecanicidade

Através dos depoimentos proferidos, observou

HU durante as atividades desenvolvidas, pois foi possível estabelecer momentos de

escuta, diálogo, enfocando além da parte doente, proporcionando

Esse trabalho foi muito importante na disseminação de outras alternativas terapêuticas

existentes, pois a maioria dos usuários

Deve-se, portanto, acrescentar, nos cursos da área de saúde,

PIC’s e possibilitar que o conhecimento sobre essas terapias alcance a parte mais interessada, o

paciente. Assim, contribuirá para uma mudança assistencial, permitindo

durante a assistência.

Um resultado muito positivo que obtivemos foi a ampliação de nossa proposta de trabalho,

atualmente estamos implementando, como o apoio da super

referência em PIC's no serviço, para seguir ofertando formação e assistência em diversas

modalidades de cuidado, contribuindo para uma institucionalização das PIC's no processo de

trabalho do HU.

Referências Bibliográficas

ALMEIDA FILHO, N. Reconhecer Flexner: inquérito sobre produção de mitos na educação médica no Brasil contemporâneo. Cadernos de Saúde Públicadez. 2010.

[email protected]

www.co

Formação em auriculoterapia

A dinâmica de trabalho diário, com muitas atribuições e cobranças para os profissionais de

saúde, prejudica a relação entre profissional-paciente, dificultando a humanização da assistência

PIC’s propõe um cuidado diferenciado, longe da mecanicidade evidente na biomedicina.

Através dos depoimentos proferidos, observou-se nitidamente a satisfação dos usuários do

HU durante as atividades desenvolvidas, pois foi possível estabelecer momentos de

enfocando além da parte doente, proporcionando um cuidado ampliado/integ

Esse trabalho foi muito importante na disseminação de outras alternativas terapêuticas

usuários e profissionais desconheciam muitas das PIC’s ofertadas.

, nos cursos da área de saúde, disciplinas obrigatórias envolvendo as

possibilitar que o conhecimento sobre essas terapias alcance a parte mais interessada, o

Assim, contribuirá para uma mudança assistencial, permitindo

Um resultado muito positivo que obtivemos foi a ampliação de nossa proposta de trabalho,

atualmente estamos implementando, como o apoio da superintendência do HU, um centro de

referência em PIC's no serviço, para seguir ofertando formação e assistência em diversas

modalidades de cuidado, contribuindo para uma institucionalização das PIC's no processo de

ALMEIDA FILHO, N. Reconhecer Flexner: inquérito sobre produção de mitos na educação médica Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 26, n. 12, p. 2234

(83) 3322.3222

[email protected]

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A dinâmica de trabalho diário, com muitas atribuições e cobranças para os profissionais de

humanização da assistência.

evidente na biomedicina.

se nitidamente a satisfação dos usuários do

HU durante as atividades desenvolvidas, pois foi possível estabelecer momentos de distração,

um cuidado ampliado/integral.

Esse trabalho foi muito importante na disseminação de outras alternativas terapêuticas

profissionais desconheciam muitas das PIC’s ofertadas.

obrigatórias envolvendo as

possibilitar que o conhecimento sobre essas terapias alcance a parte mais interessada, o

Assim, contribuirá para uma mudança assistencial, permitindo um enfoque integral

Um resultado muito positivo que obtivemos foi a ampliação de nossa proposta de trabalho,

intendência do HU, um centro de

referência em PIC's no serviço, para seguir ofertando formação e assistência em diversas

modalidades de cuidado, contribuindo para uma institucionalização das PIC's no processo de

ALMEIDA FILHO, N. Reconhecer Flexner: inquérito sobre produção de mitos na educação médica , Rio de Janeiro, v. 26, n. 12, p. 2234-2249,

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