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Cultura na RIDE Revista Cultural da Região Integrada de Desenvolvimento do Entorno do Distrito Federal - RIDE Ano I | Nº 2 | Julho de 2012 fAMILÍA mUSICAL Nilson Albuquerque e sua família em plena união através da música RockNRoll X Rap X Capoeira X Literatura X Dança X Saúde X

Cultura na Ride

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Revista Cultural do Entorno de GO/DF

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Page 1: Cultura na Ride

Culturana RIDE

Revista Cultural da Região Integrada de Desenvolvimento do Entorno do Distrito Federal - RIDEAno I | Nº 2 | Julho de 2012

fAMILÍAmUSICALNilson Albuquerque e sua família

em plena união através da música

RockNRoll X

Rap X

Capoeira X

Literatura X

Dança X

Saúde X

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CulturaNaRIDE / Julho de 2012

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EXPEDIENTE

A revista Cultura Na Ride é uma publicação

cultural voltada para o Entorno GO/DF

Editor

Paulo Henrique Pereira Lins

Projeto Gráfico

André Brito

COLABORADORES

Música

Nilson Albuquerque

Hip-Hop

BGirl Sol

Educação

Castilho Barreira

Atividade Física

Tonny e Ricardo

Revisão

Rômulo Maia

Fotos

Andréa Nicácio

Daniel Silva

Marcelo Costa

CONTATOS

(61) 9212-3588 / [email protected]

Cu

ltu

ran

a R

IDE

Nesta EdiçãoC u l t u r a n a R I D E n° 2

Artes Marciais: Muay Thai X 4

Conferência de Cultura X 8

Desbravadores X 10

Câmbio Negro X 19

DJ Raffa X 6

Laerte X 5

LosCarLos X 16

Família Albuquerque X 14

Cinema X 12

Educação X 11

Poetas X 3

Cidade Ocidental em livro X 18

Projeto Vida Saudável X 7

1 X 6

1 X 9

7 X

1 X 8

12 X

Horários CapoeiraLocal Dias Horários Professor

Araguari 2º e 4º feira 18h às 19h Fumaça Multiuso Nápolis 2º. 4º e 6º feira 19h às 20h30 Fumaça Escola Silva Neto 3º e 5º feira 18h às 19h Fumaça Feira Coberta 3º e 5º feira 08:h às 9h30 Fumaça Mesquita 6º feira 08 h às 16h Fumaça E.M. Paulo Freire 2º e 4º feira 18h às 19H AlexE. M. E. A. de Aguiar 3º e 5º feira 18h às 19h Alex CEO 4º e 6º feira 18 h às 19h WesleyPETI 2º, 4º e 6º feira 08h às 16h Wesley Ginásio do J. ABC 3º e 5º feira 18 h às 20h JailtonE. M. D. Agostinho 5º feira 08 h às 16h Jailton E. M. Friburgo 3º e 5º feira 18 h às 19h Paulo Multiuso Nápolis 3º e 5º feira 10 h as 11 h e Paulo 14 h às 16 h C.C. Friburgo 2º. 4º feira 16 h às 17 h Paulo

Professor

Luiz Geraldo

“Fumaça”

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CulturaNaRide / Julho de 2012

Poesias e poetas

Recita o exterior Quando sai do peito poéticoComponhoPorque há vida nas folhas de outono.As palavras bebem na fonteOnde sorrisos e lágrimasEstão presentes...

Não há regras no inconstitucionalApenas a transpor-tação espontâneaFantasiando o real

Virou tema de novelasPeças teatrais que mostram derro-tas e vitórias. Notícia de jornaisAula de história, poemas e jograis.

Projetos que fazem parte da consciência negra quevirou lei.

Juntoso suor, o preconceito e o sangue derra-mados ao chão.

A d a l t o L e i t e C o r r e a

Zumbi dos Palmares

Adalto Leite Corrêa nas-ceu no dia 10/11/1979, na cidade de Januária – MG. Em 1980 mudou-se para Brasília – DF, com seus pais e quatro irmãos. Em 1992 escre-veu a primeira poesia. Em 1995 participou do primeiro concurso de poesias, ficando em 2º lugar. Ainda em 1995, aos quinze anos de idade, mudou-se para Cidade Ocidental/GO, onde permanece até hoje. É formado em Le-tras, pós - graduado em gramática, professor e agente administrativo.

N á d i a N a s c i m e n t o R o s a

A vida é poesia

Há vida nos bra-ços das árvoresO vento fala em vez de assoprar O inverno sente o próprio frio...É o sol nos lençóis em vez de queimar.

Os sentimen-tos desatinamÉ a cor do verde que brota do sangue Completam-se como opostos E não se veem.

Nádia, moradora de Lu-ziânia, leciona Língua Portuguesa na Escola Municipal Paulo Freire, no bairro Ocidental Park em Cidade Ocidental.Poetisa premiada, tem suas poesias publicadas em antologias, livros de poesia, participa de re-citais e recentemente, declamou poema em

Todas as obras nesta página são registradas

Autor: Adalto Leite Correa

Autora: Nádia N. Rosa

Foto: acervo do autor

Foto

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rvo

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utor

a

homenagem a Zumbi dos Palmares, no even-to promovido pela Se-cretaria Municipal de Assistência Social Zum-bi na Praça Fazendo o Coreto, realizado em maio deste ano, quan-do diversas escolas e entidades participaram celebrando o dia da África.

Anos de resistên-cia á escravidão... Quilombo dos palmares, eter-na lembrança.Símbolo da cultu-ra afro-brasileirae exemplo de luta e esperança.

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CulturaNaRIDE / Julho de 2012

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O Muay Thai,

o qual tam-

bém é conhe-

cido como Thai Bo-

xing em alguns países

como Estados Unidos

e Inglaterra, é muito

conhecido no Brasil

como Boxe Tailandês

e é uma Arte Marcial

Tailandesa com mais

de 2.000 anos de idade.

