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O dia 8 de março se consolidou como data símbolo da luta internacional das mulheres por direitos e uma sociedade igualitária desde a primeira metade do século XX. Faz referência a greves e enfrentamentos duros desde meados do século anterior, em diversos lugares do mundo, por redução da jornada de trabalho, licença maternidade , direito ao vo. Foi num 8 de março que uma greve de trabalhadoras têxteis ajudou a desencadear a Revolução Russa de 1917. Recuperada nos anos 1960, essa data passou a compor o conjunto das lutas dos setores oprimidos e da classe trabalhadora . Nos últimos anos, no Brasil , e especialmente no Rio de Janeiro, a pair do 8 de março se impulsionaram campanhas impoantes, como o Fora Cunha e o processo que se desencadeou na greve geral de 28 de abril de 2017. O SEPE-RJ, em tempos de ameaça de uma Escola com Mordaça , presta seu tributo às mulheres, ampla maioria de nossa categoria, e estimula a abordagem do tema em todas as nossas escolas. Por direitos, pelo fim da violência e do feminicídio, é pela vida das mulheres! Especial 8 M 8deMarço:DiaInternacionaldaMulher Épelalutadasmulheres! Livros Chega de Rosa, de Nathalie Hense. Editora Edições SM Menino Brinca de Boneca?, de Marcos Ribeiro. Editora Moderna O menino que ganhou um boneca, de Majó aptistoni, Editora Massoni Faca sem ponta, galinha sem pé, de Ruth Rocha, Editora Salamandra William's doll, de Charlotte Zolotow, Editora Harper & Row Filmes As Sufragistas, de Sarah Gavron. 2015 Histórias Cruzadas', de Tate Taylor. 2011 Thelma e Louise, de Ridley Scott. 1991 Tomates Verdes Fritos, de Jon Avnet. 1991 A Cor Púrpura, de Steven Spielberg. 1985 Olga, de Jayme Monjardim. 2004 Eternamente Pagu, de Norma Bengell. 1988 Frida, de Julie Taymor. 2012 Juno, de Jason Reitman. 2007 Meninos não choram, de Kimberly Peirce, 1999 Lista de livros e filmes Alutadasmulheresnahistória A Câmara Municipal aprovou, em maio do ano passado, a Lei 5.858 - de autoria do vereador Renato Cinco (PSOL) - que "Instui a Campanha Permanente de Combate ao Machismo e Valorização das Mulheres nas escolas públicas do Município do Rio do Janeiro". Acreditamos que temas como o machismo e a violência contra a mulher devem ser discudos desde a escola, contribuindo na formação de cidadãos crícos e que não reproduzam tais comportamentos. A lei parte da premissa de que é melhor educar e prevenir do que punir posteriormente. Busca-se, assim, reduzir os alarmantes índices de violência contra a mulher, como estupros, feminicídios e agressões sicas. A Lei já está em vigor há pouco mais de um ano e, até agora, não houve mobilização alguma da Secretaria Municipal de Educação no sendo de garanr a sua implementação. Diante de tantos casos de agressão às mulheres, é dicil compreender o movo. É pela vida das mulheres: educar é mais eficiente que punir! Cumpra-se a Lei 5858! A luta contra o machismo de gênero começa na escola! 08/03 - Rede estadual: paralisação de 24 horas com assembleia 11h (ABI), no Dia Internacional da Mulher. Na parte da tarde, participação no ato unificado. 13/03 - Assembleia geral dos aposentados da educação, 13h, no auditório do Sepe. 17/03 - Plenária de Merendeiras da rede municipal do Rio, 10h, no Sepe. 24/03 - Assembleia Eleitoral do Sepe, 10h, no Salão Nobre do Clube Municipal da Tijuca (Rua Hadock Lobo, 359). 27/03 - Rede municipal Rio: PARALISAÇÃO DE 24 HORAS NO DIA PREVISTO DA VOTAÇÃO DO PME. Calendário

Cumpra-se a Lei 5858! Especial 8 M · militante dos direitos das mulheres e ... É publicado o livro Direitos das Mulheres e Injustiça dos homens, de Nísia Floresta, ... e Austrália,

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O dia 8 de março se consolidou como data símbolo da luta internacional das mulheres

por direitos e uma sociedade igualitária desde a primeira metade do século XX. Faz

referência a greves e enfrentamentos duros desde meados do século anterior, em diversos

lugares do mundo, por redução da jornada de trabalho, licença maternidade, direito

ao v�o. Foi num 8 de março que uma greve de trabalhadoras têxteis ajudou a

desencadear a Revolução Russa de 1917. Recuperada nos anos 1960, essa data passou

a compor o conjunto das lutas dos setores oprimidos e da classe trabalhadora. Nos

