16
1 Margarida Gaspar de Matos Psicóloga, Prof Associada FMH/UTL e CMDT/UNL Carnaxide, Junho de 2005 AVENTURA SOCIAL & SA AVENTURA SOCIAL & SAÚDE DE 1987- 2005 Parceiros / financiamento em 2001/2005: Fundação para a Ciência e a Tecnologia / Ministério da Ciência e do Ensino Superior Projecto POCTI 37486/PSI/2001/ FEDER Projecto PSIDA/PSI/49649/2003 Comissão Nacional de Luta Contra a Sida Faculdade de Motricidade Humana / UTL Instituto de Higiene e Medicina Tropical / UNL Centro da Malária e outras Doenças Tropicais- CMDT Health Behaviour in School-aged Children / Organização Mundial de Saúde Estilo de vida saud Estilo de vida saudável vel” (“Discurso de técnico… preocupação de pais…”) Os adolescentes não andam “pré-ocupados” com a protecção da sua saúde para o futuro “longínquo”... Os adolescentes não referem “comportamentos de risco”, eles “ vivem e experimentam”, “aqui e agora” Saúde Internacional- Saúde Comunitária Consumos Violência Suicídio Acidentes Alimentação Sexualidade de risco Dificuldades nas relações Interpessoais Sedentarismo Obesidade Depressão Falta de expectativas Saúde Internacional- Saúde Comunitária Saúde dos adolescentes- comportamentos Saúde Internacional- Saúde Comunitária uma perspectiva desenvolvimental ? uma perspectiva uma perspectiva uma perspectiva ecol ecol ecológica gica gica? uma perspectiva uma perspectiva uma perspectiva cultural, econ cultural, econ cultural, económica e pol mica e pol mica e polí tica tica tica? Necessidades na saúde/ bem-estar Desenvolvimento humano

CULTURAS JUVENIS CARNAXIDE - Entrada - Faculdade de … · 2017-10-31 · “ os pais estão cada vez mais dependentes de nós ... Comunicação interpessoal e saúde entre culturas

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1

Margarida Gaspar de Matos

Psicóloga,

Prof Associada FMH/UTL e CMDT/UNL

Carnaxide, Junho de 2005 AVENTURA SOCIAL & SAAVENTURA SOCIAL & SAÚÚDEDE1987- 2005

•Parceiros / financiamento em 2001/2005:

•Fundação para a Ciência e a Tecnologia /

Ministério da Ciência e do Ensino Superior

Projecto POCTI 37486/PSI/2001/ FEDER

Projecto PSIDA/PSI/49649/2003

•Comissão Nacional de Luta Contra a Sida

•Faculdade de Motricidade Humana / UTL

•Instituto de Higiene e Medicina Tropical / UNL

•Centro da Malária e outras Doenças Tropicais- CMDT

•Health Behaviour in School-aged Children /

Organização Mundial de Saúde

““Estilo de vida saudEstilo de vida saudáávelvel””(“Discurso de técnico… preocupação de pais…”)

Os adolescentes não andam “pré-ocupados” com a

protecção da sua saúde para o futuro “longínquo”...

Os adolescentes não referem “comportamentos de

risco”, eles “ vivem e experimentam”, “aqui e

agora”

Saúde Internacional- Saúde Comunitária

Consumos

Violência

Suicídio

Acidentes

Alimentação

Sexualidade de risco

Dificuldades nas relações Interpessoais

Sedentarismo

Obesidade

Depressão

Falta de expectativas

Saúde Internacional- Saúde Comunitária

Saúde dosadolescentes-

comportamentos

Saúde Internacional- Saúde Comunitária

• uma perspectiva desenvolvimental ?

••• uma perspectiva uma perspectiva uma perspectiva ecolecolecolóóógicagicagica???

••• uma perspectiva uma perspectiva uma perspectiva cultural, econcultural, econcultural, econóóómica e polmica e polmica e políííticaticatica???

Necessidades na saúde/ bem-estar

Desenvolvimento humano

2

Saúde Internacional- Saúde Comunitária

••• uma perspectiva uma perspectiva uma perspectiva desenvolvimentaldesenvolvimentaldesenvolvimental ???