Existem várias ver-

sões sobre a origem

do Muay Thai. A mais

aceita pela maioria dos

Mestres é a seguinte: os

tailandeses foram cons-

tantemente hostiliza-

dos e sofreram muitos

ataques de bandidos,

de animais, e também

foram acometidos de

muitas doenças. Para

protegerem-se eles cria-

ram um método de luta

Cidade Ocidental também tem Muay Thai

chamado “Chupasart”.

Este método de luta e

auto-defesa fazia uso

de diversas armas como

por exemplo: espadas,

facas, lanças, bastões,

escudos, machados,

arco e flecha, etc. No

treinamento do “Chu-

pasart”, freqüentemen-

te ocorriam acidentes

que causavam algumas

vezes graves ferimentos

aos praticantes.

Para que eles pudes-

sem treinar sem ferir-se,

os tailandeses criaram

um método de luta sem

armas, o percursor do

atual Muay Thai. Assim

eles podiam exercitar-

se e treinar mesmo em

tempos de paz e sem

o risco de ferir-se. No

início, o Muay Thai era

muito parecido com o

Kung Fu Chinês. Um

fato normal levando-se

em conta à origem do

povo Tailandês.

O antigo Muay Thai

utilizava-se de gol-

pes com as palmas das

mãos, ataques com as

pontas dos dedos, imo-

bilizações e mãos em

garras para segurar o

oponente. Com o tem-

po, ele foi modificando-

se e transformou-se no

estilo de luta que é hoje.

Venha fazer uma aula

experimental

no Espaço

Desportivo e

Cultural do Friburgo:

Segunda, Quarta e

Sexta-feira - 19h

Q. 8 lote 2

Friburgo B

(61) 9212-3588

Artes Marciais

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CulturaNaRide / Julho de 2012

Quem nunca

s o n h o u

em praticar artes mar-

ciais, tal como os heróis

da TV, dos quadrinhos

e dos filmes? Desferir

golpes certeiros, esqui-

vas rápidas e sempre

usar suas habilidades

para o bem?

Todo jovem, de

qualquer faixa etária, já

sonhou um dia em ser

como Jack Chan, Bru-

ce Lee, Chuck Norris,

e claro, Daniel Larusso.

Quem é Larusso? O fa-

moso personagem do

clássico filme dos anos

80, Karatê Kid.

Mas em Cidade Oci-

Karatê5

dental, todos querem

ser como o professor de

Karatê, Laerte.

O professor Laerte,

que é policial militar

do Estado de Goiás, lo-

tado na cidade, além de

prestar um bom serviço

à sociedade, desenvolve

um bom serviço com

projeto social de artes

marciais em desenvol-

vimento no bairro Nova

Friburgo.

Através da discipli-

na e cultura oriental,

vem empregando junto

aos jovens, a valoriza-

ção do cárater e perso-

nalidade através da arte

marcial japonesa.

Um de seus segui-

dores, seu filho, Lucas,

atua também como

professor e desenvolve

seu trabalho em escolas

municipais da cidade.

Laerte faz parte da

equipe de Karatê Nova

Geração, parte do Pro-

jeto Social do CAEE

e vem representando

a Cidade Ocidental

há 12 anos realizan-

do trabalhos sociais,

resgatando crianças e

adolescentes das ruas,

transformando-os em

cidadãos e atletas de

competições, conquis-

tando inúmeros títulos.

As aulas são minis-

tradas gratuitamente

para todos os interes-

sados, sem distinção,

por uma equipe de pro-

fessores altamente qua-

lificados. À frente do

Projeto estão, além de

Laerte, Shiran Luiz An-

dre, Shiran Vitor, Sen-

sei Aline, Sensei Osni e

Sensei Alex.

E não podemos dei-

xar de homenagear o

Saudoso Sensei Chi-

cão, que foi o Grande

Responsável pela For-

mação dos Professores.

Locais de Treino

Bairro Friburgo B

Qd 08 lote 02

Espaço Desportivo e

Cultural do Friburgo

Segundas, Quartas e Sextas

a partir da 9h e 14h

Bairro Araguari

Terças e Quintas

Escola Municipal

Às 19h

Escola Municipal

Dom Augustinho

SQ19

MAIS INFORMAÇOES:

PROFº LAERTE:

(61) 8459-7551

E-mail:

[email protected]

Sensei Chicão

Filosofia de vida para LaerteMuay ThaiArtes Marciais

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CulturaNaRIDE / Julho de 2012

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DJ Raffa Santoro

Entrevista

Claudio Rafaelo Santoro começou como dançarino de Break nos anos 80 e nunca mais parou. Filho do maestro Claudio Santoro, que dá nome ao Teatro Nacional, Raffa se tornou rapper e produtor de Hip-Hop em Brasília. Na década de 90 esteve em Cidade Ocidental com Os Magrellos e fizeram um show que levou muita gente a seguir a carreira de rapper e DJ, mudando suas vidas para sempre.Acompanhe esse papo revelador.

