Cultura Afro e Indígena Brasileira

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Projeto Cultura Afro-indgena BrasileiraEste projeto discute a situao da educao tnico racial, Lei 10.639. dando destaque para a necessidade de mecanismos pedaggicos voltados superao do preconceito e da discriminao racial sofridos pelas populaes negra e indgena -no espao escolar brasileiro. Resgatar os costumes e tradies, indgena e afro, buscando sensibilizar os educados da importncia e influencia que as culturas africanas e indgenas tiveram ao longo dos tempos em diversos setores da nossa sociedade. Promovendo cidadania conscientizando sobre a igualdade entre os povos. Mostrando que essas diferenas o que torna a diversidade cultural brasileira to rica e admirada no mbito internacionalGlaide 26/08/2011

I. IDENTIFICAO ESCOLA de Referncia em Ensino Mdio Duque de Caxias PROFESSOR RESPONSVEL: Glaide de Ftima de Siqueira Freire Disciplina: Artes PBLICO ALVO: Ensino Mdio: 1, 2 e 3 anos.

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II. JUSTIFICATIVA Com a finalidade de discutir a implementao e cumprir a nova Lei 11645/08 no Currculo Bsico da escola com a temtica: Histria e cultura Africana, AfroBrasileira e Indgena; propor novos valores,conhecimentos da sua prpria Histria , refletindo e desconstruindo preconceitos culturais/raciais ,tornam- se necessrias as prticas cotidianas de valorizao da cultura negra brasileira/africana e indgena em todo o espao escolar. A cultura indgena esta presente no nosso dia a dia, como: na fala, no alimento, entre outros. Estima-se que atualmente existam cerca de 400 mil ndios em territrio brasileiro, que vivem, principalmente em reservas protegidas e demarcadas pelo governo, nmero este que nos faz refletir quando pensamos, nos quase 6 milhes que existiam em nosso pas na chegada dos colonizadores. A herana das culturas indgenas em nossa cultura presente em nosso dia a dia. Mesmo assim, ela vem sendo tratada com preconceito por muitos brasileiros que no admitem formas de pensar e agir diferente das suas. E, visando conhecer e valorizar mais o povo indgena e sua cultura, da qual herdamos muito, que foi elaborado este projeto afim de que atravs estudos e pesquisas os alunos possam obter novas informaes ,descobrir novas verdades e consequentemente novos saberes. A escola sempre pintou a frica pobre, sem histrias prprias, com uma populao subalterna, sem-cultura e escravizada. E esse projeto pedaggico surge para tentar tirar do anonimato a verdadeira histria da frica e de seu povo, bem como abrir um leque de discusses em torno da diversidade cultural existente em nosso pas, a fim de que essa diversidade seja respeitada e valorizada. Falar da cultura afro-indgena tambm falar de nossa cultura.

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III. OBJETIVOS Geral: Proporcionar aos alunos oportunidade de conhecer a herana cultural deixada pelos indgenas e Africanos compreendendo sua presena no nosso dia-a-dia como tambm sua importncia na cultura brasileira. Promover uma discusso acerca da diversidade tnica, social e cultural no Brasil. Especficos Participar do projeto com dedicao e entusiasmo. Pesquisar sobre a influncia indgena e africana em nossa cultura. Demonstrar, atravs de mapas, os agrupamentos e reservas indgenas. Organizar um Cantinho Indgena, Africano e Afro-Brasileiro para expor os materiais pesquisados sobre os ndios. Descobrir pratos da culinria indgena e Africana usados na culinria brasileira. Analisar com os alunos a atual situao indgena e de Afro descendentes questionar se a mesma pode ser mudada e de que forma. Confeccionar um mural ilustrado com palavras indgenas. Elaborar cartazes com os seguintes itens: lendas, artesanatos, vesturio, atividades, moradias, tipos de comida indgenas. Realizar apresentaes de danas, poesias, dramatizaes e canes relacionadas ao tema. Trazer o grupo para uma reflexo sobre o diferente e o igual. Levantar questes comportamentais pertinentes diversidade social e cultural no Brasil. Perceber que faz parte deste contexto social e que carrega heranas desta diversidade. Mostrar como os povos indgenas viviam, vivem e como produzem sua arte em especial a aldeia Kapinaw ; Dar ao aluno, a possibilidade de vivenciar e experimentar, as etapas de construo do grafismo indgena e Africano de forma a concretizar o estudo e contextualizar a produo artstica; Conhecer as vrias etnias e culturas, valoriz-las e respeit-las. Repudiar a discriminao baseada em diferenas de raa, religio,classe social, nacionalidade e sexo. Reconhecer as qualidades da prpria cultura, exigir respeito para si e para os outros Aprofundar-se nas causas e consequncias da disperso dos africanos pelo mundo e abordar a histria da frica antes da escravido. Identificar tempo e espao da origem dos grupos africanos que vieram para o Brasil.