• uma perspectiva ecológica?

••• uma perspectiva uma perspectiva uma perspectiva cultural, econcultural, econcultural, econóóómica e polmica e polmica e políííticaticatica???

Necessidades na saúde/ bem-estar

Quotidiano e stress

Saúde Internacional- Saúde Comunitária

••• uma perspectiva uma perspectiva uma perspectiva desenvolvimentaldesenvolvimentaldesenvolvimental ???

••• uma perspectiva uma perspectiva uma perspectiva ecolecolecolóóógicagicagica???

• uma perspectiva cultural, económica e política?

Necessidades na saúde/ bem-estar

Cultura e geração

Necessidades na saúde/bem-estar

Política e educação

person

Modelo ecológico na compreensão dos factores ligados ao risco e à protecção

relações interpessoaiscomunidadesociedade Pessoa

3

Aventura SocialAventura Social1987- 2005

criançafuturo

grupo de pares

família

escola

ambiente

* * Modelo do Controlo socialModelo do Controlo social ((HirschiHirschi,1969),1969)

• CONFORMIDADE SOCIAL «laços» , « filiação», «pertença»

• 1) Conformidade- Vinculação social pelo Afecto

• 2) Conformidade - Vinculação pelo Medo de ser punido ou criticado

3) Não conformidade - Falha no processo de socialização, sem vinculação, «sem controlo social»

• 1) Sem afecto (controlo interno)

• 2) Sem medo (controlo externo)

* * Modelo da Modelo da SUB CULTURSUB CULTURA A ( Walgrave,( Walgrave, 1994)1994)

• Oposição (ou distância) face ao grupo e contextos sociais

• MARGINALIZAÇÃO não há expectativas futuras pro-sociais

• (uso de substâncias, indiferença face à escola, lazer alternativo)

• 1) Baseado na classe social - falta de expectativas socio-económicas

• no presente e para o futuro

• 2) Baseado na identidade pessoal e social - falta de identificação com o grupo socio-cultural

Percepção de fracasso… respostas?

(Robinson, 1989)

- Desaparecer (deprimir, adoecer, suicidar-se)

- Mudar

- Encontrar comportamentos alternativos gratificantes

- Inverter o sistema interno de valores

(«sou o aluno mais insuportável da aula »)

Estado da Estado da ““ artearte”…”…

OS ADOLESCENTES PORTUGUESESOS ADOLESCENTES PORTUGUESES(HBSC, 1998, 2002 / Portugal, in Matos et al, 2003)

ObesidadeObesidade ((EUAEUA):):

1) alimentação “ junk” e “fast ”

2) sedentarismo

3) elevadas taxas de “stress”

4) hábitos alimentares “ non-stop”

5) doses “king-size”

( DeAngelis, 2004)

Aventura Social 1987- 2005

4

Estado da Estado da ““ artearte”” em Portugalem Portugal……

OS ADOLESCENTES PORTUGUESESOS ADOLESCENTES PORTUGUESES(HBSC, 1998, 2002 / Portugal, in Matos et al, 2003)

HBSCHBSC - Health Behaviour in School-aged Children - Estudorealizado de 4 em 4 anos realizado de 4 em 4 anos -- amostras nacionaisamostras nacionais

Estudo colaborativo da OMS - Iniciado em 1982, 35 países actualmente envolvidos

ObjectivosObjectivos:

Conhecimento dos comportamentos e estilos de vida dos adolescentes em idade escolar, nos diferentes contextos das suasvidas.

Saúde Internacional- Saúde Comunitária

O que O que éé o HBSC / OMS ?o HBSC / OMS ?

