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Cultivo do Milho Colheita O agricultor deve integrar a colheita ao sistema de produção e planejar todas as fases, para que o grão colhido apresente bom padrão de qualidade. Nesse sentido, várias etapas, como a implantação da cultura, até o transporte, secagem e armazenamento dos grãos têm de estar diretamente relacionadas. Para um melhor escoamento da safra depois de colhida, alguns aspectos devem ser levados em consideração desde o planejamento de instalação. Num sistema de produção em que, por exemplo, o milho vai começar a ser colhido com o teor de umidade superior a 13%, alguns pontos decisivos devem ser destacados: área total plantada e data de plantio de cada gleba; produtividade de cada gleba; número de dias disponíveis para a colheita; número de colhedoras; distância entre os silos e as glebas; número de carretas graneleiras; velocidade da colheita;número de horas de colheita/dia; teor de umidade do grão; capacidade do secador; Capacidade do silo de armazenamento.

Cultivo Do Milho

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Cultivo do MilhoColheitaO agricultor deve integrar a colheita ao sistema de produo eplanejar todas as fases, paraqueogrocolhidoapresentebompadro de qualidade. Nesse sentido, vrias etapas, como aimplantao da cultura, at o transporte, secagem e armazenamentodos gros tm de estar diretamente relacionadas.!ara um melhor escoamento da safra depois de colhida, algunsaspectos devem ser levados em considerao desde o planejamentodeinstalao. Numsistemadeproduoemque, por e"emplo, omilho vaicomear a ser colhido com o teor de umidade superior a#$%, alguns pontos decisivos devem ser destacados& rea total plantada e data de plantio de cada gleba' produtividade de cada gleba' n(mero de dias dispon)veis para a colheita' n(mero de colhedoras' dist*ncia entre os silos e as glebas' n(mero de carretas graneleiras' velocidade da colheita'n(mero de horas de colheita+dia' teor de umidade do gro' capacidade do secador' ,apacidade do silo de armazenamento.Omilhoestprontoparaser colhidoapartir damaturaofisiol-gica do gro, oque acontece nomomento em que ./% dassementes na espiga apresentamuma pequena mancha preta noponto de insero das mesmas com o sabugo. 0odavia, se no houveranecessidadedeantecipaodacolheita, estadeveser iniciadaquando o teor de umidade estiver na fai"a entre #123/%. !ara tal, oprodutor deve levar em considerao a necessidade e disponibilidadede secagem, o risco de deteriorao, o gasto de energia na secagemo preo do milho na poca da colheita.Planejamento da Colheita!ara melhorar o rendimento, as reas devem ser divididas comcarreadores, de forma a facilitar a movimentao da colhedora e oescoamento da colheita pelas carretas ou caminh4es.5iferena de produtividade das glebas, assim comodesuniformidade nas condi4es da cultura no campo, tambm podemalterar acapacidadeefetivadeutilizaodacolhedora, isto, aquantidade de milho colhida em determinada rea, por unidade detempo.6fimde obter uma boa colheita, devemser consideradostambm os seguintes itens& a regulagem do espaamento entre cilindro e c7ncavo' a velocidade de rotao do cilindro' o teor de umidade do gro' a qualidade do gro e as perdas.O conjunto formado pelo cilindro eo c7ncavo constitui2se noque pode ser chamado de 8corao8 do sistema de colheita, e e"igemuitaatenonahoradaregulagem. Ocilindroadequadoparaadebulha do milho o de barras, e a dist*ncia entre este e o c7ncavo regulada de acordo com o di*metro mdio das espigas. 6 dist*nciadeveser tal queaespigasejadebulhadasemser quebradaeosabugo saia inteiro ou, no m"imo, quebrado em grandes pedaos.Outro ponto fundamental diz respeito 9 relao entre a rotaodo cilindro e o teor de umidade. 