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Reconhecer que o trfico humano foi uma atividade fundamental para o capitalismo mercantilista e que o Brasil foi o Pas que mais importou escravos negros. Perceber os diferentes tipos de religies, costumes e lnguas Africanos e indgenas. Constatar as diferenas e semelhanas de vida entre afro-brasileiros e negros de outros pases. Despertar para a africanicidade brasileira em manifestaes na arte, esportes, culinria, lngua, religio, como elementos de formao da cidadania reconhecendo o papel do negro na definio e na defesa do territrio, os Quilombos rurais e urbanos, o negro na periferia e na questo da posse de terras. Comparar o relacionamento entre africanos na era pr-colonial, no perodo de dominao europia e na atualidade. Discutir e conhecer as personalidades negras que deixaram ou esto deixando sua contribuio nos diversos setores da sociedade, como expresses culturais, desportivas, artsticas, polticas, musicais, religiosas etc...

IV. ASSUNTOS RELACIONADOS AO TEMA O povo indgena e sua cultura Heranas que os indgenas nos deixaram As culturas indgenas e a sociedade contempornea. Mudando um pas atravs da educao.

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VI. CRONOGRAMA 1 MOMENTO: Produo textual sobre o conhecimento prvio dos alunos sobre a cultura indgena no Brasil e cultura africana. 2 MOMENTO: Debates sobre temticas que abranjam as diversas expresses da cultura indgena e afro:religio, rituais e festas tradicionais; mitos, histrias e outras narrativas orais; msicas, cantos e danas; medicina tradicional; ) cultivo e culinria tradicional; desenhos, grafismos e outras formas de expresso simblica;artesanais, arte cermica; arte plumria;pintura corporal; jogos e brincadeiras;Lngua indgena. 3 MOMENTO: Pesquisa sobre costumes da tribo indgena de nosso municpio, a tribo Kapinaw. 4 MOMENTO: Pesquisar nosite http://pib.socioambiental.org/ptuma tribo indgena. Enfatizando grafismo e seus significados. 5 MOMENTO: Pesquisa como viviam os negros antes e depois da escravido e qual a importncia do trfico humano como atividade fundamental para o capitalismo mercantilista e que o Brasil foi o Pas que mais importou escravos negros. 6 MOMENTO: Lendas indgenas e africanas: Leitura, representao e produo textual. 7 MOMENTO: Pesquisa e debate sobre a importncia do despertar para a africanicidade brasileira em manifestaes na arte, esportes, culinria, lngua, religio, como elementos de formao da cidadania reconhecendo o papel do negro na definio e na defesa do territrio, os Quilombos rurais e urbanos, o negro na periferia e na questo da posse de terras. 8 MOMENTO: Msica e dana Africana, Indigena e Afro-Brasileira. Como estudo das msicas Mama frica de Chico Csar, Curumim Chama Cunhant Que Eu Vou Contar (Todo Dia Era Dia De ndio) de Jorge Bem Jor, O Preto Em Movimento Mv Bill, Negro de Genivaldo Pereira dos Santos Floresta Azul - BA - por correio eletrnico 9 MOMENTO: Enfatizar a herana afro e indgena em nosso pas atravs de vdeos e data show. Tais como festas e danas de origem africanas . Carnaval; Reggae;Funk ; Congada ; Samba ; Capoeira ; Ax music ; Carimb ; Lambada; Lundu; Maxixe ; Maracatu; Pagode ; Samba e artistas contemporneos e heris negros. 10 MOMENTO: Exposio e apresentao na Culminncia. diferentes tipos de religies, costumes .

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VII. METODOLOGIA O projeto ser desenvolvido atravs de pesquisas, debates, confeco de murais , exposio dos itens pesquisados e apresentaes de danas, canes, poesias, dramatizaes etc. Aulas expositivas Videos produzidos atravs do uso da Internet. Debates: utilizao de jornais, revistas, artigos sobre os vrios temas direcionados. Atividades Ldicas : Apresentaes de Grupos de Capoeira, Congado, de Samba de Raiz, Street Dance(Hip Hop); Teatro.