PortugalPortugal - 1994 Amesterdão, conferência ISBM

1995 Natanya, membro associado

1998 Viena, membro efectivo2002 PRESENTE ESTUDO

(relatório internacional - Junho 2004)

• Metodologia Quantitativa • Baseada num questionário de auto-relato• Protocolo internacional rigoroso • Informação recolhida em meio escolar

HBSC/OMS- Health behaviour in School aged children

Saúde Internacional- Saúde Comunitária

QUESTÕES CENTRAISQUESTÕES CENTRAIS

– Demográficas– Consumos de tabaco e álcool– Hábitos alimentares – Violência – Acidentes– Ambiente na escola– Expectativas futuras– Bem-estar e apoio familiar– Sintomas físicos e psicológicos

– Imagem pessoal

QUESTÕES OPCIONAISQUESTÕES OPCIONAIS

– Prática de exercício físico/desporto– Consumo de drogas– Crenças e atitudes face a– indivíduos portadores do VIH/sida– Comportamento sexual– Relações com os pares– Lazer– Doença crónica / deficiência

OS ADOLESCENTES PORTUGUESESOS ADOLESCENTES PORTUGUESES(HBSC, 1998, 2002 / Portugal, in Matos et al, 2003)

SexoFeminino

53%

SexoMasculino

47%

Distribuição dos sujeitos por sexo

34,9% 37,5%

27,6%

0

510

15

2025

30

3540

6º ano 8º ano 10º ano

Distribuição dos sujeitos por nível de escolaridade

4,4%6,2%

25,0%24,7%

39,7%

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

Norte Centro Lisboa/Vale do Tejo Alentejo Algarve

Estudo HBSC, 1998, n= 6903

Estudo HBSC, 2002, n= 6131

OS ADOLESCENTES PORTUGUESESOS ADOLESCENTES PORTUGUESES(HBSC, 1998, 2002 / Portugal, in Matos et al, 2003)

HBSCHBSC/OMS /OMS -- Aborda questões Aborda questões comocomo::

Quantos adolescentes em Portugal Quantos adolescentes em Portugal ……• Fumam?• Bebem?• Consomem drogas ?• Praticam AF /desporto?• Se envolvem em actos de violência ? (...)

OS ADOLESCENTES PORTUGUESESOS ADOLESCENTES PORTUGUESES(HBSC, 1998, 2002 / Portugal, in Matos et al, 2003)

A Maioria atravessa este período sem problemas

5

ComportamentosComportamentos

ò Consumo de drogas (último mês) 7 %

ò Experiência de haxixe 9 %

ò Porte de arma (último mês) 10 %

ò Provocação (2-3 x/mês) 10 %

ò Embriaguez (duas ou + vezes) 13 %

ò Prática AF 4x sem. fora da escola 37%

- Ver TV / semana 4 horas ou + 33 %

ò Ver TV / fim de semana 4 horas ou + 57 %

OS ADOLESCENTES PORTUGUESESOS ADOLESCENTES PORTUGUESES(HBSC,2002 / Portugal, in Matos et al, 2003, n= 6131)

Actividades de lazerActividades de lazer

– Ouvir música 98 % – Jogar cartas, video, computador 95 % – Conversar com os amigos 95 %– Ver televisão 94 %– Dormir 93 %

– Actividades associativas, 55 %– Trabalho de solidariedade social 52 %

OS ADOLESCENTES PORTUGUESESOS ADOLESCENTES PORTUGUESES(HBSC,2002 / Portugal, in Matos et al, 2003)

Lazer sedentário e “de consumo”

HBSCHBSC/OMS /OMS -- Aborda questões comoAborda questões como::

DiferenDiferenççasas……

• Idade ?

•Género ?

••• Região do paRegião do paRegião do paííís ?s ?s ?

••• Nacionalidade ? Nacionalidade ? Nacionalidade ?

••• Entre Portugal e outros paEntre Portugal e outros paEntre Portugal e outros paíííses ?ses ?ses ?

•De 1998 até 2002 ?

OS ADOLESCENTES PORTUGUESESOS ADOLESCENTES PORTUGUESES(HBSC, 1998, 2002 / Portugal, in Matos et al, 2003)

OS ADOLESCENTES PORTUGUESESOS ADOLESCENTES PORTUGUESES(HBSC, 1998, 2002 / Portugal, in Matos et al, 2003)

Quando se é mais novo...(11 anos)…mais saúde

Tendência a um agravamento da situação com a idade

Comportamentos/riscoComportamentos/risco11anos 13anos 15anos

CONSUMOSò Tabaco tdias 5 18 32ò Embriaguez (duas ou + vezes) 3 10 24ò Beber destiladas 12 35 60ò Experiência de haxixe 2 6 19ò Consumo de drogas (último mês) 2 5 12