Como começou sua pai-xão pelo Movimento Hip-Hop e a Black

Music?Começou em 1982 quando eu tinha 14 anos. É claro que tive que pesquisar muito para entender o por-quê do Hip Hop do Break ou Eletrofunk que estava despontando na época com o África Bambaataa. Mas tive professores ma-ravilhosos que me ensina-ram tudo sobre blues, soul, funk, disco. Foram os DJs Alexandre Medeiros, Eli-vio Blower, Zinho e Nino Mix. Esses dois últimos principalmente porque eu freqüentava os bailes da Dizzy Som no Núcleo Bandeirante e foi lá que eu compreendi como tudo havia começado e chegado até os sons da época.Encontrou barreiras em casa ou mesmo entre os outros Ra-ppers e DJs, no início de sua carreira?Encontrei barreiras com amigos que não enten-diam porque um cara que morava na Asa Norte e era filho de um dos maiores maestros, regentes e com-positores de música erudi-ta do Brasil e do mundo, freqüentava a periferia de Brasília e gostava de Hip Hop. O HH sempre foi a minha veia ideológica e isso eu puxei de meu pai que tinha sido um dos fundadores do partido co-munista do Brasil, revolu-cionário que sofreu muito

com a ditadura militar ten-do que fugir com sua famí-lia e morar no exílio para não ser torturado e morto. Mas com Rappers, B.Boys e DJs nunca encontrei bar-reiras e sim incentivos. Às vezes sofria o preconceito inverso. Das pessoas da periferia que não enten-diam porque eu me sen-tia tão em casa entre eles. Mas ser a mesma pessoa com todos foi o que me deu um conceito de hoje poder freqüentar diversas quebradas por todo Brasil e ser respeitado nelas. Isso não se compra se conquis-ta com humildade.Raffa, fazendo uma análise do Hip-Hop nacional e brasiliense desde o disco “A Ousadia do Rap de Brasília” o que mudou de lá para cá?Mudou muita coisa. Na nossa época não tínha-mos nenhuma referência. Éramos pioneiros e não sabíamos o que estávamos fazendo. Tudo era na raça e coragem. Depois fomos aprendendo aos poucos. Hoje em dia os grupos sabem como proceder sem errar. Mesmo assim muitos erram. O principal neles, para mim, é fazer música pensando em di-nheiro fama e mulher. Mú-sica se faz com amor, com verdade e acreditando em seu trabalho sem se levar por modismos ou rótulos. Fazer aquilo que acredita-mos. O reconhecimento e dinheiro vêm com muito

trabalho honesto e humil-dade acima de tudo. É nisso que acredito com certeza.Naquela época, os Magrellos faziam muitos shows, in-clusive em Cida-de Ocidental que inspirou m u i t a gente a cantar Rap e ser DJ. T e m a l g u m a lembran-ça desse show?Esse na Cidade Oci-dental naquele palco “altíssimo”(risos), é uma das melhores lembranças que tenho até hoje. Aquele dia foi maravilhoso. O pú-blico foi maravilhoso. Fiz muitos amigos naquele dia que tenho até hoje. Para mim, foi um dos marcos na minha vida profissional. E ter inspirado outros a se-guir essa carreira foi mui-to bom e gratificante.Qual o futuro que você projeta para o Hip-Hop?Eu espero que o futuro do Hip hop esteja cada vez mais longe do lixo gringo que contamina as rádios “pops” do Brasil sendo aqui um Hip Hop com a preocupação com as desi-gualdades sociais sendo o 5º elemento o da “Respon-sabilidade e Consciência Social”.

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CulturaNaRide / Julho de 2012

Vida Saudável paraa terceira idade

Saúde

A atividade físi-ca regular, feita p e r i o d i c a m e n -

te tem se tornado cada vez mais importante para aqueles que alme-jam uma vida saudável. Todos os médicos recomendam que as pes-soas, de qualquer idade, pratiquem exercícios re-gularmente, de modo a, no futuro, não sofrerem de problemas de saúde, tais como hipertensão ou com-plicações cardíacas, advin-das do sedentarismo, do péssimo hábito de fumar e ingerir bebidas alcóoli-cas e da má alimentação. Pensando na saúde, principalmente daqueles

que não tem como pagar uma academia e estão na faixa etária entre os 50 e 80 anos, a chamada “me-lhor idade”, a prefeitura de Cidade Ocidental, por meio da Superintendência de Cultura e da Secretaria Municipal de Assistência Social, criou o projeto Vida Saudável, que visa propor-cionar uma boa qualidade de vida ao seus praticantes. O Projeto Vida Sau-dável tem como objetivos: proporcionar uma opção de lazer ativo e interação social, bem como esti-mular a comunidade a mudar seu estilo de vida, adotar hábitos mais sau-dáveis, através da prática

de atividades físicas e de ações de prevenção e de melhoria de sua saúde e de seus familiares para conservação e melho-ria da qualidade de vida. Funcionando provi-soriamente, às segundas, quartas e sextas, no Espa-ço Vida Saudável, na SQ 17 Quadra 13, Loja 30, o projeto conta com a orien-tação dos profissionais de Educação Física Antônio “DJ Tony” dos Anjos e Ri-cardo S. Fonseca (CREF 003335G/DF) e no Centro Multiuso do bairro Par-que Nápolis “A” durante toda a semana, a partir das 9 horas, com a experiente professora Ivone.

Projeto Vida Saudável

Centro Multiuso do Parque Nápolis “A”Cidade Ocidental/GOProfessora IvoneSegundas e Quartas às 9h00Terças e Quintas às 18h00

Espaço Vida SaudávelSuperquadra 17 Quadra 13, Loja 30 Centro Cidade Ocidental/GOProfessores Tony e RicardoSegundas, Quartas e Sextas

Inteiramente Grátis

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Ocidental realiza primeira Conferência de Cultura

Cidade dá o primeiro passo

para democratizar o acesso à Cultura

do município

condições para se desen-volverem, trazendo para o município, receitas pro-venientes da comerciali-zação de bens culturais e movimento turístico para a região.