VIII. MATERIAIS: Aparelho de DVD, aparelho de som, Internet, computador, cartolinas, tinta guache, caderno, caneta, livros, pincis, figuras, filmes, entre outros:

IX. AVALIAO Dever ser feita no decorrer do evento, durante e aps a execuo das atividades.

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X. CRONOGRAMA DA CULMINANCIA DO PROJETO CULTURA AFROINDIGENA BRASILEIRA Manh 7:30 S 8:00 Organizao e frequncia. 8:00 S 8:30 Abertura:Sr diretora Delma da Costa Correa da Costa e Professora Glaide Freire Hino Nacional em Tupi ( Video) 8:30 S 9:00 : Apresentao de danas de origem afro-brasileiras. 1 D 9:00 S 9:30 ; Apresentao de teatro Todo dia Era Dia de ndio 2 E e vdeos de Danas afro-brasileiros e indgenas. 9:30 S 10:00; Lanche 10:00 s 11:00 Apresentao de dana Tor pela tribo indgena Kapinaw 11:00 s 12:00: Desfile da Beleza Negra. 12:00: Almoo Tarde 13:30 s 14:00: Apresentao de vdeos com danas afro-brasileira ( Cau e a Sustetabilidade) 14:00 s 14:20: Apresentao da pea de teatro Todo dia Era Dia de ndio 14:20 s 15:30:Apresentao de dana do 1 d e 2B e a pea de teatro Isso Racismo 15:30 s 16:00: Lanche 16:00: s 17:30: visitao das salas

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XI. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

http://www.djweb.com.br/historia/ http://www.indiosonline.org.br/novo/ http://pib.socioambiental.org/pt PROENA, Graa. Descobrindo a Histria da Arte.Editora: tica, So Paulo,2005. http://www.kboing.com.br/ http://www.youtube.com/

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XII. ANEXOS

CURUMIM CHAMA CUNHANT QUE EU VOU CONTAR (TODO DIA ERA DIA DE NDIO) DE JORGE BEM JOR, Composio: Jorge Ben Jor / Tim Maia Js, Kariris, Karajs, Tukanos, Carabas, Makus, Nambikwaras, Tupis, Borors, Guaranis, Kaiowa, andeva, YemiKruia Yanom, Waur, Kamayur, Iawalapiti, Suy, Txiko, Txu-Karrame, Xokren, Xikrin, Krah, Ramkokamenkr, Suy Hey! Hey! Hey! Hey! Hey! Hey! Curumim chama cunhat que eu vou contar Cunhat chama curumim que eu vou contar Curumim, cunhat Cunhat, curumim Antes que os homens aqui pisassem Nas ricas e frteis terraes brazilis Que eram povoadas e amadas por milhes de ndios Reais donos felizes Da terra do pau-brasil Pois todo dia, toda hora, era dia de ndio Pois todo dia, toda hora, era dia de ndio Mas agora eles s tm um dia O dia dezenove de abril Mas agora eles s tm um dia O dia dezenove de abril Amantes da pureza e da natureza Eles so de verdade incapazes De maltratarem as femeas Ou de poluir o rio, o cu e o mar Protegendo o equilbrio ecolgico Da terra, fauna e flora Pois na sua histria, o ndio o exemplo mais puro Mais perfeito, mais belo Junto da harmonia da fraternidade E da alegria,

Da alegria de viver Da alegria de amar Mas no entanto agora O seu canto de guerra um choro de uma raa inocente Que j foi muito contente Pois antigamente Todo dia, toda hora, era dia de ndio Todo dia, toda hora, era dia de ndio Hey! Hey! Hey! Js, Kariris, Karajs, Tukanos, Carabas, Makus, Nambikwaras, Tupis, Borors, Guaranis, Kaiowa, andeva, YemiKruia Yanom, Waur, Kamayur, Iawalapiti, Suy, Txiko, Txu-Karrame, Xokren, Xikrin, Krah, Ramkokamenkr, Suy Todo dia, toda hora, era dia de ndio Todo dia, toda hora, era dia de ndio Hey! Hey! Hey! Curumim, cunhat Hey! Hey! Hey! Cunhat, curumim Hey! Hey! Hey! Curumim, cunhat Hey! Hey! Hey! Cunhat, curumim