VIOLENCIAò Porte de arma (último mês) 7 11 12

BEM ESTAR/LAZERò Triste todos dias 6 7 9ò AF 4 ou mais dias sem/ 50 43 36

ESCOLAò Gosta de escola 85 75 70ò Considerado bom aluno 12 9 6ò Professores ajudam 76 68 62

FAMILIAòFacilidade em falar com a pai 65 55 53

OS ADOLESCENTES PORTUGUESESOS ADOLESCENTES PORTUGUESES(HBSC,2002 / Portugal, in Matos et al, 2003, n= 6131)

ComportamentosComportamentos11anos 13anos 15anos

VIOLENCIAò Vitima (2-3x mes) 22 21 12

ò

OS ADOLESCENTES PORTUGUESESOS ADOLESCENTES PORTUGUESES(HBSC,2002 / Portugal, in Matos et al, 2003, n= 6131)

6

13

Agressor ( 2 meses)

Vitima ( 2 meses)

Bullying

1611RaparigaRapaz

Violência

15

Crescer com saúde e segurança ?

Género

RAPAZES - EXTERNALIZAÇÃO

OS ADOLESCENTES PORTUGUESESOS ADOLESCENTES PORTUGUESES(HBSC, 1998, 2002 / Portugal, in Matos et al, 2003)

RAPARIGAS - INTERNALIZAÇÃO

Factores ligados ao Risco e/ou protecção

�Género

� Os comportamentos de risco e de protecção diferem nos rapazes e nas raparigas.

� Nos rapazes há maior tendência para externalização(violência, acidentes, consumos)

� Nas raparigas há maior tendência para internalização (perturbações da imagem do corpo, perturbações alimentares, sintomas físicos e psicológicos, sedentarismo)

OS ADOLESCENTES PORTUGUESESOS ADOLESCENTES PORTUGUESES((HBSC 1998-2002 / Portugal, in Matos et al 2000, 2003)( qui-quadrado,p<.05)

Quando se é rapariga...

Mais descontente com o corpo

Gosta maisda escola

Quer mais prosseguir estudos

Menos consumos ( alcool, tabaco, drogas)

Mais queixas psicológicase somáticas

OS ADOLESCENTES PORTUGUESESOS ADOLESCENTES PORTUGUESES

Menos

actividade

física

Quando se érapaz...

Mais contente com o corpo

Gosta menos da escola

Mais feliz e confiante

Mais consumos ( alcool, tabaco, drogas)

Maior percepção de ser saudável

Mais fácil fazer amigos

Mais participação em provocações

OS ADOLESCENTES PORTUGUESESOS ADOLESCENTES PORTUGUESES

Mais actividade

física

7

4 a 7 dias AF- (1998, N= 6903) = 38.3% %%%% (2002, N= 6131)=36.8%

53.5% rapazes* %%%% 48.9% rapazes*

24.9% raparigas 25.5% raparigas

45.3% 11 anos* %%%% 41.5% 11 anos*

32.7% 16 anos %%%% 27.8% 16 anos

OS ADOLESCENTES PORTUGUESES:OS ADOLESCENTES PORTUGUESES:

Prática da actividade física ( para além da escola)

�Futebol - 62.8% (1998) %%%% 47.5% (2002)

78.2% rapazes* %%%% 66.2%*49.2% raparigas %%%% 29.5%

60.5% 11 anos* %%%% 52.1%*59.0% 16 anos %%%% 40.9%

OS ADOLESCENTES PORTUGUESES:OS ADOLESCENTES PORTUGUESES:

Modalidade desportiva mais praticada ( ultimos 6 meses)

�Ginástica 34.9 % ( 1998) %%%% 18.5% (2002)

25.5% rapazes %%%% 11.4%43.2% raparigas* %%%% 25.2%*

40.0% 11 anos* %%%% 27.1%*31.5% 16 anos %%%% 12.1%

OS ADOLESCENTES PORTUGUESES:OS ADOLESCENTES PORTUGUESES:

Modalidade desportiva mais praticada ( ultimos 6 meses)

Educação para o género ?