A CONFERÊNCIAReunidos na Escola Muni-cipal Silva Neto, membros do Governo de Cidade Ocidental e da sociedade civil discutiram os rumos da cultura enquanto for-ça política, econômica e principalmente criativa. O evento contou com o Secretário de Governo Firmino, representan-

intergovernos. Mas, prin-cipalmente, garantindo a participação da sociedade de forma permanente e institucionalizada.” Dito isto, desde 2009 os municípios têm se ar-ticulado para fazer parte da rede nacional de cul-tura, que entre outras benesses, trará recursos federais ,que só poderão ser repassados após im-plementação de Fundo Municipal de Cultura, sistematização da cultura e valorização dos vários segmentos municipais, dando-lhes visibilidade, capacitação e melhores

te um plano a longo prazo para essas áreas, ratificado pelas câmaras legislativas. Segundo João Roberto Peixe, Secretário de Arti-culação Institucional do Ministério da Cultura, “O Sistema Nacional de Cul-tura é, sem dúvida, o ins-trumento mais eficaz para responder a esses desafios, através de uma gestão ar-ticulada e compartilhada entre Estado e sociedade. Seja integrando os três níveis de governo para uma atuação pactuada, planejada e complemen-tar, seja democratizando os processos decisórios

República começou-se a pensar em criar o Sistema Nacional de Cultura, que tem com base outros sis-temas bem sucedidos que unificam temas prioritá-rios ao Brasil como, por exemplo, o Sistema Único de Saúde – SUS. O grande desafio para todas as áreas importantes para o desenvolvimento da população e suas propostas é o de dar continuidade aos projetos e planos imple-mentados em uma gestão anterior. Os municipios sofrem com a desconti-nuidade, muito embora, realmente falte exatamen-

Com o intuito de dar maior visibili-dade a artistas lo-

cais e organizações sociais que promovem a cultura, além de começar a plane-jar o Plano Municipal de Cultura, do qual fará parte o Sistema Municipal de Cultura, a exemplo de di-versos outros municípios no Brasil, a Superinten-dência de Cultura de Ci-dade Ocidental realizou, dia 28 de abril de 2012, a I Conferência de Cultura de Cidade Ocidental. Desde 2003, com a pos-se de Luiz Inácio “Lula” da Silva como Presidente da

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CulturaNaRide / Julho de 2012

Ocidental realiza primeira Conferência de Cultura

Principais PropostasPRODUÇÃO SIMBÓLICA E DIVERSIDADE CULTURAL

Destinação de espaço público previs-1. to no Plano Diretor do município, através de lei específica;

Incentivo e apoio ao Carnaval local;2. Incentivo e apoio à Cultura Popular.3.

CULTURA, CIDADE E CIDADANIAUtilização dos programas do gover-1.

no federal e estadual disponíveis;Ampliar o campo de atuação da cul-2.

tura incluindo os bairros;Tombamento dos Bens Materiais e 3.

Imateriais de Cidade Ocidental.

CULTURA E SUSTENTABILIDADE Criação da Escola de Artes Municipal, 1.

dentro de espaço específico para a Cultura de modo a fomentar a ca-pacitação para a sustentabilidade das ações da cultura.

Atuação junto a outras Secretarias 2. para ampliar a atuação.

Garantia do direito das manifesta-3. ções de na participação dos even-tos locais.

Debates, propostas e eleição de delegados: governo e sociedade escolhidos democraticamente

Equipe da Cultura:profissio-

nalismo

Superintenden-te André Brito:

Cultura também é prioridade

tura e Castilho Barreira, diretor da Escola Munici-pal Silva Neto. Entre as mais de dez metas votadas pela con-ferência estão aquelas de maior importância como a criação da Secretaria Mu-nicipal de Cultura, criação da Casa de Cultura, cria-ção do Fundo Municipal de Cultura e criação da Es-cola Municipal de Artes.

Blog:culturaocidentalense.wordpress.com

[email protected]

ressaltou a importância da participação da sociedade ao evento que teve como meta, propor diretrizes e eleger os delegados que participarão da II Confe-rência Estadual de Cultu-ra em Goiânia, dias 15, 16 e 17 de junho. Os delegados para re-presentar a comunidade na Conferência estadual, Francisco Porto e Luiz Geraldo “Fumaça”, am-bos ativistas culturais nas áreas de música e cultura afro-brasileira. Como re-presentantes da área go-vernamental, André Brito, Superintendente de Cul-

do o Prefeito Municipal Alex Batista, Secretário de Educação e Cultura, Anderson Luciano, Secre-tário de Turismo, Fran-cisco Miranda, Secretário de Indústria e Comércio, Gileno Lantyer, Castilho Barreira, diretor da Esco-la Municipal Silva Neto e com os representantes das entidades não-governa-mentais Abadá Capoeira, Luiz Geraldo “Fumaça” e Obra Educacional e Assis-tencial – OEA 31 de Março Hugo Simon de Sá. Pre-sidindo o evento, André Brito, Superintendente Municipal de Cultura,

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Suas origens remontam a 1907, quando por inicia-tiva de Baden Powell, jovens passaram a se reunir em prol de proteger a natureza e ajudar a comuni-

dade. Desde então, inúmeros grupos foram fundados em muitos pontos do mundo seguindo os mesmos objetivos, as vezes variando de país em país, adaptando-se a pre-ceitos religiosos mas sempre com o objetivo de congre-gar jovens em torno do bem comum. Uma dessas ramificações deu origem ao Clube de Desbravadores, presente em mais de 160 países, com 90.000 sedes e mais de dois milhões de participantes. Segundo seus membros, o clube existe oficialmente desde 1950, como um programa oficial da Igreja Adven-tista do 7º Dia. Fundado em 1988 por membros da Igreja Adventis-ta do 7º Dia, os Desbravadores têm se destacado ano-nimamente no município, mas nem por isso não tem tido seu trabalho junto aos jovens desvalorizado pelos cidadãos. Com a nobre missão de despertar o que há de bom em todos os jovens, livrando-os de influências negativas, o grupo tem entre seus principais objetivos, trabalhar a parte física, espiritual e mental de jovens entre 10 e 15 anos. Como parte de suas ações sociais, tem colaborado sempre que possível com a limpeza de locais próximos a natureza, conscientizando a população sobre a impor-tância de se manter o meio ambiente protegido, entre várias outras atividades. Em associação com a prefeitura, suas ações mais marcantes foram: limpeza do Lago Jacob, arrecadação de alimentos para doação, palestras em escolas, apoio em passeatas a favor da comunidade, como a Caminhada de Combate à Exploração Sexual de Crianças e Adolescen-tes, realizada em 18 de maio, organizada pela Secretaria de Promoção Social e desfiles cívicos, como o desfile Cí-vico de Sete de Setembro.