Mama frica Chico Csar Mama frica A minha me me solteira E tem que Fazer mamadeira Todo dia Alm de trabalhar Como empacotadeira Nas Casas Bahia...(2x) Mama frica, tem Tanto o que fazer 10

Alm de cuidar nenm Alm de fazer denguim Filhinho tem que entender Mama frica vai e vem Mas no se afasta de voc... Mama frica A minha me me solteira E tem que Fazer mamadeira Todo dia Alm de trabalhar Como empacotadeira Nas Casas Bahia... Quando Mama sai de casa Seus filhos de olodunzam Rola o maior jazz Mama tem calo nos ps Mama precisa de paz... Mama no quer brincar mais Filhinho d um tempo tanto contratempo No ritmo de vida de mama... Mama frica A minha me me solteira E tem que Fazer mamadeira Todo dia Alm de trabalhar Como empacotadeira Nas Casas Bahia...(2x) do Senegal Ser nego, Senegal... Deve ser legal Ser nego, Senegal...(3x) Mama frica A minha me me solteira E tem que Fazer mamadeira Todo o dia Alm de trabalhar Como empacotadeira Nas Casas Bahia...(2x) Mama frica

A minha me Mama frica A minha me Mama frica... O Preto Em Movimento Mv Bill No sou o movimento negro Sou o preto em movimento Todos os lamentos (Me fazem refletir) Sobre a nossa historia Marcada com glorias Sentimento que eu levo no peito de vitria Seduzido pela paixo combativa Busquei alternativa (E no posso mais fugir) Da militncia sou refm Quem conhece vem Sabe que no tem vitria sem suor Se liga s, tem que ser duas vezes melhor Ou vai ficar acuado sem voz Sabe que o martelo tem mais peso pra ns Que a gente todo dia anda na mira do algoz Por amor a melanina Coloco em minha rima Versos que deram a volta por cima O passado ensina e contamina Aqueles que sonham com uma vida em liberdade De verdade Capacidade pra bater de frente E modificar o que foi pr-destinado pra gente Dignificar o que foi conquistado Mudar de estado, sair de baixo Sem esculacho o que eu acho No me encaixo nos padres Que vizam meus irmos como viles Na condio de culpados Ovelha branca da nao Que renegou a pretido (Na verdade que voc...) Tem o poder de mudar RAP Ento passe para o lado de c, vem c Outra corrente que nos une A covardia que nos pune A derrota se esconde no irmo Que no se assume Chora quando pra sorrir Ri na hora de chorar Levanta quando pra dormir Dorme na hora de acordar Desperta Sentindo a atmosfera, que libera dos pores 11

E te liberta (Sarar criolo...) Muita fora pra encarar qualquer bagulho Resistncia sempre foi a nossa marca, meu orgulho bom ouvir o barulho Que ensina como caminhar (Eu estou sempre na minha...) No vou pela cabea de ningum Pode vir que tem Agbara, minara, Portugus, Faveles ou em Ioruba, Ax Pra quem vai buscar um acue E deixa de ser um qualquer J viu como Preto por convico acha bom submisso No, da re no Monza e embranquece na misso Tem que ser sangue bom com atitude Saber que a caminhada diferente pra quem vem da negritude Que um dia isso mude Por enquanto vou rezar pro santo E que ns nos ajude. NEGRO Sou Negro porque encaro minhas origens No precisa ter cor, nem raa, nem etnia. preciso amar preciso respeitar No sou negro porque minha pele negra No sou negro porque tenho cabelo embolado de pixain No sou negro porque dano a capoeira No sou negro porque vivo frica No sou negro porque canto reggae. No sou negro porque tenho o candombl como minha religio No sou negro porque tenho Zumbi como um dos mrtires da nossa raa. No sou negro porque grito por liberdade

No sou negro porque declamo Navio Negreiro No sou negro porque gosto das msicas de Edson Gomes, Margareth Menezes ou Cidade Negra. No sou negro porque venho do gueto. No sou negro porque defendo as idias e Nelson Mandela No sou negro porque conheo os rituais afro. Sou negro porque sou filho da natureza Tenho o direito de ser livre. Sou negro porque sei encarar e reconhecer as minhas origens. Sou negro porque sou cidado. Porque sou gente. Sou negro porque sou lgrimas Sou negro porque sou gua e pedra. Sou negro porque amo e sou amado Sou negro porque sou palco, mas tambm sou platia. Sou negro porque meu corao se aperta Desperta, Deseja, Peleja por liberdade. Sou negro na igualdade do ser Para o bem nossa nao. Porque acredito no valor de ser livre Porque acredito na fora do meu sangue numa cano que jamais ser calada. Sou negro porque a minha energia vem do meu corao. E a minha alma jamais se entrega no. Sou negro porque a noite sempre vir antecedendo o alvorecer de um novo dia. Acreditando num povo afro-descendente que ACORDA, LEVANTA E LUTA.