últimos anos, no Brasil , e especialmente no Rio de Janeiro, a pa�ir do 8 de março se

impulsionaram campanhas impo�antes, como o Fora Cunha e o processo que se

desencadeou na greve geral de 28 de abril de 2017. O SEPE-RJ, em tempos de ameaça

de uma Escola com Mordaça, presta seu tributo às mulheres, ampla maioria de nossa

categoria, e estimula a abordagem do tema em todas as nossas escolas. Por direitos, pelo

fim da violência e do feminicídio, é pela vida das mulheres!

Especial 8 M

�8�de�Março:�Dia�Internacional�da�MulherÉ�pela�luta�das�mulheres!

Livros

Chega de Rosa, de Nathalie Hense. Editora Edições SM

Menino Brinca de Boneca?, de Marcos Ribeiro. Editora Moderna

O menino que ganhou um boneca, de Majó aptistoni, Editora Massoni

Faca sem ponta, galinha sem pé, de Ruth Rocha, Editora Salamandra

William's doll, de Charlotte Zolotow, Editora Harper & Row

Filmes

As Sufragistas, de Sarah Gavron. 2015

Histórias Cruzadas', de Tate Taylor. 2011

Thelma e Louise, de Ridley Scott. 1991

Tomates Verdes Fritos, de Jon Avnet. 1991

A Cor Púrpura, de Steven Spielberg. 1985

Olga, de Jayme Monjardim. 2004

Eternamente Pagu, de Norma Bengell. 1988

Frida, de Julie Taymor. 2012

Juno, de Jason Reitman. 2007

Meninos não choram, de Kimberly Peirce, 1999

Lista de livros e filmes

A�luta�das�mulheres�na�história

A Câmara Municipal aprovou, em maio do ano passado, a Lei 5.858 - de autoria do vereador Renato Cinco (PSOL) - que "Ins�tui a Campanha Permanente de Combate ao Machismo e Valorização das Mulheres nas escolas públicas do Município do Rio do Janeiro". Acreditamos que temas como o machismo e a violência contra a mulher devem ser discu�dos desde a escola, contribuindo na formação de cidadãos crí�cos e que não reproduzam tais comportamentos. A lei parte da premissa de que é melhor educar e prevenir do que punir posteriormente. Busca-se, assim, reduzir os alarmantes índices de violência contra a mulher, como estupros, feminicídios e agressões �sicas. A Lei já está em vigor há pouco mais de um ano e, até agora, não houve mobilização alguma da Secretaria Municipal de Educação no sen�do de garan�r a sua implementação. Diante de tantos casos de agressão às mulheres, é di�cil compreender o mo�vo. É pela vida das mulheres: educar é mais eficiente que punir!

Cumpra-se a Lei 5858! A luta contra o machismo

de gênero começa na escola!

08/03 - Rede estadual: paralisação de 24 horas com assembleia 11h (ABI), no Dia Internacional da Mulher. Na parte da tarde, participação no ato unificado.

13/03 - Assembleia geral dos aposentados da educação, 13h, no auditório do Sepe.

17/03 - Plenária de Merendeiras da rede municipal do Rio, 10h, no Sepe.

24/03 - Assembleia Eleitoral do Sepe, 10h, no Salão Nobre do Clube Municipal da Tijuca (Rua Hadock Lobo, 359).

27/03 - Rede municipal Rio: PARALISAÇÃO DE 24 HORAS NO DIA PREVISTO DA VOTAÇÃO DO PME.

Calendário

Da divisão das a�vidades espor�vas à dis�nta expecta�va de aprendizagem em determinadas disciplinas como Matemá�ca. Apesar dos avanços conquistados pela luta feminista, o machismo ainda está muito presente no espaço escolar.

Para se ter uma ideia, uma pesquisa realizada pela agência Énóis Inteligência Jovem, em parceria com o Ins�tuto Vladimir Herzog e o Ins�tuto Patrícia Galvão, revelou que 39% das jovens mulheres brasileiras já sofreram algum �po de preconceito na escola ou faculdade relacionado ao seu gênero.

Dados como estes mostram como professores e gestores precisam ser orientados a não reproduzir estereó�pos e preconceitos dentro da escola.