Adolescente

Escola

Familia

Amigos

Preditores

Idade

Genero

Adolescentes portugueses: estilos de vida activos e saúdeMatos, Carvalhosa & Diniz ( 2002)- n= 6903, idade: 14 (estudo 1998), regressão múltipla

Actividade

física

FxdEmprego do pai

Semanada

Carro de familia

R2=.16

Auto-imagem positiva

Sentir-se saudável

Sentir-se feliz

Ver TV

Estar em dieta

Não consumir tabaco

Embriaguez

Provocar na escola

Gostar da escola

Sair à noite com os amigos

Fica com amigos depois da escola

Preditores

Genero

Adolescentes portugueses: preditores da AF( apenas 10º ano, n= 1581 - , estudo 2002, idade 16, Regressão múltipla

Actividade

física

(mais)

R2=.69

Beber alcool

Experimentar tabaco

Experimentar haxixe

Ter tido Lesões

Envolver-se em Provocações

Faço AF com os meus pais

Faço AF com os meus amigos

Os meus pais gostam AF

Os meus amigos gostam AF

Eu gosto muito AF

Faço AF desde pequeno

Tenho jeito para AF

Ser fácil ir fazer AF

Ser seguro fazer AF

Ser caro fazer AF

Estou com os amigos

Passar tempo

Sentir bem fazer AF

Não engordar se fizer AF

8

Adolescente

Família

Escola

Comunidade

Gosto pela sua aparência

Felicidade pessoal

Competências escolares

C E N Á R I O S

Tipo de família

Comunicação com pais

Relação escola

Relação professores/escola

Relação amigos/escola

Grupo pares/rua

Lazer activo

Lazer sedentário

Experimentação/Consumos

Violência

Insatisfação corpo/Dieta

Sintomas físicos e psicológicos

Idade

Género

ExternalizaExternalizaççãoão

InternalizaInternalizaççãoão

Comportamento

sexual

OS ADOLESCENTES PORTUGUESESOS ADOLESCENTES PORTUGUESES(HBSC, 1998, 2002 / Portugal, in Matos et al, 2003) ESE

Em Portugal, de 1998 a 2002...

Mais consumos ( tabaco, drogas )

Alimentação menossaudável

Mais consumo abusivo de álcool

Menos actividade física

Mais violência

OS ADOLESCENTES PORTUGUESESOS ADOLESCENTES PORTUGUESES(HBSC, 1998, 2002 / Portugal, in Matos et al, 2003)

• As diferenças entre géneros atenuam-se

tendencialmente pela adopção de “mais

risco“

(ex. raparigas fumam mais, rapazes mais

sedentários)

OS ADOLESCENTES PORTUGUESESOS ADOLESCENTES PORTUGUESES(HBSC, 1998, 2002 / Portugal, in Matos et al, 2003)

HBSC/OMS HBSC/OMS –– 19981998--2002 2002 ::

• Sobrevalorização do risco nos pares

• Sobrevalorização do risco nos adultos

OS ADOLESCENTES PORTUGUESESOS ADOLESCENTES PORTUGUESES(HBSC, 1998, 2002 / Portugal, in Matos et al, 2003)

HBSC/OMS HBSC/OMS –– PercepPercepçção da ão da normanorma ::

FumamBebem em excesso

Praticam desporto

PercepPercepçção da ão da ““normanorma”” (n = 3703, 8º e 10º ano)

Percepção de relações sexuais

Tiveram relações sexuais Percepção dos amigos...