APOIO GOVERNAMENTALSegundo Douglas Gonçalves, enfermeiro de profissão e Diretor Associado do clube, o prefeito Alex Batista, sensível às causas sociais, freqüentemente presta supor-te aos Desbravadores no sentido de ajudar em seu de-senvolvimento como grupo de utilidade pública e forte aspecto cultural. Recentemente os auxiliou disponibili-zando transporte para a Casa de Idosos, localizada em Valparaíso de Goiás, em 5 de maio, quando foram doar alimentos, roupas e proporcionar atividades de lazer os velhinhos moradores do Casa. Também promoveu a confecção de seus uniformes de atividades, cerca de 70, para os jovens membros do grupo. Além de Alex Batista, outros ilustres membros da comunidade são membros honorários do Clube, como Kariny Nogueira, Secretária de Indústria e Comércio, licenciada, madrinha dos desbravadores e o professor Carlos Cezar Inocêncio, Superintendente de Esportes e Lazer, também licenciado, que é um grande apoiador e entusiasta do grupo.

PARA FAZER PARTEQualquer jovem entre 10 e 15 anos, pode participar do grupo desde que esteja disposto a obedecer aos princí-pios de cidadania, moral e ética da instituição. Uma vez aceitos, irão participar de atividades relacionadas à pro-teção da natureza e promoção da cidadania que resulta-rão em melhorias no relacionamento familiar e escolar. Ao entrar no Clube, recebem uma planilha de Atos e Deveres, que nortearão seu desenvolvimento na organi-zação e seu comportamento junto à comunidade (escola, família, bairro). Nessa planilha estão descritos, atitudes tais como ajudar nas tarefas domesticas obediência aos pais, desempenho na escola e desenvolvimento espiritu-al, independente da religião que porventura sigam. De acordo com o Instrutor e Conselheiro Absolom Cabral, Policial Militar de Distrito Federal, agora refor-mado e ex-membro do BOPE, “dentre aqueles que fazem parte do Clube, os pais são unânimes em afirmar que tem sentido melhoras na vida do jovem, em relação ao trato familiar, se relacionando bem na escola e promovendo esses valores na comunidade onde vivem”.

VADORESDESBRA Grupo escotista promove ações e muda a cabeça dos

jovens para melhor

REUNIÕESSábados de 15h00 às 16h30 e

domingos de 8h30 às 11h30.

Igreja Adventista do 7º Dia

SQ 17 Q. 08 A/E

Setor de Igrejas

Próximo à Escola

Edson André de Aguiar

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CulturaNaRide / Julho de 2012

Revistas, jornais e noticiários de TV fazem uso de valores numéricos e percentuais so-bre a educação e o ensino. O fato mostra quanto o tema é relevante para sociedade. A preocupação com o assunto remonta uma condição no país que é histórica. Diante do insucesso da educação e do ensino o que a sociedade tem feito é cobrar: “onde tem se falhado?”. Todos indagam “de quem é a parcela maior de culpa pelas más sucedidas tentativas de melhoria da educação e do ensino no Brasil?” A ideia aqui há ser defendida não é, a princípio, encontrar um ou vários culpados e, sim mostrar como a educa-ção e o ensino em países como a Finlân-dia, Coréia do Sul e Cingapura, assumem posição de destaque e sucesso. Os resultados extraordinários alcan-çados por estes países estão no mérito e no afinco do trabalho educacio-nal que realizam. E o que mais tem chamado a atenção dos estudiosos são as práticas por eles desenvolvidas, testadas e aprovadas na sala de aula. Na busca da qualidade da educação no Brasil, o que sem-pre se buscou foi combater o fantasma assombroso da má qualidade da educação no país e ao mesmo tempo abrir caminhos que fossem capazes de enraizar a cultura do bom ensino. A educa-ção e o ensino no Brasil, ao longo do tempo foram se distanciando daquilo que foi pensado no Ma-nifesto dos Pioneiros, cujo ob-jetivo principal era primar pela qualidade e pela valorização de seus profissionais. Não há mais tempo a perder! Se a luta dos Pioneiros, na perspectiva de uma educação de qualidade, não foi con-siderada e valorizada, é urgente que a educação no Brasil tome como referência aquilo que vem dando certo e funcionan-do em países como Finlândia, Coréia do Sul e Cingapura. É imperioso, por exemplo, a impor-tância que se deve dar quando se for realizar a seleção de recrutamento de candidatos ao cargo de professor. Nesse momento o critério adotado seja de bus-car o mais talentoso. Tendo em vista que o quadro que se apresenta hoje passa por uma realidade de má formação acadêmi-ca, pelo comodismo e pela negação de

envolvimento de certos profissionais da educação malsucedidos. Sonhar com uma educação de quali-dade para todos é princípio “ad eternum”. Porém, para que este princípio se desta-que, verdadeiramente, é relevante que seja feito uma filtragem de acesso no âmbito da educação. Por que da filtragem? Por-que do contrário o que se apresentará na ponta final será o desperdício de tempo e dinheiro com gente sem o menor talento para o enfretamento da educação. Dentro do espaço escolar, o que tem de acontecer e prevalecer, de verdade, são uma educação e um ensino que se-jam forjados por profissionais altamente gabaritados capazes de formar e de pre-parar o cidadão para exercer no presente aquilo que ao mesmo instante já é tam-bém futuro. Este deve ser o pano de fun-