6 rotao do cilindro debulhador reguladaconformeoteor deumidadedosgros, ouseja, quantomais (midos, maior ser a dificuldade de debulh2los, e"igindo maiorrotaodocilindrobatedor.:medidaqueosgrosvoperdendoumidade, eles se tornam mais quebradios e mais fceis de seremdestacados, sendo necessrio reduzir a rotao do debulhador.6 regulagem de rotao do cilindro e a abertura entre o cilindroe o c7ncavo uma deciso entre a opo de perda e grosquebrados, semnuncater osdoisfatores#//%satisfat-rios. !ore"emplo, em caso de sementes, pode2se optar por uma perda maior,com menos gros quebrados.!esquisas realizadas na ;mbrapa 3323?%@, h uma maior dificuldade para se destacar asementedosabugo, sendorecomendadocolher comrota4es nafai"a entre A// e B// rpm. : medida que os gros vo secando nocampo, as rota4es mais bai"as so recomendadas, pela facilidade dedebulhar, alm de reduzir risco de danificao mec*nica na semente.No caso da colhedora de cilindro helicoidal, acoplada ao trator,verificou2sequeadebulhafoi maiseficiente, tendo2seconseguidoretirar praticamente todos os gros dos sabugos, apesar de omecanismo debulhador no ter regulagem para variao de rotao.5urante a regulagemdo sistema de debulha, devemserverificadasalgumaspartesdacolhedoracomo& tanquegraneleiro,para ver se h gros quebrados' elevador da retrilha, para saber seh muito materialvoltando para o sistema de debulha' e sa)da damquina, a fim de verificar se est saindo gro preso ao sabugo e seo sabugo est sendo muito quebrado.Qualidade dos grosNo finalda dcada de B/, a ;mbrapa realizou uma avaliaodos danos mec*nicos emgros de milho durante a colheita. Omtodo utilizado aliava inspeo visual 9 determinao de um )ndicede danos, baseado na avaliao do poder germinativo de sementescom diferentes categorias de danos. Os resultados mostraram que,em todas as situa4es, o )ndice de danos menor quando os grosforamcolhidos emrota4es mais bai"as e teores de umidadeinferiores a #A%.Cerificou2se, tambm, que a quantidade de gros comdanificao muito severa>gros quebrados commais dametadefaltando@ no foi afetada pela rotao do cilindro na fai"a de ?// aB// rpm, para a automotriz, e na fai"a de 1./ a D1/ rpm, para acolhedora acoplada ao trator. ;ntretanto, a danificao dessacategoria aumentou 9 medida que o teor de umidade aumentava de#3 a #?%, >dano de 3 a $%@ para 3/ a 3?% >dano de A a 1%@, tendosido maior tambm na colheita pela mquina acoplada ao trator.6 quantidade de gros com danos considerados grandes>trincasnoembrio, menosdametadedogrofaltando@ nofoiafetada pela rotao do cilindro >../ a B// rpm@ quando o teor deumidade estava alto, comeando a ser afetada pela rotao >?// a../ rpm@ nas fai"as mais bai"as de umidade.Eroscomdanosaparentementemenosseverosapareceramem maior quantidade em todos os casos, em teores de umidade maisbai"os, mesmo tendo2se usado rota4es de cilindro mais bai"as. Osresultados mostram que, para rota4es do cilindro debulhador entre?// e ../ rpm e gros com umidade entre #? e 3/%, o percentualde danos foi em torno de 3.%, considerando a colhedora automotriz.F no caso da colhedora acoplada ao trator, mais de ./% dos grosapresentaram esse tipo de dano em todas as situa4es.Perdas6 velocidade de trabalho recomendada para uma colhedora determinadaemfunodaprodutividadedaculturadomilho, porcausadacapacidadeadmiss)vel demanuseartodaamassaquecolhida junto com o gro. 6 fai"a de velocidade de trabalho varia de ?a A Gm+h, mas em colheita, o trabalho medido em toneladas+hora.!ortanto, ao tomar a deciso de aumentar ou diminuir a velocidade,no se deve preocupar com a capacidade de trabalho da colhedoraem hectares+hora, mas verificar se os n)veis tolerveis de perdas de#,. sacos+ha para o milho esto sendo obtidos.Existem quatro tipos de perdas:Pr-colheita 2 Oprimeiro tipo de perda ocorre no campo semnenhumaintervenodamquinadecolheitaedeveser avaliadaantes de iniciar a colheita mec*nica. ;ssa avaliao, tem, tambm, oobjetivodesaberseumacultivarapresentaounoproblemasdequebramento e"cessivo de colmo, se adaptada ou no para