24% 54%

Acham que “muitos” adultos

78 %61 %

28 %

OS ADOLESCENTES PORTUGUESESOS ADOLESCENTES PORTUGUESES(HBSC, 2002 / Portugal, in Matos et al, 2003)

Saúde Internacional- Saúde Comunitária

O quotidiano dos adolescentes em O quotidiano dos adolescentes em PortugalPortugal segundo eles prsegundo eles próópriosprios

(grupos focais)

9

�Grupos Focais ( “ focus group”)

� Grupos específicos

� Técnicos de educação

� Técnicos de saúde

� Pais / Famílias

� Pares / adolescentes

OS ADOLESCENTES PORTUGUESESOS ADOLESCENTES PORTUGUESES

““ ÉÉ a primeira vez que nos chamam a primeira vez que nos chamam (na escola) s(na escola) sóó para nos ouvirpara nos ouvir…… ””

ADOLESCENTES PORTUGUESESADOLESCENTES PORTUGUESES(HBSC, 1998, 2002 / Portugal, in Matos et al, 2003)

Comunicação interpessoale saúde na família

HBSC- fácil falar: com mãe 80% com pai 58%

OOs pais s pais ::“ é dificil falar de certas coisas”

“ a relação não é tão má como dizem”

“ eles não nos deixam ter conflitos e assim super protegem e

ficamos crianças”

“ não querem que passemos mal como eles e fazem a papinha

toda”

“ os pais estão cada vez mais dependentes de nós”

“ temos que ajudar os pais a ser melhores pais”

Saúde Internacional- Saúde Comunitária

Comunicação interpessoale saúde entre culturas

ViolênciaViolência - (HBSC - porte de arma, 22%; provocar, 21%)

“quando há brigas alguns levam facadas”, “a polícia só aparece aí para “buscar alguém””.

ConsumosConsumos - (HBSC - abuso álcool 22%, drogas/mês -19%)

“temos um grande problema com os adultos: passam o dia a beber”, “alguns fumam haxixe, os mais velhos, nota-se pelo cheiro do prédio”.

EscolaEscola - (HBSC - deixaram-no sozinho na escola 35%)

“ficamos postos de lado porque somos “do bairro””.

Saúde Internacional- Saúde Comunitária

10

Culturas Juvenis:Culturas Juvenis:EstereEstereóótipo ? tipo ? Marginalidade? Marginalidade?

HBSC - grupo de amigos - 96%

Religiosos: escuteiros, meninos da mamã, meninos de coro

Meninos da mamã : betos, tias

Desportistas*: radicais, surfistas, skaters, straights

Excluidos*: toxicodependentes, xungas, bubas, mitras, agarrados

Intelectuais (braingroup): cromos, políticos, nerds, marrões, ambientalistas

Alternativos*: afro, rappers, heavy, hip-hop, punks, freaks, rasta, góticos

Culturas Juvenis Culturas Juvenis ??

Saúde Internacional- Saúde Comunitária

Desporto e Actividade física: eles e elas

Os rapazes fazem mais desporto do que as raparigas;

O Futebol, eles pensam que é mais para eles; tínhamos de

invadir o campo de futebol senão eles não deixavam;

Nós era mais a parte das claques, havia uma equipa de futebol

de rapazes e nós éramos a claque e almoçávamos juntos;

Eu pratico desporto porque gosto, não posso viver sem fazer

desporto, não tem a ver com o peso,

OS ADOLESCENTES PORTUGUESESOS ADOLESCENTES PORTUGUESES

Quando uma rapariga pratica desporto com gosto, é logo

Maria Rapaz e os rapazes quando jogam dizem logo “escolhe a

Rute que é Maria Rapaz,”

Eu noto que há uma maior proximidade entre mim e os

rapazes, do que outras raparigas que não praticam tanto

desporto;

Quando não havia aulas de educação física na escola as

raparigas ficavam todas satisfeitas e iam para a escadas

conversar, enquanto que os rapazes iam jogar futebol .

OS ADOLESCENTES PORTUGUESESOS ADOLESCENTES PORTUGUESES

Imagem do corpo, actividade física e saúde

As raparigas preocupam-se mais com o corpo, mas mesmo assim os

rapazes praticam mais desporto; As raparigas só se preocupam nas

vésperas do verão”

Os rapazes estão agora a ligar mais ao corpo à musculação também

devido à TV, revistas, as pessoas têm ali os padrões;

Eu tenho colegas mais velhos, eu acho que eles se preocupam muito

mais que nós, passam horas no ginásio, na musculação; Eles criam um

ideal de corpo, e trabalham muito para isso”

Eu quando havia aulas de educação física estava sempre doente;