do da educação no Brasil. Cabe ressaltar que nos países onde a educação e o ensino estão no topo, tive-ram que enfrentar com ousadia as maze-las dos retrocessos que impediam o cres-cimento e o desenvolvimento do povo, crescimento e desenvolvimento que só poderiam ser alcançados a partir da implementação de uma política pública bem norteada na área da educação. Nes-te sentido, quais foram as medidas ado-tadas por países, exemplo para o mundo? Romperam com situações semelhantes às encontradas no sistema brasileiro de educação e ensino. Deste modo não mais admitiram professores e gestores que não fossem devidamente avaliados por

especialistas e com referência compro-vada para tal finalidade. A história de sucesso nos países exemplares na área de educação, diga-se, não ocorreu de modo repentino. Tudo que aconteceu foi de forma gradativa. Primeiro elaborou-se um currículo bom e oficial; segundo estabeleceram me-tas claras, bem definidas e exigentes. O currículo oficial foi o grande divisor de águas entre o mundo da intuição e do da razão. Em países como o Brasil, onde o ensino é fraco, não só o currículo precisa ser bem definido, mas também, precisa que seja prescritivo se se quiser que o bom ensino seja enraizado na cultura da nação brasileira. Amiúde a prática adotada pelos pa-íses exemplares em educação é similar em todos eles: monitoração da qualidade

do ensino é ferramenta basilar para garantia e manutenção do sucesso cotidiano. A educa-ção como prioridade de ações governamentais é valorizada e obedece a critérios de inspeção dentro da escola de maneira sis-têmica, concedendo direito aos especialistas a assistirem aulas, entrevistar alunos e professores, observar o estado de conserva-ção do prédio escolar e a partir dessas auditorias gerarem rela-tórios. Não simples relatórios, mas recomendações práticas no sentido de provocar mudanças em todas as direções. O grande “pulo” para o futuro talvez seja, realmente, que a ta-refa de contratação de professo-res deva ser entregue a especia-

listas em educação, mas que não sejam vinculados dos sistemas de educação em qualquer nível. Esta é a política adotada nos países que estão, mundialmente, na frente quando se trata de educação. A constatação é evidente! Se o Brasil não adotar, de vez, o que foi pensado no Manifesto dos Pioneiros ou as práticas que vêm sendo adotadas nos países que estão no topo da educação, estará fadado a conviver com o fantasma da má quali-dade da educação. Pensemos nisso!

Castilho Barreira de Carvalho, Xpedagogo, pós-graduando em Gestão Educacional, diretor da Escola Municipal José Fernandes da Silva Neto em Cidade Ocidental-GO,

O Blefe da EducaçãoCastilho Barreira X

Grupo escotista promove ações e muda a cabeça dos jovens para melhor

Artigo

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A lua cheia da noite de 4 de maio de 2012

para os moradores de Cidade Ociden-tal, trouxe com ela uma grande experi-ência de som e luz. O projeto “Ci-nema State Grid”

No escurinho do CinemaCinema itinerante na feira coberta leva a experiência da telona pela primeira vez a crianças e adultos

da empresa Cine-magia com patro-cínio da State Grid Brazil Holding, com o apoio do Governo de Cidade Ocidental, atraiu mais de 800 pes-soas ao espaço da feira coberta.

A iniciativa, que conta com o apoio do Ministé-rio da Cultura/ Lei Rouanet de Incen-tivo à Cultura, leva sessões gratuitas de cinema a co-munidades de 15 cidades, em cinco

estados brasileiros. O projeto pre-vê a realização de duas sessões de cinema, um dia em cada município participante. As exibições aconte-cem à noite, para um público de

aproximadamente 500 pessoas por sessão. Os locais de projeção são ge-ralmente ginásios, praças e galpões. Segundo o Superintenden-te Municipal de Cultura, André

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No escurinho do CinemaCinema itinerante na feira coberta leva a experiência da telona pela primeira vez a crianças e adultos

Brito “a iniciativa sociocultural de trazer um cinema itinerante gratuito objetiva proporcio-nar à quem nunca foi ao cinema, uma experiência única, de som e imagem de qualidade, tal

e qual no cinema, possibilitando viajar por outros mundos e culturas, se emocionar, refle-tir e principalmente se divertir.” Mais de 800 pessoas puderam assistir aos dois

filmes “Vida de Inseto” (1998) e “Se Eu Fosse Você 2” (2009) e degustar, de graça, a quantos saquinho de pipoca pudessem comer. A Superinten-dência Municipal de Cultura estuda

a possibilidade de dar continui-dade a essa bela iniciativa cultu-ral, que movi-menta a cidade, leva cultura a todos e propor-ciona momentos memoráveis.

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Nascido em Itaíba, Pernambuco e residente em Cidade Ocidental desde 1979, Nilson Albuquer-

que começou a desenvolver seu interesse pela música em 1987 na Escola de Musica de Brasília, graduando-se em 1993, mas em 1989 já havia retirado seu registro na Ordem dos Músicos do DF – OMB-DF (3387). Desde pequeno já havia a vontade de mexer com musica, mas seu pai proibia dizendo que musica era coisa de “maco-nheiro, sem vergonha e vagabundo”. Após sua ida para a Aeronáutica, onde serviu, é que pode entrar na Escola de Musica. Somente depois de formado, começou a trabalhar com musica, tocando em vários shoppings, pizzarias, churrascarias e festas em geral, trilhando o mesmo caminho de muitos musicistas. Participou de diversos festivais de música, entre os quais, o Festival de Música do Gama (1989) ficando em 6º lu-gar, Luziânia (1992) e Sudoeste (2006). Grande arranjador, Nilson é modesto. Tem músicas próprias que ainda não con-sidera a hora de mostrar por não achá-las tão boas. Tem um estúdio em casa onde prepara as composições dos clientes dan-