Nesta perspec�va, Cláudia Fusco, gerente de conteúdo do OLGA, projeto feminista criado em abril de 2013, lista abaixo alguma a�tudes que as escolas, professores e demais profissionais da educação podem adotar a fim de promover a igualdade de gênero.

1. A desigualdade de gênero deve pautar debates em sala

O essencial é encorajar a conversa sobre o tema sempre que possível. Se o assunto é tratado em sala de aula, cria-se espaço para debate e reflexão. Acredito que também seja importante mostrar que os alunos podem ter voz e se sen�rem confortáveis para fazer perguntas e aprender.

A�nossa�luta�é�todo�dia:�contra�o�machismo,�o�racismo�e�a�lgbtfobia

2. Explique o que é o feminismoContexto é sempre uma saída interessante para mo�var o

debate. Por exemplo, dedicar uma aula de História para aprender a origem do Dia da Mulher, entender o papel e o tratamento dado às mulheres em diferentes países. Isso torna a inclusão do tema mais natural, mais palatável.

3. Desmistique estereótipos e preconceitos Mitos como o de que os meninos são melhores em

Matemá�ca do que as meninas, por exemplo, ainda persistem na formação dos jovens. Por isso, é essencial valorizar a presença e o desempenho femininos na sala de aula, encorajar garotas a par�ciparem de Olimpíadas, torneios ou de grupos de estudo focado. É algo que defini�vamente deve ser trabalhado a longo prazo para também transformar a autoes�ma das garotas.

4. Alunas vítimas de assédio precisam de acolhimentoÉ essencial que a escola tenha um grupo de conselheiros e

assistentes que possam apoiar a garota nesse �po de situação tão delicada. É também importante que ela não tenha medo e sinta confiança em pedir ajuda a uma autoridade escolar para explicar o que está acontecendo. As redes sociais se tornaram um espaço para denúncias de abuso e má conduta escolar, mas também pode significar exposição da aluna, o que certamente é muito delicado.

Fonte:h�p://www.cartaeducacao.com.br/reportagens/como-trabalhar-a-igualdade-de-genero-na-escola/

Mulheres�na�história

DANDARA - Foi mulher de Zumbi dos Palmares e mãe de três filhos. Pouco se sabe sobre ela, mas foi descrita como uma grande e valente guerreira que auxiliou Zumbi em estratégias e planos de ataque e defesa. Dominava técnicas da capoeira e lutou em muitas batalhas a ataques a Palmares. Infelizmente, acabou se matando jogando-se da pedreira mais alta de Palmares, para não voltar à condição de escrava.

ÂNGELA DAVIS - se tornou famosa mundialmente pela militância pelos direitos das mulheres e contra o racismo. Foi uma das mais importantes lideranças dos Panteras Negras, organização de luta pelos direitos para os negros nos Estados Unidos. Ela é professora, filósofa e foi integrante do Partido Comunista dos Estados Unidos.

PAGU (PATRÍCIA GALVÃO) - Escritora, poeta, diretora de teatro, tradutora, desenhista, jornalista e militante política brasileira. Teve grande destaque no movimento modernista iniciado em 1922. Militante comunista, foi a primeira mulher presa no Brasil por motivações políticas.

LÉLIA GONZALEZ - Foi uma Importante militante dos direitos das mulheres e contra a descriminação racial. É considerada a primeira intelectual negra brasileira. Ajudou a fundar o Movimento Negro

SIMONE DE BEAUVOIR - Uma das escritoras feministas mais importantes do sec XX. Escreveu em 1940 o livro "O Segundo Sexo" no qual reflete sobre a desigualdade de direitos para as mulheres. Para ela,o fato de homens e mulheres serem diferentes não necessariamente torna-os desiguais. A desigualdade social entre homens e mulheres seria uma construção da sociedade, com base nas diferenças biológicas, mas que não decorrem diretamente dela, podendo assim ser superadas. Ou seja: a igualdade de direitos entre homens e mulheres é possível.

BERTHA LUTZ - Foi uma das figuras mais significativas do feminismo e da educação no Brasil do século xx. Foi a fundadora da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino

TIA CIATA - Foi uma cozinheira e mãe de santo brasileira, considerada por muitos como uma das figuras influentes para o surgimento do samba carioca. Também ficou marcada como uma das principais animadoras da cultura negra nas nascentes favelas cariocas. Em sua casa, onde os sambistas se reuniam, foi criado o primeiro samba

VOCÊ _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

e Caribenha. A data foi criada em 25 de julho de 1992, durante o primeiro Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, em Santo Domingos, República Dominicana. No Brasil, a data também é nacional, foi instituída por uma Lei de 2014.1995: Realizada em Pequim, na China, a 4ª Conferência Mundial da Mulher, mais recente encontro do gênero.