Ginástica não…tomas comprimidos, pões creme para a celulite...já os

rapazes fazem desporto todo o ano, jogam à bola”

As raparigas com músculos ficam feias

OS ADOLESCENTES PORTUGUESESOS ADOLESCENTES PORTUGUESES

Alunos:

a falta de acesso às actividades, as alternativas ( TV, computadores) ,

a falta de tempo (escola), a falta de apoio dos pais

Pais:

a “ preguiça” dos filhos, as alternativas ( TV, computadores), a falta

de motivação dos professores, a inexistência de espaços

Professores:

a falta de condições nas escolas, a desmotivação dos alunos, as

alternativas competitivas ( TV, internet), a falta de apoio dos pais

(….)

11

COMO TRADUZIR ESTES DADOS

EM CONHECIMENTOS ?

E ESTES CONHECIMENTOS

EM BOAS PRÁTICAS ?

Saúde Internacional- Saúde Comunitária

O QUE SE PODE FAZER ?O QUE SE PODE FAZER ?

Saúde Internacional- Saúde Comunitária

• NADA !

Saúde Internacional- Saúde Comunitária

• NADA !

• UMA COISA QUALQUER !

Saúde Internacional- Saúde Comunitária

• base em estudos prévios avaliados.

• inclusão de avaliação sistemática, multi-métodos e multi-informantes

• divulgação de resultados

• formação e supervisão dos técnicos

• trabalho em parceria e em rede

• participação do público alvo

Saúde Internacional- Saúde Comunitária

IntervenIntervençções tões téécnicocnico--cientcientííficas :ficas : Factores ligados ao Risco e/ou protecção

Como “pensar globalmente mas agir localmente”?

� Como intervir com relevância “perto” dos jovens,

� de modo adequado às características e necessidades de diferentes grupos de jovens

� às práticas locais específicas,

� de modo à mensagem adquirir significado no quotidiano?

� e se tornar credível/ acessível/ pertinente ?

OS ADOLESCENTES PORTUGUESESOS ADOLESCENTES PORTUGUESES

(HBSC 1998-2002 / Portugal, in Matos et al 2000, 2003)

12

NNííveisveis dede ananáálise lise e e intervenintervenççãoão ::

Sistema Político (bosque)

Comunitário

Institucional

Grupal

Interpessoal

Pessoal(árvore)

Saúde Internacional

MudanMudançça implica :a implica :

Saúde Internacional- Saúde Comunitária

• medidas integradas

PESSOA

ESCOLA/ TRABALHO

FAMILIA

COMUNIDADE

Contextos

IDADE

GÉNERO

SASAÚÚDE/DE/BEM ESTARBEM ESTAR

Nacionalidade ESE

Saúde Internacional- Saúde Comunitária

MudanMudançça incorpora :a incorpora :

Saúde Internacional- Saúde Comunitária

• o progresso do conhecimento

HHáá umum perturbante desiquilibrio entreperturbante desiquilibrio entre aa nossa fisiologianossa fisiologia e e

oo ambienteambiente......

TemosTemos umum ambiente onde hambiente onde háá comidacomida por todopor todo oo ladolado,,

baratabarata,, saborosasaborosa ee servida em grandesservida em grandes dosesdoses……

ee temos uma fisiologia que diztemos uma fisiologia que diz ““ come,come, desde que hajadesde que haja

comidacomida dispondisponíívelvel…”…”

James Hill, Univ. Colorado (2004)

Saúde Internacional

1) Melin (2004) - co-existem (“clusters”): fumar, consumir drogas, beber em excesso, alimentar-se mal, sedentarismo, ter comportamentos sexuais de risco, faltar à escola –

promover a participapromover a participaçção, a confianão, a confiançça e a competência, a e a competência, ajudar a viver uma ajudar a viver uma ““vida boavida boa””

2) Patrick, Sallis et al (2001) - PACE + ( modelotransteórico) Aconselhamento aos adolescentes, nos cuidados de saúde primários

aumentar a actividade física e melhorar o comportamento alimentar

Saúde Internacional

13

““Aventura SocialAventura Social”” -- Programa de promoPrograma de promoçção de ão de competências pessoais e sociais :competências pessoais e sociais :

(Spence, 1981; MacFall,1982; Felner et al,1990, in Matos et al., 1987 a 2005)

• Identificar problemas, Pensar soluções

• Gerir emoções

• Comunicar, afirmar-se positivamente.