colheitamec*nica.Plataforma 2 6s perdas de espigas na plataforma so as que causammaior preocupao, uma vez que apresentamefeito significativosobre a perda total. !odem ter sua origem na regulagem da mquinade colheita, mas, de maneira geral, esto relacionadas com& aadaptabilidadedacultivar 9colhedora>uniformidadedaalturadainserodeespiga, alturadeinserodeespiga, porcentagemdeacamamento de plantas, porcentagem de quebramento de plantas@' on(mero de linhas das semeadoras, que dever ser igual ou m(ltiplodo n(mero de bocas da plataforma de colheita, e par*metrosinerentes 9 mquina de colheita >velocidade de deslocamento, alturada plataforma, regulagemdas chapas de bloqueio da espiga eregulagem do espaamento entre [email protected] soltos 2 6s perdas de gros soltos >rolo espigador e deseparao@ e de gros no sabugo esto relacionadas com aregulagemdamquina. Oroloespigador,geralmentenofinal dalinha,recebe um flu"omenorde plantase, com isso, debulha umpouco a espiga, ou ento a chapa de bloqueio est um pouco abertae+ou com espigas menores que o padro, entrando em contato com oroloespigador.6s perdas por separaosoocasionadas quandoocorresobrecarganosaca2palha, peneirassuperior ouinferior umpouco fechadas, ventilador com rotao e"cessiva, sujeira naspeneiras.Gros nos sabugos 2 ;ssetipo deperda ocorreemfunodaregulagem do cilindro e c7ncavo e apresenta, como poss)veis causas,a quebra do sabugo antes da debulha, grande folga entre cilindro ec7ncavo, velocidade elevada de avano, bai"a velocidade do cilindrodebulhador, barras do cilindro tortasou avariadas,c7ncavo torto ee"istncia de muito espao entre as barras do c7ncavo.Nos teores de umidade mais altos, testes indicaram que a perdadegrosnosabugofoi oquemaiscontribuiuparaoaumentodaperda total. !or isso, rota4es mais altas >A// a 1// rpm@ so maisindicadas.Nos teores de umidade mais bai"os, a perda de espigas, ap-s acolheita, foi a maior responsvel pelas perdas totais, e a rotao maisindicada est na fai"a de ?// a A// rpm.6 secagemnatural do milho no campo traz benef)cios nosentido de economizar energia na secagem artificial, mas, 9 medidaque o milho seca, diminuia concorrncia com as plantas daninhas,aumentando a incidncias destas. ;ste fato traz in(meros problemaspara a operao de colheita mec*nica, como, por e"emplo, oembuchamento das colhedoras com plantas daninhas, impedindo queas mquinas tenham bom desempenho.Exemplo de clculo para uso da colhedora,onsiderando2se uma colhedora trabalhando a uma velocidadede . Gm+h e com plataforma de quatro bocas, espaadas D/ cm entresi, em um campo cuja produtividade de A./// Gg+ha, a capacidadete-rica de colheita &=enoper)ododeumahoraforamcolhidos #,?3hademilho, aeficincia de campo igual a&No caso de colheita mec*nica, so aceitveis valores mdios deeficincia de campo entre B/% e 1/% ou, em outras palavras, 3/% a$/% do tempo perdido em manobras, desembuchamento, consertos,entre outros.,onsiderando que as reas a serem colhidas, de modo geral,apresentam produtividades >t+ha@ desuniformes, importanterelacionar a capacidade efetiva de trabalho em colheita em t+h.Clculo de Capacidade Efetiva de rabalho !CE":=e, por e"emplo, uma determinada colhedora automotrizestivertrabalhandoemdoislocaisdiferentes, campos6eH, comprodutividades de B t+ha e $ t+ha, respectivamente, e eficincia decampo de 1/%, o tempo necessrio para colher o campo H poderser menor,masaquantidadecolhida, por tempo, maior em6.Fustifica2se, assim, a reduo da velocidade de colheita, para evitarembuchamento. !ode2se, ento, fazer o seguinte clculo de,apacidade ;fetiva de 0rabalho >,;0@&Campo #: velocidade $ %m&hCampo ': (elocidade ) %m&h!ara estimar esta velocidade, comcolhedoras que no possuemmedidores de velocidade >veloc)metro@, procede2se da seguintemaneira&,onta2se o n(mero de passos largos >cerca de D/ cm+passo@ tomadosem3/segundos, caminhandonamesmavelocidadeeaoladodacolhedora'