Música em famíliaFamília Albuquerque tem a música no sangue e no coração

Nilson AlbuquerqueAulas de violão e tecladoSuperquadra 12 Qd. 12 Projeção 1 loja 22Cidade Ocidental/GO

do uma “cara” mais musical às peças, que muitas vezes chegam cruas e sem a avaliação de um pro-fissional. Nilson produz jingles para quem quiser em seu estúdio, além de mensagens e programas de rádio gravados para os interessados. Mas o mais interessante é que toda a sua fa-mília é composta de músicos também. Sua esposa Maria do Socorro toca teclado e é exímia canto-ra, seu filho Nícolas, 8 anos, toca teclado, violão e canta como um verdadeiro anjo, um talento em constante processo de lapidação e que pode ser ouvido em ação no Projeto Feira Cultural, que acontece todos os sábados na feira coberta de Cidade Ocidental, promovido pela Superinten-dência de Cultura. Nilson tem seu estúdio funcionando no local onde as primeiras discotecas de Cidade Ocidental começaram a dar seus passos rumo ao entreteni-mento, ainda nos anos 80. Coincidência ou não, seu estabelecimento funciona ao lado de onde era a Discoteca Zum Zum, na Superquadra 12 Quadra 12 Projeção 1 loja 22. Nilson hoje trabalha em projetos sociais da pre-feitura, dando aulas de violão no espaço Multiuso (bairro Nápolis A) e coordenando apresentações dos artistas locais todos os sábados na feira coberta da ci-dade, além de lecionar para os alunos do Projovem.

Nilson Albuquerque

14 Alunos de violão do professor Nilson, no salão Multiuso

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Pós-Graduação Pós-Graduação

F a c u l d a d e D a r w i nPós-Graduação

Pólo Cidade OcidentalCoordenação:

Liliene Lopes e Maria VitóriaTelefones: 3605-2842 / 9297-2120

Música em família

Nilson AlbuquerqueAulas de violão e tecladoSuperquadra 12 Qd. 12 Projeção 1 loja 22Cidade Ocidental/GO

Nilson AlbuquerqueAlunos de violão do professor Nilson, no salão Multiuso

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A Banda Los Car Los, formada por Roca Melo, Francisco Porto, Kalunga e Fernan-do Garcia, além do convi-dado Gerho Brasilis nos Teclados, estão à frente da banda que busca trazer entretenimento e cultura à Cidade Ocidental de for-ma diferenciada. Em tempos de Funk Rio, Axé e duplas serta-nejas, a Banda Los Car Los surge com um projeto divertido que tem em seu repertório musicas do Rei

LosCarlosRoberto Carlos e do Tre-mendão Erasmo Carlos. As músicas abrangem todas as grandes fases criativas de Roberto e Erasmo, que vão desde a Jovem Guarda (“Eu Sou Terrível”) até as baladas mais românticas (“Eu te darei o Céu”), pas-sando por vários sucessos. Com novos arranjos, Francisco Porto canta as músicas que por quarenta anos embalaram as diver-sas gerações de fãs de Ro-berto Carlos. Com pouco tempo de formação (desde 2010), a banda já realizou

diversos shows pelos esta-dos de Goiás e Tocantins, tocando inclusive em di-versos pontos do Distrito Federal, mostrando que Cidade Ocidental conti-nua sendo um pólo de cul-tura dos mais criativos. “A nossa proposta é homenagear o Rei trazen-do as músicas para a atu-alidade”, explica Chico, como é conhecido Fran-cisco Porto. Chico é um dos membros fundadores da banda Nomes Feios, originária da Cidade é que já teve sua trajetória retra-

tada no Jornal Ocidental e agora, no livro Cidade Ocidental contada por seus pioneiro, de autoria do jornalista Lander. Los Car Los é um pro-jeto que, além de divertir e proporcionar momentos nostálgicos aos fãs do Rei visa resgatar as grandes canções de Roberto e apre-sentar essas maravilho-sas composições às novas gerações, que parecem estar sempre alheias aos compositores do passado, ignorando, por exemplo, a influência que os novos ído-

los têm sobre esses artistas. Em tempos de sons automotivos, graves no talo ecoando dos carros e tirando a paz do fim de se-mana, um pouco de Rober-to Carlos funciona como aquele chazinho gelado no final de uma tarde de domingo, trazendo alívio àquele corpo maltratado pelo álcool e debilitado pela ressaca: alívio e prazer em meio à dor de cabeça. “O Rock ‘N’ Roll ainda vive”, diria um fã ao final de um dos shows dos Los Car Los.

Banda

Official Roberto e Erasmo Carlos Rock ‘N’ Roll Club Band

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Nomes Feios

RocknRoll

Foto

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LosCarlosNomes Feios

A banda NOMES FEIOS surgiu em 1989, sem-

pre atuante na cena de Brasília e Entorno, participou de vários fes-tivais como: Porão do Rock, Redley Records Festival e Super Demo. Várias apresentações

Contatos:[email protected] www.myspace.com/nomesfeios

RocknRoll

por diversas partes do Brasil fizeram com que a banda se tornasse re-ferência e conseguisse respeito e admiração. Com um trabalho sim-ples e sincero os NO-MES FEIOS se torna-ram a lenda do rock do cerrado.