de Genivaldo Pereira dos Santos Floresta Azul - BA - por correio eletrnico

ndios Histrico Ano aps ano, na segunda quinzena de abril, milhares de crianas brasileiras saem das salas de aula com o rosto pintado e uma pena colocada no topo da cabea: so as comemoraes escolares para lembrar o Dia do ndio. Mas o contexto dessa data muito mais do que a superficialidade de fantasias infantis. O Dia do ndio no Brasil foi criado em 1943, por meio do decreto-lei 5.540, do presidente 12

Getlio Vargas. O dia 19 de abril foi escolhido por causa de um acontecimento ocorrido trs anos antes. Em 1940 foi realizado no Mxico o Primeiro Congresso Indigenista Interamericano, para o qual foram convidadas autoridades governamentais e lderes indgenas do continente. Estes, porm, no compareceram nos primeiros dias do evento; desconfiana e temor baseados em sculos de exploraes, agresses, perseguies, traies e assassinatos por parte dos homens brancos. Entretanto os grandes lderes, aps reunirem-se entre si, decidiram participar, por considerar o congresso um momento histrico. O dia que resolveram aderir foi 19 de abril e a data virou um marco em toda a Amrica. A partir da instituio dessa data comemorativa, passou-se a realizar atividades de conscientizao e estudo a respeito da realidade, da cultura e da histria dos ndios que vivem no Brasil, bem como daqueles que foram extintos pela ganncia dos conquistadores. Apesar disso, continua havendo muita discriminao e desprezo pelos habitantes originais do nosso pas. Desde 1986, comemora-se no s o dia, mas a Semana dos Povos Indgenas, tentando minimizar as diferenas atravs de atividades culturais e educativas. O sonho que no exista mais a distino ns e eles, mas que consideremos, a todos, brasileiros iguais em direitos e dignidade.

CONFECO DE MATAS COM AS PRINCIPAIS ETNIAS INDIGENAS BRASILEIRAS

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"O NDIO CAU E A SUSTENTABILIDADE" O espetculo comea com a apresentao da Mata Atlntica atravs de um nmero musical (1 nmero musical). Numa floresta em plena Mata Atlntica vivia uma tribo de ndios chamada TUTUTU. L existia um indiozinho chamado Cau. Cau era filho do Cacique Cauet. Cau era uma criana adorvel, educada, obediente, prestativa que adorava correr, como Cau gostava de correr, corria pela mata, saltando obstculos, dando cambalhotas, pulando rios com cips e corria, corria, corria, Cau era incansvel. Quando parava, era para admirar alguma coisa na natureza, uma flor, um pssaro diferente, um momento nico do desenho nas nuvens que indicavam chuva ou sol. Cau era um menino feliz. Certa noite quando Cau tinha apenas 10 anos, ele no conseguia dormir, ento saiu para correr, correu, correu, correu. De repente, deitou-se na beira de um lago e comeou a contar as estrelas, foi a que apareceram 4 elementos: a gua, a Terra, o Ar e o Fogo. Elementos que mais pareciam Super Heris. Cau deu um pulo assustadssimo, ficou branco, com os olhos arregalados, comeou a esfregar os olhos, no estava acreditando naquilo. Aqueles Super Heris comearam a cantar e danar uma msica com sons da natureza (2 nmero musical), intimando Cau a sair pelo mundo para preservar a gua, a terra, o ar e o fogo. Eles danavam e cantavam em volta de Cau, luzes irradiavam o Cu, e quando a msica acabou eles disseram para Cau que ele tinha uma misso: viajar pelo Brasil, ir a cada regio e avisar aos homens que o mundo ir acabar se a natureza no preservar. Disseram que Cau tinha sido escolhido porque tinha o corao puro e tambm falaram que eles iriam ajud-lo levando idias de sustentabilidade para as 5 regies do Brasil, assim o ndio Cau, com a ajuda de todas as crianas, futuros governantes do planeta, poderiam salvar o mundo. Cau de repente d um salto, ele teria sonhado ou aquilo acontecera de verdade. O fato que Cau no pregou os olhos e, quando acordou foi procurar a ndia Aucena, sua melhor amiga, para contar o que tinha acontecido. Para sua surpresa quando se dirigia para a oca da famlia de Aucena encontroua no meio do caminho, ela tinha ido at a sua oca. E a surpresa maior que tudo que tinha acontecido com Cau, acontecera exatamente a mesma coisa com Aucena. No dia seguinte, com a ajuda de seus animais de estimao, uma Arara e um Tucano, os dois traaram uma rota e foram pelo Brasil a fora com a misso que lhes fora confiados. (Esta rota dita atravs de um nmero musical. (3 nmero musical). E assim os dois foram vivendo em cada regio uma grande aventura, enfrentado perigos e alegrias na defesa pela sustentabilidade do Planeta Terra (Em cada problema encontrado uma alternativa ecologicamente 14