• Projecto de vida

Saúde Internacional- Saúde Comunitária

Temas para discussão Temas para discussão ( Matos( Matos et alet al., 2005)., 2005):

Saúde Internacional

• estilos de vida saudáveis e bem estar• consumos (álcool, tabaco e drogas)• emoções e comunicação interpessoal• amizade e amor, sexualidade segura • escola , colegas, professores • violência e conflitos• higiene alimentação e imagem do corpo• segurança rodoviária• lazer, actividade física, desporto• família, amigos e vizinhos• protecção do ambiente• expectativas para o futuro, • participação e cidadania…

Tobal Tobal (2004)(2004) “A A sasaúúdede dos dos valores mvalores méédios dios individualizadosindividualizados e e culturalmenteculturalmente relevantesrelevantes”

Nutrição - (negligência e obsessão)

Actividade física - (sedentarismo e obsessão)

Relações interpessoais - (isolamento e dependência)

Participação social - (desinteresse e fundamentalismo)

Realização laboral e escolar - (desinteresse e obsessão)

(…)

Saúde Internacional- Saúde Comunitária Saúde Internacional- Saúde Comunitária

““ProblemaProblema”” seguinte seguinte

( ( rere--definirdefinir problemas)problemas)

57% vê TV mais de 4 h/diaHBSC/OMS HBSC/OMS -- AventuraAventura Social & Social & SaSaúúdede

9 % fuma todos os dias13 % já se embriagou 2 ou + vezes

14

3% obesos

15% excesso de peso

King sizeFast food

MAS MAS ……

Saúde Internacional- Saúde Comunitária

93 % dormem no tempo livre

7% deprimidos todos os dias

Saúde Internacional- Saúde Comunitária

FuriosoJovem

&Pobre

2005

Saúde Internacional- Saúde Comunitária

ChateadoIncapaz&

sem sonhos

2005

Saúde Internacional- Saúde Comunitária

Amanhãfoi cancelado

por faltade interesse

2000

15

Saúde Internacional- Saúde Comunitária

A heroínamata devagar

mas eu,não tenho

pressa !

1973

Aos 16 anos 38% enviam mensagens, diariamente

Saúde e comunicação interpessoal no século XXI?

17 % pratica AF menos de 1 vez por mês, mas...

NOVOS DESAFIOS NOVOS DESAFIOS ……

Saúde Internacional- Saúde Comunitária

Adolescentes portugueses: estilos de vida activos e saúde

Recomendações para a promoçãoAF:

• Medidas da actividade física

• Perspectiva desenvolvimental (idades, tarefas)

• Diferenças de género

• Tipos de AF ( grupo, individual, informal, formal)

• Perspectiva ecológica - (acessibilidade - espaços para prática)

• Apoio social ( ter companhia….)

• Hábito anterior ( criar rotinas o mais cedo possivel)

• Ajustado (ao nível, idade e género e passo a passo…)

• Partir de onde se está (pre-contemplativo, contemplativo, activo)

• GOSTAR… DIVERTIR-SE… SER CAPAZ...

AVENTURA SOCIAL & SAAVENTURA SOCIAL & SAÚÚDEDEFMH /UTL 1987- 2004

Ajudar os jovens a escolher e manter estilosde vida saudáveis e activos :

Os estilos de vida saudáveis e activos estão na “moda”?, dão prestígio entre pares?

Os jovens têm acesso a estilos de vida saudáveis e activos?

16

Adolescentes portugueses: estilos de vida activos e saúde

�Comprometimento pessoal� ( Matos, Sardinha, Teixeira & Sallis, 2002)

� Ser activista na família/ escola/ família e comunidade.

� Aumentar a participação e reduzir inequidades e diferenças de acessibilidade, na escola, família e comunidade?

HBSC/OMS HBSC/OMS -- AventuraAventura Social & Social & SaSaúúdede

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tel. 214149152 ou tel. 214149105

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