DiscografiaDemo tape “Nomes Feios - 1993• Coletânea “Consciência Underground” - 1994• Disco “Doido e Feio” - 1995• Coletânea de vídeos “Terapia, Imagens e Dis-• torções” - 1996

Home Vídeo “Nomes Feios Shows” - 1996• Compact Disc “Nomes Feios” - 1997• Compact Disc Interativo “Debutante” - 2004• Coletânea “Contramão” - 2005• Coletânea “Tributo ao Rock Brasília“ - 2006•

Foto

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18 História de Cidade Ocidental é contada em livro pela primeira vez

Lançado em junho deste ano, o livro Cidade Ocidental Contada Pelos Seus Pio-neiros, por si só já é um fato histórico. Escrito pelo jornalista ocidentalense Lander Jor-ge, o livro é fruto de seu amor pela cidade. Lander Jorge visitou diversos pioneiros, folheou jornais antigos da região, visitou locais históricos e promoveu o resgate da cultura local através da literatura contida em seus belos escritos. De ínicio parecia um daqueles inúmeros proje-tos “de gaveta”, que jamais saem e são efetivados. Sempre que falava-se da publicação de livros sobre a cidade, alguém vinha com a velha frase: “tam-bém vou publicar um” emendando com “já está prontinho”. Nada con-tra, se considerarmos que quanto mais livros circu-lando, contando nossa his-tória, tanto melhor, afinal a cultura não pode parar. Muitos duvidaram da iniciativa. O próprio livro sofreu criticas antes mesmo de virar realida-de. Comentários dos ini-

migos da leitura davam conta de possíveis puxa-saquismos que permea-riam a publicação. Pelo contrário, o li-vro narra os fatos passa-dos da mesma maneira como era noticiado à época, com a compro-vação de documentos e fotos e sempre com um tom imparcial, sem juízo de valor ou condenações. Com prefácio escrito por este Superintendente, Cidade Ocidental chega aos 35 anos mais madu-ra, independente (não somos mais cidade dor-mitório) e com vontade de crescer cada vez mais. Há capitulos emocio-nantes, como a construção do Jardim da Imaculada, cuja história funde-se com a da cidade, as ausências ilustres de Vovô Osório, famoso por ter falecido com mais de 100 anos, David Budin, patrono do jornalismo ocidentalense e fundador do Jornal Oci-dental, de Neto do PT, in-cansável militante do Par-tido dos Trabalhadores e muitos outros. Para aqueles com mais de trinta anos, ler o capí-tulo Nos Tempos da Holli-day tem sido uma viagem

André Brito X

no tempo. Relembrar as músicas do anos 80/90, os grupos de dança. Tudo isso tem um valor especial

e mostra como a vida cul-tural da cidade vem se de-senvolvendo desde então. Nem todos os fatos e

personagens couberam no livro, mas outras edições vem aí, para fazer justiça à cidade que tanto amamos.

18 Prosa e História

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O BONDE ILUSÃO, criado em 2009, passou por

muitas formações até se firmar como um pro-

missor grupo ocidentalense de funk carioca.

Reunidos na festa de aniversário de um

amigo, resolveram formar o grupo e apre-

sentar-se nas festividades de comemoração

do aniversário da cidade, em 2009.

Com a entrada de MC Mago, o grupo ga-

nhou mais coesão e apuro artistico, apresen-

tando-se em diversos lugares e atualmente

contam com os seguintes integrantes:

MC MAGO (VOCAL) DJ LUCAS SOUZA (MPC MIX) LUCIANO (DANÇARINO) LUKINHAS(DANÇARINO) DJ MARKINHOS MIX (DJ E PRODUTOR) Contatos para shows: (61) 9323-9720 / 8597-9719 7818-7971 - ID 962*9119 MARKINHO MIX

História de Cidade Ocidental é contada em livro pela primeira vez

Aniversários, Casamentos, Lazer Som e Iluminação

(61) 9373-9111 / [email protected]

Cidade Ocidental e região do Entorno

18 19 Discoteca Básica

Lançado em 1993, ainda em

vinil, o disco Sub-

Raça é considerado

um marco na histó-

ria do Rap Nacional.

Formado por “X” e

DJ Jamaika, o Câmbio

Negro surpreendeu com

as letras contundentes

que influenciariam de-

zenas de outros rappers.

“Careca sim e Daí”

com sampler da música

Monster Crack, de Kool

Moe Dee, mostra uma

letra pagadora de sapo,

bem ao estilo Rap, onde

X populariza de vez a

expressão “Véi”, típica

da Capital Federal. Di-

recionada sistematica-

mente aos “bodinhos”,

era cantada nos bailes

até pelos próprios play-

boys. Acha irônico?

Mas não só de críti-

cas aos ricos eram fei-

tas as músicas do disco.

“Que Irmão é Você”

chama a atenção para

aquele mano que desan-

da e merece, segundo a

ótica da periferia, levar

um “sacode” pela con-

duta errada. Povoada

por samplers de Thaide

& DJ Hum e Racionais

MC’s, a base lembra

aqueles funks da déca-

da de 1970, suingada e

sincopada, com baixos

poderosos e suaves.

Fechando a trilogia

inicial de apresentação,

esculhambação dos ma-

nos errados e exaltação

à periferia “Que se Fodam

Vocês” não é o que pa-

rece ao se ler o título.

Conta o dia a dia na pe-

riferia do jovem negro,

mas também é um la-

mento vindo direto das

senzalas urbanas, mas

que no fim, dá as costas

à sociedade opressora e

vai viver a vida.

Mas ainda dentro

desse espirito de revol-

ta negra, sem dúvida a

melhor música é a faixa

título do LP. “Sub-Raça”

parte daquele principio

racista que Hitler, per-

sonificado por uma voz

feminina, chama os ne-

gros ou simplesmente

todos que moram em

favelas de sub-huma-

nos. Mas na verdade,

sub-raça, é a PQP!

GlossárioBodinhos: garotos ricos, playboys. Gíria típica dos anos 80, falada pelos brasilienses.

Sacode: surra. Outra expressão da periferia do DF, bem anos 80.

PQP: Puta Que Pariu mesmo.

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