correta ser encontrada com muita msica e alegria, permitindo assim que as pessoas daquela regio garantam sua sobrevivncia). Na Regio Nordeste, ser abordado o desmatamento na Mata Atlntica e a poluio dos mares, solues sero encontradas. (4 nmero musical). Quando Cau chega a Regio Norte, mais especificamente na Amaznia, uma grande queimada acontece no local, famlias inteiras correm, mas todos se unem, at os pssaros carregam gua nos seus bicos para ajudar a combater o incndio. E quando finalmente acaba o incndio, as pessoas comeam a se perguntar o que poderiam fazer para evitar uma tragdia que eles mesmos iniciaram e neste momento Cau, com a ajuda dos elementos da natureza, os 4 Super Heris, criam um mecanismo de sustentabilidade para a regio sem precisarem das queimadas (5 nmero musical). Na Regio Centro-Oeste, Cau e Aucena, chegam ao Pantanal, e cam assustados com as plantaes destrudas por gafanhotos por causa da caa predatria. Cau e Aucena conseguem explicar para os moradores da regio as conseqncias da caa predatria: a caa predatria altera a cadeia alimentar e dessa forma pode haver o desaparecimento de uma espcie e superpopulao de outra. P. ex., o gafanhoto serve de alimento para sapos, que serve de alimento para cobras que serve de alimento para gavies que quando morrem servem de alimento para os seres decompositores. Se houvesse uma diminuio da populao de gavies devido caa predatria, aumentaria a populao de cobras, uma vez que esses so seus maiores predadores. Muitas cobras precisariam de mais alimentos e, conseqentemente, o nmero de sapos diminuiria e aumentaria a populao de gafanhotos. Esses gafanhotos precisariam de muito alimento e com isso poderiam atacar outras plantaes, causando perdas para o homem. Ao invs da caa predatria uma das solues ser o uso da borracha para fabricao de couro vegetal (6 nmero musical). Na Regio Sul o assunto abordado ser a o desmatamento da Mata das Araucrias. Um desmoronamento acontecer e solues sero apresentadas. (Aqui acontecer o 7 nmero musical). Na Regio Sudeste, Cau encontrou cidades com falta constante de gua e ficou muito triste com o desperdcio das pessoas que lavavam caladas com a mangueira aberta, escovavam os dentes com a torneira aberta, deixavam as luzes acesas da casa inteira. Em geral uma casa com 10 cmodos, e 3 pessoas, como podiam deixar todas as luzes acesas? Ele tambm encontrou muitas pessoas doentes com problemas respiratrios pois as fbricas e os carros no usavam catalisadores que so um dispositivo, instalado no escapamento, que transforma substncias poluentes em gases menos 15

ofensivos atmosfera. Por qu? (8 nmero musical) Mas nesse dia era o Dia da Criana e Cau, subiu num palco num lugar com milhares de crianas e comeou a falar sobre a necessidade da sustentabilidade e todas as crianas saram dali convencidas a darem suas contribuies para salvarem o Planeta. Misso cumprida e comemorada com o 9 nmero musical. Cau e Aucena caram to felizes com a mudana de hbitos das pessoas que agora se preocupavam com o meio-ambiente e sua biodiversidade no mundo, at que neste momento os 4 elementos da natureza aparecem e do uma nova misso aos 2 indiozinhos: traar uma rota pelos 5 continentes para levarem tambm a semente da sustentabilidade. A idia de distribuir a semente da sustentabilidade pelo Planeta feita atravs de um nmero musical (10 e ltimo nmero musical). De luciana Martins Vdeo da pea teatral.

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