NO BRASIL

1832: É publicado o livro Direitos das Mulheres e Injustiça dos homens, de Nísia Floresta, considerado um marco do feminismo brasileiro1879: Mulheres conquistam o direito de cursar o Ensino Superior1934: As mulheres conquistam o direito ao voto.1975: São criados diversos grupos de discussão sobre a questão da mulher. Os jornais "Nós Mulheres" e "Brasil Mulher" dão voz ao movimento pela anistia, inicialmente promovido pelas feministas.1978: Acontece o Congresso da Mulher Metalúrgica. As mulheres intensificam a luta por creches, direitos trabalhistas, salários iguais ao dos homens, serviços de atendimento (educação, saúde e vítimas de violência) e pela divisão do trabalho doméstico.1985: Surge a primeira Delegacia da Mulher em São Paulo. Cresce o número de serviços voltados para a mulher (S.O.S. Mulher, Serviço de Orientação à Família).1990: Multiplica-se o número de ONGs e serviços de atendimento da mulher.7 de agosto 2006: Sancionada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Lei Maria da Penha (lei 11.340 ) foi criada para combater à violência doméstica contra a mulher no Brasil. A norma estabeleceu que a violência doméstica -física, psicológica, sexual, patrimonial ou moral- é crime.Maria da Penha, mãe de três filhas, levou um tiro nas costas enquanto dormia, em maio de 1983. O disparo, efetuado por seu então marido, Marco Antonio Heredia Viveros, colocou-a em uma cadeira de rodas.Paraplégica, vítima de anos de violência doméstica (física e psicológica), lutou por quase duas décadas para ver seu agressor punido -16 meses em regime fechado. Antes disso, Heredia Viveros havia sido condenado em dois julgamentos, mas acabou em liberdade graças a recursos impetrados por sua defesa.

É preciso falar da igualdade de gênero na escola

Faça esta atividade com sua turma

Séculos XV a XVII: Mulheres que resistem às imposições da igreja e praticam rituais de cura são consideradas bruxas e queimadas pela Inquisição.Século XIX: Início da luta pelo direito ao voto em países como os EUA.Década de 1890: Mulheres conquistam o direito ao voto na Nova Zelândia e Austrália, direito que será paulatinamente conquistado na Europa, inicialmente nos países nórdicos (mas que levará o século XX inteiro para ser conquistado em todo o continente; em Liechtenstein, isso se deu apenas em 1984), e demais continentes. Este direito ainda não está plenamente garantido, tendo em vista que apenas em 2015 passou a vigorar na Arábia Saudita.Décadas de 1900 e 1910: Em países da Europa e nos Estados Unidos são comemorados Dias das Mulheres em datas distintas. Durante o Congresso da Internacional Socialista, em 1910, ocorrido em Copenhagen, é realizada a 2ª Conferência Internacional da Mulher Socialista, onde se aprova a orientação para que se organizem Dias das Mulheres em todos os países, sem uma data específica.8 de março de 1917: A despeito da orientação política geral de não iniciar greves, mulheres tecelãs se rebelam em Petrogrado, na Rússia, e iniciam uma greve e fazem manifestações exigindo comida e paz, sendo o estopim da primeira fase da Revolução Russa.1949: Lançado o livro que marca o nascimento do feminismo radical contemporâneo, "O Segundo Sexo", da francesa Simone de Beauvoir. Frase célebre da escritora: "Não se nasce mulher, torna-se". Para ela, "as mulheres sempre foram marginalizadas porque os homens de todas as classes e partidos sempre lhes negaram uma existência autônoma".1968: A revolução cultural, desencadeada por estudantes franceses, mas que acaba chegando a outros países, envolve as chamadas minorias políticas (índios, negros, homossexuais, ecologistas e mulheres). O movimento feminino adota a palavra de ordem "O corpo é nosso". O desenvolvimento da pílula anticoncepcional, no início da década, dá impulso à revolução sexual. Agora as mulheres podem fazer sexo por prazer e escolher ter filhos só quando quiserem.1975: Promovido pela ONU, na Cidade do México, o Ano Internacional da Mulher e a Década da Mulher. Um plano de ação para o decênio seguinte, para eliminar discriminações contra a mulher, é aprovado.1992: Institui-se dia o Dia da Mulher Afro-Latino-Americana

A luta das mulheres na história